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CONCURSO PMBA – PORTUGUÊS

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QUESTÕES DE PORTUGUÊS

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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art. 184 do Código Penal, o que pode PREJUDICAR o seu ingresso na
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA (PMBA). Grupos de rateio e pirataria são
clandestinos, violam a lei e prejudica o professor que elabora o
material.
LEMBRE-SE: Quando você é aprovado em um concurso policial existe
a fase de investigação social, e adquirir materiais piratas ou rateados
pode te eliminar do concurso, por ser esta uma prática que constitui
CRIME. O primeiro passo para ser um bom policial é ser

HONESTO.

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QUESTÕES DE PORTUGUÊS
1. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

A Angústia

Quem não sabe como vencer o estado de angústia, dê uma olhada para o
desespero alheio.

Aos ouvidos das lebres chega, de repente, um violento estrépito1. Elas


então pensam ter chegado a hora de pôrtermo à vida porque não sabiam
como livrar-se de tanto temor.

Assim, (apavoradas), chegam à beira de uma lagoa com o intento de


lançaram-se na água e afogarem-se.

À chegada daquele batalhão de lebres, as rãs fogem aterrorizadas. Então


uma das lebres fala: “Há gente com medo de nós. Vamos prosseguir vivendo
como todos os outros fazem.”

Refeitas do susto, as lebres retomaram a sua vida de rotina saltitante.

1 barulho
(Fedro, Fábulas. São Paulo: Editora Escala, 2008 )

A palavra “angústia” (1°§) recebe acento agudo em função da seguinte regra


de acentuação:

a) paroxítona terminada em ditongo crescente

b) acentuam-se todas as proparoxítonas

c) paroxítona terminada em vogal

d) oxítona termina em “ia”

2. (IBFC/CÂMARA DE FRANCA-SP/2016) Analise a afirmativa abaixo e


assinale a alternativa que apresenta erro de língua portuguesa.

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“E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.”

a) o amarrar

b) menos incômoda

c) do sapato

d) mais tranqüilo

3. (IBFC/COMLURB/2016) O novo acordo ortográfico nos apresentou algumas


alterações de acentuação de palavras em Língua Portuguesa. Leia as
alternativas abaixo e assinale a que apresenta somente palavras acentuadas
corretamente.

a) Seqüência, idéia, caráter, bóia, saúde.

b) Sequência, idéia, carater, bóia, saúde

c) Sequência, ideia, caráter, boia, saúde.

d) Seqüência, ideia, caráter, bóia, saude.

4. (IBFC/COMLURB/2016) Com relação às novas regras de acentuação


ortográfica, analise a afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso
(F)

( ) a palavra “prevêntivas” passa a ter acento circunflexo

( ) a palavra “indesejável” mantém o acento agudo

( ) a palavra “caráter” mantém o acento agudo

( ) a palavra “negócios” perde o acento agudo

a) F- V - V - F

b) V - F -V - F

c) F- F- F- V

d) V - V - V - F

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5. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia as opções


abaixo e assinale a alternativa que não apresenta erro ortográfico.

a) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir

b) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir

c) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir

d) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir

6. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia a frase abaixo


e assinale a alternativa correta. Por meio dos autores reunidos por Fernandes,
percebe-se que a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em
comum fundado nas relações de parentesco e vizinhança, baseado na
reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem
em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos para a sua
subsistência.

a) A palavra “ideia” apresenta erro de acentuação gráfica;

b) A virgula após a palavra “vizinhança” deve deixar de existir, pois


apresenta erro de pontuação;

c) A palavra “indivíduos” está escrita errada por não existir mais o acento,
segundo a nova reforma ortográfica;

d) Segundo o novo acordo ortográfico as palavras estão acentuadas


corretamente.

7. (IBFC/EMDEC/2016)

Aprendendo a pensar

(Frei Beto)

Nosso olhar está impregnado de preconceitos. Uma das miopias que


carregamos é considerar criança ignorante. Nós, adultos, sabemos; as
crianças não sabem.

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O educador e cientista Glenn Doman se colocou a pergunta: em que fase da


vida aprendemos as coisas mais importante que sabemos?

As coisas mais importantes que todos sabemos é falar, andar, movimentar-


se, distinguir olfatos, cores, fatores que representam perigo, diferentes
sabores etc. Quando aprendemos isso? Ora, 90% de tudo que é importante
para fazer de nós seres humanos, aprendemos entre zero e seis anos, período
que Doman considera “a idade do gênio”.

Ocorre que a educação não investe nessa idade. Nascemos com 86 bilhões
de neurônios em nosso cérebro. As sinapses, conexões cerebrais, se dão de
maneira acelerada nos primeiros anos da vida.

Glenn Doman tratou crianças com deformações esqueléticas incorrigíveis,


porém de cérebro sadio. Hoje são adultos que falam diversos idiomas,
dominam música, computação etc. São pessoas felizes, com boa autoestima.
Ao conhecer no Japão um professor que adotou o método dele, foi recebido
por uma orquestra de crianças; todas tocavam violino. A mais velha tinha
quatro anos...

Ele ensina em seus livros como se faz uma criança, de três ou quatro anos,
aprender um instrumento musical ou se autoalfabetizar sem curso específico
de alfabetização. Isso foi testado na minha família e deu certo. Tenho um
sobrinho- neto alfabetizado através de fichas. A mãe lia para ele histórias
infantis e, em seguida, fazia fichas de palavras e as repetia. De repente, o
menino começou a ler antes de ir para a escola.

[...]
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes. Dhp?artld=5069. Acesso em 27/12/15, adaptado)

Todas as palavras listadas abaixo são acentuadas em função da mesma regra,


EXCETO:

a) “cérebro” (4°§)

b) “esqueléticas” (5°§)

c) “método” (5°§)

d) “incorrigíveis” (5°§)
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8. (IBFC/COMLURB/2015) Observe que a palavras “exposição” escreve-se


com “-X”. Desse modo, assinale a opção em que se ERRA na escrita da palavra
ao empregar essa letra.

a) exame

b) axei

c) táxi

d) deixei

9. (IBFC/COMLURB/2015) As palavras terminadas em “-ão” podem trazer


dúvidas quanto à flexão de número. Por exemplo, “estação” tem como plural,
“estações”. Assinale a opção em que ERRA na indicação do plural.

a) balão – balãos

b) alemão – alemães

c) opinião – opiniões

d) cristão – cristãos

10. (IBFC/TER-AM/2014) Na construção do termo “gente-casa”, o autor


explora possibilidades de arranjos morfológicos e o potencial de formação de
palavras na Língua. Observe as afirmações abaixo:

I. “gente” é o termo determinado do composto.

II. “casa” é o termo determinante do composto.

III. O hífen foi utilizado para marcar uma unidade morfológica e semântica.

IV. O processo que originou tal construção foi a derivação.

São corretas as seguintes afirmações:

a) I e II apenas.

b) II e IV apenas.

c) I, II e III apenas.

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d) III e IV apenas.

11. (IBFC/COMLURB/2014) Assinale a alternativa que apresenta a grafia


correta de todas as palavras na frase.

a) A gente vamos fazer a prova com muita atenção.

b) A tirania dos coroneus do cacau deixo a gente confusos

c) Pensei que ninguém havia notado o desaparecimento dos documentos.

d) Quando ver ele, diga-lhe que mandei lembranças.

12. (IBFC/SEAP-DF/2013) Assinale abaixo a alternativa que apresenta,


correta e respectivamente, uma proparoxítona, uma paroxítona e uma
oxítona.

a) ávaro/bênção/amá-lo.

b) ávaro/amá-lo/bênção.

c) rúbrica/bênção/interim.

d) ínterim/rubrica/amá-lo.

13. (IBFC/SEAP-DF/2013) Leia as sentenças:

Foi ao quarto dela________ de seduzi-la.

“Por que bonita, se________ ?" (Machado de Assis)

A polícia protege ou oprime o s _______ mais baixos da sociedade?

Assinale abaixo a alternativa que completa, correta e respectivamente, as


lacunas.

a) afim/cocha/extratos.

b) a fim/cocha/estratos.

c) a fim/coxa/estratos.

d) afim/coxa/extratos.

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14. (IBFC/SEAP-DF/2013) Nas frases “A luz do sol irá te cegar" e “É chegada


a época de segar o trigo", ambas as palavras destacadas são:

a) parônimas.

b) homônimas.

c) sinônimas

d) antônimas.

15. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser,


obrigatoriamente, acentuada.

a) Pratica.

b) Negocio.

c) Traido.

d) Critica.

e) Capitulo.

16. (IBFC/SEPLAG-MG/2013) Assinale abaixo a alternativa cujas palavras são


acentuadas pela mesma regra de “abóbora”, “bobó” e “míssil”,
respectivamente.

a) música/cipó/terrível.

b) cérebro/mó/difícil.

c) necrotério/ebó/pênsil.

d) titânico/pó/fácil.

17. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser,


obrigatoriamente, acentuada.

a) Especifica

b) Denuncia

c) Policia
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d) Incrivel

e) Secretaria

18. (IBFC/MPE-SP/2013) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas.

I. O ___________ministro fez um belo discurso.

II. Durante a ______ , os deputados entraram em discussão.

III. O dono da loja foi acusado d e ___________racial.

a) iminente - seção - descriminação

b) iminente - sessão - discriminação

c) eminente - sessão - discriminação

d) eminente - seção - discriminação

e) eminente - sessão - descriminação

19. (IBFC/SDHPR/2013) A palavra política é acentuada pois é uma


proparoxítona. Com base nessa regra, assinale abaixo a alternativa que
apresenta o vocábulo corretamente acentuado.

a) Púdico

b) Rúbrica.

c) ínterim

d) Ávaro.

20. (IBFC/SDHPR/2013) Quem foi o ________ que_________ na


minha_________? Assinale abaixo a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas.

a) encherido/mexeu/enxada.

b) enxerido/mecheu/enchada.

c) encherido/mecheu/inxada.
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d) enxerido/mexeu/enxada.

21. (IBFC/EBSERH/2016)

O Sudoeste e a Casuarina

(Joel Silveira)

Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um


instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as
casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e
reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os pescadores
recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos procurarem medrosos
os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo ele chega carpindo penas
e desgraças que não são suas.

“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta.
Ao que responde, enfastiada, a Casuarina: “Detesto as tuas histórias”.

Também eu, porque sei o que signifca pra mim o pranto desatado e frio. Logo
esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará tomada por
tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano doente, a escuma
amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro dos náufragos, os
olhos esbugalhados das crianças afogadas que não entenderam o último
instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu bêbado e blasfemo, o
lamento do grumete que o mastaréu partido matou e atirou ao mar.

Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como


se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil frinchas
por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus mortos e
minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a angústia
sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo, destacada na
escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai morto,
imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os pequenos
dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto, nos soluços
do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a morte levou num

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mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por receio de não ter
enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de tê-los enterrado antes
de ter pago tudo o que lhes devia.

Vocabulário:

Casuarina – espécie de árvores e arbustos

Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza

Carpindo – capinar

Calhau – pedra de pequena dimensão

Grumete – graduação mais inferior da Marinha

Mastaréu – mastro pequeno

Regougar – soltar a voz

No primeiro parágrafo, o emprego recorrente do presente do indicativo


sugere:

a) uma ação do momento da enunciação.

b) uma ideia que ainda ocorrerá.

c) uma ação que se limita ao passado.

d) um caráter atemporal.

e) um sentido de possibilidade.

22. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

O Relacionamento Aberto

(Por Gregorio Duvivier)

“Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna


Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

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Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que


abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente.
E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a pena
tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as


ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em
ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na


relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que
esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas
relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta
aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil


maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o
outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que
seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão.

Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância


internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses
por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal
costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de
semana.

O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e


vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados,
ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser.

Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele


que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês
transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não, não.
Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra
história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017,
assim como as ombreiras e a pochete.

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Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima


coisa a voltar pode ser o Crocs.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml .
Acesso em: 18/07/2016)

Em “Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos” (3º§), o modo


pelo qual o verbo em destaque está conjugado sugere tratar-se de uma flexão
do:

a) Presente do Indicativo

b) Imperativo afirmativo

c) Futuro do Presente do Indicativo

d) Presente do Subjuntivo

23. (IBFC/COMLURB/2016) Analise as afirmativas abaixo e assinale a


alternativa correta:

I. Os estudantes de medicina fazem os exercícios com dedicação e empenho;

II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam na sala de aula.

III. As estudantes estão meio tristes com a mudança de professora.

IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou.

a) I e II estão corretas

b) Somente IV está correta

c) I e III estão corretas

d) Somente II está correta.

24. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada:
“Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
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barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma


complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

No trecho “Barba é importante. Sempre foi.” (2°§), o autor apresenta duas


afirmações que assumem um sentido generalizante, podendo ser entendidas
como verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os seguintes recursos
linguísticos:

a) O substantivo “Barba”, na primeira oração e sua omissão na segunda.

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b) O emprego do adjetivo “importante” e as frases curtas.

c) O uso do presente do indicativo e do advérbio “sempre”.

d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda oração.

e) A construção de períodos simples e a omissão de um dos sujeitos.

25. (IBFC/EMDEC/2016) Em “Só que, mesmo que você não saiba”, o verbo
em destaque, em função do modo em que se encontra flexionado, apresenta
um sentido de:

a) ordem

b) possibilidade

c) certeza

d) sugestão

26. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ/2015)

Cace a liberdade

(Martha Medeiros)

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que
nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a
sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro.
Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco
ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de
viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está
cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti
desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas
não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e
nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e
despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para
alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.
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Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue
uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a
beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar
parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores
e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes,


vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o
amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos,
conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente,
o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte.
Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para a sua cidade
com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E
páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu
cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna repetitiva,
monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na
alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O
ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se
alimentar direito.

No 5º parágrafo, os verbos estão, predominantemente, flexionados em um


modo verbal que evidencia a ênfase:

a) no leitor

b) no assunto

c) na autora

d) na linguagem

e) na argumentação

27. (IBFC/MGS/2015)

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Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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O PADEIRO

Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto
tomo café vou me lembrando de um homem que conheci antigamente.
Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha,
mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

- Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? Então você
não é ninguém?

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.


Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido
por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá
de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para
dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que
não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo.

(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, Crônicas. Editora do autor, Rio de


Janeiro, 1960)

Assinale a alternativa que apresenta o comentário CORRETO sobre o trecho


abaixo:

“Assim ficara sabendo que não era ninguém..." (4°§)

a) “Ninguém" é um advérbio de negação.

b) O verbo “ficara" está flexionado no pretérito-mais-que-perfeito do


indicativo.

c) Seria possível substituir “ninguém" por “alguém" sem mudança de


sentido.

d) Os dois verbos destacados estão flexionados na primeira pessoa do


singular.

28. (IBFC/SAEB-BA/2015) O direito à privacidade como elo da cidadania


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Quando o STF vier a julgar a ação de inconstitucionalidade movida pela


Associação Nacional dos Editores de Livros contra o artigo do Código Civil que
prevê a autorização para biografias comercializadas, os juízes estarão, mais
uma vez, diante do dilema da Justiça, dos dois pratos da balança e qual deles
fazer pesar mais com sua força. A liberdade de expressão de um lado e o
direito à privacidade do outro, e cada juiz, ainda uma vez, diante do ato de
decidir pela garantia de ambos estabelecida na Carta Magna.

Ora, se preferirem dar ganho de causa à Adin dos editores, fortemente


apoiada pelos meios de comunicação (TVs em especial), estarão contrariando
os que, do outro lado, clamam pela garantia do seu direito à privacidade. Se
a estes contemplarem com seu voto, estarão contrariando os primeiros, os
grandes interessados em que vidas pessoais sejam livremente retratadas,
transformadas em ativos comerciais de grande valor para a montagem do
espetáculo midiático que está, hoje em dia, para muito além do interesse
público na circulação da informação, o jornalismo.

Independentemente do que venha a decidir o STF em relação à questão, nós


da associação Procure Saber, no âmbito do nosso pequeno foro e em que
pesem as tantas dúvidas e posições entre nós, resolvemos exercer o nosso
direito democrático de associação, de opinião e de manifestação, levando a
público o nosso propósito de defender o direito à privacidade como elo
importante da cadeia da cidadania soberana, chamando a atenção de toda a
sociedade para a necessidade de amplo e profundo debate em torno desse
tema, da delicada situação em que se encontra esse prato da balança do
direito civil em nosso tempo, a privacidade, o que ela significa, o que ainda é
possível fazer para que ela tenha sentido, para que os que ainda nela creem
e confiam possam encontrar nas regras, nas normas e nas leis alguma
garantia. O debate afinal toma corpo, podendo contribuir para
posicionamentos mais conscientes, mais maduros e mais equilibrados sobre
que tipo de vida queremos e podemos viver, se os indivíduos nos confins de
suas vidas privadas ainda devem ser levados em conta, ainda reconhecidos e
respeitados em seus direitos ou se já não importam mais.

Temos tido sempre justificado apreço pelos que, ao longo da História, se


mostram capazes de compreender os dilemas e contradições da vida em

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sociedade e que, apesar da dor e do sofrimento dessa condição trágica, estão


dispostos a reconhecer de que lado estão. Como disse Francisco Bosco
referindo-se ao dilema entre o interesse público e o privado, em seu escrito
neste jornal, semana passada, é o princípio da soberania decisória sobre a
vida privada que deve prevalecer. É a mesma, nossa opinião.

(Gilberto Gil, O Globo, 15/10/2013)

Ao longo do texto, o autor faz uso da primeira pessoa do plural em verbos e


pronomes como no fragmento “no âmbito do nosso pequeno foro e em que
pesem as tantas dúvidas e posições entre nós,”(3°§). Nesse fragmento, tal
uso representa:

a) a opinião de Gil e de todos os demais membros da Associação Procure


Saber.

b) que se trata de uma opinião consensual dos membros do STF.

c) que os leitores em geral compartilham da mesma opinião de Gil.

d) a opinião da maioria da população de acordo com pesquisas.

e) o posicionamento articulado pelos veículos de comunicação em geral.

29. (IBFC/EBSERH/2015)

O amor acaba

(Paulo Mendes Campos)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova,
depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que
ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto,
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor
no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se
movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos
soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos
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do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre


frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que
passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus,
filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se
lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode
acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas,
nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias
empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar;
na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles
mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio
inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o
amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se
dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo
Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois,
o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes
acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas
encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e
quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e
acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre,
na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como
um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém,
humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor
nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra,
muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de
tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na
dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor
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acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba;
para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

A opção do autor por enunciar, no título do texto, o verbo “acabar” no


presente do Indicativo cumpre o seguinte papel semântico:

a) revela uma ação que ocorre no momento em que é enunciada.

b) indica uma ação presente com valor de passado.

c) aponta para uma ideia que assume sentido de futuro, uma previsão.

d) ilustra uma ação que se repete com “status” de verdade absoluta.

e) denota uma possibilidade relacionada ao presente da enunciação.

30. (IBFC/EBSERH/2013) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas.

Se você __________ amanhã, __________ realizar o exame.

a) vim – poderá

b) vier – poderá

c) viesse – pode

d) vir – pode

31. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA/2017)

Texto I

O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os


bons

Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias.


Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para
retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser
improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em seguida,
dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos. A
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cirurgia era mais simples, mas a malignidade do tumor não dava esperanças
de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao final do dia, Marsh constatou
que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do bebê, que nascera
em uma cesárea planejada em sequência à operação cerebral. O pai do bebê
gritara pelo corredor que Marsh fizera um milagre. A seguir, em outro quarto
do mesmo hospital, Marsh descobria que a paciente com o tumor maligno
nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o cérebro mais do que
seria recomendável – e apressara a morte da paciente, que teve uma
hemorragia cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram de ter roubado
os últimos momentos juntos que restavam à família.

É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos
médicos, que Marsh narra em seu livro Sem causar mal – Histórias de vida,
morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no Brasil. Para suportar
essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-
requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele mais
desafiadoras do que outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui
nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus instrumentos cirúrgicos
deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e reflexões”, todos
da consistência de gelatina. [...]

(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-


que-ousou-afrmar-que-os-medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso
em 01/01/17)

O pronome relativo destacado em “as operações cerebrais, nas quais seus


instrumentos cirúrgicos deslizam” (2º§) poderia ser substituído, sem prejuízo
de sentido e adequando-se à norma, por:

a) o qual.

b) das quais.

c) que.

d) as quais.

e) em que.

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32. (IBFC/MGS/2017)

Texto

O retrato

(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz
fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de frango
fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma
fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos
ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara
contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e
perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”,
guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão.

“O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo.”

O pronome pessoal destacado no trecho faz referência à seguinte palavra:

a) homem.

b) banquinho.

c) balcão.

d) botequim.

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33. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute.
Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas
erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do
chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele?
[...] Quase respondi...

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- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.” (1º§), nota-se que o
termo destacado pertence à seguinte classe gramatical:

a) substantivo.

b) adjetivo.

c) pronome.

d) advérbio.

e) interjeição.

34. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto II

Maria chorando ao telefone

O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher estranhíssima


pergunta por mim, e antes que eu tome providências para dizer que é minha
irmã que fala, ela me diz: é você mesma. O jeito foi eu ficar sendo eu própria.
Mas... ela chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro contido.
“Porque você escreveu dizendo que não ia mais escrever romances.” “Não se
preocupe, meu bem, talvez eu escreva mais uns dois ou três, mas é preciso
saber parar. Que é que você já leu de mim?“ “Quase tudo, só falta A cidade
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sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha buscar aqui os dois livros.”
“Não vou não, vou comprar.” ”Você está bobeando, eu estou oferecendo de
graça dois livros autografados e mais um cafezinho ou um uísque.” [...]

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)

No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com o emprego do pronome


de tratamento, a autora consegue:

a) dirigir-se aos leitores de modo geral.

b) fazer referência a um interlocutor específico.

c) criar uma intervenção formal no diálogo.

d) afastar-se de um projeto de leitor ideal.

e) mostrar que não tem intimidade com quem fala.

35. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma


posição menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

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Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir


o corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, finalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de


apagar as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer
isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

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O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros?

No quarto parágrafo, o pronome destacado em “Mas já é capaz de assistir à


sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.” cumpre um papel
coesivo à medida que retoma a seguinte ideia:

a) desviar.

b) maduro.

c) culpa.

d) capaz.

e) sessão.

36. (IBFC/COMLURB/2014) Assinale a alternativa que apresenta o pronome


pessoal oblíquo empregado de forma correta.

a) Eu o não vi pela manhã.

b) Eu não vi o pela manhã.

c) Eu não vi ele pela manhã.

d) Eu não o vi pela manhã

37. (IBFC/EBSERH/2017)

O Sudoeste e a Casuarina

(Joel Silveira)

Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um


instante vazio e ansioso: as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as
casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e
reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os pescadores
recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos procurarem medrosos

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os seus esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo ele chega carpindo penas


e desgraças que não são suas.

“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta.
Ao que responde, enfastiada, a Casuarina:

“Detesto as tuas histórias”.

Também eu, porque sei o que significa pra mim o pranto desatado e frio.
Logo esta varanda, que o Nordeste amornara para o meu sono, estará tomada
por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba do oceano doente, a escuma
amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro dos náufragos, os
olhos esbugalhados das crianças afogadas que não entenderam o último
instante, o hálito pesado do marinheiro que morreu bêbado e blasfemo, o
lamento do grumete que o mastaréu partido matou e atirou ao mar.

Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como


se elas viessem de dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil frinchas
por entre as quais o Sudoeste passa e geme) ressuscito os meus mortos e
minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a angústia
sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo, destacada na
escuridão como uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai morto,
imobilizada no gesto, talvez amigo, que não chegou a ser feito; e os pequenos
dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto, nos soluços
do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a morte levou num
mar de sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por receio de não ter
enterrado para sempre meus mortos, mas por medo de tê-los enterrado antes
de ter pago tudo o que lhes devia.

Vocabulário:

Casuarina – espécie de árvores e arbustos

Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza

Carpindo – capinar

Calhau – pedra de pequena dimensão

Grumete – graduação mais inferior da Marinha


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Mastaréu – mastro pequeno

Regougar – soltar a voz

Na passagem “diz ele com a sua voz agourenta.“ (2º§), o pronome destacado
tem como referente:

a) narrador.

b) mar

c) leitor.

d) vento.

e) casuarina.

38. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I – Questões 38 e 39:

Ensinamento

Minha mãe achava estudo

a coisa mais fina do mundo.

Não é.

A coisa mais fina do mundo é o sentimento.

Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,

ela falou comigo:

“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.

Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.

Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.

(Adélia Prado)

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Em “Não me falou em amor.” (v.9), o pronome destacado participa da


estrutura da oração exercendo a função sintática de:

a) sujeito

b) objeto direto

c) complemento nominal

d) objeto indireto

e) adjunto adnominal

39. (IBFC/EBSERH/2017) O último verso do texto emprega o pronome “essa”


como recurso coesivo. Seu uso pode ser explicado uma vez que:

a) antecipa uma ideia que será apresentada

b) faz referência a algo próximo ao leitor

c) sinaliza uma referência temporal

d) resume elementos de uma enumeração

e) retoma um termo citado anteriormente

40. (IBFC/EBSERH/2017)

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos
com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira
ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma
desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem
fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de
florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas

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coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser


simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao
cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo.
Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

Considerando o emprego do pronome “se” em:

“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.”


(3º§),

Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva


sintética. Desse modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor
compreenderia a passagem da seguinte forma:

a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos
e afetos

b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e
afetos

c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos
e afetos

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Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos

e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos
e afetos

41. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I – Questões 41 e 42:

O Relacionamento Aberto

(Por Gregorio Duvivier)

“Todos os relacionamentos fechados se parecem”, diria Tolstói em “Anna


Kariênina”. “Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira.”

Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que


abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente.
E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: “Valia a pena
tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD”.

Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as


ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os — mesmo que, em
ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação.

Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na


relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que
esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas
relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato
escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta
aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede.

O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil


maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o
outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que
seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão.

Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância


internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses
por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal

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costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de


semana.

O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e


vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados,
ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser.

Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele


que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês
transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: “Não, não.
Estou num relacionamento”. Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra
história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017,
assim como as ombreiras e a pochete.

Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima


coisa a voltar pode ser o Crocs.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/


gregorioduvivier/2016/07/1792729-o-relacionamento-aberto.shtml . Acesso
em: 18/07/2016)

No quarto parágrafo, o autor emprega dois pronomes indefinidos em “tudo é


possível e nada é passível de ciúme” e, por meio deles:

a) constrói uma ambiguidade.

b) indica a construção de um paradoxo.

c) aponta ideias que não são excludentes.

d) sinaliza uma incoerência nos relacionamentos.

42. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016) Considerando a Norma Padrão,


em “não se pode dizer que existe uma porta aberta” (4º§), o emprego, em
próclise, do pronome oblíquo deve-se:

a) a um uso facultativo desse registro.

b) à presença de uma palavra atrativa.

c) a uma exigência do tempo verbal.


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d) a uma reprodução do discurso oral.

43. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

Encontro

Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos mais
claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um desenho
diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue, fina ruga –
quase estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada que não via
há muito tempo, não eram essas pequenas coisas que intrigavam o seu olhar
afetuoso e melancólico. Havia certa mudança imponderável, e difícil de
localizar – a voz ou o jeito de falar, o tom ao mesmo tempo mais
desembaraçado e mais sereno?

E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os
membros, havia uma sutil mudança.

Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime
para emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o
abandonava com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos cuja
beleza imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.

Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes


assuntos sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se
a visse pela primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus
olhos e de sua alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas
no espaço e no tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois
ela continuava bela, talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de
que, como da primeira vez que a vira, receberia sua beleza como um choque,
uma bênção e um leve pânico, tanto a sua radiosa formosura dá uma vida e
um sentido novo a qualquer ambiente, traz essa vibração especial que só
certas mulheres realmente belas produzem. Mas de algum modo esse
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deslumbramento seria diferente do antigo – como se ela estivesse mais


pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos graça e abandono de
animal jovem.

O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele andou
a seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!) mas não quis
sentar, recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela roda.
Despediuse. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e recebeu,
como antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso, sentiu uma
coisa boa dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde na confusão
da vida e que uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio dos que muito
souberam amar.

(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª ed.,
2008)

Considere as ocorrências de pronomes oblíquos átonos nos seguintes


fragmentos retirados do 5º parágrafo do texto. Em seguida, assinale a
alternativa que faz um comentário correto quanto à adequação da colocação
desses pronomes em relação à Norma Padrão.

I. O grupo moveu-se para tomar lugar”

II. “recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho”

III. “Despediu-se.”

IV. “uma certeza de que nem tudo se perde”

a) Apenas I e III estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e II estão corretas.

d) Apenas a III está correta.

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44. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Ao ser indagado a respeito de si, o personagem descreve-se empregando


todos os recursos linguísticos apontados abaixo, EXCETO:

a) verbo de ligação

b) adjetivo

c) pronomes oblíquos

d) verbos de ação

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45. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Facebook deixa você depressivo

Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele
mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu
o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade
estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para
viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você.
Pobrecito...

Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas. E
se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com
expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha
no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de cinco horas por
semana.

E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a


chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda
mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.

A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no


Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho
uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a
sua vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein.

(Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)

Ao empregar o pronome “você”, no título do texto, o autor está se referindo:

a) aos sociólogos citados

b) aos usuários do Facebook

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c) aos leitores em geral

d) apenas a si próprio

46. (IBFC/COMLURB/2016) Das opções abaixo, assinale a única que


apresenta corretamente a colocação do pronome.

a) Esqueci de te contar que vi ele na rua.

b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se

c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais.

d) Precisa-se de bons funcionários.

47. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que apresenta a correta colocação do pronome.

a) O aluno tinha-o deixado na escola.

b) Nunca esqueça-se de mim.

c) Naquela escola em que formei passei-me bons momentos.

d) Você nos emocionou com suas palavras

48. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO


CONCEITO

(...)

Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de
comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações
de parentesco e vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços
afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e
nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos
autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos.
Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de comunidade, no sentido
weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes,

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esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,


autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na


medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se
associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais
como relações de parentesco, interdependências econômicas ou convivam
numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo
e inclui o de comunidade.

Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do


processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades
laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos
formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização
social predominante e a ampliação e internacionalização das trocas comerciais
são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e
fundamentam a separação conceituai entre comunidade e sociedade; e,
mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo
predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja quase
unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da
História. (...)

http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso
em 02/05/2016.

Com base na leitura do texto, especificamente do trecho citado, indique a


alternativa que somente apresenta pronomes. Assinale a alternativa correta.

Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro


dos atributos.

a) Cada, dos, a

b) Cada, outro

c) Cada, outro, das

d) Cada, dos

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49. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que indica a colocação correta do pronome.

a) Estas atividades são para mim fazer.

b) Estes trabalhos chegaram para eu.

c) Para eu, a prova estava muito difícil.

d) Para mim, a lição deverá demorar um pouco mais.

50. (IBFC/EBSERH/2016) Observando o padrão culto da língua, assinale a


alternativa cujo fragmento transcrito do texto represente um emprego
INCORRETO de colocação pronominal:

a) “Me conquistou.” (1°§)

b) “E já estão me confundindo com Artur da Távola?” (2 °§)

c) “Disse que me lia sempre (...) (3°§)

d) “(...)sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só


não me lembro (...)” (4 °§)

e) “(...)nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu (...)” (4 °§)

51. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/2017)

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina


e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que


pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente
e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter

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um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os


mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras


funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de
bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor,
por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu


adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes
de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que
indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis
doadores.

Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em


diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o
indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente
reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à
luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24
horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,
de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá


ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste
momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

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(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção”


(1º§), o verbo destacado está flexionado no plural concordando com:

a) o sujeito “eles” que se encontra oculto.

b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”.

c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito indeterminado.

e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

52. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
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clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de


planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,
quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro parágrafo, está flexionada no


seguinte tempo verbal:

a) futuro do pretérito.

b) pretérito perfeito.

c) pretérito imperfeito.

d) futuro do presente.

53. (IBFC/MGS/2017)

Texto – Questões 53 e 54

O retrato

(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa


xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do
botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz
fazia um suco de laranjas para o mecânico que comia uma coxa de frango
fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma
fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos
ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara
contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e
perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”,
guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

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No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela


uma fotografia e pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois
concorda com a seguinte palavra:

a) caderneta.

b) bolso.

c) fotografia.

d) homem.

54. (IBFC/MGS/2017) Na oração ‘O homem disse “nada não, obrigado”’, o


verbo encontra-se flexionado no pretérito perfeito do modo Indicativo.
Assinale a opção em que se reescreve a oração com o verbo no tempo
presente do Indicativo.

a) O homem diz “nada não, obrigado.

b) O homem diria “nada não, obrigado.

c) O homem dirá “nada não, obrigado.

d) O homem dizia “nada não, obrigado.

55. (IBFC/AGERBA/2017)

Texto

Primeira classe

(Moacyr Scliar)

Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira


classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional,
era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da
primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre
outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.

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E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um


importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava:
coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava
vazio.

Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para


sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a
passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na
primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.

Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia
fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo
morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na
primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a
classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja,
ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um
downgrade.

Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a
primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele,
arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida
para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da senhora:
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu morta graças
à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.

Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá
viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.

A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, pode causar confusão. O


verbo “quis”, presente em “Minha mãe sempre quis viajar” (5º§) é um
exemplo típico. Nesse sentido, assinale a alternativa em que se indica
INCORRETAMENTE a sua flexão.

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a) queres – Presente do Indicativo.

b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.

c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.

d) queira – Presente do Subjuntivo.

e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

56. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo
o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute.
Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas
erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do
chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

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Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele?
[...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto,


constrói um sentido de ação:

a) passada e concluída.

b) que ainda será realizada.

c) pontual e ocorrida no presente.

d) com ideia de continuidade.

e) passada que não mais se realiza.

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57. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma
bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a
unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando
era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez,
o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu
sabia o que era gude. Gude era gude.

Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares


para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que
inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei
que jeito é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, apontam para dois momentos


distintos na vida do narrador. Tais verbos estão flexionados, respectivamente,
no:

a) pretérito perfeito e presente.

b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito.

c) pretérito perfeito e futuro do pretérito.

d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito.

e) pretérito imperfeito e presente.

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58. (IBFC/EBSERH/2017)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para


dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive
variava de tom conforme o posicionamento das mãos.” (2º§)

Os verbos que se encontram na forma nominal de gerúndio contribuem para


a representação de uma ação que sinaliza:

a) um processo.

b) uma interrupção.

c) um passado remoto.

d) uma possibilidade.

e) uma descontinuidade.

59. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

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E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o


corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, finalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

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Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova. Meu Deus, o que


será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

A presença do verbo “começando” permite ao leitor inferir a seguinte postura


do maduro.

a) sempre sentiu inveja dos imaturos.

b) acha que a vida dos imaturos é pior.

c) nunca desejou a vida dos imaturos.

d) espera que sua vida madura melhore.

e) acreditava antes que sua vida era melhor.

60. (IBFC/MGS/2016)

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou


a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa.
Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e
descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario


abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de
branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha


apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
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Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram
no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete
de pérola na gravata.

Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É
largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem
que faça um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora,


comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no
degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos -


de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome,
idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda
a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias
pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos vazios.


Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só
destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse
no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
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Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza
as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.
Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam
vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os
cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera
do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.
O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

Em “O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.”


(14°§), considerando as vozes do verbo, pode-se reescrever, corretamente,
o trecho em destaque da seguinte forma:

a) O toco de vela é apagado

b) O toco de vela apaga a si mesmo

c) Apagam o toco de vela

d) O toco de vela pode ser apagado

61. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas
coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso
não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um
viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus
códigos secretos de instalação.

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No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto
seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não
revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou
monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido
por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos
espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por
consertar. Isso também é estilo de vida.

Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável


na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo lúdico
tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa
personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que
nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam?
Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira
que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para
receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas
divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o
esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

Em “Li esta frase outro dia e achei perfeito.” (1°§), os verbos destacados
expressam uma noção de tempo:
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a) presente

b) passado

c) futuro

d) hipotético

62. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

QUESTÕES 62 E 63

O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e


metodológicos ensejados pela escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de


comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos
os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de
informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos
iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive
momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises
políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade
contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos
meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc.
Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo
comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução
dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável
a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa
sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma
prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar,
compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os
interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo

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resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar


abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos
ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e
dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus
conhecimentos e das suas experiências.

http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia as opções abaixo e indique a que altera a conjugação para o tempo futuro
de maneira correta.

É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que


possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado.

a) Será necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

b) Serão necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

c) Há a necessidade de investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

d) Seria necessário investigar, compreender e formular teorias de


comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo
globalizado.

63. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Estamos


iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI.

a) Iniciaremos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

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b) Iniciamos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para


a entrada do século XXI.

c) Iniciarei os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para


a entrada do século XXI.

d) Ao iniciarmos os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros


para a entrada do século XXI.

64. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016)

COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO


CONCEITO

(...)

Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de
comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações
de parentesco e vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços
afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e
nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos
autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos.
Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de comunidade, no sentido
weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes,
esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,
autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na


medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se
associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não
necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais
como relações de parentesco, interdependências econômicas ou convivam
numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo
e inclui o de comunidade.

Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do


processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades
laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos
formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização
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social predominante e a ampliação e internacionalização das trocas comerciais


são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e
fundamentam a separação conceituai entre comunidade e sociedade; e,
mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo
predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja quase
unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da
História. (...)

http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso
em 02/05/2016.

Assinale a alternativa que conjuga o verbo destacado no tempo futuro.

Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais.

a) Ser

b) Foi

c) Era

d) Será

65. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

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Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

No trecho “Barba é importante. Sempre foi.” (2°§), o autor apresenta duas


afirmações que assumem um sentido generalizante, podendo ser entendidas
como verdades absolutas. Contribuíram para esse valor os seguintes recursos
linguísticos:

a) O substantivo “Barba”, na primeira oração e sua omissão na segunda.

b) O emprego do adjetivo “importante” e as frases curtas.

c) O uso do presente do indicativo e do advérbio “sempre”.

d) A omissão do sujeito e do predicativo na segunda oração.

e) A construção de períodos simples e a omissão de um dos sujeitos.

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66. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

A mentirosa liberdade

Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa


cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material
na cabeça e, pior, na alma - como se fosse algodão-doce colorido. Com ele
chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem
enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser
suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor
balada, de um clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir
a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se


falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por
exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”.
Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda
como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos
escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga,
a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a
remédio), [...] a alegria, de tanta tensão, nos escapa. [...]

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você
vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? [...]
Treze anos e ainda não ficou? [...] Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois:
Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele
carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda
essa correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer ajuda. Combater a ânsia
por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes,
como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que
queremos e podemos é um aprendizado, mas leva algum tempo: não é
preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem
poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos,
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sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações
fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade
insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de
“deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual,
com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de
correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras,
ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que
a gente gostaria mesmo de ter feito.

(LUFT, Lya. Veja, 25/03/09, adaptado)

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural,


cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda
essa correnteza. "(4°§)

No trecho em análise, a incerteza introduzida pelo advérbio “Talvez” é


reforçada pela forma verbal “possa”, cuja correta classificação da flexão é:

a) Presente do Subjuntivo

b) Futuro do Presente do Indicativo

c) Presente do Indicativo

d) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

e) Futuro do Subjuntivo

67. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS – RJ/2015)

Cace a liberdade

(Martha Medeiros)

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que
nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a
sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro.
Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco
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ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de


viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está
cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti
desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas
não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e
nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e
despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para
alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue
uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a
beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar
parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores
e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes,


vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o
amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos,
conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente,
o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte.
Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para a sua cidade
com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E
páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu
cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna repetitiva,
monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na
alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O
ritmo dos meus dias é tão intenso que às vezes a gente se esquece de se
alimentar direito.

Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia” (2º§), o termo em


destaque classifica-se, morfologicamente, como:

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a) adjetivo

b) advérbio

c) substantivo

d) verbo

e) conjunção

68. (IBFC/MGS/2015)

A arte de escrever

“Há, portanto, uma arte de escrever - que é a redação. Não é uma


prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a
qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar.

A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em


que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em
princípio.

O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é


a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e
compreensível de ideias.

Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é


capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.

Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da


vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são muito
diversas das da redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a
importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa
especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal,
como tem na escola.

Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de


escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do
que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o
esforço e a prática vencem.

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Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a


nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes
na nossa própria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho
nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...]

A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada,


que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente
conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina
mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros,
com bom resultado, escreveram."

(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a.
Edição, Vozes, Petrópolís, 1983.)

Em “Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática


vencem."(6°§), assinale o comentário INCORRETO sobre a forma verbal em
destaque:

a) Caracteriza uma oração sem sujeito

b) Está conjugada no presente do indicativo.

c) A substituição por “existir" geraria alterações sintáticas.

d) Está flexionada na primeira pessoa do singular.

69. (IBFC/MGS/2015)

Texto II

Meninos
Sentado à soleira da porta

Menino triste

Que nunca leu Júlio Verne

Menino que não joga bilboquê

Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda

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Rodando na bicicleta

O mar autônomo sem fim

É triste a luta das classes.

(Murilo Mendes)

Vocabulário:

Júlio Verne - importante escritor francês do século XIX bilboquê - tipo de


brinquedo

Dentre as palavras destacadas abaixo, retiradas do poema, apenas uma NÃO


é substantivo. Assinale-a.

a) “Sentado à soleira da porta” (v.1)

b) “Menino que não joga bilboquê” (v.4)

c) “Contempla o menino rico na varanda” (v.6)

d) “Rodando na bicicleta” (v.7)

70. (IBFC/MGS/2015)

Texto

Bem-vindo. E parabéns. Estou encantado com seu sucesso. Chegar aqui


não foi fácil, eu sei. Na verdade, suspeito que foi um pouco mais difícil do que
você imagina.

Para início de conversa, para você estar aqui agora, trilhões de átomos
agitados tiveram de se reunir de uma maneira, intricada e intrigantemente
providencial a fim de criá-lo. É uma organização tão especializada e particular
que nunca antes foi tentada e só existirá desta vez. Nos próximos anos
(esperamos), essas partículas minúsculas se dedicarão totalmente aos bilhões
de esforços jeitosos e cooperativos necessários para mantê-lo intacto e deixá-
lo experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não damos o devido
valor, conhecido como existência.

Por que os átomos se dão esse trabalho é um enigma. Ser você não é uma
experiência gratificante no nível atômico. Apesar de toda a atenção dedicada,
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seus átomos na verdade nem ligam para você - eles nem sequer sabem que
você existe. Não sabem nem que eles existem. São partículas insensíveis,
afinal, e nem estão vivas. (A ideia de que se você se desintegrasse,
arrancando com uma pinça um átomo de cada vez, produziria um montículo
de poeira atômica fina, sem nenhum sinal de vida, mas que constituiria você,
é meio sinistra.) No entanto, durante sua existência, eles responderão a um
só impulso dominante: fazer com que você seja você.

(BRYSON, Bill. Breve história de quase tudo. Trad. de Ivo Korytowski. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 11)

O texto é destinado a interlocutores específicos, no caso, os leitores. Dentre


as opções abaixo, assinale o único recurso gramatical que NÃO é empregado
para fazer referência ao leitor como interlocutor.

a) o adjetivo “Bem-vindo" (1°§) que introduz o texto.

b) o verbo “suspeito" (1º §) em “suspeito que foi".

c) o pronome possessivo “seu" em “seu sucesso"(1°§).

d) o pronome de tratamento “você" em “para você estar aqui“(2°§)

71. (IBFC/MGS/2017)

Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?

Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua
cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.

Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar,


garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e
remédios quando necessários.

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Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança


engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está
preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar
anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns.Além de eventuais
problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar
uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?

Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar


que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto
no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas
clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.

Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de


planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir
quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,
quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.

(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p.


106)

Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o
acento do verbo em destaque deve-se a uma exigência de concordância.
Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.

a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.

b) O jovem têm um grande desafio pela frente.

c) As pessoas tem muitos planos.

d) A mentira tem perna curta.

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72. (IBFC/MGS/2017)

Texto

Estranhas Gentilezas

(Ivan Angelo)

Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes


cidades não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo.
Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas
de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente.

Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-
me com inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos,
imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada. A impressão de que
há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos
afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer
tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.

Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O


episódio do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que
já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?

Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o


telefonema fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites
da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de pessoas me
cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas,
sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1 . Num restaurante caro, o maître2
, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me
arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia
impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro
larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.

[...]

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Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir
em troca de tanta gentileza?

Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.

Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas
porque alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me
esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa,
não aceitam meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre
bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador continua
preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador
e ponho-me de novo a sonhar com gentilezas.

Vocabulário:

1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo

2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos


restaurantes

3 carros muito velozes

Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da


concordância verbal, pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função
sintática de:

a) objeto direto.

b) sujeito.

c) objeto indireto.

d) complemento nominal.

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73. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Uma Vela para Dario

(Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que


dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de
uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva,
e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem.


Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo,
de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo


tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o
deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram
no canto da boca.

Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os
moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama
acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada,
soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas
não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o


arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete
de pérola na gravata.

Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da


esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É
largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem
que faça um gesto para espantá-las.

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Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora,


comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no
degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos


- de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome,
idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.

Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam


toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão.
Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá- lo — os bolsos


vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo
- só destacava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.

A última boca repete — Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se


dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse
no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza
as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu.
Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam
vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os
cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto
desbotado pela chuva.

Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera
do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança.
O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam


vazias.” (12°§)

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Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se


refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma “espalha” é:

a) composto tendo “homem” e “multidão” como núcleos.

b) indeterminado e sem referência gramatical explícita.

c) simples e representado pela construção “a multidão”.

d) desinencial marcado pela terceira pessoa.

74. (IBFC/MGS/2016)

Texto I

Mundo interior

(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata


e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas
coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso
não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um
viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus
códigos secretos de instalação.

No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja


seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé
direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto
seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não
revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.

Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros


quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou
monocromática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido
por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos
espalhadas por porta-retratos ou se há paredes nuas.

Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se


temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por
consertar. Isso também é estilo de vida.
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Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável


na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? É um jogo lúdico
tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa
personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que
nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam?
Tapetes rotos nos comovem?

Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a


confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas
que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do
quarto. Há casas escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há
casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira
que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para
receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas
divertidamente irregulares.

Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão,


mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o
esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

No sexto parágrafo, tem-se “há casas com lareira que se mantêm frias.”.
Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque
deve-se à concordância com a seguinte palavra:

a) “há”

b) “casas”

c) “lareira”

d) “frias”

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75. (IBFC/MGS/2016)

Texto

Facebook deixa você depressivo

Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele
mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu
o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade
estampada na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para
viajar. O cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você.
Pobrecito...

Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas. E
se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com
expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha
no Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de cinco horas por
semana.

E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a


chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda
mais quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.

A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no


Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho
uma furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a
sua vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein. (Disponível em:
http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)

No segundo parágrafo, o trecho “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor que a minha” possui um verbo destacado que recebe acento gráfico
devido à concordância com:

a) “dos”

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b) “amigos”

c) “vida”

d) “minha”

76. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Assinale a


alternativa que completa a lacuna.

A maioria dos funcionários______ feliz com a indicação do novo gerente,


(estar)

a) Está

b) Estão

c) São

d) Estavam

77. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente,
com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o
presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por
acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou
perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No
Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia
quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos,
esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me
conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-
lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”

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Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio
a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se
aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não
estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha
coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que
eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu e
acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela
gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha
se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa
bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo
compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal,
sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me
lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive
os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar,
nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas
ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando,
pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde
com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu
confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros
do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade.
Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar.

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As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta
eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?

Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo
Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a
conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o outro, aquele
outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas...
lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do
Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não
lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele
que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do
Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do
Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com
menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe
em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem
que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

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Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em


“Faz oito meses que parei”:

a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

78. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito


a seguir, para responder à questão

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ”

Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em


“Faz oito meses que parei”:

a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos.

b) Todos haviam chegado cedo.

c) Havia pessoas demais na festa.

d) Todos se fizeram presentes na festa.

e) A mãe faz tudo o que ela quer.

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79. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto I

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de
melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um
homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)
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Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a
infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em destaque justifica-se
pela mesma regra aplicada em:

a) Ninguém chegou.

b) Qual de nós nunca errou?

c) A maioria das pessoas chegaram tarde.

d) Houve muitos problemas.

e) Mais de um carro se chocaram.

80. (IBFC/MPE-SP/2013) Considere as orações abaixo.

I. Devem haver muitos candidatos escritos.

II. Ontem, já haviam saído os ônibus.

III. A maioria dos jovens que terminam o Ensino Médio apresenta dificuldade
na interpretação de textos.

A concordância está correta em:

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas II e III

d) Apenas I e III

e) Apenas I e II

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81. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/2017)

No terceiro parágrafo do texto, percebe-se um desvio de regência em relação


à Norma Padrão, na seguinte passagem:

a) “com a efetiva participação de representantes das Perícias Médicas”.

b) “Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do


INSS”.

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c) “que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade”.

d) “visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto”.

e) “no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997,”.

82. (IBFC/EBSERH/2016) Considere o fragmento abaixo para responder à


questão seguinte.

“E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu tinha


a certeza de que aquele som dos bombos fazia parte do meu código
genético.” (1º§)

A preposição destacada acima tem seu emprego justificado por uma relação
de regência cujo termo regente é:

a) eu

b) tinha

c) certeza

d) aquele

e) som

83. (IBFC/SEPLAG-MG/2013) Leia as afirmativas abaixo para responder a


questão:

I. Sua decisão implicará grandes perdas.

II. Amor implica em sacrifício.

III. Os funcionários devem obedecer o regimento.

As frases que apresentam erro quanto à regência verbal são:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I e III, apenas.
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d) I, II e III.

84. (IBFC/SES-PR/2016)

Texto I

Aquilo por que vivi

Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a


vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo
sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo
oceano de angústia, chegando às raias do desespero.

Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase - um êxtase tão


grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta
da solidão - essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção
observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o,
finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que
prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei
e, embora isso possa parecer demasiado bom para vida humana, foi isso que
- afinal - encontrei.

Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o


coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E
procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima
do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.

Amor e conhecimento, até o ponto em que são possíveis, conduzem para


o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos
de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus
filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa
irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não
posso, e também sofro.

Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida
e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
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(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.)

O título do texto, “Aquilo por que vivi”, apresenta a preposição “por” em


função de uma exigência. Trata-se de uma exigência de:

a) concordância

b) colocação pronominal

c) regência

d) estilística

85. (IBFC/PREFEITURA DE JANDIRA-SP/2016)

Texto I

Encontro

Com atenção não seria difícil descobrir pequenas mudanças: os cabelos mais
claros, e entretanto com menos luz e vida; a boca pintada com um desenho
diferente, e o batom mais escuro. Impossível negar uma tênue, fina ruga –
quase estimável. Mas naquele instante, diante da amiga amada que não via
há muito tempo, não eram essas pequenas coisas que intrigavam o seu olhar
afetuoso e melancólico. Havia certa mudança imponderável, e difícil de
localizar – a voz ou o jeito de falar, o tom ao mesmo tempo mais
desembaraçado e mais sereno?

E mesmo no talhe do corpo (o pequeno cinto vermelho era, pensou ele, uma
inabilidade: aumentava-lhe a cintura), na relação entre o corpo e os
membros, havia uma sutil mudança.

Sim, ela estava mais elegante, mais precisa em seu desenho, mas perdera
alguma indizível graça elástica do tempo em que não precisava fazer regime
para emagrecer e era menos consciente de seu próprio corpo, como que o
abandonava com certa moleza, distraída das próprias linhas e dos gestos cuja
beleza imprevista ele fora descobrindo devagar, com uma longa delícia.

Por um instante, enquanto conversava com outras pessoas presentes


assuntos sem importância, ele tentou imaginar que impressão teria agora se
a visse pela primeira vez, se aquela imagem não estivesse, dentro de seus
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olhos e de sua alma, fundida a tantas outras imagens dela mesma perdidas
no espaço e no tempo. Não tinha dúvida de que a acharia muito bonita, pois
ela continuava bela, talvez mais bem vestida; não tinha dúvida mesmo de
que, como da primeira vez que a vira, receberia sua beleza como um choque,
uma bênção e um leve pânico, tanto a sua radiosa formosura dá uma vida e
um sentido novo a qualquer ambiente, traz essa vibração especial que só
certas mulheres realmente belas produzem. Mas de algum modo esse
deslumbramento seria diferente do antigo – como se ela estivesse mais
pessoa, com mais graça e finura de mulher, menos graça e abandono de
animal jovem.

O grupo moveu-se para tomar lugar em uma mesa no fundo do bar. Ele andou
a seu lado um instante (como tinham andado lado a lado!) mas não quis
sentar, recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho naquela roda.
Despediuse. E quando estendeu a mão àquela que tanto amara, e recebeu,
como antigamente, seu olhar claro e amigo, quase carinhoso, sentiu uma
coisa boa dentro de si, uma certeza de que nem tudo se perde na confusão
da vida e que uma vaga mas imperecível ternura é o prêmio dos que muito
souberam amar.

(BRAGA, Rubem. O verão e as mulheres. Rio de Janeiro, ed. Record, 10ª ed.,
2008)

Em “E quando estendeu a mão àquela que tanto amara” (5º§), há uma


ocorrência de crase sobre a qual faz-se o seguinte comentário corretamente:

a) Trata-se de um caso facultativo em função do pronome demonstrativo.

b) Não deveria ocorrer em função da falta da preposição “a” explícita.

c) O acento grave deveria ser deslocado para o “a” que precede o termo
“mão”.

d) Ocorre devido à regência do verbo estender e sua relação com o termo


regido.

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86. (IBFC/COMLURB/2016) Leia as alternativas abaixo e assinale a que não


apresenta erro de concordância:

a) O médico e o Engenheiro assistiriam todos os funcionários da empresa.

b) O médico e o Engenheiro assistiriam a todos os funcionários da empresa.

c) Os funcionários da empresa assistiram todos os vídeos, a fim de aprender


mais sobre o assunto.

d) Os funcionários da empresa assistiram os vídeos, a fim de aprender mais


sobre o assunto.

87. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Crise de Identidade

Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que
ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim,
o Leblon fica além-fronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho
para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que
almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente,
com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o
presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por
acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou
perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No
Leblon. la ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia
quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos,
esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me
conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondi, dei-
lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!”

Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está

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entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo.

Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora
do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o
leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio
a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se
aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não
estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha
coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que
eu tentei dizer que nunca escrevi às sextas, mas ela me interrompeu e
acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela
gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha
se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa
bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo
compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros.

Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do


leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal,
sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me
lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive
os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar,
nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas
ruas.

Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando,
pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde
com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu
confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros
do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade.
Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar.

As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para


os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me
conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa
Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta
eu dizer que o programa é da Maria Beltrão?
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Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente,


retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor
me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo
Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a
conjuntura política, nunca escrevi um livro de mistério. Sou o outro, aquele
outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas...
lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do
Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não
lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele
que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do
Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do
Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com
menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe
em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar
semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem
que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo.

Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho?

(Artur Xexéo)

Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder


à questão.

“Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns


momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei.
E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não
seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está
entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar
vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo."

Atentando-se às regras de regência verbal e preocupando-se em manter o


sentido original, a reescritura da frase “Prefiro não ter o talento do mestre,
mas continuar vivo.” estaria correta apenas em:

a) Prefiro não ter o talento do mestre do que continuar vivo.

b) Prefiro não ter o talento do mestre a continuar vivo.

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c) Prefiro continuar vivo a ter o talento do mestre.

d) Prefiro continuar vivo do que ter o talento do mestre.

e) Prefiro ter o talento do mestre do que continuar vivo.

88. (IBFC/EMEDEC/2016)

Sonhos

Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do


cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela. Só
que... Só que, mesmo que você não saiba exatamente o que vai ver no
cinema, tem uma ideia. Leu uma sinopse do filme no jornal, viu o cartaz.
Sabe se vai ser um drama ou uma comédia. Sabe quem são os atores. Sabe
que, se for filme de horror, vai se assustar, se for um filme com o Silvester
Stallone, vai ter soco etc. Quer dizer: você entra no cinema preparado. Mas
você nunca dorme sabendo o que vai sonhar. (Luís Fernando Veríssimo,
fragmento)

A regência do verbo “ir” em “Sonhar é como ir ao cinema”, segue a exigência


da norma padrão da língua. Assinale a opção em que essa exigência NÃO está
sendo respeitada, ilustrando uma transgressão à norma.

a) Preferimos televisão a cinema.

b) Esse comportamento implicará advertência.

c) Nós lembramos de tudo que aconteceu.

d) O candidato aspirava a um bom resultado.

89. (IBFC/DOCAS-PB/2015)

Texto I

Quindins Quando sentiu que ia morrer, o Dr. Ariosto pediu para falar a
sós com a mulher, dona Quiléia (Quequé).

- Senta aí, Quequé.


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Ela sentou na beira da cama. Protestou, chorosa, quando o marido disse


que sabia que estava no fim. Mas o Dr. Ariosto a acalmou. Os dois sabiam
que ele tinha pouco tempo de vida e era melhor que enfrentassem a situação
sem drama. Precisava contar uma coisa à mulher. Para morrerem paz.
Contou, então, que tinha outra família.

- O quê, Ariosto?!

Tinha. Pronto. Outra mulher, outros filhos, até outros netos. A dona
Quiléia iria saber de qualquer maneira, pois ele incluíra a outra família no seu
testamento. Mas tinha decidido contar ele mesmo. De viva, por assim dizer,
voz. Para que não ficasse aquela mentira entre eles. E para que dona Quiléia
fosse tolerante com a sua memória e com a outra. Promete, Quequé? Dona
Quiléia chorava muito. Só pôde fazer “sim” com a cabeça. Aliviado, o Dr.
Ariosto deixou a cabeça cair no travesseiro. Podia morrer em paz.

Mas aconteceu o seguinte: não morreu. Teve uma melhora


surpreendente, que os médicos não souberam explicar e que Dona Quiléia
atribui à promessa que fizera a seu santo. Em poucas semanas, estava fora
de cama. Ainda precisa de cuidados, é claro. Dona Quiléia tem que regular
sua alimentação, dar remédio na hora certa... Ficam os dois sentados na sala,
olhando a televisão, em silêncio. Um silêncio constrangido. O Dr. Ariosto
arrependido de ter feito a confissão. A Dona Quiléia achando que não fica bem
se aproveitar de uma revelação que o homem fez, afinal, no seu leito de
morte. Simplesmente não tocam no assunto. No outro dia o Dr. Ariosto teve
permissão do médico para sair, pela primeira vez, de casa. Arrumou-se. Pediu
para chamarem um táxi.

- Quer que eu vá com você? - perguntou a mulher.

- Não precisa.

- Você demora? - Não, não. Vou só...

Não completou a frase. Ficaram mais alguns instantes na porta, em


silêncio. Depois ele disse:

- Bom. Tchau.

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- Tchau.

Agora, tem uma coisa: Dona Quiléia não pagou a promessa ao santo.
Ainda compra quindins escondido e os come sozinha. Aliás, deu para comer
quindões. Grandes, enormes, translúcidos quindões.

(Luis Fernando Veríssimo)

No fragmento “Precisava contar uma coisa à mulher” (3°§), a crase ocorre,


basicamente, devido:

a) à regência do verbo precisar e ao complemento feminino.

b) à construção de uma locução adverbial com vocábulo feminino.

c) ao “a” inicial de uma locução prepositiva com vocábulo feminino.

d) à regência do verbo “contar” e ao complemento feminino.

90. (IBFC/SSA-HMDCC/2015)

Texto I

O que é filosofia?

Querida Sofia,

Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos


antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase
todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte.

Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito
diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances,
outros ainda preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida
dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.

Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos
os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas


achem o esporte uma chatice.

Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa
que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim,
querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas.
E é sobre tais questões que trata este curso.

Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma


pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos
a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o
calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então
certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas.

Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles
acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo
precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa
de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem
somos e por que vivemos.

Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual”


como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca
um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde
quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o
universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante
do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos
Olímpicos.

(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras,


1995. p.24-25)

“Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta
alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §)

Assinale a alternativa em que se faz um comentário sintático INCORRETO


sobre o trecho em análise.

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a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida pela conjunção


integrante “que”.

b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito simples do verbo


“resta”.

c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função sintática de


predicativo.

d) O emprego da preposição “de” após o substantivo “coisa” obedece à


regência desse nome.

91. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso


diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca
(se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute.
Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas
erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do
chute. Sem graça.

Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...

- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de


coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há
senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem
nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

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- Bom rapaz. Bom rapaz.

Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...] Dia desses, no lotação. A tal estava a meu
lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo.

Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem


diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes


de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do


pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos
indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de


confiança.“ (5º§) justifica-se pela mesma razão do que ocorre no seguinte
exemplo:

a) Entregou o documento às meninas.

b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.

c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.

d) Às experiências, dedicou sua vida.

e) Deu um retorno às fãs.

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92. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas


que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do
Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também
os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

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http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

Leia o texto abaixo e identifique qual das alternativas apresenta correta


aplicação de crase, seguindo a mesma lógica do texto.

“A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações...”

a) O curso de português discute assuntos associados à gramática, à


literatura e à produção de textos.

b) O professor fez correções à respeito dos erros de ortografia presentes no


texto.

c) O referido texto apresenta informações de grande importância à alunos


de Engenharia.

d) A literatura sobre Segurança do Trabalho presente na faculdade


apresenta informações importantes à seus alunos.

93. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/2016) Leia as opções


abaixo e assinale a alternativa em que a crase está correta.

a) Este ano os alunos vão à São Paulo para fazer pesquisas.

b) O aluno da escola está encerrando o trabalho que será entregue à sua


professora.

c) Este ano os alunos vão à Bahia para fazer pesquisas.

d) O aluno está se dedicando à pesquisar novos meios de comunicação.

94. (IBFC/EBSERH/2016)

Rito de Passagem

Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai,
fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um
barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma
complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de

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melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um


homem. O tempo passou.

Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava


barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se
constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas
prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem.

Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é
uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina
aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver
livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no
espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem
- o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação.

Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância
ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do
espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que
seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo
sonhos e fantasias que não mais voltarão.

É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como
a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos.
Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando
certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem
entender.

(SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre:


L&PM, 2003)

Em “logo passa à condição de rotina” (3°§), ocorre o acento grave indicativo


de crase. Dentre as reescrituras do fragmento propostas abaixo, assinale a
que NÃO ilustra um erro no emprego desse acento.

a) logo passa à esta situação de rotina

b) logo passa à situações de rotina

c) logo passa à fazer parte da rotina

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d) logo passa à um contexto de rotina

e) logo passa à construção da rotina

95. (IBFC/EMBASA/2015)

Não quer ajudar, não atrapalha

(Gregório Duvivier)

É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no


avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o avatar.
Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar
quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas
pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o
nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer outra causa.

Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa


bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a transfobia. Você é
contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente se
comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está
muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de
esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah, você doa pros pobres?
Populista. Culpado. Assistencialista.

Cintia Suzuki resumiu bem: “Você coloca um avatar coloridinho, aí não


pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras
pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar
vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem
entenderem, já que você não vai ajudar ninguém".

Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não
comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: “De onde
você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem
pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos
que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"

O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à


carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o

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mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da


saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo
alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando
o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar. A solução? Xingar
o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil,
vizinho.

Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado
em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada — melhor seria se
usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria
minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.

(Disponível em: http://www1 .folha.uol.com.br/colunas/


areaorioduvivier/2015/07/1654941-nao-auer-aiudar-nao-atrapalha.shtml.
Acesso em: 10/09/15)

No fragmento “O estranho é que, independentemente da sua orientação em


relação à carne" (5°§), ocorre um exemplo de crase. Ao reescrever-se um
trecho desse fragmento, substituindo o vocábulo “carne" por outras
construções, aponte a única opção em que o acento grave estaria sendo
usado corretamente.

a) independentemente da sua orientação em relação à escolha

b) independentemente da sua orientação em relação à uma alimentação

c) independentemente da sua orientação em relação à alimentar-se

d) independentemente da sua orientação em relação à comidas

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96. (EBSERH/IBFC/2015)

Texto

O amor acaba

(Paulo Mendes Campos)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova,
depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos
parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que
ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto,
polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical,
depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor
no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se
movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos
soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos
do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre
frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que
passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus,
filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se
lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode
acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas,
nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias
empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar;
na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles
momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes
vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio
inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos
refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo
imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e
desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus,
ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o
amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se

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dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo


Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois,
o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na
descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que
começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes
acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas
encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e
quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo
périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e
acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre,
na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como
um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém,
humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor
nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra,
muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de
tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na
dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor
acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba;
para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Observe o fragmento: “depois de três goles mornos de gim à beira da


piscina". Nele, o acento grave é compreendido também pelo papel sintático
da construção em que ele se encontra. Considerando o contexto, assinale a
opção em que se destaca um exemplo de palavra ou expressão que, embora
não corresponda ao mesmo valor semântico, exerça a mesma função sintática
do termo destacado neste enunciado.

a) “num domingo de lua nova"

b) “polvilhando de cinzas o escarlate das unhas"

c) “na compulsão da simplicidade simplesmente"

d) “e amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos"

e) “e acaba nas encruzilhadas de Paris"

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97. (IBFC/PC-SE/2014) “O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava


hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas evoluções e pouca
obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim,
pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China
inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de
Cantão.

Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:

- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima,


Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz; mas os defeitos são fáceis de
remediar.”

Ao empregar o acento grave, deve-se considerar a relação de dependência


entre termos. Em “ameaça à China inteira”, a presença do acento grave
justifica-se em função do mesmo contexto lingüístico verificado em:

a) Vou à feira

b) Estou apta à tarefa

c) Saiu às dez horas

d) Cortou o cabelo à Roberto Carlos

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98. (IBFC/SEDS-MG/2014)

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Em “Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, “, ocorre a


contração da preposição “a” com o artigo “a”. A ocorrência da preposição
deve-se a uma relação de regência, na qual o termo regente é:

a) “assim”

b) “excitação”

c) “emoções”

d) “ligadas”

99. (IBFC/SEAP-DF/2013) Indique a alternativa em que o sinal da crase é


facultativo:

a) O paciente foi socorrido às pressas

b) Hoje cedo, Sofia voltou à casa da mãe.

c) Morte de bebês leva à punição de médico.

d) Esse assunto se refere à sua casa.

100. (IBFC/SEAP-DF/2013) O fenômeno da crase é marcado em português


pelo acento grave. Assinale abaixo a alternativa que apresenta erro quanto
ao uso do acento indicativo de crase.

a) Ao chegar à margem, o encanto se perde.

b) Foi com a irmã a casa.

c) Deu à ela todo seu amor

d) Chegaram à casa da praia ao cair da noite.

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101. (IBFC/MGS/2017)

Texto II

Família

(Titãs, fragmento)

Família, família

Papai, mamãe, titia,

Família, família

Almoça junto todo dia,

Nunca perde essa mania

Mas quando a filha quer fugir de casa

Precisa descolar um ganha-pão

Filha de família se não casa

Papai, mamãe, não dão nenhum tostão

Família êh!

Família áh!

Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:

a) indicar uma sequência infinita de termos.

b) separar elementos de uma enumeração.

c) marcar uma pausa longa entre as palavras.

d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

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102. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola
de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do
polegar, e quanto mais jogá-la com a precisão que eu tinha quando era
garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o
significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia
o que era gude. Gude era gude.

Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para


dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive
variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito
é esse. [...]

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:


Objetiva. 2001)

Utilize o Texto I para responder a questão.

O emprego das reticências no título, sugere:

a) a incapacidade do autor em completar a ideia.

b) a caracterização de uma enumeração infinita.

c) um convite para que o leitor refita sobre o tema.

d) a sinalização de um questionamento do leitor.

e) a representação de uma ideia polêmica.

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103. (IBFC/EBSERH/2016)

Minhas

Maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

(Mario Prata)

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto


dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

[...]

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir


o corpo é ligeiramente imaturo.

Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda


estão, fnalmente, acabando. Restam uns cinco.

Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?

Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já
foi assim.

[...]
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Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro fcar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!

Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se
pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer
isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros?

Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.” (17º§)

O emprego da vírgula justifca-se por:

a) isolar uma oração subordinada adverbial.

b) marcar a presença de um aposto explicativo.

c) separar orações coordenadas assindéticas.

d) indicar a presença de um vocativo.

e) acompanhar um termo deslocado da ordem direta.

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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública.
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal
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104. (IBFC/EBSERH/2016)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos
com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira
ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma
desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem
fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de
florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas
coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao
cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de
arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo.
Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.
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(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

As aspas empregadas em “dos remendos e intervenções para manter ou


recuperar a “beleza” ” (3º§) permitem a leitura de uma crítica à ideia de que:

a) cada idade tem sua beleza própria

b) a beleza só está associada à juventude

c) a beleza interior deve valer mais do que a exterior

d) o conceito de beleza é subjetivo, bastante relativo

e) trabalhando a mente, o corpo fica belo

105. (IBFC/EBSERH/2017)

Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos
com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira
ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma
desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem
fica animado? Quem não se amargura?

[...]

Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de
florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas
coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao
cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina),
eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com
os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a

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universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de


arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

[...]

Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos
outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo.
Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos
acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de
nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos
desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das
máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar
necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.”


(3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:

a) ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas

b) ênfase a cada um dos termos da enumeração

c) hierarquização de valor aos termos da enumeração

d) ressignificação do sentido dos termos empregados

e) atribuição e valor imperativo aos termos enumerados

106. (IBFC/TCM-RJ/2016) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente


pontuada.

a) O bolo que estava sobre a mesa, sumiu

b) Ele, apressadamente se retirou, quando ouviu um barulho estranho

c) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja

d) Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia

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107. (IBFC/COMLURB/2016)

Que é Segurança do Trabalho?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas


que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho
do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à


Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos
em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de
Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à
Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do
Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas,
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente,
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência
de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também
os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a


Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas
Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016

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Em textos em Língua Portuguesa sabe-se que a alteração de pontuação pode


prejudicar a organização do texto e, muitas vezes, mudar o sentido da frase.
Leia a sentença abaixo e indique a alternativa em que a alteração da
pontuação mantém o texto correto:

“O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.”

a) O quadro de Segurança do Trabalho, de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

b) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

c) O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por: Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

d) O quadro de, Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se, de


uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho.

108. (IBFC/COMLURB/2016) Abaixo se apresenta um trecho da obra Ensaio


sobre a cegueira, de José Saramago, com várias opções de pontuação.
Assinale a alternativa em que todas as vírgulas estão colocadas corretamente.

a) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

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b) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando recuando como cavalos nervosos
que sentissem vir no ar a chibata.

c) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal, da embraiagem,


mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos
nervosos, que sentissem vir no ar a chibata.

d) Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem


mantinham em tensão, os carros avançando recuando, como cavalos
nervosos que sentissem vir no ar a chibata.

109. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) O estudo


científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela
escola latino-americana

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de


comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos
os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de
informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos
iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a
entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive
momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises
políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade
contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos
meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc.
Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo
comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a


revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução
dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável
a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa
sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma
prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar,
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compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os


interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo
resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar
abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos
ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e
dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus
conhecimentos e das suas experiências.

http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm -
acesso em 03/05/2016.

Leia a citação abaixo e assinale a alternativa em que a alteração de pontuação


não deixa a frase incorreta.

Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

a) Com as novas tecnologias a velocidade da informação e o processo


comunicacional, tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente
de mais difícil compreensão.

b) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente,
de mais difícil compreensão.

c) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e, conseqüentemente de
mais difícil compreensão.

d) Com as novas tecnologias, a velocidade da informação, e o processo


comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente, de
mais difícil compreensão.

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110. (IBFC/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – SP/2016) Assinale a


alternativa que não indica problema de pontuação.

a) A comunicação, é muito importante para a convivência em comunidade.

b) A comunicação é muito importante para a convivência em comunidade.

c) A comunicação é muito importante, para a convivência em comunidade.

d) A comunicação, é muito importante, para a convivência em comunidade.

111. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/20117)

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina


e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos,
falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e
inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter
um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras


funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de
bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor,
por exemplo), emanavam do coração.
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Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu


adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes
de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que
indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis
doadores.

Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em


diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o
indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente
reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de
movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à
luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24
horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,
de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá


ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato
que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste
momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-
morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

O deslocamento da expressão destacada, em “Em primeiro lugar, o indivíduo


deve ter algumas características clínicas,”, provocaria estranhamento no
sentido e na estruturação do enunciado apenas na seguinte reescritura:

a) O indivíduo, em primeiro lugar, deve ter algumas características clínicas,

b) O indivíduo deve, em primeiro lugar, ter algumas características clínicas,

c) O indivíduo deve ter, em primeiro lugar, algumas características clínicas,

d) O indivíduo deve ter algumas características clínicas em primeiro lugar,

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e) O indivíduo deve ter algumas, em primeiro lugar, características clínicas,

112. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/2017)

Texto II

Base do crânio explodiu, descreve legista

A autópsia no corpo de Ayrton Senna começou a ser feita ontem às 10h


locais (5h de Brasília) pelos legistas Michele Romanelli e Pierludovico Ricci, do
Instituto Médico Legal de Bolonha. O laudo oficial tem 60 dias para ser
preparado. A Folha conversou com uma médica do IML que viu o corpo de
Senna na segunda-feira de manhã e ontem – antes e depois da autópsia.
Segundo sua descrição, no dia seguinte ao acidente o rosto do piloto estava
desfigurado. A médica pediu para que seu nome não fosse revelado.

Muito inchada, a cabeça quase se juntava aos ombros. Os médicos


concluíram, após a autópsia, que Senna teve morte instantânea na batida a
290 km/h na curva Tamburello. Teve também parada cardíaca naquele
momento e circulação praticamente interrompida.

Quando os médicos o reanimaram – ativando os batimentos cardíacos e


a circulação artificialmente –, o piloto já havia morrido. A atividade cerebral
era inexistente. Não há possibilidade de sobrevivência nesses casos. [...]

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/04/


esporte/9.html. Acesso em: 01/02/17)

O português contemporâneo já registra a característica proclítica da língua.


Contudo, a gramática tradicional aponta que a oração “Quando os médicos o
reanimaram” (3º§) deveria ser redigida da seguinte forma:

a) Quando os médicos reanimaram a ele.

b) Quando os médicos reanimaram-lhe.

c) Quando os médicos reanimaram ele.

d) Quando os médicos reanimaram-no.

e) Quando os médicos lhe reanimaram.


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113. (IBFC/AGERBA/2017)

Texto

Primeira classe

(Moacyr Scliar)

Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira


classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional,
era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da
primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá
serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre
outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.

E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um


importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu
sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava:
coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria
considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava
vazio.

Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para


sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um
intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias
pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a
passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na
primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.

Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia
fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo
morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na
primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a
classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja,
ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um
downgrade.

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Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a
primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele,
arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida
para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da senhora:
“Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu morta graças
à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.

Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá
viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.

No terceiro parágrafo, a oração “A tripulação optara por colocá-la na primeira


classe” pode ser reescrita de várias outras formas sem grandes alterações de
sentido. Assinale a opção em que, ao reescrever, comete-se um erro no
emprego dos pronomes.

a) Ela foi colocada na primeira classe pela tripulação.

b) Os membros da tripulação colocaram-na na primeira classe.

c) A tripulação colocou-a na primeira classe.

d) A tripulação colocá-la-ia na primeira classe.

e) A tripulação optou por colocar ela na primeira classe.

114. (IBFC/SES-PR/2016)

Texto I

Aquilo por que vivi

Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a


vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo
sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo
oceano de angústia, chegando às raias do desespero.

Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase - um êxtase tão


grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas
poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta
da solidão - essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção
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observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o,
finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que
prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei
e, embora isso possa parecer demasiado bom para vida humana, foi isso que
- afinal - encontrei.

Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o


coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E
procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima
do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.

Amor e conhecimento, até o ponto em que são possíveis, conduzem para


o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos
de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus
filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa
irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não
posso, e também sofro.

Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida
e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.

(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.)

No início do texto, o autor faz um emprego formal e incomum da linguagem


na passagem “governaram-me a vida:” (1°§). Considerando-se o contexto, a
construção em questão equivaleria, semanticamente, à seguinte reescritura:

a) governaram para mim, a vida.

b) governaram a minha vida

c) eu governava a vida

d) governaram a vida de todos

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115. (IBFC/CÂMARA DE FRANCA – SP/2016)

Minhas maturidade

Circunspecção, siso, prudência.

Mario Prata

É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos
50 e a pergunta ainda martela. Um dia ele vai amadurecer.

Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com


tanta rapidez, tenha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo
muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.

E o amarrar do sapato pode ser mais tranqüilo, arrumando-se uma posição


menos incômoda, acertando as pontas.

(...)

Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz
de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.

É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.

Homem maduro não bebe, vai à praia.

Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o


corpo é ligeiramente imaturo.

(...)

Sorri tranqüilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.

O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê? Muda muito de


opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.

(...)

Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar


as luzes da casa.

O homem maduro faz palavras cruzadas!


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Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.

A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega
pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.

O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas


imaturas.

Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos


imaturos.

Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar
os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.

O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.

Meu Deus, o que será de nós, os maduros? PRATA, Mário. Minhas tudo. Rio
de Janeiro: Editora Objetiva Ltda,2001, pág. 99.

Analise a citação abaixo e assinale a alternativa que apresenta idéias opostas.

“Sorri tranqüilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.”

a) Pensa - imaturo

b) tranqüilo - pressa

c) Sorri - imaturo

d) tranqüilo – imaturidade

116. (IBFC/SES-PR/2016) Correspondência é toda espécie de comunicação


escrita, que circula nos órgãos ou entidades, à exceção dos processos. A
correspondência mantida entre órgãos ou entidades da Administração Pública
Federal ou destes para outros órgãos públicos ou empresas privadas
denomina-se:

a) Interna.

b) Recebida.

c) Expedida.

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d) Oficial.

117. (IBFC/MGS/2016) Ao encerrar uma correspondência oficial, deve-se


considerar o emprego:

a) de uma forma de cortesia como “fecho” e, usualmente, emprega-se a


construção Atenciosamente”.

b) da indicação do nome do destinatário que é empregado como vocativo


no encerramento.

c) da referência ao nome do remetente que deve vir, obrigatoriamente,


marcada apenas pelas iniciais.

d) de um resumo conciso do conteúdo apresentado ao longo do documento


para esclarecer o destinatário.

118. (IBFC/EMDEC/2016) Em correspondência, a modalidade de comunicação


eminentemente interna entre unidades administrativas denomina-se:

a) Ata.

b) Memorando.

c) Ofício.

d) Despacho.

119. (IBFC/DOCAS-PB/2015)

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Considerando as normas para redação de correspondências oficiais e a


estrutura desses documentos, assinale a opção em que se faz uma afirmação
correta.

a) O memorando é um documento utilizado para comunicação interna em


uma empresa.

b) Deve-se sempre usar o vocábulo “obrigado/a” como fecho de


correspondências oficiais.

c) Os números presentes no corpo do texto de uma ATA não devem vir


escritos por extenso.

d) Um parecer é um documento usualmente empregado para registraras


decisões de uma reunião ou assembleia.

120. (IBFC/MPE-SP/2011) Considere o título abaixo, publicado pelo jornal O


Estado de S. Paulo, e as afirmações que seguem.

Barco teria localizado helicóptero na BA, diz Marinha

I. Não haveria qualquer alteração de sentido se o verbo fosse trocado pela


forma simples “localizou".

II. Pelo título, percebe-se que o jornal não tem certeza do fato.

Está correto o que se afirma em:

a) somente I

b) somente II

c) I e II

d) nenhuma

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GABARITO - LÍNGUA PORTUGUESA

1-A 2-D 3-C 4-A 5-D 6-D 7-D 8-B 9-A 10-A
11-C 12-D 13-C 14-A 15-C 16-A 17-D 18-C 19-C 20-D

21-D 22-D 23-C 24-C 25-B 26-A 27-B 28-A 29-D 30-B

31-E 32-A 33-C 34-B 35-B 36-D 37-D 38-D 39-E 40-A
41-C 42-B 43-B 44-C 45-B 46-D 47-D 48-B 49-D 50-A

51-B 52-A 53-D 54-A 55-B 56-D 57-E 58-A 59-E 60-A
61-B 62-A 63-B 64-D 65-C 66-A 67-B 68-D 69-A 70-B

71-D 72-B 73-C 74-B 75-B 76-A 77-C 78-C 79-B 80-C
81-D 82-C 83-B 84-C 85-D 86-A 87-C 88-C 89-D 90-D

91-C 92-A 93-C 94-E 95-A 96-C 97-B 98-D 99-D 100-C

101-B 102-C 103-E 104-B 105-B 106-D 107-C 108-A 109-B 110-B

111-E 112-D 113-E 114-B 115-B 116-D 117-A 118-B 119-A 120-B

Bons estudos e boa prova!!!


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