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e do Conhecimento
Fernando Hadad Zaindan
2022
SUMÁRIO
Capítulo 1. Fundamentos da Gestão da Informação (GI) .............................. 4
A Gestão do Conhecimento..................................................................................................... 8
Modelos de GI............................................................................................................................. 12
eBook do KMCanvas................................................................................................................. 43
Referências ......................................................................................................................... 58
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Capítulo 1. Fundamentos da Gestão da Informação (GI)
Os conceitos de dado, informação e conhecimento são de suma
importância para fundamentar os nossos estudos, pois a partir dessas
abordagens pode-se compreender o fenômeno da criação, armazenamento
e disseminação.
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informação se transforme em conhecimento, os seres humanos precisam
fazer virtualmente todo o trabalho. Tal transformação ocorre através de
palavras iniciadas com C, tais como as seguintes: Comparação: de que forma
as informações relativas a esta situação se comparam a outras situações
conhecidas? Consequências: que implicações estas informações trazem
para as decisões e tomadas de ação? Conexões: quais as relações deste novo
conhecimento com o conhecimento já acumulado? Conversação: o que as
outras pessoas pensam desta informação?
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A Gestão da Informação
Já na abordagem GI, a função primordial é a ação de procurar
compreender as demandas informacionais de que carecem as organizações,
disponibilizando-as para solucionar os problemas presentes e futuros, de
forma estruturada e clara (CHOO, 2006).
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Capítulo 2. Fundamentos da Gestão do Conhecimento (GC)
Nonaka e Takeuchi (1997), após anos de pesquisa sobre as empresas
do Japão, convenceram-se de que a criação do conhecimento é a principal
fonte de sua competitividade internacional, principalmente pelo
desenvolvimento do conhecimento tácito. Na próxima era, os setores de
produção, serviços e informação estarão baseados no conhecimento, com as
organizações evoluindo e transformando-se em organizações de
conhecimento.
A Gestão do Conhecimento
Choo (2006) apresenta citações da presença da gestão do
conhecimento na construção dos modernos modelos organizacionais,
identificando os processos de percepção e compreensão do ambiente
externo, onde existe a atuação das empresas, a geração de conhecimento
através do aprendizado e o constante aprimoramento nos processos
decisórios.
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Retenção do Conhecimento
Verifica-se em Fleury e Oliveira Jr. (2001) que o know-how coletivo é
mais difícil para fazer circular e transferir, e, se estiver enraizado nas práticas
dos trabalhos, torna-se mais difícil de retenção.
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Documentos, arquivos, papéis, conversas, imagens, pensamentos, softwares, banco de
dados, mensagens de e-mails, dentre outros.
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• Um grupo de trabalhadores é eficiente em determinados
conhecimentos. Outros trabalhadores da organização poderiam
aproveitar estes conhecimentos.
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Capítulo 3. Modelos de GI e GC
A GI e a GC como vantagens competitivas estão consolidadas no
meio acadêmico e nas organizações (NONAKA; TAKEUCHI, 1997;
DAVENPORT; PRUSAK, 1998; CHOO, 2006; UDEN; HADZIMA; TING, 2018).
Modelos de GI
Davenport e Prusak (1998) mostram que um modelo ideal de GI
(Figura 1), tem uma perspectiva processual e podem ser encontrados
processos específicos que dependem diretamente da informação. Desta
forma, os passos para uma efetiva GI são: identificação das necessidades
que a informação exige; coleta e aquisição; categorização; armazenamento;
disseminação e distribuição; análise de uso.
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Figura 1 – Modelo de GI de Davenport e Prusak.
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De acordo com os autores, o pressuposto de que o conhecimento é
criado por meio da interação contínua e dinâmica entre o conhecimento
tácito e o conhecimento explícito, permite demonstrar quatro modos
diferentes de conversão do conhecimento: socialização, externalização,
internalização e combinação no modelo da espiral do conhecimento (Figura
3). Esses quatros modos constituem o motor do processo de criação do
conhecimento. Três desses quatro tipos de conversão do conhecimento –
socialização, combinação e internalização – foram tratados sob várias
perspectivas na teoria organizacional. Por exemplo, a socialização liga-se às
teorias dos processos de grupo e da cultura organizacional, a combinação
tem suas raízes no processamento de informações e a internalização está
intimamente relacionada com o aprendizado organizacional.
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o treinamento prático utiliza o mesmo princípio. A socialização
também ocorre entre os responsáveis pelo desenvolvimento de
produto e os clientes.
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condição para que o conhecimento explícito se torne tácito é a
verbalização e diagramação do conhecimento sob a forma de
documentos, de manuais ou de histórias orais.
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Capítulo 4. Capital Intelectual
O conceito do capital intelectual foi empregado inicialmente por
Thomas Stewart. O capital intelectual é a soma do conhecimento de todos
em uma empresa, proporcionando-lhe vantagem competitiva (STEWART,
1998). Ao contrário dos ativos – propriedade, equipamentos, dinheiro – o
capital intelectual é intangível.
• Maximizar os empreendimentos;
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Edvinsson e Malone (1997) fazem o equacionamento empírico,
baseados em estudos sobre o capital humano e estrutural de uma
organização, visando descobrir e diferenciar seus componentes formadores.
Os autores demonstram que o Capital Intelectual é a média aritmética de
todos os principais componentes de uma organização. Tal estudo vem sendo
aplicado em vários trabalhos subsequentes.
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Capítulo 5. Inteligência Competitiva (IC)
A Inteligência Competitiva (IC) é o processo sistemático de coleta,
tratamento, análise e disseminação de dados e informações sobre
atividades dos concorrentes, tecnologias e tendências gerais dos negócios,
visando subsidiar a tomada de decisão e atingir as metas estratégicas da
empresa.
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Com a IC será possível antecipar crises, definir ações e estratégias
que devem ser adotadas para reduzir os riscos e os possíveis danos
causados por eles. Além disso, poderá antever todas as variáveis que o
compõem (ameaças, vulnerabilidades, consequências, probabilidades etc.),
para que a organização possa se prevenir contra os riscos identificados e os
ainda não identificados.
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Capítulo 6. GC como aporte a inovação
Texto retirado e adaptado de: ZAIDAN, F. H. Como a gestão do
conhecimento dá aporte à gestão da inovação. ItForum365. Disponível em:
<https://itforum365.com.br/colunas/como-gestao-do-conhecimento-da-
aporte-gestao-da-inovacao/>. Acesso em: 08 out. 2021.
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que está na mente das pessoas, não pode ser armazenado sem antes
ser transformado em explícito.
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experiência passada – isto é, na memória. A memória organizacional
depende dos mecanismos institucionais (p.e., políticas, estratégias e
modelos explícitos) utilizados para manter o conhecimento.
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Capítulo 7. Maturidade da GC
A fim de potencializar os estudos sobre os modelos de maturidade
em GC, e como eles servem de medição e de avaliação de resultados em GC,
recorre-se a um trecho do artigo de Gonçalo, Junges e Borges (2010).
Segundo estes autores, o sistema de mensuração da GC deve ter as
seguintes características:
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O modelo Siemens KMMM – Knowledge Management Maturity Model
Existem alguns modelos de maturidade para GC. Gonçalo, Junges,
Borges (2010) mostram que o modelo Siemens KMMM foi desenvolvido com
base no modelo CMMI, e se propõe à:
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sobre a necessidade de desenvolver a GC, mas ainda não há estratégias
claras que apontem nesta direção.
2) Ambiente e Parcerias;
3) Pessoas e Competências;
4) Colaboração e Cultura;
5) Liderança e Apoio;
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6) Estruturas e Formas de Conhecimento;
7) Tecnologia e Infraestrutura;
8) Processos e Papéis.
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Capítulo 8. Ferramentas de GI e de GC
Texto retirado e adaptado de: ZAIDAN, F. H. A gestão do
conhecimento e as ferramentas de colaboração. IGTI. Disponível em:
<https://t.igti.com.br/click?o=179&a=1059>. Acesso em: 08 out. 2021.
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Considerando-se os contextos de colaboração corporativa, o mundo
caminha em direção dos conhecimentos dispersos. Poder e capacidade
produtiva de valor serão rápidos, fluidos e persistentemente perturbadores.
Uma mudança de poder e uma nova e dura regra empresarial estão surgindo.
Então torna-se imprescindível a utilização da nova colaboração, sem
alternativa possível. Quem não conseguir ver isso será cada vez mais isolado
e excluído das redes.
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de forma pública ou privada, privilegiando a segurança caso a informação
esteja sendo disponibilizada apenas para um número restrito de usuários ou
de forma completamente abrangente.
• Mapas de Competências.
• Groupware.
• Workflow.
• Portais Corporativos.
• Ferramentas Wikis.
• Redes sociais.
• Ferramentas integradas.
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• Dentre outras.
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Capítulo 9. Proteção do conhecimento
É muito comum ver empresas que negligenciam a proteção do
conhecimento. Isto as tornam vulneráveis em seus modelos de negócio. No
âmbito da proteção do conhecimento, a propriedade intelectual assumiu um
papel estratégico nas organizações. A proteção da propriedade intelectual
pode influenciar na atuação da empresa, principalmente se levarmos em
consideração o setor em que atua.
• Direito autoral.
• Propriedade industrial.
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O poder concedido permite executar procedimentos com intuito de
resguardarem os seus direitos, como:
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daquela invenção por um determinado período (CZELUSNIAK; RIBEIRO;
DERGINT, 2015).
Por fim e não menos importante, existe uma legislação para garantir
que as patentes e os demais direitos de propriedade intelectual não se
oponham aos objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica, e os
direitos intelectuais coletivos dos detentores de conhecimento tradicionais
sejam respeitados e garantidos (ELOY; VIEIRA; LUCENA, 2014).
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Capítulo 10. Utilização do KMCanvas – o Canvas da GC
Texto retirado e adaptado de: ZAIDAN, F. H. Implementando a
Gestão do Conhecimento. IGTI. Disponível em:
<https://t.igti.com.br/click?o=180&a=1059>. Acesso em: 08 out. 2021.
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Figura 4 – Etapas para implementação da GC.
eBook do KMCanvas
O KMCanvas foi concebido e implementado utilizando o rigor de uma
metodologia, a validação por pares e a implementação das sugestões
pertinentes para melhoria. Frameworks, metodologias e modelos de GI e GC
estão à disposição e foram utilizados para a concepção do KMCanvas.
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• ZAIDAN, F. H. Por que Canvas? IGTI. Disponível em:
<https://t.igti.com.br/click?o=496&a=1059>. Acesso em: 08 out.
2021.
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Figuras 5 – Etapas para implementação da GC.
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O KMCanvas pode ser físico (uma folha de papel) ou digital (baseado
em um software, um aplicativo). Deve ser colocado um ou mais posts
(também físicos ou digitais) em cada bloco, na forma de palavras, frases ou
de outra forma que melhor expresse o que se deseja representar. Com o
correto preenchimento e finalização dos blocos KMCanvas, será obtido um
quadro único com um rico conteúdo. Ao final do preenchimento do
KMCanvas teremos um material consistente para a implantação da GC.
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Capítulo 11. Fatores críticos de sucesso da GI e GC
Este capítulo trata dos fatores críticos de sucesso (FCS) na GI e GC,
tanto nas organizações públicas, quanto nas privadas.
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• Ter objetivos claros.
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Capítulo 12. A prática de GI e GC com as áreas afins
No contexto da GI e GC estamos situados em uma
interdisciplinaridade com importantes áreas da gestão. Isso conduz para
uma interação extremamente proveitosas, pois as melhores práticas serão
utilizadas entre estas diversas áreas.
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Telecomunicações, Projetos, Processos, Ciências Comportamentais,
Educação, Comunicação, Inteligência dos Negócios, Gestão, Estratégia,
dentre outras.
Estratégia:
• Stakeholders.
• Diretrizes.
• Direcionamento.
• Cenários.
• Ambientes.
• Planejamento Estratégico.
• Objetivos.
• Metas.
• Justificativas.
Projetos:
• Planejamento.
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• Marcos.
• Tradicional x Ágil.
• Prazo.
• Custo.
• Qualidade.
• Premissas.
• Restrições.
• Riscos.
• Backlog.
• Sprint.
• Dono do projeto.
Tecnologia da Informação:
• Plataforma.
• Ferramentas.
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• Colaboração.
• Proprietárias x Free.
• Segurança e Política.
• Infraestrutura.
• Armazenamento.
• Local x Nuvem.
• Backup.
Processos de Negócios:
• Cadeia de valor.
• BPM e BPMN.
• Desempenho.
• Simulação.
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• Implementação.
• BPMS.
• RPA.
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• Tratamento.
• Extração.
• Transformação.
• Carga.
• Métricas.
• Indicadores.
• Modelagem do DW.
• Análises.
• Relatórios.
• Gráficos.
• Dashboards.
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• Colaboração e informações aproveitadas em projetos similares.
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Referências
ABRAIC - Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva .
Disponível em: <http://www.abraic.org.br>. Acesso em: 20 abr. 2016.
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CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a
informação para criar conhecimento, construir conhecimento e tomar
decisões. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.
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FRESNEDA, P. S. V.; GOULART, S. M. A experiência brasileira na formulação
de uma proposta de política de gestão do conhecimento para a
administração pública federal. Câmara dos Deputados, Brasília, 2007.
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NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as
empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 3. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
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ZAIDAN, F. H. A gestão do conhecimento e as ferramentas de colaboração.
IGTI. Disponível em: <https://t.igti.com.br/click?o=179&a=1059>. Acesso
em: 08 out. 2021.
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