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Comment [LM1]:

Nereu Sampaio é influenciado pelas


ideias de Dewey.

Fases do desenvolvimento das ideias


de J Dewey:
1.Naturalista (A Escola e Sociedade)
(Individualidade e experiência)

2.Integrativa (Democracia e
Educação)

3.Arte-educação (Arte como


Experiência)
Comment [LM2]:

Embora Nereu Sampaio seja pouco


conhecido no Brasil, o seu método
“espontâneo-reflexivo” ainda é usado
nas escolas. Trata-se de um trabalho
de dissertação sobre o Desenho
espontâneo das crianças, no qual
Sampaio apropria-se das
metodologias de Dewey em A Escola e
Sociedade.

Este trabalho influenciou a reforma de


Fenando Azevedo, tornando-se um
forte modelo na educação brasileira.

...
Comment [LM3]:

Sampaio delineia um sistema


metodológico que relaciona a evolução
mental da criança com os impulsos
infantis de Dewey. Ele se respalda em
Dewey – fazer e refazer após
observação/reflexão.

A partir de uma observação crítica, a


criança, ao comparar seu trabalho
artístico, por meio de um portfólio,
poderá perceber seu processo de
desenvolvimento. Ao comparar,
criticamente, seus trabalhos
observando outras situações naturais,
poderá desenvolver sua percepção e
ampliar sua capacidade crítica e
consciente.

Necessidade de combinar memória e


imaginação, ação - reflexão - ação.

O professor, da mesma forma, deve


tomar atitude investigativa, comparar
sua práxis pedagógica e se apropriar
de novas possibilidades educativas
disponíveis na atualidade. ...
Comment [LM4]:

Apreciação para Dewey – a


“reconstrução da experiência” – “fazer
e refazer relacionados”, significa
tomar consciência, desenvolver a
percepção a partir da observação,
com a intenção de ampliar a
capacidade de expressão e não para a
representação realista.

O Conceito de Dewey sobre auto-


expressão “visava desenvolver ao
mesmo tempo habilidade técnica e
apreciação de arte”.

Dewey foi criticado por Croce, que


alegara que as observações e teorias
usadas por Dewey já

Croce critica Dewey, alegando que


suas observações e teorias não eram
inéditas. Afirma que ele mesmo havia
enunciado a ideia de “expressão”
como interpretação reflexiva, o que
foi refutado por Dewey que se
posiciona anterior à Croce.
Comment [LM5]:

Croce critica Dewey que critica Franz


Cizek. Este é defendido por Katherine
Dewey e Arthur Efland e por suas
referências acerca da escola de Cizek,
em Viena, onde sua sogra havia
estudado. Segundo ela, “os métodos
envolviam pesquisa rigorosa e
exigente de elementos e princípios de
desenho, mias ligados ao enfoque
sintético de Dow que ao da livre
expressão.”

Contextualizando os dois períodos em


que supervalorizou-se a auto-
expressão no ensino de arte, percebe-
se que a causa foi uma liberação
emocional provocada pelo pós-guerra
e não influencias da escola de Cizek.

A tese de Sampaio propõe a retomada


do desenho a partir da observação
para aproximá-lo da realidade.
Comment [LM6]:

Katherine afirma, a partir de estudos


mais profundos sobre Cizek, haver
algum tipo de orientação presidindo
as suas aulas, porém, Dewey afirma o
contrário. Ele combate o preconceito
de que auto-expressão significa deixar
as habilidades sensíveis fluírem
automaticamente, sem nenhuma
intervenção externa durante o
processo. Para ele, “sem algum
direcionamento da experiência, no
sentido de um processo contínuo de
expressão, desempenho ou execução,
a resposta às condições circundantes
será casual, esporádica e finalmente
cansativa.”

Muitos equívocos podem surgir a


partir das diferentes interpretações
dadas às teorias educacionais. Dewey
reafirma a necessidade da criança ter
orientação de um professor. Nos dias
atuais, elas encontram-se expostas a
toda sorte de informações externas,
são bombardeadas continuamente
pelas redes virtuais. Mais do que
nunca, a figura de um professor
orientador, conectado, crítico, torna-
se necessário para a formação de
estudantes mais sensíveis,
autônomos, humanizados e que se
autogoverne.
Comment [LM7]:

Para Dewey torna-se imprescindível


uma metodologia que promova a
avaliação dos resultados. Fazer a
relação entre os meios e as
consequências dão continuidade e
sentido às ações subsequentes,
constituindo-se o conceito de
Liberdade/individualidade, entendido
não como ausência de controle.

No trabalho de Dewey em A Escola e


Sociedade, o conceito sobre o
exercício da observação apresentou-
se como apreciação naturalista, sendo
mais tarde melhor estruturado,
tornando possível um
correlacionamento entre seu princípio
primitivo de arte-educação e os do
romantismo. Imaginação e observação
como princípios orientadores do
ensino de arte busca sua inspiração no
romantismo, aplicado apenas na
primeira fase da teoria de Dewey.

Sampaio, ao fazer sua interpretação


sobre imaginação
E observação, atribui à imaginação
uma subordinação à observação, de
uma necessária submissão progressiva
entre o “espontâneo ao racional”. Esta
interpretação impediu que Sampaio
compreendesse a importância da
imaginação nas teorias da arte e da
educação Deweyianas, afirma Ana
Mae Barbosa.
Comment [LM8]:

Sampaio busca transformar a


imaginação em pensamento reflexivo.
Sua ideia seria impulsionar o
desenvolvimento infantil em direção à
inteligência reflexiva.
Comment [LM9]:

O pensamento imaginativo pode


transformar uma experiência comum
em uma experiência simbólica e
também elucidar posicionamentos
diversos.

O pensamento imaginativo sugere


elencar diversas hipóteses e a
definição de possíveis soluções para
um mesmo problema. Neste sentido,
há de se considerar pensamentos
divergentes, possibilidades múltiplas,
trilhas diversas e resultados
imprevisíveis.

Voltando para os aspectos


apresentados neste estudo sobre a
arte e o desenvolvimento da criança, o
professor, como orientador e
condutor dos processos
arte/educativos deve conhecer teorias
e aplicar metodologias que promovam
o desenvolvimento cognitivo, estético,
sensível, social, cultural, político,
fazendo com que seus alunos se
apropriem das aprendizagens
pertinentes a cada etapa de suas
vidas.
Comment [LM10]:

Mesmo prevalecendo equívoco na


interpretação que Sampaio fez sobre
aspectos da teoria de Dewey, seu
trabalho é relevante para a história da
arte/educação.
Comment [LM11]:
Comment [LM12]:

Barbosa traz à luz diversos equívocos


sobre a arte/educação no Brasil
demonstrados por teóricos da
educação. Ela explica os enganos
cometidos sobre a importância da arte
na educação, reafirma sua igual
importância às outras disciplina
durante o Movimento da Escola Nova
Brasileira e sobre o desconhecimento
das obras escritas por Dewey depois
de A Escola e Sociedade.

Comment [LM13]:

Os equívocos citados poderiam ter


sido pelo desconhecimento da obra
Arte como Experiência de John
Dewey, ainda não traduzido para a
língua portuguesa à época. Hoje, Art
as Experience já é traduzido no Brasil
e literatura fundamental nos estudos
da arte/educação

Segunda Fase do Pensamento de


Dewey consubstanciada em
Democracia e Educação e em
Pensamento Afetivo na Lógica e na
Pintura teve menos influência que A
Escola e Sociedade. ...
Comment [LM14]:

Mais uma comprovação de que a


Escola Nova tinha compromisso com a
arte na educação foi a vinda de
Perrelet, uma filósofa da arte, que
compôs um grupo de professores
vindos da Europa, do Instituto Jean-
Jacques Rousseau, para reorganizar a
educação em Minas Gerais. Dentre os
sete professores componentes do
grupo, dois eram professores de arte.

Criou-se a Escola de Aperfeiçoamento


de Professores de Minas Gerais,
comandada por Artus Perrelet. Os
conceitos de Dewey sobre a função da
arte na educação foram fortemente
explorados. Esta escola promoveu
mudanças na prática dos professores
em Minas Gerais, ao ponto de Carlos
Drummond de Andrade poetizar sobre
as professorinhas da Escola de
Aperfeiçoamento.

Ao estabelecer relações entre a Escola


de Aperfeiçoamento de Professores
de Minas Gerais e Centro de Estudo e
Pesquisa Ciranda da Arte, ambos
denotam o reconhecimento dado à
arte em Minas Gerais e em Goiás;
ambos se fortaleceram
fundamentalmente ao apropriarem-se
de conceitos abordados por teóricos
que discutem a arte/educação e,
ambos, recebem o selo de qualidade
pelas mudanças que conseguiram e
conseguem imprimir no ensino da arte
em seus diferenciados contextos.

A pergunta é: onde se situa a inversão


do movimento que faz da arte hoje
uma área menos favorecida nos
currículos escolares?

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