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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO DE AVALIAÇÃO

QUANTITATIVA DE RISCO
L. MILLER, M.D. McELVAINE, R.M. McDOWELL and A.S. AHL*

Sumário: A comunidade internacional de saúde animal está advogando uma avaliação


quantitativa de risco mais difundida para tomar decisões de comércio internacional. Neste
artigo, os autores explicam o por que a avaliação quantitativa de risco é uma ferramenta
valiosa, traçam um processo com pontos chave para desenvolvimento da avaliação
quantitativa de risco, e descrevem um método para quantificar a incerteza associada aos
resultados da avaliação de risco.

PALAVRAS CHAVE: Estimativa de probabilidade - Probabilidade – Avaliação quantitativo


de risco.

INTRODUÇÃO

Órgãos responsáveis pela normatização da saúde animal estão aumentando o seu interesse em
aplicar técnicas de avaliação de risco nas questões de comércio internacional. Avaliação de risco é
uma estimativa de probabilidade de risco de uma ocorrência indesejável e da magnitude de
impacto na sua ocorrência. Essencialmente, a avaliação de risco tenta responder a estas três
questões que seguem à baixo:

- O que pode dar errado?


- Qual a ocorrência dos fatos?
- Quais as conseqüências se as coisas derem errado?

Uma análise de risco formal documenta o processo e a informação usada. O processo deve
ser cientificamente baseado, bem documentado, flexível, consistente, e aberto para revisão.
Aplicada para o comércio internacional, especificamente a importação de animais e produtos de
origem animai, a avaliação de risco estima a probabilidade de importar um agente etiológico de
doença animal indesejável ou vetor contido em um animal importado ou produto de origem animal
na circunstância especificada. Órgãos oficiais de regulamentação podem então usar a estimativa
de risco para estabelecer manuais e procedimentos para o gerenciamento de risco, e para
determinar se e como a proposta de importação irá ser encaminhada.

Os conceitos da avaliação de risco aplicados nas decisões do comércio internacional são


necessariamente básicos e diretos. Eles incluem os seguintes:

a) avaliar evidência da possível presença de um agente específico de doença ou vetor em um


animal ou produto de origem animal apresentado para importação.

b) avaliar evidência com relação à probabilidade de que o agente de doença ou o vetor


poderá sobreviver ao trânsito e processamento comercial

c) avaliar os impactos esperados do protocolo regulatório e dos procedimentos de


minimização da capacidade do agente de doença ou do vetor sobreviver em um produto
específico a ser importado;
d) avaliar o nível de risco associado com cada importação que pode ser tolerado pelo país
importador quando confrontado com os benefícios esperados pela importação

* Departamento da Agricultura dos Estados Unidos, Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal,
Desenvolvimento de Programas e Polícia, Sistema de Análise de Planejamento e Risco, 6505 Belcrest Road, Federal
Building, 8th floor, Hyattsville, MD 20782, United States of America

A aplicação da avaliação de risco para doenças biológicas e infecciosas é relativamente nova, e


a aplicabilidade é mais complexa do que os conceitos mencionados acima. Porém, não há um acordo
formal internacional na aplicação de métodos de avaliação de risco nas questões de comércio
internacional. Este artigo discute razões para conduzir a avaliações de risco, e apresenta um
processo para avaliação quantitativa de risco. O processo inclui a metodologia para quantificar a
incerteza que resulta das limitações inerentes da variabilidade de informação e biológica quando
conduzidas a avaliação quantitativa de risco.

PORQUE CONDUZIR A AVALIAÇÃO DE RISCO?

Órgãos oficiais de regulamentação são requisitados para tomarem decisões na questão da


incerteza do uso de informação incompleta ou equivocada. Os resultados dessas decisões podem
afetar tremendamente inúmeras pessoas assim como o balanço do comércio internacional.
Avaliação de risco tem provado ser um método eficiente em prover fazedores de opinião com
informações completas, na razão de ajudá-los a tomar decisões mais informadas e para melhor
acesso ao impacto dessas decisões.

Uma segunda razão para conduzir a avaliação de risco é o aumento do apoio para a utilização
desse método, como visto no Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e no Acordo de
Comércio Livre da América do Norte (NAFTA) . Já que as barreiras para as tarifas
internacionais de comércio diminuíram, a maior barreira em potencial para o comércio são as
restrições da saúde animal e vegetal. Para se assegurar de que essas restrições não se tornem
barreiras arbitrárias a não tarifa, a comunidade internacional está procurando um meio de
determinar quais restrições sanitárias, se for o caso, são necessárias. A aplicação das restrições
arbitrárias de sanidade pode resultar numa sanção do comércio internacional sob as regras
propostas pelo GATT.

A regionalização proporciona uma terceira razão para o uso da avaliação de risco na formação
e decisão do comércio internacional. A regionalização identifica uma área baseada nas
características que poderiam afetar a presença e a disseminação dos agentes da doença animal ou
vetor, independente das fronteiras nacionais. Avaliando essas características é sinônimo com a
avaliação de risco para a presença de agentes específicos associados com a determinada região.
Em efeito, uma aplicação completa do conceito de regionalização requer o uso da avaliação de
risco. Regionalização é um domínio que acentua a vital importância da informação. Essas áreas
com a necessária infra estrutura para reunir e analisar os dados, e a habilidade de prover esses
dados para comunidades internacionais, estarão numa posição melhor para a expansão do mercado
exportador do que aqueles países que falham em providenciar informações que dizem respeito às
características para risco de doenças animal.
MÉTODOS DA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE RISCOS

Uma variedade de campos científicos desenvolveram métodos de avaliação da probabilidade e das


conseqüências de uma ocorrência indesejável. A Equipe de Sistema de Planejamento e Avaliação
de Análise de Risco do Serviço de Saúde de Inspeção Animal e Vegetal, o Departamento da
Agricultura dos Estados Unidos, está desenvolvendo um processo que reúne a demanda para um
sistema cientificamente baseado, bem documentado, flexível, consistente e aberto. O processo
foca na avaliação quantitativa da probabilidade da importação de um animal com um agente de
uma doença exótica, e na incerteza associada a probabilidade estimada. O processo utilizado para
avaliar a probabilidade tem nove componentes, que seguem à baixo:

a) Especificar a questão

b) Identificar o risco em questão

c) Desenvolver uma árvore de cenário que traçe o caminho do evento esperado e de todas a
falhas que poderão ocorrer, culminando na ocorrência do risco identificado

d) Identificar o roteiro e as unidades designadas

e) Colher e juntar as evidências

f) Designar valores das unidades do roteiro

g) Realizar os cálculos para resumir a probabilidade da ocorrência do risco

h) Considerar opções de gerenciamento de risco

i) Preparar um relatório escrito

O impacto do resultado da introdução da doença é qualificadamente avaliada baseando-se na


designação da doença como doença de lista A e lista B do Office International des Epizooties
(OIE)
A avaliação da probabilidade inicia com uma declaração da questão dirigida da avaliação de
risco. A questão deve ser tão específica como necessária para providenciar informações úteis
para as pessoas que irão tomar as decisões. Uma questão geralmente especifica doença(s) de
preocupação, do animal ou do produto de origem animal a serem importados no tempo de
interesse determinado para a importação. Um exemplo de questão, que seguirá neste artigo,
poderá ser “Quais os riscos de importar uma doença animal exótica ou vetor num lote de bovinos
proveniente do país X?” A pergunta poderá ser modificada ao passo de novas informações
aprendidas no decorrer.

A pergunta original pode ser tão geralmente expressada que pesquisa adicional é necessária
para especificar o risco. Um risco é definido se qualquer evento tiver potencial de causar dano.
Usando a questão exemplo acima, o processo de identificação de risco inclui que determinada
doença está presente no país de origem. Se o risco for amplo, a questão poderá ser dividida numa
outra séries de perguntas; como por exemplo, “Qual é a probabilidade de se introduzir a Febre
Aftosa com um lote de bovinos de um país X? Peste Bovina? Febre do Vale do Rift? Língua Azul?”

Uma vez identificado o perigo de interesse , o cálculo lista todas os eventos que são
esperados a ocorrer durante a importação. Isso é chamado de quadro “como planejado” , porque
representa o fluxo esperado dos eventos que prevêem o evento indesejável de ocorrer (Fig. 1)
(5).

A árvore de cenário traçada é desenvolvido pela construção de um diagrama onde cada passo
no qual eventos não planejados podem ocorrer (Fig. 2) (7). Essas derivações estão presentes na
forma de diagramas até eles alcançarem os três pontos finais: os resultados desviados no mesmo
efeito do cenário “como planejado” (ex: isto não se faz de um perigo real) ; o desvio acaba na
extremidade que não é nem o perigo em pauta e nem o resultado do cenário “como planejado”; ou
o desvio culmina na ocorrência do perigo em interesse (Fig.3). Se o resultado do caminho traçado
não aparecer no nem no resultado “como planejado” e nem no risco de interesse da árvore de
cenário, pode indicar uma outra face da situação de risco que merece ser investigada e
desenvolver uma outra avaliação de risco. Por exemplo, se animais infectados com a doença OIE
Lista A são detectados durante o período de quarentena no país de importação (Fig.4), isto não é
nem o quadro “como planejado” do “animais selecionados não infectados para exportação do país
X”, e nem corresponde ao risco em interesse ”FMD introduzido pelo lote de bovinos provenientes
do país X”. Detectar animais infectados em quarentena no país importador, implica em certos
custos que eventualmente se tornam o foco de avaliação para responder a pergunta, “Qual a
probabilidade (ex: tanto a probabilidade como a conseqüência) que o estabelecimento da
quarentena deverá ser fechado para limpeza e desinfecção devido a detecção da doença Lista
A no lote importado de animais no próximo ano?

Na medida que a árvore de cenário é desenvolvida, cada filial é nomeada de acordo com que
representa. Para a facilidade do uso, um rótulo algébrico é designado a cada filial também,
fazendo diminuir as confusões e reduzir requerimentos para escrever uma longa e descritiva
frase. Designar filiais e levá-las ao cenário, também confere que o modelo algébrico está correto
(apesar de não necessariamente validar o modelo conceitual). No desenvolver de um cenário, é
importante que possíveis resultados sejam incluídos e mutualmente exclusivos. Se todos os
resultados são mutualmente exclusivos, então o total das suas probabilidades ( ex: a
probabilidade de que um dos resultados irá acontecer) totaliza 1. Quando duas filiais emanam de
um ponto central, cada um representa parcelas, ou frações, do total do possível resultado. Por
essa razão, se uma das filiais foi nomeada A, a outra filial (por definição) pode ser definida 1-A
(Fig.5). Unidades são atribuídas para cada filial para assegurar que elas são consistentes com os
incidentes que a filial representa e que o ponto final da avaliação será expresso em unidades de
uso compreensivo

Uma vez a árvore de cenário traçada, é necessário colher e documentar evidências que
permitirão o avaliador de designar valores numéricos para a probabilidade dos eventos descritos
ocorrendo. Apesar da informação ser continuamente colhida através dos recentes componentes
da avaliação de risco, ela é formalmente incluída neste estágio porque é mais eficiente procurar
por uma única informação que está diretamente aplicada as filiais da árvore de cenário
desenvolvida. Essa informação então se torna uma evidência na qual a quantificação do cenário é
baseada. A informação pode ser obtida através de pesquisa experimental ou da experiência em si,
ou pode ser um dado epidemiológico ou informação anedótica; isso pode ser então organizado ao
invés de indicar qual fontes são estimadas mais dignas de crédito pelo avaliador. Na pergunta de
exemplo que está seguida das Figuras 1 a 5, a pesquisa poderá iniciar-se por determinar a
prevalência de cada doença de interesse no país X, a sensibilidade e a especificidade do atual
teste de procedimento, e outros detalhes do processo de quarentena.
Baseando-se nas evidências coletadas, o avaliador designa valores numéricos para cada filial
do roteiro, desta maneira quantificar a probabilidade para cada evento ocorrendo. Esses valores
são baseados na evidência, que incluem alguns graus de incerteza. Uma discussão de como enfocar
a incerteza está contida na próxima sessão deste artigo.

Quando valores foram designados para as filiais da árvore de cenário, a análise quantitativa
de risco é realizada. Todos os eventos independentes, seqüenciais que levam a um específico
ponto final são múltiplos, para chegar na probabilidade de um evento específico ocorrendo
através de um caminho determinado, como mostra abaixo:

(1 – A) x (1 – B) = probabilidade de introduzir FMD

Se mais de um caminho leva ao mesmo ponto final, a probabilidade de valores para cada
caminho é adicionado para obter a probabilidade total do ponto final ocorrido por qualquer
caminho. Multiplicando o valor do evento inicial pelo valor da seqüência dos eventos que levam ao
perigo de interesse, resulta na freqüência esperada (expressada em números de bovinos) de quais
bovinos infectados com FMD não detectado na quarentena são liberados no país importador, como
mostra abaixo

(número de bovinos no lote) x (1 – A) x (1 – B) = número esperado de bovinos infectados


liberados após o período de quarentena

Quando valores são designados para a árvore de cenário e os valores do resumo calculados, é
relativamente fácil identificar filiais específicas do roteiro com maior impacto. Essa filiais
destacam áreas particulares de interesse na área de decisões de gerenciamento de risco, onde
uma única intervenção teria um maior significado de mais impacto na probabilidade geral dos
eventos desfavoráveis de ocorrência. Uma árvore de cenário permite ao avaliador a apresentar o
impacto de uma variedade de opções de gerenciamento de risco para as pessoas responsáveis pela
decisões num formato conciso, uniforme, aumentando a habilidade de gerenciamento para tomar
uma decisão notificada. É também fácil localizar com precisão aquelas filiais que sem certeza
exercem a maior parte, permitindo o avaliador a recomendar áreas para pesquisa adicional antes
da probabilidade precisa ser feita.

O passo final é o de escrever um relatório formal apresentando todos os métodos , modelos,


evidências, estatísticas ou métodos de quantificação usados, com um texto resumido que
certamente explica a avaliação. O desenvolvimento deste relatório começa com a identificação do
perigo, a pesquisa de pano de fundo inicial e da (re)declaração da questão, e continua através das
considerações das opções do gerenciamento de risco. Evidência usada para designar valores para
cada filial da árvore de cenário é documentada, citando artigos de referência , opiniões de
experts, ou resultados de laboratório e/ou estudos de campo. O uso da árvore de cenário
assegura que todas as evidências são igualmente avaliadas e documentadas, e fornece um formato
lógico que fornece um diagrama explícito do modelo e das suposições fundamentadas.
PROBABILIADE, INCERTEZA, E AVALIAÇÃO DE RISCO

Realizar uma avaliação de risco e estimar a probabilidade de um evento adverso (como a


introdução de uma doença animal indesejável ou vetor), essencialmente envolve tentar predizer o
futuro. Avaliação de risco requer uma estimativa da probabilidade de que um dos vários eventos
em potencial futuros irão realmente emergir. Esse processo necessariamente envolve incerteza.
Uma metodologia de avaliação de risco deve incluir algumas estimativas do nível e da fonte da
incerteza associada com o prever da probabilidade de introduzir uma doença animal (1).

Pessoas envolvidas na tomada de decisão são enfrentadas pela incerteza em todas as


decisões tomadas por eles. Familiaridade com a incerteza que os cerca, geralmente leva-os a
aceitar a incerteza como inevitável, deixando as fontes e magnitudes dessa incerteza indefinida,
não quantificada e não avaliada (6). Uma “estimativa por ponto” é frequentemente usada para
representar os resultados de uma avaliação de risco, por que um único valor é claro, preciso e
fácil de entender. Infelizmente, a precisão de uma estimativa de ponto dá a impressão de engano
de que o valor apresentado é a resposta. A declaração de um único valor como resultado da
avaliação de risco encoraja as pessoas que irão tomar decisões a focalizarem em apenas um
resultado possível. Isso ignora o fato de que o único valor foi derivado de avaliações de vários
resultados possíveis, e representa apenas uma estimativa de um resultado em potencial dentre
vários. Além disso, uma estimativa por ponto pode ser baseada na média, mediana, ou moda da
distribuição de todos os possíveis eventos. Consequentemente, a estimativa por ponto que
representa diferentes distribuições de dados pode ter o mesmo valor numérico. Por exemplo, a
Figura 6 ilustra duas diferentes distribuições de probabilidades que têm a mesma média.
Obviamente o risco representado por essas duas distribuições são diferentes, uma diferença
que não é aparente se apenas a média está presente (tipicamente selecionada como estimativa
por ponto). Critério de decisão usados por administradores são geralmente baseados no
conhecimento da probabilidade do pior caso de roteiro. Apresentando apenas uma estimativa por
ponto não fornece ao administrador as informações necessárias para tomar decisões informadas.

É comum enforcar as deficiências das estimativas por ponto, apresentando uma estimativa
por ponto associada à extensão dos valores de probabilidade esperados (8). Isso serve para
reconhecer a incerteza associada com a estimativa por ponto e para dar limites superior e
inferior esperados. Porém, a extensão não expressa as mudanças na probabilidade para todos os
resultados possíveis, resultando numa representação incompleta e potencialmente errônea.
Apenas uma maneira efetiva de representar os dados incertos é apresentar todos os dados na
forma de Função de Densidade Probabilística (PDF) (3,4) . Graficamente, a PDF representa a
distribuição completa de possíveis resultados, pesados pela probabilidade das ocorrências. Numa
PDF, o eixo horizontal(x) mostra os valores do resultado de interesse. A Figura 7 ilustra a PDF,
onde o eixo x representa o peso do material proibido de entrada anual nos campos do Alaska. O
eixo vertical (y), representa a densidade probabilística. Como o eixo y representa densidade, a
probabilidade de um valor específico no eixo x é determinado pelo cálculo de área sob a curva
naquele ponto, e não por simplesmente ler a coordenada y correspondente. A área total sob a
curva é igual a 1, por que representa a soma das probabilidades associadas com a total extensão
dos possíveis valores para o resultado de interesse. A quantidade de dispersão na curva dá a
excelente indicação da quantidade de incerteza associada às estimativas. Se a curva se
assemelha a um alto vulcão, com uma base estreita, a maior parte da área sob a curva é
concentrada sobre uma estreita extensão dos resultados em potencial, indicando uma quantidade
limitada de incerteza. Com uma curva larga e baixa, a área da curva se extende por mais
resultados em potencial, com menos probabilidade de que alguns dos valores sejam “verdadeiro”,
e desta maneira indicando mais incerteza. A razão pela qual PDF pode ser difícil de interpretar
sem uma vasta experiência, a informação apresentada em uma PDF é geralmente convertida para
uma Função de Distribuição Acumulada (CDF). A CDF (Fig. 8), também representa a probabilidade
associada à total extensão dos resultados possíveis, mas é mais fácil interpretar de primeira. O
eixo x, ainda representa o possível valor do resultado em interesse, mas agora o eixo y
representa a probabilidade acumulada. Usando a CDF, a intercessão de x, y pode ser lida
diretamente através dos eixos, sem calcular a área sob a curva, como requerido pelo o uso do
PDF. Utilizando-se PDF ou CDF consegue-se atingir o objetivo desejado de representar uma
incerteza associada com o resultado da avaliação quantitativa de risco.

Existem muitas fontes de incerteza em potencial para realizar uma avaliação de risco. Por
exemplo, prevalência de doença é sempre expressa por uma estimativa por ponto, gerando
incerteza com relação a amplitude e a distribuição da estimativa da prevalência. Variação
biológica na suscetibilidade de doenças ou reações aos testes diagnósticos gera outra fonte de
incerteza. Erros humanos nas mensurações e erros tanto sistemático como ao acaso nas
amostragens contribuem para a incerteza global. O desenvolvimento de um modelo conceituais e a
seleção de variáveis conduzem para outras fontes de incerteza. Mostrar esssas incertezas e
examinar as fontes e magnitudes da incerteza permitem aos tomadores de decisão avaliar várias
opições de manejo diante da incerteza.

CONCLUSÃO

Órgãos oficiais de saúde animal têm sempre tomado decisões enfrentando incertezas na
tentativa de prevenir a introdução de doenças exóticas dos animais. Estes tomadores de decisão
têm corretamente “errado ao lado da precaução”, particularmente quando o grau e a fonte de
incerteza não eram claramente estabelecidas. Mais recentemente, os tomadores de decisão,
produtores e comunidade internacional de saúde animal tem reconhecido os altos custos - tais
como, da diversidade genética diminuída e perdas de mercado, associado com a evolução de uma
gama arbitrária de regulamentos sanitários. Afim de colher os benefícios de um comércio mais
aberto, enquanto mantendo programas de controle de exclusão de doenças exóticas, os
responsáveis pela saúde animal estão se voltando para a avaliação de risco.

Em um artigo descrevendo os caminhos para avaliar o risco associado com o investimento de


capital, Hertz estabelece (2):
“Analise de risco está se juntando com a política pública. Sem ela, qualquer escolha
importante que conduz a resultados incertos não são informados; com isto à aplicação e
entedimento apropriados, tomadores de decisão – executivo de negócios, administrador do
governo, cientista, legislador – estarão melhor capacitados para decidir porque uma rota de ação
pode ser mais desejável que a outra.”
O desenvolvimento de um processo de avaliação quantitativa de risco oferece melhores
informações ao tomador de decisão de sorte que os cursos de ação mais eficientes podem ser
seguidos.

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