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➔ SUPRARRENAL
As glândulas suprarrenais, de cor amarelada
em pessoas vivas, estão localizadas entre as
faces superomedial dos rins e o diafragma, O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma
onde são circundadas por tecido conjuntivo e secreta corticosteroides e androgênios. Esses
contendo considerável cápsula adiposa. As hormônios causam retenção renal de sódio e
glândulas suprarrenais são revestidas por fáscia água em resposta ao estresse, aumentando o
renal, pelas quais estão fixadas aos pilares do volume sanguíneo e a pressão arterial. Também
diafragma. Embora o nome “suprarrenal” sugira
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afetam músculos e órgãos como o coração e os
pulmões. A medula suprarrenal é uma massa de
tecido nervoso permeada por capilares e
sinusoides derivados das células da crista
neural associadas à parte simpática do sistema
nervoso. As células cromafins da medula
suprarrenal estão relacionadas com os
neurônios dos gânglios simpáticos (pós-
ganglionares) tanto em origem (células da
crista neural) quanto em função. Essas células
secretam catecolaminas (principalmente
epinefrina) para a corrente sanguínea em
resposta a sinais de neurônios pré-
ganglionares. Os potentes hormônios
medulares epinefrina (adrenalina) e
norepinefrina (noradrenalina) ativam o corpo
para uma resposta de luta ou fuga ao estresse • IRRIGAÇÃO ARTERIAL
traumático. Também aumentam a frequência
cardíaca e a pressão arterial, dilatam os - Artérias tireóideas superiores (vem pela frente
bronquíolos e modificam os padrões de fluxo e por cima) < a. carótida externa
sanguíneo, preparando para o exercício físico.
- Artérias tireóideas inferiores (vem porterior e
• IRRIGAÇÃO ARTERIAL inferior) < tronco tireocervical < a. subclávia
- Artérias suprarrenais inferiores < artérias - Veias tireóideas inferior > veia braquicefálica
renais
• ADENO-HIPÓFISE
A pars distalis representa em torno de
75% da massa da hipófise. É formada por
cordões e ilhas de células epiteliais
cuboides ou poligonais produtoras de
hormônios. Os hormônios produzidos
pelas células secretoras são
armazenados em grânulos de secreção.
Há na pars distalis um tipo de célula que
se supõe não ser secretora. São as células
foliculoestelares, que constituem cerca
de 10% das células dessa região da
adeno-hipófise. Elas têm muitos
prolongamentos, os quais estabelecem
contato com outras células do mesmo tipo
por meio de junções intercelulares:
desmossomos e junções comunicantes. A
função dessas células, que estabelecem
redes em torno das células secretoras,
ainda não é totalmente conhecida.
A neuro-hipófise consiste na pars nervosa e
no infundíbulo. A pars nervosa,
diferentemente da adeno-hipófise, não
contém células secretoras. Apresenta um
tipo específico de célula glial muito
ramificada, chamada pituícito. O
componente mais importante da pars
nervosa é formado por cerca de 100 mil
axônios não mielinizados de neurônios
secretores cujos corpos celulares estão
situados nos núcleos supraópticos e
paraventriculares.
A neurossecreção (que pode ser observada
por colorações especiais, como a
hematoxilina crômica de Gomori) é
transportada ao longo dos axônios e se
acumula nas suas extremidades, situadas na
pars nervosa. Seus depósitos formam
estruturas conhecidas como corpos de
Herring, visíveis ao microscópio de luz.
Quando os grânulos são liberados, a
secreção entra nos capilares sanguíneos
fenestrados que existem em grande
quantidade na pars nervosa, e os hormônios
são distribuídos pela circulação geral. Essa
neurossecreção armazenada na pars
nervosa consiste em dois hormônios, ambos
peptídios cíclicos compostos de nove
• CÓRTEX
As células do córtex adrenal têm a ultraestrutura
típica de células secretoras de esteroides em
que a organela predominante é o retículo
endoplasmático liso. As células do córtex não • MEDULA ADRENAL
armazenam os seus produtos de secreção em
grânulos, pois a maior parte de seus hormônios A medula adrenal é composta de células
esteroides é sintetizada após estímulo e poliédricas organizadas em cordões ou
secretada logo em seguida. Os esteroides, aglomerados arredondado, sustentadas por
sendo moléculas de baixo peso molecular e uma rede de fibras reticulares. Além das células
solúveis em lipídios, podem difundir-se pela do parênquima, há células ganglionares
parassimpáticas.
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As células do parênquima se originam de células As células parafoliculares produzem um
da crista neural, as quais aparecem durante a hormônio chamado calcitonina, também
formação do tubo neural na vida embrionária, e denominado tirocalcitonina, cujo efeito principal
que migraram para o interior da adrenal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em
constituindo lá a camada medular. consequência, diminuir o nível de cálcio no
plasma. A secreção de calcitonina é ativada por
O citoplasma das células da medular têm aumento da concentração de cálcio do plasma.
grânulos de secreção que contêm epinefrina ou
norepinefrina, pertencentes a uma classe de • Síntese e armazenamento dos hormônios
substâncias denominadas catecolaminas. Os nas células foliculares
grânulos também contêm trifosfato de
adenosina (ATP), proteínas chamadas
cromograninas (que podem servir como
proteína de ligação para catecolaminas),
dopamina beta-hidroxilase (que converte
dopamina em norepinefrina) e peptídios
semelhantes a opiáceos (encefalinas).
➔ TIREOIDES
A tireoide é uma glândula endócrina que se
desenvolve a partir do endoderma da porção
cefálica do tubo digestivo. Sua função é
sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e tri-
iodotironina (T3), que regulam a taxa de
metabolismo do corpo. Situada na região
cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é
constituída de dois lóbulos unidos por um istmo.
A tireoide é composta de milhares de folículos
tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a
0,9 mm de diâmetro. A parede dos folículos é um
epitélio simples cujas células são também
denominadas tireócitos. A cavidade dos
folículos contém uma substância gelatinosa
chamada coloide. A glândula é revestida por
uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que
envia septos para o parênquima. Os septos se
tornam gradualmente mais delgados ao
alcançar os folículos, que são separados entre si
principalmente por fibras reticulares.
A tireoide é um órgão extremamente
vascularizado por uma extensa rede capilar
sanguínea e linfática que envolve os folículos. As
células endoteliais dos capilares sanguíneos são
fenestradas, como é comum também em outras
glândulas endócrinas. Essa configuração facilita
o transporte de substâncias entre as células
endócrinas e o sangue.
Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a
célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer
parte do epitélio folicular ou, mais comumente,
formar agrupamentos isolados entre os folículos
tireoidianos.