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Transtornos Globais Do Desenvolvimento TGD
Transtornos Globais Do Desenvolvimento TGD
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
3 DSM-5 ....................................................................................................... 12
4.4 Esquizofrenia...................................................................................... 35
8 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 79
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
3
2 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
Fonte: educarepedagogia.com.br
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origem em processos cognitivos anormais causados por disfunção biológica
(FRANZIN, 2014).
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De um modo geral, o surgimento do transtorno do neurodesenvolvimento no
DSM-5 (APA, 2013) possui uma lógica que exerce importante influência na psiquiatria
contemporânea. Neste capítulo, uma grande parte das emoções anteriormente
pertencia a grupos que estavam destinados a ocorrer na infância, ou que se pensava
que geralmente começariam na infância. Segundo Lima (2020a apud KLEIN; 2020),
essa parte está munida de um "desaparecimento da infância" no DSM-5, que é uma
conclusão discreta do diagnóstico de outras crianças designadas à mesma categoria
dos transtornos do adulto. Em vista desta situação, a psiquiatria mudou de uma
patologia relacionada ao atraso de desenvolvimento transitório da infância para uma
perspectiva de neurodesenvolvimento, ou seja, passa pelo ciclo de vida.
Ressalte-se que o surgimento deste capítulo inclui certa continuidade com a
mudança de paradigma consolidada na publicação do DSM-III em 1980, pois pretende
se basear em uma abordagem ateórica e descritiva com uma visão de vincular a
patologias mentais. À doença. Substrato biológico, KLEIN; (2020).
Essa mudança é a força motriz por trás do que Shorter (1997 apud KLEIN;
2020) que chama de "segunda psiquiatria biológica", que usa a intenção para vincular
transtornos mentais a problemas neuronais. De acordo com as instruções de Paris
(2013 apud KLEIN; 2020), os problemas que impulsionaram as mudanças em 1980
ainda existem e aparecem no contexto da publicação do DSM-5 (2013 apud KLEIN;
2020), pois a terceira e a quarta edição do manual não incorporavam a psiquiatria
biológica.
Nesse caso, o capítulo sobre os transtornos do neurodesenvolvimento tenta
resolver esses problemas, ou seja, o projeto psiquiátrico como um todo -
principalmente na concepção da patogênese dos transtornos mentais. Bispo e Rath
(2008 apud KLEIN; 2020) acredita que a discussão em torno do
neurodesenvolvimento é fruto de um movimento iniciado nas décadas de 1960 e 1970,
que foi diagnosticado como diagnóstico “Minimal brain disfunction”, que pretendia
alocar diferentes sintomatologias em uma única etiopatogênese cerebral, se
distanciando de descrições sintomatológicas.
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Argumentos usados para abandonar o capítulo de diagnóstico normalmente
concluído na infância e encontrado no site da APA, parece confirmar essa intenção.
A razão para a inclusão de radical neuro é baseada principalmente na visão de que
"as evidências científicas atualmente colocam vários transtornos, até mesmo em sua
maioria, em um espectro com transtornos que são intimamente relacionados, tendo
em vista, que esses transtornos apresentam sintomas semelhantes e compartilhados,
como: genéticos, fatores de risco ambientais e provavelmente substratos neuronais
compartilhados (APA, 2013, p. 24 apud KLEIN; 2020). Na mesma direção, o editor
afirma que transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH):
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causas detectáveis de transtornos mentais. O radical neuro alocado colocados ao lado
da palavra "desenvolvimento" parecem ser uma possibilidade (embora ainda não
consolidada) de aproximar a psiquiatria da neurologia, trazendo assim mais
legitimidade biomédica à primeira. Portanto, esse grupo está se tornando cada vez
mais importante nas pesquisas atuais porque anuncia a visão da psiquiatria, da
neurologia e do desenvolvimento que estão de alguma forma interligados, inseparável,
KLEIN; (2020).
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por realizar essa tarefa por meio de um diálogo de pensamento com o filósofo Georges
Canguilhem, KLEIN; (2020).
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Portanto, Canguilhem (2000 apud KLEIN; 2020) apontou que é impossível
definir patologia como uma mudança quantitativa e reduzir o valor normal a uma média
estatística, pois para o autor, o fenômeno da doença só pode ser compreendido
quando o valor é registrado. Conforme as ideias, pode-se dizer que onde os médicos
dizem que há mudanças quantitativas / objetivas, as mudanças qualitativas /
avaliativas estão ocultas. Segundo Canguilhem (2000 apud KLEIN; 2020), esse
aspecto oculto muitas vezes aparece no surgimento de termos qualitativos
(interferência, desproporcional, discordante), que se inserem no discurso quantitativo
óbvio (super, hiper baixo: hipo), e o próprio médico não o percebe.
Como caracteriza KLEIN; (2020) essa ambiguidade pode ser observada na
descrição da própria categoria atribuída sob a égide dos transtornos do
neurodesenvolvimento, bem como na descrição de todo o manual: palavras como
desvios e transtornos estão associadas a expressões como déficits e excessos.
Depois de usar essas expressões, é interessante considerar o padrão de déficits de
acordo com as instruções do editor para distúrbios do neurodesenvolvimento, por
exemplo, neste trecho:
O valor usado como um farol para condições normais, portanto, eles são
baseados em coisas como independência pessoal e Responsabilidade social - isso,
por sua vez, torna patológico tudo o que os restringe ou excluí. Seguindo novamente
as instruções de Canguilhem (2000 apud KLEIN; 2020), ignorando que "a doença não
é apenas o desaparecimento da ordem de vida fisiológica, mas o surgimento de uma
nova ordem de vida" (p.156) pode ser entendida como a diferença.
3 DSM-5
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melancolia, monomania, paresia, demência, dipsomania e epilepsia). Portanto,
podemos observar que a primeira aplicação em larga escala da classificação de
transtornos mentais na América do Norte é principalmente para fins estatísticos
(ARAÚJO; NETO, 2013).
A American Psychiatric Association (APA) publicou a primeira edição do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) em 1953, que foi o primeiro
manual de transtornos mentais voltado para aplicações clínicas. O DSM-I consiste
basicamente em uma lista de diagnósticos classificados com um glossário que contém
uma descrição clínica de cada categoria de diagnóstico. Embora muito rudimentar, o
manual ajuda a estimular uma série de revisões de questões relacionadas à doença
mental. O DSM-II, que foi desenvolvido em paralelo com o CID-8, foi publicado em
1968 e é muito semelhante ao DSM-I, com uma ligeira mudança na terminologia
(ARAÚJO; NETO, 2013).
Ainda segundo Araújo e Neto (2013), em 1980, a APA publicou a terceira
edição do seu manual, introduzindo importantes mudanças metodológicas e
estruturais, as quais foram parcialmente retidas para a edição mais recente. Além de
promover pesquisas empíricas, sua publicação representa um importante avanço no
diagnóstico dos transtornos mentais. O DSM-III propõe um método mais descritivo
que organiza critérios diagnósticos claros em um sistema multieixo, com o objetivo de
fornecer ferramentas aos médicos e pesquisadores, ao mesmo tempo que facilita a
coleta de dados estatísticos. O manual foi revisado e corrigido, levando à publicação
do DSM-III-R em 1987.
Em 1994, uma onda de pesquisas, revisões de literatura e testes de campo
levaram a APA a apresentar o DSM-IV. A evolução do manual representa um aumento
significativo de dados, incluindo diversos novos diagnósticos descritos com padrões
mais claros e precisos. A versão revisada desta versão foi lançada como DSM-IV-TR
em 2000 e foi usada oficialmente até o início de 2013 (ARAÚJO; NETO, 2013).
O DSM-5 foi lançado oficialmente em 18 de maio de 2013. É a versão mais
recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da American
Psychiatric Association. A publicação é resultado de doze anos de pesquisas,
resenhas e pesquisas de campo realizadas por centenas de profissionais divididos em
diferentes grupos de trabalho. O objetivo final é garantir que a nova classificação que
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inclui, reformula e exclui diagnósticos forneça uma fonte segura e científica para
aplicações em pesquisa e prática clínica, (ARAÚJO; NETO, 2013).
Em termos de estrutura, o DSM-5 quebra o modelo multieixo apresentado na
terceira edição do manual. Os transtornos de personalidade e deficiências intelectuais,
previamente identificados como transtornos do eixo II, não são mais doenças
subjacentes, e outros transtornos mentais no eixo I foram adicionados. Outros
diagnósticos médicos, geralmente listados no eixo III, também receberam o mesmo
tratamento. Conceitualmente, não há diferença fundamental que suporte a divisão do
diagnóstico nos eixos I, II e III. O objetivo da distinção é apenas incentivar uma
avaliação completa e detalhada do paciente (ARAÚJO; NETO, 2013).
4.1 Autismo
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incapacidade de usar a linguagem, comportamentos padronizados e repetitivos,
extrema solidão, aparência aparentemente normal, dominação masculina, etc. Neste
momento, o autismo era visto como uma doença específica da linha da esquizofrenia
(ASSUMPÇÃO JUNIOR; PIMENTEL, 2000 apud YAEGASHI et al, 2021).
Asperger, por sua vez, em 1944, propôs o termo “psicopatia autística”,
caracterizada por um transtorno severo na interação social, uso pedante da fala,
disfunção motora e exclusividade de incidência no sexo masculino (TAMANAHA;
PERISSINOTO; CHIARI, 2008 apud YAEGASHI et al, 2021).
Entretanto, hoje temos a diferença de Asperger para o autismo leve de acordo
com DSM-V, como já abordado acima o autismo hoje é definido como Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA), a palavra “espectro” significa que faz parte de um
espectro grande com vários sintomas diferentes, tendo em vista que já são mais de
200 genes relacionados aos sintomas de autismo, YAEGASHI et al, (2021).
Se dentro de apenas um gene já se tem imensas variações comportamentais,
então dá para imaginar a quantidade de diferentes comportamentos em centenas de
genes diferentes.
Dessa maneira, a síndrome de Asperger já não existe nos manuais de
diagnósticos (Manual estatístico dos transtornos mentais – DSM) que é o manual que
os profissionais da saúde se baseiam para auxiliar no diagnóstico e também a nova
versão do (CID 11 – Código internacional da doença) visto que toda doença tem um
código em forma de número para que seja classificada como universal ou
internacional, sobre a doença ou transtorno que a pessoa será diagnosticada.
De acordo com esses manuais a síndrome de Asperger não entra mais como
diagnóstico, ela está dentro do transtorno do espectro autista, porém vamos fazer uma
breve comparação entre autismo leve ou asperger. Podemos dizer que o espectro
autista é amplo e o mesmo é dividido entre 30 % a 40% das pessoas com autismo
leve, 70% das pessoas tem autismo moderado ou severo, ainda sim a maioria tem o
autismo com o maior comprometimento.
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Fonte: youtube.com
Esses 30% a 40% em média da população que são as pessoas que tem o
diagnóstico de autismo leve, dentro dessa parte da área que engloba autismo leve os
asperger estaria bem na ponta no limite entre a normalidade de pessoas típicas e
pessoas com autismo, sendo os sintomas mais leves de autismo que existe, conforme
demonstrado na figura abaixo:
Fonte: youtube.com
Fonte: youtube.com
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Fonte: youtube.com
Fonte: youtube.com
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De acordo com isso as crianças costumam acompanhar os estudos de maneira
funcional sem necessidade de ajuda. As crianças com autismo leve, têm uma variação
maior no coeficiente de inteligência, elas podem ter inteligência média e também
podem apresentar inteligência abaixo da média que seria um coeficiente de
inteligência mediano ao limítrofe até 70 pontos, dessa forma podem ser mais ou
menos inteligentes, porém se é autismo leve, elas não podem ter retardo mental ou
deficiência intelectual associada.
Durante o desenvolvimento da infância as crianças com asperger demoram
para apresentar sintomas do espectro autista, como já abordado acima geralmente
elas falam, não apresentam atraso e só irá perceber com a idade entre 6,7 ou até 8
anos e notar que a reciprocidade social é “estranha” e “inadequada” do que deveria
ser.
Fonte: youtube.com
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São crianças que tem rigidez comportamental, não gostam de mudança de
rotina, gostam das coisas sempre do mesmo jeito dentro do script mental que elas
instalam e todas as vezes que mudam esse script a tendência são elas se angustiarem
muito. É muito comum em crianças com a antiga síndrome de asperger, ouvir elas
dizerem as frases “ eu não quero crescer” “ não quero ficar adulto” “eu não quero
mudar dessa casa” “ eu não quero mudar o corpo” “ eu não quero saber sobre morte
porque eu não quero morrer um dia”, então elas ficam muito aflitas com os tipos de
mudanças que são inerentes e que acontecem no nosso ciclo vital.
Fonte: youtube.com
Os atrasos motores das crianças com asperges são muito leves as vezes elas
são um pouco mais “desengonçadas” ou um pouco mais “estabanadas”, mas não
chegam a ter atrasos motores finos ou grossos que prejudiquem e que causem um
prejuízo na vida delas.
Voltando a falar sobre a história do autismo, em um trabalho posterior, Kanner
em 1956 ainda descreveu imagens de autismo como uma forma de "psicose" porque
os testes clínicos e laboratoriais da época ainda eram inúteis de fornece dados
consistentes sobre sua etiologia, o que distinguia o mesmo de quadros deficitários
sensoriais. A primeira mudança nessa direção começou em 1976, com Ritvo passou
a ver o autismo como um déficit cognitivo, passando a encará-lo como um distúrbio
do desenvolvimento, e não como uma psicose (ASSUMPÇÃO JUNIOR; PIMENTEL,
2000 apud YAEGASHI et al, 2021).
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De acordo com a “The National Society for Autistic Children”, citada por Lopes
(2011 apud YAEGASHI et al, 2021), o autismo consiste em uma síndrome
que atinge cinco entre dez mil pessoas e que pode ser encontrada em
qualquer família, independentemente de seu nível social, ético e racial. Mello
(2005 apud YAEGASHI et al, 2021) aponta que a causa do autismo ainda não
é evidentemente conhecida, todavia, é considerado o fato de seu surgimento
se dar devido a algumas irregularidades no cérebro ainda não especificadas
e possivelmente pela origem genética.
Lopes (2011 apud YAEGASHI et al, 2021) acredita que o autismo é sério,
incluindo tríades envolvendo interação social, comunicação e comportamento. O autor
explicou que este a tríade do autismo tem as seguintes características: : 1) Deficiência
na interação social: a pessoa possui dificuldade em fazer amizades; não expressa
suas emoções; apresenta um bloqueio para comunicar-se seja através de gestos,
expressão corporal e facial; 2) Deficiência na comunicação: atraso ou falta da
linguagem; nos que falam, evidencia-se dificuldade de começar ou permanecer em
uma conversa; uso estereotipado e repetitivo da linguagem; e 3) Comportamento
focalizado e repetitivo: o indivíduo tem preocupação somente com parte do objeto e
não o vê como um todo; apresenta maneiras e preocupações estereotipadas.
De acordo com Steiner (2005 apud YAEGASHI et al, 2021), em algumas
crianças, os sintomas do autismo aparecem desde o nascimento, enquanto em outras
crianças, as interações sociais e a linguagem aparentemente normais começam a se
deteriorar. Para a autora, mesmo com melhorias no tratamento, o autismo não tem
cura, pois o autismo acompanha o indivíduo por toda a vida, e a gravidade disso varia
de pessoa para pessoa.
Ressalta-se que crianças com autismo prestam atenção aos aspectos não
funcionais dos brinquedos e partes de objetos durante as brincadeiras, como girar
pneus de caminhões de brinquedo ou passar horas assistindo a ventiladores de teto.
Algumas pessoas podem não se importar com ruídos altos; no entanto, serão atraídas
pelo som de relógios ou papel sendo amassado. Eles também podem carecer de
flexibilidade para toque social e afetivo e tecidos específicos, da mesma forma que
podem ser insensíveis à dor causada por uma lesão grave (KLIN, 2006 apud
YAEGASHI et al, 2021).
Por fim, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais do DSM-V, as características típicas dos pacientes com transtorno do
espectro do autismo são barreiras qualitativas e quantitativas na interação e
comunicação social mútua, que podem ser utilizadas para identificar comportamentos
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por meio de transtornos não verbais. A falta de interesse e os comportamentos
restritivos e repetitivos acompanham os indivíduos desde a infância, afetando de
forma prejudicial as funções diárias. “O estágio em que a disfunção se torna aparente
irá variar de acordo com as características do indivíduo e de seu ambiente” (APA,
2014, p.53 apud YAEGASHI et al., 2021).
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Diferenças entre autismo leve e moderado
Fonte: youtube.com
Dessa forma a grande maioria das crianças tem um atraso maior, mais
dificuldades, consequentemente tem também mais sintomas que trazem mais
prejuízos e por isso esses sintomas são enquadrados em autismo moderado.
Contudo, qual é a grande diferença entre autismo leve e moderado? Podemos dizer
que é o nível de suporte, o nível de ajuda é o quanto essa pessoa autista precisa de
mediação para se encaixar na sociedade.
As crianças com autismo leve não têm deficiência intelectual associada e isso
significa que o coeficiente de inteligência dessas crianças, a média do Q.I é acima de
70% pontos, com essa média as crianças têm a capacidade de aprender, conseguem
acompanhar as coisas da vida de uma maneira funcional.
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Fonte: youtube.com
Fonte: youtube.com
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Por ter maior dificuldade de linguagem e comunicação as crianças que estão
no nível moderado tendem a ter mais comportamentos disruptivos, devido ao fato de
não conseguirem se expressar e não conseguirem falar direito, acaba ocasionando a
ter um comportamento autoagressivo ou heteroagressivas.
As diferenças também entre crianças com autismo leve e autismo moderado,
é que as crianças com sintomas de nível leve ou de nível 1, elas passam também pelo
processo terapêutico, porém não muito intenso, porque elas conseguem se
desenvolver com independência sem a necessidade de apoio na escola, sem a
necessidade de adaptação material, sem a necessidade de acompanhante
terapêutico no ambiente para fazer com que ela preste atenção para realizar as
atividades escolares, justamente porque essas crianças tem um Q.I preservado no
qual está acima de limítrofe sendo ele acima de 70 pontos, dessa forma elas tendem
a ter capacidade e condições para aprender o que lhe é ensinado.
Fonte: youtube.com
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é sabido que as crianças que tem autismo moderado, tem maiores dificuldades, mais
interesses restritos, passam mais tempo fazendo estereotipias, mais tempo em seu
“mundo” e perdendo a oportunidade de aprendizado.
Se a criança tem um atraso de falar importante, automaticamente é
considerada por critérios de diagnósticos como autismo moderado, dessa forma é
preciso trabalhar e forçar o cérebro dessa criança, através de técnicas especificas,
metodologias comportamentais, para que aconteça novas redes no cérebro e novas
redes neurais levando a criança migrar para o autismo leve.
Fonte: youtube.com
É possível que uma criança migre de diagnóstico que antes era considerado
moderado e depois migrou para leve e depois passou a ter traços levíssimos? Sim, é
possível, porém isso vai depender absolutamente do tratamento atencioso com a
criança, da quantidade de estímulos que a criança vai receber na primeira infância,
porque como já foi comprovado através de estudos e pesquisas, quanto mais nova for
a criança maior a capacidade do cérebro de aprender coisas novas e de criar novos
caminhos, em vista disso, crianças mais novas tem capacidades maiores de melhorar
os sintomas e melhorar também os critérios de diagnóstico.
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Fonte: youtube.com
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Fonte: youtube.com
A criança que não brinca perde a oportunidades de aprendizagem por isso que
a terapia comportamental é um dos métodos de tratamento é muito importante para
as crianças que tem sintomas desde de pequenas mesmo que elas não tenham um
diagnóstico, se elas têm um tipo de atraso ou algum tipo de diferença de
desenvolvimento pode considerar isso como algo que não é normal, é necessário ficar
atento aos sinais para que o mais rápido possível faça a estimulação precoce na
criança com autismo.
É importante ressaltar que é possível migrar de diagnóstico, através da
intervenção ou estimulação precoce e mudar o quadro de sintomas do mais severos
para os mais leves, porque é possível andar dentro do espectro do autismo.
A palavra "autismo" vem da palavra grega "autos", que significa "voltar-se para
si mesmo". O termo autismo foi usado pela primeira vez pelo psiquiatra austríaco
Eugen Bleuler em 1911 para se referir a uma das características da esquizofrenia. Ele
mencionou que o psicótico tende a se fechar em seu mundo, embriagar-se em seu
mundo interior e não entrar em contato com o exterior (ROUDINESCO; PLON, 1998
apud ILHA; 2015).
Partindo do conceito de Bleuler, Léo Kanner (1943 apud BOSA, 2002 apud
ILHA; 2015) descreveu o autismo pela primeira vez. Canner estudou estudando 11
crianças com diagnóstico de esquizofrenia e começou a perceber que essas crianças
têm algumas características comuns que podem distingui-las da esquizofrenia por não
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serem capazes de relacionamentos interpessoais, como a linguagem. Obstáculo,
obcecado por coisas imutáveis, incapaz de estabelecer contato com os outros
(KANNER apud BOSA, 2002 apud ILHA; 2015). Canner chamou a doença de autismo
em crianças porque os sintomas apareceram muito cedo.
Kanner (apud BOSA, 2002 apud BOSA, 2002 apud ILHA; 2015) também
comentou sobre as famílias dessas crianças, destacando que as crianças
tinham, em comum, pais com altos níveis de inteligência e sociocultural que
apresentava uma certa frieza em suas relações. Esse comentário levantou
uma grande polêmica e acabou gerando uma culpabilização nos pais, que
pode ser percebida até hoje. No mesmo trabalho, ele afirma que, por causa
do fechamento autístico extremo dessas crianças, não seria possível atribuir
todo o quadro às relações parentais dos pacientes. Porém, pelas suas
observações, já podíamos ver a importância das funções materna e paterna
para o desenvolvimento do quadro da criança.
Por muitos anos, o autismo foi chamado de esquizofrenia infantil, mas Rutter
(1985 apud ILHA; 2015) reconheceu que os transtornos mentais da infância devem
ser diferenciados da psicose de início tardio. Os bebês humanos precisam dos
cuidados das mães para se desenvolverem e se desenvolverem física e mentalmente,
incluindo a aparência, o toque e a linguagem. Portanto, por meio do sentido
emprestado por quem fez a pergunta dos pais, especialmente a maternidade, a
percepção humana se organiza, e a criança estabelece sua referência simbólica e
transforma um corpo somente orgânico em um corpo erógeno, um corpo desejante.
Se porventura um fracasso precoce na apresentação dos referentes
imaginários e simbólicos, por problemas na formação física ou por motivos
desconhecidos, a criança é excluída da comunicação simbólica, o que a deixa à mercê
da realidade e do corpo, dificultando a subjetivação. (Siebenberg, 2006 apud ILHA;
2015). Portanto, a existência de outras crianças não é importante para algumas
crianças, o olhar que se dirige a ela não é percebido como um desejo, nem a palavra
encontra seu lugar importante.
O objetivo da psicanálise não é obter uma cura e um bom comportamento social
para amortecer os sintomas. Seu propósito é constituir um sujeito psicológico que
possa acessar a palavra, e o resultado serão mudanças de comportamento e
aprendizagem. Sibemberg (2006 apud ILHA; 2015) comentou que a psicanálise em
relação à linguagem na medida em que o assunto passa a ser o suporte básico do ser
humano e dos desejos, em outros aspectos, o autismo será um problema de
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aprendizagem que pode ser melhorado por meio de técnicas de treinamento
adequadas.
Jerusaléminski (1993 apud ILHA; 2015) defende que o autismo é entendido
como a quarta estrutura clínica, que está lado a lado com as outras três propostas por
Lacan: psicose, neurose e perversão. Para ele, autismo não é parecido com psicose,
autismo é uma espécie de rejeição, em que não há nenhuma inscrição sobre o
assunto, apenas a verdade. Esta interpretação é contrária à psicanálise mais clássica,
que se argumenta que após a experiência traumática com o outro primordial, o sujeito
se retrairá, o que acabará por culpar os pais, que se sentem responsáveis pelo estado
do filho.
Freud (1911/1996 apud ILHA; 2015) foi a primeira pessoa a relatar um caso de
psicose nas autobiografias em "Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de
um caso de paranóia (dementia paranoides), o famoso Caso Schereber. Mas, foi
Lacan (1985; 1998 apud ILHA; 2015) quem explicou e mostrou que era possível
trabalhar com a psicose.
Lacan (1974 apud ILHA; 2015) falou sobre registros psicológicos reais,
simbólicos e imaginários. Na imaginação estão nossas fantasias e exigências de amor
e reconhecimento; quando essas exigências não forem atendidas, ou seja, quando
essas demandas não são satisfeitas, a frustração aparece e movimenta o psiquismo.
Além da frustração, entretanto, temos a decepção, que é prejudicial para o psiquismo
quer dizer que é psicologicamente prejudicial.
No simbolismo, temos desejos, então quando nossos desejos não são
satisfeitos, ocorre a falta e a castração. Na imaginação simbólica entra no mundo real
como os restos psíquicos que constituem nossas necessidades reais (que são
diferentes da realidade) verdadeiras e falsas (poucos restos psíquicos formam
verdadeiras necessidades e muitos restos psíquicos podem gerar faltas
necessidades). A realidade não tem sentido: a construção do significado é realizada
no processo da imaginação ao simbolismo, e a construção do significado é realizada
no processo de alcance da realidade, ILHA; (2015).
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A castração produzirá falta, produzirá insatisfação, Insegurança, indecisão,
incompletude, etc. Visto que a psicose é uma recusa à castração, a falta dela aparece
de outras maneiras, como delírios e alucinações. O mecanismo de psicose
denominado por Lacan (1985 apud ILHA; 2015) é a rejeição do nome do pai - a
rejeição dos símbolos linguísticos que aparecem na realidade. O problema do
psicótico é simbólico: na castração não comete erros e tem ações. O resultado é uma
espécie de vazio espiritual, é esse tipo de sensação constante de fracasso, de não
sentir nada.
Portanto, embora as teorias psicanalíticas do autismo e da psicose sejam muito
semelhantes, em ambientes clínicos e escolares, a diferença entre as duas estruturas
pode ser notada com clareza, e mais crianças são diagnosticadas com autismo. Na
década de 1980, o termo “Transtornos Invasivos do Desenvolvimento” começou a ser
usado e o autismo foi removido da categoria de e psicoses no DSM-III e na CID-10. O
termo foi posteriormente alterado para " Transtornos Globais do Desenvolvimento”,
ILHA; (2015).
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Jerusaléminsky (2012 apud ILHA; 2015) assume que a estrutura da infância é
indeterminada e vai além do diagnóstico fechado de DSM e CID. Dessa forma, deve-
se trabalhar supondo um sujeito, para assim produzir uma inscrição nele e ter, como
consequência, uma passagem de uma estruturação autística para uma estruturação
psicótica.
Para Kupfer (1999 apud ILHA; 2015), a distinção entre autismo e psicose,
levando em consideração a transição do autismo para a psicose, superando a
dicotomia organogênico/psicogênico e introduzindo discursos contemporâneos sobre
o autismo, teria consequências clínicas positivas sobre a direção do tratamento,
principalmente pela escuta dos pais. O problema com o diagnóstico de uma criança é
que, muitas vezes, a criança é vista como um sujeito fechado pelos pais, pela escola
e pela sociedade como um sujeito encerrado, apenas com dificuldades e não com
possibilidades e potencialidades, a partir do momento em que recebe o diagnóstico.
Podemos então nos perguntar acerca da posição que uma palavra, referida
como diagnóstico, pode assumir para os pais e seus filhos. Inúmeras vezes
encontramos crianças que tem suas vidas marcadas por estas classificações
que obstaculizam seu desenvolvimento, assim como o exercício que os pais
possam vir a fazer de suas funções. A partir do diagnóstico que a criança
recebe, seus pais passam a buscar, no discurso cientifico, um saber a
respeito de como educá-los. (MEIRA, 2006, p.74 apud ILHA; 2015).
Portanto, alguns autores, como Bernardino (2004 apud ILHA; 2015), defendem
que a estrutura não é determinada na infância e mudanças no campo da linguagem
podem acontecer e interferir no seu desenvolvimento. Essa afirmação relativiza o
diagnóstico na infância, o que não significa desconsiderar os sintomas e o sujeito para
a organização dos tratamentos e a escolha dos melhores espaços escolares.
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alienação e, eventualmente, torna-se um quadro de apagamento subjetivo devido a
um diagnóstico errado.
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foram publicados, os quadros clínicos foram publicados e é possível identificar
meninas com síndrome de Rett (POZZI; ROSEMBERG, 2003 apud PONCE; et al.,
2017).
As crianças afetadas por essa síndrome são aparentemente saudáveis ao
nascer e começam a se desenvolver normalmente; no entanto, o desenvolvimento é
interrompido entre os 6 e 18 meses de idade. Pode vir a perder todas as habilidades
motoras e na linguagem, sua característica típica é o movimento contínuo e
involuntário da mão. As crianças também podem apresentar início de irritabilidade
incontrolável, convulsões, marcha anormal e desordens respiratórias,
gastrointestinais e nutricionais importantes. Além disso, ela passa a apresentar
retardo mental em vários graus, PONCE; et al., (2017).
Conforme Rosemberg (1987 apud PONCE; et al., 2017), a síndrome de Rett
apresenta quatro estágios. O primeiro estágio (estágio inicial de estagnação precoce)
ocorre entre 6 e 18 meses e é caracterizado por parada do desenvolvimento,
mudanças na comunicação e no contato visual, diminuição do interesse pelo meio,
movimentos manuais de "onda", esporádicos e inespecíficos e crescimento do crânio
desacelerado. O segundo estágio (estágio rapidamente destrutivo) dura de várias
semanas a vários meses e ocorre do primeiro ao quarto ano de vida, é caracterizado
por deterioração do desenvolvimento, manifestações autísticas, severa demência,
perda da capacidade manipulatória, inabilidade/apraxia/ataxia da mobilidade,
respiração irregular e crises convulsivas.
O terceiro estágio (estágio pseudo-estacionário), que dura vários anos, é
caracterizada por apraxia da marcha (o andando) e ataxia de tronco óbvia, sintomas
comuns de epilepsia, disfunção motora grossa variável, retardo mental e início de
contato emocional. Finalmente, o quarto estágio (estágio da degeneração motora
tardia) dura décadas e é caracterizado por diminuição da mobilidade (cadeira de
rodas), sinais de paraplegia ou tetraplegia, escoliose, doença nutricional do pé e
caquexia, PONCE; et al., (2017).
34
4.4 Esquizofrenia
“Esquizo” vem de um termo grego que significa dividido, “frenia” tem a ligação
com a mente. Portanto, esquizofrenia é o distúrbio da mente dividida. A esquizofrenia
foi diagnosticada a mais de um século, porém, ainda não se sabe as causas exata da
mesma e ela permanece hoje como uma das doenças mais incompreendidas e
estigmatizadas.
A esquizofrenia também é considerada como uma síndrome, levando em
consideração que ela pode englobar um certo número de desordens psicológicas com
sintomas semelhantes, mas com causas que variam, por isso a pessoa que possui
esquizofrenia tem sintomas levemente diferentes.
Os primeiros sinais dos distúrbios podem passar despercebidos como por
exemplo: mudanças sutis na personalidade, irritabilidade, ou a invasão gradual de
pensamentos estranhos. O diagnóstico ocorre na maioria das vezes após a psicose
ter início, o que geralmente acontece entre o final da adolescência até os vinte e
poucos anos em relação aos homens, já em mulheres a transição acontece
geralmente dos vinte para os trinta anos.
Dessa maneira os primeiros episódios para ambos os sexos podem
desenvolver sintomas como: delírios, alucinações e desorganizações do pensamento,
da fala e do comportamento, esses sintomas são chamados de positivos ou produtivos
não porque são sintomas considerados bons, mas porque são alterações severas na
percepção da realidade.
Os sintomas negativos são chamados de negativos, porque eles representam
uma ausência ou uma redução nas funções normais do indivíduo como por exemplo,
sintomas de baixa motivação, baixa expressividade ou diminuição da fala. Também
existem os sintomas cognitivos que são as dificuldades de concentração, de lembrar
informações e de tomar decisões.
Não existe uma única causa, entretanto, existem uma combinação de fatores
de riscos que podem ser genéticos e ambientais e contribuem para o desenvolvimento
da doença. Dessa maneira, é sabido que a doença esquizofrenia é psiquiátrica com
raízes genéticas mais fortes, porque embora apenas cerca de 1% da população tenha
esquizofrenia, irmãos e filhos de esquizofrênicos apresentam chances 10 vezes maior
de desenvolver a doença, sendo que um irmão gêmeo de uma pessoa com
esquizofrenia tem 40% de chance de também apresentar a doença.
35
Muitas vezes familiares próximos de pessoas com esquizofrenia também
apresentam versões leves ou traços do distúrbio, embora não ao ponto de precisar de
tratamento. Além da genética, fatores ambientais como certas doenças virais, quando
ainda é bebê, ou ser, criados por pais excessivamente críticos ou tirânicos, podem
também aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença, bem como já ter
feito o uso de drogas inclusive a “maconha”.
Os fatores ambientais não afetam a todas as pessoas da mesma forma,
aquelas pessoas que contem riscos genéticos muito baixos, dificilmente desenvolverá
a doença só por razões ambientais. Já aquelas pessoas com alto risco genético e
juntamente com os fatores ambientais leves, podem ser o suficiente. A forma de
tratamento através dos antipsicoticos usados para tratar a esquizofrenia, tem ajudado
os pesquisadores a encontrar aspectos da doença relacionados ao cérebro.
Os antipsicóticos tradicionais atuam bloqueando os receptores de dopamina e
podem ser muito efetivos na redução dos sintomas positivos que estão relacionados
ao excesso de dopamina em determinado circuitos cerebrais.
É importante ressaltar também que a mesma medicação pode piorar os
sintomas negativos, devido ao fato de que esses sintomas podem estar relacionados
a pouca dopamina em outras áreas do cérebro. Algumas pessoas com a esquizofrenia
podem apresentar perda de tecido nervoso, entretanto, ainda não está claro se essa
atrofia é resultado da doença em si ou um efeito da medicação.
Felizmente novas gerações de antispsicóticos, tem como objetivo superar
alguns desses problemas por visarem múltiplos neurotransmissores, como a
serotonina além da dopamina. Contudo, está claro que nenhum neurotransmissor
sozinho é responsável por todos os sintomas e como essas drogas afetam a
comunicação entre neurônios por todo o cérebro e todo o corpo, as pessoas com a
esquizofrenia podem ter efeitos colaterais como ganho de peso.
De qualquer maneira apesar de todas as complicações o uso de antipsicóticos
podem ser muito eficazes, especialmente se combinado com a psicoterapia. Enfim, é
necessário iniciar o tratamento mais cedo possível porque é algo extremamente
importante, tendo em vista que se a esquizofrenia não for tratada por meses ou por
anos, essas psicoses podem se enraizar na personalidade do indivíduo.
36
5 SÍNDROME GENÉTICA
37
De acordo com o DSM-5, pode estar relacionado a síndromes genéticas, e em
alguns casos apresentará uma aparência característica, como a síndrome de Down,
em outras áreas, a evidência geralmente é expressa apenas através do
comportamento. De modo geral, o prognóstico da deficiência intelectual não é ruim,
ou seja, não aparecerá gradativamente. No entanto, em algumas doenças genéticas
(síndrome de Rett), há um período de estabilidade após a deterioração, em outras
(síndrome de San Phillippo), a função intelectual se deteriora gradualmente, SANTOS
(2020).
Levando em consideração os critérios usados para completar o diagnóstico de
DI, o manual enfatiza as vulnerabilidades sociais que esses sujeitos enfrentam devido
às dificuldades associadas à avaliação de risco, comportamentos de autocontrole,
emoções ou relacionamento interpessoal. O DSM-5 também afirmou que, por um lado,
a falta de habilidades de comunicação pode levar a comportamentos disruptivos
(coisas que interrompem a ação). Ou agressivos; por outro lado, a credulidade das
pessoas diagnosticadas com DI, costuma ser uma característica que a predispõe à
ingenuidade em situações sociais e à tendência a ser facilmente conduzida pelos
outros, o que a tornaria alvo fácil de fraude, envolvimento criminal não intencional,
falsas confissões e risco de abuso físico e sexual, SANTOS (2020).
No entanto, o DSM-5 reconhece que, embora a deficiência intelectual seja
vitalícia, sua gravidade mudará com o tempo. O curso dessa condição pode ser
afetado por condições médicas ou genéticas subjacentes e comorbidades (deficiência
auditiva ou visual e epilepsia). Em contraste, a intervenção precoce e contínua pode
melhorar a função adaptativa da infância e da idade adulta, portanto, em alguns casos,
pode melhorar significativamente a função intelectual, tornando o diagnóstico de
deficiência intelectual não mais apropriado, SANTOS (2020).
Enfim, geralmente as síndromes genéticas cursam com os problemas
neurológicos, cognitivos, podendo leva as crianças em sua grande maioria a
apresentarem transtornos de aprendizagem, verbais, não verbais, deficiência
intelectual, autismo, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade. Dessa forma,
são mais propensas a desenvolveram transtornos neuropsiquiátricos.
38
A maioria dessas crianças precisam ser encaminhada para apoio de inclusão,
que são apoio específicos dentro escola, sendo muito importante a partir do
diagnóstico que o médico faça tanto o planejamento familiar e também auxiliar a
família nesse sentindo, mas que também oriente a família a dar o apoio específico
porque a criança irá precisar deste apoio em conjunto para melhorar seu
desenvolvimento, tanto a nível escolar, quanto a nível clínico.
39
Fonte: g1.globo.com
41
5.2 Síndrome do X Frágil
42
Os indivíduos afetados pela síndrome do X Frágil geralmente atrasam o
desenvolvimento da fala e da linguagem em dois anos. A maioria dos homens com
síndrome do X Frágil tem deficiência intelectual leve a moderada e aproximadamente
um terço das mulheres afetadas tem deficiência intelectual. Crianças com síndrome
do X Frágil também podem apresentar ansiedade e comportamentos hiperativos,
como irritabilidade e impulsividade (FRYNS, 1986 apud CARVALHO, 2004).
Eles também podem sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção (DDA), que
inclui incapacidade de concentração e dificuldade de concentração em tarefas
específicas. Cerca de um terço das pessoas com a síndrome do X Frágil tem autismo
de amplo espectro, uma doença que afeta a comunicação e a interação social.
Aproximadamente 15% dos meninos com síndrome do X Frágil e 5% das meninas
têm convulsões (FRYNS, 1986 apud CARVALHO, 2004).
As características físicas dos homens geralmente são significativas, mas
também podem afetar as mulheres. Os mais comuns são: face alongada; orelhas
grandes ou protuberantes; testículos grandes (testículos aumentados); testa
proeminen-te; palato em ogiva; estrabismo; e alterações no aparelho osteoarticular.
(FRYNS, 1986 apud CARVALHO, 2004).
43
Desde os tempos antigos, ao longo do tempo, as atitudes da sociedade em
relação às pessoas com deficiências, geralmente com base em fatores culturais, de
crença, econômicos, políticos e sociais. Por muito tempo, a melhor palavra para
descrever a relação da sociedade com as pessoas com deficiências, infelizmente era
a exclusão, ACCORSI, (2016).
Porém, em meados do século XVI, as pessoas com deficiência intelectual
passaram a receber cuidados de enfermagem, porém, acredita-se que, em termos de
sua formação, elas só precisam obter oportunidades de aprendizagem relacionadas
às atividades da vida diária, como o autocuidado e segurança, e raramente
desenvolvem atividades sociais, com habilidades para o trabalho ocasional e
supervisionado, eles ainda estão isolados do mundo porque seus familiares temem
serem rejeitados, ACCORSI, (2016).
Na quinta edição do "Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos
Mentais", a deficiência intelectual é entendida como um transtorno do
desenvolvimento, que inclui déficits intelectuais e funcionais conceituais, sociais e
práticos e adaptativos funcionais. Este manual assume que os três critérios para
diagnosticar a condição são atendidos: déficits em capacidades mentais genéricas
(critério A); prejuízo na função adaptativa diária na comparação com indivíduos
pareados para idade, gênero e aspectos socioculturais (critério B); e início da
deficiência durante o período do desenvolvimento (critério C), ACCORSI, (2016).
O manual parece dizer que a deficiência intelectual é identificada com base
nesses três parâmetros. Um deles, medido em testes de inteligência, refere-se a
funções intelectuais envolvendo raciocínio, resolução de problemas, planejamento,
pensamento abstrato, julgamento, aprendizagem por meio da educação escolar e
compreensão da experiência e prática, ACCORSI, (2016).
O outro sugere o déficit da função adaptativa e enfoca até que ponto uma
pessoa atende aos padrões da comunidade em termos de independência pessoal e
responsabilidade social em comparação com outras pessoas de idade e origem social
e cultural semelhantes. A partir desta perspectiva, envolve a percepção de
pensamentos, emoções, experiências de outros, compaixão, habilidades de
comunicação interpessoal, habilidades de amizade, julgamentos sociais, etc. O último
parâmetro utilizado para completar o diagnóstico refere-se ao reconhecimento da
44
presença de déficits intelectuais e adaptativos na criança ou na adolescência,
ACCORSI, (2016).
A deficiência intelectual é definida como uma limitação grave que afeta a função
intelectual, que é significativamente inferior ao nível médio. Ao mesmo tempo, a
função adaptativa é significativamente limitada em pelo menos dois aspectos das
seguintes áreas de habilidade: comunicação, autocuidado, habilidades familiares,
habilidades sociais, habilidades interpessoais habilidades de comunicação, uso de
recursos pela comunidade, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer,
saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos (AAIDD, 2002, apud,
MENDONÇA,2018, p.6).
Nesse sentido, podemos dizer que a melhor forma de definir o DI é por meio de
uma visão multidimensional. Segundo essa visão, o DI é uma espécie de deficiência
caracterizada por uma limitação significativa da função intelectual e do
comportamento adaptativo, que se manifesta como conceitual, social e
comportamento adaptativo. Habilidades práticas. Embora essas dificuldades sejam
causadas por comprometimento cognitivo, é claro que elas são fortemente
influenciadas por fatores ambientais, como diagnóstico precoce, preconceito,
qualidade dos serviços de apoio, tolerância familiar, entre outros, ACCORSI, (2016).
A identificação pode ocorrer devido a razões genéticas, problemas de gravidez,
dificuldade de parto ou algum tempo após o nascimento. É difícil para os estudiosos
da área encontrarem a resposta para a causa do DI, pois na grande maioria dos casos
estudados, é impossível determinar qualquer causa conhecida, ou mesmo a origem
da deficiência. Como todos sabemos, o alcance da deficiência intelectual pode ser
leve ou grave, e cada sujeito é um, com diferentes habilidades, dificuldades e
comportamentos. Dessa forma, eles serão desenvolvidos intelectualmente,
aprenderão de forma única e até mesmo melhorarão sua inteligência por meio do
aprendizado, ACCORSI, (2016).
45
Por isso, segundo Carvalho (2009, apud ACCORSI, 2016), quando um aluno
com DI alcança os bancos de uma instituição de Educação Superior, talvez muitas
pessoas queiram saber o que está fazendo aquela pessoa que possui limitações
cognitivas em vários aspectos. A inclusão de alunos do DI no ensino superior não é
generalizada, mas cada vez mais alunos estão se matriculando e se formando em
cursos em todo o Brasil. Mas até que ponto esses alunos de DI são incluídos? Não há
diferença no tratamento de professores, gestão e colegas? Você está preocupado em
dar um bom treinamento a eles? Eles são compreendidos e aceitos? ACCORSI,
(2016).
Se entendermos a deficiência como um problema, então a diferença na
deficiência pode até ser “autorizada”, desde que protegida em ambiente protegido
(como as sementes que ficam dentro dos frutos) e com espaço, exclusividade e
exclusividade limitados. No entanto, se considerarmos as diferenças das pessoas com
deficiência como um desafio (muito mais a nossa retórica) então a deficiência pode
ser "autorizada" pela sociedade. As pessoas com deficiência, sejam elas quais forem,
precisam lidar com o estigma estabelecido pela sociedade: incompetência e
dependência. Qualquer deficiência certamente significa certa restrição, mas não
desqualificará a pessoa de muitas novas descobertas e possibilidades. ACCORSI,
(2016).
Fonte: institutoitard.com.br/altas-habilidades/
46
Até o início do século XX, quando o psicólogo francês Alfred Binet desenvolveu
a primeira escala de desenvolvimento infantil, a inteligência tornou-se possível. O
sistema observava milhares de crianças para que pudesse identificar e descrever as
tarefas que poderiam ser realizadas em cada etapa do desenvolvimento cronológico
da criança, SOUZA (2013).
Com base no trabalho de psicólogos, o conceito de superdotação foi estendido
para incluir a criatividade e seus vários componentes, como pensamento divergente,
capacidade de resolução de problemas e tomada de decisão. O termo "talento" foi
acrescentado para se referir a superdotação, voltados para “indivíduos que
demonstram habilidades marcantes nas artes de representação, ou mesmo que
excedem em outras áreas de desempenho, podem igualmente ser designados como
superdotados” (HARDMAN et al., 1993 apud SOUZA 2013).
47
associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, julgamento crítico,
capacidade de resolver e lidar com problemas; o tipo acadêmico apresenta
aptidão acadêmica específica concentração, rapidez de aprendizagem, boa
memória; o tipo criativo apresenta originalidade, imaginação, capacidade
para resolver problemas de forma diferente e inovadora; tipo social que revela
a capacidade de liderança e persuasão; o tipo criativo, que apresenta
flexibilidade, facilidade de auto expressão; o tipo psicomotor, que se destaca
nos esportes, agilidade e resistência e finalmente os tipos especiais, que
revelam destaques nas artes plásticas, músicas e literatura.
48
ajustar seu próprio tamanho por meio do aprendizado, da pesquisa e da formação
continuada, esses alunos terão diagnósticos minuciosos e detalhados para que
possam atuar nas áreas de interesse, sendo necessário orientar sua família sobre
como lidar com a superdotação. De acordo com o plano nacional de educação,
SOUZA (2013).
49
é na escola que o superdotado pode revelar as suas faces diante de
comportamentos, que podem levar desde uma evolução e aprimoramento de
suas habilidades até ao comportamento tedioso que, em muitos casos,
reproduzem um aproveitamento escolar insatisfatório.
50
Portanto, podemos perceber que a falta de planejamento e supervisão dos
superdotados os faz regredir na aprendizagem, pois não há necessidade de um
intermediário para se dedicar ao desenvolvimento de suas habilidades acadêmicas ou
outras. As altas habilidades e superdotação que foram apurados, passaram a
participar de outras aulas que não a sala de ensino regular e a sala de recursos
multifuncional, de modo que, com esta os serviços de educação profissional, podem
desenvolver suas habilidades em campos específicos, fornecer a esses alunos
aceleração do aprendizado, enriquecimento do currículo e eles podem desenvolver
projetos de pesquisa e desenvolvimento de aprendizagem, SOUZA (2013).
De acordo com SOUZA (2013), quanto à organização do trabalho docente, o
Parecer nº 17/2001 determinou o oferecimento das:
51
Características de aprendizagem: podem mostrar habilidades de observação,
ter uma compreensão clara de coisas importantes e são particularmente atenciosos;
eles podem ler de forma razoavelmente independente, mostrando uma preferência
por livros e revistas escritos para crianças mais velhas; frequentemente demonstram
grande prazer na atividade intelectual; eles têm boas capacidades de abstração,
conceituação e síntese; eles podem encontrar rapidamente semelhanças, diferenças
e anormalidades; eles frequentemente lidam com materiais complexos, dividem-nos
em componentes e os analisam sistematicamente, SOUZA (2013).
Características do pensamento criativo: de acordo com Vidal apud Stein (1975
apud SOUZA 2013), os indivíduos criativos têm uma percepção intuitiva aberta e sem
julgamentos; formação de conceito acidental; curiosidade aliada a um alto nível de
inteligência; senso de humor; grande sensibilidade estética; gosto pelo risco; fortes
interesses simbólicos. De acordo com Kneller (1976 apud Novaes, 1979 apud SOUZA
2013), os indivíduos criativos podem ser não convencionais; humoristas; originalidade;
habilidade de redação; persistência e Dedicação; malabarismo intelectual; flexível.
Segundo Stein (1975 apud SOUZA 2013), um dos componentes básicos do
comportamento criativo é a independência, portanto, um indivíduo com criatividade
extraordinária tem um forte senso de liberdade em seu comportamento, não
reconhece a dependência dos outros.
Por outro lado, Torrance (1969 apud SOUZA 2013) observou que o problema
fundamental dos indivíduos criativos é aprender a enfrentar as inconsistências
causadas pelas diferenças. Isso levou a algumas dificuldades relacionadas a como
lidar com a pressão social, sendo-se uma pessoa fortemente original e quase que
compulsivamente inovadora.
As características acima podem ser expressas de forma construtiva, o que é
propício ao aprendizado e à boa comunicação interpessoal, pois podem ser expressas
de forma difícil, delimitando relações interpessoais, dificuldades e dores. Existe
intolerância e incompreensão entre os colegas e os professores acreditam que os
alunos são “diferentes”. Essas situações podem levar ao isolamento dos alunos e, em
seguida, à rejeição dos grupos sociais, SOUZA (2013).
Para Gama (2006 apud SOUZA 2013), a dádiva das crianças e adolescentes é
composto por três fatores: precocidade ou talento, pensamento divergente (criativo e
/ ou crítico) e dedicação teimosa a determinadas tarefas. “A puberdade precoce nem
52
sempre está relacionada ao comportamento ou modo de pensar em si, mas à idade
em que se manifestam [...]” (GAMA, 2006, p. 65 apud SOUZA 2013). Portanto, o
desenvolvimento de crianças precoces é superior ao nível médio e supera o nível
esperado para sua idade. Conhecimento em qualquer área, por exemplo: crianças que
leem antes dos quatro anos.
Depois, há uma criança prodígio, que se refere àquelas crianças que
apresentam desempenho de nível profissional adulto em um determinado campo
cognitivo desde a mais tenra idade até os dez anos de idade, ou seja, crianças com
habilidades extremas, capazes de desempenhar tão bem quanto um adulto, parece
violar as leis normais da natureza e pode causar desconforto e alienação. Por
exemplo: Mozart, que tocava piano com três anos de idade maravilhosamente bem,
superando qualquer profissional adulto, SOUZA (2013).
O Gênio também pode ser uma classificação de acrianças com altas
habilidades/superdotação, sendo ele identificado como aquele que é capaz de mudar
um campo do conhecimento e produzir consequências fundamentais e irreversíveis
de pesquisas e estudos que buscam conhecimento e dão grandes contribuições para
a sociedade, é aquele que, além de deixar sua marca pessoal no seu campo de
atuação, leva as pessoas a pensarem de forma criativa e diferente. Para a
comunidade científica, o uso do termo “gênio” deve ser resguardado para descrever
apenas aquelas pessoas que deram contribuições originais e de grande valor à
humanidade, SOUZA (2013).
O gênio é o grande realizador da humanidade o paradigma de uma era mudou,
aqueles com conhecimentos e habilidades excelentes e únicos. Os exemplos incluem:
Einstein, Freud, Leonardo da Vinci. Dentro de seus conhecimentos profissionais e
campos de pesquisa, eles têm contribuído para o desenvolvimento da sociedade
atual. Segundo Gama (2006 apud SOUZA 2013), uma criança que toca violino aos
sete anos tem a habilidade de ser música; quando resolver problemas de álgebra aos
nove ou começar a falar em cerca de três ou quatro meses, ela será apanhada por
não compreender o comportamento dela, e está sujeita à rejeição daqueles que a
cercam por conta da não compreensão de seus feitos.
Entre essas crianças precoces, “algumas pessoas vão mostrar características
de superdotação quando mais velhas, mas outros não. ” (GAMA, 2006, p.60 apud
SOUZA 2013) O pensamento divergente é outro fator de superdotação considerado
53
por Gama, que se expressa como“ a capacidade de pensar em novas respostas e dar
diferentes soluções para problemas em aberto. ”A capacidade de planejar”, e o
pensamento convergente visa encontrar o “caminho certo”. A resposta é definida a
priori.
54
uma transição. Observe a descrição de Joseph Renzulli do modelo de três anéis na
Figura abaixo:
Freitas e Pérez (2010, p.17 apud SOUZA 2013), segundo diversos autores,
enfatizam grande parte das características apontadas quando se trata de pessoas
com AH/SD: maturidade precoce, gosto e alto nível de leitura; interesses diversos e
diferenciados; e tendência a se associar com pessoas mais velhas; assincronia;
preferência Trabalhar ou estudar sozinho; independência; autonomia; senso de humor
refinado; percepção estética altamente desenvolvida; alta capacidade de observação;
liderança; gosta e prefere jogos que requerem estratégia.
Gardner (1991 apud SOUZA 2013) propôs um novo método de considerar a
inteligência ou dotação por meio de uma teoria chamada teoria da inteligência
múltipla. Percebe-se que o conceito de inteligência se expandiu ao longo do tempo, o
que é de grande importância para a prática educacional, mais especificamente, para
a prática docente dos professores, dentro da sala de aula, especialmente na
determinação das necessidades educacionais especiais e ensino dos alunos.
Como caracteriza Gardner (1991 apud SOUZA 2013) Crianças superdotadas
possuem alto nível de inteligência primitiva, ou seja, possuem potencial, mas precisam
trabalhar muito, se desenvolver e se aprimorar.
56
6.2 Evolução conceitual dos termos adotados ao longo da história no Brasil:
dotação, supernormais, bem-dotados, talentos, altas
habilidades/superdotação
57
A partir da influência de Antipoff, em 1967, o Ministério da Educação e Cultura
(MEC) editou um decreto em que foi constituída uma comissão, que elencou uma lista
de critérios para a identificação e prestação de serviços a esses alunos (NOVAES,
1979 apud BRANCO et al., 2017).
Conforme BRANCO et al., (2017). Em 1971, a Lei 5.692, que estabelece as
diretrizes e reforma do Ensino de 1º e 2º graus, em seu art. 9º, aborda pela primeira
vez o termo “superdotado”, determinando que alunos identificados como tal devessem
receber tratamento especial. Após a promulgação dessa lei, o Centro Nacional de
Educação Especial (Cenesp), lançou o Projeto Prioritário nº 35, que implantou uma
política voltada para aluno com altas habilidades/superdotação
Em 1972, o Brasil foi afetado pelo "Relatório Marland ", proposto pelo Ministério
da Saúde e Bem-Estar Os Estados Unidos, onde AH / SD é um Por exemplo, o
resultado da teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner é uma perspectiva
multidimensional. A teoria determina a compreensão de AH / SD, que considera várias
áreas, incluindo: inteligência; talentos especiais em artes visuais, liderança, drama e
música e habilidades psicomotoras (Alenka; Fleis, 2001; Lonnie; Costa, 2011 apud
BRANCO et al., 2017).
Em relação à terminologia designada, há uma falta de consenso entre os
especialistas na área, porque, enquanto algumas pessoas defendem a supressão do
termo do "superdotação" como sendo muito tendencioso e elitista, outras Use o termo
de uma forma que seja equivalente a talento; outros ainda optam por denominar esses
indivíduos como “aprendizes capazes”, porque não se referem a indivíduos, mas sim
ao desenvolvimento do comportamento superdotado (DAVIS; RIMM, 1994;
TREFFINGER; Lunzuli, 1986 apud BRANCO et al., 2017).
Segundo Guenther (2008 apud BRANCO et al., 2017), essa inconsistência na
terminologia ideal começou com a tradução para o inglês americano das duas
palavras giftedness e gifted, que significam literalmente " “dotação” e “dotado", mais o
prefixo "super". Porém, o termo "superdotação" não tem sido bem aceito no meio
educacional. Para amenizar essa influência, foi acrescentada a expressão inglesa
"High Ability", que significa " capacidade aumentada" em português. Guenther (2011
apud BRANCO et al., 2017) também criticou a tradução da última expressão para a
forma plural de "Altas Habilidades", pois a tradução correta de "ability" é "capacidade",
e mudar esta palavra para o plural não se justifica, e faz perder a essência do conceito.
58
Para Gagné (2010 apud BRANCO et al., 2017), dotação é caracterizada pela
capacidade de naturais extraordinárias, chamadas de aptidões, em pelo menos um
domínio de capacidade, dessa maneira é fato que com o grau elevado que coloca o
indivíduo entre os 10% no grupo de pares etários mais elevados, e apresenta o talento
que se volta para o desenvolvimento do desempenho notável das habilidades
ordenadamente desenvolvidas, em pelo menos uma área da atividade humana, com
o indivíduo obtendo no mínimo 10% de desempenho mais alto quando comparado a
grupos de pares etários que são ou já foram ativos em determinado período.
59
de ter um impacto positivo em um país, mesmo que no período, não foram promovidas
ações promissoras relacionadas aos seguintes neste grupo, NAAHS não alcançaram
grandes avanços, em razão das condições de implantação de políticas públicas
voltadas para essa demanda, BRANCO et al., (2017).
Vale destacar que Marques (2016 apud BRANCO et al., 2017) desenvolveu
um estudo com o objetivo de caracterizar os programas de atendimento em
altas habilidades/superdotação no Brasil e, de acordo com o mapeamento
realizado, encontrou 66 programas que poderiam participar de modo geral de
sua pesquisa, entretanto 50 deles responderam ao convite e apenas 11
participaram efetivamente do estudo.
60
Encaminhamento do aluno para avaliação psicológica E o reconhecimento da
inteligência geralmente mostra comportamentos que conflitam com os padrões
normais em consideração, e podem mostrar habilidades acima da média no campo
da lógica e / ou lógica da linguagem na avaliação, mas existem alguns métodos para
identificar outras inteligências, porém, nem sempre é necessário que os alunos façam
referência à avaliação, FINATO (2014).
A aprovação em testes psicológicos revelará alto QI. Portanto, para medir a
inteligência, seja ela precoce, prodígio ou gênico, este parâmetro não é único e
decisivo, pois existe um conjunto de indicadores no contexto que podem ser
comparados precoce, que é uma criança prodígio, que pode se tornar um gênio,
FINATO (2014).
Para FINATO (2014) no campo da pesquisa, o nome é obtido de acordo com o
perfil e indicadores de informação dos alunos definidos, e após a leitura de alguns
referenciais teóricos, o conteúdo contido nos materiais do Ministério da Educação e
Cultura é brevemente integrado (MEC), alto habilidade /superdotação: incentivar
potencial / Angela M.R. Virgolim – Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Especial, 2007, acerca do assunto, onde estão descritos como:
PRECOCE: são pessoas que apresentam alguma habilidade específica
desenvolvida muito cedo, porém, em qualquer área do conhecimento, mesmo que
essa capacidade de ser aprimorada não significa que haverá um futuro proeminente.
Crianças precoces podem ser facilmente identificadas porque são mais fáceis de
identificar no campo do conhecimento do que crianças da mesma idade. Essas
pessoas têm um grande potencial para aquisição de informações, se houver estímulos
internos e / ou externos, eles ainda existirão no futuro. Além disso, é compreensível
que crianças precoces sejam mais comuns entre os alunos com AH / SD. (Brasil, MEC,
2007 apud FINATO 2014).
PRODÍGIO: uma criança precoce que, ainda na infância, demonstra uma
habilidade extremamente especializada, consegue raciocinar em determinadas áreas
de conhecimento específicas (como as áreas de conhecimento de profissionais
adultos) é fácil, rápido e permanente. Em alguns casos, eles podem mostrar um
desempenho extraordinário em vários campos, mas seu interesse em um determinado
campo de áreas específicas e são reveladas e relacionadas à sua satisfação pessoal.
Essa identificação tornou-se rara porque requer um ambiente diferente para explorar
61
e desenvolver seu potencial e, a priori, quando este é explorado, torna-se notória a
expressão do talento em determinado nível. (Brasil, MEC, 2007 apud FINATO 2014).
GÊNIO: são considerados gênios aqueles que de alguma maneira deixaram
um legado, seja no campo da medicina, tecnologia ou em qualquer outro campo que
possa se beneficiar das descobertas e criações que deixaram, tiveram um impacto
significativo na humanidade. (Brasil, MEC, 2007 apud FINATO 2014).
A política nacional de educação especial (2008 apud FINATO 2014) na
perspectiva da educação inclusiva indica que os alunos de alta habilidade /
superdotação fazem parte da educação especial, portanto, os recursos e serviços são
projetados para promover a sua participação e aprendizagem nas escolas, inclusive
atendimento especializado de forma suplementar ou complementar ao ensino comum.
Os alunos com Altas Habilidades/Superdotação não encontram dificuldades
para matrícula na escola comum, porém, devido aos diversos mitos que os
acompanham, acabam sendo ignorados ou tentados disfarçar seus talentos e serem
aceitos pelo grupo. Esses alunos podem ser prejudicados por suas atitudes negativas
em relação a si próprios e pela crença de que não precisam de cuidados especiais
para realizar todo o seu potencial e talentos.
Segundo Brasil, (2008, p.19 apud FINATO 2014 apud FINATO 2014) os
alunos com altas habilidades / superdotação são: aqueles que demonstram
potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou
combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes;
também apresenta elevada criatividade, grande envolvimento na
aprendizagem e realização de tarefas em áreas do seu interesse.
62
7 INCLUSÃO E A TRANSFORMAÇÃO NO SISTEMA EDUCACIONAL:
INCLUSÃO/EXCLUSÃO
Fonte: educacaoeautonomia.wordpress.com
63
A trajetória histórica da escola é caracterizada pela educação seletiva
privilegiada das minorias. No entanto, sabemos que a escola pode desempenhar um
papel fundamental na construção de valores e ajudar os membros gerais da sociedade
a orientar a sua vida pessoal e coletiva no respeito das diferenças, o que vai levar à
rejeição e criar condições de existência na prática quotidiana. Portanto, os alunos
devem levar em consideração as opiniões uns dos outros, FUMEGALLI (2012).
Vivemos numa época em que podemos ser diferentes, mas não podemos viver
e mostrar diferenças, numa época em que uma sociedade que prima pela liberdade
de expressão discrimina as pessoas pelas diferenças de características. Intelectual,
físico, cultural, sexual, social, linguístico e discrimina quem não vai às aulas por causa
do trabalho e quem desiste por excesso de repetição em relação a aprendizagem e
estudar, entre outras estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.
Conforme Mills (1999, p. 25 apud FUMEGALLI 2012) o princípio da gestão da
educação inclusiva é: “Todos devem estudar juntos o máximo possível, levando em
consideração suas dificuldades e diferenças”. Na verdade, todos devem fazer parte
de um sistema educacional inclusivo e as práticas discriminatórias devem ser
proibidas para garantir a igualdade de oportunidades. A discriminação frequentemente
ocorre em acobertamentos que impedem, negam ou restringem o direito de obter
direitos que pertencem a todos.
64
O movimento de apoio à inclusão baseia-se no princípio da igualdade de
oportunidades no sistema social (inclusive nas instituições escolares). Isso significa
que todos os alunos têm direito a frequentar a escola regular, onde toda a diversidade
deve ser valorizada e o aprendizado deve ser proporcionado a todos no mesmo
espaço escolar, com igualdade de oportunidades. O Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei nº 8.069/90, artigo 55, determina que “os pais ou responsáveis têm
a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Obrigação
essa que se dá como direito de todos, indiferente de qualquer tipo de diferença,
FUMEGALLI (2012).
Segundo Mantoan (2003 apud FUMEGALLI 2012) “A inclusão é o privilégio de
conviver com as diferenças, isso é caracterizado por inclusão”, ou seja, podemos
compreender e conhecer os outros, para que tenhamos a sorte de viver e partilhar
com pessoas que são diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe a todos, sem
exceção. É adequada para alunos com deficiência física, alunos com deficiência
intelectual, crianças sobredotadas, todas as minorias étnicas e crianças que foram
discriminadas por qualquer outro motivo. Ainda cito a fala de um educador: “Costumo
dizer que estar junto é encontrar gente que não conhecemos no cinema, no ônibus,
ou mesmo na sala de aula. Por outro lado, tolerância é conviver e interagindo com
outras pessoas. ”
Incluir vem do latim includere; significa; intercalar, compreender, conter em si,
abranger, envolver, implicar, inserir, introduzir, fazer parte, figurar entre outros;
pertencer juntamente com outros. A definição nunca assume que o conteúdo incluído
precisa ser o mesmo ou semelhante a outro conteúdo que foi adicionado. Quando se
fala em sociedade inclusiva, as pessoas pensam em uma sociedade que valoriza a
diversidade humana e fortalece a aceitação das diferenças individuais. O coração dela
é assim aprende a viver, contribuir e construir conjuntamente um mundo que ofereça
oportunidades reais (não necessariamente iguais) para todos, FUMEGALLI (2012).
Isso significa uma sociedade onde todos são responsáveis pela qualidade de
vida dos outros, mesmo que a outra pessoa seja muito diferente de nós. Inclusão e
integração semântica têm significados muito semelhantes, o que permite que muitas
pessoas usem esses verbos alternadamente. No entanto, nos movimentos sociais
inclusão e integração, representam ideias completamente diferentes, embora
65
obviamente tenham o mesmo objetivo, que é integrar os deficientes à sociedade,
FUMEGALLI (2012).
7.1 Integração/Inclusão
66
Inclusão: O adjetivo inclusivo é usado para buscar qualidade para todas
as pessoas com e sem deficiência (escolas inclusivas, trabalho inclusivo,
lazer inclusivo, etc.).
Integração: Adjetivos integradores são usados para buscar qualidade
em estruturas que atendem apenas pessoas com deficiência julgadas
adequadas (escolas integradas, empresas integradas, etc.).
Inclusão: Valorizar a personalidade do deficiente (o deficiente pode ou
não ser um bom funcionário; ele pode ou não ter sentimentos, etc.).
Integração: Como reflexo do pensamento integrado, podemos citar a
tendência de tratar as pessoas com deficiência como um grupo
homogêneo (por exemplo, surdos são mais focados; cegos são bons
massagistas).
Inclusão: Não querer esconder restrições, porque são reais.
Integração: tende a ocultar restrições para aumentar a possibilidade de
inserção.
Inclusão: Não se reflete apenas na existência de pessoas com e sem
deficiência no mesmo ambiente.
Integração: A presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo
ambiente costuma ser suficiente para usar o adjetivo integrador.
O processo de inclusão das pessoas com deficiência nas escolas significa uma
revolução educacional e um caminho fundamental para a inclusão social, é uma meta
cada vez mais firme nos diferentes sistemas e envolve o desvelamento de uma escola,
comunidade e unidade eficiente, diversificada, aberta e solidária. E a democracia, a
diversidade permite-nos transcender as fronteiras da integração e alcançar o objetivo
de uma sociedade que luta pela igualdade para todos, FUMEGALLI (2012).
Assim, a proposta de um sistema de educação inclusivo é vista em sua
dimensão histórica como um processo de reflexão e prática, que permite mudanças
conceituais, políticas e pedagógicas, consistentes com o propósito de efetivar o direito
à educação de todas as pessoas, pelos Constituição Federal de 1988. Inclusão é a
possibilidade de melhorar a educação escolar e beneficiar todos os alunos com e sem
deficiência. No entanto, depende da disposição inerente para enfrentar a inovação, o
que não é comum ao sistema educacional e a maioria dos professores, FUMEGALLI
(2012).
67
A inclusão não deve ser imponente, mas uma forma de pensar. O pré-requisito
para incluir pessoas com deficiência nas escolas é considerar além das simples
inovações educacionais, significa reconhecer que a outra parte está sempre em
harmonia. Embora às vezes observemos que muitas escolas e / ou professores não
consideram a inclusão como um sinônimo para a compreensão dessas diferenças.
Como todos sabemos, isso é difícil, geralmente devido ao grande número de alunos
na turma, mas é importante entender as diferenças entre si e tentar dar um ensino
adequado. Porque todos nós sabemos que todo mundo, independentemente de sua
deficiência, é possuidor tanto de capacidades quanto de limitações, FUMEGALLI
(2012).
Por toda a trajetória histórica e cultural, sabemos que muitos professores ainda
não estão preparados para lidar com limitações e personalidades para que
verdadeiramente Todos os alunos são incluídos, ao mesmo tempo que analisam o
que significa ser "excluído" numa sociedade que se autodenomina "igualitária". Inserir
alunos com deficiência nas aulas normais não acontece como num passe de mágica.
É uma conquista que deve ser conquistada com muito aprendizado, trabalho e
dedicação de todas as pessoas envolvidas no processo: alunos com deficiência,
alunos sem deficiência, Família, professores e comunidade escolar, FUMEGALLI
(2012).
É claro que esse medo da mudança e do abandono a longo prazo, para nos
dar uma sensação de segurança faz com que a educação inclusiva ainda não possa
se configurar plenamente na educação brasileira. Não ser rejeitado qualquer aluno,
essa é a única maneira de ser justo com todos. É bom sempre ter em mente que as
escolas tradicionais não reúnem as condições necessárias para as mudanças
propostas pela educação aberta e diferenciada. Não foi pensado para atender à
diversidade de alunos e, apesar das mudanças, possui uma estrutura rígida e seletiva
em termos de aceitação e permanência de alunos que não atendam às expectativas
68
acadêmicas clássicas, centrando-se no ensino e na replicação dos conteúdos,
FUMEGALLI (2012).
A estruturação das instituições de ensino ainda é um grande entrave, pois
apesar da existência de políticas públicas educacionais avançadas, a maioria das
escolas comuns carece de recursos materiais e financeiros, principalmente de mão
de obra (professores profissionais e especializados), que não conseguem integrar os
alunos em sala de aula. A escola deve atuar como facilitadora de disseminação de
informações Questões de deficiência com o objetivo de estimular a tolerância social,
melhorar a qualidade de vida e exercer os direitos de cidadania das pessoas com
deficiência, FUMEGALLI (2012).
Em relação a inclusão podemos dizer que ela é uma inovação, e seu significado
muitas vezes é distorcido e debatido pelas mais diversas classes sociais e
educacionais. No entanto, a inclusão na educação formal de alunos com defeitos de
longa duração ou temporários, graves ou não graves nada mais é do que a proteção
do direito de todos à educação, garantido pela Constituição, FUMEGALLI (2012).
69
Não há dúvida de que o motivo de se apoiar a inclusão como uma nova
perspectiva para as pessoas com deficiência é a qualidade do ensino nas escolas
públicas e privadas para que possam atender as necessidades de cada aluno,
inclusive não se enquadrando na educação especial e seus métodos de exclusão
baseados em sua rede de particularidades. Portanto, o resultado do sucesso na
inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares é que, ao adaptar a prática
de ensino à diversidade dos alunos, esses alunos provavelmente farão um progresso
significativo na educação escolar. E esse tipo de sucesso só pode ser assumido nas
escolas regulares que as dificuldades de alguns alunos não são apenas suas, mas
em grande parte a forma como eles fornecem educação, A aprendizagem é concebida
e avaliada, FUMEGALLI (2012).
70
Portanto, priorizar a qualidade do ensino regular é um desafio que todos os
educadores precisam enfrentar. Este é um compromisso urgente da escola, pois a
educação básica é um dos fatores de desenvolvimento econômico e social. Esta é
uma tarefa que pode ser realizada, mas não pode ser realizada por meio do modelo
tradicional de organização do sistema escolar, FUMEGALLI (2012).
Se hoje podemos contar com uma lei educacional para propor e desenvolver
novas alternativas viáveis de melhoria do ensino escolar, na maioria dos casos, esses
programas ainda estão longe de ser inclusivos, ou seja, abertos, ambíguos e abertos
a todos os alunos. Incondicional. Geralmente, existem projetos parcialmente
inclusivos que nada têm a ver com as mudanças na base escolar e continuam a
prestar serviços para alunos com deficiência em espaços escolares semi-isolados ou
completamente isolados (turmas especiais, salas de recursos, turmas aceleradas e
roaming de serviço), FUMEGALLI (2012).
Na maioria dos casos, é razoável que as escolas não ofereçam serviços a
alunos com deficiência em classes regulares porque seus professores não estão
preparados para isso. Algumas pessoas não acreditam que esses alunos irão se
beneficiar com a nova situação, principalmente nos casos mais graves, porque eles
não conseguirão acompanhar o progresso dos outros colegas e serão marginalizados
e discriminados do que nas classes e escolas especiais, FUMEGALLI (2012).
Em ambos os casos, é óbvio que novas alternativas e práticas de ensino
precisam ser redefinidas e postas em prática, o que é benéfico para todos os alunos,
o que significa uma atualização de conceitos e aplicações educacionais adaptadas a
este enorme desafio e desenvolvimento. A vantagem das escolas inclusivas não é
apenas fornecer educação de qualidade para todos. A sua criação é um passo
decisivo para eliminar atitudes discriminatórias e a comunidade escolar acolhe a
todos. Portanto, significa que em um processo de mudança, leva tempo para fazer os
ajustes necessários, e as medidas necessárias precisam ser tomadas para garantir o
funcionamento normal da educação inclusiva, FUMEGALLI (2012).
71
de encontro de várias lógicas e interesses, e é preciso saber expressá-los. Por se
tratar de uma construção coletiva, requer mobilização, discussão e ação de toda a
comunidade escolar. Alcançar a inclusão é um grande desafio porque envolve
mudanças na sociedade, nas pessoas, na educação e nos conceitos escolares. Não
é fácil mudar um conceito solidificado e arraigado em nome de outro modelo
educacional, principalmente quando a mudança beneficia aqueles que são
prejudicados, excluídos e marginalizados na sociedade e, portanto, na escola. Nos
últimos anos, o número de alunos matriculados na educação inclusiva triplicou, mas o
preconceito e a falta de compreensão das leis que os apoiam e beneficiam ainda
impedem que um grande número de pessoas com deficiência acesse as redes
regulares, FUMEGALLI (2012).
Os profissionais da educação, querem oferecer uma educação
verdadeiramente inclusiva e de alta qualidade para todos, mas o caminho para
alcançar esses ideais em nossa sociedade ainda não está claro, porque estamos
passando por um período de mudança, reorganização e colapso Paradigma. Sonham
em construir uma escola inclusiva. O sistema de ensino não só muda as atitudes e
expectativas dos alunos, mas também se organiza para construir uma verdadeira
escola para todos, tendo em conta a particularidade das diferenças, FUMEGALLI
(2012).
Como diretriz para a transformação da estrutura escolar, a educação inclusiva
é definida como política pública do Ministério da Educação, que é disseminada por
meio do Programa Educação Inclusiva: Direitos Diversificados, iniciado em 2003. Essa
ação levou a um amplo processo de reflexão sobre o sistema, a formação de formas
tradicionais de pensamento docente, rompendo com a concepção determinista da
relação entre condições históricas, desvantagens sociais, deficiência e não
aprendizagem, FUMEGALLI (2012).
72
Quando realmente criarmos condições para que todos os alunos possam atuar
efetivamente neste espaço educacional, ocorrerá uma verdadeira transformação da
escola. Para Mittler (2001 apud FUMEGALLI 2012), “as escolas inclusivas só
começam com a reforma completa da escola, com as mudanças no sistema existente
e com o repensar completo do currículo para atender às necessidades de todas as
crianças”. Segundo o autor diz que a inclusão não significa simplesmente transferir
alunos de escolas especiais para escolas regulares, pois exige uma mudança no
pensamento e nos valores da escola e da sociedade como um todo, pois por trás de
sua filosofia está a celebração da diversidade.
A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela
está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo,
fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da
sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém
com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas,
estabelecendo alianças com a sociedade, com a população (GADOTI, 2007,
p. 12 apud FUMEGALLI 2012).
73
A educação inclusiva, pautada nos princípios dos direitos humanos e nas
recomendações pedagógicas que todos podem aprender, passou a se opor ao
paradigma tradicional de organização do sistema educacional, que conduzia políticas
especiais para pessoas com deficiência definidas no modelo de segregação e de
integração, com ênfase na abordagem clínica. Seguindo a lógica das escolas
especiais de identificação da deficiência ou encaminhamento desses alunos para
turmas especiais, essas políticas conduzem a espaços segregados, entendidos como
seus destinos, e acabam discriminando e excluindo alunos e atitudes em função da
deficiência, desvantagens e dificuldades, FUMEGALLI (2012).
A partir dessa compreensão, os professores podem determinar os fatores que
contribuem para o desenvolvimento de estratégias de ensino na sua relação com a
comunidade, o que favorece a intervenção da educação e da exclusão social. Uma
das tarefas básicas é organizar a escola para eliminar obstáculos, estreitar a relação
entre a escola e a família, obter serviços sociais comunitários, planejamento
participativo, troca de experiências docentes e o desenvolvimento de mecanismos de
gestão que dê prioridade à tolerância educacional, FUMEGALLI (2012).
O período em que o conceito de educação inclusiva está mudando para
inclusividade coincide com fatores contemporâneos que colocam a competitividade e
eficácia da escola no domínio do conteúdo, degradando outros saberes, excluindo
cursos. Alguns alunos também devem desenvolver estratégias para desenvolver o
potencial dos alunos e experiências de aprendizagem democrática em todas as
escolas. A escola pode promover o desenvolvimento da pedagogia centrada na
criança, desconstruindo o discurso da deficiência relacionado a propostas escolares
que não podem beneficiar todos os alunos e enfatizando a responsabilidade dos
educadores no ensino de crianças com ou sem deficiência, FUMEGALLI (2012).
Expandir as oportunidades de formação inclusiva para profissionais da
educação, usando novos métodos de ensino, investindo na educação infantil,
entendendo os caminhos de formação dos alunos e formulando políticas para
enfrentar as diferenças na educação geral, todos têm um impacto significativo na
qualidade da educação, FUMEGALLI (2012).
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ambiente escolar do que no ambiente doméstico. E, de um modo geral, seu
comportamento reflete a forma como são tratadas, o que se refere à forma como as
crianças se dão, FUMEGALLI (2012).
A política de educação inclusiva do Brasil é baseada na Declaração de
Salamanca (1994 apud FUMEGALLI 2012), que inclui outros documentos
internacionais, que apontam que escolas regulares com orientação inclusiva são os
meios mais eficazes para combater atitudes discriminatórias, mas a educação está
longe do ideal. Maria Tereza Eglér Mantoan, Coordenadora do Laboratório de Ensino
e Pesquisa em Diversidade, Faculdade de Educação da Unicamp Saliente que a
melhor assistência escolar é até mesmo uma escola regular para deficientes e
quaisquer outras crianças.
Os suplementos fornecidos pela educação profissional não envolvem o ensino
do conteúdo do currículo escolar normal: alfabetização, matemática, ciências, etc.,
mas o ensino de recursos, línguas, uso de equipamentos e códigos para ajudar os
alunos a enfrentar suas deficiências na aprendizagem em sala de aula de escolas
normais: código Braille, Língua Brasileira de Sinais (Libra), Português como A
segunda língua dos surdos, etc., FUMEGALLI (2012).
A organização da sala de recursos multifuncionais constitui um espaço de
promoção dos cursos livres de barreiras dos alunos da turma normal, onde são
realizadas atividades diversas como a utilização e ensino de códigos, linguagens,
tecnologia e outras atividades complementares à educação escolar, visando eliminar
barreiras de ensino, habilidades físicas e de comunicação da escola. Em uma escola
inclusiva, o ensino e a aprendizagem são processos dinâmicos, e a aprendizagem não
se limita ao conteúdo e ao espaço físico da escola, mas vai além. Ao discutir escolas
inclusivas,
FUMEGALLI (2012).
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Quando pensamos em educação inclusiva e escolas verdadeiramente
adequadas a todos, é interessante lembrar o que Paulo Freire disse ao redefinir o
conceito de educação. Para ele, o processo de formação deve partir da vida do aluno
e da realidade local. Isso ajuda a cultivar a consciência crítica dos alunos, combater
todas as formas de opressão, injustiça e desigualdade e estabelecer formas de
libertação, justiça e unidade. Portanto, todas essas questões envolvem a
operacionalidade dessas estratégias, a localização dos professores e o currículo
escolar, FUMEGALLI (2012).
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8 BIBLIOGRAFIA
PAULA SILVA CANTARELLI BRANCO, Ana et al. Breve histórico acerca das altas
habilidades/ superdotação: políticas e instrumentos para a
identificação. Gastaoguimaraes, [S. l.], p. 1 - 19, 2017.
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