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A HIPERSENSIBILIDDE NOS AUTISTAS

Aos primeiros sinais da hipersensibilidade nos indivíduos com autismo devemos


proceder de forma cautelar, evitando dificultar ainda mais o seu processo de transição entre o
transtorno do processamento sensorial e o seu estado de aceitabilidade desse processo. A
hipersensibilidade atinge cerca de 90% dos autistas em alguns dos itens que serão elencados no
decorrer desse tópico do curso, não necessariamente o individuo com autismo precisa
apresentar uma ou mais características da hipersensibilidade, por tanto, não podemos dentro
do crivo popular do achismo afirma "mas o meu é autista e é ou não é hipersensível" sem as
devidas observações realizadas ao longo da vivência da sua rotina.
Dessa forma serão muito importantes as dicas a seguir que poderão lhe auxiliar
na promoção de uma melhor qualidade de vida dos indivíduos com autismo, seja ele, filho (a), um
parente, um aluno ou um paciente.
Dicas:
1. Para os indivíduos que são hipersensíveis a luz, diminua a intensidade dela, procure
proporcionar um ambiente onde as luzes incandescentes sejam trocadas por fluorescentes.
2. Para os indivíduos que são hipersensíveis ao som, principalmente quando estão em ambientes
barulhentos, busque disponibilizar tampões ou fones de ouvido que bloqueiam o som, atente
para que o modelo adquirido deva ser confortável a sua utilização.
3. No que se refere a vestimenta, procure sempre roupas que não tem um tecido áspero, cubra
costuras e caso seja necessário retire etiquetas, bem como evite roupas com botões.
4. Para a realização da higiene pessoal, opte sempre por produtos que não sejam tão
perfumados, dê preferência a produtos neutros, tendem a ter melhor receptividade entre os
autistas.
Quando há hipersensibilidade, os indivíduos com autismo tendem a perceber os
estímulos dos ambientes com maior facilidade, por isso se incomodam com luzes ou cores
muito brilhantes, os sons ficam muito intensos o que os incomoda bastante, os cheiros ou
odores se tornam muito fortes e as sensações táteis se tornam de modo mais profundo, por
isso não gostam de tocar ou de serem tocados.
Todos os enfoques e orientações aqui apresentadas podem ser de grande valia aos
indivíduos com Transtorno do Espectro Autismo hipersensíveis a luz, ao barulho, a etiquetas ou
a próprias execução de higienização, por isso é preciso conhecer todas as suas interfaces para
que não haja nenhum avanço ou intervenção, que venha a desorganizar ou avançar os espaços
destes indivíduos que necessitam de um processo maior de adaptação e organização no
ambiente quem está inserido.
Portanto, antes de fazer críticas ou pré-julgamentos ou até mesmo como comentários
maldosos por falta de conhecimento ou informações distorcidas, estereotipadas, busque um
conhecimento técnico/cientifico que lhe possibilite conhecer e ajudar nos momentos adversos
desses indivíduos com Transtorno do Espectro Autismo.
Diante de tudo isso, ter hipersensibilidade não o torna mais ou menos autista do que
qualquer um outro, apenas nos mostra e nos orienta para as especificidades de cada um destes
indivíduos que já são tão únicos e exclusivos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GRANDIN, Temple. O cérebro autista. Rio de Janeiro, Record, 2015

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