Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
EXCELÊNCIA E TECNOLOGIA
Na Clínica Perfecta, a tecnologia avançada se une a um
atendimento diferenciado e humanizado,
desde a recepção ao corpo clínico.
Profundidade
reduzida
Maior abertura
mais conforto e tranquilidade
70 cm Música durante a
Suporta pacientes realização do exame
de até 250 kg
imagem ilustrativa
Luciana Muniz
Editora da Revista Capital
Reumato 2019-2020
Queridos leitores,
03
capa
METAMORFOSE Palavra da Nesta 12a edição e última deste ano, trazemos assuntos
Editora
Técnica relevantes e práticos. Com enorme prazer a revista está
Aquarela 04 sendo lançada na segunda edição do ATUAR, evento que já
ARTISTA
ISADORA JOCHIMS
Aconteceu é sucesso e entrou no calendário nacional da especialidade.
Na seção Ponto de Vista, Dr Eduardo Paiva comenta sobre
Baixe todas as edições da Revista 06 um tema polêmico e muito atual: uso de cannabis na dor.
Capital Reumato no site:
A vez e a voz Em “A vez e a voz do especialista”, revisamos as neoplasias
www.reumatodf.com.br
do especialista nas doenças reumáticas, sob a visão dos oncologistas.
Envie seu texto para ser publicado na
revista: capitalreumato@gmail.com Uveíte é o tema da vez em “Reumato na Prática”, com
09
Contato SRB: uma abordagem objetiva e muito atualizada feita pelo
Ponto de
reumatobrasilia@gmail.com
Vista brilhante Dr Cezar Kozak. Já na seção Sarau Reumatológico,
(61) 3245-1671 | (61) 99668 0935
os médicos brasileiros incógnitos são lembrados e
EXPEDIENTE: 14 homenageados.
Reumatologistas revisoras: Dra. Ana Paula
Gomides, Dra. Isadora Jochims e Dra. Licia Reumato E pra finalizar, nefrite lúpica refratária é abordada de
Maria Mota
na Prática
forma prática e lúdica, num trocadilho muito apropriado e
Editoração e Design Gráfico: 18 ilustrado com as belas telas da Dra Isadora Jochims.
CS DESIGN Rheuma 2019 foi um ano de muito crescimento e solidificação pra
Contato: Cristiane (61) 98131 7287 News Revista Capital Reumato e a Sociedade de Reumatologia de
www.csdesigngrafico.com.br
cristiane@csdesigngrafico.com.br
22 Brasília! Que venha 2020 com novos sonhos e realizações.
Sarau
Reumatológico Abraço.
DIRETORIA
3
C A P I T A L REUMATO
ACONTECEU
4
C A P I T A L REUMATO
ACONTECEU
Reunião Científica
Foi realizada, no dia 10 de agosto, mais uma
Reunião Científica promovida pela Sociedade de
Reumatologia de Brasília. Contamos com excelentes
palestras: Alimentação e atividade física no paciente
com doença autoimune ministrada pela Dra Carla
Dionello (RJ), e Manifestações extrarticulares nas
Espondiloartrites com o Dr Gustavo Resende (MG).
Agradecemos a presença de todos e o apoio da
Janssen para realização do evento.
5
C A P I T A L REUMATO
Gustavo Matos
Gustavo dos Santos
Fernandes
Oncologistas do Hospital
Sírio-Libanês em Brasília
Neoplasias
nas doenças
reumáticas
autoimunes
6
C A P I T A L REUMATO
7
C A P I T A L REUMATO
Referências bibliográficas
1. Sansone P and Bromberg J. Environment, inflammation and cancer. Curr Opin Genet Dev 2011; 21:80-85.
2. Chen YJ, Chang YT, Wang CB, Yu CY. The risk of cancer in patients with rheumatoid arthritis: a nationwide cohort study in Taiwan.
Arthritis Rheum 2010; 352-358.
3. Parikh-Patel A, White RH, Allen M, Cress R. Cancer risk in a cohort of patients with systemic lupus erythematosus (SLE) in California.
Cancer Causes Control 2008; 19:887-894.
4. Choi MY, Flood K, Bernatsky S. A review on SLE and malignancy. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2017; 31(3):373-396.
5. Szekanecz E, Szekanecz Z, Kiss E, Keszthelyi P, Szücs G. Secondary malignancies in systemic sclerosis. Hung Rheumatol 2009;50:4-9.
6. Shah AA, Hummers LK, Casciola-Rosen L, Visvanathan K, Rosen A, Wigley FM. Examination of autoantibody status and clinical features
associated with cancer risk and cancer-associated scleroderma. Arthritis & rheumatism 2015;67:1053-61.
7. Shah AA, Rosen A, Hummers L, Wigley F, Casciola-Rosen L. Close temporal relationship between onset of cancer and scleroderma in
patients with RNA polymerase I/III antibodies. Arthitis & rheumatism 2010; 62:2787-95.
8. Hanahan D, Weinberg RA. Hallmarks of cancer: the next generation. Cell 2011; 144(5):646-74.
9. van den Brand JAJG, van Dijk PR, Hofstra JM, Wetzels JFM. Cancer risk after cyclophosphamide treatment in idiopathic membranous
nephropathy. Clin J Am Soc Nephrol 2014; 9(6):1066-1073.
10. Euvrard S, Kanitakis J, Claudy A. Skin Cancers after organ transplantation. N Eng J Med 2003; 348(17):1681-91.
11. Werberich GM, Strava T, Vizioli C, Fernandes GS. Human Papillomavirus-induced cancer: late relapse in a patient treated with tumor
necrosis factor-alpha inhibitor. J Global Oncol 2017; 3(3):275-277.
12. Bongartz T, Sutton AJ, Sweeting MJ, et al: Anti-TNF antibody therapy in rheumatoid arthritis and the risk of serious infections and
malignancies: Systematic review and meta-analysis of rare harmful effects in randomized controlled trials. JAMA 2006; 295:2275-2285.
13. Lopez-Olivo MA, Siddhanamatha HR, Shea B, Tugwell P, Wells GA, Suarez-Almazor ME. Methotrexate for treating rheumatoid
arthritis. The Cochrane database of systematic reviews. 2014:CD000957.
14. Scott FI, Mamtani R, Brensinger CM, Haynes K, Chiesa-Fuxench ZC, Zhang J, Chen L, Xie F, Yun H, Osterman MT, Beukelman T, Margolis
DJ, Curtis JR, Lewis KD. Risk of nonmelanoma skin cancer associated with the use of immunosupressant and biologic agents in patients
with a story of autoimmune disease and nonmelanoma skin cancer. JAMA Dermatology 2016; 152:164-72.
8
C A P I T A L REUMATO
ponto de vista
Cannabis medicinal
9
C A P I T A L REUMATO
liberados em resposta quando há injúria tecidual ou obter os principais produtos para aplicação clínica, o
outro gatilho pré-sináptico. Quando estes compostos se delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD),
ligam ao seus receptores, há redução dos sinais de dor e mas contém cerca de 400 outros componentes. A
inflamação1. Federação Europeia de Dor sugere que o termo cannabis
A ciência básica (estudos pré-clínicos) realmente medicinal seja usado quando a planta in natura é
aponta de maneira consistente que agonistas utilizada como medicação e “medicações derivadas da
canabinoides possuem ação anti-inflamatória e cannabis” quando tratar-se de derivados registrados,
analgésica, inclusive com efeitos modificadores de com concentrações de THC e CBD conhecidas (sintéticos
doença em modelos animais de artrite reumatoide. Um ou não)2.
alerta proveniente dos estudos pré-clínicos é a ação Além dos países que liberam o CM in natura,
do sistema endocanabinoide na maturação do sistema compostos aprovados em agências reguladoras, como
nervoso central, com estudos demonstrando que a medicações incluem o nabiximol, uma mistura 1:1
administração de canabinoides em animais jovens de THC e CBD, aprovada em apresentação spray para
alteraram a formação de sinapses, com implicações nos náuseas e vômitos pós-quimioterapia. O dronabinol
animais adultos1. é um análogo sintético do THC aprovado nos EUA,
Antes de passarmos à análise dos estudos clínicos, Canadá, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia para
é importante a melhor definição dos termos utilizados. anorexia relacionada ao HIV e náuseas e vômitos pós-
Canabinoides são compostos que agem no sistema quimioterapia. A nabilona é um canabinoide sintético,
endocanabinoide, e podem ser psicoativos ou não, também análogo do THC, aprovado nos EUA para
além de poderem ser extraídos de plantas ou serem náuseas e vômitos pós-quimioterapia, mas usado em
sintéticos. O extrato macerado das folhas e flores da outros países, como o Canadá, para dor crônica. Somam-
Cannabis sativa ou da Cannabis indica é utilizado para se a estes compostos inúmeras apresentações como
pílulas, óleos, biscoitos e pastas, com conteúdo variável canabinoides em diversas condições, selecionando 79
de THC e canabidiol. As apresentações com alto teor de artigos, com somente quatro, com baixo risco de viés.
canabidiol são utilizadas para epilepsias em crianças e As condições dolorosas e as apresentações de CM foram
foram os compostos que primeiramente tiveram sua diferentes entre os estudos, e no geral, houve um efeito
importação aprovada pela ANVISA, principalmente pelo modesto na redução de dor em 30% do basal, com odds
apelo público. A cannabis in natura também pode ter ratio de 1,41 (IC: 0,99-2,00).
sua concentração relativa de THC e CBD modificadas Uma outra revisão sistemática4, um pouco mais
através de manipulação genética. recente, também avaliou o efeito da CM em vários tipos
Algumas metanálises avaliaram o impacto da CM de dor. Setenta e cinco artigos foram selecionados, mas
em diversas condições dolorosas. Um deste artigos3, considerados pequenos e com falhas metodológicas. A
em 2015, abrangeu efeitos benéficos e malefícios dos conclusão foi de uma evidência limitada de benefícios
10
C A P I T A L REUMATO
11
C A P I T A L REUMATO
E a fibromialgia? Em uma revisão Cochrane de 20169, apenas dois estudos foram incluídos,
com risco moderado de viés e de baixa qualidade. Ambos os estudos foram com nabilona
comparada com amitriptilina ou placebo. Houve discreta melhora do sono, mas sem impacto
na dor ou qualidade de vida. Após esta metanálise, um estudo randomizado em pacientes
com fibromialgia foi publicado, comparando 4 tipos de variedades de cannabis in natura
com teores diferentes de THC e CBD (altos níveis de THC, níveis equilibrados de THC/CBD,
altos níveis de CBD e uma variedade placebo sem THC ou CBD). Vinte pacientes, de maneira
randomizada, fizeram uma única vaporização de cada variedade e tiveram vários parâmetros
dosados nas três horas seguintes, como limiares de dor por pressão e elétricos, escores de
dor espontânea, e o nível de “barato” pela medicação. Um maior número de participantes
relatou uma melhora na dor induzida por pressão com a variedade de níveis equilibrados de
CBD/THC (90% versus 50%, p=0,01). O nível de resposta apresentou correlação positiva com a
intensidade do “barato”. Não houve diferença nas notas de dor espontâneas. Houve diferença
quanto às variedades contendo THC em relação ao placebo nos limiares dor por pressão. A
maioria dos pacientes não gostou da sensação de “barato” após a inalação.
A segurança do uso de CM a longo prazo foi uso de opioides e benzodiazepínicos e melhor estado de
avaliada11 em 216 pacientes com dor crônica que saúde geral. Porém, este estudo foi feito online somente
foram orientados a usar um preparado com 12,5% com pacientes já usando CM, sem comparação com
de THC de uma maneira sistemática, e comparados uma população de dor crônica.
com um grupo de 216 pacientes de dor crônica não E qual é a situação atual no Brasil? Desde 2015, a
maligna, não usuários de cannabis. O estudo não era ANVISA permite a importação de canabidiol e outras
cego, e não foi possível comparar a ação da CM nestes formas de CM, com prescrição médica, para uso pessoal,
pacientes; não houve diferença entre eventos adversos através de processo específico. Várias empresas e
graves entre os grupos, mas sim um aumento do risco sites oferecem serviços de orientação e até cadastram
de efeitos adversos não graves. Importante notar que médicos que estão prescrevendo estes compostos. Em
neste estudo, a maioria dos pacientes do grupo com 2017, a primeira medicação à base de CM foi aprovada
medicação ativa já era usuário de cannabis. para comercialização no Brasil, o nabiximol, com
Em pacientes com dor crônica, o foco do tratamento indicação em bula somente para espasmos musculares
é a melhora da qualidade de vida e da funcionabilidade. refratários decorrentes da esclerose múltipla. Em 2019,
Somente a melhora de uma escala da dor em 30 ou foram realizadas duas consultas públicas pela ANVISA,
50%, que é o alvo selecionado das metanálises, não uma para o registro e monitorização de produtos de CM
reflete o que se quer para pacientes com dor crônica. e outra para a permissão de cultivo de cannabis por parte
Chama atenção um estudo de 201612 em que 1.000 de empresas farmacêuticas única e exclusivamente
pacientes consecutivos em uma clínica de Reumatologia para fins medicinais e científicos. Existem vários casos
do Canadá, com diversos diagnósticos, foram avaliados de autorização judicial para o plantio de cannabis por
quanto ao uso de CM ou uso recreativo. Trinta e oito associações e pacientes.
pacientes usavam cannabis, mais da metade para Como ficou minha opinião após esta breve
osteoartrite. Os usuários tendiam a ser mais jovens, revisão? Parece-me que a CM será cada vez mais
mais comumente desempregados. com uma saúde disponível no Brasil, como está acontecendo em vários
global pior do que os não usuários, utilizavam mais países. Infelizmente, estaremos em uma posição
opioides e 40% eram usuários recreativos previamente. desconfortável, em que teremos que informar aos
Interessante salientar que a avaliação global do médico pacientes da baixa evidência científica do uso da CM, e
da gravidade da doença do paciente era semelhante de às vezes, negar tratamento, quando ao mesmo tempo,
usuários versus não usuários. Um estudo mais recente13 agências reguladoras liberariam o seu uso. Uma posição
aponta para resultados diferentes, com diminuição do elegante da Sociedade Canadense de Reumatologia14,
12
C A P I T A L REUMATO
onde a CM é liberada, aponta que o Reumatologista vezes ao dia deve ser utilizada, e uma triagem para o
deve manter uma postura de procurar sempre o abuso de substâncias ilícitas e álcool e para a presença
benefício para seus pacientes, mantendo uma posição de ansiedade e depressão deve ser realizada, assim
sem julgamentos, respeitosa e empática em relação como um “contrato de tratamento” formal.
aos pacientes com dor crônica. E ao mesmo tempo Minha opinião é que o Reumatologista deve apoiar
assegurar a segurança dos pacientes e da sociedade. pesquisas melhor realizadas com os componentes da
Isto é relevante, pois há evidências que a CM aumenta CM, e que o acesso a laboratórios de grande porte à
o risco de acidentes de trânsito e no trabalho. matéria prima deve ser aprovado, para obtenção de
A Federação Europeia para Dor2 orienta que componentes isolados ou em combinação. Estes, então,
quando utilizada a CM, a qualidade de evidência é maior seriam utilizados em ensaios clínicos fase 1, 2 e 3 como
para produtos orais e submucosos, seguidos de extratos qualquer componente farmacêutico. Muito me preocupa
por via oral e por fim, a cannabis inalada (não fumada). o plantio de cannabis em domicílio, pelo fato da extração
Deve-se evitar prescrever CM com conteúdo de THC dos componentes não ser feita de maneira correta e um
maior do que 12,5%. Não mais que uma inalação quatro maior uso através de cigarros, o que não é recomendado.
Nota: texto reflete a opinião pessoal do autor e não representa a opinião oficial da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Referências bibliográficas
1. Fitzcharles MA, Eisenberg E. Medical cannabis: A forward vision for the clinician. Eur J Pain. 2018; 22: 485-491.
2. Häuser W et al. European Pain Federation (EFIC) position paper on appropriate use of cannabis‐based medicines and medical cannabis for chronic
pain management. Eur J Pain. 2018;22:1547–1564.
3. Whiting PF. Cannabinoids for Medical Use - A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA. 2015;313(24):2456-2473.
4. Nugent SM et al. The Effects of Cannabis Among Adults With Chronic Pain and an Overview of General Harms. Ann Intern Med. 2017;167:319-331.
5. Notcutt W et al. Initial experiences with medicinal extracts of cannabis for chronic pain. Anaesthesia. 2004; 59:440–452.
6. Campbell G et al. Effect of cannabis use in people with chronic non-cancer pain prescribed opioids. Lancet Public Health. 2018;3: e341–50.
7. Mücke M et al. Cannabis-based medicines for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2018;3.
8. Finnerup NB et al. Pharmacotherapy for neuropathic pain in adults. Lancet Neurol. 2015; 4:162–73.
9. Walitt B et al. Cannabinoids for fibromyalgia. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2016;7.
10. Van de Donk T et al. An experimental randomized study on the analgesic effects of pharmaceutical-grade cannabis in chronic pain patients
with fibromyalgia. PAIN. 2019;160:860–869.
11. Ware MA et al. Cannabis for the Management of Pain: Assessment of Safety Study. J Pain. 2015;16:1233-1242.
12. Ste-Marie PA et al. Survey of herbal cannabis (marijuana) use in rheumatology clinic attenders with a rheumatologist confirmed diagnosis.
PAIN. 2016;157:2792-2797.
13. Boehnke KF. Pills to Pot: Observational Analyses of Cannabis Substitution Among Medical Cannabis Users With Chronic Pain. J Pain.
2019 Jul;20(7):830-841.
14. Fitzcharles MA et al. Position statement: a pragmatic approach for medical Cannabis and patients with rheumatic diseases. J Rheumatol.
2019; 46(5):532–538.
15. Hazlewood GS et al. Cannabis for rheumatic pain: hope or hype? Clin Rheumatol. 2019: Jul 5 (Epub ahead of print).
13
C A P I T A L REUMATO
Reumato na pratica
14
C A P I T A L REUMATO
Causas não-infecciosas Doenças sistêmicas: espondiloartrites, sarcoidose, artrite idiopática juvenil, lúpus
eritematoso sistêmico, doença de Behçet, doenças autoinflamatórias, esclerose
múltipla, nefrite tubulointersticial com uveíte, síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada.
Sìndromes oculares: pars planitis, retinocoroidopatia do tipo birdshot, coroidopatia
multifocal com panuveíte.
Reações medicamentosas: bisfosfonatos, anti-TNFs, inibidores de checkpoint,
antimicrobianos.
Idiopática (ou uveíte primária ou indiferenciada).
15
A heterogeneidade clínica e a ampla etiologia lembrado o diagnóstico de psoríase e a nefrite
das uveítes tornam o diagnóstico diferencial um intersticial com uveíte, que é mais comum em
desafio. Inicialmente, é fundamental identificar mulheres jovens, com quadros agudos febris, com
uma eventual síndrome mascarada, assim como mialgia, artralgia e elevação de β2-microglobulina
distinguir uma causa infecciosa de uma síndrome urinária.4
não infecciosa. Nesse processo, o oftalmologista tem Na uveíte anterior crônica, os diagnósticos mais
papel essencial. O exame ocular detalhado, incluindo importantes são a artrite idiopática juvenil (AIJ), a
aspectos de oftalmoscopia indireta e o exame com sarcoidose, a crioglobulinemia mista e a vasculite
lâmpada de fenda, pode indicar a categoria na qual o urticariforme hipocomplementêmica. Em relação
paciente se encontra.4 à AIJ, a UAC está presente em aproximadamente
As doenças infecciosas, na maioria das vezes, 15% dos pacientes e pode ter curso insidioso,
determinam alterações características ao exame ser minimamente sintomática e evoluir com
ocular, direcionando o diagnóstico do oftalmologista. complicações graves. Por isso, o ACR (2019)6
Cabe destacar, entretanto, que duas enfermidades recomenda a avaliação rotineira trimestral pelo
de grande impacto em saúde pública no Brasil, a oftalmologista em casos de alto risco, definidos como
tuberculose e a sífilis, podem ter apresentações um dos seguintes: oligoartrite, poliartrite com FR
oculares atípicas e devem ser investigadas ao menor negativo, psoríase, FAN positivo, menores que 7 anos
grau de suspeita.4 no início e duração de doença menor que quatro
O terceiro grupo de uveítes, que é o mais anos.
frequente4, envolve doenças não-infecciosas e, A uveíte pode ocorrer na Behçet (DB) em
muitas vezes, o reumatologista é chamado para aproximadamente 50% dos casos7 e, em geral, é
opinar no diagnóstico diferencial ou para prescrever crônica, com atividade persistente e exacerbações,
a terapia sistêmica. Nesse processo, a colaboração podendo ter qualquer localização. A apresentação
entre os dois profissionais é fundamental, sendo mais sugestiva para o diagnóstico de DB é a panuveíte
essencial a troca adequada de informações. O com vasculite retiniana4, que responde por 29 a 41%
oftalmologista deve descrever adequadamente a das uveítes nesses pacientes8.
enfermidade ocular e excluir infecções ou síndrome
mascarada, assim como o reumatologista precisa
estar familiarizado com o tema. Tratamento
A associação entre alguns tipos de uveíte e
doenças reumáticas é bem conhecida e a abordagem O tratamento das uveítes não-infecciosas
diagnóstica deve ser dirigida para o tipo de uveíte do deve ser dirigido pela gravidade e localização, mais
paciente. Há quatro síndromes clínicas de interesse do que pela etiologia específica4. A UAA, em geral,
especial para o reumatologista, que são a uveíte tem curso benigno e reponde bem à terapia tópica,
anterior aguda unilateral, a bilateral, a uveíte anterior com corticóides e midriáticos. Assim, essa uveíte
crônica e a uveíte crônica com exacerbações. raramente determina terapia sistêmica ou justifica
A uveíte anterior aguda (UAA) é o tipo de uveíte a introdução de medicamentos modificadores do
mais comum no ocidente e, em aproximadamente curso da doença em SpA4. Entretanto, há evidências
metade dos casos, uma espondiloartrite (SpA) é de que anti-TNFs e, com menor comprovação,
identificada. Nas formas recorrentes de UAA, a metotrexato e sulfassalazina, reduzem o número de
associação com SpA é maior, chegando a quase surtos de UAA, o que é importante em uma parcela
70%5. Portanto, a anamnese musculoesquelética, dos pacientes. A maior eficácia é com infliximabe e
os antecedentes familiares e, quando indicado, a adalimumabe, sendo moderada com golimumabe e
pesquisa de HLA B27 e a ressonância de sacroilíacas certolizumabe e baixa com etanercepte, que pode
são importantes nesses pacientes. também estar associado a casos de UAA paradoxal9.
Em indivíduos com SpA e UAA, o acometimento Em uveítes não-infecciosas graves é
é unilateral na maioria dos casos. Quando a UAA indicada terapia sistêmica não-esteroidal, com
é bilateral, além de espondiloartrites, deve ser imunossupressores sintéticos ou anti-TNFs.
16
C A P I T A L REUMATO
Conforme a iniciativa FOCUS (2017)10, a uveíte é que ambos apresentam, provavelmente, eficácia
definida como grave quando o curso é crônico e semelhante12.
persistente, ou nas doenças agudas que ameaçam a O EULAR (2018)13 tem uma recomendação
visão, quando há acometimento posterior e macular, distinta para a doença de Behçet. Para a
ou na falha à corticoterapia. Em relação à escolha uveíte posterior, é sugerido o tratamento
do fármaco nas formas graves, a American Uveitis com azatioprina, ciclosporina, infliximabe
Society (2014)11 recomenda o uso de adalimumabe ou adalimumabe. Em pacientes com uveíte
ou infliximabe como primeira linha de tratamento anterior isolada, o tratamento pode ser tópico
para a doença de Behçet e segunda linha na uveíte com monitoramento cuidadoso e, em pacientes
grave de outras causas e na AIJ, quando houver de maior risco, como em homens jovens ou
falha ou contraindicação para imunossupressores quando hipópio está presente, a azatioprina
sintéticos. Entre os anti-TNFs, o adalimumabe e pode ser considerada, na presunção de um
infliximabe têm o melhor nível de evidência, sendo efeito protetor, embora não comprovado.
Referências bibliográficas
1. Bloch-Michel E, Nussenblatt RB. International Uveitis Study Group recommendations for the evaluation of intraocular
inflammatory disease. Am J Ophthalmol. 1987;103(2):234-5.
2. Jabs DA, Nussenblatt RB, Rosenbaum JT; Standardization of Uveitis Nomenclature (SUN) Working Group. Standardization of
uveitis nomenclature for reporting clinical data. Results of the First International Workshop. Am J Ophthalmol. 2005;140(3):509-16.
3. Deschenes J, Murray PI, Rao NA, Nussenblatt RB; International Uveitis Study Group (IUSG): clinical classification of uveitis.Ocul
Immunol Inflamm. 2008;16(1):1-2.
4. Rosenbaum JT, Dick AD. The Eyes Have it: A Rheumatologist’s View of Uveitis. Arthritis Rheumatol. 2018;70(10):1533-1543.
5. Juanola X, Loza Santamaría E, Cordero-Coma M; SENTINEL Working Group. Description and Prevalence of Spondyloarthritis in
Patients with Anterior Uveitis: The SENTINEL Interdisciplinary Collaborative Project. Ophthalmology. 2016;123(8):1632-1636.
6. Angeles-Han ST et al. 2019 American College of Rheumatology/Arthritis Foundation Guideline for the Screening, Monitoring,
and Treatment of Juvenile Idiopathic Arthritis-Associated Uveitis. Arthritis Care Res (Hoboken). 2019;71(6):703-716.
7. Yurdakul S, Hamuryudan V, Yazici H. Behçet Syndrome. In: Rheumatology / [edited by] Hochberg MC et al. 6 Ed. Elservier, 2015.
8. Thorne JE, Jabs, DA. The eye in rheumatic disease. In: Rheumatology / [edited by] Hochberg MC et al. 6 Ed. Elservier, 2015.
9. Arepalli S, Rosenbaum JT. The use of biologics for uveitis associated with spondyloarthritis. Curr Opin Rheumatol. 2019;31(4):349-354.
10. Dick AD et al. Guidance on Noncorticosteroid Systemic Immunomodulatory Therapy in Noninfectious Uveitis: Fundamentals Of
Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018;125(5):757-773.
11. Levy-Clarke G et al. Expert panel recommendations for the use of anti-tumor necrosis factor biologic agents in patients with
ocular inflammatory disorders. Ophthalmology. 2014;121(3):785-96
12. Vallet H et al. Infliximab Versus Adalimumab in the Treatment of Refractory Inflammatory Uveitis: A Multicenter Study From the
French Uveitis Network. Arthritis Rheumatol. 2016;68(6):1522-30.
13. Hatemi G et al. 2018 update of the EULAR recommendations for the management of Behçet’s syndrome. Ann Rheum Dis
2018;77:808–818.
17
C A P I T A L REUMATO
RHEUMA NEWS
Nefrite Lúpica
Refratária
Falha na melhora
Falha na resposta
em 3-4 meses OU Falha na resposta
parcial em 6 meses
falha na resposta completa ou
“based on the
parcial em 6 meses resposta parcial
treating physician’s
OU falha na resposta com 12 meses
clinical impression
completa com 2 anos
Biomarcadores
Os biomarcadores são utilizados para guiar a escolha e a duração da terapia,
identificar aqueles pacientes com risco de desenvolver a doença e diferenciar
doença ativa e crônica. Atualmente contamos com os biomarcadores clássicos:
hematúria, proteinúria, creatinina e biópsia renal. Dentre os biomarcadores
mais utilizados o que possui melhor valor para desfecho é a proteinúria. Ao
final de um ano, proteinúria menor que 0,8g/dia prediz um melhor desfecho5.
18
Proteinúria ao final de um ano C A P I T A L REUMATO
19
C A P I T A L REUMATO
Diagnósticos diferenciais
Os diagnósticos diferenciais devem sempre ser aventados frente a refratariedade, como a utilização
de medicações nefrotóxicas, infecções por hepatite B, C, HIV, sífilis, comorbidades HAS e DM, trombose
de veias e artérias renais e nefrite tubulointersticial. Apesar de lesões medidas por imunocomplexos
serem a causa mais comum da nefrite no LES, outros mecanismos que requerem abordagem terapêutica
distinta e que não podem ser identificadas apenas por achados clínicos podem ser identificados através
da biópsia como: microangiopatia trombótica, podocitopatia lúpica, lesões vasculares induzidas por
síndrome do anticorpo antifosfolípides e nefrite tubulointersticial.
20
C A P I T A L REUMATO
HAS, DM,
INFECÇÕES
MEDICAMENTOS
NEFROTÓXICOS
MICROANGIOPATIA
TROMBÓTICA
TROMBOSE DE VEIAS OU
ARTÉRIAS RENAIS
NEFRITE
TUBULOINTERSTICIAL
PODOCITOPATIA
LÚPICA
SAF
Causa de lesão renal nos pacientes com LES - Ilustração: Dra Isadora Jochims
21
C A P I T A L REUMATO
trombocitopenia
presença de outros fatores
de risco para doença renal
elevação da creatinina
início na adolescência
proteinúria maciça
novos episódios de
reativação renal nos primeiros
18 meses da doença
Biópsia renal
má aderência
terapêutica presença maciça de
crescentes
intercorrências que
impossibilitem o cumprimento do mudança histológica
protocolo de indução de remissão
Tratamento
A mudança para outro agente de indução com NL em alta atividade não encontrou
de primeira linha é a abordagem inicial benefício com o Rituximabe, e o único estudo
recomendada pelas diretrizes EULAR/ERA- randomizado, controlado, duplo-cego,
EDTA, American College of Rheumatology LUNAR, que comparou o RTX com o placebo,
e Sociedade Brasileira de Reumatologia, quando adicionado ao tratamento padrão
para pacientes com NL refratária 3,4,1. Em com prednisolona e micofenolato, falhou em
geral, pacientes resistentes a ciclofosfamida atingir os defechos primários 15,16. Apesar dos
são tratados com micofenolato e pacientes resultados negativos dos estudos controlados
resistentes a micofenolato com ciclofosfamida com o rituximabe ele é recomendado como
podendo ser acompanhado de novo pulso de terapia alternativa em pacientes com doença
3 dias de glicocorticoide intravenoso. refratária¹.
O rituximabe mostrou resultados Os inibidores da calcineurina têm sido
encorajadores no tratamento da NL testados principalmente no Japão e na
refratária, especialmente na NL classe III e China. Os resultados publicados até agora
IV e, em menor grau, nas classes mistas e destacaram uma boa eficácia do tacrolimus,
membranosa 2,14,17. No entanto, o estudo de especialmente nas classes IV e V de difícil
fase II/III EXPLORER que excluiu pacientes tratamento. Dados positivos com pacientes
22
C A P I T A L REUMATO
C A P I T A L REUMATO
naives estão se acumulando porém é necessário resposta terapêutica; novos escores estão sendo
estudos em outras etnias². A terapia multialvo, criados e validados. A gravidade da doença leva a
associação do micofenolato com tacrolimus, uma alta taxa de retirada, 15 a 30%, por eventos
também possui evidência em população asiática. adversos e piora clínica, além da necessidade de
Em um estudo prospectivo randomizado a terapia manter a medicação de background, dificultando
multialvo foi superior a ciclofosfamida na indução a avaliação da resposta terapêutica relacionada a
de remissão aos 6 meses 18. medicação estudada. Na nefrite existem diferenças
Apesar dos avanços no tratamento com biológicos de mecanismos de injúria com classes diferentes
em outras doenças reumáticas, no LES vários em fases distintas da doença dificultando a
trabalhos falharam em atingir desfechos primários. homogeneização da amostra 12.
Há várias razões para a falha dos estudos Há uma tendência de mudança nos desenhos dos
controlados, randomizados e duplo-cegos. Os estudos na NL, com melhor definição de atividade
critérios de inclusão são restritivos e rigorosos o de doença e de atividade no órgão alvo, desfechos
que torna o recrutamento lento, oneroso e com primários com foco na retirada e redução dos
limitação de extrapolação dos resultados. O tempo efeitos tóxicos das medicações de “background”
curto de seguimento interfere nos resultados visto e na utilização de medicações sinérgicas12. Um
que a resposta completa na NL pode demorar até exemplo foi o estudo de fase II CALIBRATE trial que
2 anos para ser atingida. A tentativa de aumentar foi desenhado para comprovar o sinergismo entre o
a amostra com estudos multicêntricos esbarra rituximabe e o belimumabe em reduzir a produção
nas diferenças étnicas e regionais que interferem de autoanticorpos e redução da produção da NET 13.
na resposta terapêutica e por conseguinte nos Novos alvos terapêuticos estão sendo estudados
resultados. Há dificuldade nas medidas de desfechos e espera-se que futuramente outras opções
pois os escores validados atualmente foram criados terapêuticas estejam disponíveis para o tratamento
para medir atividade de doença e não para medir dessa doença tão desafiadora.
falha na resposta
completa ou parcial
em 6 a 12 meses
considerar
biópsia renal
Ciclofosfamida Micofenolato
Terapia multialvo:
mmf 1g +
Rituximabe
tacrolimus 4 mg
23
C A P I T A L REUMATO
Referências bibliográficas
1 Klumb EM, et al. Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico, manejo e tratamento da nefrite lúpica. Rev Brasileira
de Reumatol. 55(1):1–21, 2015.
2 Kronbichler A, et al. Refractory lupus nephritis: When, why and how to treat., Autoimmunity Reviews, 2019. doi: 10.1016/j.autrev.2019.03.004.
3 Hahn BH, et al. American College of Rheumatology Guidelines for Screening, Case Definition, Treatment and Management of Lupus Nephritis.
Arthritis Care Res (Hoboken), 2012. doi:10.1002/acr.21664.
4 Bertsias GK, et al. Joint European League Against Rheumatism and European Renal Association–European Dialysis and Transplant Association
(EULAR/ERA-EDTA) recommendations for the management of adult and paediatric lupus nephritis. Ann Rheum Dis. 71:1771–1782, 2012.
5 Dall’Era M et al. Predictors of Long-Term Renal Outcome in Lupus Nephritis Trials Lessons Learned from the Euro-Lupus Nephritis Cohort.
Arthritis Rheumat, 67 (5),1305–1313, 2015.
6 Tannor EK, et al. The clinical relevance of repeat renal biopsies in the management of lupus nephritis: a South African experience. Lupus, 2017.
DOI: 10.1177/0961203317726864
7 Malvar A, et al. Histologic versus clinical remission in proliferative lupus nephritis. Nephrol Dial Transplant, 32: 1338–1344, 2017.
8 Narváez J et al. The value of repeat biopsy in lupus nephritis flares. Medicine (Baltimore), 2017. doi: 10.1097/MD.0000000000007099.
9 Dawn J. Caster, et al. Precision medicine in lupus nephritis: can biomarkers get us there? Transl Res. 2018. doi: 10.1016/j.trsl.2018.08.002.
10 Zickert A, et al. Role of early repeated renal biopsies in lupus nephritis. Lupus Sci Med, 2014. doi:10.1135/lupus-2014-000018.
11. Alvarado AS, et al. The value of repeat kidney biopsy in quiescent Argentinian lupus nephritis patients. Lupus. 2014;23(8):840–847.
12 Hruskova, Z, Tesar V. Lessons learned from the failure of several recent trials with biologic treatment in systemic lupus Erythematosus. Expert
Opinion on Biological Therapy, 2018; DOI: 10.1080/14712598.2018.1504918.
13 Kraaij T. et al. The NET-effect of combining rituximab with belimumab in severe systemic lupus erythematosus. Journal of Autoimmunity,
2018: 1-10.
14 Yo JH, Barbour TD, Nicholls K. Management of refractory lupus nephritis: challenges and solutions. Open Access Rheumatology: Research
and Reviews. 2019:11 179–188.
15 Merrill JT, Neuwelt CM, Wallace DJ, et al. Efficacy and safety of rituximab in moderately-to-severely active systemic lupus erythematosus:
the randomized, double-blind, phase II/III systemic lupus erythematosus evaluation of rituximab trial. Arthritis Rheum. 2010;62(1):222–233.
16 Rovin BH, Furie R, Latinis K, et al. Efficacy and safety of rituximab in patients with active proliferative lupus nephritis: the Lupus nephritis
assessment with rituximab study. Arthritis Rheum. 2012;64 (4):1215–1226.
17 M. Weidenbusch, C. Rommele, A. Schrottle and H.J. Anders, Beyond the LUNAR trial. Efficacy of rituximab in refractory lupus nephritis,
Nephrol Dial Transplant. 2013, 28: 106-11.
18 Liu Z, Zhang H, Liu Z, et al. Multitarget therapy for induction treatment of lupus nephritis: a randomized trial. Ann Intern Med. 2015;162(1):18–26.
24
C A P I T A L REUMATO
SARAU REUMATOLOGICO
Médicos brasileiros
famosos e incógnitos
Colônia
25
C A P I T A L REUMATO
26
C A P I T A L REUMATO
27
C A P I T A L REUMATO
República
28
C A P I T A L REUMATO
29
C A P I T A L REUMATO
Conclusão:
Referências bibliográficas
30
C A P I T A L REUMATO
31
Nossos diferenciais
Atendimento personalizado
Na Fisiotrauma o paciente é atendido pelo mesmo profissional, desde a avaliação
até o fim do tratamento.
Método Mckenzie
Os fisioterapeutas aplicam o Método Mckenzie de diagnóstico e terapia que visa a
avaliação mecânica e restabelecimento da função do aparelho locomotor.
Profissionais
Atendimento realizado por fisioterapeutas especialistas em suas
áreas de atuação.
Núcleo de Pesquisas
A Fisiotrauma desenvolve em parceria
com as principais universidades de
Brasília, projetos de pesquisa científica,
visando a inovação na área da
61 3345-6685
fisiotraumabsb
www.fisiotrauma.com.br
Asa Sul e Taguatinga
Visite o nosso blog e veja dicas incríveis de saúde:
blog.fisiotrauma.com.br