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O que é o CNJ?

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não é um órgão jurisdicional, ou seja, não é mais um
tribunal ou instância de julgamento. Na realidade o CNJ se trata de um órgão administrativo.
Assim sendo, sua principal função é fazer o controle da atuação administrativa e financeira do
poder judiciário.

O intuito desse órgão, segundo consta em seu próprio site é, portanto, aperfeiçoar o trabalho
do sistema de justiça brasileiro, garantindo também a transparência dos processos
administrativos e processuais.

Desse modo, faz parte de suas atividades:

Zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do estatuto da magistratura;

Definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação


institucional do Poder Judiciário;

Receber reclamação contra membros ou órgãos do judiciário;

Julgar processos disciplinares e aplicar sanções aos envolvidos;

Fomentar práticas que visem a modernização e a celeridade dos serviços dos órgãos do
Judiciário.

A criação do CNJ se deu, portanto, para esses fins. A seguir veja, então, mais sobre a história
de criação do Conselho Nacional de Justiça.

O CNJ se compõe por quinze integrantes: 09 indicados pelo Judiciário, 02 pelo Ministério
Público, 02 pelo Conselho Federal da OAB, 01 pela Câmara dos Deputados e 01 pelo Senado
Federal. Os indicados pela Câmara e pelo Senado serão representantes da sociedade.

O Conselho conta com a seguinte estrutura:


1) A presidência

A presidência do Conselho Nacional de Justiça é exercida pelo Presidente do Supremo Tribunal


Federal (STF) ou, em sua ausência ou impedimento, pelo vice-presidente do STF. Entre as
atribuições do presidente do CNJ estão: decisão de voto em caso de empate; representação do
Conselho diante de órgãos e autoridades; convocação e direção dos trabalhos em Plenário; ser
responsável pela organização, administração e funcionamento geral do CNJ.

2) A Corregedoria Nacional de Justiça

A Corregedoria do CNJ é ocupada por um Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tem
como funções a orientação, coordenação e execução de políticas públicas voltadas ao bom
desempenho dos tribunais e juízes do país. Sua prioridade é garantir que sejam cumpridos os
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência em todas as
instâncias do judiciário. Contudo, a Corregedoria do CNJ também:
Recebe denúncias e reclamações que digam respeito à atuação dos magistrados e dos demais
serviços do Poder Judiciário;

Propõe ao Plenário do CNJ a instauração de processo administrativo disciplinar, caso ocorram


infrações;

Requisita e designa magistrados; e

Mantém contato com as demais corregedorias do Judiciário.

Essas são somente algumas das diversas atribuições da Corregedoria do Conselho Nacional de
Justiça.

3) O Plenário

É a instância de decisões do CNJ e, por isso, cabe a ele realizar todas as funções atribuídas ao
Conselho pela lei. Para tal, é necessária sempre a presença de ao menos 10 dos seus 15
membros. A composição do Conselho você confere a seguir.

4) Comissões permanentes e temporárias

São criadas pelo plenário e formadas por pelo menos três conselheiros (isto é, os membros
oficiais do CNJ). Seu objetivo é o estudo e desenvolvimento de atividades relacionadas às
competências do órgão. Na prática, as Comissões do CNJ promovem campanhas, buscam
melhoria dos tribunais, acompanham a execução de leis sobre o Judiciário que tramitam no
Congresso, entre outros.

Conheça: TSE e TRE’s na fiscalização das eleições.

5) Secretaria Geral

Sua atribuição é fornecer assessoria e apoio técnico e administrativo às atividades das demais
instâncias do CNJ, como a Presidência, a Corregedoria, as Comissões e o Plenário.

6) Departamento de Pesquisas Judiciárias

Tem como funções apoiar a Presidência do Conselho na elaboração do seu relatório anual,
desenvolver pesquisas e diagnósticos sobre o Judiciário e fornecer subsídios técnicos para que
sejam formuladas políticas judiciárias.

Direitos Individuais: o que eles garantem ao cidadão?

7) Ouvidoria.

É o canal de comunicação direta entre o CNJ e a sociedade, permitindo que o cidadão participe
ativamente no controle da qualidade dos serviços públicos. Toda reclamação feita à Ouvidoria
do Conselho é analisada e respondida, de acordo com o caso. Os relatos enviados à Ouvidoria
são consideradas em um conjunto de informações que serão base para a adoção e
implementação de medidas para melhorar o Poder Judiciário.

Como acionar o CNJ?


Qualquer cidadão pode acionar o CNJ, desde que a requisição esteja de acordo com as funções
atribuídas ao Conselho pela Constituição Federal e pelo Regimento Interno do CNJ. Para isso,
não é necessário nenhum advogado, basta a apresentação de uma petição escrita e assinada,
bem como documento de comprovação da identidade e endereço de quem faz a requisição. A
petição pode ser enviada de forma eletrônica ou em papel.

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