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CONCURSO PM-RS – PORTUGUÊS

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QUESTÕES DE PORTUGUÊS

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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QUESTÕES DE PORTUGUÊS
1. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

A Angústia

Quem não sabe como vencer o estado de angústia, dê uma olhada para o
desespero alheio.

Aos ouvidos das lebres chega, de repente, um violento estrépito1. Elas


então pensam ter chegado a hora de pôrtermo à vida porque não sabiam
como livrar-se de tanto temor.

Assim, (apavoradas), chegam à beira de uma lagoa com o intento de


lançaram-se na água e afogarem-se.

À chegada daquele batalhão de lebres, as rãs fogem aterrorizadas. Então


uma das lebres fala: “Há gente com medo de nós. Vamos prosseguir
vivendo como todos os outros fazem.”

Refeitas do susto, as lebres retomaram a sua vida de rotina saltitante.

1 barulho
(Fedro, Fábulas. São Paulo: Editora Escala, 2008 )

A palavra “angústia” (1°§) recebe acento agudo em função da seguinte


regra de acentuação:

a) paroxítona terminada em ditongo crescente

b) acentuam-se todas as proparoxítonas

c) paroxítona terminada em vogal

d) oxítona termina em “ia”

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2. (IBFC/CÂMARA DE FRANCA-SP/2016) Analise a afirmativa abaixo e


assinale a alternativa que apresenta erro de língua portuguesa.

“E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.”

a) o amarrar

b) menos incômoda

c) do sapato

d) mais tranqüilo

3. (IBFC/COMLURB/2016) O novo acordo ortográfico nos apresentou


algumas alterações de acentuação de palavras em Língua Portuguesa. Leia
as alternativas abaixo e assinale a que apresenta somente palavras
acentuadas corretamente.

a) Seqüência, idéia, caráter, bóia, saúde.

b) Sequência, idéia, carater, bóia, saúde

c) Sequência, ideia, caráter, boia, saúde.

d) Seqüência, ideia, caráter, bóia, saude.

4. (IBFC/COMLURB/2016) Com relação às novas regras de acentuação


ortográfica, analise a afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou
Falso (F)

( ) a palavra “prevêntivas” passa a ter acento circunflexo

( ) a palavra “indesejável” mantém o acento agudo

( ) a palavra “caráter” mantém o acento agudo

( ) a palavra “negócios” perde o acento agudo

a) F- V - V - F

b) V - F -V - F

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c) F- F- F- V

d) V - V - V - F

5. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia as opções


abaixo e assinale a alternativa que não apresenta erro ortográfico.

a) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir

b) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir

c) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir

d) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir

6. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia a frase


abaixo e assinale a alternativa correta. Por meio dos autores reunidos por
Fernandes, percebe-se que a ideia de comunidade remete ao sentimento de
vida em comum fundado nas relações de parentesco e vizinhança, baseado
na reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que
convivem em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos
para a sua subsistência.

a) A palavra “ideia” apresenta erro de acentuação gráfica;

b) A virgula após a palavra “vizinhança” deve deixar de existir, pois


apresenta erro de pontuação;

c) A palavra “indivíduos” está escrita errada por não existir mais o acento,
segundo a nova reforma ortográfica;

d) Segundo o novo acordo ortográfico as palavras estão acentuadas


corretamente.

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7. (IBFC/EMDEC/2016)

Aprendendo a pensar

(Frei Beto)

Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que


carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as
crianças não sabem.

O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase


da vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos?

As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar,


movimentar-se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo,
diferentes sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é
importante para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis
anos, período que Doman considera “a idade do gênio”.

Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões
de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de
maneira acelerada nos primeiros anos da vida.

Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis,


porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas,
dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa
autoestima. Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele,
foi recebido por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais
velha tinha quatro anos...

Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro
anos, aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso
específico de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo.
Tenho um sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele
histórias infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De
repente, o menino começou a ler antes de ir para a escola.

[...]
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(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado)

Todas as palavras listadas abaixo são acentuadas em função da mesma


regra, EXCETO:

a) “cérebro” (4°§)

b) “esqueléticas” (5°§)

c) “método” (5°§)

d) “incorrigíveis” (5°§)

8. (IBFC/COMLURB/2015) Observe que a palavras “exposição” escreve-se


com “-X”. Desse modo, assinale a opção em que se ERRA na escrita da
palavra ao empregar essa letra.

a) exame

b) axei

c) táxi

d) deixei

9. (IBFC/COMLURB/2015) As palavras terminadas em “-ão” podem trazer


dúvidas quanto à flexão de número. Por exemplo, “estação” tem como
plural, “estações”. Assinale a opção em que ERRA na indicação do plural.

a) balão – balãos

b) alemão – alemães

c) opinião – opiniões

d) cristão – cristãos

10. (IBFC/TER-AM/2014) Na construção do termo “gente-casa”, o autor


explora possibilidades de arranjos morfológicos e o potencial de formação
de palavras na Língua. Observe as afirmações abaixo:

I. “gente” é o termo determinado do composto.

II. “casa” é o termo determinante do composto.


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III. O hífen foi utilizado para marcar uma unidade morfológica e semântica.

IV. O processo que originou tal construção foi a derivação.

São corretas as seguintes afirmações:

a) I e II apenas.

b) II e IV apenas.

c) I, II e III apenas.

d) III e IV apenas.

11. (IBFC/COMLURB/2014) Assinale a alternativa que apresenta a grafia


correta de todas as palavras na frase.

a) A gente vamos fazer a prova com muita atenção.

b) A tirania dos coroneus do cacau deixo a gente confusos

c) Pensei que ninguém havia notado o desaparecimento dos documentos.

d) Quando ver ele, diga-lhe que mandei lembranças.

12. (IBFC/SEAP-DF/2013) Assinale abaixo a alternativa que apresenta,


correta e respectivamente, uma proparoxítona, uma paroxítona e uma
oxítona.

a) ávaro/bênção/amá-lo.

b) ávaro/amá-lo/bênção.

c) rúbrica/bênção/interim.

d) ínterim/rubrica/amá-lo.

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13. (IBFC/SEAP-DF/2013) Leia as sentenças:

Foi ao quarto dela________ de seduzi-la.

“Por que bonita, se________ ?" (Machado de Assis)

A polícia protege ou oprime o s _______ mais baixos da sociedade?

Assinale abaixo a alternativa que completa, correta e respectivamente, as


lacunas.

a) afim/cocha/extratos.

b) a fim/cocha/estratos.

c) a fim/coxa/estratos.

d) afim/coxa/extratos.

14. (IBFC/SEAP-DF/2013) Nas frases “A luz do sol irá te cegar" e “É


chegada a época de segar o trigo", ambas as palavras destacadas são:

a) parônimas.

b) homônimas.

c) sinônimas

d) antônimas.

15. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser,


obrigatoriamente, acentuada.

a) Pratica.

b) Negocio.

c) Traido.

d) Critica.

e) Capitulo.

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16. (IBFC/SEPLAG-MG/2013) Assinale abaixo a alternativa cujas palavras


são acentuadas pela mesma regra de “abóbora”, “bobó” e “míssil”,
respectivamente.

a) música/cipó/terrível.

b) cérebro/mó/difícil.

c) necrotério/ebó/pênsil.

d) titânico/pó/fácil.

17. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser,


obrigatoriamente, acentuada.

a) Especifica

b) Denuncia

c) Policia

d) Incrivel

e) Secretaria

18. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas.

I. O ___________ministro fez um belo discurso.

II. Durante a ______ , os deputados entraram em discussão.

III. O dono da loja foi acusado d e ___________racial.

a) iminente - seção - descriminação

b) iminente - sessão - discriminação

c) eminente - sessão - discriminação

d) eminente - seção - discriminação

e) eminente - sessão - descriminação

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19. (IBFC/SDHPR/2013) A palavra política é acentuada pois é uma


proparoxítona. Com base nessa regra, assinale abaixo a alternativa que
apresenta o vocábulo corretamente acentuado.

a) Púdico

b) Rúbrica.

c) ínterim

d) Ávaro.

20. (IBFC/SDHPR/2013) Quem foi o ________ que_________ na


minha_________? Assinale abaixo a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas.

a) encherido/mexeu/enxada.

b) enxerido/mecheu/enchada.

c) encherido/mecheu/inxada.

d) enxerido/mexeu/enxada.

21. (IBFC/EBSERH/2016)

O Sudoeste e a Casuarina

(Joel Silveira)

Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um


instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e
as casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez
morta e reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os
pescadores recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos
procurarem medrosos os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo
ele chega carpindo penas e desgraças que não são suas.

“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta.
Ao que responde, enfastiada, a Casuarina: “Detesto as tuas histórias”.

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Também eu, porque sei o que signifca pra mim o pranto desatado e frio.
Logo esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará
tomada por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano doente,
a escuma amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro dos
náufragos, os olhos esbugalhados das crianças afogadas que não
entenderam o último instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu
bêbado e blasfemo, o lamento do grumete que o mastaréu partido matou e
atirou ao mar.

Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como


se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil
frinchas por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus
mortos e minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a
angústia sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo,
destacada na escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai
morto, imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os
pequenos dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto,
nos soluços do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a
morte levou num mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por
receio de não ter enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de
tê-los enterrado antes de ter pago tudo o que lhes devia.

Vocabulário:

Casuarina – espécie de árvores e arbustos

Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza

Carpindo – capinar

Calhau – pedra de pequena dimensão

Grumete – graduação mais inferior da Marinha

Mastaréu – mastro pequeno

Regougar – soltar a voz

No primeiro parágrafo, o emprego recorrente do presente do indicativo


sugere:
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a) uma ação do momento da enunciação.

b) uma ideia que ainda ocorrerá.

c) uma ação que se limita ao passado.

d) um caráter atemporal.

e) um sentido de possibilidade.

22. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

O Relacionamento Aberto

(Por Gregorio Duvivier)

“Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna


Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que


abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente.
E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a
pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as


ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em
ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na


relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece
que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas
relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma
porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil


maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o
outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que

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seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por
paixão.

Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância


internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove
meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento
intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha
no final de semana.

O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos


e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de
trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra
quando quiser.

Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele


que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês
transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não,
não. Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique
pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em
2017, assim como as ombreiras e a pochete.

Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima


coisa a voltar pode ser o Crocs.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml .
Acesso em: 18/07/2016)

Em “Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos” (3º§), o modo


pelo qual o verbo em destaque está conjugado sugere tratar-se de uma
flexão do:

a) Presente do Indicativo

b) Imperativo afirmativo

c) Futuro do Presente do Indicativo

d) Presente do Subjuntivo

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23. (IBFC/COMLURB/2016) Analise as afirmativas abaixo e assinale a


alternativa correta:

I. Os estudantes de medicina fazem os exercícios com dedicação e


empenho;

II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam na sala de aula.

III. As estudantes estão meio tristes com a mudança de professora.

IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou.

a) I e II estão corretas

b) Somente IV está correta

c) I e III estão corretas

d) Somente II está correta.

24. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer
nada: “Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou
de um barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E
será uma complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas
também de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos
braços, é um homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se
ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se
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olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou


permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a


infância ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos
mira do espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do
adulto que seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam
consigo sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é
como a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que
façamos. Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos
lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos
olha sem entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

No trecho “Barba é importante. Sempre foi.” (2°§), o autor apresenta duas


afirmações que assumem um sentido generalizante, podendo ser entendidas
como verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os seguintes
recursos linguísticos:

a) O substantivo “Barba”, na primeira oração e sua omissão na segunda.

b) O emprego do adjetivo “importante” e as frases curtas.

c) O uso do presente do indicativo e do advérbio “sempre”.

d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda oração.

e) A construção de períodos simples e a omissão de um dos sujeitos.

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25. (IBFC/EMDEC/2016) Em “Só que, mesmo que você não saiba”, o verbo
em destaque, em função do modo em que se encontra flexionado,
apresenta um sentido de:

a) ordem

b) possibilidade

c) certeza

d) sugestão

26. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ/2015)

Cace a liberdade

(Martha Medeiros)

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia
que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é
a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro.
Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo
pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma
abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira,
afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso
ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando
se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas
não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares
e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e
despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para
alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde,


pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá
para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente,
o mar parece maior, há menos gente.

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Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de


rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de


atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários.
Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas,
modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande
na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa
galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe
para a sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista.
Abra portas. E páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com
meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna
repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de
calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar
certo. O ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece
de se alimentar direito.

No 5º parágrafo, os verbos estão, predominantemente, flexionados em um


modo verbal que evidencia a ênfase:

a) no leitor

b) no assunto

c) na autora

d) na linguagem

e) na argumentação

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27. (IBFC/MGS/2015)

O PADEIRO

Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E
enquanto tomo café vou me lembrando de um homem que conheci
antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele
apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava
gritando:

- Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? Então você
não é ninguém?

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.


Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido
por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá
de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer
para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara
sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda


sorrindo.

(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, Crônicas. Editora do autor, Rio de


Janeiro, 1960)

Assinale a alternativa que apresenta o comentário CORRETO sobre o trecho


abaixo:

“Assim ficara sabendo que não era ninguém..." (4°§)

a) “Ninguém" é um advérbio de negação.

b) O verbo “ficara" está flexionado no pretérito-mais-que-perfeito do


indicativo.

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c) Seria possível substituir “ninguém" por “alguém" sem mudança de


sentido.

d) Os dois verbos destacados estão flexionados na primeira pessoa do


singular.

28. (IBFC/SAEB-BA/2015) O direito à privacidade como elo da cidadania

Quando o STF vier a julgar a ação de inconstitucionalidade movida pela


Associação Nacional dos Editores de Livros contra o artigo do Código Civil
que prevê a autorização para biografias comercializadas, os juízes estarão,
mais uma vez, diante do dilema da Justiça, dos dois pratos da balança e
qual deles fazer pesar mais com sua força. A liberdade de expressão de um
lado e o direito à privacidade do outro, e cada juiz, ainda uma vez, diante
do ato de decidir pela garantia de ambos estabelecida na Carta Magna.

Ora, se preferirem dar ganho de causa à Adin dos editores, fortemente


apoiada pelos meios de comunicação (TVs em especial), estarão
contrariando os que, do outro lado, clamam pela garantia do seu direito à
privacidade. Se a estes contemplarem com seu voto, estarão contrariando
os primeiros, os grandes interessados em que vidas pessoais sejam
livremente retratadas, transformadas em ativos comerciais de grande valor
para a montagem do espetáculo midiático que está, hoje em dia, para muito
além do interesse público na circulação da informação, o jornalismo.

Independentemente do que venha a decidir o STF em relação à questão,


nós da associação Procure Saber, no âmbito do nosso pequeno foro e em
que pesem as tantas dúvidas e posições entre nós, resolvemos exercer o
nosso direito democrático de associação, de opinião e de manifestação,
levando a público o nosso propósito de defender o direito à privacidade
como elo importante da cadeia da cidadania soberana, chamando a atenção
de toda a sociedade para a necessidade de amplo e profundo debate em
torno desse tema, da delicada situação em que se encontra esse prato da
balança do direito civil em nosso tempo, a privacidade, o que ela significa, o
que ainda é possível fazer para que ela tenha sentido, para que os que
ainda nela creem e confiam possam encontrar nas regras, nas normas e nas
leis alguma garantia. O debate afinal toma corpo, podendo contribuir para

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posicionamentos mais conscientes, mais maduros e mais equilibrados sobre


que tipo de vida queremos e podemos viver, se os indivíduos nos confins de
suas vidas privadas ainda devem ser levados em conta, ainda reconhecidos
e respeitados em seus direitos ou se já não importam mais.

Temos tido sempre justificado apreço pelos que, ao longo da História, se


mostram capazes de compreender os dilemas e contradições da vida em
sociedade e que, apesar da dor e do sofrimento dessa condição trágica,
estão dispostos a reconhecer de que lado estão. Como disse Francisco Bosco
referindo-se ao dilema entre o interesse público e o privado, em seu escrito
neste jornal, semana passada, é o princípio da soberania decisória sobre a
vida privada que deve prevalecer. É a mesma, nossa opinião.

(Gilberto Gil, O Globo, 15/10/2013)

Ao longo do texto, o autor faz uso da primeira pessoa do plural em verbos e


pronomes como no fragmento “no âmbito do nosso pequeno foro e em que
pesem as tantas dúvidas e posições entre nós,”(3°§). Nesse fragmento, tal
uso representa:

a) a opinião de Gil e de todos os demais membros da Associação Procure


Saber.

b) que se trata de uma opinião consensual dos membros do STF.

c) que os leitores em geral compartilham da mesma opinião de Gil.

d) a opinião da maioria da população de acordo com pesquisas.

e) o posicionamento articulado pelos veículos de comunicação em geral.

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29. (IBFC/EBSERH/2015)

O amor acaba

(Paulo Mendes Campos)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova,
depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro
que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro
repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora
tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e
acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados,
e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as
mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços
luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido
iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do
cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos
braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres;
mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar
diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da
pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas
silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas
da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na
compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles
mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio
inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto
que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o
amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo
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Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois,
o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes
acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas
encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e
quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e
acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre,
na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido
como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora
melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma
palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de
manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do
verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os
lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo
o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o
amor acaba.

A opção do autor por enunciar, no título do texto, o verbo “acabar” no


presente do Indicativo cumpre o seguinte papel semântico:

a) revela uma ação que ocorre no momento em que é enunciada.

b) indica uma ação presente com valor de passado.

c) aponta para uma ideia que assume sentido de futuro, uma previsão.

d) ilustra uma ação que se repete com “status” de verdade absoluta.

e) denota uma possibilidade relacionada ao presente da enunciação.

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30. (IBFC/EBSERH/2013) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas.

Se você __________ amanhã, __________ realizar o exame.

a) vim – poderá

b) vier – poderá

c) viesse – pode

d) vir – pode

31. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA/2017)

Texto I

O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os


bons

Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias.


Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para
retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser
improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em
seguida, dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50
anos. A cirurgia era mais simples, mas a malignidade do tumor não dava
esperanças de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao final do dia,
Marsh constatou que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do
bebê, que nascera em uma cesárea planejada em sequência à operação
cerebral. O pai do bebê gritara pelo corredor que Marsh fizera um milagre. A
seguir, em outro quarto do mesmo hospital, Marsh descobria que a paciente
com o tumor maligno nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o
cérebro mais do que seria recomendável – e apressara a morte da paciente,
que teve uma hemorragia cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram
de ter roubado os últimos momentos juntos que restavam à família.

É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos
médicos, que Marsh narra em seu livro Sem causar mal – Histórias de vida,
morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no Brasil. Para suportar
essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-
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requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele


mais desafiadoras do que outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh
inclui nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus instrumentos
cirúrgicos deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e
reflexões”, todos da consistência de gelatina. [...]

(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-


que-ousou-afrmar-que-os-medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso
em 01/01/17)

O pronome relativo destacado em “as operações cerebrais, nas quais seus


instrumentos cirúrgicos deslizam” (2º§) poderia ser substituído, sem
prejuízo de sentido e adequando-se à norma, por:

a) o qual.

b) das quais.

c) que.

d) as quais.

e) em que.

32. (IBFC/MGS/2017)

Texto

O retrato

(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O
rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de
frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela
uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus
olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar;
a cara contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o

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suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não,
obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão.

“O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo.”

O pronome pessoal destacado no trecho faz referência à seguinte palavra:

a) homem.

b) banquinho.

c) balcão.

d) botequim.

33. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no
chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda
erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário
pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer
antes do chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso.


Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção


de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
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nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou


melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer
outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço
daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel
com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito
mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.” (1º§), nota-se que o
termo destacado pertence à seguinte classe gramatical:

a) substantivo.

b) adjetivo.

c) pronome.

d) advérbio.
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e) interjeição.

34. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto II

Maria chorando ao telefone

O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher estranhíssima


pergunta por mim, e antes que eu tome providências para dizer que é
minha irmã que fala, ela me diz: é você mesma. O jeito foi eu ficar sendo eu
própria. Mas... ela chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro
contido. “Porque você escreveu dizendo que não ia mais escrever
romances.” “Não se preocupe, meu bem, talvez eu escreva mais uns dois ou
três, mas é preciso saber parar. Que é que você já leu de mim?“ “Quase
tudo, só falta A cidade sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha
buscar aqui os dois livros.” “Não vou não, vou comprar.” ”Você está
bobeando, eu estou oferecendo de graça dois livros autografados e mais um
cafezinho ou um uísque.” [...]

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)

No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com o emprego do


pronome de tratamento, a autora consegue:

a) dirigir-se aos leitores de modo geral.

b) fazer referência a um interlocutor específico.

c) criar uma intervenção formal no diálogo.

d) afastar-se de um projeto de leitor ideal.

e) mostrar que não tem intimidade com quem fala.

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35. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes


com tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo
mesmo muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma


posição menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é
capaz de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir


o corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, finalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

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Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de


apagar as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode
fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a


escovar os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros?

No quarto parágrafo, o pronome destacado em “Mas já é capaz de assistir à


sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.” cumpre um papel
coesivo à medida que retoma a seguinte ideia:

a) desviar.

b) maduro.

c) culpa.

d) capaz.

e) sessão.

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36. (IBFC/COMLURB/2014) Assinale a alternativa que apresenta o pronome


pessoal oblíquo empregado de forma correta.

a) Eu o não vi pela manhã.

b) Eu não vi o pela manhã.

c) Eu não vi ele pela manhã.

d) Eu não o vi pela manhã

37. (IBFC/EBSERH/2017)

O Sudoeste e a Casuarina

(Joel Silveira)

Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um


instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e
as casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez
morta e reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os
pescadores recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos
procurarem medrosos os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo
ele chega carpindo penas e desgraças que não são suas.

“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz
agourenta. Ao que responde, enfastiada, a Casuarina:

“Detesto as tuas histórias”.

Também eu, porque sei o que significa pra mim o pranto desatado e frio.
Logo esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará
tomada por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano doente,
a escuma amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro dos
náufragos, os olhos esbugalhados das crianças afogadas que não
entenderam o último instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu
bêbado e blasfemo, o lamento do grumete que o mastaréu partido matou e
atirou ao mar.

Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las,


como se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil
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frinchas por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus


mortos e minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a
angústia sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo,
destacada na escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai
morto, imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os
pequenos dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto,
nos soluços do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a
morte levou num mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por
receio de não ter enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de
tê-los enterrado antes de ter pago tudo o que lhes devia.

Vocabulário:

Casuarina – espécie de árvores e arbustos

Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza

Carpindo – capinar

Calhau – pedra de pequena dimensão

Grumete – graduação mais inferior da Marinha

Mastaréu – mastro pequeno

Regougar – soltar a voz

Na passagem “diz ele com a sua voz agourenta.“ (2º§), o pronome


destacado tem como referente:

a) narrador.

b) mar

c) leitor.

d) vento.

e) casuarina.

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38. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I – Questões 38 e 39:

Ensinamento

Minha mãe achava estudo

a coisa mais fina do mundo.

Não é.

A coisa mais fina do mundo é o sentimento.

Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,

ela falou comigo:

“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.

Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.

Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.

(Adélia Prado)

Em “Não me falou em amor.” (v.9), o pronome destacado participa da


estrutura da oração exercendo a função sintática de:

a) sujeito

b) objeto direto

c) complemento nominal

d) objeto indireto

e) adjunto adnominal

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39. (IBFC/EBSERH/2017) O último verso do texto emprega o pronome


“essa” como recurso coesivo. Seu uso pode ser explicado uma vez que:

a) antecipa uma ideia que será apresentada

b) faz referência a algo próximo ao leitor

c) sinaliza uma referência temporal

d) resume elementos de uma enumeração

e) retoma um termo citado anteriormente

40. (IBFC/EBSERH/2017)

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como
lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir
da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa
forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida
passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem
graça, quem fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos
de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou
bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode
ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e
ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do
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mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos


acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

Considerando o emprego do pronome “se” em:

“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.”


(3º§),

Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva


sintética. Desse modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor
compreenderia a passagem da seguinte forma:

a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de


projetos e afetos

b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e
afetos

c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos
e afetos

d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e


afetos

e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos
e afetos

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Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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41. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I – Questões 41 e 42:

O Relacionamento Aberto

(Por Gregorio Duvivier)

“Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna


Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que


abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente.
E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a
pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as


ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em
ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na


relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece
que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas
relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma
porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil


maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o
outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que
seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por
paixão.

Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância


internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove
meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento
intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha
no final de semana.

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O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos


e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de
trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra
quando quiser.

Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele


que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês
transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não,
não. Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique
pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em
2017, assim como as ombreiras e a pochete.

Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima


coisa a voltar pode ser o Crocs.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/


gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml . Acesso
em: 18/07/2016)

No quarto parágrafo, o autor emprega dois pronomes indefinidos em “tudo é


possível e nada é passível de ciúme” e, por meio deles:

a) constrói uma ambiguidade.

b) indica a construção de um paradoxo.

c) aponta ideias que não são excludentes.

d) sinaliza uma incoerência nos relacionamentos.

42. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016) Considerando a Norma


Padrão, em “não se pode dizer que existe uma porta aberta” (4º§), o
emprego, em próclise, do pronome oblíquo deve-se:

a) a um uso facultativo desse registro.

b) à presença de uma palavra atrativa.

c) a uma exigência do tempo verbal.

d) a uma reprodução do discurso oral.


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43. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

Encontro

Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos


mais claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um
desenho diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue,
fina ruga – quase estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada
que não via há muito tempo, não eram essas pequenas coisas que
intrigavam o seu olhar afetuoso e melancólico. Havia certa mudança
imponderável, e difícil de localizar – a voz ou o jeito de falar, o tom ao
mesmo tempo mais desembaraçado e mais sereno?

E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os
membros, havia uma sutil mudança.

Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime
para emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o
abandonava com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos
cuja beleza imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.

Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes


assuntos sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se
a visse pela primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus
olhos e de sua alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas
no espaço e no tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois
ela continuava bela, talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de
que, como da primeira vez que a vira, receberia sua beleza como um
choque, uma bênção e um leve pânico, tanto a sua radiosa formosura dá
uma vida e um sentido novo a qualquer ambiente, traz essa vibração
especial que só certas mulheres realmente belas produzem. Mas de algum
modo esse deslumbramento seria diferente do antigo – como se ela
estivesse mais pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos graça e
abandono de animal jovem.
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O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele
andou a seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!) mas não
quis sentar, recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela
roda. Despediuse. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e
recebeu, como antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso,
sentiu uma coisa boa dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde
na confusão da vida e que uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio
dos que muito souberam amar.

(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª


ed., 2008)

Considere as ocorrências de pronomes oblíquos átonos nos seguintes


fragmentos retirados do 5º parágrafo do texto. Em seguida, assinale a
alternativa que faz um comentário correto quanto à adequação da colocação
desses pronomes em relação à Norma Padrão.

I. O grupo moveu-se para tomar lugar”

II. “recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho”

III. “Despediu-se.”

IV. “uma certeza de que nem tudo se perde”

a) Apenas I e III estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e II estão corretas.

d) Apenas a III está correta.

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44. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Ao ser indagado a respeito de si, o personagem descreve-se empregando


todos os recursos linguísticos apontados abaixo, EXCETO:

a) verbo de ligação

b) adjetivo

c) pronomes oblíquos

d) verbos de ação

45. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Facebook deixa você depressivo

Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe,
aquele mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade
conseguiu o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a
felicidade estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um
centavo para viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que
você. Pobrecito...
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Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas.
E se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam
com expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm
uma vida melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada
um tinha no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de
cinco horas por semana.

E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a


chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda
mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do
Facebook.

A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no


Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho
uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos
a sua vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein.

(Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)

Ao empregar o pronome “você”, no título do texto, o autor está se


referindo:

a) aos sociólogos citados

b) aos usuários do Facebook

c) aos leitores em geral

d) apenas a si próprio

46. (IBFC/COMLURB/2016) Das opções abaixo, assinale a única que


apresenta corretamente a colocação do pronome.

a) Esqueci de te contar que vi ele na rua.

b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se

c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais.


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d) Precisa-se de bons funcionários.

47. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que apresenta a correta colocação do pronome.

a) O aluno tinha-o deixado na escola.

b) Nunca esqueça-se de mim.

c) Naquela escola em que formei passei-me bons momentos.

d) Você nos emocionou com suas palavras

48. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO


CONCEITO

(...)

Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de
comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações
de parentesco e vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços
afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e
nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos
autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos
atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de comunidade, no
sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por
Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos,
reciprocidade, autonomia política e econômica e subordinação do individual
ao social.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na


medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se
associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais
como relações de parentesco, interdependências econômicas ou convivam
numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais
amplo e inclui o de comunidade.

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Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do


processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades
laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a multiplicação dos
grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de
organização social predominante e a ampliação e internacionalização das
trocas comerciais são algumas condições sociais que promovem modos de
vida societários e fundamentam a separação conceituai entre comunidade e
sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda
como modo predominante de agrupamento social, embora a bibliografia
seja quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais
ao longo da História. (...)

http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso
em 02/05/2016.

Com base na leitura do texto, especificamente do trecho citado, indique a


alternativa que somente apresenta pronomes. Assinale a alternativa correta.

Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou


outro dos atributos.

a) Cada, dos, a

b) Cada, outro

c) Cada, outro, das

d) Cada, dos

49. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que indica a colocação correta do pronome.

a) Estas atividades são para mim fazer.

b) Estes trabalhos chegaram para eu.

c) Para eu, a prova estava muito difícil.

d) Para mim, a lição deverá demorar um pouco mais.

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50. (IBFC/EBSERH/2016) Observando o padrão culto da língua, assinale a


alternativa cujo fragmento transcrito do texto represente um emprego
INCORRETO de colocação pronominal:

a) “Me conquistou.” (1°§)

b) “E já estão me confundindo com Artur da Távola?” (2 °§)

c) “Disse que me lia sempre (...) (3°§)

d) “(...)sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só


não me lembro (...)” (4 °§)

e) “(...)nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu (...)” (4 °§)

51. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/2017)

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na


medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que


pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso
consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o
conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é
que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para
permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo.
Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção,
entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro
fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras


funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava
de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro

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morre. Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o


amor, por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu


adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes
de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que
indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis
doadores.

Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em


diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o
indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente
reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas
à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas
24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,
de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá


ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste
momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de


locomoção” (1º§), o verbo destacado está flexionado no plural concordando
com:

a) o sujeito “eles” que se encontra oculto.

b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”.

c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de locomoção”.


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d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito indeterminado.

e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

52. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo


de planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez
filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

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A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro parágrafo, está flexionada


no seguinte tempo verbal:

a) futuro do pretérito.

b) pretérito perfeito.

c) pretérito imperfeito.

d) futuro do presente.

53. (IBFC/MGS/2017)

Texto – Questões 53 e 54

O retrato

(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O
rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de
frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela
uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus
olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar;
a cara contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o
suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não,
obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela


uma fotografia e pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois
concorda com a seguinte palavra:

a) caderneta.

b) bolso.

c) fotografia.

d) homem.

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54. (IBFC/MGS/2017) Na oração ‘O homem disse “nada não, obrigado”’, o


verbo encontra-se flexionado no pretérito perfeito do modo Indicativo.
Assinale a opção em que se reescreve a oração com o verbo no tempo
presente do Indicativo.

a) O homem diz “nada não, obrigado.

b) O homem diria “nada não, obrigado.

c) O homem dirá “nada não, obrigado.

d) O homem dizia “nada não, obrigado.

55. (IBFC/AGERBA/2017)

Texto

Primeira classe

(Moacyr Scliar)

Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira


classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional,
era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da
primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre
outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.

E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um


importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava:
coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava
vazio.

Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para


sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a

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passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na


primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.

Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia
fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo
morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na
primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a
classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja,
ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um
downgrade.

Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a
primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele,
arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida
para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da
senhora: “Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu
morta graças à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.

Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá
viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.

A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, pode causar confusão.


O verbo “quis”, presente em “Minha mãe sempre quis viajar” (5º§) é um
exemplo típico. Nesse sentido, assinale a alternativa em que se indica
INCORRETAMENTE a sua flexão.

a) queres – Presente do Indicativo.

b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.

c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.

d) queira – Presente do Subjuntivo.

e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

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56. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no
chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda
erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário
pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer
antes do chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso.


Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção


de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou
melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer
outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço
daquele? [...] Quase respondi...

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- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel
com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito
mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto,


constrói um sentido de ação:

a) passada e concluída.

b) que ainda será realizada.

c) pontual e ocorrida no presente.

d) com ideia de continuidade.

e) passada que não mais se realiza.

57. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma
bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a
unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando
era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez,
o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu
sabia o que era gude. Gude era gude.

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Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares


para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que
inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei
que jeito é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, apontam para dois


momentos distintos na vida do narrador. Tais verbos estão flexionados,
respectivamente, no:

a) pretérito perfeito e presente.

b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito.

c) pretérito perfeito e futuro do pretérito.

d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito.

e) pretérito imperfeito e presente.

58. (IBFC/EBSERH/2017)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares


para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que
inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos.” (2º§)

Os verbos que se encontram na forma nominal de gerúndio contribuem para


a representação de uma ação que sinaliza:

a) um processo.

b) uma interrupção.

c) um passado remoto.

d) uma possibilidade.

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e) uma descontinuidade.

59. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo
mesmo muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o


corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, finalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

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O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de


apagar as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode
fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a


escovar os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova. Meu Deus, o que


será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

A presença do verbo “começando” permite ao leitor inferir a seguinte


postura do maduro.

a) sempre sentiu inveja dos imaturos.

b) acha que a vida dos imaturos é pior.

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c) nunca desejou a vida dos imaturos.

d) espera que sua vida madura melhore.

e) acreditava antes que sua vida era melhor.

60. (IBFC/MGS/2016)

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que


dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de
uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de
chuva, e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem.


Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo,
de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo


tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma
surgiram no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o
alfinete de pérola na gravata.

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Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É
largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto,
sem que faça um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora,


comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto
no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos


- de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do
nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam


toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão.
Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos


vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando
vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o
rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava
estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza
as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma
sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café
ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os
cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera
do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.
O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.
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Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”


(14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente,
o trecho em destaque da seguinte forma:

a) O toco de vela é apagado

b) O toco de vela apaga a si mesmo

c) Apagam o toco de vela

d) O toco de vela pode ser apagado

61. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito.
Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de
morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como
teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter
seus códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto
quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo,
não revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros
valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida
ou monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo
escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que
amamos espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

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Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas
por consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia


saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo
lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na
nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso
habitat, que nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos
nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com
lareira que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e
impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis,
casas divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo,
o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

Em “Li esta frase outro dia e achei perfeito.” (1°§), os verbos destacados
expressam uma noção de tempo:

a) presente

b) passado

c) futuro

d) hipotético

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62. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

QUESTÕES 62 E 63

O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e


metodológicos ensejados pela escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas


de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de
todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os
sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo
globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX
e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o
ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de
(in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As
distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer
seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via
satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da
informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais
complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da
revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da
informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua
influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras
mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É
necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que
possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em
busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os
paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam
contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo
de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado
que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão
contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.

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http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia as opções abaixo e indique a que altera a conjugação para o tempo


futuro de maneira correta.

É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação


que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado.

a) Será necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

b) Serão necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

c) Há a necessidade de investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

d) Seria necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

63. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Estamos


iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI.

a) Iniciaremos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

b) Iniciamos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

c) Iniciarei os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para


a entrada do século XXI.

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d) Ao iniciarmos os últimos passos para a saída do século XX e os


primeiros para a entrada do século XXI.

64. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO


CONCEITO

(...)

Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de
comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações
de parentesco e vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços
afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e
nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos
autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos
atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de comunidade, no
sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por
Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos,
reciprocidade, autonomia política e econômica e subordinação do individual
ao social.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na


medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se
associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais
como relações de parentesco, interdependências econômicas ou convivam
numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais
amplo e inclui o de comunidade.

Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do


processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades
laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a multiplicação dos
grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de
organização social predominante e a ampliação e internacionalização das
trocas comerciais são algumas condições sociais que promovem modos de
vida societários e fundamentam a separação conceituai entre comunidade e
sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda
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como modo predominante de agrupamento social, embora a bibliografia


seja quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais
ao longo da História. (...)

http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso
em 02/05/2016.

Assinale a alternativa que conjuga o verbo destacado no tempo futuro.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais.

a) Ser

b) Foi

c) Era

d) Será

65. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada:
“Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também
de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se
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ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se


olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou
permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos
lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos
olha sem entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

No trecho “Barba é importante. Sempre foi.” (2°§), o autor apresenta duas


afirmações que assumem um sentido generalizante, podendo ser entendidas
como verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os seguintes
recursos linguísticos:

a) O substantivo “Barba”, na primeira oração e sua omissão na segunda.

b) O emprego do adjetivo “importante” e as frases curtas.

c) O uso do presente do indicativo e do advérbio “sempre”.

d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda oração.

e) A construção de períodos simples e a omissão de um dos sujeitos.

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66. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

A mentirosa liberdade

Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa


cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse
material na cabeça e, pior, na alma - como se fosse algodão-doce colorido.
Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar
bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não
ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor
balada, de um clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem
possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se


falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por
exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”.
Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda
como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos
escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a
fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo
tratados a remédio), [...] a alegria, de tanta tensão, nos escapa. [...]

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que


você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular?
[...] Treze anos e ainda não ficou? [...] Já precisa trabalhar? Que chatice! E
depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem
aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra
toda essa correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer ajuda. Combater a
ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo
desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda.
Descobrir o que queremos e podemos é um aprendizado, mas leva algum
tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher
nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem
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depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem
cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e
mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não
vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a
nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão
pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada
têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida,
sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.

(LUFT, Lya. Veja, 25/03/09, adaptado)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra
toda essa correnteza. "(4°§)

No trecho em análise, a incerteza introduzida pelo advérbio “Talvez” é


reforçada pela forma verbal “possa”, cuja correta classificação da flexão é:

a) Presente do Subjuntivo

b) Futuro do Presente do Indicativo

c) Presente do Indicativo

d) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

e) Futuro do Subjuntivo

67. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS – RJ/2015)

Cace a liberdade

(Martha Medeiros)

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia
que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é
a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro.
Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo
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pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma


abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira,
afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso
ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando
se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas
não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares
e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e
despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para
alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde,


pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá
para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente,
o mar parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de


rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de


atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários.
Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas,
modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande
na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa
galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe
para a sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista.
Abra portas. E páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com
meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna
repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de
calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar
certo. O ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece
de se alimentar direito.

Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia” (2º§), o termo em


destaque classifica-se, morfologicamente, como:
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a) adjetivo

b) advérbio

c) substantivo

d) verbo

e) conjunção

68. (IBFC/MGS/2015)

A arte de escrever

“Há, portanto, uma arte de escrever - que é a redação. Não é uma


prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a
qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar.

A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em


que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em
princípio.

O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é


a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e
compreensível de ideias.

Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém


é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.

Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício


da vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são
muito diversas das da redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a
importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa
especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal,
como tem na escola.

Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de


escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do

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que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o
esforço e a prática vencem.

Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a


nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes
na nossa própria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho
nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...]

A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada,


que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente
conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina
mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que
outros, com bom resultado, escreveram."

(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a.
Edição, Vozes, Petrópolís, 1983.)

Em “Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática


vencem."(6°§), assinale o comentário INCORRETO sobre a forma verbal
em destaque:

a) Caracteriza uma oração sem sujeito

b) Está conjugada no presente do indicativo.

c) A substituição por “existir" geraria alterações sintáticas.

d) Está flexionada na primeira pessoa do singular.

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69. (IBFC/MGS/2015)

Texto II

Meninos
Sentado à soleira da porta

Menino triste

Que nunca leu Júlio Verne

Menino que não joga bilboquê

Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda

Rodando na bicicleta

O mar autônomo sem fim

É triste a luta das classes.

(Murilo Mendes)

Vocabulário:

Júlio Verne - importante escritor francês do século XIX bilboquê - tipo de


brinquedo

Dentre as palavras destacadas abaixo, retiradas do poema, apenas uma


NÃO é substantivo. Assinale-a.

a) “Sentado à soleira da porta” (v.1)

b) “Menino que não joga bilboquê” (v.4)

c) “Contempla o menino rico na varanda” (v.6)

d) “Rodando na bicicleta” (v.7)

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70. (IBFC/MGS/2015)

Texto

Bem-vindo. E parabéns. Estou encantado com seu sucesso. Chegar aqui


não foi fácil, eu sei. Na verdade, suspeito que foi um pouco mais difícil do
que você imagina.

Para início de conversa, para você estar aqui agora, trilhões de átomos
agitados tiveram de se reunir de uma maneira, intricada e intrigantemente
providencial a fim de criá-lo. É uma organização tão especializada e
particular que nunca antes foi tentada e só existirá desta vez. Nos próximos
anos (esperamos), essas partículas minúsculas se dedicarão totalmente aos
bilhões de esforços jeitosos e cooperativos necessários para mantê-lo
intacto e deixá-lo experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não
damos o devido valor, conhecido como existência.

Por que os átomos se dão esse trabalho é um enigma. Ser você não é
uma experiência gratificante no nível atômico. Apesar de toda a atenção
dedicada, seus átomos na verdade nem ligam para você - eles nem sequer
sabem que você existe. Não sabem nem que eles existem. São partículas
insensíveis, afinal, e nem estão vivas. (A ideia de que se você se
desintegrasse, arrancando com uma pinça um átomo de cada vez,
produziria um montículo de poeira atômica fina, sem nenhum sinal de vida,
mas que constituiria você, é meio sinistra.) No entanto, durante sua
existência, eles responderão a um só impulso dominante: fazer com que
você seja você.

(BRYSON, Bill. Breve história de quase tudo. Trad. de Ivo Korytowski. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 11)

O texto é destinado a interlocutores específicos, no caso, os leitores. Dentre


as opções abaixo, assinale o único recurso gramatical que NÃO é
empregado para fazer referência ao leitor como interlocutor.

a) o adjetivo “Bem-vindo" (1°§) que introduz o texto.

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b) o verbo “suspeito" (1º §) em “suspeito que foi".

c) o pronome possessivo “seu" em “seu sucesso"(1°§).

d) o pronome de tratamento “você" em “para você estar aqui“(2°§)

71. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo


de planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez
filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

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(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o
acento do verbo em destaque deve-se a uma exigência de concordância.
Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.

a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.

b) O jovem têm um grande desafio pela frente.

c) As pessoas tem muitos planos.

d) A mentira tem perna curta.

72. (IBFC/MGS/2017)

Texto

Estranhas Gentilezas

(Ivan Angelo)

Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes


cidades não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de
tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados,
nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a
gente.

Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá.
Tratam-me com inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais
suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada. A
impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana
passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o
engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal
resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade
morria ali.

Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O


episódio do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama,
que já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?
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Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o


telefonema fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites
da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de pessoas me
cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas,
sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1 . Num restaurante caro, o
maître2 , com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e
me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia
impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro
larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.

[...]

Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir
em troca de tanta gentileza?

Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.

Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas


escadas porque alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do
banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória, enfrento
a fila do caixa, não aceitam meus cheques para pagar contas em nome de
minha mulher, saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida
arriscando a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma
poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a sonhar com
gentilezas.

Vocabulário:

1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo

2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos


restaurantes

3 carros muito velozes

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Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da


concordância verbal, pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a
função sintática de:

a) objeto direto.

b) sujeito.

c) objeto indireto.

d) complemento nominal.

73. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que


dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de
uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de
chuva, e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem.


Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo,
de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo


tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma
surgiram no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

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A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o
alfinete de pérola na gravata.

Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É
largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto,
sem que faça um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e,


agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e
torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários


objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo
do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra
cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam


toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão.
Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos


vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando
vivo - só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o
rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava
estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça.


Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a
espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as
mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas
para descansar os cotovelos.

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Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à


espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a
aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a
cair.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam


vazias.” (12°§)

Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se


refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é:

a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos.

b) indeterminado e sem referência gramatical explícita.

c) simples e representado pela construção “a multidão”.

d) desinencial marcado pela terceira pessoa.

74. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito.
Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de
morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como
teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter
seus códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
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direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto


quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo,
não revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros
valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida
ou monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo
escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que
amamos espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas
por consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia


saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo
lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na
nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso
habitat, que nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos
nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com
lareira que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e
impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis,
casas divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo,
o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”.
Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque
deve-se à concordância com a seguinte palavra:
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a) “há”

b) “casas”

c) “lareira”

d) “frias”

75. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Facebook deixa você depressivo

Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe,
aquele mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade
conseguiu o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a
felicidade estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um
centavo para viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que
você. Pobrecito...

Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas.
E se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam
com expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm
uma vida melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada
um tinha no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de
cinco horas por semana.

E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a


chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda
mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do
Facebook.

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A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no


Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho
uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos
a sua vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein. (Disponível
em: http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)

No segundo parágrafo, o trecho “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor que a minha” possui um verbo destacado que recebe acento gráfico
devido à concordância com:

a) “dos”

b) “amigos”

c) “vida”

d) “minha”

76. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que completa a lacuna.

A maioria dos funcionários______ feliz com a indicação do novo gerente,


(estar)

a) Está

b) Estão

c) São

d) Estavam

77. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
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almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e,


principalmente, com a crença da quase totalidade de seus moradores de
que o pão e o presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou
no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de
assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na
semana passada. No Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do
quarteirão a que me dirigia quando, na outra esquina, uma senhora me
acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se
aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os
braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-lhe um abraço e ela gritou
entusiasmada: “Artur da Távola!”

Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em
meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra
velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de
que eu não estava escrevendo), que se identificava com as minhas
histórias, e que minha coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às
sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela
me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do
Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão
de que tinha se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E,
depois, pensa bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve
estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do
jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já


tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido
criar, nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me
identificar nas ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em


quando, pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me
responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia
na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar
com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos
motoristas da cidade. Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço
pro Cony autografar.

As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?”
Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?

Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço
pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não
analiso a conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o
outro, aquele outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito,
vê novelas... lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o
concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano.
Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado
como aquele que tem muita honra em estar em página próxima aos textos
do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve,
dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais
um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os outros,
mas que não cabe em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se
encontrar semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu
escrever. Tem que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer
reencontrá-lo.

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Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece


em “Faz oito meses que parei”:

a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

78. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o segundo parágrafo do texto,


transcrito a seguir, para responder à questão

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ”

Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece


em “Faz oito meses que parei”:

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a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

79. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada:
“Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também
de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se
ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se
olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou
permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

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É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos
lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos
olha sem entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a
infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em destaque justifica-se
pela mesma regra aplicada em:

a) Ninguém chegou.

b) Qual de nós nunca errou?

c) A maioria das pessoas chegaram tarde.

d) Houve muitos problemas.

e) Mais de um carro se chocaram.

80. (IBFC/MPE-SP/2013) Considere as orações abaixo.

I. Devem haver muitos candidatos escritos.

II. Ontem, já haviam saído os ônibus.

III. A maioria dos jovens que terminam o Ensino Médio apresenta


dificuldade na interpretação de textos.

A concordância está correta em:

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas II e III

d) Apenas I e III

e) Apenas I e II
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81. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/2017)

No terceiro parágrafo do texto, percebe-se um desvio de regência em


relação à Norma Padrão, na seguinte passagem:

a) “com a efetiva participação de representantes das Perícias Médicas”.

b) “Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do


INSS”.

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c) “que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade”.

d) “visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto”.

e) “no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997,”.

82. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o fragmento abaixo para responder à


questão seguinte.

“E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu


tinha a certeza de que aquele som dos bombos fazia parte do meu código
genético.” (1º§)

A preposição destacada acima tem seu emprego justificado por uma relação
de regência cujo termo regente é:

a) eu

b) tinha

c) certeza

d) aquele

e) som

83. (IBFC/SEPLAG-MG/2013) Leia as afirmativas abaixo para responder a


questão:

I. Sua decisão implicará grandes perdas.

II. Amor implica em sacrifício.

III. Os funcionários devem obedecer o regimento.

As frases que apresentam erro quanto à regência verbal são:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I e III, apenas.
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d) I, II e III.

84. (IBFC/SES-PR/2016)

Texto I

Aquilo por que vivi

Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a


vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo
sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo
oceano de angústia, chegando às raias do desespero.

Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase - um êxtase tão


grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos
liberta da solidão - essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula
percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.
Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística,
algo que prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o
que busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom para vida
humana, foi isso que - afinal - encontrei.

Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o


coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E
procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima
do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o
consegui.

Amor e conhecimento, até o ponto em que são possíveis, conduzem para


o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos
de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus
filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa
irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas
não posso, e também sofro.

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Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida
e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.

(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,


1967.)

O título do texto, “Aquilo por que vivi”, apresenta a preposição “por” em


função de uma exigência. Trata-se de uma exigência de:

a) concordância

b) colocação pronominal

c) regência

d) estilística

85. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

Encontro

Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos


mais claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um
desenho diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue,
fina ruga – quase estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada
que não via há muito tempo, não eram essas pequenas coisas que
intrigavam o seu olhar afetuoso e melancólico. Havia certa mudança
imponderável, e difícil de localizar – a voz ou o jeito de falar, o tom ao
mesmo tempo mais desembaraçado e mais sereno?

E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os
membros, havia uma sutil mudança.

Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime
para emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o
abandonava com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos
cuja beleza imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.
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Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes


assuntos sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se
a visse pela primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus
olhos e de sua alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas
no espaço e no tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois
ela continuava bela, talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de
que, como da primeira vez que a vira, receberia sua beleza como um
choque, uma bênção e um leve pânico, tanto a sua radiosa formosura dá
uma vida e um sentido novo a qualquer ambiente, traz essa vibração
especial que só certas mulheres realmente belas produzem. Mas de algum
modo esse deslumbramento seria diferente do antigo – como se ela
estivesse mais pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos graça e
abandono de animal jovem.

O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele
andou a seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!) mas não
quis sentar, recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela
roda. Despediuse. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e
recebeu, como antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso,
sentiu uma coisa boa dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde
na confusão da vida e que uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio
dos que muito souberam amar.

(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª


ed., 2008)

Em “E quando estendeu a mão àquela que tanto amara” (5º§), há uma


ocorrência de crase sobre a qual faz-se o seguinte comentário
corretamente:

a) Trata-se de um caso facultativo em função do pronome demonstrativo.

b) Não deveria ocorrer em função da falta da preposição “a” explícita.

c) O acento grave deveria ser deslocado para o “a” que precede o termo
“mão”.

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d) Ocorre devido à regência do verbo estender e sua relação com o termo


regido.

86. (IBFC/COMLURB/2016) Leia as alternativas abaixo e assinale a que não


apresenta erro de concordância:

a) O médico e o Engenheiro assistiriam todos os funcionários da empresa.

b) O médico e o Engenheiro assistiriam a todos os funcionários da


empresa.

c) Os funcionários da empresa assistiram todos os vídeos, a fim de


aprender mais sobre o assunto.

d) Os funcionários da empresa assistiram os vídeos, a fim de aprender


mais sobre o assunto.

87. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e,
principalmente, com a crença da quase totalidade de seus moradores de
que o pão e o presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou
no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de
assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na
semana passada. No Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do
quarteirão a que me dirigia quando, na outra esquina, uma senhora me
acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se
aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os
braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-lhe um abraço e ela gritou
entusiasmada: “Artur da Távola!”

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Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em
meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra
velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de
que eu não estava escrevendo), que se identificava com as minhas
histórias, e que minha coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às
sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela
me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do
Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão
de que tinha se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E,
depois, pensa bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve
estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do
jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não
me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já
tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido
criar, nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me
identificar nas ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em


quando, pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me
responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia
na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar
com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos
motoristas da cidade. Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço
pro Cony autografar.

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?”
Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?

Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço
pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não
analiso a conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o
outro, aquele outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito,
vê novelas... lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o
concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano.
Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado
como aquele que tem muita honra em estar em página próxima aos textos
do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve,
dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais
um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os outros,
mas que não cabe em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se
encontrar semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu
escrever. Tem que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer
reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho? (Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

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Atentando-se às regras de regência verbal e preocupando-se em manter o


sentido original, a reescritura da frase “Prefiro não ter o talento do mestre,
mas continuar vivo.” estaria correta apenas em:

a) Prefiro não ter o talento do mestre do que continuar vivo.

b) Prefiro não ter o talento do mestre a continuar vivo.

c) Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre.

d) Prefiro continuar vivo do que ter o talento do mestre.

e) Prefiro ter o talento do mestre do que continuar vivo.

88. (IBFC/EMEDEC/2016)

Sonhos

Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do


cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela. Só
que... Só que, mesmo que você não saiba exatamente o que vai ver no
cinema, tem uma ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz.
Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os atores. Sabe
que, se for filme de horror, vai se assustar, se for um filme com o Silvester
Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no cinema preparado. Mas
você nunca dorme sabendo o que vai sonhar. (Luís Fernando Veríssimo,
fragmento)

A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao cinema”, segue a


exigência da norma padrão da língua. Assinale a opção em que essa
exigência NÃO está sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à norma.

a) Preferimos televisão a cinema.

b) Esse comportamento implicará advertência.

c) Nós lembramos de tudo que aconteceu.

d) O candidato aspirava a um bom resultado.

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89. (IBFC/DOCAS-PB/2015)

Texto I

Quindins Quando sentiu que ia morrer, o Dr. Ariosto pediu para falar a
sós com a mulher, dona Quiléia (Quequé).

- Senta aí, Quequé.

Ela sentou na beira da cama. Protestou, chorosa, quando o marido disse


que sabia que estava no fim. Mas o Dr. Ariosto a acalmou. Os dois sabiam
que ele tinha pouco tempo de vida e era melhor que enfrentassem a
situação sem drama. Precisava contar uma coisa à mulher. Para morrerem
paz. Contou, então, que tinha outra família.

- O quê, Ariosto?!

Tinha. Pronto. Outra mulher, outros filhos, até outros netos. A dona
Quiléia iria saber de qualquer maneira, pois ele incluíra a outra família no
seu testamento. Mas tinha decidido contar ele mesmo. De viva, por assim
dizer, voz. Para que não ficasse aquela mentira entre eles. E para que dona
Quiléia fosse tolerante com a sua memória e com a outra. Promete,
Quequé? Dona Quiléia chorava muito. Só pôde fazer “sim” com a cabeça.
Aliviado, o Dr. Ariosto deixou a cabeça cair no travesseiro. Podia morrer em
paz.

Mas aconteceu o seguinte: não morreu. Teve uma melhora


surpreendente, que os médicos não souberam explicar e que Dona Quiléia
atribui à promessa que fizera a seu santo. Em poucas semanas, estava fora
de cama. Ainda precisa de cuidados, é claro. Dona Quiléia tem que regular
sua alimentação, dar remédio na hora certa... Ficam os dois sentados na
sala, olhando a televisão, em silêncio. Um silêncio constrangido. O Dr.
Ariosto arrependido de ter feito a confissão. A Dona Quiléia achando que
não fica bem se aproveitar de uma revelação que o homem fez, afinal, no
seu leito de morte. Simplesmente não tocam no assunto. No outro dia o Dr.
Ariosto teve permissão do médico para sair, pela primeira vez, de casa.
Arrumou-se. Pediu para chamarem um táxi.

- Quer que eu vá com você? - perguntou a mulher.


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- Não precisa.

- Você demora? - Não, não. Vou só...

Não completou a frase. Ficaram mais alguns instantes na porta, em


silêncio. Depois ele disse:

- Bom. Tchau.

- Tchau.

Agora, tem uma coisa: Dona Quiléia não pagou a promessa ao santo.
Ainda compra quindins escondido e os come sozinha. Aliás, deu para comer
quindões. Grandes, enormes, translúcidos quindões.
(Luis Fernando Veríssimo)

No fragmento “Precisava contar uma coisa à mulher” (3°§), a crase ocorre,


basicamente, devido:

a) à regência do verbo precisar e ao complemento feminino.

b) à construção de uma locução adverbial com vocábulo feminino.

c) ao “a” inicial de uma locução prepositiva com vocábulo feminino.

d) à regência do verbo “contar” e ao complemento feminino.

90. (IBFC/SSA-HMDCC/2015)

Texto I

O que é filosofia?

Querida Sofia,

Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos


antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase
todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte.

Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são


muito diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de
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romances, outros ainda preferem livros sobre temas diversos como


astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.

Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que


todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão
assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras
pessoas achem o esporte uma chatice.

Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa
que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram?
Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as
pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso.

Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma


pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se
fazemos a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta
será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e
isolado, então certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas.

Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles
acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo
precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma
coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir
quem somos e por que vivemos.

Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse


“casual” como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais
questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem
praticamente desde quando passamos a habitar este planeta. A questão de
saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão
maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro
nos últimos Jogos Olímpicos.

(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras,


1995. p.24-25)

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“Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §)

Assinale a alternativa em que se faz um comentário sintático INCORRETO


sobre o trecho em análise.

a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida pela conjunção


integrante “que”.

b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito simples do verbo


“resta”.

c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função sintática de


predicativo.

d) O emprego da preposição “de” após o substantivo “coisa” obedece à


regência desse nome.

91. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no
chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda
erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário
pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer
antes do chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]


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Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou
melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...] Dia desses, no lotação. A tal estava a
meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo.

Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem


diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de


confiança.“ (5º§) justifica-se pela mesma razão do que ocorre no seguinte
exemplo:

a) Entregou o documento às meninas.

b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.


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c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.

d) Às experiências, dedicou sua vida.

e) Deu um retorno às fãs.

92. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas


que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene
do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA -
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tomar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e
a promoção da saúde do trabalhador.

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A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas apresenta correta


aplicação de crase, seguindo a mesma lógica do texto.

“A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações...”

a) O curso de português discute assuntos associados à gramática, à


literatura e à produção de textos.

b) O professor fez correções à respeito dos erros de ortografia presentes no


texto.

c) O referido texto apresenta informações de grande importância à alunos


de Engenharia.

d) A literatura sobre Segurança do Trabalho presente na faculdade


apresenta informações importantes à seus alunos.

93. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia as opções


abaixo e assinale a alternativa em que a crase está correta.

a) Este ano os alunos vão à São Paulo para fazer pesquisas.

b) O aluno da escola está encerrando o trabalho que será entregue à sua


professora.

c) Este ano os alunos vão à Bahia para fazer pesquisas.

d) O aluno está se dedicando à pesquisar novos meios de comunicação.

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94. (IBFC/EBSERH/2016)

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada:
“Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também
de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se
ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se
olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou
permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos
lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos
olha sem entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

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Em “logo passa à condição de rotina” (3°§), ocorre o acento grave indicativo


de crase. Dentre as reescrituras do fragmento propostas abaixo, assinale a
que NÃO ilustra um erro no emprego desse acento.

a) logo passa à esta situação de rotina

b) logo passa à situações de rotina

c) logo passa à fazer parte da rotina

d) logo passa à um contexto de rotina

e) logo passa à construção da rotina

95. (IBFC/EMBASA/2015)

Não quer ajudar, não atrapalha

(Gregório Duvivier)

É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris


no avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o avatar.
Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar
quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas
pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o
nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer outra causa.

Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa


bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a transfobia. Você é
contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente
se comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está
muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de
esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah, você doa pros pobres?
Populista. Culpado. Assistencialista.

Cintia Suzuki resumiu bem: “Você coloca um avatar coloridinho, aí não


pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras
pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar

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vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem


entenderem, já que você não vai ajudar ninguém".

Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não
comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: “De onde
você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem
pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos
peruanos que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"

O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à


carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o
mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da
saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo
alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada.
Quando o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar. A
solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma
cigarro. Assim é fácil, vizinho.

Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado
em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada — melhor seria se
usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria
minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.

(Disponível em: http://www1 .folha.uol.com.br/colunas/


areaorioduvivier/2015/07/1654941-nao-auer-aiudar-nao-atrapalha.shtml.
Acesso em: 10/09/15)

No fragmento “O estranho é que, independentemente da sua orientação em


relação à carne" (5°§), ocorre um exemplo de crase. Ao reescrever-se um
trecho desse fragmento, substituindo o vocábulo “carne" por outras
construções, aponte a única opção em que o acento grave estaria sendo
usado corretamente.

a) independentemente da sua orientação em relação à escolha

b) independentemente da sua orientação em relação à uma alimentação

c) independentemente da sua orientação em relação à alimentar-se

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d) independentemente da sua orientação em relação à comidas

96. (EBSERH/IBFC/2015)

Texto

O amor acaba

(Paulo Mendes Campos)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua


nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes
dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro
que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro
repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora
tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e
acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados,
e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as
mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços
luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido
iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do
cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos
braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres;
mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar
diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da
pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas
silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas
da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na
compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles
momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio
inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto
que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
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ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o


amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo
Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois,
o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes
acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas
encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e
quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e
acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre,
na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido
como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que
alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora
melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma
palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de
manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do
verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os
lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo
o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o
amor acaba.

Observe o fragmento: “depois de três goles mornos de gim à beira da


piscina". Nele, o acento grave é compreendido também pelo papel sintático
da construção em que ele se encontra. Considerando o contexto, assinale a
opção em que se destaca um exemplo de palavra ou expressão que, embora
não corresponda ao mesmo valor semântico, exerça a mesma função
sintática do termo destacado neste enunciado.

a) “num domingo de lua nova"

b) “polvilhando de cinzas o escarlate das unhas"

c) “na compulsão da simplicidade simplesmente"

d) “e amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos"

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e) “e acaba nas encruzilhadas de Paris"

97. (IBFC/PC-SE/2014) “O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava


hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca
obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim,
pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China
inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de
Cantão.

Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:

- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima,


Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de
remediar.”

Ao empregar o acento grave, deve-se considerar a relação de dependência


entre termos. Em “ameaça à China inteira”, a presença do acento grave
justifica-se em função do mesmo contexto lingüístico verificado em:

a) Vou à feira

b) Estou apta à tarefa

c) Saiu às dez horas

d) Cortou o cabelo à Roberto Carlos

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98. (IBFC/SEDS-MG/2014)

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Em “Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, “, ocorre a


contração da preposição “a” com o artigo “a”. A ocorrência da preposição
deve-se a uma relação de regência, na qual o termo regente é:

a) “assim”

b) “excitação”

c) “emoções”

d) “ligadas”

99. (IBFC/SEAP-DF/2013) Indique a alternativa em que o sinal da crase é


facultativo:

a) O paciente foi socorrido às pressas

b) Hoje cedo, Sofia voltou à casa da mãe.

c) Morte de bebês leva à punição de médico.

d) Esse assunto se refere à sua casa.

100. (IBFC/SEAP-DF/2013) O fenômeno da crase é marcado em português


pelo acento grave. Assinale abaixo a alternativa que apresenta erro quanto
ao uso do acento indicativo de crase.

a) Ao chegar à margem, o encanto se perde.

b) Foi com a irmã a casa.

c) Deu à ela todo seu amor

d) Chegaram à casa da praia ao cair da noite.

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101. (IBFC/MGS/2017)

Texto II

Família

(Titãs, fragmento)

Família, família

Papai, mamãe, titia,

Família, família

Almoça junto todo dia,

Nunca perde essa mania

Mas quando a filha quer fugir de casa

Precisa descolar um ganha-pão

Filha de família se não casa

Papai, mamãe, não dão nenhum tostão

Família êh!

Família áh!

Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:

a) indicar uma sequência infinita de termos.

b) separar elementos de uma enumeração.

c) marcar uma pausa longa entre as palavras.

d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

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102. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma
bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a
unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando
era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez,
o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu
sabia o que era gude. Gude era gude.

Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares


para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que
inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei
que jeito é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

O emprego das reticências no título, sugere:

a) a incapacidade do autor em completar a ideia.

b) a caracterização de uma enumeração infinita.

c) um convite para que o leitor refita sobre o tema.

d) a sinalização de um questionamento do leitor.

e) a representação de uma ideia polêmica.

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103. (IBFC/EBSERH/2016)

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes


com tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo
mesmo muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma


posição menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é
capaz de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir


o corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, fnalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]
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Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro fcar com mania de


apagar as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode
fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a


escovar os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

O emprego da vírgula justifca-se por:

a) isolar uma oração subordinada adverbial.

b) marcar a presença de um aposto explicativo.

c) separar orações coordenadas assindéticas.

d) indicar a presença de um vocativo.

e) acompanhar um termo deslocado da ordem direta.

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104. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como
lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir
da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa
forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida
passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem
graça, quem fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos
de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou
bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode
ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e
ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do
mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)


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As aspas empregadas em “dos remendos e intervenções para manter ou


recuperar a “beleza” ” (3º§) permitem a leitura de uma crítica à ideia de
que:

a) cada idade tem sua beleza própria

b) a beleza só está associada à juventude

c) a beleza interior deve valer mais do que a exterior

d) o conceito de beleza é subjetivo, bastante relativo

e) trabalhando a mente, o corpo fica belo

105. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como
lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir
da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa
forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida
passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem
graça, quem fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos
de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou
bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode
ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e
ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]
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Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do
mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.”


(3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:

a) ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas

b) ênfase a cada um dos termos da enumeração

c) hierarquização de valor aos termos da enumeração

d) ressignificação do sentido dos termos empregados

e) atribuição e valor imperativo aos termos enumerados

106. (IBFC/TCM-RJ/2016) Assinale a alternativa cuja frase está


corretamente pontuada.

a) O bolo que estava sobre a mesa, sumiu

b) Ele, apressadamente se retirou, quando ouviu um barulho estranho

c) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja

d) Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia

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107. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de


medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho,
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de
trabalho do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene
do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA -
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tomar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e
a promoção da saúde do trabalhador.

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

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Em textos em Língua Portuguesa sabe-se que a alteração de pontuação


pode prejudicar a organização do texto e, muitas vezes, mudar o sentido da
frase. Leia a sentença abaixo e indique a alternativa em que a alteração da
pontuação mantém o texto correto:

“O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.”

a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma empresa compõe-se de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho.

b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, compõe-se de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho.

c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de


uma equipe multidisciplinar composta por: Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho.

d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se, de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e
Enfermeiro do Trabalho.

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108. (IBFC/COMLURB/2016) Abaixo se apresenta um trecho da obra Ensaio


sobre a cegueira, de José Saramago, com várias opções de pontuação.
Assinale a alternativa em que todas as vírgulas estão colocadas
corretamente.

a) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

b) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando recuando como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

c) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal, da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos, que sentissem vir no ar a chibata.

d) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem


mantinham em tensão, os carros avançando recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

109. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) O estudo


científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela
escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas


de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de
todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os
sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo
globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX
e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o
ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de
(in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As
distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer
seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via
satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da

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informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais


complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da
revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da
informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua
influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras
mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É
necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que
possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em
busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os
paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam
contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo
de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado
que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão
contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.

http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia a citação abaixo e assinale a alternativa em que a alteração de


pontuação não deixa a frase incorreta.

Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente
de mais difícil compreensão.

a) Com as novas tecnologias a velocidade da informação e o processo


comunicacional, tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente
de mais difícil compreensão.

b) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente,
de mais difícil compreensão.

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c) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente
de mais difícil compreensão.

d) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação, e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente,
de mais difícil compreensão.

110. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) Assinale a


alternativa que não indica problema de pontuação.

a) A comunicação, é muito importante para a convivência em comunidade.

b) A comunicação é muito importante para a convivência em comunidade.

c) A comunicação é muito importante, para a convivência em comunidade.

d) A comunicação, é muito importante, para a convivência em


comunidade.

GABARITO – PORTUGUÊS – CADERNO 02


1-A 2-D 3-C 4-A 5-D 6-D 7-D 8-B 9-A 10-A
11-C 12-D 13-C 14-A 15-C 16-A 17-D 18-C 19-C 20-D
21-D 22-D 23-C 24-C 25-B 26-A 27-B 28-A 29-D 30-B
31-E 32-A 33-C 34-B 35-B 36-D 37-D 38-D 39-E 40-A
41-C 42-B 43-B 44-C 45-B 46-D 47-D 48-B 49-D 50-A
51-B 52-A 53-D 54-A 55-B 56-D 57-E 58-A 59-E 60-A
61-B 62-A 63-B 64-D 65-C 66-A 67-B 68-D 69-A 70-B
71-D 72-B 73-C 74-B 75-B 76-A 77-C 78-C 79-B 80-C
81-D 82-C 83-B 84-C 85-D 86-A 87-C 88-C 89-D 90-D
91-C 92-A 93-C 94-E 95-A 96-C 97-B 98-D 99-D 100-C
101-B 102-C 103-E 104-B 105-B 106-D 107-C 108-A 109-B 110-B

Bons estudos e sucesso em sua vida!!!


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