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• Conceitos prévios:
• Estrutura de alquenos
• Estereoquímica
• Estabilidade de carbocátions
• Conceitos de eletrófilos e nucleófilos
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Divisão da Aula:
• Adições Markovnikov
a) Referências bibliográficas: Clayden, J. et. al; Organic Chemistry, 2001, cap. 20.
c) Vollhardt, K. P. et. al.; Química Orgânica: estrutura e função, 2004, cap 12.
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Alquenos - Estrutura
Estrutura do Eteno:
i) Planar. H H
C C
ii) Dois átomos de carbono trigonal planar (sp2); H H
Ângulos de ligação de aproximadamente 120o.
iv) Uma ligação σ e uma ligação π.
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Lembrar que: a sobreposição dos orbitais em uma ligação σ é
consideravelmente melhor do que em uma ligação π.
H H A B
A B H H
+
H H H H
ligação π ligação σ 2 lig. σ formadas
lig. quebradas
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Muitas reações de adição são exotérmicas
Exemplo:
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Adição de H2: Hidrogenação catalítica
H H H H H H
H H
H catalisador,
H solvente H H
O
H2, catalisador
OH
ácido linoleico
OH
ácido esteárico
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Adição de H2: Hidrogenação catalítica:
H H
C C
H H
H 2C CH2
H H
H H
H H
superfície do
catalisador Adsorção do H2 na
superfície
Complexação do alqueno e
H H transf. de 1 H
C H H H
H C H H H
C C
H
H H
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O papel do catalisador
Apesar de exotérmica, não é cineticamente favorável.
Há a necessidade de um catalisador que ativa o hidrogênio na superfície do metal
Sem catalisador
(hipotético)
Superfície metálica
com catalisador do catalisador
(multietapas)
Adição ocorre pelo mesma face da ligação dupla: este tipo de adição é
denominado adição sin
H2, PtO2, EtOH, ta
H + H
82% H H
1-etil-2-metil-cicloexeno cis-1-etil-2-metil-cicloexano
Ex:
H
H
H2, PtO2, EtOH, ta
98%
(±
±) (±
±)
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Dê o produto de hidrogenação dos isômeros abaixo. Dê o produto final na
projeção de Fischer e atribua a configuração absoluta para cada carbono
estereogênico.
(E)-2,3-dibromo-2-buteno H H H (S)
(Z)-2,3-dibromo-2-buteno 3
Br
2
Me
H2 Br 2 Me 3
Me Br Me Br
H (S)
Br
Me Br Me H2,cat.
Me 2
3 Me Br
Br
(E)-2,3-dibromo-
2-buteno
H2 Me Br H (R)
3 2
Br Me Me Br
2 3
Br Me
H H
H(R)
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H H H (R)
3 2
Me Br Plano de simetria
Me 2 Me 3
Br Br Me Br
H(S)
Plano de simetria
Br
Br Br Br H2,cat.
Me 2
3 Me Me
Me
(Z)-2,3-dibromo-
2-buteno
H (S)
Br Br 2
3 Br Me
Me Me 3
2 Br Me
H H H(R)
Composto meso
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Adição Eletrofílica de Halogenetos de Hidrogênio
H
HX
X = Cl, Br ou I X
Cl
HBr(g)
Br
H H H X H
H
C C H X Etapa 1 C C H Etapa 2 H C C H
Lenta X Rápida
H H H H H H
X = Cl, Br ou I
Etapa 1: os elétrons π do alqueno formam uma Etapa 2: o íon haleto atua como um nucleófilo
ligação σ com um próton proveniente de HX, e reage com o carbocátion doando um par de
formando um carbocátion e um íon haleto. elétrons; o resultado é um haleto de alquila.
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Parâmetros cinéticos e termodinâmicos
H
X H + C C C C + X
Eletrofilo Nucleófilo
H H X
C C + X C C
Eletrófilo Nucleófilo
H H H Br Br H H Br
C C H3C C C H H3C C C H
H3C H
H H H H
não é formado
H Cl Cl H
H3C H
C C H 3C C C H
H3C H H 3C H
H Br
Br
Vladimir Markovnikov
H (1838-1904)
químico russo
H H
H3C +
δ H3 C Br
H H
C C C C
H H
H
H Br
δ−
Br ET-2
Portanto, halogenetos de
hidrogênio adicionam-se a
alquenos não simétricos de
forma que a protonação
inicial leve ao carbocátion
mais estável.
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Fonte: Solomons, T. W. G. et. al; Organic Chemistry, 9th
ed., 2008.
H Cl H 3C H H3C H
H3C H
C C H versus C C
C C
H 3C H H3C H H
H3C H
intermediário
mais estável
Cl
Cl H
H3C C C H
H3C H
H Br
versus H
H
intermediário
mais estável
Br
Br
H 21
Aspectos estereoquímicos:
+ HBr *
Br
b
H
δ+ H Br
H H
H H C C H
C C H
H2C C C
H2C H
H H2C
H Br H
CH3 − Br
CH3
Br δ CH3 a
carbocátion é planar
H H H
a H3CH2C H H3CH2C
C C C CH3
R
Br H
Br
Formação de uma mistura
racêmica.
Br H Br Não há estereoespecificidade
b
H
C C C CH3
H H
S
H3CH2C H H3CH2C
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Nucleófilos fracos favorecem rearranjos
Na ausência de um bom nucleófilo, pode ocorrer um rearranjo de carbocátions
após a adição do eletrófilo à ligação dupla.
O
O O
O
F3 C OH F3C O
H H H
Produto de
57%
rearranjo
O
F 3C O H
O
O
43%
Produto de adição
Markovnikov
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Resumindo:
Próxima aula:
• Adição de X2 di-haloalcanos vicinais
• Formação de haloidrina
• Hidratação 24
Adição de halogênio (Cl2, Br2 e I2)
CCl4
C C + X2 C C
X X
X = Cl, Br ou I di-haleto
vicinal
Qual o mecanismo desta reação? Tomemos a reação do ciclopenteno com
Br2.
Baseado no mecanismo de adição de HX teríamos a formação dos produtos
cis e trans dibromados.
Br Br
a
a
_ Br
+
+ δ δ
Br Br H H
Br +
H H
H
Br H
ciclopenteno H b b
H Br
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Entretanto, o resultado observado é a formação exclusiva do produto
com estereoquímica relativa trans
Br H
+
Br Br
H H
H Br
ciclopenteno
1,2-trans-dibromociclopentano
H H
Br Br
H H
HOMO = orbital π preenchido LUMO = orbital σ* vazio
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Note que a maior concentração de densidade eletrônica no orbital π é
entre os dois átomos de carbono. A única forma de interação do HOMO
com o LUMO do Br2 se dá na perpendicular formando um ciclo de 3
membros: o íon Bromônio
Interação ligante
H H
HOMO =
orbital π
Br Br Br + Br
ocupado
Br Br Br + Br
Br Br Br + Br
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Abertura do íon bromônio
Br
Br
Br Br
Íon bromônio Br Br
LUMO – orbital
σ* vazio
H
H Br
H Br
adição Br
eletrofílica H S N2
+ Br2
Br
Br
Br Br
Br
Br
Br
Br Br
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Adição anti de Br2 na ligação dupla Z
desenho
com cadeia
carbônica no
E-2-buteno plano Diastereoisômero
Adição anti de Br2 na ligação dupla E
aquiral (meso).
Possui plano de
simetria
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O íon bromônio pode reagir com outros nucleófilos
H H Br
Br
H Br2 OH
H H2 O
+ HBr
adição SN2
eletrofílica
Br Br
Br2 H2 O Me
Me + HBr
Me H
Me HO H
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Br Br
Br2 H2 O Me
Me + HBr
Me H
Me HO H
δ+
Br menor Br
Br
energia δ+ Me
Me Me
Me H
Me Me δ+
H 2O HO H
H2 O
δ+ H
Br Br
Br maior H
energia Me
Me δ+
Me Me OH
Me Me
H2O δ+
H2O
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2) álcoois
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3) Ácidos carboxílicos
Reação intramolecular - Lactonização
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