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Aula 26

FUB (Assistente Social) Conhecimentos


Específicos 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Nilza Ciciliati, Anna Valéria
Andrade

01 de Março de 2022

81007060182 - adriana Teixeira Santos


Nilza Ciciliati, Anna Valéria Andrade
Aula 26

Sumário

AS POLÍTICAS SOCIAIS SETORIAIS ............................................................................................................ 3

Considerações iniciais .............................................................................................................................. 3

1 – As políticas de educação no Brasil e o Serviço Social .................................................................... 4

1.1 - A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB ....................................................... 4

1.2 - A inserção dos assistentes sociais na educação ........................................................................ 6

1.3 - O significado da política educacional e dimensão educativa do assistente social ................ 9

1.4 - Funções e objetivos da prática profissional na educação...................................................... 10

1.5 - Focos e dimensões de atuação profissional na educação ...................................................... 11

1.6 - O serviço social na Assistência Estudantil ................................................................................ 14

1.7 - Outras Políticas/Programas de Promoção Social no Campo da Educação .......................... 18

2 - Políticas Urbanas e de Habitação .................................................................................................. 20

2.1 - Política urbana na Constituição Federal e o Estatuto da Cidade .......................................... 21

2.2 - A Política Nacional de Habitação (PNH) ................................................................................ 25

2.3 - O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS ........................................... 26

2.4 - O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) ................................................................... 27

2.5 - Atuação de assistentes sociais na Política Urbana ................................................................. 29

3 - Políticas de meio ambiente e reforma agrária.............................................................................. 34

4 - Políticas de trabalho, emprego e renda no Brasil ......................................................................... 39

4.1 - A consolidação das normas trabalhistas no Brasil .................................................................. 39

4.2 - Estrutura da política pública de emprego, trabalho e renda no Brasil................................. 44

4.3 - O Seguro-desemprego ............................................................................................................ 46

4.4 - Auxílio emergencial .................................................................................................................. 48

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4 – Considerações Finais ................................................................................................................... 50

Resumo........................................................................................................................................................ 51

Questões Comentadas ............................................................................................................................... 58

Lista de Questões....................................................................................................................................... 73

Gabarito .................................................................................................................................................... 80

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AS POLÍTICAS SOCIAIS SETORIAIS

Considerações iniciais

Olá! Aqui é a prof. Nilza Ciciliati e seja bem-vindo(a) para mais uma aula de
Serviço Social para concursos públicos!

Nesta aula vamos tratar sobre as Políticas Sociais Setoriais: educação,


habitação, políticas urbanas e rurais, meio ambiente e reforma agrária,
emprego, trabalho e renda.

Nosso material será 100% focado em questões de prova, pois o objetivo aqui
é fazer com que você acerte o máximo de questões e consiga sua aprovação.
Assim, ao final da parte teórica, traremos várias questões para internalizar o
assunto e entender como as Bancas Examinadoras costumam cobrar o assunto em provas.

Qualquer dúvida sobre o conteúdo, poderá enviar sua pergunta pelo fórum de dúvidas! Terei o maior
prazer em responder!

Então vamos lá? Ótima aula e bons estudos!

Deixo aqui meus contatos nas redes sociais e no Canal do YouTube:

Instagram: @nilza_ciciliati e @profnilzaciciliati

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1 – As políticas de educação no Brasil e o Serviço Social

1.1 - A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB

Conforme o art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/1996) reafirma o direito à
educação, garantido pela Constituição Federal e estabelece os princípios d a educação e os deveres
do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de
colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
A educação é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e o ensino
tem por base os seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e


o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;


V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;


VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extraescolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

XII - consideração com a diversidade étnico-racial.


XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 1

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A LDB dispõe que a “educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Também
dispõe que a educação tem por finalidade “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Segundo a Lei 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis:

EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO SUPERIOR

Educação básica: obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade e compreende:

• Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita


e obrigatória a partir dos 4 anos. É de competência dos municípios.

• Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano)
– É obrigatório e gratuito. É de responsabilidade dos municípios.

• Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos


Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não.

Ensino Superior:

É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que
estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União
autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior.

A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os
níveis da educação nacional. São elas:
Educação Especial – Atende aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, tendo início na
educação infantil e estendendo-se ao longo da vida e, oferecendo serviços de apoio especializado,
quando necessário. Os sistemas de ensino devem assegurar:
✓ currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às
suas necessidades;

✓ terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir
em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

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✓ professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento


especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses
educandos nas classes comuns;

✓ educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade,
inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

✓ acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o
respectivo nível do ensino regular.

Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem atividades


produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos.
Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso à educação na idade
apropriada. Ensino fundamental direcionado para os maiores de quinze anos; ensino médio
direcionado para os maiores de dezoito anos.

Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua


materna de cada tribo.

Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os recursos financeiros e a formação
dos profissionais da educação.

1.2 - A inserção dos assistentes sociais na educação

Vamos ver como se dá a


inserção dos assistentes
sociais na educação?

No final de 2019 foi promulgada a Lei 13.935/2019 que dispõe sobre a prestação de serviços de
psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Foram quase duas décadas de
muita luta e embates para que o PL Educação (Projeto de Lei 3688/2000) virasse Lei.
Assim, ficou disposto que:

Art. 1º As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de


serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de
educação, por meio de equipes multiprofissionais.

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§ 1º As equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da


qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar,
atuando na mediação das relações sociais e institucionais.

§ 2º O trabalho da equipe multiprofissional deverá considerar o projeto político-


pedagógico das redes públicas de educação básica e dos seus estabelecimentos de ensino.

Art. 2º Os sistemas de ensino disporão de 1 (um) ano, a partir da data de publicação desta
Lei, para tomar as providências necessárias ao cumprimento de suas disposições.2
Desta forma, a inserção dos assistentes sociais se dará em toda rede pública de educação básica
(educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), por meio de equipes multiprofissionais,
visando a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem e atuando na mediação das
relações sociais e institucionais. As redes de ensino terão 1 ano para cumprir o que determina a lei.
Apesar da aprovação da lei ter acontecido recentemente, a inserção dos assistentes sociais na área
de educação não é um fenômeno recente, sua origem remonta aos anos iniciais da profissão,
durante o ciclo de expansão capitalista do período varguista. A atuação era voltada para o exercício
de um controle social sobre a família proletária e em relação aos processos de socialização e
educação na classe trabalhadora (ALMEIDA, 2007)3.

A partir dos anos 1980, a inserção do assistente social na área educacional ganhou notoriedade,
acompanhando as seguintes tendências:

• O enfrentamento da pobreza a partir de políticas públicas que estabelecem


condicionalidades em relação à educação escolarizada.

• A interface de diferentes políticas setoriais, em especial aquelas dirigidas aos segmentos


sociais em situação de vulnerabilidade social, tornando o acesso à educação escolarizada
um marco na afirmação dos direitos sociais de crianças e jovens.

• O alargamento da compreensão da educação como direito humano, adensando as


práticas sociais organizadas em torno de diversos e abrangentes processos de formação
humana, criando uma arena de disputas ideológicas fortemente mobilizadoras dos
paradigmas educacionais em disputa no âmbito do Estado e da sociedade civil como os
de: empreendedorismo, empregabilidade e emancipação (ALMEIDA, 2003)4.

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Almeida (2007) destaca ainda alguns fenômenos que considera importantes e que parecem incidir
sobre as requisições de atuação do assistente social na educação:
✓ uma tendência no campo das políticas governamentais voltadas para o enfrentamento
da pobreza e para a garantia de uma renda mínima que tomam a inserção e a
participação no ensino regular das crianças das famílias atendidas. Ex: Bolsa-Família.

✓ ampliação das refrações da questão social que se manifestam no cotidiano escolar,


determinando a necessidade de diálogo e aproximação do professor com um universo de
categorias profissionais e serviços sociais. Ex: articulação com as redes e profissionais de
saúde, da assistência social, do lazer, da cultura e, também, da segurança pública.

Conforme o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS, 2001) 5, são várias as problemáticas que são
apresentadas no ambiente escolar, entre elas:

• Evasão escolar;

• Desinteresse pelo aprendizado;

• Baixo rendimento escolar;

• Problemas com disciplina;

• Condições socioeconômicas que interferem na inserção e permanência na escola .


Para realizar um atendimento que dê respostas a todas as nuances das situações apresentadas é
necessário a realização de um trabalho interdisciplinar juntamente com outros profissionais como
pedagogos e psicólogos.

A inserção dos Assistentes Sociais na Educação tem um papel estratégico fundamental, para
contribuir não somente na questão de direitos, violência e outras manifestações da questão social,
mas na articulação do espaço escolar com as demais políticas voltadas para as crianças e
adolescentes e também ao cotidiano Institucional enquanto espaço de democracia. O Assistente
Social, no âmbito de suas intervenções, poderá atuar no espaço escolar para a construção de
estratégias que busquem a diminuição e eliminação das problemáticas deste universo.

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1.3 - O significado da política educacional e dimensão educativa do


assistente social

Em "Subsídios para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação" (CFESS, 2014) 6, é feita
uma importante reflexão sobre o significado da política educacional na atualidade, no sentido que
não houve alteração na sua essência, e continua cumprindo suas funções importantes nos processos
de produção de consensos em tempos de crise de capital e de necessidade de recomposição das
taxas de acumulação, ou seja, a educação hoje se inscreve em um amplo processo de
desumanização, a serviço da barbárie, assumindo uma feição moderna. Assim, a educação
emancipadora não se realizará sob essas condições institucionais presentes na Política de Educação,
cuja função central é de mediar os processos de reprodução da sociedade do capital.

A política educacional não se estrutura como forma de assegurar modos autônomos de pensar e
agir. Mas se reveste hoje, sob a marca das inversões que são necessárias à reprodução do sistema
metabólico do capital, em um processo de ampliação das formas de acesso e permanência em
diferentes níveis e modalidades educacionais (…). Contudo, compreender o alcance das estratégias
educacionais empreendidas sob a hegemonia do capital financeiro e reorientar a direção política de
sua atuação é um desafio que a profissão tem condições teóricas e políticas de forjar (CFESS, 2014).

Almeida (2007) afirma que “é fundamental que não se perca a dimensão de totalidade na
compreensão do significado que a política educacional tem a partir desse desenho institucional na
relação entre o mundo da cultura e o do trabalho”. Pondera também que o assistente social deve
pensar a educação para além da política educacional, lançando um olhar sobre a própria dimensão
educativa de sua intervenção como constitutiva desses processos mais amplos e não
necessariamente vinculada a essa área de atuação.

Isso quer dizer que "não podemos cair na armadilha que o trabalho do assistente social deve se
reduzir a fenômenos que recaiam sobre os discentes, os estudantes da escolas ", mas deve
contemplar toda a comunidade escolar: professores, servidores, famílias, estudantes e a
comunidade no entorno da escola, como bem coloca Silva (2012)7.

A afirmação da dimensão educativa do trabalho do assistente social deve ser considerada não apenas
em termos da valorização da sua inserção nas unidades educacionais, mas do seu envolvimento com

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os processos sociais em curso, voltados para a construção de uma nova hegemonia no campo da
educação e da cultura (ALMEIDA, 2007) 8.

Esse processo de valorização da dimensão educativa pode se dar da seguinte forma:


✓ adesão às lutas e movimentos sociais em torno da erradicação do analfabetismo,
de uma educação pública universal, gratuita e de qualidade;

✓ acesso progressivo dos diversos segmentos sociais aos diferentes níveis de


educação.

1.4 - Funções e objetivos da prática profissional na educação

Quais são as funções que


podem ser desempenhadas
na Educação?

Conforme o parecer jurídico 23/00 do CFESS, cabe ao profissional de Serviço Social Escolar as
seguintes funções:

• Pesquisa de natureza socioeconômica e familiar para caracterização da população escolar.


• Elaboração e execução de programas de orientação sociofamiliar visando prevenir a evasão
escolar, a disparidade série/idade, e melhorar o rendimento do aluno e sua formação para o exercício
de sua cidadania.
• Participação em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que visem prevenir a
violência, o uso de drogas e o alcoolismo, bem como prestar esclarecimento e informações sobre
doenças infectocontagiosas e demais questões que envolvam saúde pública.
• Articulações com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações comunitárias
locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para atendimento de suas necessidades.
• Realizações de visitas sociais com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade
sociofamiliar do aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e encaminha-lo adequadamente.

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• Elaboração e desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde existam classes


especiais.

Martins (2012)9, considera como uma das principais atribuições do profissional do serviço social
redimensionar a participação da família na escola, no processo educativo dos filhos, além de atuar
como um elo com os educadores, da conscientização do contexto social e da realidade em que
vivem seus alunos ( pobreza, situações de violência, dramas familiares).
O assistente social também deve garantir a inter-relação entre as Políticas Públicas e Sociais,
especificamente envolvendo a educação com as demais políticas setoriais, principalmente as da
assistência social e a saúde.

Para Martins (1999)10 os objetivos da prática profissional do Serviço Social no setor educacional são:

• melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos;


• favorecer a abertura de canais de interferência dos sujeitos nos processos decisórios da
escola (os conselhos de classe);
• ampliar o acervo de informações e conhecimentos, acerca do social na comunidade
escolar;
• estimular a vivência e o aprendizado do processo democrático no interior da escola e
com a comunidade;
• fortalecer as ações coletivas;
• efetivar pesquisas que possam contribuir com a análise da realidade social dos alunos e
de suas famílias;
• maximizar a utilização dos recursos da comunidade;
• contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais, disponibilizando
campo de estágio adequado às novas exigências do perfil profissional (p.70).

1.5 - Focos e dimensões de atuação profissional na educação

São 4 focos centrais de atuação na


política educacional

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Almeida (2007) aponta 4 focos centrais de atuação dos assistentes sociais na política educacional:

FOCO DE ATUAÇÃO ATIVIDADES

Garantir o acesso da população concessão de bolsas, definição de critérios de elegibilidade


à educação escolarizada institucional, elaboração de diagnósticos populacionais para
ampliação da capacidade de cobertura institucional e a
mobilização e a organização política de grupos sociais com
vistas à garantia do acesso à educação.

Garantir a permanência da ações interinstitucionais dirigidas para a mobilização da rede


população nas instituições de proteção social local; ações que favorecem desde o
educacionais encaminhamento para atendimento na rede de serviços
sociais mais próxima até a inclusão em programas sociais que
incidem diretamente sobre as condições objetivas da
população no que diz respeito à permanência dela ou de
alguns de seus membros no sistema educacional.

Garantir a qualidade dos atividades conduzidas exclusivamente por assistentes sociais


serviços prestados no sistema como por equipes multiprofissionais, das quais participam,
educacional voltadas para a discussão dos problemas sociais e
educacionais. Ex: atividades com os pais e responsáveis, com
a comunidade local, com os próprios alunos e profissionais da
educação para tratar de questões relacionadas aos problemas
e desafios socioeducacionais.

Fortalecimento das propostas atividades desenvolvidas junto a segmentos sociais como


e ações de gestão democrática e coletivos e grêmios estudantis, sindicatos, associações de
participativa da população no pais, de moradores e profissionais da educação no sentido de
campo educacional instrumentalizar e apoiar os processos de organização e
mobilização sociais no campo educacional.

Conforme apontado em Subsídios de atuação para assistentes sociais na Política de Educação (CFESS,
2014), no âmbito da Política de Educação, o conjunto das competências específicas dos/as assistentes
sociais se expressam em ações que devem articular as diversas dimensões da atuação profissional.
São elas:

• As abordagens individuais e a atuação junto às famílias: são bastante necessárias e


estratégicas ao trabalho profissional, visto que delas dependem muito a capacidade
de enfrentamento das situações de ameaça, violação e não acesso aos direitos sociais,
humanos e à própria educação, como também de sua maior visibilidade no âmbito da
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política educacional, mas não devem constituir na única modalidade de intervenção


profissional.

• A intervenção coletiva junto aos movimentos sociais: condição fundamental de


constituição e reconhecimento dos sujeitos coletivos frente aos processos de
ampliação dos direitos sociais e, em particular, do direito a uma educação pública,
laica e de qualidade, a partir dos interesses da classe trabalhadora. As ações se
desenvolvem nos estabelecimentos formais de educação e no campo da educação
popular. Nitidamente há no segundo caso melhores condições de promover esta
atuação em virtude da natureza da própria área.

• A dimensão investigativa: contribui para a compreensão das condições de vida, de


trabalho e de educação da população com a qual atua e requer a adoção de
procedimentos sistemáticos de apreensão da realidade social, para além da empiria e
de sua aparência e previamente pensados, constando do projeto de intervenção
profissional. Não deve estar desvinculada das demais dimensões do trabalho
profissional.

• A inserção dos/as assistentes sociais nos espaços democráticos de controle social:


construção de estratégias de fomento à participação dos estudantes, famílias,
professores e professoras, trabalhadores e trabalhadoras da educação nas
conferências e conselhos desta política e de outras adquire uma particularidade diante
da predominante estruturação verticalizada e muito pouco democrática destes
espaços na Política de Educação.

• A dimensão pedagógico-interpretativa e socializadora das informações e


conhecimentos: no campo dos direitos sociais e humanos, das políticas sociais, de sua
rede de serviços e da legislação social que caracteriza o trabalho do/a assistente social
reveste-se de um significado importante no campo da educação, pois representa um
dos elementos que justificam a inserção desse/a profissional na dinâmica de
funcionamento dos estabelecimentos educacionais, assim como em instâncias de
gestão e/ou coordenação nas esferas locais.

• A dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços:


trata-se de uma dimensão do trabalho profissional que, se não tem sido demandada
institucionalmente e até encontra grandes resistências neste sentido, coloca-se hoje
como uma clara intenção de construção de possibilidades de atuação profissional,
sobretudo com a intenção de se assegurarem processos de gestão democráticos e
participativos e trabalhos interdisciplinares e potencializadores de ações
intersetoriais.

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1.6 - O serviço social na Assistência Estudantil

As primeiras iniciativas de Assistência Estudantil remetem à década de 1930 e estavam voltadas para
as seguintes ações: programas de moradias universitárias e programa de alimentação.

Já o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES foi instituído em âmbito federal pela
Portaria Normativa 39, de 12 de dezembro de 2007 e, em 2008 passou a ser implementado para os
estudantes de cursos de graduação presenciais dos Institutos Federais de Ensino Superior - Ifes. Em
2010 foi regulamentado pelo Decreto nº7.234, com o intuito de ampliar as condições de
permanência dos jovens na educação superior pública federal.

São objetivos do PNAES:


I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública
federal;
II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e
conclusão da educação superior;

III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e

IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação. 11

As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas áreas de:
moradia estudantil; alimentação; transporte; atenção à saúde; inclusão digital; cultura;
esporte; creche; apoio pedagógico; e acesso, participação e aprendizagem de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

A definição dos critérios e a metodologia de


seleção dos alunos é de responsabilidade das
instituições de ensino.

Serão atendidos prioritariamente os estudantes oriundos da rede pública de


educação básica ou com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.

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Assim, podemos observar que não se trata de uma política universal para todos os estudantes, pois
há uma restrição significativa dos beneficiários, através da verificação desses critérios
socioeconômicos. O acesso também se restringe ao próprio estudante e não sua família, o que
agrega um caráter individual ao programa.

São várias as formas de implementar os programas de assistência estudantil e varia de acordo com
a disponibilidade de infraestrutura, projetos e serviços das instituições de ensino. Cada
universidade ou Instituto Federal tem autonomia de gestão para utilizar os recursos disponibilizados,
conforme as suas necessidades e especificidades locais.

Em relação à moradia estudantil, por exemplo, em algumas instituições existem


residências universitárias, onde é disponibilizada toda a infraestrutura, tal como quartos
mobiliados e com eletrodomésticos, enquanto em outras é fornecida uma bolsa
destinada ao pagamento dos gastos com moradia com valores variados. O mesmo ocorre
com alimentação. Em algumas Ifes são priorizados os restaurantes universitários, com
subvenções aos estudantes e, em outras, é fornecido o recurso monetário para utilização
em lanchonetes ou restaurantes. Há ainda casos em que são fornecidos tanto serviços
como benefícios monetários. Outro aspecto interessante é a possibilidade de acumulação
dos programas de assistência estudantil, o que permite que o estudante participe, por
exemplo, de ações de moradia, alimentação e transporte simultaneamente (IMPERATORI,
2017)12.

As ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de viabilizar a igualdade de


oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas
situações de retenção e evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras.

(FCM - 2018) As ações de assistência estudantil do Programa Nacional de Assistência Estudantil,


conforme Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, deverão ser desenvolvidas, dentre outras, nas
seguintes áreas:
A. Esporte, creche e habitação para a família.
B. Moradia estudantil, alimentação e transporte.
C. Apoio pedagógico, cultura e empreendedorismo.
D. Inclusão digital, atenção à saúde e transferência de renda.
E. Crédito estudantil, aprendizagem de línguas e intercâmbio.

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Comentário:
As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas áreas de:
moradia estudantil; alimentação; transporte; atenção à saúde; inclusão digital; cultura; esporte;
creche; apoio pedagógico; e acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.
GABARITO: LETRA B

Outra questão sobre o PNAES:


(UTFPR - 2017) De acordo com o decreto n° 7234 de 19 de julho de 2010, que dispõe sobre o
Programa Nacional de Assistência Estudantil, é correto afirmar que:
A. caberá à instituição federal de ensino superior definir os critérios e a metodologia de seleção dos
alunos de graduação a serem beneficiados.
B. o PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e
extensão, visando o atendimento de estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação
presencial, EAD e pós graduação das instituições federais de ensino superior.
C. serão atendidos no âmbito do PNAES apenas estudantes oriundos da rede pública de educação
básica ou com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais
requisitos fixados pelas instituições federais de ensino superior.
D. as ações de assistência estudantil serão executadas por instituições federais de ensino superior e
ensino médio, abrangendo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, considerando
suas especificidades, as áreas estratégicas de ensino, pesquisa e extensão e aquelas que atendam às
necessidades identificadas por seu corpo discente.
E. as ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de viabilizar a igualdade de
oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas
situações de retenção e evasão decorrentes da vinda de estudantes que moram em outro Estado.
Comentário:
Vejamos cada alternativa:
A. caberá à instituição federal de ensino superior definir os critérios e a metodologia de seleção dos
alunos de graduação a serem beneficiados. Correto.
B. o PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e
extensão, visando o atendimento de estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação
presencial, EAD e pós-graduação das instituições federais de ensino superior. Errado. Somente em
cursos de graduação presencial
C. serão atendidos no âmbito do PNAES apenas estudantes oriundos da rede pública de educação
básica ou com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais
requisitos fixados pelas instituições federais de ensino superior. Errado. Não apenas, mas
prioritariamente estudantes oriundos da rede pública de educação básica.
D. as ações de assistência estudantil serão executadas por instituições federais de ensino superior e
ensino médio, abrangendo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, considerando
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suas especificidades, as áreas estratégicas de ensino, pesquisa e extensão e aquelas que atendam às
necessidades identificadas por seu corpo discente. Errado. O Decreto não abrange o ensino médio.
E. as ações de assistência estudantil devem considerar a necessidade de viabilizar a igualdade de
oportunidades, contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico e agir, preventivamente, nas
situações de retenção e evasão decorrentes da vinda de estudantes que moram em outro Estado.
Errado. O correto seria: evasão decorrentes da insuficiência de condições financeiras
GABARITO: LETRA A
Mais uma pra concluir!
(IF-ES - 2019) De acordo com o DECRETO N° 7.234/2010, que dispõe sobre o Programa Nacional de
Assistência Estudantil – PNAES, assinale a alternativa que indica UM dos seus objetivos:
A. Democratizar as condições de permanência dos jovens na educação básica.
B. Minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da
educação superior.
C. Diminuir as taxas de agressividade e violência nas escolas.
D. Contribuir para a promoção da inclusão digital pela educação.
E. Reduzir as taxas de retenção, permanência e evasão.
Comentário:
Observe que a Banca tenta confundir o candidato trocando alguns termos nas alternativas.
Vejamos:
A. Democratizar as condições de permanência dos jovens na educação básica. Errado. O correto seria
na educação superior pública federal;
B. Minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da
educação superior. Correto.
C. Diminuir as taxas de agressividade e violência nas escolas. Não faz parte dos objetivos do
Programa.
D. Contribuir para a promoção da inclusão digital pela educação. Errado. O correto seria contribuir
para a promoção da inclusão social pela educação.
E. Reduzir as taxas de retenção, permanência e evasão. Errado. O correto seria reduzir as taxas de
retenção e evasão.

GABARITO: LETRA B

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1.7 - Outras Políticas/Programas de Promoção Social no Campo da


Educação

Além da Política Nacional de Assistência Estudantil, foram desenvolvidas outras políticas e programas
de promoção social no campo da educação, aos quais se destacam:

• O ProUni – Programa Universidade para Todos: é um programa do governo federal criado no


primeiro mandato do presidente Lula, que tem como objetivo principal inserir estudantes de
baixa renda na Universidade através de bolsas de estudo (parciais e integrais) em instituições
privadas de ensino superior.
• A Universidade Aberta do Brasil (UAB): configura-se, desde 2005, como política que busca
expandir o acesso ao ensino superior para o desenvolvimento da modalidade de educação à
distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de
educação superior no País.
• Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies): é um programa do
Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de
estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001.
Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que
tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. Os
selecionados contam com o auxílio do Governo Federal para o custeamento das mensalidades
do curso, até a conclusão do mesmo. O percentual de financiamento varia conforme a renda
bruta familiar, que deverá ser de no máximo 20 salários mínimos. Após o fim da graduação, o
beneficiado deverá devolver o valor financiado pelo governo em parcelas mensais. A partir
de 2018, o Fies não conta mais com o Período de Carência para início do pagamento da dívida
- até 2017, os contratos previam um intervalo de até 18 meses de carência. Portanto, ao
concluir seu curso o estudante já inicia a fase de Amortização.
• O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
(Reuni): instituído em 2007, é uma das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE). Suas ações contemplam o aumento de vagas nos cursos de graduação, a
ampliação da oferta de cursos noturnos, que, entre outras metas, têm o propósito de diminuir
as desigualdades sociais no país.
• O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES): foi criado em 2004 e tem
por objetivo avaliar o Ensino Superior em todos os aspectos que giram em torno dos eixos:
ensino – pesquisa – extensão.
• O Plano Nacional de Educação (PNE) - Lei 13.005/2014: determina diretrizes, metas e
estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. Entre as diretrizes do PNE
inclui-se a erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação
das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de
todas as formas de discriminação; melhoria da qualidade da educação e a promoção
humanística, científica, cultural e tecnológica do país.

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(CESPE/CEBRASPE - 2017) Uma das mais recentes políticas setoriais aprovadas no país é o Plano
Nacional de Educação (PNE). Assinale a opção correta de acordo com o disposto nessa legislação.
A. O PNE institui os órgãos de assistência social para a realização de busca ativa dos estudantes
ausentes da rede de ensino, com a finalidade de preservar o direito à educação a partir dos dois anos
de idade.
B. Entre as diretrizes do PNE inclui-se a promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do
país.
C. O monitoramento e a avaliação das metas e da execução do PNE devem ser realizados
semestralmente pelo Conselho Nacional de Docência e Ensino.
D. Uma das metas do PNE é alfabetizar 80% das crianças de até nove anos de idade ou até
completarem o 2.º ano do ensino fundamental.
E. Uma das estratégias do PNE é a redução gradativa do financiamento aos entes federados para que
as demais esferas de governo assumam a política de valorização dos profissionais do magistério.
Comentário:
Segundo o artigo 2º da Lei nº 13.005/2014, são diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo ;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se
fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do
Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão
de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade
socioambiental.
Gabarito: letra B
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2 - Políticas Urbanas e de Habitação

Para falarmos de questão urbana e atuação de assistentes sociais na Política Urbana, traremos as
principais disposições publicadas na Brochura do CFESS "Atuação de assistentes sociais na Política
Urbana - subsídios para reflexão" de 2016. Também abordaremos as principais legislações que trata
das políticas urbanas e rurais e de habitação.

A partir do processo de industrialização, na década de 40, o Brasil passou por um intenso processo
de urbanização, gerando um enorme déficit habitacional urbano e rural, com adensamento e
expansão nas regiões metropolitanas, com deterioração e despovoamento das áreas centrais e
padrões desiguais de acesso à terra.

Em 1940, 77% dos brasileiros viviam no campo, contra


23% nas cidades. A partir da década de 60 esse cenário
começou a mudar e, em 2010, 84% dos brasileiros já
viviam nas cidades.

As ações no campo da produção de moradia popular, desde o programa Fundação da Casa Popular
(FCP) em 1946, até meados dos anos 1960, quando da criação do Banco Nacional de Habitação
(BNH), podem ser caracterizadas como dispersas nacionalmente e pouco significativas em termos
de escala e de formas públicas de financiamento (CFESS, 2016).

A partir de 1967, é implementado um modelo desenvolvimentista de política habitacional,


produzindo moradias de pouca qualidade e em localizações periféricas.

A criação do BNH marcou o início de uma política, cuja característica foi o


“alinhamento das ações habitacionais executadas no plano local às políticas
formuladas no plano federal” (Arretche, 2000, p. 82), o que garantia a integração
do sistema e teve também o objetivo de impulsionar a economia, fortalecendo o
setor da construção civil, produzindo quase 4,5 milhões de moradias em 22 anos,
“num contexto de nenhuma transparência e controle dos gastos públicos”
(BEHRING e BOSCHETTI, 2006, p. 137). Com a produção dos conjuntos
habitacionais, tem-se a proposição de alguns programas habitacionais destinados à
população com renda mensal inferior a três salários mínimos, como os Programas
de Financiamento de Lotes Urbanizados (PROFILURB), de Erradicação da Sub-
habitação (PROMORAR) e JOÃO DE BARRO, com resultados pouco significativos,
ainda que, em princípio, o atendimento não tivesse como objetivo a remoção das
famílias, que era pauta da luta dos movimentos por moradia. (CFESS, 2016, p. 24)

Na atualidade, o planejamento empresarial, através de um modelo de planejamento estratégico,


tenta modernizar os espaços urbanos para atender as atividades e os interesses econômicos,

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eliminando tudo que é velho e decadente, desconsiderando as características e as relações


construídas historicamente naquele espaço.

Nesse sentido, a política urbana, ao mesmo tempo em que garante melhorias e infraestrutura
urbana, também assegura as condições necessárias à produção da cidade espoliativa, excludente e
segregativa (CRUZ, 2014, apud CFESS, 2016).

O processo de urbanização acabou produzindo um aumento da desigualdade social. O censo 2010


revela que:

• 97% das cidades com mais de 500 mil habitantes têm favelas;
• 80% das cidades médias têm favelas;
• 83 milhões de habitantes não são atendidos por sistemas de esgotos;
• 45 milhões de brasileiros não tem acesso aos serviços de água potável;
• 37 milhões de pessoas, moradoras dos centros urbanos, não conseguem acessar o transporte
público, por falta de condições.

A exploração imobiliária e outras relações mercantis de exploração causam uma supervalorização da


propriedade, acirrando ainda mais as desigualdades sociais, presentes no contraste entre os
condomínios fechados e as moradias de encostas e áreas periféricas.

2.1 - Política urbana na Constituição Federal e o Estatuto da Cidade

A partir da década de 80 ocorreram significativos avanços institucionais no campo do direito à


moradia e à cidade. Como resultado de um movimento conhecido como reforma urbana, a moradia
foi reconhecida constitucionalmente como um dos direitos sociais, previstos no artigo 6º da
Constituição Federal de 1988. Também houve a regulamentação dos artigos 182 e 183, que trata da
Política Urbana:

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.

§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades


com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa


indenização em dinheiro.

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§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área


incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão


previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais.

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à


mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Em 2001, foi publicada a Lei n.º 10.257, de 10 de outubro de 2001, denominada Estatuto da Cidade,
regulamentando os artigos 182 e 183 da CF/88.

O Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como
do equilíbrio ambiental.

E quando a propriedade urbana cumpre sua função social?

A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando
o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à
justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas

No 1º capítulo do Estatuto da Cidade, é apresentado o objetivo da política urbana e as diretrizes que


devem ser seguidas para alcançar esse objetivo. Entre elas estão:

garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana,


à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

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gestão democrática por meio da participação da população e de associações


representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade
no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de
influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus
efeitos negativos sobre o meio ambiente;
oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e
ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população
e as normas ambientais;
garantia de condições condignas de acessibilidade, utilização e conforto nas
dependências internas das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à moradia e
ao serviço dos trabalhadores domésticos, observados requisitos mínimos de
dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e qualidade dos
materiais empregados.

No capítulo II, o Estatuto da Cidade determina os instrumentos que devem ser usados pelos
municípios para garantir o cumprimento da Política Urbana. Entre eles estão:

planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento


econômico e social;
planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
Planejamento municipal (que deve ter o plano diretor, zoneamento ambiental, planos de
desenvolvimento econômico e social, entre outras diretrizes)
institutos tributários e financeiros (por exemplo, o IPTU – imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana)
estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV)

O Estatuto da Cidade também define outros instrumentos de Política Urbana como:

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Usucapião especial urbano: é o domínio de área ou edificação urbana de até 250m², mantida por 5
anos ininterruptos e sem oposição, para moradia de seu ocupante ou de sua família, desde que não
seja proprietário de outro imóvel.

A usucapião também pode se dar de forma coletiva em núcleos


urbanos informais, sem oposição há mais de 5 anos e cuja área
total dividida pelo número de possuidores seja inferior a 250m²
por possuidor, desde que não sejam proprietários de outro
imóvel urbano ou rural.

O capítulo III do Estatuto da Cidade aborda sobre o Plano Diretor.

E o que é o Plano Diretor?

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. Ele


orienta o planejamento urbano e objetivos dos municípios em busca de oferecer o uso justo e
ecologicamente equilibrado de todo o território municipal, determina as diretrizes, metas e prazos
de cumprimento das mudanças necessárias.

O Plano Diretor é obrigatório para cidades:

• com mais de 20 mil habitantes;


• integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
• integrantes de áreas de especial interesse turístico;
• inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito regional ou nacional .

A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

No capítulo IV, o Estatuto da Cidade determina que deve haver a participação popular em decisões
que afetam diretamente o desenvolvimento das cidades.

Para garantir as decisões democráticas, devem ser usados os seguintes instrumentos:

órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;


debates, audiências e consultas públicas;
conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano;

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2.2 - A Política Nacional de Habitação (PNH)

O Ministério das Cidades foi criado em 2003 e, em 2004 foi lançada a Política Nacional de Habitação
(PNH), sendo regulamentada pela Lei n.º 11.124/2005. A PNH representa o principal instrumento de
estratégias e de ações definidas pelo governo federal, em conjunto com entidades não
governamentais e movimentos sociais que defendem o direito à habitação.

A PNH possui os seguintes objetivos:

✓ Universalizar o acesso à moradia digna em prazo a ser definido pelo PNH;


✓ Promover a urbanização, regularização e inserção dos assentamentos precários à cidade;
✓ Fortalecer o papel do Estado na gestão da política e na regulamentação dos agentes privados;
✓ Tornar a questão habitacional uma prioridade nacional, integrando, articulando e
mobilizando os diferentes níveis de governo e fontes, objetivando potencializar a capacidade
de investimentos com vistas a viabilizar recursos para sustentabilidade da PNH;
✓ Democratizar o acesso à terra urbanizada e ao mercado secundário de imóveis;
✓ Ampliar a produtividade e melhorar a qualidade na produção habitacional;
✓ Incentivar a geração de trabalho e renda dinamizando a economia, apoiando-se na
capacidade em mobilizar a mão de obra, utilizar insumos nacionais sem a necessidade de
importação de materiais e equipamentos e contribuir com parcela significativa do Produto
Interno Bruto (PIB)

Os princípios da Política Nacional de Habitação são os seguintes:

✓ Direito à moradia, enquanto um direito individual e coletivo, previsto na Declaração Universal


dos Direitos Humanos e na Constituição brasileira de 1988;
✓ Moradia digna como direito e vetor de inclusão social garantindo padrão mínimo de
habitabilidade, infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo,
equipamentos, serviços urbanos e sociais;
✓ Função social da propriedade urbana buscando implementar instrumentos de reforma que
possibilitem melhor ordenamento e maior controle do uso do solo, de forma a combater a
retenção especulativa e garantir a terra urbanizada;
✓ Questão habitacional como uma política de Estado, uma vez que o poder público é agente
indispensável na regulação urbana e na regulação do mercado imobiliário, na provisão da
moradia e na regularização de assentamentos precários, devendo ser, ainda, uma política
pactuada com a sociedade e que extrapole mais de um governo;
✓ Gestão democrática com participação dos diferentes segmentos da sociedade, possibilitando
controle social e transparência nas decisões e procedimentos;
✓ Articulação das ações de habitação à política urbana de modo integrado com as demais
políticas sociais e ambientais.

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Quanto às diretrizes da PNH, as principais são as seguintes:

✓ a) Garantia do princípio da função social da propriedade;


✓ b) Promoção do atendimento à população de baixa renda;
✓ c) Promoção e apoio às intervenções urbanas articuladas territorialmente;
✓ d) Estímulo aos processos participativos locais;
✓ e) Articulação coordenada e articulada dos entres federativos;
✓ f) Atuação integrada com as demais políticas ambientais e sociais;
✓ g) Definição de parâmetros técnicos e operacionais mínimos de intervenção urbana;
✓ h) Estímulo ao desenvolvimento de alternativas regionais

Dentre os instrumentos para viabilizar a implementação da PNH destacam-se:

✓ o Sistema Nacional de Habitação,


✓ o Plano de Capacitação e Desenvolvimento Institucional,
✓ o Sistema de Informação, Avaliação e Monitoramento da Habitação e
✓ o Plano Nacional de Habitação.

2.3 - O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS

A Lei n.º 11.124/2005 dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e cria o
Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e seu Conselho Gestor. A referida Lei
representa um instrumento de organização dos agentes que atuam na área de habitação e como
meio para reunir os esforços dos governos federal, estadual e municipal e do mercado privado, além
de cooperativas e associações populares, para combater o déficit habitacional.

O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, tem o objetivo de:

• viabilizar para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e
sustentável;
• implementar políticas e programas de investimentos e subsídios, promovendo e viabilizando
o acesso à habitação voltada à população de menor renda; e
• articular, compatibilizar, acompanhar e apoiar a atuação das instituições e órgãos que
desempenham funções no setor da habitação.

São princípios do SNHIS:

✓ compatibilidade e integração das políticas habitacionais federal, estadual, do Distrito Federal e


municipal, bem como das demais políticas setoriais de desenvolvimento urbano, ambientais e de
inclusão social;
✓ moradia digna como direito e vetor de inclusão social;
✓ democratização, descentralização, controle social e transparência dos procedimentos decisórios;

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✓ função social da propriedade urbana visando a garantir atuação direcionada a coibir a


especulação imobiliária e permitir o acesso à terra urbana e ao pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade;

São diretrizes do SNHIS:

✓ prioridade para planos, programas e projetos habitacionais para a população de menor renda,
articulados no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;
✓ utilização prioritária de incentivo ao aproveitamento de áreas dotadas de infraestrutura não
utilizadas ou subutilizadas, inseridas na malha urbana;
✓ utilização prioritária de terrenos de propriedade do Poder Público para a implantação de projetos
habitacionais de interesse social;
✓ sustentabilidade econômica, financeira e social dos programas e projetos implementados;
✓ incentivo à implementação dos diversos institutos jurídicos que regulamentam o acesso à
moradia;
✓ incentivo à pesquisa, incorporação de desenvolvimento tecnológico e de formas alternativas de
produção habitacional;
✓ adoção de mecanismos de acompanhamento e avaliação e de indicadores de impacto social das
políticas, planos e programas; e
✓ estabelecer mecanismos de quotas para idosos, deficientes e famílias chefiadas por mulheres
dentre o grupo identificado como o de menor renda.

2.4 - O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV)

Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Minha Casa Minha
Vida (PMCMV) foi instituído pela Medida Provisória n.º 459/2009, convertida na Lei n.º 11.977/2009,
que, por sua vez, foi alterada pela Medida Provisória n.º 514/2010, convertida na Lei n.º 12.424, de
16 de junho de 2011.

O Programa Minha Casa Minha Vida abrange as ações orçamentárias de apoio ao poder público para
a construção habitacional para famílias de baixa renda, como também apoio à provisão habitacional
de interesse social.

O PMCMV compreende o Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) e o Programa Nacional


de Habitação Rural (PNHR)

O PNHU é destinado às famílias com renda mensal de até dez salários mínimos, tendo direito
aos subsídios habitacionais aquelas com renda familiar de até seis salários mínimos;

o PNHR tem como objetivo a concessão de subsídios aos agricultores rurais para a construção
de moradia em área rural, por meio da aquisição de material de construção, conforme a faixa
de renda familiar de até R$ 10.000,00 anuais.

Para a indicação dos beneficiários do PMCMV, terão prioridade de atendimento:


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famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas;


famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e
famílias de que façam parte pessoas com deficiência.

Serão assegurados no PMCMV:

condições de acessibilidade a todas as áreas públicas e de uso comum;


disponibilidade de unidades adaptáveis ao uso por pessoas com deficiência, com mobilidade
reduzida e idosos, de acordo com a demanda;
condições de sustentabilidade das construções;
uso de novas tecnologias construtivas.

Na ausência de legislação municipal ou estadual acerca de condições de acessibilidade que


estabeleça regra específica, será assegurado que, do total de unidades habitacionais construídas no
âmbito do PMCMV em cada Município, no mínimo, 3% sejam adaptadas ao uso por pessoas com
deficiência.

O PMCMV foi um programa de grande importância no combate ao déficit habitacional, ocasionando


um aumento no porcentual de moradias próprias no Brasil.

Por outro lado, o CFESS (2016) aponta que o programa acabou imprimindo uma outra direção à
política urbana no país, desconstruindo conquistas históricas de diferentes segmentos sociais, ao
flexibilizar a legislação existente, ao esvaziar as instâncias de controle social e, ao expandir a malha
urbana por meio de processos de periferização e segregação, pela monofuncionalidade e
guetificação dos grandes conjuntos habitacionais construídos nas fronteiras urbanas das cidades.
(2016, p. 32-33)

De acordo com a Pesquisa Nacional por


Amostra de Domicílios Contínua (PNADC),
realizada em 2017, sobre características
gerais dos moradores e dos domicílios,
67,9% dos domicílios nacionais são próprios
e já pagos por algum dos moradores.

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Em relação à qualidade das residências e dos serviços públicos prestados a elas, no Brasil, 85,7% tem
acesso à água através da rede geral, porém essa distribuição é desproporcional em relação aos
Estados. No Nordeste, essa proporção cai para 59,2%. Já em relação ao esgotamento sanitário, uma
questão de saúde pública, apenas 66% dos domicílios brasileiros são ligados à rede geral ou fossa
ligada à rede. Referente à coleta de lixo, 82,9% dos domicílios do país tem o lixo coletado
diretamente, porém, no Norte e Nordeste esse porcentual cai para 69,8% e 69,6%, respectivamente.

2.5 - Atuação de assistentes sociais na Política Urbana

O trabalho social na política urbana, exercido por assistentes sociais sob a direção do projeto ético-
político, deve estar orientado na perspectiva do direito à cidade. E nessa direção, são princípios e
diretrizes do trabalho formular e desenvolver projetos de intervenção, que viabilizem o acesso de
segmentos da classe trabalhadora aos direitos, pela mediação da política urbana e dos diferentes
programas das políticas setoriais, com a implementação de serviços com qualidade e mobilizando e
estimulando os sujeitos sociais em processos participativos e de organização popular (CFESS, 2016).

Essa atuação ocorre sob dois grandes eixos:

uma perspectiva coletiva, junto aos movimentos sociais, nos processos de participação e
organização popular, e
uma perspectiva individual e/ou grupal, com vistas a construir respostas às necessidades
básicas dos sujeitos usuários da política urbana, no acesso aos direitos, bens e equipamentos
públicos.

As ações profissionais na política urbana devem ser operacionalizadas no campo da


intersetorialidade, o que significa considerar conhecimentos e práticas de profissionais de outras
áreas de conhecimento, superando a fragmentação e com o propósito de assegurar as condições de
acesso às demais políticas e direitos.

Os processos participativos também são de fundamental importância, pois, a organização política


das classes populares consolida espaços de poder e permite a ampliação da visão de mundo, com o
salto do senso comum para o senso crítico.

De acordo com o CFESS (2016), as principais ações desenvolvidas pelo/a assistente social na política
urbana são:

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De planejamento,
De caráter
gestão e
socioeducativo
coordenação

De caráter
De assessoria,
organizativo e de
supervisão e
mobilização
formação
popular

o De caráter socioeducativo:

• Atuar na perspectiva da totalidade contra uma visão fragmentada da realidade social; • Construir
o perfil socioeconômico da população usuária da política urbana, evidenciando as condições
determinantes e os condicionantes da precarização do modo de vida, com vistas a possibilitar a
formulação de estratégias de intervenção e a produção de informação qualificada; • Entender o
cadastramento que é realizado com famílias e grupos sociais, usuários da política urbana, como um
importante instrumento de informações e identificação de demandas, que possibilita a apreensão,
tanto de suas expressões culturais, políticas e econômicas, quanto das múltiplas faces da violência;
• Promover espaços de discussão com a população, problematizando a realidade, em um exercício
permanente de conhecimento e análise da realidade; • Identificar as representações e problematizar
as percepções que os grupos sociais têm sobre sua realidade social; Garantir espaços e processos de
reflexão contínua para propiciar o entendimento das instituições públicas e seus vínculos sociais; •
Conhecer e mobilizar a rede de serviços, tendo por objetivo viabilizar os direitos sociais; • Conhecer
e articular a rede de sujeitos coletivos que atuam no espaço urbano; • Democratizar as informações
por meio de orientações, individuais e coletivas, tendo claras as singularidades e particularidades das
famílias e grupos sociais usuários da política urbana; • Democratizar os encaminhamentos quanto
aos direitos da população usuária da política urbana; • Facilitar a socialização de experiências entre
os sujeitos sociais, possibilitando o fortalecimento de relações e vínculos sociais; • Desenvolver
metodologias de trabalho que contribuam para o fortalecimento das relações de identidade e
pertencimento no espaço urbano; • Utilizar metodologias de trabalho que contribuam para a
socialização do conhecimento das áreas habitadas pela população, com vistas à sua apropriação das
potencialidades dessas áreas; • Elaborar e/ou divulgar materiais socioeducativos como folhetos,
cartilhas, vídeos, cartazes e outros que facilitem o conhecimento e o acesso dos sujeitos sociais aos
serviços oferecidos pela política urbana e aos direitos em geral; • Fomentar ações que permitam uma
compreensão abrangente das questões que afetam a população envolvida em projetos e obras, com
vistas ao entendimento mais profundo da realidade e na busca de alternativas para agir sobre essa
realidade; • Incentivar a troca de experiências entre diferentes grupos sociais para que, num
processo de interação, formulem propostas e realizações de interesses comuns; Orientar a população
envolvida em projetos e obras de urbanização para exigir tempo e condições de participar de todo o
processo, com vistas a minimizar os impactos das intervenções; • Contribuir para que todas as
informações sobre projetos e obras de urbanização possam estar facilmente acessíveis para a
população envolvida com bastante antecedência; • Exigir o cumprimento do direito à participação
no planejamento das ações, nos casos de desalojamento compulsório, remoção e reassentamento
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de famílias e grupos sociais, que provocam impactos significativos na vida dos grupos sociais
atingidos; • Denunciar ao Ministério Público Estadual e Federal e Defensoria Pública, em parceria
com os movimentos sociais e outras entidades comprometidas na luta pelos direitos, o não acesso
às informações das intervenções de desalojamento compulsório, remoção e reassentamento que
envolvem famílias e grupos sociais; • Atuar junto a todos os/as envolvidos/as nos projetos e obras
de urbanização, para que as intervenções realizadas não signifiquem segregação ou discriminação
contra a população; • Debater e problematizar, com os segmentos sociais, as diferentes
configurações familiares, considerando as diversidades étnicas, de gênero, sexual e geracional; •
Valorizar e preservar a memória e a história social do lugar e de seus/suas moradores/as, como
elemento definidor das relações de uso do espaço urbano, na perspectiva do fortalecimento do
direito à diversidade cultural; • Construir, na práxis cotidiana, a possibilidade de escolha ética
diferente da barbárie, identificando as possibilidades de enfrentamento das questões concretas de
violação dos direitos; • Fomentar debates para capacitar os grupos sociais usuários da política urbana
e outros sujeitos coletivos para a identificação da violação aos direitos; • Debater e socializar, com
os grupos sociais usuários da política urbana e outros sujeitos coletivos, os PLHIS, as legislações, as
políticas e programas sociais e os recursos dos empreendimentos e obras, de forma a ampliar o
escopo dos argumentos na defesa dos direitos; • Estimular a busca de alternativas, face às
dificuldades que tendem a inviabilizar o acesso aos direitos; • Identificar os mecanismos que facilitam
e/ou dificultam o acesso das famílias e grupos sociais à política urbana; • Promover reflexões críticas
sobre as formas de classificação e nomeação do que se considera impacto socioambiental decorrente
de intervenções públicas e/ou privadas no espaço urbano e/ou rural.

De caráter organizativo e de mobilização popular:

• Planejar o trabalho profissional sob a perspectiva da articulação e fortalecimento dos movimentos


sociais da classe trabalhadora é, mais do que nunca, essencial para não restringir a ação político-
profissional que, diante de exigências governamentais, pode assumir um caráter autoritário e
controlador; • Fomentar a participação de grupos sociais usuários da política urbana, no
conhecimento crítico da sua realidade, potencializando os sujeitos sociais para a construção de
estratégias coletivas; • Refletir, com usuários e usuárias da política urbana e outros sujeitos coletivos,
sobre o significado do levantamento de informações das áreas de intervenção; • Mobilizar e
incentivar os grupos sociais usuários da política urbana a participarem no controle democrático dos
serviços que lhes são prestados; • Contribuir para discussões democráticas e viabilização das decisões
aprovadas nos espaços de controle social; • Incentivar e fomentar o compartilhamento de processos
de decisão, privilegiando a transparência das ações; • Incentivar a atuação das lideranças,
contribuindo para a sua legitimidade junto aos sujeitos sociais; Respeitar as formas próprias de
organização dos grupos sociais usuários da política urbana; • Incentivar a organização dos sujeitos
sociais para desenvolver processos de negociação com os setores públicos; • Identificar aspectos
culturais que contribuam para fortalecer a identidade social da população usuária da política; •
Promover ações que favoreçam a intersetorialidade das políticas, de forma a democratizar o acesso
dos grupos sociais usuários da política urbana; • Orientar grupos sociais usuários da política urbana
que sofrem os conflitos urbanos ambientais sobre seus direitos, com relação ao acesso aos serviços
básicos e à segurança na posse, porque significam direito à vida, à saúde e ao meio ambiente
saudável; • Fomentar a participação de grupos sociais usuários da política urbana e dos movimentos
sociais, com vistas a ampliar os espaços democráticos de decisão, e construir formas de intervenção
no campo minado de tensões, lutas e contradições em que se movem indivíduos e instituições, sob
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a regência do capital; • Mediar a construção de respostas sociais e políticas para atender


necessidades sociais da classe trabalhadora que demandam direitos, bens e serviços necessários à
reprodução de suas vidas, com vistas a reafirmar permanente, contínua e cotidianamente, os valores
e princípios do projeto ético-político profissional; • Debater, com os grupos sociais usuários da
política urbana e com os movimentos sociais, as respostas que são construídas frente à questão
urbana. Elas não devem se restringir à construção de moradias ou de reassentamento de famílias, de
forma a reproduzir o isolamento de grupos sociais, sem a perspectiva de desenvolvimento
econômico-social; • Debater com os grupos sociais e movimentos sociais sobre a moradia como um
direito social e humano, o que remete ao acesso à cidade a partir de intervenções físicas, jurídicas e
sociais, que garantam a segurança na posse e potencializem o enfrentamento da pobreza;
Aprofundar o debate com os grupos sociais e movimentos sociais, com vistas a buscar mecanismos
para exigir e consolidar os direitos, fazendo enfrentamento ao modelo político-econômico que
sobrepõe o econômico aos fins sociais; • Mobilizar os grupos sociais usuários da política urbana em
torno de um processo de conhecimento recíproco e da articulação com formas de organizações já
existentes no bairro e no espaço urbano; • Contribuir com o conhecimento técnico e ético-político
na definição de pautas políticas e agenda de luta dos movimentos sociais; • Trabalhar a inserção das
famílias, grupos e movimentos sociais no espaço urbano, apreendendo-o como parte da cidade, a
partir do desenvolvimento de sua dimensão política e de formas de resistência; • Fomentar a
construção de ações autônomas das famílias, grupos e movimentos sociais, na gestão das
contradições advindas das relações sociais capitalistas.

De assessoria, supervisão e formação:

• Desenvolver análises críticas das expressões da ‘questão social’ na particularidade da questão


urbana, para identificar mediações que sejam capazes de fazer enfrentamentos às violações dos
direitos, recompondo-os e ampliando-os; • Estimular a apreensão dos instrumentos jurídicos e
urbanísticos explicitados no Estatuto da Cidade, que definem que a terra e a cidade têm que cumprir
a função social; • Debater e socializar informações sobre a efetivação dos instrumentos urbanísticos
e jurídicos para o acesso à justiça, nas demandas fundiárias e de ocupação do espaço; • Contribuir
para a instrumentalidade profissional, por meio de consultas bibliográficas, de preparação de
seminários sobre assuntos de interesse do trabalho, de leituras de arquivos, bancos de dados e
documentos; • Desenvolver uma formação continuada, com vistas ao conhecimento da política
urbana, para o aperfeiçoamento na prestação dos serviços aos grupos sociais usuários da política
urbana; • Elaborar e desenvolver instrumentais e pedagogias participativas de intervenção, que
possibilitem identificar as potencialidades dos grupos sociais; • Desenvolver metodologias e construir
mediações que articulem e conectem a dimensão local do trabalho social com as políticas, planos,
projetos e diretrizes mais gerais da cidade; • Contribuir na apreensão de mecanismos que facilitem
o estabelecimento e fortalecimento de vínculos com as famílias e grupos sociais usuários da política
urbana; • Reafirmar a importância do exercício profissional orientado por um plano de trabalho que
articule as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa; • Conhecer e buscar
qualificar, permanentemente, as diferentes etapas do trabalho social, nos diversos programas
referidos à política urbana; • Reconhecer que o trabalho social tem objetivos diferentes relativos à
instituição, ao/à profissional e à população, e deve ser construído a partir de alianças com os grupos
sociais usuários da política urbana e com os movimentos sociais.

De planejamento, gestão e coordenação:


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• Subsidiar a equipe de trabalho profissional no entendimento de que a moradia é o cenário do


cotidiano de seu habitante, carregado de histórias, de subjetividade, de afetividades, de desejos, de
possibilidades objetivas e subjetivas e de formas de ser e viver; • Subsidiar a equipe de trabalho
profissional com informações sociais, econômicas e culturais sobre os grupos sociais usuários da
política urbana e sobre os movimentos sociais; • Desenvolver, junto com a equipe, um trabalho na
perspectiva interdisciplinar, resguardadas as especificidades profissionais, para superar dificuldades
de entendimento da linguagem técnica específica e fortalecer a integração; • Construir, junto com a
equipe, formas de articulação entre as políticas setoriais urbanas e com as políticas sociais, na
elaboração de projetos integrados e multidisciplinares de trabalho social; • Assumir posicionamento
em favor da equidade e justiça social, na perspectiva da universalidade de acesso aos bens e serviços
relativos aos programas urbanos, bem como a sua gestão democrática; • Fortalecer as lutas
autônomas na defesa de interesses das classes trabalhadoras; • Fortalecer a perspectiva da gestão
democrática e participativa, com controle social; • Conhecer e divulgar as legislações, normativas e
manuais que orientam o trabalho social; • Identificar dificuldades de estrutura e gestão e atuar para
a sua superação; • Identificar os mecanismos que potencializam o trabalho social e os aspectos
estruturais e conjunturais que dificultam o processo; • Afirmar a importância dos registros e
documentação das atividades desenvolvidas; • Exigir o registro sistemático do desenvolvimento do
trabalho social; • Desenvolver metodologias de intervenção participativas nos diferentes espaços de
atuação profissional, tais como nas reuniões, visitas domiciliares e às áreas, no atendimento
individual e em grupos, nas oficinas, etc.; • Socializar conhecimentos sobre a heterogeneidade do
espaço urbano e a diversidade dos grupos sociais que convivem no espaço; • Elaborar e alimentar
sistemas de informação participativos; Assegurar espaços de reflexão teórica e política sobre o
trabalho social; • Incentivar a formação de fóruns de debates, grupos de estudos interdisciplinares e
diálogos com a Academia; • Garantir a transparência e a participação na definição das
responsabilidades e atribuições da coordenação e gestão de programas e projetos de intervenção
urbanística e social; • Acompanhar e supervisionar o uso dos recursos disponíveis, que viabilizem a
execução dos programas e da política urbana; • Potencializar a formação de uma rede de serviços
sociais para o fortalecimento do trabalho social; • Criar condições para explicitar conflitos
interdisciplinares e desenvolver metodologias de caráter político pedagógico para gerenciamento
dos mesmos; • Atuar nos processos de monitoramento da política urbana, de forma a contribuir para
sua permanente avaliação frente às necessidades sociais e a dinâmica da realidade sócio
institucional; • Elaborar formas de planejamento do trabalho social, articuladas com outros
planejamentos, como o Plano Nacional de Direitos Humanos, Plano Local de Habitação de Interesse
Social, Plano Diretor Participativo; • Ocupar e qualificar profissionalmente os diversos espaços de
planejamento da política urbana, nas suas diferentes escalas municipais, estaduais e federal.

Desafios colocados aos assistentes sociais na política urbana:

Os/as assistentes sociais têm como desafio de assumir o trabalho social como exercício de criação
coletiva, alimentando as demandas populares por autonomia e controle social, na apropriação do
espaço urbano, e adensando a luta pelo direito à cidade (CFESS, 2016).

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3 - Políticas de meio ambiente e reforma agrária

A Reforma Agrária é entendida como uma mudança da estrutura fundiária existente, desigual e
concentradora. Trata-se de um assunto polêmico, pois pressupõe confrontar interesses e ir na
contramão da própria história do Brasil, que produz e reproduz mecanismos de dominação da elite
no campo e concentração de terras, desde as capitanias hereditárias e das sesmarias.

Entre os anos de 1534 e 1536 a colônia foi dividida em 14 capitanias hereditárias e 12 donatários.
Em seguida, foi aplicado o sistema de sesmarias, que consistia na subdivisão de terras aos nobres,
navegadores ou militares, com o objetivo de desenvolver a agricultura, a criação de gado, o
extrativismo vegetal, a cultura de café e cacau.

Com a abolição da escravatura iminente, foi aprovada a Lei de Terras em 1850, que fez com que o
acesso a terra só fosse possível através da compra em dinheiro, o que praticamente impediu a
aquisição de terras pelos escravos recém libertos e pelos colonos sem poder aquisitivo, favorecendo
a concentração de terras nas mãos de poucos.

No século XX surgem os movimentos sociais organizados, como as Ligas Camponesas, o Movimento


dos Agricultores Sem Terra e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST. Nos anos 80,
as mobilizações e manifestações de trabalhadores rurais ressurgem com vigor e se ampliam em
número e extensão.

Já a questão ambiental teve seu primeiro enfoque no Estatuto da Terra, em 1964, quando aponta a
necessidade ao cumprimento da função social da propriedade, assegurando a conservação dos
recursos naturais e, posteriormente, reafirmado no artigo 186 da Constituição Federal. Já no artigo
225, a CF/88 prevê o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e


fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

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III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus


componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

Em 1985, no governo José Sarney, é instituído o I Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e,
posteriormente, a reforma agrária foi tratada na CF/88:

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei.

§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.

§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de


rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.

§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,


assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária
no exercício.

§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de


transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:

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I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietário não possua outra;

II - a propriedade produtiva.

Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e


fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

(...)

Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a


política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.

§ 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área


superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por
interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.

§ 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões


de terras públicas para fins de reforma agrária.

Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária


receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de
dez anos.

Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao


homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos
e condições previstos em lei.

Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade


rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que
dependerão de autorização do Congresso Nacional.

Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de
sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

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Em 1993 é publicada a Lei nº 8.629/93 que regulamenta e disciplina disposições relativas à Reforma
Agrária, previstas na Constituição Federal. Esta lei prevê que a propriedade rural que não cumprir a
função social é passível de desapropriação, a qual será indenizada previamente em títulos da dívida
agrária, bem como as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

E quando a propriedade cumpre a sua função social?

Quando atende aos seguintes requisitos:

• aproveitamento racional e adequado;


• utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
• observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
• exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores (art. 186,
CF/88).

Será também entendida como cumprida a função social da propriedade rural voltada à execução de
atividades de pesquisa que objetivem o avanço tecnológico da agricultura se, no mínimo, 80% da
área total aproveitável for destinada às atividades de pesquisa.

Não poderão ser objeto de desapropriação para fins de reforma agrária a pequena e a média
propriedade rural, desde que o seu proprietário não possua outra propriedade rural. É considerado:

• pequena propriedade: de área até 4 módulos fiscais;


• média propriedade: de área superior a 4 e até 15 módulos fiscais;

Com o intuito de inibir as invasões de propriedades de terras passíveis de reforma agrária, foram
incluídos alguns dispositivos na referida legislação:

A propriedade em que houver invasão motivada por conflito agrário ou fundiário de caráter
coletivo não será vistoriada, avaliada ou desapropriada nos dois anos seguintes à sua
desocupação, ou no dobro desse prazo, em caso de reincidência.

Também será excluído do Programa de Reforma Agrária do Governo Federal quem, já estando
beneficiado com lote em Projeto de Assentamento, ou sendo pretendente desse benefício,
for efetivamente identificado como participante direto ou indireto em conflito fundiário.

Apesar de todo aparato normativo, a estrutura fundiária no Brasil praticamente se manteve


inalterada nos últimos anos. De 1985 a 2006, as propriedades com menor estrato de área
mantiveram a proporção entorno de 50% dos estabelecimentos ocupando menos que 3% da área
total. Enquanto, no outro extremo, as maiores propriedades mantiveram uma proporção dos
estabelecimentos entorno de 1% ocupando entorno de 45% da área total.

O último Censo Agropecuário, de 2019, do IBGE, com informações referentes a 2017, 1% das
5.073.324 propriedades de terra do País concentram 47,6% da área ocupada por todas as fazendas,
com mais de mil hectares.
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Também se observa um aumento nos conflitos no campo nos últimos anos. Um levantamento
realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) revela que o Brasil registrou, em 2019, 1.833 conflitos
no campo, o número mais elevado dos últimos cinco anos e 23% superior ao de 2018. O dado reúne
ocorrências relacionadas a disputas por terra, disputas por água e conflitos trabalhistas.

Programas Sociais dirigidos às famílias rurais

Programa de Apoio à Conservação Ambiental - O Bolsa Verde

O Programa de Apoio à Conservação Ambiental, conhecido como Bolsa Verde, é um programa de


transferência de renda do Governo Federal, instituído pela Lei 12.512 de 14 de outubro de 2011 e
regulamentado pelo Decreto nº. 7.572, de 28 de setembro de 2011.

O Bolsa Verde é um programa que visa ajudar as famílias em situação de extrema pobreza
incentivando práticas de proteção à natureza, prevê a transferência de recursos financeiros no valor
de R$ 300, com periodicidade trimestral. São beneficiadas pelo Programa as famílias que
desenvolvem atividades de uso sustentável dos recursos naturais, nas seguintes áreas específicas:

✓ Unidades de Conservação de Uso Sustentável;


✓ Assentamentos ambientalmente diferenciados da reforma agrária do Incra;
✓ Territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e
outras comunidades tradicionais;
✓ De outras áreas rurais definidas como prioritárias por ato do Poder Executivo.

Para tornar-se beneficiária do Programa Bolsa Verde a família precisa:

✓ ter renda mensal por membro da família menor que R$ 85,00;


✓ estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal;
✓ ser beneficiária do Programa Bolsa Família;
✓ desenvolver atividades de uso sustentável dos recursos naturais;
✓ assinar o termo de adesão ao Programa, que contém os objetivos e regras de
funcionamento, bem como os compromissos daquelas famílias com a conservação
ambiental e uso sustentável dos recursos naturais;
✓ atender às condicionantes ambientais e sociais, de acordo com as determinações dos
Ministérios responsáveis.

Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais

O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais é um programa de transferência de renda


do Governo Federal, instituído pela Lei no 12.512, de 14 de outubro de 2011, e regulamentado pelo
Decreto nº. 7.644, de 16 de dezembro de 2011.

Destina-se às famílias em situação de extrema pobreza ou de pobreza, inscritas no Cadastro Único


para Programas Sociais do Governo Federal e que:

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✓ Exerçam atividades, de agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e


pescadores, que se enquadrem nas disposições da Lei nº. 11.326, de 24 de julho de 2006;
ou
✓ Pertençam a comunidades tradicionais e povos indígenas.

Para participar do Fomento às Atividades Produtivas Rurais, é necessário a família aderir


formalmente ao programa, por meio da assinatura de termo de adesão, anexando o projeto de
estruturação da unidade produtiva familiar e as etapas de sua implantação.

O Programa tem os seguintes objetivos:

✓ estimular a geração de trabalho e renda com sustentabilidade;


✓ promover a segurança alimentar e nutricional dos seus beneficiários;
✓ incentivar a participação de seus beneficiários em ações de capacitação social,
educacional, técnica e profissional; e
✓ incentivar a organização associativa e cooperativa de seus beneficiários.

Valor do benefício:

Existem duas modalidades do Programa de Fomento:

Fomento Brasil Sem Miséria – Renda por pessoa mensal de até R$ 85,00.

Valor de repasse: R$ 2.400,00 (primeira parcela de R$ 1.400,00 e a segunda de R$ 1.000,00)

Fomento Semiárido - Renda por pessoa mensal de até R$ 170,00.

Valor de repasse: R$ 3.000,00 (primeira parcela de R$ 1.800,00 e a segunda de R$ 1.200,00)

Para participar da modalidade Fomento Semiárido as famílias devem dispor de água para a produção
agropecuária e deter capacidade produtiva mínima para a implementação de técnicas de convivência
com o semiárido. Nesse sentido, serão priorizadas as famílias que tenham sido atendidas e/ou
selecionadas no Programa Cisternas e nas demais ações do Programa Água para Todos.

4 - Políticas de trabalho, emprego e renda no Brasil

4.1 - A consolidação das normas trabalhistas no Brasil

Fazendo uma breve contextualização histórica sobre a consolidação das normas trabalhistas no
Brasil, no período entre 1888 (extinção da escravatura) a 1930, começam a surgir timidamente
algumas legislações que tratam das relações de trabalho. No entanto, a garantia dos direitos
trabalhistas só aconteceu a partir década de 1930, durante a era Vargas.
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A partir de 1937, através de um modelo intervencionista, o Estado passa a intervir mais fortemente
na relação capital-trabalho. O Decreto-Lei nº 1.237, de 1º de maio de 1939 estruturou e implantou a
Justiça do Trabalho.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) surgiu, pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943,
sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no
Brasil. Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, n a
cidade e no campo. A CLT é um conjunto de leis que garante direitos como férias, associação sindical
e décimo-terceiro salário.

Em 1967, a nova Constituição Federal limitou a idade mínima do trabalhador e incluiu o direito ao
seguro-desemprego. Já a Constituição Federal de 1988, marco da redemocratização, criou o piso
salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho prestado. A jornada de trabalho ficou
limitada a oito horas diárias e foram instituídas a proteção contra a dispensa arbitrária e a
irredutibilidade salarial – em termos nominais, já que o poder de compra mudava à velocidade da
alta inflação.

Veja a linha do tempo em relação aos direitos trabalhistas:

1943 - CLT entra em vigor; 1988 - piso salarial


1962 - o décimo-terceiro salário é proporcional à
instituído; complexidade do trabalho;
jornada limitada à 8 horas
1967 - Constituição Federal limitou a diárias;
idade mínima do trabalhador e
incluiu o direito ao seguro- 1996 - o contrato de
desemprego. trabalho fica mais flexível;
2011 - trabalho à distância
1973 - domésticas passam a ter
direito à Carteira de Trabalho; é reconhecido legalmente;
1977 - - férias remuneradas são 2013 - domésticos ganham
garantidas por lei; direito a adicional por hora
extra;

A partir da década de 90 no Brasil, o neoliberalismo finca suas raízes, afetando diretamente as


relações de trabalho, precarizando-as, em um processo de privatizações, desregulamentação,
contratos de prazo determinado, subcontratação e terceirizações.

Em 2017, inúmeros direitos trabalhistas foram profundamente alterados pela Lei 13.467/17, a
famosa “Reforma Trabalhista”. A nova lei que entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017
alterou mais de 100 pontos da CLT.

Veja a seguir os principais pontos a serem destacados da Reforma Trabalhista:

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O A reforma trabalhista inseriu nesse artigo o


Artigo 4º da CLT considerava parágrafo segundo que coloca diversas
como serviço efetivo o situações em que o tempo de permanência
período em que o empregado do empregado na empresa não será
estivesse à disposição do considerado como a disposição do
empregador para fins de remuneração,
empregador aguardando ou
como por exemplo: práticas religiosas;
executando ordens.
descanso; lazer; estudo; alimentação;
atividades de relacionamento social; higiene
O tempo despendido pelo
pessoal; troca de roupa ou uniforme,
empregado, em condução
quando não houver obrigatoriedade de
fornecida pelo empregador,
realizar a troca na empresa.
até o local de trabalho de
difícil acesso, ou não servido
por transporte público Deixa de integrar a jornada de trabalho o
regular, e para o seu retorno tempo despendido no percurso entre a
era computável na jornada de residência do empregado até a efetiva
trabalho. ocupação de seu posto de trabalho, seja ele
caminhado ou por qualquer meio de
transporte.

As compensações de hora O banco de horas poderá ser negociado


extra por folga deveriam ser também por acordo individual entre patrão
negociadas entre os e empregado. No caso de negociação direta
sindicatos e as empresas, por com o patrão, a compensação das horas
meio de convenção ou acordo extras deve ser feita no prazo máximo de 6
coletivo, e o período máximo meses, com acordo individual por escrito.
para tirar as folgas era de um
ano.

Qualquer trabalho contínuo, O intervalo intrajornada poderá ser de no


cuja duração exceda 06 (seis) mínimo 30 (trinta) minutos nos casos de
horas, era obrigatória previsão em Acordos Coletivos e
concessão de um intervalo Convenções Coletivas. Em casos de não
para descanso e refeição de concessão ou concessão parcial do intervalo
no mínimo 1 (uma) hora e, intrajornada mínimo para descanso,
salvo acordo escrito ou implicará no pagamento APENAS do período
contrato coletivo em suprimido com acréscimo de 50% sobre o
contrário, não poderia valor da remuneração da hora normal de
exceder a 2 (duas) horas. Não trabalho.
sendo concedido o intervalo
INTEGRAL de 1 (uma) hora, o
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empregador era condenado


ao pagamento de horas
extras acrescidas de 50%
sobre a hora integral.

Regra geral, as férias As férias poderão ser usufruídas em até três


deveriam ser gozadas em um períodos, um com pelo menos 14 dias
único período de 30 dias. O corridos e os demais, cinco dias corridos. O
fracionamento era aceito pela início das férias não poderá ocorrer dois dias
Justiça do Trabalho apenas antes de feriados ou no dia de repouso
em situações específicas, em remunerado.
até 2 períodos, sendo que
nenhum deles pode ser
inferior a 10 dias.

A Lei estabelecia que Os dois períodos de descanso previsto no


para amamentar o próprio art. 396 da CLT deverão ser definidos em
filho, até que este acordo individual entre a mulher e o
complete 06 (seis) meses de empregador.
idade, a mulher tinha direito,
durante a jornada de
trabalho, a 02 (dois)
descansos especiais, de meia
hora cada um.

O artigo 394 A da CLT Quando não for possível que a gestante ou a


estabelecia que a empregada lactante afastada exerça suas atividades em
gestante e a lactante seriam local salubre na empresa, a hipótese será
automaticamente afastadas considerada como gravidez de risco e
de qualquer atividade ou local ensejará a percepção de salário-
insalubre, enquanto durasse a maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de
gestação e a lactação, 24 de julho de 1991, durante todo o período
devendo exercer suas de afastamento.
atividades em local salubre.
(Vide ADIN 5938)

Não existia previsão na CLT. A nova Lei vem regulamentar a prática dos
chamados “bicos”, permitindo que tais

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trabalhadores exerçam atividade com


registro em carteira de forma esporádica e
para diversos empregadores. Pela nova Lei,
é considerado trabalho intermitente àquele
realizado com subordinação, não contínua,
com alternância de períodos de prestação de
serviço e de inatividade, determinados em
horas, dias ou meses, independentemente
do tipo de atividade, com exceção dos
aeronautas.

A Lei nº 13.467/2017 trouxe a dispensa da


Necessidade de homologação assistência do respectivo Sindicato,
de rescisões de contratos de autoridade do Ministério do Trabalho e
trabalho de empregados com Previdência Social, representante do
mais de 1 ano de trabalho Ministério Público ou Defensor Público,
pelo sindicato ou pelo quando da rescisão de contrato de trabalho
Ministério do Trabalho. de colaborador com mais de 1 (um) ano de
serviço.

Segundo Lourenço (2018) 13, a segurança social entra em colapso com a Lei 13.467/17, mudando
profundamente as relações sociais de trabalho no país, legalizando aspectos contratuais, salariais e
de condições de trabalho, que anteriormente, eram tomados como passíveis de denúncia e
reclamação sindical e de demandas na justiça do trabalho. Assim, o “negociado” prevalecesse sobre
o legislado, expondo as pessoas que recebem salários mais baixos a maior exposição de assédio
moral ou dano extrapatrimonial, entre outros aspectos negativos, que agora são permitidos
legalmente com a reforma trabalhista.

A autora ainda pontua que

Na atualidade, o que se vivencia é um mercado de trabalho altamente exigente em


termos de produtividade, presenteismo, disciplina e envolvimento cognitivo e
afetivo com o trabalho, é o que o Giovanni Alves chama de “captura” da
subjetividade. Ou seja, cada vez mais, se exige que o\a trabalhador\a mantenha
uma relação afetiva com o seu trabalho, dando “tudo de si” para o alcance das
metas e para a manutenção do emprego, o que implica adesão à missão da empresa
e respectivas expectativas empresariais. E, nesse ínterim, o trabalho invade o

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tempo de vida pessoal, eliminando qualquer possibilidade de o\a trabalhador\a ter


tempo livre. (p. 261)

4.2 - Estrutura da política pública de emprego, trabalho e renda no


Brasil

A política de emprego, trabalho e renda abrange as políticas de apoio ao desempregado, como o


seguro-desemprego e o abono salarial; as políticas de qualificação profissional e de intermediação
de mão de obra; as políticas de microcrédito; as políticas voltadas para a economia popular solidária;
as políticas de incentivo ao primeiro emprego. Abrange ainda a produção de informações sobre o
mercado de trabalho, o apoio à geração de emprego e de renda, e a fiscalização do trabalho, que
prioriza o combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo.

Após a Consolidação das Leis Trabalhistas em 1943, houve a criação do

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em 1966;


Programa de Integração Social — PIS — e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
— Pasep — em 1970;
Sistema Nacional de Emprego (SINE) em 1975, atendendo à determinação da Convenção nº
88 da Organização Internacional do Trabalho — OIT;
Seguro Desemprego em 1986.

Já a regulamentação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) se deu na década de 90. Este é um


fundo especial, destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, ao Abono Salarial e ao
financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico; estes últimos, a cargo do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É gerido pelo Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, órgão colegiado, de caráter tripartite e paritário,
composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. A principal fonte
de recursos do FAT é composta pelas contribuições para o Programa de Integração Social – PIS e para
o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP.

Apesar dessas importantes iniciativas, até o final da década de 1980 o sistema público de emprego
ainda não havia se consolidado no País. Foi a Constituição da República de 1988 que estabeleceu as
bases para a organização de um programa de amparo ao trabalhador desempregado mais
consistente. O Programa do Seguro-Desemprego resultante daí e sua forma de financiamento vieram
a constituir o eixo organizador de um conjunto de benefícios e serviços no que se refere às políticas
de emprego.

O Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda criado em 1995, foi distribuído em três áreas:

1) as políticas de caráter compensatório, de apoio ao desempregado, através do abono salarial e


seguro- desemprego;

2) as políticas ativas: Qualificação Profissional e a Intermediação de mão de obra ou Colocação


Profissional, que busca inserir no mercado os desempregados;
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3) o conjunto de políticas de crédito dirigidas aos diversos setores produtivos capazes de gerar
trabalho e renda.

Diante de um cenário de altos índices de desemprego, o governo brasileiro assumiu perante a


Organização Internacional do Trabalho — OIT —, em 2003, o compromisso de estabelecer um
programa de cooperação técnica para elaborar uma agenda nacional do trabalho decente, com a
promoção de emprego de qualidade, a extensão da proteção social e o respeito aos princípios e aos
direitos fundamentais do trabalho.

O Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente — PNETD —, lançado em maio de 2010 na ocasião
da 1ª Conferência Nacional de Trabalho Decente, resultou de um amplo processo de consulta
tripartite, de diálogo e de cooperação entre diversos órgãos do governo.

O trabalho decente é definido como trabalho produtivo adequadamente remunerado, exercido em


condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna. Foram
estabelecidas três prioridades no Plano, com o objetivo de reduzir a informalidade, a rotatividade no
emprego, as desigualdades de gênero, raça e etnia, bem como de aumentar os rendimentos e a
produtividade e de melhorar as condições de segurança e de saúde nos locais de trabalho.

Principais legislações sobre a política de emprego, trabalho e renda:


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4.3 - O Seguro-desemprego

O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art.7º dos


Direitos Sociais da Constituição Federal e tem por finalidade prover assistência financeira temporária
ao trabalhador dispensado involuntariamente.

Embora previsto na Constituição de 1946, foi introduzido no Brasil no ano de 1986, por intermédio
do Decreto-Lei n.º 2.284, de 10 de março de 1986 e regulamentado pelo Decreto n.º 92.608, de 30
abril de 1986.

Após a Constituição de 1988, o benefício do Seguro-Desemprego passou a integrar o Programa do


Seguro-Desemprego que tem por objetivo, além de prover assistência financeira temporária ao
trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta (quando o
empregado solicita judicialmente a dispensa do trabalho), auxiliá-lo na manutenção e busca de
emprego, promovendo para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação
profissional.

Atualmente existem cinco modalidades para pagamento do Seguro-Desemprego:

Seguro-desemprego Formal;
Seguro-desemprego Pescador artesanal;
Seguro-desemprego Empregado doméstico;
Seguro-desemprego Trabalhador resgatado;
Bolsa de Qualificação profissional.

O Seguro-Desemprego Formal foi instituído pela Lei n.º7.998, de 11 de janeiro de 1990, alterado pela
Lei n.º 8.900, de 30 de junho de 1994 e posteriormente pela Lei n.º 13.134, de 16 de junho de 2015,
com a finalidade de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado sem justa
causa, e auxiliá-lo na manutenção e na busca de emprego, provendo para tanto, ações integradas de
orientação, recolocação e qualificação profissional.

Para ter direito ao Seguro-Desemprego o trabalhador deverá comprovar ter recebido salários de
pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada da seguinte forma:

Ao solicitar o Ao solicitar o Ao solicitar o


benefício pela benefício pela benefício pela
primeira vez: segunda vez: terceira vez ou mais:
• O trabalhador • O trabalhador • O trabalhador
deverá ter recebido deverá ter recebido deverá ter recebido
pelo menos 12 pelo menos 9 ao menos 6 salários
salários nos últimos salários nos últimos nos meses
18 meses 12 meses imediatamente
imediatamente imediatamente anteriores à data da
anteriores à data de anteriores à data de dispensa.
dispensa. dispensa.

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O trabalhador deverá ter recebido ao menos 6 salários nos meses imediatamente anteriores à data
da dispensa.

O trabalhador no período que estiver recebendo o Seguro-Desemprego, não pode possuir outra
fonte de renda de qualquer natureza. Também não poderá acumular o Seguro-Desemprego com
qualquer outro benefício previdenciário de prestação continuada.

A Lei nº 12.513/2011 acrescentou artigo na Lei nº 7.998/1990 que associa o recebimento do benefício
à matrícula e frequência em curso de qualificação, fornecido gratuitamente aos trabalhadores
dispensados sem justa causa, requerentes do Seguro-Desemprego. Desta forma:

✓ O recebimento da assistência financeira do Programa Seguro-Desemprego fica condicionado


à comprovação de matrícula e de frequência do trabalhador em curso de formação inicial e
continuada ou qualificação profissional.
✓ O benefício Seguro-Desemprego será cancelado pela recusa por parte do trabalhador em
matricular-se em curso condizente com sua qualificação registrada ou declarada, ou sua
evasão.

o Seguro-Desemprego do trabalhador desempregado também poderá ser cancelado pela recusa de


outro emprego condizente com a sua qualificação e remuneração anterior.

O Seguro-Desemprego Empregado Doméstico é o pagamento de benefício instituído pela Lei n.º


10.208 de 23 de março de 2001 e pela Lei Complementar nº 150, de 02 de junho de 2014, tem por
finalidade prover assistência financeira temporária ao empregado doméstico dispensado sem justa
causa. O valor de cada parcela é de um salário mínimo, sendo que cada segurado recebe no máximo
três parcelas. Tem direito ao benefício o empregado doméstico dispensado sem justa causa que
comprovar:

✓ Ter trabalhado como empregado doméstico pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses;
✓ Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e
pensão por morte;
✓ Não possuir renda própria para seu sustento e de sua família.

O Seguro-Desemprego Pescador Artesanal é dirigido ao pescador profissional que exerça sua


atividade de forma artesanal, individual ou em regime de economia familiar, ainda que com auxílio
eventual de parceiros e que teve que interromper a pesca devido ao período de proibição da pesca
para preservação da espécie (defeso), fixado através de Instrumento Normativo publicado no Diário
Oficial da União.

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Principais requisitos:

✓ Exercer a pesca de forma ininterrupta, sozinho ou em regime de economia familiar;


✓ Estar impedido de pescar, em função de período de defeso da espécie que captura. Veja os
períodos por região e a lista de defesos suspensos pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente);
✓ Ter cadastro ativo no Registro Geral de Pesca (RGP) há pelo menos um ano, como pescador
profissional artesanal;
✓ Ser segurado especial da Previdência Social, na condição de pescador artesanal;
✓ Comercializar a sua produção a pessoa física ou jurídica, comprovando a contribuição
previdenciária, nos últimos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento do
benefício ou desde o último período de defeso até o início do período atual, o que for menor;
✓ Não estar em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da Assistência Social ou da
Previdência Social, exceto auxílio-acidente, auxílio-reclusão e pensão por morte; e
✓ Não ter vínculo de emprego ou outra relação de trabalho ou fonte de renda diversa da
decorrente da atividade pesqueira.

O Seguro-Desemprego Trabalhador Resgatado é um auxílio temporário concedido ao trabalhador


comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.
Tendo direito a no máximo três parcelas no valor de um salário mínimo.

A Bolsa de Qualificação Profissional é uma política ativa destinada a subvencionar os trabalhadores,


com contrato de trabalho suspenso, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, devidamente matriculado em curso ou programa de qualificação profissional
oferecido pelo empregador. A suspensão do contrato de trabalho está prevista na Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT. No Artigo 476-A, da CLT consta o permissivo legal para a suspensão do
contrato de trabalho, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação
profissional.

4.4 - Auxílio emergencial

O auxílio emergencial é um benefício instituído no Brasil pela Lei de nº 13.982/2020 que prevê o
repasse mensal a trabalhadores informais e de baixa renda, microempreendedores individuais e
também contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo do auxílio
é mitigar os impactos econômicos que serão causados pela pandemia de COVID-19.

E quem tem direito ao auxílio emergencial?

Tem direito ao auxílio emergencial o cidadão maior de 18 anos, ou mãe com menos de 18, que atenda
a todos os seguintes requisitos:

Esteja desempregado ou exerça atividade na condição de:


Microempreendedores individuais (MEI);
Contribuinte individual da Previdência Social;
Trabalhador Informal.
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Pertença à família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo, ou cuja
renda familiar total seja de até 3 (três) salários mínimos.

O recebimento do auxílio emergencial está limitado a 2 membros da mesma família. A mulher


provedora de família monoparental receberá 2 cotas do auxílio.

E quem não tem direito ao auxílio emergencial?

Não tem direito ao auxílio aquele que:

• Tenha emprego formal ativo;


• Pertence à família com renda superior a três salários mínimos ou cuja renda mensal por
pessoa seja maior que meio salário mínimo;
• Está recebendo Seguro Desemprego;
• Está recebendo benefícios previdenciários, assistenciais ou benefício de transferência de
renda federal, com exceção do Bolsa Família;
• Recebeu rendimentos tributáveis acima do teto de R$ 28.559.70 em 2018, de acordo com
declaração do Imposto de Renda.

Nas situações em que for mais vantajoso, o auxílio emergencial substituirá, temporariamente e de
ofício, o benefício do Programa Bolsa Família. Ou seja, se uma família recebe Bolsa Família de valor
inferior ao auxílio emergencial, poderá optar, temporariamente, por receber o auxílio, considerando
que os dois benefícios não podem ser acumulados.

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4 – Considerações Finais

Parabéns! Chegamos ao final de mais uma aula!

Nesta aula estudamos sobre a as Políticas Sociais Setoriais: educação, habitação, políticas urbanas e
rurais, meio ambiente e reforma agrária, emprego, trabalho e renda. Abordamos também sobre os
principais programas de cada política setorial.

A seguir você terá um resumo dos principais pontos tratados nesta aula, o que facilitará na hora de
revisar futuramente! Agora é hora de treinar e ficar craque na resolução de questões sobre o tema
abordado nesta aula! Recomendo que tente resolver as questões ao final do pdf e, só depois acesse
as questões comentadas que disponibilizarei a seguir!

Bom treino e até a próxima aula!

Nilza Ciciliati

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RESUMO
 POLÍTICA DE EDUCAÇÃO

 LDB:

• Níveis da educação: educação básica e ensino superior;


• Educação básica: obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos (infantil, fundamental e médio);
• Modalidades: educação especial; profissional e tecnológica; de jovens e adultos e indígena.

Educação Especial – Atende aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, tendo início na
educação infantil e estendendo-se ao longo da vida e, oferecendo serviços de apoio especializado,
quando necessário.
Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem atividades
produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos.

Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso à educação na idade
apropriada. Ensino fundamental direcionado para os maiores de quinze anos; ensino médio
direcionado para os maiores de dezoito anos.

Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua


materna de cada tribo.

 Lei 13.935/2019: psicólogos e assistentes sociais na educação básica.

A política educacional não se estrutura como forma de assegurar modos autônomos de pensar e
agir.

Compreender o alcance das estratégias educacionais empreendidas sob a hegemonia do capital


financeiro e reorientar a direção política de sua atuação é um desafio que a profissão tem.

Não podemos cair na armadilha que o trabalho do assistente social deve se reduzir a fenômenos
que recaiam sobre os discentes, os estudantes das escolas", mas deve contemplar toda a
comunidade escolar: professores, servidores, famílias, estudantes e a comunidade no entorno da
escola

Valorização da dimensão educativa:

✓ adesão às lutas e movimentos sociais em torno da erradicação do analfabetismo, de uma


educação pública universal, gratuita e de qualidade;
✓ acesso progressivo dos diversos segmentos sociais aos diferentes níveis de educação.

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 Focos de atuação:

• Garantir o acesso da população à educação escolarizada;


• Garantir a permanência da população nas instituições educacionais;
• Garantir a qualidade dos serviços prestados no sistema educacional;
• Fortalecimento das propostas e ações de gestão democrática e participativa da população
no campo educacional.

 Dimensões da atuação profissional:

• As abordagens individuais e a atuação junto às famílias;


• A intervenção coletiva junto aos movimentos sociais;
• A dimensão investigativa;
• A inserção dos/as assistentes sociais nos espaços democráticos de controle social;
• A dimensão pedagógico-interpretativa e socializadora das informações e conhecimentos;
• A dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços;

 Assistência estudantil:

• Década de 30: programas de moradias universitárias e programa de alimentação;

 Objetivos do PNAES:

I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública


federal;
II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e
conclusão da educação superior;
III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e
IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

 Áreas da assistência estudantil:

moradia estudantil; alimentação; transporte; atenção à saúde; inclusão digital;


cultura; esporte; creche; apoio pedagógico; e acesso, participação e aprendizagem de
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades e superdotação.

 Quem tem prioridade: os estudantes oriundos da rede pública de educação básica ou com renda
familiar per capita de até um salário mínimo e meio

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Políticas Urbanas e de Habitação

✓ A partir da década de 40: intenso processo de urbanização, gerando um enorme déficit


habitacional urbano e rural;
✓ Década de 60: modelo desenvolvimentista de política habitacional;
✓ Política urbana atual: excludente e segregativa;
✓ Política urbana na CF/88: a moradia foi reconhecida constitucionalmente como um dos
direitos sociais. Artigos 182 e 183 regulamentam a política urbana;

Estatuto da Cidade: estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso
da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem
como do equilíbrio ambiental.

E quando a propriedade urbana cumpre sua função social?

A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas

Usucapião especial urbano: é o domínio de área ou edificação urbana de até 250m², mantida por 5
anos ininterruptos e sem oposição, para moradia de seu ocupante ou de sua família, desde que não
seja proprietário de outro imóvel.

A usucapião também pode se dar de forma coletiva em núcleos urbanos informais, sem oposição
há mais de 5 anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a 250m² por
possuidor, desde que não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

O Plano Diretor é obrigatório para cidades:

• com mais de 20 mil habitantes;


• integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
• integrantes de áreas de especial interesse turístico;
• inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito regional ou nacional .

A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

Política Nacional de Habitação (PNH)

Os princípios da Política Nacional de Habitação são os seguintes:

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✓ Direito à moradia, enquanto um direito individual e coletivo, previsto na Declaração Universal


dos Direitos Humanos e na Constituição brasileira de 1988;
✓ Moradia digna como direito e vetor de inclusão social garantindo padrão mínimo de
habitabilidade, infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo,
equipamentos, serviços urbanos e sociais;
✓ Função social da propriedade urbana buscando implementar instrumentos de reforma que
possibilitem melhor ordenamento e maior controle do uso do solo, de forma a combater a
retenção especulativa e garantir a terra urbanizada;
✓ Questão habitacional como uma política de Estado, uma vez que o poder público é agente
indispensável na regulação urbana e na regulação do mercado imobiliário, na provisão da
moradia e na regularização de assentamentos precários, devendo ser, ainda, uma política
pactuada com a sociedade e que extrapole mais de um governo;
✓ Gestão democrática com participação dos diferentes segmentos da sociedade, possibilitando
controle social e transparência nas decisões e procedimentos;
==12fc3e==

✓ Articulação das ações de habitação à política urbana de modo integrado com as demais
políticas sociais e ambientais.

Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, tem o objetivo de:

• viabilizar para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e
sustentável;
• implementar políticas e programas de investimentos e subsídios, promovendo e viabilizando
o acesso à habitação voltada à população de menor renda; e
• articular, compatibilizar, acompanhar e apoiar a atuação das instituições e órgãos que
desempenham funções no setor da habitação.

Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV)

O PMCMV compreende o Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) e o Programa Nacional


de Habitação Rural (PNHR)

O PNHU é destinado às famílias com renda mensal de até dez salários mínimos, tendo direito
aos subsídios habitacionais aquelas com renda familiar de até seis salários mínimos;

o PNHR tem como objetivo a concessão de subsídios aos agricultores rurais para a construção
de moradia em área rural, por meio da aquisição de material de construção, conforme a faixa
de renda familiar de até R$ 10.000,00 anuais.

Problemas apontados: esvaziar as instâncias de controle social e, ao expandir a malha urbana por
meio de processos de periferização e segregação, pela monofuncionalidade e guetificação dos
grandes conjuntos habitacionais.

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Atuação de assistentes sociais na Política Urbana:

Ocorre sob dois grandes eixos:

uma perspectiva coletiva, junto aos movimentos sociais, nos processos de participação e
organização popular, e
uma perspectiva individual e/ou grupal, com vistas a construir respostas às necessidades
básicas dos sujeitos usuários da política urbana, no acesso aos direitos, bens e equipamentos
públicos.

As principais ações desenvolvidas pelo/a assistente social na política urbana são:

De planejamento,
De caráter
gestão e
socioeducativo
coordenação

De caráter De assessoria,
organizativo e de supervisão e
mobilização popular formação

Políticas de meio ambiente e reforma agrária

Lei 8629/93: a propriedade rural que não cumprir a função social é passível de desapropriação, a
qual será indenizada previamente em títulos da dívida agrária, bem como as benfeitorias úteis e
necessárias serão indenizadas em dinheiro.

E quando a propriedade cumpre a sua função social?

Quando atende aos seguintes requisitos:

• aproveitamento racional e adequado;


• utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
• observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
• exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores (art. 186,
CF/88).

Não poderão ser objeto de desapropriação para fins de reforma agrária a pequena e a média
propriedade rural, desde que o seu proprietário não possua outra propriedade rural.

Programas Sociais dirigidos às famílias rurais

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Programa de Apoio à Conservação Ambiental - O Bolsa Verde: prevê a transferência de recursos


financeiros no valor de R$ 300, com periodicidade trimestral às famílias em situação de extrema
pobreza.

Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais: é um programa de transferência de renda


às famílias que exerçam atividades, de agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas
e pescadores. O valor do repasse varia entre R$ 2.400 e R$ 3.000, conforme a renda per capita
familiar.

Políticas de trabalho, emprego e renda

1943 - CLT entra em 1988 - A Constituição


vigor; Cidadã é aprovada;
1962 - o décimo- 1996 - o contrato de
terceiro salário é trabalho fica mais
instituído; flexível;
1973 - domésticas 2011 - trabalho à
passam a ter direito à distância é reconhecido
Carteira de Trabalho; legalmente;
1977 - - férias 2013 - domésticos
remuneradas são ganham direito a
garantidas por lei; adicional por hora
extra;

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em 1966;


Programa de Integração Social — PIS — e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
— Pasep — em 1970;
Sistema Nacional de Emprego (SINE) em 1975, atendendo à determinação da Convenção nº
88 da Organização Internacional do Trabalho — OIT;
Seguro Desemprego em 1986.

• Década de 90: FAT, privatizações, desregulamentação, contratos de prazo determinado,


subcontratação e terceirizações.
• 1995: Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda (políticas compensatórias, ativas e de
crédito);
• 2010: Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente — PNETD;
• 2017: Reforma Trabalhista; o “negociado” prevalecesse sobre o legislado;

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Seguro-desemprego:

• em casos de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta;


• não pode possuir outra fonte de renda de qualquer natureza;
• será cancelado pela recusa por parte do trabalhador em matricular-se em curso condizente
com sua qualificação;
• também poderá ser cancelado pela recusa de outro emprego condizente

Cinco modalidades para pagamento do Seguro-Desemprego:

Seguro-desemprego Formal;
Seguro-desemprego Pescador artesanal;
Seguro-desemprego Empregado doméstico;
Seguro-desemprego Trabalhador resgatado;
Bolsa de Qualificação profissional.

Auxílio emergencial:

• prevê o repasse mensal a trabalhadores informais e de baixa renda,


microempreendedores individuais e também contribuintes individuais do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
• objetivo do auxílio é mitigar os impactos econômicos que serão causados pela pandemia de
COVID-19.
Destinado à família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo, ou cuja
renda familiar total seja de até 3 (três) salários mínimos.
O recebimento do auxílio emergencial está limitado a 2 membros da mesma família.
A mulher provedora de família monoparental receberá 2 cotas do auxílio.

Anotações:

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/CEBRASPE - 2019) De acordo com os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Brasileira (LDB), julgue o próximo item.
O ensino militar é regulado pela LDB, portanto deve obedecer às mesmas normas fixadas para os
demais sistemas de ensino.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

A questão está errada, pois conforme o art. 83 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
(LDB), o ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo
com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

Gabarito: Errado.

2. (CESPE/CEBRASPE - 2019) De acordo com os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Brasileira (LDB), julgue o próximo item.
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar e em movimentos
sociais.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

Conforme o art. 1.º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), a educação abrange os
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais, em organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.

Gabarito: Certo.

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3. (CESPE/CEBRASPE - 2020) Julgue os itens a seguir, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB).
I O pluralismo de ideias e a liberdade de divulgar o pensamento são considerados princípios do
ensino.

II É dever do Estado garantir a pré-escola pública.

III As instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada não compõem o sistema
federal de ensino.

IV O número de horas letivas definidas para o calendário escolar deve ser adequado à realidade
local de cada sistema de ensino.

V A legislação para a educação básica para a população rural proíbe a adequação do calendário
escolar às condições climáticas.

Assinale a opção correta.

A. Apenas os itens I e II estão certos.

B. Apenas os itens III e V estão certos.

C. Apenas os itens I, II e IV estão certos.

D. Apenas os itens III, IV e V estão certos.

E. Todos os itens estão certos.

Comentário:

Vamos analisar as alternativas:

I. Correto. De acordo com o art. 3º da LDB, o ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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XII - consideração com a diversidade étnico-racial.


XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.

II. Correto. O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada
da seguinte forma: pré-escola; ensino fundamental; ensino médio;

III. Errado. O sistema federal de ensino compreende: as instituições de ensino mantidas pela União;
as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada; os órgãos federais de
educação.

IV. Errado. O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e
econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas
letivas previsto na LDB.

V. Errado. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão
as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região,
especialmente: I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do
calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do
trabalho na zona rural.

Gabarito: letra A

4. (CESPE/CEBRASPE - 2016) A lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB)
inclui a educação especial, modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. A respeito da educação especial, julgue
o item a seguir.
Ao poder público cabe a ampliação, na própria rede pública regular de ensino, do atendimento aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, independentemente do apoio às instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário:

A LDB trata da educação especial, entendida como a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

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De acordo com a legislação, o poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do
atendimento à educação especial na própria rede pública regular de ensino, independentemente do
apoio às instituições privadas sem fins lucrativos.
Gabarito: Certo.

5. (CESPE/CEBRASPE - 2016) A respeito da educação especial, julgue o item a seguir.


A oferta de educação especial deve ser assegurada a partir dos dois anos de idade, preferencialmente
em escolas ou classes especiais.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário:

O Estado tem o dever de assegurar o atendimento educacional especializado gratuito aos educandos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino,
tendo início na educação infantil e estendendo-se ao longo da vida.
Gabarito: Errado.

6. (CESPE/CEBRASPE - 2016) O déficit habitacional é uma questão histórica no Brasil. Acerca do


Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), julgue o item a seguir.
Lançado pelo governo federal brasileiro em 2009, o PMCMV tem a finalidade de criar mecanismos
de incentivo à produção e à aquisição de novas unidades habitacionais pelas famílias com renda de
até no máximo cinco salários mínimos.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário:

O PMCMV compreende o Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) e o Programa Nacional


de Habitação Rural (PNHR)

O PNHU é destinado às famílias com renda mensal de até dez salários mínimos, tendo direito
aos subsídios habitacionais aquelas com renda familiar de até seis salários mínimos;

o PNHR tem como objetivo a concessão de subsídios aos agricultores rurais para a construção
de moradia em área rural, por meio da aquisição de material de construção, conforme a faixa
de renda familiar de até R$ 10.000,00 anuais.

Gabarito: Errado.

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7. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Julgue o item a seguir, relativo a rescisão do contrato de trabalho e


seguro-desemprego.
Caso se identifique, em ação de fiscalização do Ministério do Trabalho, situação em que
trabalhadores estejam reduzidos a condição análoga à de escravo, esses trabalhadores deverão ser
resgatados e terão direito ao recebimento do seguro-desemprego.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário:

A questão está correta, pois, conforme dispõe o art. 2º da Lei nº 7.998/90, o programa do seguro-
desemprego tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador
desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador
comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido
a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e
Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de seguro-
desemprego no valor de um salário mínimo cada.

Gabarito: Certo.

8. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Julgue o item a seguir, relativo a rescisão do contrato de trabalho e


seguro-desemprego.
O empregado doméstico que for dispensado terá direito ao benefício do seguro-desemprego se a
dispensa se der sem justa causa, mas não terá esse direito se a dispensa se der por justa causa ou
por rescisão indireta.

( ) Certo ( ) Errado
Comentário:

A questão está errada, pois a rescisão indireta gera os mesmos direitos que a rescisão sem justa
causa. Lembrando que o direito ao seguro-desemprego foi estendido ao empregado doméstico com
a EC 72/2003, assegurando o recebimento de, no máximo, 3 parcelas do seguro desemprego, no
valor de um salário mínimo.

Gabarito: Errado

9. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir a denominada


função social. Para o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento de determinadas
exigências, como a
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A. priorização da propriedade coletiva.


B. limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
C. exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
D. manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.

Comentário:

De acordo com o art. 186 da CF/88, a função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes
requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Gabarito: letra C

10. (CESPE/CEBRASPE - 2016) Assinale a opção correta no que tange a políticas sociais setoriais.
A. O seguro-desemprego é um benefício que objetiva prover assistência financeira temporária
ao trabalhador demitido por justa causa.
B. A seleção dos beneficiários para participar do programa Minha Casa Minha Vida é de
responsabilidade de equipe específica da empresa responsável pela construção das moradias.
C. Ao trabalhador demitido após vinte anos de trabalho é assegurado o direito de recebimento
do seguro-desemprego, ainda que ele tenha rendimento de trabalho informal.
D. A educação infantil, que busca dar formação básica ao cidadão, tem início aos seis anos de
idade.
E. A reforma agrária, cujos avanços ocorreram a partir do apoio ativo dos movimentos sociais, é
um dos mecanismos pelos quais se realiza a reprodução social da pequena agricultura
familiar.

Comentário:

Vamos analisar as alternativas:

A. Errado. O seguro-desemprego está disponível para recém-demitidos de empregos formais sem


justa causa.

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B. A indicação e seleção dos beneficiários é de responsabilidade do Poder Público e deve ser


apresentada à Caixa Econômica Federal.

C. Errado. É assegurado o direito de recebimento do seguro-desemprego, apenas àquele que não


tenha qualquer tipo de rendimento.

D. Errado. A educação infantil, primeira etapa da educação básica (creches e pré-escolas), tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos de idade.

E. Correto. A organização e as manifestações dos movimentos sociais foram primordiais para


impulsionar as políticas de reforma agrária.

Gabarito: letra E

11. (IF - ES - 2019 - adaptado) As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser
desenvolvidas em diversas áreas:
Dentre essas áreas, quais NÃO compreendem os Programas da Política de Assistência
Estudantil do Ifes?

A. Inclusão social; Creche;


B. Alimentação; Esporte;
C. Atenção à saúde; Transporte;
D. Atenção à saúde; cultura;
E. Cultura; acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

Comentário:

A questão pede a alternativa errada!

As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas áreas de:

moradia estudantil; alimentação; transporte; atenção à saúde; inclusão digital; cultura; esporte;
creche; apoio pedagógico; e acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

O correto na letra A seria inclusão digital e não inclusão social.

GABARITO: LETRA A

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12. (COMPERVE - 2017 - adaptado) Os estudantes prioritariamente atendidos pelo Programa


Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) são aqueles
A. oriundos da rede pública de educação básica e com renda familiar per capita de até um salário
mínimo.
B. oriundos da rede pública de educação básica ou com renda familiar per capita de até um
salário mínimo e meio.
C. matriculados em cursos presenciais e com renda familiar per capita de até dois salários
mínimos.
D. matriculados em cursos presenciais e com renda familiar per capita de até um salário mínimo
e meio.

Comentário:

O Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES dispõe que serão atendidos prioritariamente
estudantes oriundos da rede pública de educação básica ou com renda familiar per capita de até
um salário mínimo e meio, sem prejuízo de demais requisitos fixados pelas instituições federais de
ensino superior.

GABARITO: LETRA B.

13. (UFRRJ - 2019) As primeiras iniciativas de Assistência Estudantil na década de 1930 estavam
voltadas para as seguintes ações:
A. moradias universitárias e bolsas trabalho.
B. moradias universitárias e programa de transporte.
C. moradias universitárias e programa de alimentação.
D. programa de alimentação e bolsa trabalho.
E. programa de alimentação e transporte.

Comentário:

As primeiras iniciativas de Assistência Estudantil remetem à década de 1930 e estavam voltadas para
as seguintes ações: programas de moradias universitárias e programa de alimentação.
Gabarito: letra C

14. (SUGEP - UFRPE - 2018) De acordo com o Decreto nº 7.234/2010, são objetivos do Programa
Nacional de Assistência Estudantil, EXCETO:

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A. democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal.


B. minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da
educação superior.
C. contribuir para a garantia de acesso ao mercado de trabalho, mediante uma assistência
estudantil efetiva.
D. reduzir as taxas de retenção e evasão.
E. contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

Comentário:

Vamos relembrar os objetivos do PNAES

I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal;

II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da


educação superior;

III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e

IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação


Percebam que a letra C fala em garantir o acesso ao mercado de trabalho, o que não é um dos
objetivos do Programa.

GABARITO: LETRA C

15. (QUADRIX - 2020) Quanto à Política Nacional de Habitação, julgue o item.

Um dos princípios da Política Nacional de Habitação expressa a questão habitacional como uma
política de governo, uma vez que o Poder Público é agente indispensável na regulação urbana e do
mercado imobiliário, na provisão da moradia e na regularização de assentamentos precários.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

A questão está errada, pois na PNH, a questão habitacional é entendida como uma política de Estado
(e não de governo), uma vez que o poder público é agente indispensável para a regulação urbana e
do mercado imobiliário, e para a provisão da moradia e a regularização de assentamentos precários.
Deve, portanto, ser uma política pactuada com a sociedade e que extrapole as gestões
governamentais. Entende-se, ainda, que a política de habitação deve contar com a participação dos
diferentes segmentos da sociedade, possibilitando controle social e transparência nas decisões e
procedimentos.

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Gabarito: Errado.

16. (QUADRIX - 2018) Um diagnóstico sobre a questão habitacional no Brasil revela a presença, nas
cidades, de espaços segregados, frutos da desigualdade social e d a concentração de renda da
sociedade brasileira, elegendo o deficit habitacional como um dos principais problemas
contemporâneos. Diante desse cenário, surge a necessidade de efetivação da Política Nacional
de Habitação (PNH). Acerca da PNH, julgue o próximo item.

A PNH apresenta a concepção de desenvolvimento urbano integrado, segundo a qual a habitação é


compreendida como a relação entre três elementos: a casa; o direito à convivência comunitária; e o
saneamento básico.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

A questão está errada, pois a Política de Habitação se inscreve dentro da concepção de


desenvolvimento urbano integrado, no qual a habitação não se restringe a casa, mas também
incorpora o direito à infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade e transporte coletivo,
equipamentos e serviços urbanos e sociais, buscando garantir direito à cidade.

Gabarito: Errado.

17. (VUNESP - 2018) Conforme a Lei Federal no 10.257/2001, artigo 9°, aquele que possuir como
sua área ou edificação urbana por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural. A área ou edificação urbana de que trata esse artigo é de até

A. 300 m².
B. 250 m².
C. 200 m².
D. 150 m².
E. 125 m².

Comentário:

De acordo com o Estatuto da Cidade, art. 9º, aquele que possuir como sua área ou edificação urbana
de até 250 m², por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.

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Gabarito: letra B

18. (FADESP - 2017) A Lei nº 10.257/2001, que estabelece as diretrizes gerais da política urbana,
disciplinou a usucapião especial de imóvel urbano. Sobre o assunto, é correto afirmar que

A. a usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, em processo judicial,
podendo ser exigida a intervenção do Ministério Público, como nos casos de justiça e
assistência judiciária gratuita.
B. o herdeiro legítimo continuará, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que
comprove que já tenha residido no imóvel, ainda que nele não esteja por ocasião da abertura
da sucessão.
C. será observado o rito ordinário na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, que
poderá ser ajuizada pelo possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou
superveniente.
D. aquele que possuir, como sua, área ou edificação urbana de até 250 m², por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Comentário:

Vamos analisar as alternativas:

A. Errado. Conforme o Estatuto da Cidade, na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a


intervenção do Ministério Público.

B. Errado. O herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já
resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

C. Errado. De acordo com art. 14. do Estatuto da Cidade, na ação judicial de usucapião especial de
imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário.

D. Correto. Conforme art. 9º do Estatuto da Cidade.

Gabarito: letra D

19. (FUNDEP - 2018) O documento Atuação de assistentes sociais na Política Urbana: subsídios para
reflexão (2016) reflete sobre os conflitos e problemas decorrentes das formas (e ausência) de
planejamento da política urbana e da reprodução desigual do espaço que eclodem sobre o
trabalho do assistente social na forma de demandas reprimidas, ausência de serviços e violação
de direitos das famílias. São ações desenvolvidas pelo assistente social na política urbana,
EXCETO:
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A. Entender o cadastramento que é realizado com famílias e grupos sociais, usuários da política
urbana, como um importante instrumento de informações e identificação de demandas, que
possibilita a apreensão, tanto de suas expressões culturais, políticas e econômicas quanto das
múltiplas faces da violência.
B. Democratizar as informações por meio de orientações, individuais e coletivas, tendo claras as
singularidades e particularidades das famílias e grupos sociais usuários da política urbana.
C. Mobilizar e incentivar os grupos sociais usuários da política urbana a participarem no controle
democrático dos serviços que lhes são prestados.
D. Identificar aspectos culturais da população usuária da política, alertando-os sobre problemas
e dificuldades que essas características podem trazer ao planejamento e à execução da
política urbana.
Comentário:

De acordo com o CFESS (2016), as principais ações desenvolvidas pelo/a assistente social na política
urbana são:

De caráter organizativo e De assessoria, supervisão e De planejamento, gestão e


De caráter socioeducativo
de mobilização popular formação coordenação

Agora, vamos analisar as alternativas. Lembre-se que a banca pede o que não faz parte as ações.
A. Entender o cadastramento que é realizado com famílias e grupos sociais, usuários da política
urbana, como um importante instrumento de informações e identificação de demandas, que
possibilita a apreensão, tanto de suas expressões culturais, políticas e econômicas quanto das
múltiplas faces da violência. Errado. Essa é uma das ações de caráter socioeducativo.
B. Democratizar as informações por meio de orientações, individuais e coletivas, tendo claras as
singularidades e particularidades das famílias e grupos sociais usuários da política urbana.
Errado. Essa é uma das ações de caráter socioeducativo.
C. Mobilizar e incentivar os grupos sociais usuários da política urbana a participarem no controle
democrático dos serviços que lhes são prestados. Errado. Essa é uma das ações de caráter
organizativo e de mobilização popular
D. Identificar aspectos culturais da população usuária da política, alertando-os sobre problemas
e dificuldades que essas características podem trazer ao planejamento e à execução da
política urbana. Certo. Este é o gabarito, pois a alternativa não representa uma das ações
de assistentes sociais na política urbana. O correto da ação seria: Identificar aspectos
culturais que contribuam para fortalecer a identidade social da população usuária da
política;
Gabarito: Letra D.

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20. (VUNESP - 2019) O trabalho social na política urbana, exercido por assistentes sociais, deve
ocorrer sob dois grandes eixos: uma perspectiva individual ou grupal, com vistas a construir
respostas às necessidades básicas dos sujeitos usuários dessa política, no acesso aos direitos e
uma perspectiva coletiva, junto aos movimentos sociais, nos processos de participação e
organização popular. De acordo com tais parâmetros, a atuação do assistente social nesse
campo deve se realizar sob a direção do projeto ético-político profissional e deve estar
orientada na perspectiva
A. da inserção produtiva.
B. do acesso seletivo.
C. do direito à cidade.
D. da capacitação integrativa.
E. da garantia de renda.
Comentário:

O trabalho social na política urbana, exercido por assistentes sociais sob a direção do projeto ético-
político, deve estar orientado na perspectiva do direito à cidade. E nessa direção, são princípios e
diretrizes do trabalho formular e desenvolver projetos de intervenção, que viabilizem o acesso de
segmentos da classe trabalhadora aos direitos, pela mediação da política urbana e dos diferentes
programas das políticas setoriais, com a implementação de serviços com qualidade e mobilizando e
estimulando os sujeitos sociais em processos participativos e de organização popular (CFESS, 2016).

Essa atuação ocorre sob dois grandes eixos:

uma perspectiva coletiva, junto aos movimentos sociais, nos processos de participação e
organização popular, e
uma perspectiva individual e/ou grupal, com vistas a construir respostas às necessidades
básicas dos sujeitos usuários da política urbana, no acesso aos direitos, bens e equipamentos
públicos.

Gabarito: letra C.

21. (IADES - 2019) Acerca do seguro-desemprego e abono salarial, assinale a alternativa correta.
A. Seguro-desemprego é um benefício que se integra à seguridade social e tem por finalidade a
assistência ao trabalhador desempregado.
B. O trabalhador que estiver recebendo o seguro-desemprego não pode receber remuneração
simultânea, desde que esta seja proveniente de vínculo formal.
C. O Programa de Proteção do Emprego foi criado com a finalidade de auxiliar os trabalhadores
na preservação do emprego em momentos de retração da atividade econômica.
D. Abono salarial assegura um salário mínimo anual aos trabal hadores brasileiros que recebam
até um salário mínimo mensal.

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E. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial destinado, prioritariamente,


ao custeio do programa do seguro-desemprego.
Comentário:
Vamos analisar as alternativas:
A. Errado. O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária ao trabalhador demitido
sem justa causa. Criado no Brasil em 1986 (pelo Decreto-Lei no. 2.284) e previsto na Constituição de
1988, o benefício hoje integra o Programa do Seguro-Desemprego, que auxilia o cidadão a manter
ou buscar emprego, por meio de ações de orientação, recolocação e qualificação profissional.
B. Errado. O trabalhador no período que estiver recebendo o Seguro-Desemprego, não pode possuir
outra fonte de renda de qualquer natureza. Também não poderá acumular o Seguro-Desemprego
com qualquer outro benefício previdenciário de prestação continuada.
C. Correto.
D. Errado. Abono Salarial assegura o valor de um salário mínimo anual aos trabalhadores brasileiros
que recebem em média até dois salários mínimos de remuneração mensal de empregadores que
contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP).
E. Errado. O Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT é um fundo especial, de natureza contábil-
financeira, destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao
financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico.
Gabarito: letra C

22. (FCC - 2012) O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social garantido


por lei e que pode ser descrito nas modalidades de
I. Bolsa Qualificação, destinada a subvencionar os trabalhadores com contrato de trabalho
suspenso, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
devidamente matriculado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador.
II. Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, que consiste no auxílio temporário concedido
ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição
análoga à de escravo.
III. Bolsa Qualificação, destinada a subvencionar os trabalhadores que nunca tiveram registro em
carteira e que estejam devidamente matriculados em curso ou programa de qualificação
profissional oferecido pelo poder público.
Está correto o que consta em

A. I, apenas.
B. II, apenas.

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C. III, apenas.
D. I e II, apenas.

E. I, II e III.

Comentário:

Atualmente existem cinco modalidades para pagamento do Seguro-Desemprego:

Seguro-desemprego Formal;
Seguro-desemprego Pescador artesanal;
Seguro-desemprego Empregado doméstico;
Seguro-desemprego Trabalhador resgatado;
Bolsa de Qualificação profissional.

Estão corretos os itens I e II:


I. Bolsa Qualificação, destinada a subvencionar os trabalhadores com contrato de trabalho
suspenso, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
devidamente matriculado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador.
II. Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, que consiste no auxílio temporário concedido ao
trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à
de escravo.
Gabarito: letra D.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE/CEBRASPE - 2019) De acordo com os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira (LDB), julgue o próximo item.
O ensino militar é regulado pela LDB, portanto deve obedecer às mesmas normas fixadas para os
demais sistemas de ensino.

( ) Certo ( ) Errado

2. (CESPE/CEBRASPE - 2019) De acordo com os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Brasileira (LDB), julgue o próximo item.
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar e em movimentos
sociais.

( ) Certo ( ) Errado

3. (CESPE/CEBRASPE - 2020) Julgue os itens a seguir, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB).
I O pluralismo de ideias e a liberdade de divulgar o pensamento são considerados princípios do
ensino.

II É dever do Estado garantir a pré-escola pública.

III As instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada não compõem o sistema
federal de ensino.

IV O número de horas letivas definidas para o calendário escolar deve ser adequado à realidade
local de cada sistema de ensino.

V A legislação para a educação básica para a população rural proíbe a adequação do calendário
escolar às condições climáticas.

Assinale a opção correta.

A. Apenas os itens I e II estão certos.

B. Apenas os itens III e V estão certos.

C. Apenas os itens I, II e IV estão certos.


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D. Apenas os itens III, IV e V estão certos.

E. Todos os itens estão certos.

4. (CESPE/CEBRASPE - 2016) A lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB)
inclui a educação especial, modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. A respeito da educação especial, julgue
o item a seguir.
Ao poder público cabe a ampliação, na própria rede pública regular de ensino, do atendimento aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, independentemente do apoio às instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.
( ) Certo ( ) Errado

5. (CESPE/CEBRASPE - 2016) A respeito da educação especial, julgue o item a seguir.


A oferta de educação especial deve ser assegurada a partir dos dois anos de idade, preferencialmente
em escolas ou classes especiais.
( ) Certo ( ) Errado

6. (CESPE/CEBRASPE - 2016) O déficit habitacional é uma questão histórica no Brasil. Acerca do


Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), julgue o item a seguir.
Lançado pelo governo federal brasileiro em 2009, o PMCMV tem a finalidade de criar mecanismos
de incentivo à produção e à aquisição de novas unidades habitacionais pelas famílias com ren da de
até no máximo cinco salários mínimos.
( ) Certo ( ) Errado

7. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Julgue o item a seguir, relativo a rescisão do contrato de trabalho e


seguro-desemprego.
Caso se identifique, em ação de fiscalização do Ministério do Trabalho, situação em que
trabalhadores estejam reduzidos a condição análoga à de escravo, esses trabalhadores deverão ser
resgatados e terão direito ao recebimento do seguro-desemprego.
( ) Certo ( ) Errado

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8. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Julgue o item a seguir, relativo a rescisão do contrato de trabalho e


seguro-desemprego.
O empregado doméstico que for dispensado terá direito ao benefício do seguro-desemprego se a
dispensa se der sem justa causa, mas não terá esse direito se a dispensa se der por justa causa ou
por rescisão indireta.

( ) Certo ( ) Errado

9. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir a denominada


função social. Para o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento de determinadas
exigências, como a

E. priorização da propriedade coletiva.


F. limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
G. exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
H. manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.

10. (CESPE/CEBRASPE - 2016) Assinale a opção correta no que tange a políticas sociais setoriais.
A. O seguro-desemprego é um benefício que objetiva prover assistência financeira temporária
ao trabalhador demitido por justa causa.
B. A seleção dos beneficiários para participar do programa Minha Casa Minha Vida é de
responsabilidade de equipe específica da empresa responsável pela construção das moradias.
C. Ao trabalhador demitido após vinte anos de trabalho é assegurado o direito de recebimento
do seguro-desemprego, ainda que ele tenha rendimento de trabalho informal.
D. A educação infantil, que busca dar formação básica ao cidadão, tem início aos seis anos de
idade.
E. A reforma agrária, cujos avanços ocorreram a partir do apoio ativo dos movimentos sociais, é
um dos mecanismos pelos quais se realiza a reprodução social da pequena agricultura
familiar.

11. (IF - ES - 2019 - adaptado) As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser
desenvolvidas em diversas áreas:
Dentre essas áreas, quais NÃO compreendem os Programas da Política de Assistência
Estudantil do Ifes?

A. Inclusão social; Creche;


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B. Alimentação; Esporte;
C. Atenção à saúde; Transporte;
D. Atenção à saúde; cultura;
E. Cultura; acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

12. (COMPERVE - 2017 - adaptado) Os estudantes prioritariamente atendidos pelo Programa


Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) são aqueles
A. oriundos da rede pública de educação básica e com renda familiar per capita de até um salário
mínimo.
B. oriundos da rede pública de educação básica ou com renda familiar per capita de até um
salário mínimo e meio.
C. matriculados em cursos presenciais e com renda familiar per capita de até dois salários
mínimos.
D. matriculados em cursos presenciais e com renda familiar per capita de até um salário mínimo
e meio.

13. (UFRRJ - 2019) As primeiras iniciativas de Assistência Estudantil na década de 1930 estavam
voltadas para as seguintes ações:
A. moradias universitárias e bolsas trabalho.
B. moradias universitárias e programa de transporte.
C. moradias universitárias e programa de alimentação.
D. programa de alimentação e bolsa trabalho.
E. programa de alimentação e transporte.

14. (SUGEP - UFRPE - 2018) De acordo com o Decreto nº 7.234/2010, são objetivos do Programa
Nacional de Assistência Estudantil, EXCETO:
A. democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal.
B. minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da
educação superior.
C. contribuir para a garantia de acesso ao mercado de trabalho, mediante uma assistência
estudantil efetiva.

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D. reduzir as taxas de retenção e evasão.


E. contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

15. (QUADRIX - 2020) Quanto à Política Nacional de Habitação, julgue o item.

Um dos princípios da Política Nacional de Habitação expressa a questão habitacional como uma
política de governo, uma vez que o Poder Público é agente indispensável na regulação urbana e do
mercado imobiliário, na provisão da moradia e na regularização de assentamentos precários.

( ) Certo ( ) Errado

16. (QUADRIX - 2018) Um diagnóstico sobre a questão habitacional no Brasil revela a presença, nas
cidades, de espaços segregados, frutos da desigualdade social e da concentração de renda da
sociedade brasileira, elegendo o deficit habitacional como um dos principais problemas
contemporâneos. Diante desse cenário, surge a necessidade de efetivação da Política Nacional
de Habitação (PNH). Acerca da PNH, julgue o próximo item.

A PNH apresenta a concepção de desenvolvimento urbano integrado, segundo a qual a habitação é


compreendida como a relação entre três elementos: a casa; o direito à convivência comunitária; e o
saneamento básico.

( ) Certo ( ) Errado

17. (VUNESP - 2018) Conforme a Lei Federal no 10.257/2001, artigo 9°, aquele que possuir como
sua área ou edificação urbana por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando -a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural. A área ou edificação urbana de que trata esse artigo é de até

A. 300 m².
B. 250 m².
C. 200 m².
D. 150 m².
E. 125 m².

18. (FADESP - 2017) A Lei nº 10.257/2001, que estabelece as diretrizes gerais da política urbana,
disciplinou a usucapião especial de imóvel urbano. Sobre o assunto, é correto afirmar que
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A. a usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, em processo judicial,
podendo ser exigida a intervenção do Ministério Público, como nos casos de justiça e
assistência judiciária gratuita.
B. o herdeiro legítimo continuará, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que
comprove que já tenha residido no imóvel, ainda que nele não esteja por ocasião da abertura
da sucessão.
C. será observado o rito ordinário na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, que
poderá ser ajuizada pelo possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou
superveniente.
D. aquele que possuir, como sua, área ou edificação urbana de até 250 m², por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

19. (FUNDEP - 2018) O documento Atuação de assistentes sociais na Política Urbana: subsídios para
reflexão (2016) reflete sobre os conflitos e problemas decorrentes das formas (e ausência) de
planejamento da política urbana e da reprodução desigual do espaço que eclodem sobre o
trabalho do assistente social na forma de demandas reprimidas, ausência de serviços e violação
de direitos das famílias. São ações desenvolvidas pelo assistente social na política urbana,
EXCETO:
A. Entender o cadastramento que é realizado com famílias e grupos sociais, usuários da política
urbana, como um importante instrumento de informações e identificação de demandas, que
possibilita a apreensão, tanto de suas expressões culturais, políticas e econômicas quanto das
múltiplas faces da violência.
B. Democratizar as informações por meio de orientações, individuais e coletivas, tendo claras as
singularidades e particularidades das famílias e grupos sociais usuários da política urbana.
C. Mobilizar e incentivar os grupos sociais usuários da política urbana a participarem no controle
democrático dos serviços que lhes são prestados.
D. Identificar aspectos culturais da população usuária da política, alertando-os sobre problemas
e dificuldades que essas características podem trazer ao planejamento e à execução da
política urbana.

20. (VUNESP - 2019) O trabalho social na política urbana, exercido por assistentes sociais, deve
ocorrer sob dois grandes eixos: uma perspectiva individual ou grupal, com vistas a construir
respostas às necessidades básicas dos sujeitos usuários dessa política, no acesso aos direitos e
uma perspectiva coletiva, junto aos movimentos sociais, nos processos de participação e
organização popular. De acordo com tais parâmetros, a atuação do assistente social nesse
campo deve se realizar sob a direção do projeto ético-político profissional e deve estar
orientada na perspectiva

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A. da inserção produtiva.
B. do acesso seletivo.
C. do direito à cidade.
D. da capacitação integrativa.
E. da garantia de renda.

21. (IADES - 2019) Acerca do seguro-desemprego e abono salarial, assinale a alternativa correta.
A. Seguro-desemprego é um benefício que se integra à seguridade social e tem por finalidade a
assistência ao trabalhador desempregado.
B. O trabalhador que estiver recebendo o seguro-desemprego não pode receber remuneração
simultânea, desde que esta seja proveniente de vínculo formal.
C. O Programa de Proteção do Emprego foi criado com a finalidade de auxiliar os trabalhadores
na preservação do emprego em momentos de retração da atividade econômica.
D. Abono salarial assegura um salário mínimo anual aos trabalhadores brasileiros que recebam
até um salário mínimo mensal.
E. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial destinado, prioritariamente,
ao custeio do programa do seguro-desemprego.

22. (FCC - 2012) O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social garantido


por lei e que pode ser descrito nas modalidades de
I. Bolsa Qualificação, destinada a subvencionar os trabalhadores com contrato de trabalho
suspenso, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
devidamente matriculado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador.

II. Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, que consiste no auxílio temporário concedido


ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição
análoga à de escravo.

III. Bolsa Qualificação, destinada a subvencionar os trabalhadores que nunca tiveram registro em
carteira e que estejam devidamente matriculados em curso ou programa de qualificação
profissional oferecido pelo poder público.

Está correto o que consta em


A. I, apenas.
B. II, apenas.

C. III, apenas.
D. I e II, apenas.

E. I, II e III.
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Nilza Ciciliati, Anna Valéria Andrade
Aula 26

GABARITO

1. ERRADO 9. C 17. B
2. CERTO 10. E 18. D
3. A 11. A 19. D
4. CERTO 12. B 20. C
5. ERRADO 13. C 21. C
6. ERRADO 14. C 22. D
7. CERTO 15. ERRADO
8. ERRADO 16. ERRADO

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