não cooperativos Prof. Esp. Henrique Freitas Natureza jurídico dos atos
As cooperativas visando atender suas finalidades praticam diversos atos
interagindo ora com o cooperado, ora com um terceiro isoladamente, ora com ambos no mesmo ciclo operacional; Negócio-fim: Aquele realizado entre cooperativa e cooperado; Negócio-meio: Realizado entre cooperativo e o mercado; O negócio-meio é o que condiciona a realização do negócio-fim; Ex.: cooperativa de consumo, em que o negócio-fim (fornecimento de um determinado produto ao cooperado), só é possível após a compra no mercado (negócio-meio); A junção de negócio-meio com negócio-fim é o que se chama de ciclo operacional; Ato cooperativo ou não cooperativo
Os atos cooperativos são atos que correspondem a prestação de
serviços pela cooperativa aos seus associados; Os atos cooperativos devem obrigatoriamente constar do objeto social no estatuto da cooperativa, do contrário, será um ato não cooperativo;
Os atos não cooperativos são operações mercantis realizadas pela
cooperativa, em nome próprio, sem a participação dos cooperados. Exemplos práticos
Operação de alienação de bens do ativo permanente;
Venda de um bem do ativo permanente a um terceiro;
Prestação de serviços a terceiros;
Assessoria ou consultoria a seus cooperados e a terceiros;
Aquisição de matéria prima para produção ou de produtos para
revenda; Aquisição de produtos de não cooperados para completar lote de cumprimento de contrato; Compra de insumos para revendas aos cooperados; Revenda de insumos aos cooperador e a terceiros; Dissolução da Cooperativa Prof. Esp. Henrique Freitas Cumprimento dos objetivos e prazo de duração (art. 63 e ss) As cooperativas pode ser constituídas: Tempo indeterminado; Para realização de determinado objetivo: dissolução com cumprimento do objetivo; Prazo certo: dissolução no dia fixado no estatuto; Dissolução: alteração da forma jurídica
Aumento significativo nas operações da Cooperativa;
Necessidade de capital não suprida pelos Cooperados; Busca pelas cooperativas por recursos no mercado de capital; Alteração da forma jurídica acarreta em dissolução de pleno direito (art. 63, IV); Dissolução: incorporação, fusão e desmembrameto Em regra, a incorporação, fusão e desmembramento, não implicam necessariamente em uma dissolução; Necessidade de haver uma alteração na forma jurídica para que ocorra a dissolução neste caso; Ex.: Sociedade Cooperativa não poderia ser incorporada a uma sociedade comercial (sociedade anônima); Dissolução: redução de número de associados
Cooperativa exige, no mínimo, 20 cooperados;
A redução no número de cooperados, independente do motivo, implica em dissolução; Exceção: O número de associados deve ser reestabelecido até a próxima Assembleia Geral, realizado num prazo mínimo de 6 (seis) meses; Dissolução: Paralização ou cancelamento
Paralização das atividades cooperativas por 120 (cento e vinte) dias;
Cancelamento da autorização para funcionar; Efeito patrimonial
A dissolução implica no pagamento das obrigações e levantamento do
ativo; O valor restante é dividido aos cooperados na proporção de cada um do capital da empresa; Os Fundos de Reserva são destinados ao Tesouro Nacional; Extinção do Banco Nacional de Crédito Cooperativo em 1990; Fundamento: evitar que pequenos grupos de associados incentivassem os demais cooperados a se retirarem da sociedade, até sua extinção, para se apropriarem do saldo dessas contas; Outros fundos: pode ser destinado aos cooperados. Efeito patrimonial