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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


DISCIPLINA DE INDÚSTRIAS QUÍMICAS

Processos de fabricação de
óleo de milho e processo de
fabricação de gorduras
Alunas: Bianca, Bruna,
Gladis e Lorrana.
ÓLEOS E Óleo e gorduras são substâncias hidrofóbicas;

GORDURAS
Origem animal ou vegetal;
Formados por ésteres de triacilgliceróis;
Resultantes da esterificação entre o glicerol
(propano-1,2,3-triol) e ácidos graxos de cadeias
longas;
Gorduras são sólidas à temperatura ambiente;
Óleos são líquidos à temperatura ambiente;
As operações unitárias envolvidas na extração de
óleos e gorduras são: prensagem mecânica, extração
à solvente ou autoclavagem, posteriormente são
feitos outros processos como refinação,purificação e
hidrogenação.

milho
Maior grão entre os cereais;
Em sua base seca é composto por:
61-78% de amido, 6-12 proteínas, 2-4% fibra (a
maioria resíduo detergente neutro), 3-6% de óleo e
1-4% minerais.
Principais estruturas físicas que formam o grão:
endosperma, gérmen, pericarpo (casca) e ponta.
O gérmen, que representa 10-12% (Watson,
1991) do peso do grão, contém 83% dos lipídeos,
sendo a principal matéria-prima da produção de
óleos.
óleo de milho
Os lipídios do grãos, especialmente os triglicerídeos,
estão organizados em corpos oleosos;
Distingue-se dos outros óleos vegetais quanto aos
percentuais dos óleos conforme figura;
O óleo de milho possuem cerca de 42% de
constituintes polinsaturados.
Composto principalemnte por ácido graxo linoléico
(ômega 6) e em menor percentual ácido graxo
linolênico (ômega 3).
EXTRAÇÃO de óleos
O óleo de milho pode ser extraído através da prensagem ou com
uso de solvente;
A extração por prensagem consiste em submeter o material a um
esmagamento sob pressão e aquecimento;
A extração por solventes pode ser utilizada como uma operação
isolada ou como uma operação complementar;
Extração por solventes obtemos maior rendimento;
A extração de óleos vegetais envolve primordialmente modificações
de natureza física, enquanto a refinação e o processamento
posterior dos óleos são pertinentes às conversões químicas; 1 ton
Em escala de bancada utilizamos o SOXHLET.
18 litros
UTILIZAÇÃO DE SOLVENTES
A água não pode ser usada como solvente:
miscibilidade e volatilidade baixa;
Hexano e iso-hexano são os solventes mais
utilizados por serem voláteis e
desempenham ótimo rendimento na
extração;
Alguns outros solventes tem sido
propostos, como etanol (Navarro e
Rodrigues, 2014).
PREPARAÇÃO DO GRÃO
PROCESSO DE EXTRAÇÃO
GÉRMEN DO MILHO LIMPEZA MACERAÇÃO FORMAÇÃO DE COZIMENTO
FLOCOS MENORES

ÓLEO DE
PRODUTO FINAL REFINAMENTO FILTRAÇÃO MILHO BRUTO PRENSAGEM

REFINAÇÃO DO ÓLEO
PRENSAGEM DO GRÃO

EXTRAÇÃO BOLO DA PRENSAGEM


POR SOLVENTE (RESÍDUO SÓLIDO)
PREPARAÇÃO DOS GRÃOS
O primeiro passo da produção de óleo de milho é a
separação do germe de milho;
Existem 3 principais processos de separação de
germes de milho;
Separação do germe de milho do tipo seco; tipo
molhado e meio molhados;
Os grãos de milho são desarmados e esmagados com
um rolo ranhurado para quebrar as paredes celulares;
O bolo resultante é moído molhado, mergulhado em
água acidificada com dióxido de enxofre para separar
os componentes da semente.

PRENSAGEM DO grão
Geralmente, o óleo de milho é produzido pelo método
pressionado pelo expeller, em seguida, extraído do
bolo de óleo por meio de hexano ou isohexano (o
solvente é recuperado para reutilização por
evaporação);
Pode ser a frio ou a quente, porém este último facilita
o processo;
O óleo de milho bruto extraído é então enviado para a
usina de refino.
refinação do ÓLEO
Durante o processo de refinação de óleo de milho, o
degumming ou o tratamento alcalino são usados para
remover fosfatídeos. O tratamento com álcali também
neutraliza os ácidos graxos livres e remove a cor do
petróleo bruto;
As principais etapas de refinação do óleo bruto são:
degomagem, neutralização, desodorização e
clarificação
NEUTRALIZAÇÃO
DEGOMAGEM
BRANQUEAMENTO
DESODORIZAÇÃO
Removidas substâncias
que causam mau cheiro
ao óleo bruto, como
aldeídos, cetonas, ácidos
graxos oxidados e
carotenóides,
principalmente o tocoferol
(vitamina E);
Arraste à vapor.
aplicação DO
ÓLEO de milho
Fabricação de produtos alimentícios;
Cosméticos (tratamento de psoríase);
Farmacêutica;
Veterinária e ração animal;
Industrial na produção de vernizes, tintas,
plásticos, lubrificantes entre outros.
REAÇÃO
Ocorre em duas etapas, a primeira

corresponde a epoxidação das


ligações duplas do óleo empregando
ácido peracético ou perfórmico
gerado "in suto" ou pré-formado. A
segunda é a abertura, catalisada por
ácido, do anel oxirano com metanol,
resultando em um poliol metoxilado.
GORDURAS
Formadas por triacilgliceróis (éster formado a

partir do glicerol (álcool) e três moléculas de


ácidos graxos (ácidos carboxílicos de
ocorrência natural) em um processo catalisado
por enzimas (lipases) ou meio ácido).

As gorduras saturadas são preparadas por


reação de hidrogenação aos óleos vegetais;
A insaturação é desfeita e cada átomo de
carbono ligasse a um hidrogênio;
Com a hidrogenação parcial ocorre a
isomerização, formando ácidos graxos trans.
EXTRAÇÃO DE GORDURAS DE
ORIGEM ANIMAL
Obtidos através dos tecidos adiposos dos
animais, que estão geralmente associados a

carnes, peles e ossos;


Os óleos e gorduras crus possuem vários tipos
de impurezas que devem ser eliminadas
através de tratamentos;

As células do tecido adiposo animal, que


contém o material graxo são destruídas, e a
gordura fica na forma líquida por influencia da
alta temperatura do meio.
refino de gordura
A primeira etapa do processo de
refino da gordura é a
desodorização;
O processo por arraste a vapor
elimina também grande parte dos
ácidos graxos presentes, sendo
conhecido na indústria como
“neutralização física”;
A gordura é submetida ao processo
clarificação e de neutralização com
NaOH;
reação de O hidrogênio se insere na
ligação dupla e o produto

hidrogenação saturado se dessorve da


superfície do catalisador;
A hidrogenação nas indústrias é
Segundo Pinho e Suarez (2013, p.48), utilizada para os mais diversos
“hidrogenação é o processo químico de fins, como por exemplo, o
eliminação de grupos funcionais aumento do ponto de fusão de
insaturados pela adição de átomos de materiais e produção de
hidrogênio; margarinas
Na primeira etapa o hidrogênio é
adsorvido na superfície do catalisador;
Complexação entre o alceno e o
catalisador;
hidrogenação DE
GORDURAS
A hidrogenação de óleos e gorduras Para produção de gorduras vegetais
consiste na adição de hidrogênio nas hidrogenadas, bastante usadas na
duplas ligações dos grupos acil fabricação de tortas e bolos, a
insaturados; hidrogenação é efetuada de forma
Aumentar o prazo de validade dos óleos, quase completa;
pois resulta na diminuição da As características de óleos e
suscetibilidade à deterioração oxidativa, gorduras parcialmente hidrogenadas
ou para produzira as gorduras vegetais dependem das condições reacionais.
hidrogenadas;
MARGARINA
Preparado a partir de gorduras hidrogenadas;

Surgiu na França no sécula XIX no império de Napoleão III;


Hippolyte Mège-Mouriès emulsificou sebo bovino com
leite;
Desenvolvimento do processo de hidrogenação com
emulsificante de uma fase aquosa e oleosa;
A margarina é um produto gorduroso em emulsão estável
com leite ou seus constituintes ou derivados;
Constituída principalmente de gorduras vegetais
hidrogenadas, cerca de 82%.
produção da MARGARINA
Nas últimas décadas o uso da

hidrogenação na indústria de
alimentos a fim de produzir
gorduras vegetais tem sido
questionado;
Isômeros trans são prejudiciais à
saúde humana.
CONCLUSÃO
Os óleos e gorduras são misturas complexas derivados de ácidos
graxos os principais;

A moderna indústria de extração de óleos e gorduras envolve


diversas operações, como o preparo da matéria-prima, extração e

purificação;
Estas operações são específicas para cada oleaginosa;
No caso do milho envolve-se diversas operações unitárias como
diminuir a granulametria para extração por prensagem e posterior
extração sólido-líquido por solventes orgânicos como o hexano;
Extração de gorduras vegetais é parecida com a do óleo, difere
no processo de hidrogenação;
Gorduras podem ser extraída de origem animal e vegetal.
REFERÊNCIAS

MORETTO, E.; FETT, R.; GONZAGA, L.V. et al. Introdução à Ciência de Alimentos. Florianópolis: UFSC,
2002. 255Pp
FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Composição Química das Gorduras"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/composicao-quimica-das-gorduras.htm. Acesso em 10 de
março de 2022.
CONTI, Flávia de. Margarinas, manteigas, cremes vegetais: cada produto uma finalidade. NUTROCIÊNCIA,
2009. Disponível em: . Acesso em 09 ago. de 2014.
LEHNINGER, Albert L. Princípios de Bioquímica. Tradução de W. R. Lodi; A. A. Simões. São Paulo: Editora
Sarvier, 1989.PINHO, D. M. M.; SUAREZ, P. A. Z. A hidrogenação de Óleos e Gorduras e suas Aplicações
Industriais. Revista Virtual de Química, v. 5, nº.1, jan/fev 2013. p. 47- 62.

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