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A FÉ NA FORÇA DE PAZ DO BRABAT 20

Inicialmente, duas informações importantes:


1ª) Desde o primeiro Contingente Brasileiro de Missão de Paz no Haiti conta-se com o serviço
abnegado, discreto e, por vezes, imperceptível – porém importante – de Capelães Militares. Serviço esse o
qual não sofreu solução de continuidade ao longo desses vinte contingentes.
2ª) Os Comandantes dos primeiros Contingentes foram sensíveis às necessidades físicas e psíquicas
de suas tropas, todavia não se olvidaram das necessidades espirituais. Por isso, quando a Base General
Bacellar ainda estava sendo edificada, disponibilizaram uma barraca para servir como Oratório do Soldado.

É nítida a vocação religiosa da sociedade brasileira porque, já na formação dela, os colonizadores


nos transmitiram esse legado. Muitos estudos antropológicos e sociológicos demonstram essa realidade. E o
militar brasileiro reflete tal vocação. Hoje em dia, o combatente do BRABAT 20 desfruta de uma instalação
confortável para o exercício de sua fé.

A maioria dos nossos Chefes Militares concorda que nem todo militar que faz a diferença tem fé,
mas todo militar que tem fé, faz a diferença. Alicerçado nesse pensamento, o Comando do BRABAT 20 tem
apoiado o Serviço de Assistência Religiosa representado nos Capelães Major JAMES VASCONCELLOS
MESQUITA (Pastor) e Capitão LEANDRO PEREIRA DA SILVA (Padre), os quais mantêm uma rotina
de instruções religiosas semanais em todas as Subunidades, celebrações específicas aos Credos mais
representativos, aconselhamentos e confissões individualizadas, catequese, oração do Rosário, Escola
Bíblica Dominical, reunião de oração etc (veja Horário das Atividades Religiosas).
Às atividades corriqueiras da Capelania, somam-se várias outras inopinadas como: assessoria ao
Comando em assuntos concernentes à religião, contato com liderança religiosa local, assistência social a
famílias que necessitam de alimentos, roupas, calçados, material escolar etc. Os Capelães, muitas vezes, tem
sido o elo entre missionários que atuam no Haiti e o Comando do BRABAT 20, intercedendo por aqueles
para que este disponibilize assistência médico-odontológica à população, conserto de equipamentos e reparo
de instalações que os ditos missionários utilizam etc.

Quando determinado pelo Comandante, as Subunidades empregam os Capelães em suas Áreas de


Operações e Responsabilidade para, por meio da religião, pacificar conflitos crônicos. Na visão do soldado
Miguel, da 4ª Companhia de Fuzileiros, “muitos militares estão tendo auxílio da Capelania nos momentos
de dificuldades emocionais e espirituais. Na Capelania, não só encontramos apoio à nossa fé cristã, mas
também estímulo ao espírito de corpo e ao companheirismo, pois ela dá suporte aos nossos irmãos de fé e
de farda.”
É de consenso que a dimensão espiritual do ser humano o leva a buscar um reencontro com o
Criador nos momentos decisivos da vida. Esta é a razão dos cultos religiosos nas vésperas dos grandes
confrontos. O militar faz da sua vocação de servir a sua profissão. O capelão militar vem para servir os que
servem. O militar brasileiro é um promotor da paz. O capelão militar ora pela imposição da paz. Ambos –
militares e capelães – estão servindo a DEUS e à Humanidade afim de se instaure um Reino de paz e de
Justiça mundiais, como bem ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo: “Bem-aventurados os pacificadores
porque eles serão chamados filhos de DEUS”. (Evangelho segundo escreveu São Mateus, capítulo 5,
versículo 9)
BONDYE BENI OU (“DEUS te abençoe”, em creole haitiano).

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