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RESUMO
As organizações baseadas em conhecimento reconhecem a geração, compartilhamento e uso
da informação como um processo de valor para o seu desenvolvimento. Nesse contexto, a
gestão da informação merece total destaque, pois pode ser utilizada como alicerce para o
desenvolvimento de comportamentos e competências em informação que interfiram
diretamente nesse processo. Nessa perspectiva, propõe-se realizar uma revisão bibliográfica
acerca dos fatores que influem diretamente na geração, compartilhamento e uso da informação
enfocando os conceitos de comportamento informacional e de competência em informação.
Palavras-Chave: Organizações do Conhecimento; Gestão da Informação; Comportamento
Informacional; Competência em Informação.
ABSTRACT
Organizations based in knowledge recognize the information generation, sharing and use like a
value process for his development. In this context, information management deserves full
attention, because it can be used as a foundation for the development of information behaviors
and information literacy that interfere directly in this process. In that perspective, it is proposed
to hold a literature review about the factors that directly influence in the information generation,
sharing and use focusing on the concepts of information behavior and information literacy.
Keywords: Knowledge Organization; Information Management; Informational Behavior;
Information Literacy.
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1 INTRODUÇÃO
intermédio das fontes que conhece e domina, podendo estar implícita ou explicitamente
declarada no ambiente da organização.
Conceitualmente Davenport e Prusak (1998, p.110) sustentam que o
comportamento informacional “[...] se refere ao modo como os indivíduos lidam com a
informação. Inclui a busca, o uso, a alteração, a troca, o acúmulo e até mesmo o ato de
ignorar os informes”. Tal modo de conceber o que constitui o comportamento
informacional evidencia um contexto imprevisível, pois é determinado pela relação que
o sujeito organizacional, a partir de uma particularidade, estabelece com a informação.
Conforme Choo (2006, p.70) “[...] o valor da informação reside no
relacionamento que o usuário constrói em si mesmo de determinada informação”, ou
seja, é consequência e influência de fatores imbricados à dinâmica do ambiente e,
assim, repercute nos processos desenvolvidos pelas organizações no que tange a
trabalhar a informação.
Choo (2006) destaca que o comportamento informacional está relacionado a
estágios que pode perpassar desde uma necessidade, podendo incidir em uma busca,
até o momento de uso da informação. Nessa perspectiva, o mesmo autor evidencia
três estágios centrando seus argumentos em um modelo que visa o uso da informação
em processos de criação de significado, construção de conhecimento e tomada de
decisão.
As necessidades de informação, segundo Choo (2006, p.100), surgem na
medida em que o indivíduo reconhece lacunas ou gaps em seu conhecimento, bem
como em sua capacidade de propiciar significado a uma experiência. Diante disso, o
indivíduo pode acreditar que para preenchê-la é preciso iniciar um processo de busca
de informação, visando suprir tal lacuna.
Desse modo, a busca de informação é vista como parte de uma atividade social
que ocorre a partir de uma necessidade do indivíduo, cuja busca intencional por
informações que considera útil, visa mudar seu estado de conhecimento (CHOO, 2006,
p.102). Wilson (2000, p.49, tradução nossa) argumenta que se trata da “[...] busca
objetiva por informação como uma consequência de uma necessidade, para satisfazer
algum objetivo”.
Por outro lado, o processo de uso da informação está relacionado ao momento
em que o indivíduo seleciona e processa informações, na medida em que sua
relevância produz mudanças em sua capacidade de vivenciar e agir ou reagir a novos
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conhecimentos (CHOO, 2006, p.107). Para Wilson (2000, p.49) o uso da informação
reside em atos físicos e mentais no que tange à informação que, por sua vez, permitem
a geração de conhecimentos por parte dos sujeitos cognoscentes.
A obtenção de benefícios concretos a partir do uso da informação em contextos
organizacionais, envolve fundamentalmente uma gestão voltada ao comportamento
informacional (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Além disso, esse tipo de gestão tende a
propiciar o uso de estratégias voltadas à informação e ao conhecimento, possibilitando
a adequada disseminação, compartilhamento, acesso e uso desses dois elementos
(BEAL, 2004).
Nessa perspectiva, Davenport e Prusak (1998, p.135) analisam alguns pontos a
serem considerados no âmbito da gestão do comportamento informacional, de maneira
a atenuar os problemas mais frequentemente encontrados, a saber:
[...] para ser competente em informação, uma pessoa deve ser capaz
de reconhecer quando a informação é necessária e ter a habilidade
para localizar, avaliar e usar efetivamente a informação [...] Pessoas
competentes em informação são aqueles que aprenderam a aprender
(ALA, 1989, p.1, tradução nossa).
Corroborando com essa ideia, Belluzzo (2010, p.38) afirma que:
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta mudança de postura por parte das organizações, bem como dos próprios
sujeitos organizacionais, torna-se de extrema importância e contribui significativamente
para os processos de tomada de decisão, uma vez que propicia as aptidões,
habilidades e competências em informação para que consigam identificar, buscar,
compartilhar e fazer o melhor uso possível das informações geradas no ambiente
interno e/ou externo à organização, propiciando mais eficiência aos processos
organizacionais e mais eficácia aos resultados obtidos.
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. 207p.