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writing prompt #5 and #26

chapter 1 - the best friend

ele era meu melhor amigo. ao longo do ensino médio eu tive certa
dificuldade de conseguir interagir com outras pessoas. mais
especificamente, adolescentes. tinha alguma coisa neles que
simplesmente tornava a interação impossível. eram trogloditas.
então, um dia, esse menino bonito que se sentava na cadeira ao lado
me diz que gostou dos meus óculos, e que também usava, mas preferia
lentes. havia algo nele, uma luz, aquele tipo de coisa que astros de
rock famosos tem. eles simplesmente chamam atenção. mesmo assim, o
ignorei e continuei a focar no que estava fazendo. depois desse dia,
ele se aproximava e fazia algum comentário, puxava assunto, ou
simplesmente pairava ao meu redor como uma tartaruga (referência
kkk). e eu me apaixonei. em algum dia que não me lembro eu
finalmente respondi. a cara que ele fez ficou tatuada nos meus
olhos. uma mistura de felicidade, fogo e satisfação. os olhos
castanho claro dele viraram brasa.

Foi a mesma cara que ele fez quando veio com aquele machado pra cima
de mim.

chapter 2 - first impressions

ok, escuta, eu acredito que talvez a impressão que o victor passou


sobre mim esteja ligeiramente alterada. permita-me apresentar-me :
eu sou Rui Cardoso Cavallari. e sim, eu matei o victor.

após o ensino médio, acabamos por nos distanciarmos e perdemos o


contato após cerca de 8 meses. mas não se engane, não foi por culpa
minha, mas não foi mesmo. eu sempre amei ele, não era paixão, era
amor.

ok, talvez tivesse um que de obsessão, mas nada fora do normal, sério.
de qualquer forma, nos encontramos de novo em um bar qualquer um dia
desses, e resolvi que iriamos ter um “encontro” na minha casa, e então, o
matei, o libertei das dores do mundo, e lhe mostrei o quão o amava, e ainda
amo, mais que tudo que tenho e tive.

9 anos atrás - entrada na faculdade

é isso. victor foi para uma faculdade em outro estado. acabou. não, não
pode ter acabado, ele vai voltar, eu tenho certeza, eu o amo, ele sabe.

fui pra um bar, mas o rosto de victor continua na minha mente.

“sabe, você tem grandes chances de morrer se continuar assim.”


quem era este ser humano que estava me incomodando, por jesus?
“eu realmente não ligo.” respondi e olhei para o lado. uma mulher morena me
encara e ela é linda.
“bom, deveria ligar, porquê se você estiver morto não poderei te convidar
pra sair.”
…quê?
“perdão?”
“é, te chamar.. pra sair. agora. na minha casa”
o quê eu tinha a perder? as sombras do bar me disseram pra ir.
ela me levou pra um beco e, bem quando fui avisado, ela vira com uma arma.
“poderia por favor me passar todos itens de valor?”
“qual a sua interpretação de valor? emocional, econômi-"
“claro que monetário seu imbecil!” ela gritou e chegou mais perto com a
arma, eu não sei oque houve, o'que ela fez nem o'que eu fiz, mas eu estava
batendo nela com um pedaço de madeira.
eu estava batendo há uns 5 minutos, ela estava estática no chão, e muito
obviamente morta. mas eu não parei de bater. parecia que eu queria ver
quanto sangue que não meu eu conseguiria manchar minha camiseta. e eu tava
amando. as minhas mãos doíam, sangravam, pulsavam, mas eu NÃO. PAREI.
era delicioso, incrível. talvez eu estivesse descontando no vitor, e não
nela na verdade, mas quando fiquei sem ar e despenquei no chão sem forças
nas pernas, percebi a merda que tinha feito.
“caralho.eu to fodido.”
eu pensei por alguns minutos e fiz a coisa mais lógica…
escondi ela atrás de uma caçamba de lixo, não antes de colocar quaisquer
papéis que consegui nas mãos. cobri ela com a maior quantidade de lixo
possível. tirei a camiseta e limpei o'que consegui distinguir do sangue
dela e do meu. acabei não achando alguma coisa pra fazer com a madeira, já
totalmente vermelha e destroçada a esse ponto, então levei comigo. ninguém
ia me ver ou se ver, ligar, porque eram cerca de 2 da manhã, então fui
andando para casa.

uma coisa que estranhei: porque aquilo foi tão bom? não pareceu só vingança
contra alguém que não tinha nada a ver com a situação,foi… diferente, mas
as sombras que vinham dos postes me disseram que estava tudo bem, então eu
fiquei tranquilo.

2 meses depois

ela saiu no jornal. a mulher que assassinei a sangue frio estava no jornal
do dia. sinceramente, me chateia um pouco que demoraram tanto, poxa, nem
um lixeiro sequer notou aquilo antes. bem, de qualquer forma, não
importava, porque segundo a ´polícia não havia nenhum rastro de nenhum
assassino em potencial.
eu mandei uma carta pro victor essa manhã. espero que ele responda, porquê
se não, acho que meu coração não aguentaria a rejeição. aquele homem é
simplesmente perfeito. cada aspecto dele, CADA UM. falei sobre os jogos de
futebol americano, sobre as aulas de astronomia, e sobre as sombras chatas
pra caralho que insistem em me perseguir. em toda sombra que olho, tem
alguma coisa. sombras conversando,outras dormindo, vozes, etc…

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