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Piracicaba
2009
Orientador:
Prof. Dr. JOÃO GOMES MARTINES FILHO
Piracicaba
2009
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
CDD 338.47662669
Z69a
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO ............................................................................................................................... 6
ABSTRACT ........................................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 8
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
1.1 O problema e sua importância....................................................................................... 14
1.2 Objetivos ....................................................................................................................... 15
1.3 Estrutura do trabalho ..................................................................................................... 16
2 PANORAMA DO ETANOL E ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO .................... 17
2.1 Produção de etanol e energia elétrica ............................................................................ 17
2.2 Comércio internacional de etanol.................................................................................. 24
3 CARACTERIZAÇÃO DAS REGIÕES ANALISADAS................................................ 30
3.1 Norte de Goiás: Uruaçu/GO .......................................................................................... 30
3.2 Vale do São Francisco: Casa Nova/BA......................................................................... 32
3.3 Comparativo entre as regiões analisadas....................................................................... 33
4 METODOLOGIA............................................................................................................ 37
4.1 Referencial teórico......................................................................................................... 37
4.2 Referencial analítico...................................................................................................... 43
4.2.1 Receitas ....................................................................................................................... 43
4.2.2 Custos.......................................................................................................................... 44
4.2.2.1 Custos agrícolas ........................................................................................................ 44
4.2.2.2 Custos industriais...................................................................................................... 46
4.2.3 Depreciação................................................................................................................. 47
4.2.4 Fluxo de caixa ............................................................................................................. 47
4.2.5 Taxa de desconto......................................................................................................... 48
4.2.6 Indicadores de viabilidade econômica ........................................................................ 49
4.2.6.1 Valor Presente Líquido - VPL .................................................................................. 49
4.2.6.2 Taxa Interna de Retorno - TIR.................................................................................. 50
4.2.6.3 Relação Benefício-Custo - RBC............................................................................... 51
5
4.2.6.4 Payback Descontado - PBD...................................................................................... 51
4.2.6.5 Critérios de decisão................................................................................................... 52
4.2.7 Análise de sensibilidade.............................................................................................. 53
4.3 Premissas e fontes dos dados......................................................................................... 53
4.3.1 Premissas básicas do modelo ...................................................................................... 53
4.3.2 Investimentos e despesas ............................................................................................ 57
4.3.3 Fontes de receitas ........................................................................................................ 62
4.3.4 Tributos ....................................................................................................................... 65
4.3.5 Parâmetros financeiros ................................................................................................ 66
4.3.6 Software ...................................................................................................................... 67
5 RESULTADOS ............................................................................................................... 68
5.1 Fluxos de caixa .............................................................................................................. 68
5.1.1 Cenário base ................................................................................................................ 68
5.1.2 Cenário alternativo...................................................................................................... 75
5.2 Análises de sensibilidade............................................................................................... 78
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 87
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 91
ANEXOS ............................................................................................................................ 100
6
RESUMO
ABSTRACT
Comparative analysis of financial and economic viability of installing sugar cane ethanol
plants in the North of Goias and Sao Francisco Valley/BA regions: a case study
The purpose of this dissertation is to measure and compare financial and economic
viability indexes for building ethanol plants with cogeneration units of electrical power in two
Brazil’s sugar cane expansion regions: the North of Goias, represented by the city of Uruaçu/GO;
and the Sao Francisco Valley, on the northwest semiarid area, represented by the city of Casa
Nova/BA. Discounted cash-flow methodology was used to compute the Net Present Value -
NPV, Internal Rate of Return - IRR, Discounted Payback Period - DPP and Benefit-Cost Ratio -
BCR. Besides of that, sensibility analysis methods were applied with the objective to find
intrinsic uncertainties in the developed models. Primary data were obtained through sugar cane
units close to those regions during the 2007/08 harvest season. As results, it has been found out
that the Uruaçu/GO region presented higher financial economic viability levels compared to the
Casa Nova/BA region, due to the respective NPV of R$ 181,57 million and R$ 66,73 million
over a 30-year horizon using a real discount rate of 8,02%. In an alternative scenario, it has been
admitted the presence of 80% financial loan of the initial undertaking investments. In this case,
the NPV were estimated as R$ 503,37 million for Uruaçu/GO and R$ 318,50 million for Casa
Nova/BA. Sensibility analysis showed higher impacts on the financial economic indicators
through ethanol price and the average productivity of the sugar cane crop. We concluded that
there is financial economic viability in installing ethanol plants for exportation in both analyzed
regions; however the North of Goias region is the most appropriate region. Whereas Sao
Francisco Valley region presented the advantage of being an abstain region from the polemic
question of agriculture for food or energy and being a new area for the ethanol production in
Brazil.
LISTA DE FIGURAS
Tabela 1 – Perfil e número de unidades sucroalcooleiras brasileiras por estado e região: safra
2007/08 ....................................................................................................................... 17
Tabela 2 – Exportações brasileiras de etanol por destino (milhões de litros)* ............................. 27
Tabela 3 – Quantidade, área e valor da produção da pecuária, culturas permanentes, culturas
temporárias e extração vegetal e silvicultura das cidades de Uruaçu/GO e Casa
Nova/BA - 2007.......................................................................................................... 35
Tabela 4 – Premissas técnicas e financeiras para o Norte de Goiás e Vale do São Francisco ...... 56
Tabela 5 – Dados obtidos em entrevistas a fornecedores de cana-de-açúcar e usinas de açúcar e
etanol .......................................................................................................................... 58
Tabela 6 – Investimentos agrícolas para Uruaçu/GO e Casa Nova/BA (R$ de 2008).................. 59
Tabela 7 – Vida útil e taxas de depreciação anual dos itens agrícolas e industriais...................... 60
Tabela 8 – Preços médios dos insumos de produção utilizados em Uruaçu/GO e Casa Nova/BA
(base: outubro de 2008) .............................................................................................. 61
Tabela 9 – Despesas do processo industrial: reais (R$) e reais por tonelada de cana-de-açúcar
(R$/tc) – valores com base na safra 2007/08.............................................................. 62
Tabela 10 – Formação do preço médio de venda da energia elétrica (R$/MWh - 2008).............. 64
Tabela 11 – Rendimentos do etanol (l/tc), energia elétrica (MWh/tc) e levedura (g/l etanol) após
a estabilização do canavial ....................................................................................... 65
Tabela 12 – Carga tributária incidente sobre os rendimentos do projeto ...................................... 66
Tabela 13 – Composição do capital investido nos cenários base e alternativo. ............................ 68
Tabela 14 – Resultados dos indicadores de viabilidade econômico financeira: cenário base....... 74
Tabela 15 – Resultados dos indicadores de viabilidade econômico financeira: cenário alternativo
.................................................................................................................................. 77
Tabela 16 – VPL e TIR dos fluxos de caixa incrementais – Uruaçu/GO com relação a Casa
Nova/BA................................................................................................................... 78
Tabela 17 – Indicadores de viabilidade econômico financeira: comparativo entre os cenários base
e alternativo .............................................................................................................. 78
Tabela 18 – Análise de sensibilidade: resposta do VPL a oscilações de variáveis selecionadas –
Uruaçu/GO: cenário base (R$ milhões) ................................................................... 80
11
Tabela 19 – Análise de sensibilidade: resposta do VPL a oscilações de variáveis selecionadas –
Casa Nova/BA: cenário base (R$ milhões).............................................................. 80
Tabela 20 – Análise de sensibilidade: resposta do VPL a oscilações de variáveis selecionadas –
Uruaçu/GO: cenário alternativo ............................................................................... 81
Tabela 21 – Análise de sensibilidade: resposta do VPL a oscilações de variáveis selecionadas –
Casa Nova/BA: cenário alternativo.......................................................................... 81
12
1 INTRODUÇÃO
1
PROJETEC (2008) desenvolve, desde 1993, o Projeto Canal do Sertão Baiano Pernambucano - CSBP. Dentre
outros parceiros, cita-se o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas - PECEGE,
vinculado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” - ESALQ/USP. Tal estudo contou com a participação do autor dessa dissertação, sendo descrito de forma
detalhada em capítulos posteriores.
2
Com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Marques (2009) calcula os custos de
produção da cana-de-açúcar, do açúcar e do álcool para três regiões sucroalcooleiras do Brasil. Tal estudo foi
desenvolvido pelo PECEGE/ESALQ/USP, contando com a participação do autor dessa dissertação.
15
setor, atuantes em ambas as regiões aqui estudadas. Desta forma, foi possível mensurar de forma
adequada os parâmetros de receitas e despesas elementares para a construção do fluxo de caixa.
O método de análise proposto visa servir como ferramenta adicional para auxiliar na
tomada de decisão do investidor que busca as atuais oportunidades existentes no setor
sucroalcooleiro. Com os resultados dos indicadores econômico financeiros Valor Presente
Líquido - VPL, Taxa Interna de Retorno - TIR, Relação Benefício-Custo - RBC e Payback
descontado - PBD, e das análises de sensibilidade, espera-se tornar possível a determinação de
novas medidas que balizem qual das duas áreas de expansão consideradas encontra-se, na
atualidade, mais apta a receber investimentos em agroenergia.
1.2 Objetivos
3
Destilaria típica é descrita de forma detalhada no item 4.3 desse trabalho.
4
Apesar de o mercado interno ser atualmente o principal destino da produção brasileira de álcool, há perspectivas de
que diversos outros países venham a consumir este combustível em grandes quantidades (BRESSAN FILHO, 2008;
TORQUATO, 2005; BRASIL, 2007b). Assim, justifica-se o fato de o foco do presente estudo ser o comércio
internacional, e não o doméstico.
16
1.3 Estrutura do trabalho
Tabela 1 – Perfil e número de unidades sucroalcooleiras brasileiras por estado e região: safra
2007/08
Estado/Região Usinas mistas Destilarias Usinas de açúcar Total
Paraná 19 10 0 29
SUL 19 10 0 29
São Paulo 115 32 6 153
Minas Gerais 17 13 1 31
Rio de Janeiro 3 2 0 5
Espírito Santo 2 5 0 7
SUDESTE 137 52 7 196
Mato Grosso do Sul 7 4 0 11
Goiás 8 10 0 18
Mato Grosso 5 5 0 10
CENTRO-OESTE 20 19 0 39
CENTRO-SUL 176 81 7 264
Alagoas 22 0 2 24
Pernambuco 16 3 5 24
Paraíba 3 5 0 8
Rio Grande do Norte 2 1 0 3
Bahia 2 2 0 4
Maranhão 1 5 0 6
Piauí 1 0 0 1
Sergipe 1 3 0 4
Ceará 0 3 0 3
NORDESTE 48 22 7 77
Amazonas 1 0 0 1
Tocantins 0 1 0 1
NORTE 1 1 0 2
NORTE-NORDESTE 49 23 7 79
BRASIL 225 104 14 343
Fonte: Adaptado de CONAB (2008)
18
Conforme nota-se, os estados do Centro-Oeste brasileiro ainda não respondiam por uma
parcela significativa do número de unidades sucroalcooleiras. Por outro lado, a maior parte das
usinas e destilarias do Nordeste encontram-se nos estados de Pernambuco e Alagoas.
Xavier (2008) expõe que, assim como a produção de cana-de-açúcar, a oferta de etanol é
altamente centralizada no Centro-Sul do País. Nesta região é produzido cerca de 90% do etanol
brasileiro, sendo o Nordeste responsável pelos 10% restantes.
A disponibilidade de área para a implantação da lavoura de cana-de-açúcar é um fator
preponderante no aspecto de ampliação do setor. A análise conjunta da Tabela 1 e do mapa de
potencial de uso do solo para produção desta cultura (Figura 2) identifica possíveis áreas de
expansão para o setor.
5
IBGE, 2008 apud União dos Produtores de Bioenergia – UDOP (2008). Disponível em: <http://www.udop.com.br
/index.php?item=safras>. Acesso em: 28 out. 2008.
21
A região da cidade de Casa Nova/BA faz parte do complexo delimitado pelo Projeto
Canal do Sertão Baiano-Pernambucano - CSBP. Desenvolvido com o apoio da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF e de empresas
atuantes no setor sucroalcooleiro, o CSBP vislumbra a construção de um canal de irrigação na
região do Vale do São Francisco, o qual se estenderia por 578 km e exerceria influência direta em
pelo menos 17 municípios e mais de 700 mil habitantes nos estados de Pernambuco e Bahia. Esse
projeto contempla inicialmente uma área de 100 mil hectares passíveis ao plantio da cana-de-
açúcar e frutas sob o regime irrigado. Em uma segunda vertente, é analisada a possibilidade desse
cultivo em 60 mil hectares, o que reduziria os custos de implantação da infra-estrutura hídrica
como um todo (PROJETEC, 2008).
Cabe salientar que o impacto da implantação de unidades produtivas com alta demanda de
mão de obra em regiões com baixo nível de renda e escolaridade, como é o caso do Vale do São
Francisco6, acarretaria não apenas no aumento do nível de riqueza local, mas também no
desenvolvimento social da região como um todo. Para tanto, PROJETEC (2008) recomenda a
participação estatal por intermédio de uma Parceria Público Privada - PPP, fator fundamental
para a viabilização econômica do projeto sucroalcooleiro/frutícola.
Tal parceria dar-se-ia na fase de infra-estrutura básica do CSBP, ou seja, na construção do
canal de irrigação em si. O alto montante em investimentos, necessários para levar água às
regiões contempladas no CSBP (cerca de R$ 1,8 bilhões), contaria com uma PPP do tipo
“concessão patrocinada”7, onde o governo arcaria com o pagamento de parte da tarifa de água
recebida pelo prestador de serviços de abastecimento hídrico.
Tratando-se do âmbito nacional, dados da União dos Produtores de Bioenergia – UDOP
(2008) e da União da Indústria da Cana-de-açúcar - UNICA (2008a) apontam para a forte
expansão que vem ocorrendo no setor de açúcar e etanol ao longo dos últimos anos. A Figura 4
mostra que, da safra 2001/2002 à safra 2006/2007, houve um aumento de 290 milhões para mais
de 425 milhões de toneladas na produção de cana-de-açúcar, o que corresponde a um crescimento
6
O Índice de Desenvolvimento Humano - IDH dos estados da Bahia e Pernambuco são de 0,742 e 0,718,
respectivamente, abaixo da média brasileira de quase 0,800, segundo Comissão Econômica para a América Latina e
o Caribe - CEPAL, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e Organização Internacional do
Trabalho - OIT (2008). Uma análise mais detalhada acerca das características sócio-econômicas é apresentada no
capítulo 3.
7
Quando há um complemento de tarifa por parte da autoridade pública. Ocorre em casos onde o projeto por si só não
se mostra viável na ótica do investidor, ou seja, é necessária a participação estatal para que o projeto torne-se viável.
Detalhes em Soares e Campos Neto (2006, p. 14).
22
de 45,37%. O mesmo ocorreu com a produção de etanol, que passou de 11,5 milhões de metros
cúbicos (m³) para 17,7 milhões de m³, um aumento de quase 54%.
Bressan Filho (2008) constrói um cenário para mensurar a demanda de etanol entre 2008 e
2011. Utiliza-se, para tanto, de curvas de consumo de etanol e gasolina, sucateamento da frota
veicular interna atual, expectativas de demanda externa e níveis de preços da gasolina e etanol.
Em relação ao consumo interno, prevê-se uma queda para o álcool anidro em 2011, enquanto que
há um aumento substancial na demanda do hidratado. Esta relação pode ser explicada pela
mudança do perfil dos carros novos vendidos no Brasil. Observa-se na atualidade 92% de vendas
de carros flex fuel, ou seja, com motores que funcionam tanto a etanol como a gasolina. Surge
então uma forte tendência ao consumo do álcool hidratado em detrimento do álcool anidro.
Finalizando o estudo, Bressan Filho (2008, p. 54) afirma que, no curto prazo, o etanol
produzido a partir da cana-de-açúcar é o produto mais adequado para tomar a frente ao
“movimento irreversível pela busca de fontes alternativas e limpas para a geração energética”.
Contudo, define como fundamental a participação da esfera Estatal neste “novo mercado”, uma
vez que para o sucesso do etanol como fonte de energia mundial seriam necessárias regras claras
e coerentes, bem como diplomacia e flexibilidade frente a comunidade internacional.
23
Considerada atualmente como subproduto do processo industrial sucroalcooleiro, a
levedura seca vem ganhando cada vez mais espaço no que tange a comercialização dos derivados
da cana-de-açúcar. Segundo Riqueza [...] (2002), obtêm-se cerca de 30 gramas de levedura para
cada litro de etanol produzido. A venda da levedura para ração animal, destino mais comum deste
subproduto até o momento atual, poderia ser comercializada a cerca de R$ 0,80/kg. Por outro
lado, os autores salientam para a possibilidade de uso da levedura no consumo humano, fator este
que elevaria de forma substancial o preço deste subproduto. Nestes casos o preço por quilograma
chegaria a aproximadamente R$ 8,00.
Quanto à produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar, Eid, Chan e
Pinto (1998) apontam para a necessidade de incentivos a investimentos em cogeração no setor
sucroalcooleiro. Segundo os autores, considerando-se os níveis tecnológicos disponíveis no início
da década de 1990 e a não utilização da palha da cana-de-açúcar no processo de cogeração, com
6,5 toneladas de bagaço de cana-de-açúcar seria possível gerar 1 MWh de energia.
Em outro estudo, Souza e Azevedo (2006) defendem que a razão de aproveitamento da
quantidade de bagaço com relação a quantidade de energia gerada é de 2,1 toneladas de bagaço
para cada MWh8, baseando-se em dados de uma usina localizada na região de Ribeirão Preto. No
entanto, considerando-se apenas a eficiência do sistema de condensação das turbinas, este valor
chega a 0,8 t de bagaço/MWh, não sendo observada a utilização da palha da cana-de-açúcar, fator
que elevaria ainda mais a eficiência na cogeração de energia elétrica a partir do bagaço. Os
autores enfatizam para a necessidade de diminuição dos custos de transação e comercialização de
energia elétrica, uma vez que a estratégia primária adotada pelas unidades sucroalcooleiras
analisadas foi a de consumo próprio, e não a de venda da energia excedente.
No mesmo sentido, PROJETEC (2008) evidencia que seria possível gerar, 0,169 MWh
com uma tonelada de cana-de-açúcar (utilizando apenas o bagaço como fonte térmica), e a partir
da palha cerca de 0,77 MWh. Utilizando o mix bagaço mais palha (70% de utilização de palha),
obter-se-ia uma média de 0,246 MWh/t de cana-de-açúcar9.
Os três exemplos supracitados evidenciam a transformação tecnológica que vem
ocorrendo nas últimas décadas. Cada vez mais observa-se a implantação de unidades cogeradoras
8
Dados com base na tecnologia disponível no ano de 2003.
9
PROJETEC (2008) assume um alto padrão tecnológico no complexo agroindustrial: caldeiras de alta pressão,
existência de turbinas de condensação e recuperação de 70% da palha para utilização no processo de cogeração. Por
tratar-se de um estudo cuja localização do empreendimento é o semiárido pernambucano, o percentual de fibra na
cana-de-açúcar foi considerado de 18%.
24
de energia elétrica de alta tecnologia junto as usinas (caldeiras de alta pressão, turbinas de
condensação), bem como experimentos em busca de fontes que possam contribuir ainda mais no
processo de cogeração (recuperação da palha).
Analisando-se o mercado de eletricidade nacional, nota-se que o crescimento da oferta e
da demanda de energia elétrica mostra-se sustentável, porém, mais tênue em comparação ao que
ocorre com a cana-de-açúcar e o etanol. Dados publicados em Brasil (2007b) mostram que o
aumento da Oferta Interna de Energia Elétrica – OIEE entre os anos de 2005 para 2006 foi de
4,2%.
Da mesma forma, Brasil (2008f) aponta que entre 2006 e 2007 houve uma elevação de
5,3% na geração de eletricidade, alcançando 441,8 TWh gerados em 2007. Entretanto, o avanço
no nível de oferta não foi tão expressivo quanto a expansão da demanda por eletricidade, uma vez
que esta aumentou em 5,8% no mesmo período.
A OIEE brasileira caracteriza-se principalmente por seu perfil hidráulico, uma vez que
esta fonte responde por 77% do total gerado. Este fato corrobora com a afirmativa de
dependência da matriz de eletricidade interna ao regime de águas, o que, em circunstâncias
pontuais, coloca em risco o abastecimento de energia elétrica aos consumidores brasileiros.
Observa-se, assim, a necessidade de aumentar internamente a produção de energia.
Investimentos no setor sucroalcooleiro contribuem com esta questão, uma vez que tanto o etanol
quanto a energia elétrica possuem uma demanda firme nos mercados nacional e internacional.
Em dois estudos distintos, Bressan Filho (2008) e Xavier (2008) citam motivações para a
produção e uso do etanol a nível mundial. Dentre elas salientam-se:
• motivações ambientais, principalmente dos países ricos, para o cumprimento das metas
“impostas” pelo Protocolo de Kyoto. Incluem-se neste grupo países da União Européia
(UE) e o Japão;
• motivações macroeconômicas, levando em conta principalmente os atuais patamares de
preços do petróleo;
25
• motivações sócio-econômicas, uma vez que o processo de produção do etanol demanda
grande quantidade de mão de obra qualificada. Admite-se um substancial incremento de
renda atrelada ao setor alcooleiro; e,
• motivações mercadológico-políticas, uma vez que os países buscam cada vez mais a
sustentabilidade de suas reservas estratégicas de energia e a produção própria dessas
fontes.
Analisando o ranking mundial de produção de etanol, nota-se que até o ano de 2004 o
Brasil encontrava-se como líder, chegando a ofertar aproximadamente 14,6 milhões de m³. O
segundo colocado, os Estados Unidos da América - EUA, produziram naquele ano 14,3 milhões
de m³. No entanto, em 2005 o cenário inverteu-se, de modo que os EUA chegaram a marca de
16,2 milhões de m³, frente aos 16 milhões de m³ do Brasil (Figura 5) . A ordem desses dois países
no ranking mundial não se modificou desde então, enquanto a China, Índia e outros países da UE
seguem a lista dos maiores produtores de etanol (F.O.LICHT, 2007 apud OECD, 2008)
(F.O.LICHT, 2006 apud RENEWABLE FUEL ASSOCIATION - RFA, 2008).
Além de liderarem o ranking de produção de etanol a nível mundial, os EUA são também
os maiores consumidores de combustíveis do planeta (ORGANIZATION OF THE
PETROLEUM EXPORTING COUNTRIES - OPEC, 2008). No que diz respeito aos derivados
de fontes renováveis, como o etanol, esta realidade é igualmente válida, uma vez que, além de
consumir a maior parte de sua produção própria, só em importações os EUA registraram em 2006
mais de 2,5 bilhões de litros (F.O.LICHT, 2008 apud OECD, 2008). Segundo RFA (2008) o
Brasil responde pela maior parte deste volume, sendo o responsável por aproximadamente 66%
das importações norte americanas de etanol em 2006 e 44% em 2007 (Figura 6).
26
Cabe salientar dois aspectos importantes acerca dos números expostos. Primeiro que o
porto de Rotterdam é a principal porta de entrada das importações européias, fato este que elucida
o alto volume enviado aos Países Baixos. Além disso, uma rota alternativa comumente utilizada
para o desvio das tarifas norte americanas sobre o etanol importado são os Países do Caribe, o
que explica a significativa quantidade de etanol destinada aos mesmos.
Assim, nos caso onde os destinos das exportações são os Países do Caribe, na realidade o
consumidor final trata-se, em sua grande maioria, dos EUA (BRESSAN FILHO, 2008).
28
Conforme enfatiza este autor, a carga tributária incidente sobre as importações de etanol atingem
US$ 150,00/m³. Com os atuais níveis de preços do petróleo e a necessidade de redução da
dependência desta commodity, os EUA podem consolidar ainda mais sua posição de maior
destino das exportações brasileiras. Pode-se incluir ainda no grupo dos potenciais demandantes
de etanol a China e outros países da UE, devido, em geral, ao acelerado crescimento econômico a
as necessidades estratégicas e de cumprimento das metas do Protocolo de Kyoto,
respectivamente.
Algumas vantagens competitivas importantes podem ser atreladas a produção de etanol a
partir da cana-de-açúcar. Atualmente, o Brasil encontra-se como líder mundial no consumo de
álcool hidratado como combustível, ou seja, mostra-se como um dos poucos países onde é
possível o consumidor escolher pela utilização de gasolina, álcool hidratado ou ainda ambos
(motores flex fuel) (BRESSAN FILHO, 2008). Segundo o autor, a nível mundial, a alternativa de
curto prazo mais viável para a substituição de combustíveis derivados do petróleo seria a mistura
do etanol a gasolina. Isto leva a uma forte demanda pelo álcool anidro, aquele que pode ser
misturado na gasolina em taxas variáveis sem causar danos aos motores utilizados atualmente.
Outro fator importante no quesito competitividade do etanol produzido a partir da cana-
de-açúcar é seu baixo custo de produção em relação a outras fontes de matéria-prima. Segundo
Albanez, Bonizio e Ribeiro (2008), em 2004 o etanol produzido na região Centro-Sul possuía um
custo 55% abaixo do etanol de milho processado nos EUA, e cerca de 73% abaixo do etanol
produzido na UE. Já a região Nordeste possuía custos 46% e 68% mais baixos do que EUA e UE,
respectivamente.
Corroborando com esses autores, Brasil (2007c) mostra faixas de custos do etanol
produzido por diferentes fontes de matéria-prima. Segundo o documento, o etanol brasileiro
custaria entre US$ 0,14 e US$ 0,19 por litro, enquanto o etanol de milho encontrar-se-ia na faixa
de US$ 0,22 e US$ 0,33 por litro e o de grãos, produzido na UE, custaria cerca de US$ 0,27 a
US$ 0,44 por litro. Carvalho e Oliveira (2006) estimam custos na faixa dos US$ 0,15 e US$ 0,18
por litro para o Centro-Sul e o Nordeste, respectivamente, evidenciando novamente a forte
vantagem competitiva da produção brasileira frente aos seus concorrentes10.
10
Segundo os autores, o custo de produção álcool anidro nos EUA seria de US$ 0,33 por litro, enquanto que na UE
este valor seria de US$ 0,55 por litro.
29
Já em Marques (2009), calculam-se os custos totais de produção da cana-de-açúcar, do
açúcar e do álcool produzidos no Brasil em três regiões representativas na safra 2007/08. Os
números apontam que a produção de 1 litro de etanol no Nordeste custaria R$ 0,97, enquanto que
no Centro-Sul este valor chegaria a cerca de R$ 0,75/litro de etanol. Salienta-se que, dentro
desses valores, cerca de 67% são custos ligados a matéria prima, a cana-de-açúcar.
Bressan Filho (2008) calcula que serão enviados ao exterior cerca de 4,8 bilhões de litros
de etanol em 2009, subindo para 5,4 bilhões em 2010 e 6,1 bilhões de litros em 2011. Ainda,
segundo Brasil (2007c), a partir de 2010 projeta-se uma significativa expansão nas exportações
nacionais de etanol, principalmente para o Japão. A estimativa é de que em 2016 sejam enviados
para o exterior 9,4 bilhões de litros de etanol, ou seja, mais do que o dobro do volume atual. Os
cálculos para 2011 apóiam o parecer de Bressan Filho (2008), já que este estudo mensura
exportações de 6,2 bilhões de litros.
Torquato (2005) realiza estimativas de produção e exportação de etanol para o período
2005/06 a 2015/16. Segundo o autor, levando em consideração fatores como o crescente aumento
das demandas interna e externa por etanol, calcula-se que em 2015 sejam produzidos 36 bilhões
de litros de etanol no Brasil, dos quais 8 bilhões devem atender o mercado externo. A previsão da
taxa de crescimento das exportações deste produto é de 11,5% a.a., influenciada em grande escala
em decorrência do início das operações do alcoolduto que liga as cidades de Senador Canedo/GO
a Paulínia/SP.
No mesmo foco, Bressan Filho (2008) afirma a inevitabilidade de se ampliar a oferta de
etanol, seja pela ampliação das unidades já existentes, seja pela construção de novos
empreendimentos. Neste caso, a estimativa aponta para a construção de 16 novas destilarias por
ano até 2011.
Portanto, os estudos citados inferem certa robustez na demanda externa pelo etanol
brasileiro, o que caracteriza o atual cenário como favorável para a produção visando o mercado
internacional. Este é um fator motivador do presente estudo, o qual visa mensurar a viabilidade
de empreendimentos que voltem suas produções aos demais países do mundo.
30
3 CARACTERIZAÇÃO DAS REGIÕES ANALISADAS
11
O IDH pode assumir valores entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 encontrar-se o indicador, maior é o
índice de desenvolvimento humano da região.
31
Neste capítulo são descritos os métodos de análise propostos neste estudo. O item 4.1
apresenta uma abordagem teórica sobre projetos de investimentos, expondo definições e estudos
empíricos desenvolvidos na literatura. No item 4.2 apresenta-se o referencial analítico
propriamente dito, ou seja, são definidas as equações utilizadas para o cálculo dos fluxos de
caixa, indicadores de viabilidade econômico financeira e da análise de sensibilidade. Finalmente,
o item 4.3 delimita as premissas básicas adotadas neste estudo de caso, descrevendo as variáveis
de receitas e custos utilizadas no modelo.
Em todas elas devem ser incluídos os custos com máquinas e implementos, com a mão de
obra envolvida, com os insumos e com o rateio das despesas administrativas.
Albanez, Bonizio e Ribeiro (2008) utilizam ferramentas contábeis para caracterizar a
estrutura de custos de usinas brasileiras de açúcar e etanol localizadas na região Centro-Sul. A
metodologia utilizada nesse estudo baseia-se na coleta de dados de custos e receitas de 33 usinas
via Demonstrações do Resultado de Exercícios de 5 safras14. Empregam ainda três conceitos
contábeis de custos, o método alto-baixo, diagrama de dispersão e Mínimos Quadrados
Ordinários para determinar funções custo com base na amostra selecionada. Os resultados,
estimados para uma unidade típica com capacidade de moagem de 2 milhões de toneladas de
12
Determinação a cultura de cana-de-açúcar que ainda não sofreu nenhum corte. Também chamada de “cana de
primeira folha”.
13
O termo soqueira é designado para aquela área da lavoura de cana-de-açúcar que se encontra em fase de corte, ou
seja, é a matéria prima que será designada para a usina. Também conhecida como “cana soca”. Esta cultura tem
como característica um ciclo definido em número de cortes, sem a necessidade de haver o replantio entre uma e outra
safra.
14
Safras 2001/02 a 2005/06.
39
cana-de-açúcar por safra, indicam que os custos variáveis respondem pela maior parte dos custos
totais de produção de açúcar e etanol, sendo responsáveis por cerca de 85% a 91% dos custos
totais, segundo os conceitos de análise citados.
Por outro lado, as receitas de um projeto podem ser caracterizadas como diretas ou
indiretas. As diretas podem ser entendidas como aquelas originárias das vendas dos bens
produzidos pela empresa, enquanto que para as indiretas tem-se como exemplo principal o valor
residual dos investimentos inerentes ao empreendimento. Para tanto, “os projetistas podem
estimar o valor que terá cada um dos bens da empresa ao final da sua vida útil”, sendo que o
montante estabelecido para fatores como a terra, a infra-estrutura civil, o maquinário, e outros
ativos imobilizados ao longo do processo produtivo, deve ser contabilizado como uma entrada de
capital nos fluxos de caixa determinados (BUARQUE, 1991, p. 107).
A taxa de desconto, ou Taxa Mínima de Atratividade - TMA, é um dos principais
determinantes para a aceitação ou não um projeto de investimento. Ross (2007) define métodos
de cálculo para a mesma. Segundo o autor, quando há apenas o uso de capital próprio, o Modelo
de Apreçamento de Ativos Financeiros (em inglês Capital Asset Pricing Model - CAPM) pode
ser utilizado. Entretanto, este modelo leva em conta a existência de uma carteira de mercado, a
qual, teoricamente, deveria representar ponderadamente todas as taxas de retorno existentes em
uma economia (SECURATO, 2007). É usual admitir-se a utilização de um índice da bolsa de
valores como proxy desta medida, o que pode não se mostrar verídico, dependendo de fatores
como o nível de instabilidade da economia em análise.
Em situações onde há uso de capital financiado no projeto, o custo médio ponderado de
capital (comumente designado pela sigla WACC) torna-se uma ferramenta bastante útil para
definição da TMA. O WACC é “uma média ponderada do custo de capital próprio e do custo de
capital de terceiros”, sendo que para a primeira parcela deve-se descontar as alíquotas de
impostos que incidem sobre o lucro líquido do empreendimento (ROSS, 2007, p. 268).
Martin e Gonçalves (2006) calculam a TMA para uma empresa de capital fechado do
setor sucroalcooleiro, localizada na região de Ribeirão Preto, com capacidade de moagem de 2,2
milhões de toneladas por safra. Utilizam como método para estimação a razão entre o Fluxo de
Caixa Livre da Empresa e o Capital Inicial, considerado como sendo o Valor Econômico da
empresa ou o Valor Presente Líquido dos fluxos de caixa futuros, descontados a uma determinada
40
taxa de juros. Ponderando as diversas TMA observadas ao longo da vida útil estipulada (20 anos),
obtêm como resultado uma taxa de aproximadamente 17% como referência para o setor.
Ainda nesta temática, Brasil (2008e) define um total de 15% como possível custo de
capital próprio para o setor sucroalcooleiro, valor este que refletiria o piso das taxas de retorno
observadas nos últimos 2 anos.
PROJETEC (2008) calcula a viabilidade para empreendimentos alcooleiros nas regiões
Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Os resultados apontam para maior viabilidade da segunda
região (TIR de 14,1%) frente ao Centro-Oeste (12,5%). Salienta-se, neste caso, que a implantação
do investimento no semiárido pernambucano dependeria dos R$ 1,8 bilhões alocados na infra-
estrutura hídrica básica do canal de irrigação, os quais estariam inclusos na PPP descrita
anteriormente.
Já Carpio e Lora (2002) salientam que a taxa mínima de atratividade usual para a indústria
açucareira seria de 13%. Os autores defendem a palha da cana-de-açúcar como melhor
combustível para a cogeração de energia elétrica no período de entressafra.
A utilização dos indicadores de viabilidade econômico financeira, os quais auxiliam o
gestor na escolha da melhor opção de investimento dentre as disponíveis, é descrita por Contador
(1988). Segundo o autor, apesar de a TIR apresentar-se como importante ferramenta na escolha
de projetos mutuamente exclusivos, o pesquisador deve se precaver antes da análise dos
resultados que este conceito oferece. Por se tratar de uma medida obtida através do cálculo das
raízes de uma equação polinomial, pode haver casos onde a TIR mostra-se inconsistente, tais
como projetos com diversas mudanças de sinais dos fluxos de caixa ou ainda com fluxos fora do
habitualmente verificados15.
Nesses casos, Faro (1971) descreve que somente as raízes positivas da equação
polinomial que define a TIR devem ser consideradas, uma vez que os resultados negativos não
geram interesse econômico. O autor chama a atenção para o fato de que projetos de diferentes
escalas não devem ser comparados pela TIR, já que a mesma não diferencia a escala do
investimento. Em defesa desta medida, cita a utilização da TIR para o ordenamento de projetos
mutuamente independentes e em casos onde há racionamento de capital financeiro.
15
A literatura define estes tipos de projetos como não convencionais. Por outro lado, entende-se por projeto
convencional aquele que possui fluxos de caixa negativos nos períodos iniciais e positivos a partir de um dado
momento, mantendo-se desta forma durante o resto do horizonte estipulado (FARO, 1971).
41
Segundo Ross (2007, p. 131), a TIR é uma medida que “procura obter uma única cifra
para sintetizar os méritos de um projeto”. Ela pode ser definida como a taxa que iguala o VPL a
zero, ou seja, é a taxa que iguala a zero a soma de todos os fluxos de caixa futuros descontados de
um projeto. Desta forma, se a TIR for tomada como taxa de desconto, o resultado do VPL deve
ser, obrigatoriamente, zero.
Contador (1988, p. 40) rotula o VPL como “critério mais rigoroso e isento de falhas
técnicas”, deixando claro que, dentre os principais indicadores de viabilidade econômico-
financeira, o VPL mostra-se como o mais confiável. Corroborando com o argumento deste autor,
Faro (1971) também aponta o VPL como melhor alternativa dentre os critérios básicos de análise
de investimentos. Determinada a TMA, calcula-se um único valor, expresso em moeda corrente,
capaz de indicar o nível de atratividade do projeto. No entanto, é justamente a definição da TMA
o alvo de críticas de diversos estudos sobre análise de projetos, uma vez que esta taxa influencia
direta e significativamente no resultado do VPL (AZEVEDO FILHO, 1988; FARO, 1971).
Clemente (2003) por sua vez, analisa uma unidade cogeradora de energia elétrica atrelada
ao setor sucroalcooleiro, definindo, entre outros pontos, possíveis estratégias de comercialização
da eletricidade produzida. Segundo ele, pode-se negociar tal produto na forma de contratos
bilaterais (onde o destino é o consumidor final), para uma concessionária (intermediário) ou
ainda no mercado de curto prazo, também conhecido como mercado spot. Neste caso, unidades
localizadas em regiões onde a safra coincide com o período de seca podem aproveitar-se de uma
vantagem estratégica, já que nessas épocas o preço da energia tende a ser maior do que no
período de chuvas.
Quando a venda é feita diretamente ao consumidor final, Clemente (2003) ressalta que há
incidência do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS,
realidade esta não aplicável nas demais circunstâncias, pois, de acordo com a Lei 6.374/89, não é
permitida a cumulatividade deste tributo ao longo da cadeia produtiva.
Além disso, Clemente (2003) cita outros incentivos existentes para produtores de energia
que utilizem biomassa como combustível, tais como previstos no Programa de Incentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA e programas de redução dos juros de
financiamentos e aumento dos prazos de carência.
Em sua avaliação sobre os retornos financeiros dessa unidade, Clemente (2003) utiliza os
indicadores VPL e TIR, analisando as opções de negociações supracitadas. Os resultados
42
apontam para VPL positivos em todos os casos, sendo em maior magnitude quando as vendas são
feitas no Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE. No entanto, a análise de risco mostra
que há apenas cerca de 2,5% de chances do VPL ser negativo considerando vendas via contratos
bilaterais, frente a 73% quando feitas no MAE.
Conforme salienta Ross (2007, p. 129), deve-se ter cautela ao adotar-se o critério do
Payback simples, o qual é, por vezes, utilizado de forma viesada. Segundo o autor, isto ocorre
porque há “uma escolha mágica de um período de corte arbitrário”, seguida pelo desprezo da
distribuição dos fluxos de caixa dentro do Payback e pela desconsideração dos fluxos posteriores
a esta data. Assim, é recomendada a observação do critério de Payback em conjunto com o VPL
e a TIR do projeto, o que proporciona maior aderência aos resultados obtidos. Ademais, este
critério não deve ser utilizado em projetos não convencionais (FARO, 1971).
De forma semelhante, Contador (1988) define a relação benefício-custo - RBC como
indicador mais propenso a erros, devido às diversas possibilidades de cálculo deste indicador. A
RBC mensura quantas unidades de benefícios existem para cada unidade de custo do projeto.
Segundo Azevedo Filho (1988), a insensibilidade da RBC frente a escala e ao horizonte do
projeto, além da necessidade de se escolher uma taxa de desconto a priori para obtenção do
mesmo, fazem parte de suas principais limitações.
Contudo, segundo Faro (1971), a RBC trata-se de um critério bastante utilizado em
seleção de projetos governamentais, já que estes estão interessados na quantidade de benefícios
que um projeto pode gerar para a sociedade16.
Nesta linha, Chabalin (1996) utiliza a RBC como ferramenta auxiliar para tomada de
decisão na produção de pacu no estado de São Paulo. Os resultados apresentam RBC > 1 em
todas as situações, indicando atratividade desta atividade na região.
Todos os critérios supracitados tratam-se de medidas determinísticas, as quais definem um
único número como resumo das condições de viabilidade econômica de um projeto de
investimento. No entanto, com o intuito de captar as incertezas existentes dentro de qualquer
atividade econômica, é possível realizar modelagens mais complexas, inserindo ferramentas de
análise que apresentem resultados mais consistentes com a realidade.
16
Por exemplo, no caso de obras públicas, onde a mensuração das receitas propriamente ditas pode ser de difícil
identificação.
43
Hertz (1964), pioneiro e defensor da análise de riscos em projetos de investimentos,
enfatiza que o problema principal não é a mensuração das taxas de retorno e/ou atratividade em
si, mas sim as premissas adotadas no modelo e o impacto que estas causam nos resultados. O
autor atribui papel fundamental a análise de risco no investimento, uma vez que resultados
determinísticos poderiam acarretar em decisões errôneas por parte do investidor.
Neste sentido, Buarque, 1991 apud Ichihara (2003) salienta que “... por mais perfeita que
seja a engenharia do projeto, é necessário reconhecer a incerteza intrínseca e, ao mesmo tempo,
estimar o grau de incerteza e risco do investimento ...”. Tal afirmativa evidencia a necessidade
da investigação de oscilações imprevistas das variáveis determinantes do modelo de fluxo de
caixa, de modo a estimar qual nível de risco o projeto pode estar exposto.
A seguir são expostas as equações utilizadas nos cálculos dos parâmetros de receita, de
despesas e dos indicadores de viabilidade econômico financeira propostos para avaliação do
empreendimento agroindustrial.
4.2.1 Receitas
(1)
onde:
j = período, sendo .
Como os preços do etanol, levedura seca e energia elétrica são obtidos junto ao mercado,
ou seja, assume-se que a unidade típica é tomadora de preços, as receitas projetadas possuem
como termo variável apenas a quantidade produzida.
44
Para determinação da quantidade produzida de etanol foi utilizada metodologia propostas
por Fernandes (2003).
Já as quantidades geradas de energia elétrica foram definidas via fontes secundárias,
sendo utilizados índices médios de eficiência de geração de eletricidade, expressos em mega watt
hora por tonelada de cana-de-açúcar (MWh/tc). Sabe-se que a quantidade produzida de energia
elétrica é uma função de fatores como a quantidade de cana-de-açúcar moída na safra, o
percentual de fibra existente na cana-de-açúcar e a utilização da palha no processo de cogeração.
O detalhamento completo do processo de geração de energia elétrica é descrito em Lora et al.
(2007), Higa (2003), Prieto (2003) e Clemente (2003).
Da mesma forma, com a utilização de coeficientes de rendimento de produção de levedura
seca, expressos em quilogramas de levedura por litro de etanol (kg/l), obtêm-se a quantidade
produzida deste subproduto da unidade sucroalcooleira.
4.2.2 Custos
O CTP da cana-de-açúcar, mensurado em reais por hectare (R$/ha), pode ser descrito
segundo a eq. (2).
(2)
45
onde:
A eq. (3) define matematicamente os custos totais para a fase de tratos culturais da
soqueira:
(3)
onde:
(4)
46
onde:
Estimativas médias dos custos industriais foram obtidas primariamente com base em
informações de 3 usinas de açúcar e/ou etanol atuantes nas regiões de expansão da cana-de-
açúcar (Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais). Os determinantes dos custos industriais de
produção são:
4.2.3 Depreciação
O método de depreciação (D) utilizado no presente estudo foi o linear, o qual pode ser
descrito pela eq. (5).
(5)
onde:
Cabe a ressalva de que cada item possui sua própria taxa de depreciação e vida útil,
segundo critérios estipulados na Instrução Normativa nº 162 de 31/12/98.
(6)
onde:
(7)
onde:
(8)
A taxa de inflação pode ser obtida no mercado, em entidades como o Banco Central do
Brasil (Bacen), enquanto a taxa de juros nominal é obtida pela eq. (7).
(9)
Ou, simplificadamente:
50
(10)
onde:
Cabe salientar que o sinal negativo a frente de C0 representa uma saída de capital, ou seja,
denota uma situação habitual onde os investimentos ocorrem no primeiro período (t = 0). Tais
projetos são conhecidos como projetos convencionais, conforme citado anteriormente. Há casos
de projetos com C0 positivo, sendo necessária a mudança de sinal na eq. (10). Estes são chamados
projetos não convencionais.
Segundo Ross (2007), a TIR pode ser derivada induzindo-se a igualdade da eq. (10) a
zero. Através da determinação das raízes de uma equação polinomial (eq. (13)), pode-se calcular
tantas TIR quantos forem o número de troca de sinais dos fluxos de caixa do projeto em
questão17. As eq. (11) a (15) demonstram esta definição.
(11)
Então, ter-se-á:
(12)
(13)
17
A derivação matemática pode ser vista em Ross (2007, p. 135).
51
Ainda, se for uma raiz da eq. (13), então ter-se-á uma associada a ela, ou seja, tem-
se a determinação de uma TIR daquela equação:
(14)
Ou:
(15)
Segundo Chabalin (1996), o indicador RBC pode ser obtido segundo a eq. (16).
(16)
onde:
A RBC é o resultado da razão entre o valor presente dos benefícios (receitas) e o valor
presente dos custos (desembolsos) observados ao longo da vida útil do projeto, ou seja, indica
quantas unidades de benefícios são adquiridas em detrimento das unidades de custos incorridas.
O critério do PBD mostra a quantidade de períodos necessários para que o somatório dos
fluxos de caixa futuros descontados se iguale ao investimento inicial. Desta forma, o investidor
tem consciência de quanto tempo será necessário para que seu capital retorne, considerado o
valor do dinheiro no tempo (ROSS, 2007).
Matematicamente, Chabalin (1996) define o PBD de acordo com as eq. (17) e (18).
(17)
52
Tal que:
(18)
e
Ou seja, para obtenção do PBD basta identificar em qual período é observada a reversão
de sinal dos fluxos de caixa líquidos descontados acumulados do projeto, ou seja, em que
momento o somatório desses fluxos torna-se positivo.
Noronha (1987), Contador (1988), Buarque (1991) e Ross (2007) definem os critérios de
decisão atrelados a cada um dos indicadores descritos anteriormente.
A regra de decisão pelo VPL é dada por: se VPL > 0, então existem indícios de que o
investimento possui atratividade econômica. Caso contrário, se VPL < 0, então entende-se que o
investimentos deve ser rejeitado. Comparando-se dois projetos distintos deve-se optar pela
execução daquele que possuir maior VPL.
Da mesma forma, o critério de decisão no caso da TIR pode ser descrito como: se TIR >
TMA, então o projeto deve ser aceito, caso contrário, deve ser rejeitado. Se TIR = TMA, há
indiferença entre investir ou não no empreendimento, devendo ser analisados os riscos eminentes
a execução de cada projeto.
A relação benefício-custo retrata quantas unidades de benefício seriam obtidas por cada
unidade de custos incorridos no projeto. Desta forma, define-se como atrativo o investimento se
RBC > 1, enquanto deve-se rejeitar a implantação do mesmo se RBC < 1.
O critério do PBD indica qual dos investimentos retorna de forma mais antecipada o
investimento inicial, sendo escolhido aquele com menor valor de PBD. Há ainda instituições que
definem um número máximo de períodos (nMÁX) para que seja observado o retorno sobre o
capital. Nestes casos, se PBD > nMÁX, então deve-se rejeitar o investimento. Caso contrário,
aceita-se o mesmo (FARO, 1971).
De forma geral, em se tratando de projetos do tipo convencional, todos os quatro
indicadores propostos para o presente estudo geram respostas homogêneas. Assim, se o VPL for
positivo, a TIR deverá apresentar valor maior do que a taxa de desconto, e RBC > 1. Ao mesmo
passo, se TIR < TMA, então será obtido um VPL < 0, e RBC < 1. Por sua vez, só existirá um
53
período de PBD válido se ambos VPL, TIR e RBC apontarem para a atratividade do projeto.
Caso contrário, o período de PBD será maior ou igual do que o horizonte definido para o projeto.
Cabe ainda citar que estas medidas devem ser sempre analisadas de forma conjunta para
comparação de diferentes projetos de investimento (AZEVEDO FILHO, 1988; ICHIHARA,
2003). No presente caso, serão obtidos e comparados VPL, TIR, RBC e PBD para as duas regiões
de fronteiras de cana-de-açúcar consideradas nesta pesquisa. Com base nesses indicadores poder-
se-á definir uma delas como aquela mais apta para investimentos em novas unidades alcooleiras
na atualidade.
Os dados utilizados para a elaboração dos fluxos de caixa deste estudo advêm de fontes
primárias e secundárias. A coleta por via primária deu-se basicamente ao longo dos projetos
“Canal do Sertão Baiano-Pernambucano”, apresentado por PROJETEC (2008), e “Custo de
54
produção agrícola e industrial de açúcar e álcool no Brasil”, apresentado em Marques (2009). No
primeiro projeto, visitou-se a usina Agrovale, sediada na cidade de Juazeiro/BA, sendo esta a
única unidade sucroalcooleira atuante no semiárido nordestino e que conta com 100% da lavoura
de cana-de-açúcar sob regime irrigado. No segundo projeto, foram realizadas 52 entrevistas a
usinas e fornecedores autônomos de cana-de-açúcar dos oito principais estados produtores de
açúcar e etanol no Brasil. Desse total de entrevistas, 8 foram realizadas junto à usinas localizadas
nas atuais áreas de expansão da cana-de-açúcar no País, das quais 3 geraram informações de
custos de produção que serviram de base para os cálculos dessa dissertação. Além disso, por via
eletrônica foi enviado a 15 agentes do setor um questionário (ANEXO B) com o intuito de
valorar o preço inicial (investimento) da destilaria típica proposta.
Os parâmetros que não foram abordados nas coletas primárias supracitadas (distância do
empreendimento ao porto de embarque do etanol, preço do frete, eficiências industriais,
rendimentos da levedura seca e da eletricidade, preços de venda dos produtos comercializados,
preço da cana-de-açúcar, preços de terras e arrendamentos, preços de maquinário agrícolas e
equipamentos de irrigação, preço e quantidade aplicada de água, taxas de juros e prazos dos
financiamentos, taxas de inflação e taxas de juros – IGP-DI) foram obtidos via fontes secundárias
de dados.
As premissas básicas podem ser vistas na Tabela 4. Para que seja feita a comparação entre
os dois empreendimentos, as capacidades de moagem de matéria-prima devem ser iguais em
ambas as localidades (2 milhões de toneladas). Como a capacidade de processamento industrial
foi designada em 10.000 toneladas diárias de matéria-prima, o período de safra também se iguala
para as duas localidades (200 dias). No entanto, devido às características climáticas, de qualidade
do solo de cada região e, principalmente, pelos diferentes tipos e sistemas de irrigação, a vida útil
dos canaviais podem diferir entre si (7 e 10 anos para Uruaçu/Go e Casa Nova/BA,
respectivamente).
A área de cultivo mostra-se maior em Uruaçu/GO, já que nesta localidade a produtividade
por hectare é substancialmente menor do que no semiárido. A partir de dados históricos18 e de
perspectivas projetadas por técnicos do setor atuantes nas duas regiões, as produtividades médias
das lavouras de cana-de-açúcar foram estimadas em 85,3 t/ha e 105,4 t/ha para Uruaçu/GO e
Casa Nova/BA, respectivamente. Assim, considerando-se os períodos de ciclos supracitados,
18
Fornecidos por usinas atuantes nas regiões analisadas.
55
seriam necessários para a produção da matéria prima cerca de 27,4 mil hectares de lavouras no
Centro-Oeste e 21,4 mil hectares no semiárido19. Somando-se a isso a exigência de 20% em áreas
de reserva legal20, e destinando um total de 5% em áreas de preservação permanente21, chega-se
às áreas totais consideradas (36,6 mil hectares no Centro-Oeste e 28,1 mil hectares no semiárido
nordestino).
Para os sistemas de irrigação, optou-se por 100% da área com pivô central ou rebocável
(sistema de aspersão) na região Centro-Oeste, assumindo irrigação de salvamento (informação
pessoal)22. Para o Vale do São Francisco definiu-se 50% da área com pivô central ou rebocável e
os demais 50% com gotejamento subsuperficial (adaptado de PROJETEC, 2008). Justifica-se o
uso exclusivo do sistema de aspersão no Centro-Oeste seja pela inexistência de projetos em
escala comercial com irrigação via gotejamento, seja pela atual realidade observada na região. Já
para o Nordeste, devido à necessidade de maximização da eficiência na utilização da água, são
necessários sistemas que minimizem o consumo deste insumo, como é o caso do gotejamento
subsuperficial.
Em estudo sobre as práticas de irrigação, Frizzone e Andrade Júnior (2005) alegam que
não há como afirmar qual dos dois investimentos (aspersão ou gotejamento) possuiria maiores
riscos de manejo, ou seja, é razoável presumir a utilização de ambos os sistemas numa análise de
projetos.
Informações agrometeorológicas dos estados de Goiás (estação de Pirenópolis/GO) e da
Bahia (estação de Remanso/BA) foram extraídas a partir de Brasil (2008b) e de PROJETEC
(2008). Considerando-se as precipitações médias regionais e a necessidade hídrica da cultura da
cana-de-açúcar, estimou-se em 3.429 m³/ha/ano a necessidade de água para a região de
Uruaçu/GO, enquanto que em Casa Nova/BA esta quantidade aumenta para 14.595 m³/ha/ano.
19
Tal montante pode ser obtido dividindo-se a produção total necessária (2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar)
pelo número de anos do ciclo (7 ou 10 anos para Uruaçu/GO e Casa Nova/BA, respectivamente). Após isso,
multiplica-se o resultado pelo número de anos menos um, que equivale a multiplicar pelo número de cortes
propriamente ditos, ou seja, pela área de cana-de-açúcar comercial, descontando a área de reforma do canavial.
20
Os estados que compõem a Amazônia Legal são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins,
Mato Grosso e Maranhão (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP, 2008). No bioma amazônico, a taxa de
reserva legal é de 80% da propriedade rural. No bioma cerrado, nos estados que compõem a Amazônia Legal, a taxa
de reserva legal é de 35%, enquanto que nos demais estados a taxa é de 20% da propriedade.
21
Foi destinado, arbitrariamente, um total de 5% da área como sendo de preservação permanente.
22
OLIVEIRA, V.F. RES: Irrigação no Centro-Oeste. Mensagem recebida por <leozilioecon@gmail.com> em 16
fev. 2008.
56
Tabela 4 – Premissas técnicas e financeiras para o Norte de Goiás e Vale do São Francisco
Descrição Uruaçu/GO Casa Nova/BA
Capacidade de moagem (t) 2.000.000 2.000.000
Dias de moagem (dias) 200 200
Dias de cogeração (dias) 200 200
Área cultivável (ha) 27.449 21.379
Área total (ha) 36.599 28.506
Reserva legal, APP (% área total) 25% 25%
Produtividade média cana-de-açúcar (t/ha) 85,3 105,4
Ciclo (anos) 7 10
Irrigação Salvamento Plena
Sistema de irrigação Aspersão Aspersão & Gotej.
Consumo de água (m³/ha/ano) 3.429 14.595
Preço sistema irrigação (R$/ha) 4.050 5.475
Área arrendada (%) 50% 0%
Arrendamento (R$/ha/ano) 352 0
Preço da terra (R$/ha) 5.200 500
Preço etanol no porto (R$/m³) 1.020,92 1.020,92
Preço energia elétrica (R$/MWh) 146,33 146,33
Preço levedura seca (R$/t) 650 650
Preço frete (R$/m³) 130 80
Preço água (R$/mil m³) 0,00 136,65
Distância ao porto (km) 1.330 576
Percentual capital próprio - cenário base (%) 100% 100%
Percentual capital próprio - cenário alternativo (%) 20% 20%
Custo do capital próprio (real - % a.a.) 8,02% 8,02%
Custo do capital financiado (real - % a.a.) 5,67% 5,58%
Inflação projetada (IGP-DI - % a.a.) 4,91% 4,91%
Taxa de desconto - cenário base (real - %) 8,02% 8,02%
Taxa de desconto - cenário alternativo (real - %) 4,68% 4,70%
Horizonte do projeto (anos) 30 30
Fonte: Dados da pesquisa.
As premissas relativas a posse das terras cultivadas com cana-de-açúcar foram adotadas
como sendo:
23
POL %, fibra %, ATR médio e pureza da cana.
24
Perdas de lavagem da cana, do bagaço, na torta de filtro e indeterminadas e rendimentos de extração, fermentação
e destilação.
25
POL %, fibra % e ATR médio da cana.
59
unidade com capacidade de processamento de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por
safra.
26
MARTINES FILHO, J.G. RES: Arquivos irrigação. Mensagem recebida por <leozilioecon@gmail.com> em 16
set. 2008.
27
FARIAS, W. AGROVALE: a empresa. Material coletado em visita à Usina AGROVALE em jan. 2008.
28
Os prazos de vidas úteis expostos na Instrução Normativa nº 162/1998 tratam-se de valores máximos designados
pelo Governo Federal a título do cálculo das depreciações dos ativos permanentes das empresas. Não é necessário,
no entanto, que ao final destes prazos a empresa deva vendê-los. Ao contrário, ela prossegue utilizando os ativos até
o ponto que considere como sendo ótimo, sem que possa, no entanto, seguir depreciando-os. Outrossim, a empresa
pode adotar diversos critérios de depreciação de acordo com suas necessidades estratégicas, desde que seguindo as
normas estipuladas pelas leis vigentes no País.
60
Tabela 7 – Vida útil e taxas de depreciação anual dos itens agrícolas e industriais
Vida útil Taxa anual de
Item
(anos) depreciação (%)
4 25% Caminhões (oficina, guincho, pipa, transporte cana-de-açúcar),
colhedoras, motocicletas, tratores de pneu
5 20% Arados, utilitários, caminhonetes, carretas, compostadores,
distribuidores de calcário, grades intermediárias, grades
pesadas, grades leves, grades niveladoras, lâminas, plantadoras,
pulverizadores, reboques, semireboques, subsoladores,
sulcadores, transbordos
10 10% Motoniveladoras, ônibus, pás carregadoras, retroescavadoras,
tratores de esteira, equipamentos industriais, equipamentos de
irrigação
25 4% Benfeitorias, obras civis
Fonte: Brasil (2009b)
Já as vidas úteis econômicas dos bens, ou seja, os reais períodos de utilização, foram
consideradas segundo Dantas (2007). Para todos os casos foi determinado um total de 20% de
valor residual, ou seja, os itens apresentados acima são vendidos a 20% de seu valor inicial ao
final de sua vida útil econômica. A exceção a esta regra é no caso do sistema de gotejamento
subsuperficial utilizado no Nordeste. Devido ao baixo valor de mercado dos resíduos do sistema
(basicamente mangueiras de plástico), o valor residual considerado foi de 5% do valor de
compra.
Foi concebido como valor da terra no Norte de Goiás o montante de R$ 5.200,00/ha
(informação pessoal)29, e de R$ 500,00/ha no Vale do São Francisco (PROJETEC, 2008). Além
disso, o preço anual de arrendamentos em Goiás foi estimado em R$ 352 ha/ano (MARQUES,
2009). Pelas premissas propostas, no perímetro nordestino não há desembolsos com
arrendamentos.
A Tabela 8 apresenta os preços médios dos insumos utilizados na produção da cana-de-
açúcar para as duas regiões estudadas.
29
MANO, B.C.C. RES: Preço da terra no Centro-Oeste. Mensagem recebida por <leozilioecon@gmail.com> em
16 fev. 2008.
61
Tabela 8 – Preços médios dos insumos de produção utilizados em Uruaçu/GO e Casa Nova/BA
(base: outubro de 2008)
Descrição Preço Unidade
Fertilizante cana planta (Formulado 05-30-20) 1041,98 R$/t
Fertilizante cana soca (Formulado 18-00-27) 881,86 R$/t
Fertilizante (Uréia) 1498,22 R$/t
Corretivo (Calcário/gesso) 75,63 R$/t
Defensivo (Velpar K) 73,24 R$/kg
Defensivo (Gamit) 79,15 R$/l
Defensivo (Volcane) 17,50 R$/l
Defensivo (Regent 800 WG) 870,88 R$/kg
Defensivo (Furadan 50 G) 28,14 R$/kg
Defensivo (Aurora*) 360,00 R$/l
Defensivo (Cotesia flavipes*) 2,5 R$/copo
Semente (Mudas) 63,80 R$/t
Mão de obra (Goiás*) 40,00 R$/diária
Mão de obra (Bahia*) 25,20 R$/diária
Maquinário pesado* 120,00 R$/h
Maquinário médio* 90,00 R$/h
Maquinário leve* 50,00 R$/h
Fonte: IEA (2008), Brasil (2008a) e Marques (2009)
* Valores nominais de 2008: não deflacionados pelo IPA-OG reponderado.
Os R$ 63,80/t pagos pelas mudas são desembolsados apenas no período 0, para fins de
formação dos viveiros primários da lavoura. A partir desta data a própria usina produz suas
mudas, sendo que seus custos estão contidos nos custos da cana planta. Os custos horários de
maquinário, definidos entre R$ 50,00/h e R$ 120,00/h, dependem da necessidade de potência e
implemento utilizados nas operações agrícolas. Operações leves, como calagem e/ou gessagem,
possuem menores custos de execução quando comparadas aquelas que requerem maior potência e
o uso de implementos pesados (subsolagem, por exemplo).
Para as operações de CCT foi considerado um total de R$ 12,50/t para o Nordeste e de R$
14,50/t para o Centro-Oeste (PROJETEC, 2008; MARQUES, 2009). Justifica-se a diferença pelo
menor custo na etapa de transporte existente no semiárido, uma vez que são verificados comboios
de tamanho maior nessa região (até 10 carretas por caminhão, frente ao máximo de treminhões no
Centro-Oeste).
Para as operações manuais foi considerado um total de R$ 40,00/diária (Uruaçu/GO) e R$
25,20/diária (Casa Nova/BA), conforme levantamento primário.
62
No que tange a etapa industrial do empreendimento, as despesas anuais com insumos,
mão de obra, administração e manutenções podem ser vistas na Tabela 9. Ao todo, após a
estabilização da produção, estima-se que sejam gastos cerca de R$ 23,1 milhões no processo
produtivo da etanol, da eletricidade e da levedura seca.
Tabela 9 – Despesas do processo industrial: reais (R$) e reais por tonelada de cana-de-açúcar
(R$/tc) – valores com base na safra 2007/08
Descrição Despesa anual (R$) Despesa anual (R$/t)
Insumos industriais 3.478.772 1,74
Mão de obra industrial 6.100.000 3,05
Administração 4.856.704 2,43
Manutenção 8.280.000 4,14
Seguros industriais 278.140 0,14
Capacitação de pessoal 200.000 0,10
TOTAL 23.193.616 11,60
Fonte: Dados da pesquisa.
Quanto ao preço do frete, item de custo incorrido após o processo industrial, foram
considerados valores segundo proposta de PROJETEC (2008) e via coleta primária de dados
junto a agentes do mercado (informação pessoal)30. Consideradas as distâncias expostas na
Tabela 4, os custos de transporte do etanol até o porto variam de R$ 80,00/m³ a R$ 130/m³ para o
Casa Nova/BA e Uruaçu/GO, respectivamente.
Figura 11 – Histórico de preços do etanol exportado – valores reais deflacionados pelo IPA
reponderado – base: outubro de 2008 – R$/m³
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Brasil (2008a) e IPEA (2008c)
• o mercado spot, além de altamente volátil, é usualmente considerado como menos atrativo
do ponto de vista de gestão de riscos (PROJETEC, 2008; CLEMENTE, 2003).
A quantidade produzida de levedura foi considerada conforme Riqueza [...] (2002), sendo
obtidas 30 gramas de levedura por litro de etanol produzido. Já o preço de comercialização deste
produto foi designado conforme pesquisa de mercado junto a empresa Glucos Internacional.
Segundo (informação pessoal)32, destinando a produção deste subproduto para o consumo animal,
pode-se obter entre R$ 600,00/t e R$ 700,00/t de levedura seca, sendo considerado como valor
para o modelo proposto a média das duas observações (R$ 650,00/tonelada de levedura seca).
A Tabela 11 resume os rendimentos e quantidades produzidas de etanol, energia elétrica e
levedura seca após a estabilização do canavial. Nota-se que há maior rendimento na produção do
etanol em Uruaçu/GO em comparação a Casa Nova/BA (86,18 litros de etanol por tonelada de
cana-de-açúcar frente a 79,17 litros por tonelada de cana-de-açúcar). De forma inversa, a geração
de eletricidade é maior na região do semiárido nordestino (0,183 MWh/tonelada de cana-de-
açúcar frente a 0,148 MWh/tonelada de cana-de-açúcar em Uruaçu/GO). Tais relações são
observadas basicamente pelo maior teor de fibra da cana-de-açúcar cultivada no Nordeste, uma
31
Nota-se que há divergências entre os valores apresentados neste tópico com aqueles expostos no item “Produção
de álcool e energia elétrica”. Basicamente PROJETEC (2008) considera maiores níveis médios de produtividade,
maior percentual de fibra na cana e maior recuperação de palha para cogeração, fatores os quais elevam os
coeficientes de geração de energia elétrica. Fez-se, no presente estudo, uso das planilhas de cálculo utilizadas em
PROJETEC (2008), sendo considerados diferentes níveis de produtividade, fibra e recuperação de palha, resultando
nos índices técnicos expostos acima.
32
REIS, G. RES: Contacto - Nova mensagem. Mensagem recebida por <leozilioecon@gmail.com> em 26 jan.
2009.
65
vez que os parâmetros tecnológicos e de recuperação de palha foram considerados análogos em
ambas as regiões. Já a produção de levedura seca foi maior em Uruaçu/GO (5.171 toneladas
frente a 4.750 toneladas em Casa Nova/BA), conforme esperado, uma vez que esta variável é
uma função da produção total de etanol.
Tabela 11 – Rendimentos do etanol (l/tc), energia elétrica (MWh/tc) e levedura (g/l etanol) após
a estabilização do canavial
Rendimento (venda) Produção total
Descrição Unidade Unidade
Uruaçu/GO Casa Nova/BA Uruaçu/GO Casa Nova/BA
Etanol 86,18 79,17 l/tc* 172.362 158.338 m³/safra
Energia elétrica 0,148 0,183 MWh/tc* 296.000 366.000 MWh/safra
Levedura seca 30 30 g/l etanol 5.171 4.750 t/safra
Fonte: Dados da pesquisa.
* tc = toneladas de cana-de-açúcar.
4.3.4 Tributos
33
A legislação tributária brasileira pode ser obtida no sítio eletrônico da Receita Federal do Brasil. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 15 abr. 2009.
66
4.3.6 Software
35
Linhas de financiamento agrícola. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/linhas/condicoes_finame.asp>.
Linhas de financiamento industrial. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/linhas/condicoes.asp>. Acesso em: 9
nov. 2008.
68
5 RESULTADOS
• Cenário base: onde admite-se a utilização de 100% de capital próprio nos investimentos
iniciais; e,
Conforme é possível observar nos ANEXOS C e D e nas Figuras 12 e 13, os projetos das
regiões de Uruaçu/GO e Casa Nova/BA possuem escala semelhante, mesmo horizonte temporal e
apresentam-se como projetos do tipo convencional, ou seja, os investimentos são realizados nos
primeiros períodos e há recuperação do capital, via fluxos de caixa líquidos positivos, nos demais
anos.
69
Figura 14 – Distribuição dos investimentos iniciais em Uruaçu/GO (A) e Casa Nova/BA (B) –
valores entre t = 0 e t = 4
Fonte: Resultados da pesquisa.
Não existem receitas em t = 0 e t = 1, uma vez que as vendas dos produtos iniciam-se
apenas em t = 2. A partir deste período, os comportamentos das quantidades produzidas de
etanol, eletricidade e levedura seca acompanham as quantidades colhidas de cana-de-açúcar,
estabilizando-se conforme a produção de cana-de-açúcar converge para os 2 milhões de
toneladas.
Situação análoga ocorre com os custos operacionais industriais, os quais começam a ser
observados apenas em t = 2. Já os desembolsos agrícolas iniciam-se em t = 0, dadas as despesas
iniciais com compras de terras, ativos permanentes agrícolas, arrendamentos, fundação da
lavoura e tributos.
71
A subtração dos parâmetros de receitas e despesas operacionais resulta no resultado
operacional do período. Contabilizando-se (negativamente) ao resultado operacional as
depreciações dos ativos imobilizados, obtêm-se o chamado Lucro Antes do Imposto de Renda -
LAIR, o qual serve de base para o pagamento dos tributos sobre o lucro líquido (IRPJ e CSLL).
Neste caso, nota-se que em Uruaçu/GO o início dos pagamentos do IRPJ e da CSLL ocorre em t
= 2, enquanto que em Casa Nova/BA os mesmos são pagos somente a partir de t = 3. Isto ocorre
porque o desconto das depreciações do resultado operacional, observado em t = 2, no fluxo de
caixa do projeto do semiárido gerou um LAIR negativo, resultando o não pagamento de IRPJ e
CSLL.
Após subtraídos do LAIR os tributos IRPJ e CSLL, deve-se reverter o sinal das
depreciações, uma vez que estas não representam fluxos efetivos, mas sim, tratam-se de uma
ferramenta contábil para fins de apuração do montante devido em IRPJ e CSLL. Obtêm-se, desta
forma, os fluxos de caixa líquidos dos investimentos analisados.
Em termos gerais, enfatiza-se para a necessidade permanente de investimentos em
equipamentos de irrigação na região de Casa Nova/BA, uma vez que em toda área de reforma do
canavial devem ser realizados novos investimentos nos sistemas de irrigação parcelares existentes
na área irrigada. Consequentemente, esses investimentos refletem níveis maiores de depreciações
dos ativos imobilizados ao longo do horizonte do projeto.
No que tange aos encaixes monetários, fica visível o fato de que no Norte de Goiás há
maior representatividade do etanol como fonte direta de receita em comparação ao semiárido
(79,0% em Uruaçu/GO e 74,1% em Casa Nova/BA). Por outro lado, em Casa Nova/BA a venda
de energia elétrica representou 24,5% dos encaixes diretos, enquanto que em Uruaçu/GO este
percentual foi de 19,5%. Tais divergências são explicadas pelos diferentes percentuais de fibra
encontrados nos canaviais das duas regiões, uma vez que maiores teores de fibra (semiárido)
resultam em menores produtividades de etanol por tonelada de cana-de-açúcar. A recíproca é
igualmente válida. A levedura seca, em ambas as regiões, possuiu pouca significância dentro das
receitas diretas, mantendo-se próxima dos 1,5%. A Figura 15 apresenta a distribuição das receitas
diretas em Uruaçu/GO e em Casa Nova/BA.
Com relação as despesas operacionais, notam-se desencaixes com a lavoura de cana-de-
açúcar significativamente maiores na região de Casa Nova/BA, dada a necessidade de irrigação
plena nesta região.
72
Figura 15 – Distribuição das receitas diretas em Uruaçu/GO (A) e Casa Nova/BA (B) – valores
modais do período (t = 0 a t = 29)
Fonte: Resultados da pesquisa.
Figura 16 – Distribuição das despesas operacionais em Uruaçu/GO (A) e Casa Nova/BA (B) –
valores modais do período (t = 0 a t = 29)
Fonte: Resultados da pesquisa.
73
Por outro lado, os resultados operacionais (receitas menos despesas operacionais) aferidos
para ambas as regiões demonstram boa capacidade de pagamento dos investimentos, uma vez que
são mantidos positivos ao longo da vida útil dos projetos. Nota-se que os dois empreendimentos
teriam condições de gerar divisas que garantissem o capital de giro necessário para o
funcionamento da unidade agroindustrial.
Por dois motivos os desembolsos com os tributos IRPJ e CSLL mantiveram-se menores
em Casa Nova/BA em comparação com Uruaçu/GO: i) conforme supracitado, os resultados
operacionais do empreendimento do Vale do São Francisco mostraram-se menores do que os
resultados operacionais do empreendimento do Norte de Goiás; e, ii) em virtude dos maiores
níveis de investimentos, foram observados patamares de depreciações mais elevados em Casa
Nova/BA, abatendo maiores montantes dos resultados operacionais para definição dos LAIR.
Ao final da vida útil do projeto (t = 30) as operações produtivas cessam, sendo vendidos
os ativos adquiridos anteriormente com base em seus respectivos valores residuais. Ressalta-se
para a inexistência de receitas com vendas de terras no empreendimento de Casa Nova/BA, uma
vez que os R$ 500/ha desembolsados inicialmente tratam-se, conforme abordado nas premissas
do modelo, de pagamentos pela concessão do uso das terras durante o período útil do projeto. Há,
em ambos os casos, a incidência de IRPJ e CSLL sobre as receitas oriundas das vendas dos ativos
previamente imobilizados.
Determinou-se ainda que nos cinco últimos períodos não houvessem novos investimentos
agrícolas. A exceção cabe aos equipamentos do sistema de irrigação subsuperficial (Casa
Nova/BA), já que sem eles não seria possível o correto desenvolvimento da lavoura de cana-de-
açúcar.
Assim, foram calculados os indicadores de viabilidade econômico financeira VPL, TIR,
PBD e RBC. Os resultados obtidos para o cenário base são apresentados na Tabela 14.
74
Tabela 14 – Resultados dos indicadores de viabilidade econômico financeira: cenário base
Indicador Uruaçu/GO Casa Nova/BA
VPL (R$ milhões) 181,57 66,73
TIR (%) 11,45% 9,41%
PBD (anos) 25 30
RBC 1,0910 1,0334
Fonte: Resultados da pesquisa.
Assim, conclui-se que, num cenário onde há 100% de participação própria de capital, o
empreendimento nordestino seria menos atrativo do ponto de vista econômico financeiro com
relação ao empreendimento do Norte de Goiás. Outras razões, como infraestrutura de base
existente no Centro-Oeste, elevariam o grau de atratividade do projeto de Uruaçu/GO. Por outro
75
lado, a favor do projeto de Casa Nova/BA, questões sócio-políticas, como a geração de emprego
e renda em locais carentes e a exclusão dessa localidade da polêmica questão da concorrência
energético alimentícia agregariam fundamentos para a realização de projetos no semiárido
nordestino.
36
A compra de terras não foi considerada nas estruturas de financiamentos.
78
O ANEXO I apresenta os fluxos de caixa incrementais do projeto de Uruaçu/GO com
relação ao projeto de Casa Nova/BA, isto é, os fluxos de caixa gerados pela subtração entre os
fluxos de caixa do empreendimento de Uruaçu/GO dos fluxos de caixa do empreendimento de
Casa Nova/BA. Como resultado, obteve-se um VPL positivo (R$ 183,54 milhões) e uma TIR de
21,88%, maior do que a TMA de 4,68% (Tabela 16). Desta forma, certifica-se que, no cenário
alternativo, o projeto do Norte de Goiás (Uruaçu/GO) possui maior atratividade econômico
financeira se comparado ao projeto do Vale do São Francisco (Casa Nova/BA).
Tabela 16 – VPL e TIR dos fluxos de caixa incrementais – Uruaçu/GO com relação a Casa
Nova/BA
Indicador Resultado
VPL 183,54
TIR 21,88%
Fonte: Resultados da pesquisa.
No entanto, conforme salientam Ross (2007), Castello Branco (2004), Ichihara (2003) e
Hertz (1964), os resultados determinísticos não possuem a capacidade de mensurar os riscos do
79
projeto, uma vez que não é possível captar comportamentos incertos das variáveis do fluxo de
caixa. O método proposto para a avaliação das incertezas no presente estudo foi a análise de
sensibilidade, a qual visa determinar os impactos que oscilações nas variáveis do modelo geram
nos indicadores de viabilidade econômico financeira.
Dado que dentre os indicadores de viabilidade econômico financeira propostos o VPL é
apontado como aquele menos propenso a imperfeições (ROSS, 2007; AZEVEDO FILHO; 1988;
CONTADOR, 1988; NORONHA, 1987), as análises de sensibilidade foram desenvolvidas
apenas para estes indicador, não sendo realizados cálculos semelhantes para a TIR, PBD ou RBC.
As variáveis selecionadas para a análise de sensibilidade foram:
37
Para a análise de sensibilidade dos insumos agrícolas determinou-se uma cesta composta pelos principais adubos,
corretivos e defensivos utilizados no processo produtivo da cana-de-açúcar. Assim, foram considerados aumentos
(diminuições) nos níveis de preços dessa cesta de insumos, e não de forma individual.
80
produtividade média da lavoura (8,86%); o preço de venda da energia elétrica (4,53%); e o preço
de compra da água (-4,30%). Para a região de Uruaçu/GO, os parâmetros que geraram variações
mais significativas no VPL foram: o preço de venda do etanol (6,17); a produtividade média da
lavoura (2,52%); e o nível de preços dos insumos agrícolas (-1,72).
Nota-se ainda que os sinais obtidos nos resultados das análises de sensibilidade possuem
correto significado econômico, uma vez que aumentos (quedas) nos valores das variáveis ligadas
as receitas geraram aumentos (quedas) nas estimativas dos VPL, enquanto que aumentos (quedas)
nos valores das variáveis ligadas as despesas geraram diminuições (aumentos) nessas estimativas.
Ainda, aumentos nas produtividades médias reduziriam a área necessária em lavouras de cana-de-
açúcar, impactando positivamente nos resultados dos VPL. Analogamente, melhores patamares
de eficiências industriais (menores perdas de processo) afetariam positivamente os VPL,
enquanto que maiores níveis de perdas industriais gerariam efeito contrário.
Algumas interpretações adicionais podem ser aferidas das análises de sensibilidades
realizadas. Primeiramente, realmente dever-se-ia esperar que fossem verificadas oscilações de
maior amplitude relativa na região de Casa Nova/BA. Isto porque o resultado absoluto do VPL
nesta região foi substancialmente menor do que em Uruaçu/GO. Assim, comparando-se ambas as
82
regiões, oscilações de mesma magnitude gerariam impactos relativamente maiores no
empreendimento do semiárido.
Segundo, evidencia-se que na região do Vale do São Francisco há maior dependência das
receitas advindas da venda de energia elétrica, uma vez que foi constatada maior amplitude de
variação neste parâmetro nessa localidade, em comparação a Uruaçu/GO.
Uma terceira conclusão pode ser obtida avaliando-se as respostas das variáveis que
geraram impactos menos significativos nos VPL. Os investimentos industriais, embora de grande
porte (R$ 278,14 milhões), não geraram modificações significativas no parâmetro VPL. Da
mesma forma, as perdas industriais, determinantes da produtividade industrial do etanol, também
não afetam de forma significativa a viabilidade do empreendimento. Assim, conclui-se que
projetos de novas destilarias dependem em maior intensidade de fatores externos (preços
determinados no mercado) do que de fatores internos (níveis de eficiência industrial) ao processo
gerencial.
Com o intuito de verificar a variação dos VPL em detrimento de modificações nos
parâmetros tempo (horizonte do projeto) e TMA, realizou-se uma segunda análise de
sensibilidade. Efetuaram-se os recálculos do indicador VPL para combinações de horizontes
entre 20 e 30 anos e taxas de desconto entre 6,02% e 10,02% (cenário base) e entre 2,70% e
6,70% (cenário alternativo). Os resultados são apresentados nas Figuras 19 a 22 e nos ANEXOS
M e N.
83
Figura 19 – Relação entre VPL, tempo (horizonte do projeto) e TMA – Uruaçu/GO: cenário base
Fonte: Resultados da pesquisa.
Figura 20 – Relação entre VPL, tempo (horizonte do projeto) e TMA – Casa Nova/BA: cenário
base
Fonte: Resultados da pesquisa.
84
Conforme pode-se observar nas Figuras 19 e 20 e no ANEXO M, os VPL calculados para
o cenário base relacionam-se positivamente com o parâmetro horizonte e negativamente com a
TMA. Em Uruaçu/GO, verificou-se que para todas as combinações de TMA e horizontes
analisados não foram obtidos indícios de inviabilidade econômico financeira. No entanto,
analisando-se a curva do VPL (Figura 19), nota-se que a tendência é de que exista um ponto onde
o VPL torne-se menor do que 0, sendo necessários para tanto valores de TMA maiores do que
10% em horizontes menores do que 20 anos.
Já para Casa Nova/BA, há uma “escalada” de combinações que garantem a viabilidade
econômico financeira do projeto. Se considerados 20 anos de horizonte, taxas de desconto
maiores ou iguais a 8% inviabilizariam o empreendimento. Para 25 anos de vida útil, TMA de
cerca de 9% levariam a rejeição do mesmo. Já para 30 anos (premissa inicial), o projeto deve ser
considerado viável até o momento onde TMA = TIR (9,41%).
No cenário alternativo não foram constatados VPL negativos em nenhuma das
combinações dos parâmetros horizonte do projeto e TMA analisadas (Figuras 21 e 22 e ANEXO
N). No entanto, para uma vida útil de 30 anos, as TIR calculadas na análise determinística
indicam que TMA superiores a 15,01% e 12,73% (Uruaçu/GO e Casa Nova/BA,
respectivamente) inviabilizariam os empreendimentos.
Ainda com relação ao cenário alternativo, nota-se que, em Uruaçu/GO, projetos de
investidores que buscam taxas de retorno relativamente mais baixas (2,68%, por exemplo),
poderiam alcançar VPL de cerca de R$ 769 milhões num período de 30 anos ou R$ 457 milhões
em 20 anos. Já em Casa Nova/BA tais valores poderiam alcançar os R$ 510 milhões em 30 anos
ou R$ 255 milhões em 20 anos.
85
Figura 21 – Relação entre VPL, tempo (horizonte do projeto) e TMA – Uruaçu/GO: cenário
alternativo
Fonte: Resultados da pesquisa.
Figura 22 – Relação entre VPL, tempo (horizonte do projeto) e TMA – Casa Nova/BA: cenário
alternativo
Fonte: Resultados da pesquisa.
86
Desta forma, tanto as análises determinísticas como as análises de sensibilidade realizadas
apontaram para a vantagem competitiva existente na região Norte de Goiás em comparação ao
Vale do São Francisco. Designa-se, nos moldes e premissas adotadas neste estudo, a região de
Uruaçu/GO como aquela mais apta ao recebimento de investimentos em destilarias de álcool
anidro para exportação com unidades cogeradoras de energia elétrica anexas na atualidade.
87
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta dissertação mostrou-se de grande valia como ferramenta auxiliar para a tomada de
decisão por parte dos agentes inseridos no setor sucroalcooleiro nacional. Foram mensurados os
níveis de viabilidade econômico financeira de projetos de investimentos em destilarias produtoras
de etanol para exportação com cogeradoras de energia elétrica anexas, bem como análises de
sensibilidade que proporcionaram o aferimento das incertezas intrínsecas a projetos dessa
natureza.
Inicialmente salienta-se para a atual estrutura produtiva da cadeia sucroalcooleira
nacional, a qual conta com cerca de 90% de suas unidades e da produção de etanol no Centro-Sul
do Brasil (CONAB, 2008). Neste sentido, nota-se que encontram-se nos estados do Centro-Oeste
brasileiro as atuais regiões de expansão da cana-de-açúcar (GOES; MARRA, 2008; NASTARI,
2008). Estudos indicam ainda para o semiárido nordestino como possível área para o cultivo de
cana-de-açúcar irrigada (BRASIL, 2007a; PROJETEC, 2008). Neste caso, torna-se de
fundamental importância a participação estatal, sem a qual não seriam observados patamares
aceitáveis de viabilidade econômico financeira (PROJETEC, 2008).
Os resultados determinísticos indicam que há viabilidade econômico financeira em ambas
as regiões analisadas, uma vez que nos cenários base e alternativo foram evidenciados VPL
positivos e TIR maiores do que as TMA designadas.
No cenário base, onde foi considerado aporte de capital como sendo 100% próprio, os
VPL calculados foram de R$ 181,57 milhões para Uruaçu/GO e de R$ 66,73 milhões para Casa
Nova/BA, com TIR estimadas de 11,45% e 9,41%, respectivamente. O tempo de retorno do
capital investido (mensurado pelo critério do PBD) foi de 25 e 30 anos para Uruaçu/GO e Casa
Nova/BA, sendo obtidas mais unidades de benefício para cada unidade de custo incorrida na
primeira região. Desta forma, no cenário base a região Norte de Goiás mostrou-se mais atrativa
do ponto de vista econômico financeiro em comparação ao Vale do São Francisco.
Uma segunda análise determinística, considerando a presença de capital de terceiros, foi
realizada. Neste caso, o aporte inicial de capital foi designado por 20% de participação própria e
80% de terceiros. Os financiamentos, divididos entre agrícolas e industriais, seguiram as regras
estipuladas pela instituição fomentadora BNDES, a qual estipula prazos de carência e
amortizações pré determinados. Os resultados, tal como no cenário base, apontam para a
superioridade econômico financeira da região de Uruaçu/GO em comparação a Casa Nova/BA.
88
Neste caso os indicadores VPL foram calculados em R$ 503,37 milhões e R$ 318,50 milhões
para Uruaçu/GO e Casa Nova/BA, respectivamente. As TIR foram calculadas em 15,01% e
12,73% para as respectivas localidades, enquanto que um menor período de PBD foi obtido para
o Norte de Goiás. A análise da RBC corroborou com os resultados dos demais indicadores.
Tanto num como noutro cenário ficaram evidentes algumas peculiaridades.
Primeiramente, devido ao maior percentual de fibra na cana-de-açúcar cultivada sob regime de
irrigação plena no semiárido, o empreendimento da região de Casa Nova/BA mostrou-se mais
dependente das receitas advindas da venda de energia elétrica em comparação a região de
Uruaçu/GO. Devido aos índices de rendimentos e níveis de preços propostos, verificou-se que na
primeira região o projeto de construção da destilaria apresentou menores níveis de resultados
operacionais (receitas diretas menos custos operacionais). Outro ponto diz respeito a necessidade
permanente de investimentos no sistema de irrigação via gotejamento subsuperficial designado
para o semiárido. Notaram-se, assim, maiores desembolsos periódicos nesta região, fato não
observado no Norte de Goiás. Tais gastos refletiram em maiores níveis de depreciações no
empreendimento de Casa Nova/BA, o que, somado aos menores patamares de resultados
operacionais, geraram menores gastos com tributos sobre o lucro líquido (IRPJ e CSLL).
Ainda, na comparação entre os cenários propostos, verificou-se, como esperado, uma
elevação nos níveis de viabilidade econômico financeira no cenário alternativo. Isto pode ser
explicado pelo fato de o modelo de fluxo de caixa descontado considerar o valor do dinheiro no
tempo. Uma vez que partes dos montantes investidos nos primeiros períodos puderam ser pagas
em forma de parcelas ao longo dos prazos dos financiamentos, os impactos dos dispêndios
iniciais sobre os indicadores de viabilidade econômico financeira foram relativamente menores.
Somando-se a isto a manutenção das estruturas de receitas do cenário base, foram obtidos, no
cenário alternativo, maiores níveis de atratividade, conforme apontaram os indicadores VPL,
TIR, PBD e RBC.
Ademais, as análises de sensibilidade evidenciaram que o preço de venda do etanol e as
produtividades médias dos canaviais foram as variáveis que mais geraram impactos sobre a
viabilidade dos empreendimentos. O preço de compra dos insumos agrícolas e o preço de venda
da energia elétrica também foram designadas como variáveis chave de projetos de investimentos
em destilarias com unidades cogeradoras anexas. Mostrou-se válida a afirmativa de que a
viabilidade da implantação de destilarias nas atuais áreas de expansão é mais susceptível a
89
oscilações de variáveis externas do que internas a empresa, uma vez que as perdas industriais não
refletiram em mudanças significativas nos níveis do indicador VPL.
Noutra vertente, ao analisar-se as oscilações conjuntas dos parâmetros TMA e horizonte
do projeto, verificou-se no cenário base possibilidades de insucesso dadas algumas hipóteses. No
caso de Uruaçu/GO, projetos com horizonte de 20 ou mais anos, combinados com TMA menores
ou iguais a 10% mostraram-se viáveis do ponto de vista econômico financeiro. Já em Casa
Nova/BA, vidas úteis de 20, 25 e 30 anos, combinadas com TMA de 8% ou maiores, 9% ou
maiores e 9,41% e maiores, respectivamente, fariam com que o empreendimento fosse rejeitado.
O ANEXO M apresenta outras combinações de horizonte e TMA e seus impactos sobre a
viabilidade dos projetos das duas regiões estudadas.
No cenário alternativo, a análise de sensibilidade entre horizonte e TMA não identificou
casos de insucesso dos empreendimentos das duas regiões. Nesse caso, considerando-se um
horizonte de 30 anos, as TIR calculadas (15,01% e 12,73% para Uruaçu/GO e Casa Nova/BA,
respectivamente) definiram até que ponto os projetos seriam viáveis.
Vale ainda salientar para a divergência dos níveis de atratividade encontrados neste estudo
com relação aqueles apresentados em PROJETEC (2008). Devido a premissas quanto as
produtividades médias dos canaviais das duas regiões, a ordem de preferência de escolha entre os
projetos mostrou-se diferente, já que PROJETEC (2008) aponta o semiárido como região mais
atrativa do ponto de vista econômico financeiro. Nota-se, assim, quão importantes são os estudos
técnicos referentes ao desenvolvimento varietal de novas espécies de cana-de-açúcar. A correta
adaptabilidade desta cultura nas diferentes regiões produtoras do Brasil pode definir quanto a
viabilidade ou não de investimentos agroindustriais na atualidade.
Como fatores extra econômicos, destacam-se a presença de infra estrutura de base na
região Centro-Oeste do Brasil, facilitando a produção e o escoamento dos produtos gerados nas
respectivas destilarias e cogeradoras. No semiárido aponta-se, principalmente, o fato dessa região
pertencer a uma zona geográfica que exclui-se da atual e polêmica questão acerca da
concorrência energético alimentícia. Desta forma, poder-se-iam designar novas áreas para o
cultivo da cana-de-açúcar em regiões não tradicionais na produção de alimentos, tal como no
Vale do São Francisco.
Em suma, com base nas premissas adotadas nesse estudo, indicou-se a região de expansão
da cana-de-açúcar do Norte de Goiás, representado pela cidade de Uruaçu/GO, como aquela mais
90
apta ao recebimento de destilarias produtoras de etanol para exportação com unidades
cogeradoras de energia elétrica anexas na atualidade.
Salienta-se ainda para a importância do desenvolvimento de estudos complementares a
este. Análises semelhantes realizadas para outras localidades inseridas dentro das regiões de
expansão da cana-de-açúcar no Brasil poderiam indicar diferentes níveis de atratividade,
elevando o leque de informações disponíveis aos empreendedores que buscam as atuais
oportunidades do setor sucroalcooleiro. Ainda, torna-se imprescindível a execução de análises
que contemplem a mensuração dos riscos de projetos dessa natureza. Métodos de simulação
podem ser adotados com o intuito de gerarem medidas probabilísticas que apontem quais os
riscos de insucessos em cada uma das regiões estudadas.
91
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ANEXOS
101
ANEXO A – Determinação do IPA-OG reponderado segundo critério do CONSECANA a
partir do IPA-OG
Ponderações Cesta agrícola Cesta industrial
IPA-OG: Até 12/2007 25,32% 74,68%
IPA-OG: Após 12/20072 27,89% 72,11%
IPA-OG CONSECANA 62,10% 37,90%
(continua)
IPA-OG - grupo I: produtos agrícolas - IPA-OG - grupo II: produtos industriais - IPA-OG- IPA-OG-
Período
índice (ago. 1994 = 100) - FGV/Conj. índice (ago. 1994 = 100) - FGV/Conj. CONSECANA CONSECANA
(ano/mês)
Econômica - IGP12_IPAA12 Econômica - IGP12_IPAI12 (ago. 1994 = 100) (out. 2008 = 100)
2000.01 198,56 159,94 183,92 38,23
2000.02 196,32 161,11 182,98 38,03
2000.03 193,22 162,09 181,42 37,71
2000.04 191,63 162,60 180,63 37,55
2000.05 192,84 163,77 181,82 37,79
2000.06 199,39 164,82 186,29 38,72
2000.07 206,38 168,91 192,18 39,95
2000.08 215,77 171,78 199,10 41,38
2000.09 220,15 172,93 202,25 42,04
2000.10 221,91 173,70 203,64 42,33
2000.11 221,76 174,70 203,92 42,39
2000.12 222,14 176,71 204,92 42,60
2001.01 220,77 178,09 204,59 42,53
2001.02 221,42 178,65 205,21 42,66
2001.03 228,13 179,13 209,56 43,56
2001.04 236,81 180,00 215,28 44,75
2001.05 235,29 180,89 214,67 44,62
2001.06 242,19 183,77 220,05 45,74
2001.07 247,07 187,25 224,39 46,64
2001.08 250,35 189,21 227,18 47,22
2001.09 249,82 190,62 227,38 47,26
2001.10 254,16 194,31 231,47 48,11
2001.11 256,52 195,57 233,42 48,52
2001.12 257,76 194,95 233,95 48,63
2002.01 258,71 194,32 234,30 48,70
2002.02 257,57 195,02 233,86 48,61
2002.03 256,31 195,09 233,11 48,45
2002.04 254,49 197,63 232,94 48,42
2002.05 256,66 200,44 235,35 48,92
2002.06 268,39 203,92 243,96 50,71
2002.07 280,17 208,47 252,99 52,59
2002.08 295,52 213,68 264,50 54,98
2002.09 312,85 220,17 277,72 57,73
2002.10 339,90 231,09 298,66 62,08
2002.11 368,52 247,37 322,61 67,06
2002.12 379,70 255,24 332,53 69,12
2003.01 384,09 261,97 337,81 70,22
2003.02 388,71 266,99 342,57 71,21
2003.03 389,96 273,83 345,95 71,91
2003.04 386,09 275,14 344,04 71,51
2003.05 374,21 271,99 335,47 69,73
2003.06 370,32 268,70 331,80 68,97
2003.07 368,77 266,93 330,17 68,63
2003.08 375,30 267,71 334,52 69,53
2003.09 388,62 268,78 343,20 71,34
2003.10 393,67 269,25 346,51 72,03
2003.11 394,69 270,70 347,70 72,27
2003.12 396,96 272,88 349,93 72,74
2004.01 395,61 276,14 350,33 72,82
2004.02 392,61 282,46 350,86 72,93
2004.03 398,44 285,10 355,48 73,89
2004.04 401,62 290,40 359,47 74,72
2004.05 412,52 294,25 367,69 76,43
2004.06 414,65 300,06 371,22 77,16
2004.07 415,71 305,34 373,88 77,72
102
ANEXO C – Fluxo de caixa 1 – Empreendimento Uruaçu/GO: cenário base (100% capital próprio) – (R$ milhões)
(continua)
Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Investimentos 214,39 183,36 41,97 42,84 21,46 - 1,48 3,83 3,65 4,40 4,50 11,02 16,63 17,32 16,52 6,61
Destilaria + cogeradora 139,07 139,07 - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 8,13 19,80 15,18 14,86 11,90 - 1,48 3,83 3,65 4,40 3,30 2,65 8,26 7,76 6,96 6,61
Sistema de irrigação 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 - - - - - 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 -
Terra 66,00 16,12 18,42 18,41 - - - - - - - - - - - -
Receitas - - 79,36 156,46 225,80 254,60 242,27 234,29 228,53 225,10 224,51 228,28 227,35 227,53 226,94 222,64
Etanol - - 62,72 123,66 178,46 201,22 191,48 185,17 180,62 177,91 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97
Energia elétrica - - 15,44 30,44 43,93 49,53 47,13 45,58 44,46 43,79 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31
Levedura seca - - 1,20 2,36 3,41 3,84 3,66 3,54 3,45 3,40 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - - -
Venda maquinário (residual) - - - - - - - - - - 1,63 3,96 3,04 2,97 2,38 -
Venda sistema irrigação (residual) - - - - - - - - - - 0,24 1,67 1,67 1,91 1,91 -
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 4,23 26,47 63,28 96,20 123,90 122,33 120,81 119,82 119,11 118,69 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39
Lavoura de cana-de-açúcar 4,06 25,14 38,08 52,88 67,66 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54
Arrendamento de terras 0,16 1,25 2,34 3,58 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83
Folha/capacitação industrial - - 2,98 5,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30
Despesas administrativas - - 2,25 4,18 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13
Insumos de produção industrial - - 1,40 2,55 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48
Manutenção/conservação industrial - - 3,34 6,06 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28
Frete ao porto - - 7,99 15,75 22,72 25,62 24,38 23,58 23,00 22,65 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41
ITR 0,01 0,08 0,16 0,24 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32
ANEEL/TUSD/P&D - - 3,95 4,10 2,88 3,25 3,09 2,99 2,92 2,87 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84
PIS/COFINS - - 0,80 1,58 2,28 2,58 2,45 2,37 2,31 2,28 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25
Resultado operacional (4,23) (26,47) 16,08 60,25 101,90 132,26 121,46 114,46 109,42 106,41 106,12 109,89 108,97 109,14 108,55 104,26
Lucro antes dos juros, IR e CSLL (4,23) (27,22) 1,94 44,18 83,77 112,38 101,81 95,19 90,12 87,23 86,77 90,22 89,87 90,19 89,52 85,26
Resultado operacional (4,23) (26,47) 16,08 60,25 101,90 132,26 121,46 114,46 109,42 106,41 106,12 109,89 108,97 109,14 108,55 104,26
Depreciação investimentos industriais - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Depreciação investimentos agrícolas - 0,75 3,02 4,94 7,00 8,76 8,52 8,14 8,17 8,05 8,23 8,54 7,98 7,83 7,91 7,88
Juros - financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Juros - financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Impostos sobre o lucro líquido - - 0,63 15,00 28,46 38,19 34,59 32,34 30,62 29,63 29,48 30,65 30,53 30,64 30,41 28,96
IRPJ - - 0,46 11,02 20,92 28,07 25,43 23,77 22,51 21,78 21,67 22,53 22,44 22,52 22,36 21,29
CSLL - - 0,17 3,98 7,54 10,11 9,16 8,57 8,11 7,85 7,81 8,12 8,09 8,12 8,06 7,67
Lucro líquido após IR (4,23) (27,22) 1,30 29,19 55,31 74,20 67,22 62,85 59,51 57,60 57,29 59,57 59,34 59,55 59,11 56,29
Fluxo de caixa do projeto (218,62) (209,83) (26,53) 2,42 51,98 94,08 85,38 78,29 75,15 72,37 72,15 68,22 61,81 61,18 61,62 68,69
Lucro líquido após IR (4,23) (27,22) 1,30 29,19 55,31 74,20 67,22 62,85 59,51 57,60 57,29 59,57 59,34 59,55 59,11 56,29
Investimentos (214,39) (183,36) (41,97) (42,84) (21,46) - (1,48) (3,83) (3,65) (4,40) (4,50) (11,02) (16,63) (17,32) (16,52) (6,61)
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Reversão depreciação agrícola - 0,75 3,02 4,94 7,00 8,76 8,52 8,14 8,17 8,05 8,23 8,54 7,98 7,83 7,91 7,88
Reversão juros: financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão juros: financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de caixa acumulado (218,62) (428,45) (454,98) (452,56) (400,58) (306,50) (221,12) (142,83) (67,67) 4,70 76,85 145,07 206,88 268,07 329,68 398,37
104
93
ANEXO C – Fluxo de caixa 1 – Empreendimento Uruaçu/GO: cenário base (100% capital próprio) – (R$ milhões)
(conclusão)
Período 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Investimentos 6,97 6,92 6,81 8,37 8,63 12,77 14,32 16,34 14,97 7,14 - - - - -
Destilaria + cogeradora (turn key) - - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 6,97 6,92 6,81 8,37 7,44 4,40 5,95 6,78 5,41 7,14 - - - - -
Sistema de irrigação - - - - 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 - - - - - -
Terra - - - - - - - - - - - - - - -
Receitas 222,94 223,41 223,37 223,52 223,54 224,85 225,97 226,11 225,95 223,96 224,04 224,03 224,00 224,32 189,41
Etanol 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 -
Energia elétrica 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 -
Levedura seca 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 -
Venda destilaria + cogeradora - - - - - - - - - - - - - - 55,63
Venda maquinário (residual) 0,30 0,77 0,73 0,88 0,66 0,53 1,65 1,55 1,39 1,32 1,39 1,38 1,36 1,67 7,42
Venda sistema irrigação (residual) - - - - 0,24 1,67 1,67 1,91 1,91 - - - - - 7,41
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - 118,95
Despesas operacionais 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 -
Lavoura de cana-de-açúcar 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 -
Arrendamento de terras 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 -
Folha/capacitação industrial 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 -
Despesas administrativas 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 -
Insumos de produção industrial 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 -
Manutenção/conservação industrial 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 -
Frete ao porto 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 -
ITR 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 -
ANEEL/TUSD/P&D 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 -
PIS/COFINS 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 -
Resultado operacional 104,55 105,02 104,99 105,14 105,16 106,46 107,58 107,72 107,56 105,58 105,65 105,64 105,62 105,93 189,41
Lucro antes dos juros, IR e CSLL 85,40 85,51 85,63 86,11 86,06 87,28 99,57 99,51 99,36 97,70 97,98 97,91 97,71 97,50 189,41
Resultado operacional 104,55 105,02 104,99 105,14 105,16 106,46 107,58 107,72 107,56 105,58 105,65 105,64 105,62 105,93 189,41
Depreciação investimentos industriais 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Depreciação investimentos agrícolas 8,03 8,39 8,24 7,90 7,97 8,05 8,02 8,21 8,21 7,88 7,67 7,73 7,90 8,43 -
Juros - financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Juros - financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Impostos sobre o lucro líquido 29,01 29,05 29,09 29,25 29,24 29,65 33,83 33,81 33,76 33,19 33,29 33,27 33,20 33,13 64,37
IRPJ 21,32 21,35 21,38 21,50 21,49 21,80 24,87 24,85 24,82 24,40 24,47 24,45 24,40 24,35 47,33
CSLL 7,69 7,70 7,71 7,75 7,75 7,86 8,96 8,96 8,94 8,79 8,82 8,81 8,79 8,77 17,05
Lucro líquido após IR 56,39 56,46 56,54 56,86 56,82 57,63 65,74 65,70 65,60 64,51 64,69 64,65 64,52 64,37 125,03
Fluxo de caixa do projeto 68,57 69,06 69,09 67,51 67,29 64,04 59,44 57,57 58,84 65,24 72,36 72,37 72,42 72,81 125,03
Lucro líquido após IR 56,39 56,46 56,54 56,86 56,82 57,63 65,74 65,70 65,60 64,51 64,69 64,65 64,52 64,37 125,03
Investimentos (6,97) (6,92) (6,81) (8,37) (8,63) (12,77) (14,32) (16,34) (14,97) (7,14) - - - - -
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Reversão depreciação agrícola 8,03 8,39 8,24 7,90 7,97 8,05 8,02 8,21 8,21 7,88 7,67 7,73 7,90 8,43 -
Reversão juros: financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão juros: financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de caixa acumulado 466,94 536,00 605,09 672,61 739,89 803,93 863,37 920,94 979,78 1.045,02 1.117,38 1.189,76 1.262,18 1.334,99 1.460,02
105
94
ANEXO D – Fluxo de caixa 2 – Empreendimento Casa Nova/BA: cenário base (100% capital próprio) – (R$ milhões)
(continua)
Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Investimentos 157,30 189,39 48,17 45,91 42,12 3,96 5,44 6,69 7,61 7,26 7,26 6,61 11,66 10,61 10,36 9,47
Destilaria + cogeradora 139,07 139,07 - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 8,13 17,68 15,18 12,93 11,90 - 1,48 2,73 3,65 3,30 3,30 2,65 7,70 6,66 6,40 5,51
Sistema de irrigação 3,78 30,22 30,22 30,22 30,22 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96
Terra 6,32 2,41 2,76 2,75 - - - - - - - - - - - -
Receitas - - 71,17 136,24 199,89 236,42 225,74 223,58 221,94 220,54 221,30 223,85 222,84 222,39 222,19 218,49
Etanol - - 52,70 100,88 148,02 175,07 167,16 165,56 164,35 163,31 162,53 162,03 161,65 161,65 161,65 161,65
Energia elétrica - - 17,46 33,42 49,04 58,00 55,38 54,85 54,45 54,11 53,85 53,68 53,56 53,56 53,56 53,56
Levedura seca - - 1,01 1,93 2,83 3,34 3,19 3,16 3,14 3,12 3,10 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - - -
Venda maquinário (residual) - - - - - - - - - - 1,63 3,54 3,04 2,59 2,38 -
Venda sistema irrigação (residual) - - - - - - - - - - 0,19 1,51 1,51 1,51 1,51 0,20
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 4,24 28,50 67,40 101,62 135,57 133,02 132,08 131,89 131,74 131,62 131,52 131,46 131,42 131,42 131,42 131,42
Lavoura de cana-de-açúcar 4,24 28,49 48,04 70,38 92,68 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87
Arrendamento de terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Folha/capacitação industrial - - 2,79 4,82 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30
Despesas administrativas - - 2,10 3,79 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13
Insumos de produção industrial - - 1,31 2,28 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48
Manutenção/conservação industrial - - 3,12 5,43 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28
Frete ao porto - - 4,13 7,91 11,60 13,72 13,10 12,97 12,88 12,80 12,74 12,70 12,67 12,67 12,67 12,67
ITR 0,00 0,01 0,02 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ANEEL/TUSD/P&D - - 4,87 5,03 5,18 3,81 3,63 3,60 3,57 3,55 3,53 3,52 3,51 3,51 3,51 3,51
PIS/COFINS - - 1,02 1,95 2,86 3,38 3,23 3,20 3,18 3,16 3,14 3,13 3,12 3,12 3,12 3,12
Resultado operacional (4,24) (28,50) 3,77 34,62 64,32 103,40 93,66 91,70 90,20 88,93 89,77 92,39 91,43 90,97 90,77 87,08
Lucro antes dos juros, IR e CSLL (4,24) (29,52) (12,60) 14,13 39,90 75,12 65,24 63,10 61,37 59,67 60,14 62,43 64,48 66,54 68,88 67,58
Resultado operacional (4,24) (28,50) 3,77 34,62 64,32 103,40 93,66 91,70 90,20 88,93 89,77 92,39 91,43 90,97 90,77 87,08
Depreciação investimentos industriais - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Depreciação investimentos agrícolas - 1,01 5,24 9,36 13,29 17,15 17,29 17,47 17,70 18,13 18,51 18,84 15,82 13,31 10,76 8,37
Juros - financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Juros - financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Impostos sobre o lucro líquido - - - 4,78 13,54 25,52 22,16 21,43 20,84 20,26 20,42 21,20 21,90 22,60 23,40 22,95
IRPJ - - - 3,51 9,95 18,76 16,29 15,75 15,32 14,89 15,01 15,58 16,10 16,61 17,20 16,87
CSLL - - - 1,27 3,59 6,76 5,87 5,68 5,52 5,37 5,41 5,62 5,80 5,99 6,20 6,08
Lucro líquido após IR (4,24) (29,52) (12,60) 9,35 26,36 49,60 43,08 41,67 40,53 39,41 39,72 41,22 42,58 43,94 45,48 44,63
Fluxo de caixa do projeto (161,54) (217,89) (44,40) (16,07) 8,66 73,92 66,06 63,58 61,75 61,40 62,09 64,58 57,87 57,76 57,01 54,66
Lucro líquido após IR (4,24) (29,52) (12,60) 9,35 26,36 49,60 43,08 41,67 40,53 39,41 39,72 41,22 42,58 43,94 45,48 44,63
Investimentos (157,30) (189,39) (48,17) (45,91) (42,12) (3,96) (5,44) (6,69) (7,61) (7,26) (7,26) (6,61) (11,66) (10,61) (10,36) (9,47)
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Reversão depreciação agrícola - 1,01 5,24 9,36 13,29 17,15 17,29 17,47 17,70 18,13 18,51 18,84 15,82 13,31 10,76 8,37
Reversão juros: financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão juros: financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de caixa acumulado (161,54) (379,43) (423,83) (439,90) (431,25) (357,32) (291,26) (227,68) (165,94) (104,53) (42,44) 22,14 80,01 137,77 194,78 249,44
106
95
ANEXO D – Fluxo de caixa 2 – Empreendimento Casa Nova/BA: cenário base (100% capital próprio) – (R$ milhões)
(conclusão)
Período 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Investimentos 10,93 10,41 10,77 10,96 11,40 7,26 9,91 10,18 9,37 9,44 3,96 3,96 3,96 - -
Destilaria + cogeradora - - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 6,97 6,45 6,81 7,00 7,44 3,30 5,95 6,22 5,41 5,48 - - - - -
Sistema de irrigação 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 - -
Terra - - - - - - - - - - - - - - -
Receitas 218,79 219,04 219,22 219,15 219,15 219,02 220,03 219,82 219,77 219,59 219,89 219,78 219,85 219,89 64,17
Etanol 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 -
Energia elétrica 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 -
Levedura seca 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 -
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - 55,63
Venda maquinário (residual) 0,30 0,55 0,73 0,66 0,66 0,53 1,54 1,33 1,28 1,10 1,39 1,29 1,36 1,40 6,76
Venda sistema irrigação (residual) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 1,78
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 -
Lavoura de cana-de-açúcar 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 -
Arrendamento de terras - - - - - - - - - - - - - - -
Folha/capacitação industrial 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 -
Despesas administrativas 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 -
Insumos de produção industrial 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 -
Manutenção/conservação industrial 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 -
Frete ao porto 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 -
ITR 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 -
ANEEL/TUSD/P&D 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 -
PIS/COFINS 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 -
Resultado operacional 87,37 87,62 87,81 87,74 87,74 87,60 88,61 88,41 88,36 88,18 88,47 88,37 88,44 88,47 64,17
Lucro antes dos juros, IR e CSLL 67,90 67,77 68,13 68,20 68,32 67,94 80,28 79,83 79,84 79,76 80,48 80,15 80,22 79,73 64,17
Resultado operacional 87,37 87,62 87,81 87,74 87,74 87,60 88,61 88,41 88,36 88,18 88,47 88,37 88,44 88,47 64,17
Depreciação investimentos industriais 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Depreciação investimentos agrícolas 8,35 8,73 8,55 8,41 8,29 8,54 8,33 8,57 8,52 8,41 7,99 8,22 8,22 8,75 -
Juros - financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Juros - financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Impostos sobre o lucro líquido 23,06 23,02 23,14 23,16 23,21 23,07 27,27 27,12 27,12 27,09 27,34 27,23 27,25 27,08 21,79
IRPJ 16,95 16,92 17,01 17,03 17,06 16,96 20,05 19,93 19,93 19,92 20,10 20,01 20,03 19,91 16,02
CSLL 6,11 6,10 6,13 6,14 6,15 6,11 7,23 7,18 7,19 7,18 7,24 7,21 7,22 7,18 5,78
Lucro líquido após IR 44,84 44,75 44,99 45,04 45,12 44,86 53,01 52,71 52,72 52,67 53,14 52,92 52,97 52,64 43,38
Fluxo de caixa do projeto 53,38 54,19 53,90 53,61 53,13 57,27 51,44 51,11 51,87 51,64 57,17 57,18 57,23 61,39 43,38
Lucro líquido após IR 44,84 44,75 44,99 45,04 45,12 44,86 53,01 52,71 52,72 52,67 53,14 52,92 52,97 52,64 43,38
Investimentos (10,93) (10,41) (10,77) (10,96) (11,40) (7,26) (9,91) (10,18) (9,37) (9,44) (3,96) (3,96) (3,96) - -
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Reversão depreciação agrícola 8,35 8,73 8,55 8,41 8,29 8,54 8,33 8,57 8,52 8,41 7,99 8,22 8,22 8,75 -
Reversão juros: financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão juros: financiamento agrícola - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de caixa acumulado 302,82 357,01 410,91 464,52 517,66 574,93 626,36 677,48 729,35 780,98 838,16 895,34 952,57 1.013,96 1.056,33
107
96
ANEXO E – Fluxo de caixa 3 – Empreendimento Uruaçu/GO: cenário alternativo (20% capital próprio) – (R$ milhões)
(continua)
Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Investimentos 214,39 183,36 41,97 42,84 21,46 - 1,48 3,83 3,65 4,40 4,50 11,02 16,63 17,32 16,52 6,61
Destilaria + cogeradora 139,07 139,07 - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 8,13 19,80 15,18 14,86 11,90 - 1,48 3,83 3,65 4,40 3,30 2,65 8,26 7,76 6,96 6,61
Sistema de irrigação 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 - - - - - 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 -
Terra 66,00 16,12 18,42 18,41 - - - - - - - - - - - -
Receitas - - 79,36 156,46 225,80 254,60 242,27 234,29 228,53 225,10 224,51 228,28 227,35 227,53 226,94 222,64
Etanol - - 62,72 123,66 178,46 201,22 191,48 185,17 180,62 177,91 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97
Energia elétrica - - 15,44 30,44 43,93 49,53 47,13 45,58 44,46 43,79 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31
Levedura seca - - 1,20 2,36 3,41 3,84 3,66 3,54 3,45 3,40 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - - -
Venda maquinário (residual) - - - - - - - - - - 1,63 3,96 3,04 2,97 2,38 -
Venda sistema irrigação (residual) - - - - - - - - - - 0,24 1,67 1,67 1,91 1,91 -
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 4,23 26,47 63,28 96,20 123,90 122,33 120,81 119,82 119,11 118,69 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39
Lavoura de cana-de-açúcar 4,06 25,14 38,08 52,88 67,66 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54
Arrendamento de terras 0,16 1,25 2,34 3,58 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83
Folha/capacitação industrial - - 2,98 5,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30
Despesas administrativas - - 2,25 4,18 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13
Insumos de produção industrial - - 1,40 2,55 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48
Manutenção/conservação industrial - - 3,34 6,06 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28
Frete ao porto - - 7,99 15,75 22,72 25,62 24,38 23,58 23,00 22,65 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41
ITR 0,01 0,08 0,16 0,24 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32
ANEEL/TUSD/P&D - - 3,95 4,10 2,88 3,25 3,09 2,99 2,92 2,87 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84
PIS/COFINS - - 0,80 1,58 2,28 2,58 2,45 2,37 2,31 2,28 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25
Resultado operacional (4,23) (26,47) 16,08 60,25 101,90 132,26 121,46 114,46 109,42 106,41 106,12 109,89 108,97 109,14 108,55 104,26
Lucro antes dos juros, IR e CSLL (4,23) (33,87) (12,66) 29,44 69,16 98,34 89,71 85,33 82,40 81,46 82,78 87,86 88,69 88,36 87,07 82,35
Resultado operacional (4,23) (26,47) 16,08 60,25 101,90 132,26 121,46 114,46 109,42 106,41 106,12 109,89 108,97 109,14 108,55 104,26
Depreciação investimentos industriais - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Depreciação investimentos agrícolas - 0,75 3,02 4,94 7,00 8,76 8,52 8,14 8,17 8,05 8,23 8,54 7,98 7,83 7,91 7,88
Juros - financiamento industrial - 6,20 12,75 11,77 10,72 9,62 8,46 7,24 5,94 4,58 3,13 1,61 0,00 0,00 0,00 0,00
Juros - financiamento agrícola - 0,45 1,84 2,98 3,89 4,42 3,64 2,63 1,78 1,20 0,86 0,76 1,17 1,83 2,44 2,90
Impostos sobre o lucro líquido - - - 9,98 23,49 33,41 30,48 28,99 27,99 27,67 28,12 29,85 30,13 30,02 29,58 27,98
IRPJ - - - 7,34 17,27 24,56 22,40 21,31 20,58 20,34 20,67 21,94 22,15 22,07 21,74 20,56
CSLL - - - 2,65 6,22 8,85 8,07 7,68 7,42 7,33 7,45 7,91 7,98 7,95 7,84 7,41
Lucro líquido após IR (4,23) (33,87) (12,66) 19,45 45,67 64,93 59,23 56,34 54,41 53,79 54,66 58,01 58,56 58,34 57,49 54,38
Fluxo de caixa do projeto (99,90) (76,03) (39,39) (11,04) 31,35 51,16 38,66 34,57 35,94 37,07 40,51 44,69 71,91 70,14 67,56 64,10
Lucro líquido após IR (4,23) (33,87) (12,66) 19,45 45,67 64,93 59,23 56,34 54,41 53,79 54,66 58,01 58,56 58,34 57,49 54,38
Investimentos (214,39) (183,36) (41,97) (42,84) (21,46) - (1,48) (3,83) (3,65) (4,40) (4,50) (11,02) (16,63) (17,32) (16,52) (6,61)
Saldo financiamento industrial 111,26 111,26 (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) - - - -
Saldo financiamento agrícola 7,46 22,54 16,96 11,98 4,85 (17,24) (20,38) (16,62) (11,38) (6,81) (2,54) 6,12 9,70 8,33 5,11 (5,58)
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Reversão depreciação agrícola - 0,75 3,02 4,94 7,00 8,76 8,52 8,14 8,17 8,05 8,23 8,54 7,98 7,83 7,91 7,88
Reversão juros: financiamento industrial - 6,20 12,75 11,77 10,72 9,62 8,46 7,24 5,94 4,58 3,13 1,61 0,00 0,00 0,00 0,00
Reversão juros: financiamento agrícola - 0,45 1,84 2,98 3,89 4,42 3,64 2,63 1,78 1,20 0,86 0,76 1,17 1,83 2,44 2,90
Fluxo de caixa acumulado (99,90) (175,94) (215,33) (226,37) (195,02) (143,86) (105,20) (70,64) (34,70) 2,37 42,89 87,58 159,49 229,62 297,18 361,28
108
97
ANEXO E – Fluxo de caixa 3 – Empreendimento Uruaçu/GO: cenário alternativo (20% capital próprio) – (R$ milhões)
(conclusão)
Período 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Investimentos 6,97 6,92 6,81 8,37 8,63 12,77 14,32 16,34 14,97 7,14 - - - - -
Destilaria + cogeradora (turn key) - - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 6,97 6,92 6,81 8,37 7,44 4,40 5,95 6,78 5,41 7,14 - - - - -
Sistema de irrigação - - - - 1,20 8,37 8,37 9,56 9,56 - - - - - -
Terra - - - - - - - - - - - - - - -
Receitas 222,94 223,41 223,37 223,52 223,54 224,85 225,97 226,11 225,95 223,96 224,04 224,03 224,00 224,32 189,41
Etanol 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 175,97 -
Energia elétrica 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 43,31 -
Levedura seca 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 -
Venda destilaria + cogeradora - - - - - - - - - - - - - - 55,63
Venda maquinário (residual) 0,30 0,77 0,73 0,88 0,66 0,53 1,65 1,55 1,39 1,32 1,39 1,38 1,36 1,67 7,42
Venda sistema irrigação (residual) - - - - 0,24 1,67 1,67 1,91 1,91 - - - - - 7,41
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - 118,95
Despesas operacionais 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 118,39 -
Lavoura de cana-de-açúcar 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 62,54 -
Arrendamento de terras 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 4,83 -
Folha/capacitação industrial 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 -
Despesas administrativas 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 -
Insumos de produção industrial 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 -
Manutenção/conservação industrial 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 -
Frete ao porto 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 22,41 -
ITR 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 -
ANEEL/TUSD/P&D 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 2,84 -
PIS/COFINS 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 -
Resultado operacional 104,55 105,02 104,99 105,14 105,16 106,46 107,58 107,72 107,56 105,58 105,65 105,64 105,62 105,93 189,41
Lucro antes dos juros, IR e CSLL 82,66 83,07 83,54 84,35 84,45 85,69 97,69 97,29 96,74 94,83 95,32 95,91 96,39 96,74 189,41
Resultado operacional 104,55 105,02 104,99 105,14 105,16 106,46 107,58 107,72 107,56 105,58 105,65 105,64 105,62 105,93 189,41
Depreciação investimentos industriais 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Depreciação investimentos agrícolas 8,03 8,39 8,24 7,90 7,97 8,05 8,02 8,21 8,21 7,88 7,67 7,73 7,90 8,43 -
Juros - financiamento industrial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -
Juros - financiamento agrícola 2,74 2,44 2,09 1,76 1,61 1,59 1,87 2,22 2,61 2,87 2,66 2,00 1,32 0,76 -
Impostos sobre o lucro líquido 28,08 28,22 28,38 28,65 28,69 29,11 33,19 33,05 32,87 32,22 32,39 32,59 32,75 32,87 64,37
IRPJ 20,64 20,74 20,86 21,06 21,09 21,40 24,40 24,30 24,16 23,68 23,81 23,95 24,07 24,16 47,33
CSLL 7,44 7,48 7,52 7,59 7,60 7,71 8,79 8,76 8,71 8,53 8,58 8,63 8,68 8,71 17,05
Lucro líquido após IR 54,58 54,85 55,16 55,69 55,76 56,58 64,50 64,23 63,88 62,61 62,94 63,33 63,64 63,87 125,03
Fluxo de caixa do projeto 61,77 61,69 62,33 63,85 65,90 67,60 63,92 62,63 61,43 59,74 59,75 59,84 62,23 65,31 119,22
Lucro líquido após IR 54,58 54,85 55,16 55,69 55,76 56,58 64,50 64,23 63,88 62,61 62,94 63,33 63,64 63,87 125,03
Investimentos (6,97) (6,92) (6,81) (8,37) (8,63) (12,77) (14,32) (16,34) (14,97) (7,14) - - - - -
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola (7,73) (8,20) (7,47) (4,26) (1,93) 3,02 3,85 4,30 1,71 (6,47) (13,52) (13,22) (10,64) (7,76) -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - (5,82)
Reversão depreciação industrial 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Reversão depreciação agrícola 8,03 8,39 8,24 7,90 7,97 8,05 8,02 8,21 8,21 7,88 7,67 7,73 7,90 8,43 -
Reversão juros: financiamento industrial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -
Reversão juros: financiamento agrícola 2,74 2,44 2,09 1,76 1,61 1,59 1,87 2,22 2,61 2,87 2,66 2,00 1,32 0,76 -
Fluxo de caixa acumulado 423,05 484,74 547,07 610,92 676,82 744,42 808,34 870,97 932,40 992,15 1.051,89 1.111,73 1.173,96 1.239,26 1.358,48
109
98
ANEXO F – Fluxo de caixa 4 – Empreendimento Casa Nova/BA: cenário alternativo (20% capital próprio) – (R$ milhões)
(continua)
Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Investimentos 157,30 189,39 48,17 45,91 42,12 3,96 5,44 6,69 7,61 7,26 7,26 6,61 11,66 10,61 10,36 9,47
Destilaria + cogeradora 139,07 139,07 - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 8,13 17,68 15,18 12,93 11,90 - 1,48 2,73 3,65 3,30 3,30 2,65 7,70 6,66 6,40 5,51
Sistema de irrigação 3,78 30,22 30,22 30,22 30,22 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96
Terra 6,32 2,41 2,76 2,75 - - - - - - - - - - - -
Receitas - - 71,17 136,24 199,89 236,42 225,74 223,58 221,94 220,54 221,30 223,85 222,84 222,39 222,19 218,49
Etanol - - 52,70 100,88 148,02 175,07 167,16 165,56 164,35 163,31 162,53 162,03 161,65 161,65 161,65 161,65
Energia elétrica - - 17,46 33,42 49,04 58,00 55,38 54,85 54,45 54,11 53,85 53,68 53,56 53,56 53,56 53,56
Levedura seca - - 1,01 1,93 2,83 3,34 3,19 3,16 3,14 3,12 3,10 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - - -
Venda maquinário (residual) - - - - - - - - - - 1,63 3,54 3,04 2,59 2,38 -
Venda sistema irrigação (residual) - - - - - - - - - - 0,19 1,51 1,51 1,51 1,51 0,20
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 4,24 28,50 67,40 101,62 135,57 133,02 132,08 131,89 131,74 131,62 131,52 131,46 131,42 131,42 131,42 131,42
Lavoura de cana-de-açúcar 4,24 28,49 48,04 70,38 92,68 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87
Arrendamento de terras - - - - - - - - - - - - - - - -
Folha/capacitação industrial - - 2,79 4,82 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30
Despesas administrativas - - 2,10 3,79 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13
Insumos de produção industrial - - 1,31 2,28 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48
Manutenção/conservação industrial - - 3,12 5,43 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28
Frete ao porto - - 4,13 7,91 11,60 13,72 13,10 12,97 12,88 12,80 12,74 12,70 12,67 12,67 12,67 12,67
ITR 0,00 0,01 0,02 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
ANEEL/TUSD/P&D - - 4,87 5,03 5,18 3,81 3,63 3,60 3,57 3,55 3,53 3,52 3,51 3,51 3,51 3,51
PIS/COFINS - - 1,02 1,95 2,86 3,38 3,23 3,20 3,18 3,16 3,14 3,13 3,12 3,12 3,12 3,12
Resultado operacional (4,24) (28,50) 3,77 34,62 64,32 103,40 93,66 91,70 90,20 88,93 89,77 92,39 91,43 90,97 90,77 87,08
Lucro antes dos juros, IR e CSLL (4,24) (36,30) (28,28) (2,80) 22,34 57,49 49,91 50,64 51,80 52,59 55,23 59,39 63,02 64,84 67,00 65,58
Resultado operacional (4,24) (28,50) 3,77 34,62 64,32 103,40 93,66 91,70 90,20 88,93 89,77 92,39 91,43 90,97 90,77 87,08
Depreciação investimentos industriais - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Depreciação investimentos agrícolas - 1,01 5,24 9,36 13,29 17,15 17,29 17,47 17,70 18,13 18,51 18,84 15,82 13,31 10,76 8,37
Juros - financiamento industrial - 6,20 12,75 11,77 10,72 9,62 8,46 7,24 5,94 4,58 3,13 1,61 0,00 0,00 0,00 0,00
Juros - financiamento agrícola - 0,58 2,93 5,16 6,83 8,00 6,87 5,22 3,63 2,51 1,78 1,43 1,46 1,69 1,88 2,00
Impostos sobre o lucro líquido - - - - 7,57 19,52 16,95 17,19 17,59 17,85 18,76 20,17 21,40 22,02 22,76 22,27
IRPJ - - - - 5,56 14,35 12,45 12,64 12,93 13,12 13,78 14,82 15,73 16,19 16,73 16,37
CSLL - - - - 2,01 5,17 4,49 4,56 4,66 4,73 4,97 5,34 5,67 5,84 6,03 5,90
Lucro líquido após IR (4,24) (36,30) (28,28) (2,80) 14,77 37,97 32,97 33,45 34,21 34,73 36,48 39,22 41,62 42,82 44,25 43,31
Fluxo de caixa do projeto (40,76) (68,31) (40,93) (19,29) (3,35) 22,70 6,75 5,89 12,38 18,72 25,84 34,20 60,78 59,68 57,79 54,16
Lucro líquido após IR (4,24) (36,30) (28,28) (2,80) 14,77 37,97 32,97 33,45 34,21 34,73 36,48 39,22 41,62 42,82 44,25 43,31
Investimentos (157,30) (189,39) (48,17) (45,91) (42,12) (3,96) (5,44) (6,69) (7,61) (7,26) (7,26) (6,61) (11,66) (10,61) (10,36) (9,47)
Saldo financiamento industrial 111,26 111,26 (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) (30,45) - - - -
Saldo financiamento agrícola 9,52 38,32 33,92 22,46 12,47 (26,76) (34,07) (31,47) (22,17) (14,64) (7,47) (0,96) 2,42 1,35 0,14 (1,18)
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - - -
Reversão depreciação industrial - - 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13
Reversão depreciação agrícola - 1,01 5,24 9,36 13,29 17,15 17,29 17,47 17,70 18,13 18,51 18,84 15,82 13,31 10,76 8,37
Reversão juros: financiamento industrial - 6,20 12,75 11,77 10,72 9,62 8,46 7,24 5,94 4,58 3,13 1,61 0,00 0,00 0,00 0,00
Reversão juros: financiamento agrícola - 0,58 2,93 5,16 6,83 8,00 6,87 5,22 3,63 2,51 1,78 1,43 1,46 1,69 1,88 2,00
Fluxo de caixa acumulado (40,76) (109,07) (150,00) (169,29) (172,64) (149,94) (143,19) (137,30) (124,92) (106,20) (80,36) (46,16) 14,62 74,31 132,10 186,26
110
99
ANEXO F – Fluxo de caixa 4 – Empreendimento Casa Nova/BA: cenário alternativo (20% capital próprio) – (R$ milhões)
(conclusão)
Período 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Investimentos 10,93 10,41 10,77 10,96 11,40 7,26 9,91 10,18 9,37 9,44 3,96 3,96 3,96 - -
Destilaria + cogeradora - - - - - - - - - - - - - - -
Maquinário/benfeitorias agrícolas 6,97 6,45 6,81 7,00 7,44 3,30 5,95 6,22 5,41 5,48 - - - - -
Sistema de irrigação 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 3,96 - -
Terra - - - - - - - - - - - - - - -
Receitas 218,79 219,04 219,22 219,15 219,15 219,02 220,03 219,82 219,77 219,59 219,89 219,78 219,85 219,89 64,17
Etanol 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 161,65 -
Energia elétrica 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 53,56 -
Levedura seca 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09 -
Venda destilaria + cogeradora (residual) - - - - - - - - - - - - - - 55,63
Venda maquinário (residual) 0,30 0,55 0,73 0,66 0,66 0,53 1,54 1,33 1,28 1,10 1,39 1,29 1,36 1,40 6,76
Venda sistema irrigação (residual) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 1,78
Venda terras - - - - - - - - - - - - - - -
Despesas operacionais 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 131,42 -
Lavoura de cana-de-açúcar 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 88,87 -
Arrendamento de terras - - - - - - - - - - - - - - -
Folha/capacitação industrial 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30 -
Despesas administrativas 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 5,13 -
Insumos de produção industrial 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 3,48 -
Manutenção/conservação industrial 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 8,28 -
Frete ao porto 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 12,67 -
ITR 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 -
ANEEL/TUSD/P&D 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 3,51 -
PIS/COFINS 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 3,12 -
Resultado operacional 87,37 87,62 87,81 87,74 87,74 87,60 88,61 88,41 88,36 88,18 88,47 88,37 88,44 88,47 64,17
Lucro antes dos juros, IR e CSLL 65,85 65,63 65,95 66,02 66,11 65,67 78,17 77,78 77,79 77,75 78,50 78,44 78,78 78,53 64,17
Resultado operacional 87,37 87,62 87,81 87,74 87,74 87,60 88,61 88,41 88,36 88,18 88,47 88,37 88,44 88,47 64,17
Depreciação investimentos industriais 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Depreciação investimentos agrícolas 8,35 8,73 8,55 8,41 8,29 8,54 8,33 8,57 8,52 8,41 7,99 8,22 8,22 8,75 -
Juros - financiamento industrial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -
Juros - financiamento agrícola 2,05 2,14 2,17 2,18 2,21 2,26 2,11 2,05 2,05 2,01 1,98 1,71 1,44 1,20 -
Impostos sobre o lucro líquido 22,36 22,29 22,40 22,42 22,45 22,30 26,55 26,42 26,42 26,41 26,66 26,64 26,76 26,68 21,79
IRPJ 16,44 16,38 16,46 16,48 16,50 16,39 19,52 19,42 19,42 19,41 19,60 19,59 19,67 19,61 16,02
CSLL 5,93 5,91 5,94 5,94 5,95 5,91 7,04 7,00 7,00 7,00 7,06 7,06 7,09 7,07 5,78
Lucro líquido após IR 43,48 43,34 43,55 43,60 43,66 43,37 51,62 51,36 51,36 51,34 51,83 51,79 52,02 51,85 42,38
Fluxo de caixa do projeto 53,44 53,42 52,56 52,68 52,53 53,25 49,09 49,71 49,92 49,85 51,31 51,62 52,24 54,36 28,03
Lucro líquido após IR 43,48 43,34 43,55 43,60 43,66 43,37 51,62 51,36 51,36 51,34 51,83 51,79 52,02 51,85 42,38
Investimentos (10,93) (10,41) (10,77) (10,96) (11,40) (7,26) (9,91) (10,18) (9,37) (9,44) (3,96) (3,96) (3,96) - -
Saldo financiamento industrial - - - - - - - - - - - - - - -
Saldo financiamento agrícola (0,63) (1,49) (2,08) (1,68) (1,36) (4,79) (3,06) (2,10) (2,65) (2,47) (6,54) (6,14) (5,48) (7,44) -
Dívidas (juros/amortiz. financiamentos) - - - - - - - - - - - - - - (14,34)
Reversão depreciação industrial 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 11,13 - - - - - - - - -
Reversão depreciação agrícola 8,35 8,73 8,55 8,41 8,29 8,54 8,33 8,57 8,52 8,41 7,99 8,22 8,22 8,75 -
Reversão juros: financiamento industrial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -
Reversão juros: financiamento agrícola 2,05 2,14 2,17 2,18 2,21 2,26 2,11 2,05 2,05 2,01 1,98 1,71 1,44 1,20 -
Fluxo de caixa acumulado 239,70 293,12 345,68 398,35 450,88 504,13 553,23 602,93 652,85 702,70 754,01 805,63 857,88 912,23 940,26
111
100
112
101
113
102
ANEXO I – Fluxo de caixa incremental – Uruaçu/GO em relação a Casa Nova/BA: cenário alternativo– (R$ milhões)
Período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Fluxo incremental (59) (8) 2 8 35 28 32 29 24 18 15 10 11 10 10 10
Período 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Fluxo incremental 8 8 10 11 13 14 15 13 12 10 8 8 10 11 91
VPL(TMA=4,68%) 183,54
TIR 21,88%
114
115
ANEXO J – Tabela Price financiamento industrial: Uruaçu/GO e Casa Nova/BA (R$)
Nota 1: Os financiamentos agrícolas foram considerados individualmente. Assim, para cada captação foram
considerados dois anos de carência e cinco anos de pagamento.
Nota 2: O saldo excedente a t = 29 foi considerado como “Dívida” nos fluxos de caixa. Assim, o somatório dos
montantes devidos em juros e amortizações em t = 30 e t = 31 foram levados a valores presentes em t = 30. A taxa de
desconto nesse caso foi a taxa de juros do financiamento (6,05% a.a.).
Fonte: Resultados da pesquisa.
117
ANEXO L – Tabela Price financiamento agrícola: Casa Nova/BA (R$)
Período Captação Pagamento Juros Amortização Saldo
0 9.524.102 - - - 9.524.102
1 38.323.445 - 576.476 - 48.424.023
2 36.324.490 2.401.287 2.931.013 1.789.918 85.278.239
3 34.523.132 12.063.674 5.161.727 9.100.598 112.899.425
4 33.696.772 21.222.071 6.833.584 16.478.106 132.207.710
5 3.166.848 29.926.297 8.002.278 23.963.620 113.450.539
6 4.352.448 38.422.174 6.866.942 31.746.915 86.247.756
7 5.350.848 36.819.336 5.220.410 31.862.371 59.999.678
8 6.086.848 28.254.320 3.631.665 24.946.531 41.463.871
9 5.806.848 20.445.018 2.509.728 18.303.715 29.335.430
10 5.806.848 13.275.453 1.775.617 11.851.314 23.642.442
11 5.284.713 6.243.641 1.431.031 5.164.087 24.114.545
12 9.325.805 6.909.257 1.459.607 5.769.524 27.990.700
13 8.491.419 7.144.307 1.694.223 6.014.557 31.032.034
14 8.290.541 8.146.502 1.878.309 6.782.162 33.054.383
15 7.572.008 8.752.760 2.000.718 7.253.852 33.874.349
16 8.744.416 9.378.967 2.050.349 7.786.937 35.290.147
17 8.329.316 9.824.012 2.136.045 8.217.250 35.931.496
18 8.612.748 10.696.298 2.174.864 9.025.591 36.022.811
19 8.765.731 10.445.056 2.180.391 8.785.977 36.523.878
20 9.117.731 10.475.646 2.210.720 8.795.499 37.376.683
21 5.806.848 10.595.455 2.262.339 8.884.995 34.850.415
22 7.924.713 10.985.174 2.109.428 9.227.223 33.899.383
23 8.140.205 10.244.533 2.051.864 8.672.336 33.846.920
24 7.493.019 10.142.521 2.048.689 8.586.543 33.246.106
25 7.554.541 10.023.380 2.012.323 8.464.595 32.789.590
26 3.166.848 9.702.494 1.984.691 8.175.065 28.238.635
27 3.166.848 9.308.371 1.709.230 7.790.824 23.806.342
28 3.166.848 8.642.755 1.440.952 7.393.486 19.771.387
29 - 7.443.167 1.196.724 6.438.127 13.524.944
30 - 6.189.248 818.639 5.370.609 8.154.334
31 - 4.300.053 493.566 3.806.487 4.347.847
32 - 2.395.347 263.167 2.132.180 2.215.667
33 - 1.596.898 134.110 1.462.788 752.879
34 - 798.449 45.570 752.879 -
35 - - - - -
Total 311.916.933 393.213.922 81.296.989 330.796.663
Nota 1: Os financiamentos agrícolas foram considerados individualmente. Assim, para cada captação foram
considerados dois anos de carência e cinco anos de pagamento.
Nota 2: O saldo excedente a t = 29 foi considerado como “Dívida” nos fluxos de caixa. Assim, o somatório dos
montantes devidos em juros e amortizações em t = 30 a t = 34 foram levados a valores presentes em t = 30. A taxa de
desconto nesse caso foi a taxa de juros do financiamento (6,05% a.a.).
Fonte: Resultados da pesquisa.
118
ANEXO M – Análise de sensibilidade: relação existente entre os VPL e os parâmetros
tempo (horizonte do projeto) e taxa de desconto (TMA) – Uruaçu/GO e Casa
Nova/BA: cenário base
Uruaçu/GO
Horizonte Taxa de desconto (TMA)
(anos) 6,0% 6,5% 7,0% 7,5% 8,0% 8,5% 9,0% 9,5% 10,0%
20 212,17 181,32 152,48 125,51 100,26 76,62 54,45 33,66 14,14
21 231,17 198,42 167,89 139,39 112,77 87,90 64,62 42,84 22,43
22 249,12 214,51 182,31 152,33 124,38 98,32 73,98 51,25 29,99
23 265,00 228,67 194,94 163,59 134,44 107,30 82,01 58,42 36,40
24 279,50 241,52 206,34 173,71 143,42 115,27 89,09 64,72 42,00
25 293,40 253,79 217,17 183,28 151,89 122,77 95,73 70,60 47,21
26 306,92 265,69 227,65 192,51 160,02 129,94 102,06 76,18 52,15
27 317,63 275,00 235,74 199,55 166,14 135,27 106,70 80,22 55,67
28 327,58 283,60 243,18 205,98 171,71 140,09 110,87 83,84 58,80
29 337,07 291,76 250,21 212,04 176,93 144,58 114,74 87,18 61,68
30 345,73 299,17 256,54 217,46 181,57 148,56 118,15 90,10 64,18
Casa Nova/BA
Horizonte Taxa de desconto (TMA)
(anos) 6,0% 6,5% 7,0% 7,5% 8,0% 8,5% 9,0% 9,5% 10,0%
20 81,31 57,82 35,88 15,37 -3,82 -21,77 -38,59 -54,34 -69,10
21 96,68 71,70 48,42 26,70 6,43 -12,50 -30,20 -46,75 -62,23
22 111,38 84,92 60,30 37,40 16,06 -3,83 -22,39 -39,70 -55,88
23 124,07 96,26 70,45 46,48 24,19 3,45 -15,86 -33,85 -50,63
24 136,00 106,88 79,91 54,90 31,69 10,14 -9,89 -28,53 -45,88
25 147,13 116,74 88,64 62,64 38,55 16,23 -4,49 -23,73 -41,61
26 158,71 126,97 97,69 70,65 45,64 22,51 1,08 -18,79 -37,23
27 168,96 135,97 105,59 77,59 51,75 27,89 5,81 -14,62 -33,55
28 178,57 144,37 112,94 84,02 57,38 32,82 10,14 -10,83 -30,22
29 187,82 152,42 119,95 90,13 62,71 37,47 14,20 -7,28 -27,12
30 194,94 158,58 125,29 94,76 66,73 40,95 17,23 -4,65 -24,83
Fonte: Resultados da pesquisa.
119
ANEXO N – Análise de sensibilidade: relação existente entre os VPL e os parâmetros
tempo (horizonte do projeto) e taxa de desconto (TMA) – Uruaçu/GO e Casa
Nova/BA: cenário alternativo
Uruaçu/GO
Horizonte Taxa de desconto (TMA)
(anos) 2,7% 3,2% 3,7% 4,2% 4,7% 5,2% 5,7% 6,2% 6,7%
20 457,79 417,84 380,86 346,60 314,83 285,35 257,99 232,56 208,91
21 496,38 452,55 412,09 374,71 340,15 308,17 278,56 251,11 225,66
22 533,99 486,21 442,23 401,72 364,36 329,89 298,05 268,61 241,37
23 568,45 516,90 469,57 426,08 386,09 349,27 315,35 284,07 255,19
24 601,07 545,79 495,18 448,79 406,24 367,16 331,24 298,19 267,75
25 633,23 574,15 520,19 470,88 425,75 384,41 346,49 311,69 279,70
26 665,42 602,40 545,01 492,69 444,93 401,29 361,36 324,78 291,25
27 692,62 626,10 565,67 510,70 460,65 415,01 373,35 335,27 300,42
28 718,82 648,80 585,35 527,79 475,48 427,90 384,56 345,02 308,91
29 744,61 671,04 604,55 544,36 489,81 440,29 395,27 354,30 316,95
30 769,09 692,04 622,57 559,85 503,12 451,73 405,13 362,78 324,26
Casa Nova/BA
Horizonte Taxa de desconto (TMA)
(anos) 2,7% 3,2% 3,7% 4,2% 4,7% 5,2% 5,7% 6,2% 6,7%
20 255,62 229,02 204,47 181,78 160,82 141,43 123,50 106,90 91,53
21 285,96 256,44 229,26 204,21 181,12 159,82 140,16 122,00 105,23
22 315,85 283,33 253,46 226,00 200,75 177,51 156,11 136,40 118,22
23 342,61 307,27 274,90 245,20 217,96 192,95 169,96 148,83 129,39
24 368,61 330,42 295,52 263,59 234,36 207,58 183,03 160,51 139,83
25 393,67 352,63 315,21 281,06 249,87 221,35 195,27 171,39 149,51
26 420,26 376,10 335,93 299,37 266,06 235,68 207,95 182,62 159,47
27 444,72 397,56 354,78 315,94 280,63 248,50 219,24 192,57 168,24
28 468,43 418,27 372,89 331,77 294,49 260,64 229,88 201,90 176,43
29 491,92 438,70 390,66 347,24 307,97 272,39 240,14 210,86 184,26
30 510,61 454,87 404,66 359,38 318,50 281,53 248,08 217,76 190,26
Fonte: Resultados da pesquisa.