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5.1– COFINS
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social foi criada no final de 1991, com objetivo de tributar o
faturamento mensal das empresas para Financiamento da Seguridade Social.
As empresas obrigadas ao cálculo da COFINS pelo método não cumulativo pagam as contribuições com alíquotas de
1,65% e 7,6%, respectivamente. Mas, estas empresas podem deduzir créditos permitidos expressamente em lei.
O sistema de registro de créditos da COFINS inicialmente parecia guardar similaridade com o modelo adotado para
o ICMS e IPI. Mas, não foi o que aconteceu na regulamentação feita através das Leis que instituíram o método não
cumulativo para COFINS.
O legislador citou expressamente os itens que permitem crédito na COFINS, definindo claramente em alguns casos,
os itens que não permitem crédito, como por exemplo, os gastos com mão de obra.
O cálculo da COFINS nas empresas tributadas pelo lucro real tem a base inicial igual ao cálculo das empresas
tributadas pelo lucro presumido, ou seja, a totalidade das receitas da empresa. Basta considerar no balancete o
grupo RECEITAS e informar seu total.
Contudo, existem algumas receitas não tributadas pelas contribuições para a COFINS e que são apresentadas a
seguir:
- Reversões de provisões operacionais, como por exemplo, as reversões de PDD, de provisões para perdas em
processos cíveis, trabalhistas, fiscais, dentre outras;
- Receitas com lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; Receitas com
revenda de produtos com tributação monofásica, como gasolina, óleo diesel, perfumes, cosméticos, cervejas,
refrigerantes, pneus, medicamentos e outros; e
- Resultado positivo da avaliação de investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência
patrimonial obtido no país;
- Recuperação de créditos já baixados como perda (registrados inicialmente em conta de receita e lançado em
despesa posteriormente, quando considerado incobrável), até o valor desta;
- Receitas Financeiras.
Após considerar todas as receitas tributadas por PIS e COFINS, a empresa poderá deduzir da base algumas
despesas, especificamente aquelas apresentadas como deduções da receita bruta na demonstração do resultado.
São elas:
- Vendas canceladas;
- Devolução de vendas; e
A base de cálculo das empresas tributadas pelo lucro real, regra geral, será apurada através do somatório das
receitas menos as deduções permitidas pelo legislador. Sobre esta base, são aplicadas as alíquotas de 7,6% COFINS.
Mas, as empresas não precisarão pagar exatamente o valor apurado pela aplicação das alíquotas mais elevadas
criadas para o método não cumulativo. O legislador define nos normativos um conjunto de itens que estas
empresas podem utilizar como crédito para diminuir o valor das contribuições a pagar. Para fins de simplificação,
veja a explicação:
RECEITAS ilustrada
TOTAIS da empresa,
a seguir:
PERMITIDAS
(-) MENOS
COFINS A
(= ) IGUAL
COFINS DEVIDO
PELA EMPRESA
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE OS MÉTODOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS
CALCULO DO DA COFINS
1.º) CONSIDERA O TOTAL DE RECEITAS DA EMPRESA
2.º) A SEGUIR INFORMA TODAS AS EXCLUSÕES PERMITIDAS
3.º) BASE DE CÁLCULO: TOTAL DE RECEITAS MENOS AS EXCLUSÕES
MÉTODO CUMULATIVO MÉTODO NÃO CUMULATIVO
EXCLUI AS RECEITAS FINANCEIRAS
3% PARA A COFINS 7,6% PARA A COFINS
O VALOR RECOLHIDO SERÁ A DESPESA A EMPRESA PODERÁ DEDUZIR CRÉDITOS
ENCONTRADA NO ITEM ACIMA. DEFINIDOS EM LEI.
NÃO PODERÁ DEDUZIR NENHUM VALOR O RECOLHIMENTO SERÁ A DESPESA DE PIS E
COMO CRÉDITO. COFINS MENOS OS CRÉDITOS PERMITIDOS
PELA LEGISLAÇÃO NO MÊS
A forma de tributação da COFINS está atrelada à forma de tributação sobre o lucro. Regra geral, a empresa
que estiver no lucro real pagará COFINS pelo método não cumulativo e quem estiver no lucro presumido, pagará
COFINS no método cumulativo.
Existem algumas exceções, onde mesmo que a empresa esteja no REAL, terá que se submeter a COFINS
pelo método cumulativo. Veja os casos:
Além disso, algumas atividades permanecem no método cumulativo apenas para uma parte de suas
receitas. Veja alguns casos:
Se a empresa tiver qualquer uma das receitas descritas acima, deverá tributá-la separadamente das demais
receitas obtidas, como, por exemplo, as vendas de aparelhos, no caso das empresas de telecomunicações. O
importante é compreender que a tributação de PIS e COFINS está diretamente vinculada à forma de tributação
sobre o lucro.
As entidades imunes e isentas possuem isenção de COFINS apenas para as receitas da atividade própria. As demais
receitas que não forem incluídas nas atividades essenciais devem ser tributadas. Por exemplo, um clube recreativo
que alugue sua sede para uma festa, deve tributar a COFINS sobre a receita obtida com o aluguel, já que este não
se enquadra nas atividades isentas. Qualquer aplicação financeira desta empresa sofrerá tributação da COFINS.
5.4 –COFINS
Exemplo de cálculo de COFINS para empresas tributadas pelo Lucro Presumido (método cumulativo)
A Cia Caiçara, que é uma empresa comercial, tributada pelo lucro presumido apresentou em janeiro de 2007, as
seguintes contas de resultado:
Revendas R$ 500.000
Financeiras R$ 3.000
Exemplo de cálculo de COFINS para empresas tributadas pelo Lucro Real (método não-cumulativo).
A Cia Toda Poderosa S/A, que é uma indústria tributada pelo Lucro Real, apresentou em janeiro de 2007, as
seguintes contas de resultado:
Apuração do Débito
Total
Apuração do Crédito
Insumos 270.000,00
Total 300.000,00
Débito 60.800,00
Crédito (22.800,00)
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE MATERIAL DE APOIO AO ESTUDO FORAM EXTRAÍDAS DAS SEGUINTES
PUBLICAÇÕES:
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico Senado Federal, 1988.
OLIVEIRA, G. P. D. Contabilidade tributária. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
PEGÂS, P.H. Manual de Contabilidade Tributária. 7. Ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2011.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Planejamento Tributário. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.