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Instituto Federal de Brasília - IFB / Campus Brasília

Licenciatura em Dança
3º Período
Práticas Integradoras e de Ensino I (PIE/2019-2)
Docente Elisa Teixeira de Souza
Discente Mariana Francisquini Martins

Relatório da Visita Técnica do dia 10/11/2019

A visita técnica foi no Hospital Sarah Kubitschek do Lago Norte, um dos dois que existe em
Brasília, especializado em neurociências e reabilitação. Existem oito unidades espalhadas
pelo Brasil: Macapá, Belém, São Luís, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e
por fim, Brasília. A Débora Araújo foi quem nos recebeu, formada em licenciatura em dança
pela UFV, só existem quatro profissionais da dança espalhados pelas oito unidades do país.
Ela nos relatou que faz o trabalho com o paciente juntamente com os médicos e
especialistas, as turmas dividem-se em reabilitação infantil, lesão ortopédica, lesão
neurológica e lesão medular.
Nós assistimos a aula das dez horas, que normalmente tem três alunos, no dia só a Letícia
compareceu, uma menina de vinte e dois anos com paralisia cerebral e cadeirante,
frequenta a reabilitação há dez meses, foi relatado pela mãe, que estava como
acompanhante no dia, que a paciente havia melhorado a coordenação motora e o
fortalecimento dos braços e abdômen, pois estava ficando mais fácil para ela transitar entre
os móveis de casa, além disso, a grande evolução nas articulações das mãos, conseguindo
pintar as unhas sozinha.
A aula iniciou-se com alongamentos do tronco, braços, mãos e pescoço, percebi que a
professora tentava manter-se sentada assim como a paciente, a maior parte do tempo. No
principal exercício da aula a Débora utilizou dois bambus para que surgisse uma dança a
dois, elas começaram a transitar e dançar pela sala enquanto não largavam os bambus, a
professora buscava fazer movimentos expansivos com os braços e movimentos circulares,
colocando a Letícia em posições em que ela precisava pensar como sair da enrolação dos
braços e dos bambus sem que soltasse os mesmos.
Na aula seguinte os alunos eram três homens cadeirantes de diferentes idades, dois adultos
de meia-idade e um adolescente, não foi especificado, mas pareciam ser do setor de lesão
medular ou lesão ortopédica. A Débora iniciou novamente a aula com alongamentos bem
parecidos com o da aula anterior, dessa vez priorizando mais os alongamentos dos braços
e região superior das costas. O principal exercício dessa aula foi ensiná-los lateralidade
visando como o movimento do corpo pode mudar a movimentação da cadeira, tentando
transitar em linha reta sem usar as mãos e fazer movimentos de zigue-zague com a
cadeira.
Conclui-se que as aulas que acompanhamos buscam sensibilizar os pacientes,
proporcionar conforto para com a sua condição, além de fortalecer os membros superiores
e promover noção espacial.

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