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Oliveira
Turma: GEO-06
Professor Orientador: Weverton Pereira do Sacramento
A primeira descrição sobre a Síndrome de Tourette foi feita pelo médico francês
Jean Marie Itard em 1825, entretanto, só em 1884 essa patologia recebeu o nome
de George Gilles de la Tourette, que foi um interno de Charcot no Hospital de la
Salpêtrière, onde descreveu oito casos de tiques múltiplos, incluindo o uso
involuntário ou inapropriado de palavras obscenas (Coprolalia). Charcot acreditava
na existência de dois tipos de tiques, o neurológico, que é um tipo permanente, e o
histérico, que desaparecem com o tempo.
No final do século XIX e começo do século XX, com o início da psicanálise foram
desenvolvidas hipóteses a respeito da ST, e a partir disso, os estudos sobre a
síndrome de Tourette ganharam força.
As causas da síndrome de Tourette ainda não são conhecidas pela ciência, mas
está relacionada com fatores genéticos e psicológicos, sendo o estresse um
elemento marcante da ST.
Portanto, é válido enfatizar a gravidade dessa síndrome, uma vez que pode
comprometer grandemente o fator psicossocial, além de causar um intenso
sofrimento aos portadores e familiares. Destacando ainda, que se faz necessário
estudos mais aprofundados, visando diagnósticos mais precisos, como também
uma maior divulgação sobre a Síndrome de Tourette no espaço escolar e na
sociedade de modo geral.
Para Shaw et al.14, altos níveis de estresse podem funcionar como gatilhos
para o aumento da frequência e da gravidade dos tiques. A realização de
gestos obscenos e a fala excessiva de palavrões podem estar relacionadas
com o que, na ST, pode aparecer na forma dos tiques motores e vocais
complexos de copropraxia e coprolalia.
Durante as aulas é importante que o docente lide de forma natural com os tiques,
tentando intervir de maneira leve, e somente quando necessário. A síndrome de
tourette não necessariamente prejudica o desenvolvimento do indivíduo, portanto, é
possível trabalhar os mesmos temas que os demais alunos, porém com o cuidado
de respeitar o tempo do estudante, sempre evitando lidar com os tiques de forma
negativa. Cabe ao docente procurar trabalhar os conteúdos de maneira
compreensível e viável para os estudantes que não lidam com a pressão de forma
positiva, sendo também fundamental identificar como cada perfil de estudante tem
sua importância e valor para o processo de aprendizagem de todos.
Referências
SHAW R, Woo AH, Síndrome de Valo S. Tourette: uma cartilha para líderes
escolares. Liderança Principal. v.7, p.12-5 [citado em 9 de junho de 2011].
Disponível em http://www.nasponline.org/resources/principals/tourettesprimer.pdf.
RAMALHO, J. Processos de atenção controlados: um estudo exploratório nos
subtipos do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Educação,
Desenvolvimento e Diversidade, v. 8, não. 2, p.19-42, 2005.