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Universidade Católica De Moçambique

Faculdade de ciências socias e politicas

Curso de licenciatura em Desenvolvimento comunitário e serviço


social

Cadeira: Criminologia e inserção social

Discentes:
Quelvio Aschraf
Deyse Brithney
Edivania Ascanio
Marcelina Carlos
Veloso Matos
Mutalbe Ricardo

Quelimane maio 2022


Tema: Inserção Social

O trabalho e de caracter
avaliativo a ser entregue na
UCM (faculdade de ciências
socias e política) na cadeira de
criminologia e inserção social

Docente:

Dr. Alberto Marqueza

Quelimane maio 2022


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

2. Objectivos.................................................................................................................................4

3. Metodologia..........................................................................................................................4

4. Inserção social..........................................................................................................................5

5. objetivo da inclusão social.......................................................................................................6

6. Políticas de Inclusão.................................................................................................................6

7. importância da inclusão social.................................................................................................7

8. A inclusão social como direito.................................................................................................9

9. O sistema de segurança social em moçambique....................................................................10

10. Conclusão...........................................................................................................................11

11. Referencias bibliográficas..................................................................................................12


1. Introdução
inclusão social está profundamente vinculada à exclusão.

O presente trabalho aborda um tema bastante importante. Uma vez que nas sociedades a muita
discriminação pelo simples facto de um determinado individuo possuir uma dificiencia,ou
mesmo por falta de condições, o trabalho apresenta medidas de como contornar se alguém
estiver a passar nessas situações. O foco principal do trabalho e de mostrar os direitos dos
individuo uma vez que e crime a exclusão, independentemente duque fez, de quem seja, todo
mundo tem direito a ser incluído numa sociedade.

2. Objetivos
Objetivo geral

 Conhecer, e compreender todos mecanismos para a não inclusão social.

Objetivo especifico

 Compreender acerca das politicas de inclusão.


 Saber a importância da inclusão social e o seo objetivo.
 E saber como funciona o sistema de segurança social em moçambique.

3. Metodologia

Para a realização do nosso trabalho foi necessário o uso de alguns manuais extraídos na
biblioteca e També uso de algumas obras retiradas da internet através de pesquiza feita no
(google académico).
4. Inserção social

Podemos dizer que é um conjunto de ações que são elaboradas e direcionadas para todas as
pessoas consideradas excluídas da nossa sociedade. Deficiência física ou mental, raça, orientação
sexual, condições financeiras, gênero, dentre outros, são fatores que levam determinado
indivíduo ser excluído do convívio social.

Faleiros (2006). atenta para o fato de que a questão da inclusão social está profundamente
vinculada à exclusão, a expressão “exclusão social” é usada hoje de forma generalizada, mas
nem mesmo entre os especialistas existe unanimidade quanto ao sentido da mesma.

Segundo Martins (2002).ela também pode ser entendida como resultado de uma metamorfose
nos conceitos que procuravam explicar a disposição da sociedade a partir do desenvolvimento
capitalista. Portanto, mais que definir problemas, ela é a expressão da incerteza e insegurança
teórica na compreensão dos problemas sociais da sociedade contemporânea.

Segundo ,(Gallo, apud Alves 2000). A inclusão social orientou a elaboração de políticas e leis na
criação de programas e serviços voltados ao atendimento de pessoas com necessidades especiais.
Este parâmetro consiste em criar mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais
comuns e, em caso de incapacidade por parte de alguns deles. Tem sido prática comum deliberar
e discutir acerca da inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência: mencionando direitos
inerentes a uma deficiência específica, abrangendo todos os direitos de forma generalizada,
embrulhando-os, sem maiores cuidados em mostrar detalhadamente estes, o

Para o ,(Gallo, apud Alves 2000).paradigma da inclusão social, consiste em tornar toda a
sociedade em um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências
na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades. E. Assegurar os direitos sociais da
pessoa com deficiência, criando condições para promover sua autonomia, inclusão social e
participação efetiva na sociedade deve ser uma luta diária e de cada um. A inclusão social
orientou a elaboração de políticas e leis na criação de programas e serviços voltados ao
atendimento de pessoas com necessidades especiais. Este parâmetro consiste em criar
mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade
por parte de alguns deles.

Godoy (2004) relata que o termo inclusão surge na política como forma de pensar o homem
moderno, tendo o mundo globalizado como referência, mundo onde encontramos os que estão
dentro e os que estão fora.

inclusão social é uma ação que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe
social, nível educacional, portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais, entre outras
que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão social é oferecer aos mais necessitados
oportunidades de participarem da distribuição de renda do país, dentro de um sistema que benefe
cie a todos e não somente a uma camada da sociedade,(Hamu e Mafra (2005, p.2).

Inclusão social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo, para
uma sociedade que participe de todos os aspetos e dimensões da vida – o econômico, o cultural,
o político, o religioso e todos os demais, além do ambienta.

5. objetivo da inclusão social


é permitir que todos os cidadãos, independentemente da sua situação de vida no momento,
tenham acesso a serviços como saúde, educação, lazer, cultura, emprego, moradia, entre outros.
Pode até não ser fácil, mas se cada pessoa fizer a sua parte com muita resiliência e ajudar de
alguma forma, os projetos de inclusão social poderão ganhar mais visibilidade.

6. Políticas de Inclusão
Viabilizar a inclusão social é responsabilidade do poder público do Estado. isso deve acontecer a
partir de ações governamentais essenciais para o desenvolvimento da cidadania, são ações que
devem compartilhar em seu interior não apenas a renda, mas também o acesso às políticas e aos
serviços sociais, pois seria a função da inclusão social compreendida como a possibilidade de
enfrentamento da situação de exclusão por meio da implementação de políticas sociais.

Dentre essas políticas podemos citar em particular, a assistência social como política estratégica
de inclusão esta tem como princípio contribuir para a melhoria das condições de vida dos
sujeitos, definindo a garantia dos direitos daqueles que enfrentam processos de exclusão social e
expansão da cidadania para a classe trabalhadora, principalmente aos que não têm inserção
formal no mercado de trabalho. Pois A assistência social realiza-se de forma integrada às
políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao
provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos
sociais,(LOAS, Cap.1, Art. 2º, Parágrafo único, 1993).

7. importância da inclusão social 


 Incentivo ao abandono de comportamentos discriminatórios

Uma política massiva voltada para projetos de inclusão social pode ser extremamente benéfica,
no que diz respeito à discriminação. Quanto mais pessoas forem beneficiadas com ações de
inclusão social, menos discriminação existirá na sociedade. Ou seja, comportamentos
discriminatórios e excludentes existem por causa das pessoas que precisam ser incluídas na
sociedade

A inclusão social atua na contramão do preconceito e da discriminação, que precisam acabar em


nossa sociedade. Por isso, a inclusão social pode ser uma excelente alternativa para instigar o
abandono de comportamentos preconceituosos em relação ao outro ser humano,
independentemente dos motivos apresentados. 

 Mais dignidade para as pessoas excluídas

Imaginemos uma pessoa morando precariamente na rua, sem acesso ao serviço de saúde,
alimentação básica, emprego, moradia, lazer e educação. Parece impossível imaginar a nossa
vida sem isso,(Mas se esse indivíduo se beneficiar com algum projeto de inclusão social,
certamente terá muito mais dignidade para viver e deixar de ser um excluído).A inclusão social
resgata a dignidade das pessoas e as concede uma condição de vida mais humana e, sobretudo,
justa. Pode até parecer um sonho distante, já que são milhares de pessoas excluídas da nossa
sociedade, mas a dignidade é um direito de todo e qualquer cidadão, por isso, a inclusão social
precisa ser cada vez maior. 

 Combate a segregação social

A segregação social, que está cada vez mais em evidência em nossa sociedade, é a separação
geográfica de um determinado grupo de pessoas por causa de alguns fatores como cor de pele,
religião, poder aquisitivo, nível de escolaridade, nacionalidade ou qualquer outra variável que
sirva como forma de discriminação. Por isso, projetos de inclusão social precisam sair logo do
papel. Quando a inclusão social está presente, ela pode evitar que esse tipo de separação
aconteça na sociedade. Afinal de contas, todos nós somos seres humanos e esse tipo de
comportamento discriminatório não deveria existir, em nenhuma hipótese. Mas infelizmente,
aquele gigantesco abismo que separa os ricos dos pobres, parece estar cada vez maior. 

 Viabiliza a democratização de bens e serviços

Vivemos em um país democrático, Pelo menos na teoria porque na prática não é bem assim a
inclusão social se faz necessária para viabilizar a democratização de bens e serviços como lazer,
saúde, educação, moradia, oportunidade de emprego, entre vários outros. O bom senso de quem
pode ajudar é sempre bem-vindo pois em uma sociedade democrática todas as pessoas têm
direitos iguais, mas não é o que acontece, Por isso, os projetos de inclusão social são a única
esperança para milhares de pessoas que anseiam por algo que é direito delas, pois viabilizam esse
acesso e permitem que os excluídos da sociedade possam viver com toda a dignidade que
merecem e precisam.

 Por uma sociedade mais igualitária

ela permite que possamos viver em uma sociedade bem mais igualitária, pois imaginemos se
todas as pessoas tivessem condições financeiras semelhantes, uma moradia digna, acesso a
serviços de saúde, educação, lazer, cultura, emprego, dentre outros. Seguramente, o mundo não
teria tantos problemas sociais como vemos hoje.  E essa sociedade mais igualitária e justa, só
poderá se tornar uma realidade se a inclusão social estiver cada vez mais disseminada, todas as
pessoas têm necessidades e direitos, independente das suas condições financeiras, escolhas,
orientação sexual, cor de pele ou nível educacional. Por isso, a inclusão social não deve ser
negligenciada, pois ela é a única esperança para milhões de cidadãos.

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) foi implementada em novembro de 2004, é


apresentada como um avanço no campo da assistência social. É considerada como compromisso
do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS),em materializar de forma descentralizada, as diretrizes da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS) .Segundo a PNAS, a inserção da assistência social na
Seguridade Social aponta para o caráter de política de proteção social articulada a outras políticas
sociais. Entende-se que proteção social são as formas institucionalizadas criadas pelas sociedades
na tentativa de proteger parte de seus membros de problemas causados pela velhice, doença ou
privações, (Di Giovanni, 1998 apud BRASIL,2004).

8. A inclusão social como direito


(Lei n˚7853 de 1989), esclarece no seu (Art n˚1) que a Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetiva
assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência. Cabendo aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar, conforme o (Art n˚2)
deste mesmo decreto de Lei à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos
básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer,
à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à
cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das
leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

(Art n˚3 ),considera-se então:

 -deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,


fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro
do padrão considerado normal para o ser humano.
 deficiência permanente aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de
tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere,
apesar de novos tratamentos.
 incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com
necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa
portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-
estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

Segundo (Lei 10.683/03, art n˚24, parágrafo único).Conferiu ainda nessa Lei a definição sobre
alguns direitos referentes à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, pois Existe vários decreto em defesa dos direitos das pessoas com deficiência que
define a proteção de direitos no meio social. Um deles é o IBDD- Instituto Brasileiro dos
Direitos da Pessoa com Deficiência que foi fundado em (1998) que tem como objetivo de
contribuir decisivamente para construir um novo olhar sobre a inclusão social e a cidadania das
pessoas com deficiência com um país menos desigual. Outro é o CONADE - Conselho Nacional
dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência é um órgão que foi criado pelo governo
brasileiro para defender e assegurar os direitos das pessoas portadoras de deficiência no Brasil. E
faz parte da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República.

9. O sistema de segurança social em moçambique


Em Moçambique, a Segurança Social é um direito consagrado pela Lei da Proteção Social de
2007 (RdM, 2007). Esta lei estabelece os três eixos do sistema de segurança social. O primeiro é
o subsistema da segurança social obrigatória para trabalhadores assalariados na economia formal
e, crescentemente, trabalhadores por conta própria (RdM, 2015). Este proporciona benefícios a
curto e longo prazo, incluindo o subsídio de maternidade e de doença e a pensão de velhice e de
sobrevivência. O subsistema é financiado pelas contribuições dos trabalhadores e empregadores
(ou, no caso de trabalhadores independentes, apenas dos trabalhadores). No sector privado, é
gerido pelo Instituto Nacional de Segurança Social; e no sector público, pelo Instituto Nacional
de Previdência Social e pelo Banco de Moçambique (RdM, 2017).

moçambique detém uma economia informal dominante, em que a maior parcela dos
trabalhadores encontra-se fora da proteção social; apenas uma minoria está no sistema de
inserção social. Os sistemas de proteção social existentes no país são insuficientes e ineficazes.
Em Moçambique, os indivíduos dependem cada vez mais de uma integração em redes de
solidariedade, tendo a família como grupo fundamental presente com frequência em momentos
de crise. Observa-se que é o informal que garante a um número elevado de famílias a
sobrevivência e as condições da sua reprodução, e em alguns casos a melhoria das condições de
vida O governo tem realizado vários esforços no sentido de regulamentar a maioria dos
trabalhadores informais para o sistema de proteção social formal,(Francisco, Paulo,2006).

todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm
direito à proteção igual contra qualquer discriminação, todos os seres humanos nascem livres e
iguais em dignidade e em direitos (PNUD,Relatório do Desenvolvimento Humano, 2000, p.14).
A discriminação da mulher na sociedade moçambicana começa desde a infância, quando as
regras socioculturais prevalecem e condicionam o seu destino: desde então, a rapariga é tratada
como um ser inferior e é socializada de modo a que se lhe coloca em último plano, subestimando
o amor-próprio,(LANGA, 2005, p.242).

10. Conclusão
Apos finalizamos o nosso trabalho tivemos noção do quanto e importante a inclusão social e
conseguimos compreender que a inserção social e conjunto de ações que são elaboradas e
direcionadas para todas as pessoas consideradas excluídas da nossa sociedade que possuem
características como a deficiência física ou mental, raça, orientação sexual, condições
financeiras, Entre outros e que tem também como objetivo permitir que todos os cidadãos,
independentemente da sua situação de vida no momento, tenham acesso a serviços como saúde,
educação enter outros.

Pois a inclusão social possui uma grande importância na sociedade, e direitos como a que a
assegura os direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência. E O sistema de
segurança social em moçambique que e um direito consagrado pela Lei da Proteção Social de
2007 (RdM, 2007). Esta lei estabelece os três eixos do sistema de segurança social. O primeiro é
o subsistema da segurança social obrigatória para trabalhadores assalariados na economia formal
e, crescentemente, trabalhadores por conta própria
11. Referencias bibliográficas
ENGOA, José. Pobreza y vulnerabilidade emas Social ,santiago de Chile, v. 10, abril, 1996.

Maputo,PNUD, 2005,Relatório de Desenvolvimento humano Moçambique.

Castel-Branco, R. (2020a). O Trabalho e a Proteção Social num contexto de estado de


emergência em moçambique,Maputo: IESE.

FALEIROS, Vicente de Paula. Saber Profissional e poder institucional. 8 ed. São Paulo: Cortez,
2008.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação


profissional. São Paulo, Cortez, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN nº.
9.394 de 20 de dezembro de 1996.

ALVES, Nilda; GARCIA, Regina Leite. O Sentido da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000

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