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Memória da aula aberta

Nome: Sofia Gaissler Santos

Inicialmente, Cristina Coelho fala sobre a história do SUS. O SUS surge em um


momento que o atendimento em saúde pública era muito restrito, em que só era
atendido gratuitamente quem tinha carteira de trabalho, existia somente um Centro
de Saúde do estado e outros postos de saúde da prefeitura, onde só havia pediatras
clínicos, ginecologistas e a enfermagem. Nessa época quem não tinha condição de
pagar o atendimento ou não era trabalhador ia para as Santas Casas para serem
atendido por misericórdia. Começaram a surgir exigências de um atendimento à
saúde que seria universal, ou seja, disponível para todos, com equidade, em que
quem precisasse de mais teriam mais do que outros que precisassem de menos, e
com integralidade, vendo a pessoa de uma forma global

Como era inviável para todas pessoas irem para capital receber o serviço de saúde,
o sistema tinha que ser descentralizado, era necessário que o local para atendimento
estivesse presente em todos os locais do Brasil. Além disso, o controle social também
tinha que ser levado em conta, a sociedade precisava não só participar como falante,
mas também fazendo deliberação, então se cria os conselhos de saúde. O SUS
começa a se expandir muito, primeiro municipalizando o serviço do estado e depois
dos serviços do antigo INPS (Instituto Nacional da Previdência Social). Começa a
criar moda e então introduzir outras categorias profissionais, como fisioterapia,
psicologia, psiquiatria, nutrição, entre outros.

O psicólogo Adriano Gonçalves, mostrou um pouco da rede de atenção psicossocial,


e citou o projeto Arte da Saúde que se insere nessa rede. A política de saúde mental
em Belo Horizonte privilegia o tratamento em liberdade, a singularidade, a conquista
da cidadania e reinserção social a partir da abordagem multiprofissional integrada em
ações de prevenção e promoção da saúde em rede, segundo o princípio da
territorialidade e em serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico. São atendidos
adultos, adolescente e crianças, que sofrem/sofreram de sofrimentos mentais e
vulnerabilidades variadas, as modalidades de atendimento são diversas, abrangendo
todos os níveis de cuidado e vão desde o atendimento primário até a alta
complexidade. Depois, ele mostrou uma tabela com as várias equipes de atendimento
para ressaltar como a rede de saúde é muito extensa, onde há os vários CERSAMs,
os SUPs (Serviços de Urgência Psiquiátrica), leitos especializados de saúde mental,
acolhimento transitório adulto, acolhimento transitório infanto juvenil, entre outros.
A coordenadora do projeto Arte da Saúde, Aldiceia de Campos Silva fala do Arte da
Saúde, que é um programa desenvolvido pela prefeitura de Belo Horizonte, e qu e só
existe na cidade. O programa surge na regional leste em 1993 e em 2008 se expande
para toda cidade, com a proposta de ampliar a resposta dada pelas equipes de saúde
mental em relação às demandas de atendimento de crianças e jovens, vulneráveis
social ou psiquicamente. O projeto é uma prática para crianças e adolescentes de 6
a 18 anos que buscam enfrentar os problemas e situações de vulnerabilidade
promovendo a saúde através da arte como ferramenta de produção e protagonismo
infantil, os Centros de Saúde são os encaminhadores principais do projeto. Nesse
programa o público alvo participa de oficinas de artes plásticas, visuais, artesanato,
dança, música, teatro, eles também fazem uma circulação urbana com idas ao
cinema, teatros, musicais.

O projeto também promove encontros periódicos com os familiares para o


estreitamento de laços com a comunidade, e as reuniões semanais entre a
coordenação regional do projeto, monitores e profissionais de referência dos Centros
de Saúde para discussões dos casos, novos encaminhamentos, construção do
projeto terapêutico, etc. As propostas do programa são resgatar e fortalecer a
capacidade expressiva e criativa das crianças e adolescentes; contribuir para a
produção de laços sociais, melhoria do convívio familiar, comunitário e escolar;
valorizar a singularidade e subjetividade do público atendido; e favorecer o
protagonismo das crianças participantes do Arte da Saúde.

Os principais motivos de encaminhamentos são, a dificuldade de aprendizagem; a


dificuldade de relacionamento e/ou interação social; a hiperatividade;
agitação/inquietude; uso de medicação psiquiátrica; problemas de comportamento;
ansiedade e outros. Os impactos desse programa na vida das crianças e
adolescentes são o fortalecimento de laços afetivos; melhoria da auto estima;
melhoria no rendimento escolar; superação de medos, angústias e timidez; redução
da violência intra familiar com as crianças e jovens; prevenção ao envolvimento com
drogas, tráfico e atos infracionais; incentivo à educação e à cultura; utilização da arte
como veículo para ações de saúde e cidadania; e o reconhecimento e valorização
pelo outro. Com isso podemos ver o quanto é importante sempre procurar novas
abordagens para o atendimento na psicologia e como a arte tem um papel
fundamental na promoção da saúde mental.

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