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Instituto de Geociências
Núcleo de Estudos Geografia & Ambiente
Catalogação na Publicação
Biblioteca Instituto de Geociências UFRGS
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Se consideramos, como dito anteriormente, que o espaço geográfico é
uma construção humana ao logo do tempo, cabe, também, perguntar o que é
entendido por tempo. Para Milton Santos (1997), o tempo é entendido como
processo: não é um tempo linear, prédeterminado. Este geógrafo considera
que o “mundo é um conjunto de possibilidades” e a paisagem, enquanto
materialidade do espaço geográfico, é uma “acumulação desigual de tempos”.
Este autor considera que a história é fundamental para a explicação do
espaço geográfico, pois, ao longo do tempo, os processos naturais e sociais
atuam conjuntamente, materializandose em sucessivas paisagens.
Quando Milton Santos diz que a paisagem é a materialidade e,
também, a acumulação desigual de tempos, como podemos interpretála?
Para ele, a paisagem é formada de objetos construídos, pelos homens e
mulheres, nas suas mais diferentes dimensões, por exemplo, casas,
utensílios domésticos, barcos, estradas, caminhos, cidades, entre tantas
outras coisas. Assim, a paisagem, como construção também humana, pode
ser entendida como acumulação de tempos, ou seja, na paisagem ficam
registradas formas (casas, prédios, objetos diversos) construídas em tempos
diferentes. Um exemplo seriam as moradias dos ribeirinhos, cada uma foi
construída numa época, com um tipo de material, mas, todas juntas,
compõem a paisagem da comunidade. Muitas vezes, quando destruímos uma
casa, destruímos uma forma que representa outra época, em termos de
construção. Por vezes, essas formas são importantes de serem preservadas,
pois são o registro de nossas histórias.
Para entender a análise geográfica é importante compreender que nós,
enquanto professores ou alunos, podemos analisar o espaço geográfico
através de diferentes conceitos. Significa dizer que podemos ler o espaço
geográfico através de conceitos, que podem ser denominados operacionais, na
medida em que permitem focar o espaço geográfico sob diferentes
perspectivas. Estes conceitos são: lugar, paisagem, região, território e
ambiente.
Cada conceito expressa a possibilidade de diferentes leituras e, o
espaço geográfico é uma expressão conjunta de todas essas dimensões.
Fazendo uma analogia com o Disco de Newton, podemos pensar que, o
espaço geográfico é dinâmico. Sua dinâmica é representada pelo movimento
do círculo das cores. No movimento temse o branco, que representa o espaço
geográfico na sua totalidade. Em repouso temse a presença de cores
individualmente definidas, cada cor representando, por exemplo, um
conceito: território (vermelho), região (amarelo), lugar (azul), ambiente (verde)
etc. Ao girar o disco as cores se imbricam. O disco, em movimento, expressa
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a ideia de um todo, que é uno, múltiplo e complexo (SUERTEGARAY, 2000).
Esta representação é elaborada no sentido de expressar a
concepção de que o espaço geográfico pode ser lido através
do conceito de paisagem, e/ou região, e/ou território, e/ou
lugar, e/ou ambiente; sem desconhecermos que cada uma
dessas dimensões está contida em todas as demais.
Paisagens contêm territórios e/ou regiões que contêm lugares
que contêm ambientes valendo, para cada um, todas as
conexões possíveis (SUERTEGARAY, 2000, p. 31).
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aproximam no faro de animais domésticos. Mas não
desanima: espera pela vazante a alteia o soalho, e aproveita
a terra enriquecida pela enchente. O rio diz ao homem o que
ele deve fazer. E o homem segue a ordem do rio. Se não,
sucumbe.
Ao analisarmos este texto, podemos fazer sua leitura através dos vários
conceitos. Assim, podemos nos perguntar: como se dá essa construção
amalgamada de homens e natureza, expressa na relação entre solo, água,
fauna, flora e seres humanos, ou seja, em seu “modo de vida”? A resposta, a
essa pergunta, poderá partir da leitura desse espaço através do conceito de
paisagem, ou seja, através da caracterização dos elementos que constituem,
por exemplo, uma paisagem, onde domina a floresta e as águas, e onde as
marcas do trabalho humano a transformam em um movimento contínuo.
Da mesma forma, poderemos perguntar: qual a relação de forças que
se estabelecem internamente ao grupo de ribeirinhos e, externamente, em
relação a outros grupos, no sentido de manter esse espaço de apropriação?
Neste caso, nossa reflexão deriva do conceito de território. Entre as perguntas
possíveis, podemos indagar sobre o que fazem os ribeirinhos para preservar
esse espaço como espaço de trabalho e sobrevivência. Há pressões externas
em relação a essa atividade? Quem as realiza?
Podemos, ainda, querer saber: qual o sentido atribuído pelos
ribeirinhos àquele espaço? O que significa, para eles, coletar, pescar e roçar?
Ou seja, aqui procurase verificar qual é a percepção dos moradores sobre
suas atividades, seu lugar de existência, sobre seu trabalho e suas condições
de vida. Estaremos, neste caso, refletindo sobre o lugar enquanto espaço de
coexistência, buscando reconhecer o significado que ribeirinhos atribuem ao
lugar onde moram.
Podemos desejar descobrir qual o sentido dado pelos ribeirinhos àquele
espaço? O que significa para eles viver na floresta, tentar desvendar qual as
razões que emanam de uma formação/organização social mais ampla, como,
por exemplo, a formação do Estado brasileiro que lhes deu origem e fez, deste
espaço, sua moradia. Ou, ainda, buscar compreender as interferências
internacionais nesses espaços. Nesta ótica, estaremos resgatando o conceito
de lugar como centro de significados, ou o conceito de lugar como condição
objetiva de vida a partir de uma relação localregionalnacionalglobal.
Podemos, também, refletir sobre as transformações positivas ou
negativas que ocorrem na natureza, e na natureza humana, a partir deste
modo de viver: coletar, pescar, roçar. Entender o ambiente em que vivem os
ribeirinhos, que problemas revelam sob esta perspectiva. Estaríamos, neste
caso, buscando decifrar a questão ambiental a partir das práticas cotidianas
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dos ribeirinhos.
Conforme conceituamos, o espaço geográfico pode ser compreendido
sob diferentes perspectivas. Para analisálo utilizamos diferentes conceitos,
porque estes nos permitem circunscrever a análise ao que desejamos. Assim,
se quisermos compreender a paisagem, devemos trabalhar o conjunto de
elementos que a compõe, sejam eles de ordem natural ou social.
Em relação ao lugar, devemos nos perguntar que percepção têm os
moradores do espaço geográfico onde vivem? Como se estabelecem as
relações entre os moradores, como vivem e com quem se relacionam. Para
entender o território, devemos nos perguntar quem se apropria do espaço em
estudo, e que disputas são reveladas.
No caderno de atividades, que aqui apresentamos, buscase trabalhar
os diferentes conceitos a partir do espaço geográfico denominado FLONA de
Tefé. Cada conceito permite uma leitura diferente desse mesmo espaço e, ao
mesmo tempo, permite compreender a totalidade do espaço, na medida em
que revelam as múltiplas dimensões envolvidas. Percorremos, no texto inicial
e no caderno de atividades, o conjunto de conceitos aqui expressos, na
expectativa de fazer uma análise do espaço geográfico da FLONA, de forma
dinâmica e compreensível.
Desta forma, organizamos os capítulos e as atividades a partir dos
conceitos apontados anteriormente. Sugerimos atividades partindo do espaço
próximo – a vida em comunidade – "O Lugar em que Moramos". Na
sequência, em "A Paisagem que Construímos", tratamos da paisagem da
FLONA, seus elementos, suas mudanças ao longo do tempo e diferentes
formas de representála. Na continuidade no capítulo "A Natureza que nos dá
Vida", trabalhamos os elementos da natureza e suas conexões na construção
da paisagem caracterizada pela presença marcante da floresta e das águas. O
capítulo "O Ambiente em que Vivemos" apresenta as atividades que
caracterizam o modo de viver dos moradores da floresta, que são, também,
moradores da FLONA, uma Unidade de Conservação. Em "Nossa Região e
Outros Lugares", contextualizamos a FLONA no território brasileiro, na região
Norte do país e em relação a outras unidades de conservação. O capítulo,
"Vivemos em um Território" traz atividades que abordam os limites e a
caracterização do território nacional, bem como territorialidades construídas
pelos comunitários, a exemplo dos territórios pesqueiros.
Em "Vamos ler Boyrá e o Menino" é apresentada uma proposta de
trabalho a partir da leitura do livro infantil Boyrá e o Menino, que compõe
este conjunto de materiais de ensino sobre a FLONA de Tefé. O último
capítulo, "Avaliação das Atividades de Geografia", apresenta sugestões de
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como avaliar as atividades didáticas elaboradas pelos estudantes a partir das
propostas desenvolvidas, retomando os objetivos das unidades, as atividades
realizadas e os conhecimentos construídos.
No início de cada unidade, buscamos apresentar os conceitos
geográficos abordados, exemplificando de que forma o professor poderá
trabalhar a Geografia da FLONA de Tefé a partir do enfoque sugerido. O texto
relativo às questões conceituais, que aparecem nesta apresentação, e no
início dos capítulos, foi adaptado do texto de Suertegaray (2000 e 2005). Na
sequência, são apresentados os objetivos da unidade e as atividades práticas
sugeridas para o professor, descritas em detalhes.
As práticas, aqui apresentadas, estão organizadas em duas partes. A
primeira parte apresenta o título da proposta e seu objetivo. Em seguida,
aparecem as Possibilidades de trabalho a serem desenvolvidas a partir do
tema, que contêm a sequência de ações necessárias para o andamento da
proposta (desenho, conversa em roda, entrevista, boneco, painel). Cada ação
está identificada por um símbolo e tem uma explicação de como desenvolvê
la. O professor poderá, conforme as características da turma de alunos,
manter, ou modificar, a ordem das ações propostas.
Todas as possibilidades de trabalho apresentadas podem incluir uma
única atividade, que será desenvolvida em um tempo mais longo, ou várias
atividades conectadas, que acontecem em etapas sucessivas, gradativamente
mais complexas. Portanto, as propostas das unidades estão organizadas de
modo que o professor possa trabalhálas em sequência, construindo
gradualmente os conhecimentos e os conceitos. O professor poderá, também,
selecionar etapas das atividades que julgar mais adequadas, às
características de sua turma, e recriar uma prática a partir daí. Em alguns
casos, há exemplos de materiais a serem entregues aos estudantes,
colocados ao longo do texto principal. No item noções são apresentadas ideias
importantes relativas aos conteúdos geográficos. Os textos são direcionados
ao professor, mas podem ser adaptados e entregues aos alunos como
material de apoio. As possíveis conexões com outras áreas de conhecimento,
que abrem possibilidade para o trabalho interdisciplinar, são indicadas em
um box junto ao título da mesma. Temse aqui, um conjunto de sugestões
que esperamos sejam proveitosas para o ensino de Geografia no ensino
fundamental na FLONA de Tefé –AM. Uma boa leitura, um bom trabalho.
Os organizadores
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Sumário
Apresentação 3
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Unidade IV: O AMBIENTE EM QUE VIVEMOS 71
27. As atividades dos ribeirinhos 73
28. Roçado: o chão dá se a gente plantar 75
29. Os frutos da terra e do trabalho: a farinha de mandioca 77
30. Extrativismo: a floresta que nos alimenta 79
31. Pesca: a riqueza que vem do rio 81
32. Diaadia na FLONA 84
33. Os ribeirinhos e suas atividades 86
34. Festejos na FLONA 90
35. Estamos em uma Unidade de Conservação 92
36. Estamos em uma Floresta Nacional 94
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U n i d ad e I
O LUGAR EM QUE MORAMOS
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
1. EU E MINHA FAMÍLIA
Interdisciplinar
Língua Portuguesa, Artes Visuais e História.
Objetivo
Promover a socialização dos estudantes, a partir de informações
pessoais e de suas famílias.
Questões Norteadoras
Perguntas:
a) Qual o seu nome?
b) Quantos anos você tem?
c) Qual o nome da sua mãe e do seu pai?
d) Quem faz parte da sua família?
e) Quantos irmãos você tem?
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite aos alunos um desenho representando a sua
família e, na sequência, peça que apresente para a turma,
destacando as principais questões da atividade.
Conversa em roda
Convide os alunos a fazerem uma roda para
conversar sobre os desenhos apresentados e sobre as
respostas às perguntas norteadoras.
Entrevista
Organize os alunos em duplas para que um
entreviste o outro quanto às questões da atividade.
Transcorrido o tempo necessário, os alunos devem
apresentarse para a turma.
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
2. A NOSSA HISTÓRIA
Interdisciplinar
Língua Portuguesa e História.
Objetivo
Iniciar a reflexão sobre a história do lugar e dos seus moradores.
Leitura
Texto “Dona Raimunda do Juruá”
Autor Cristiano Q. de Paula
Oi meninada, minha história eu vim contar:
Eu sou dona Raimunda, nasci na cabeceira do Rio Juruá.
Quando fiquei viúva, me mudei pra cá,
Vim eu e três filhos para na FLONA morar.
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite aos alunos que façam um desenho sobre a
história da Dona Raimunda, destacando algo que tenha
chamado atenção. Quando o desenho estiver finalizado, cada
estudante apresentará para a turma o que fez. Neste
momento, questione a motivação de o estudante ter feito
aquele desenho, peça que destaque o que achou mais
importante ou interessante sobre a história lida. Incentive os
estudantes a verem a personagem Dona Raimunda como
alguém próximo, que poderia ser a mãe, avó ou tia.
Para a Próxima Atividade
Solicite como tarefa de casa que os alunos conversem com os pais e avós
sobre a história de sua família, antes e depois de chegarem na FLONA.
Orienteos, apresentando as seguintes perguntas: a) Qual o seu nome?
b) Onde nasceu? c) O que fazia quando era criança? d) Quando cresceu
trabalhavam onde? e) Hoje em dia trabalha em que? f) Como gosta de se
divertir? g) O que mais gosta de comer?
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
Retomando
Relembrar a história da Dona Raimunda, para que os alunos
percebam que todo mundo tem uma história.
Objetivo
Refletir sobre a história do lugar e dos seus moradores.
Questões Norteadoras
Relato das entrevistas com familiares a partir das
perguntas:
a) Nomes do (a)s entrevistado (a)s:
b) Onde nasceram?
c) O que faziam quando eram crianças?
d) Quando cresceram trabalhavam onde?
e) Hoje em dia trabalham em que?
f) Como eles gostam de se divertir?
g) O que mais gostam de comer na sua casa?
Possibilidades de Trabalho
Painel
Organize a turma em grupos de até 4 alunos, para a
construção de painéis com elementos que representam a
história que cada um contou. Os painéis podem ser
construídos com desenhos, frases marcantes, recortes e
colagens. Os integrantes do grupo decidem o nome do
painel.
Boneco
Organize a turma em grupos de até 4 alunos, para a
construção de painéis com elementos que representam a
história que cada um contou. Os painéis podem ser
construídos com desenhos, frases marcantes, recortes e
colagens. Os integrantes do grupo decidem o nome do
painel.
Para a Próxima Atividade
Solicite que os alunos tragam objetos que representem a história da sua
família.
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
Retomando
Destacar o papel do paneiro na história da Dona Raimunda. Lembrar
que, para ela, o paneiro representava a sua relação com a
comunidade.
Objetivo
Reconhecer a importância dos objetos na construção da nossa
história.
Questões Norteadoras
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Solicite aos alunos que façam um desenho sobre a
história da Dona Raimunda, destacando algo que tenha
chamado atenção. Quando o desenho estiver finalizado, cada
estudante apresentará para a turma o que fez. Neste
momento, questione a motivação de o estudante ter feito
aquele desenho, peça que destaque o que achou mais
importante ou interessante sobre a história lida. Incentive os
estudantes a verem a personagem Dona Raimunda como
alguém próximo, que poderia ser a mãe, avó ou tia.
Desenho
Escolha entre os objetos trazidos, um que seja adequado
para ser desenhado ou fotografado de frente e de cima.
Coloque o objeto em cima de uma mesa e convide os alunos a
darem uma volta no seu entorno para observálo. Peça que
desenhem ou fotografem o objeto de cima e de frente e
descrevam por escrito no caderno, como ele aparece nestas
duas posições.
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
5. IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DE
OBJETOS
Interdisciplinar
Artes Visuais e Matemática.
Retomando
Rever os desenhos ou fotografias, bem como as descrições que foram
feitas dos objetos de frente e de cima.
Objetivo
Através da observação de objetos da comunidade, compreender, de
acordo com a posição do aluno, os diferentes contornos e composição de
formas.
Noções
Inicie um diálogo com os alunos a partir das seguintes
questões: existem diferentes formas de ver e de representar
objetos? Imaginem vocês, ao observarem um colega de cima
de uma árvore, o que vocês iriam ver? E se estivessem na
frente do colega, o que conseguiriam observar?
Ilustre o que foi dito, desenhando na lousa a
representação do colega a partir das duas visões. No
desenho, destaque a diferença entre os contornos dos dois
desenhos.
Agora, peça que os estudantes analisem nas imagens a
seguir (Figura 1), diferentes formas e como elas se unem nos
contornos. Então, apresente a próxima sequência de imagens
(Figura 2), em que a representação (contorno) se dá a partir
da combinação de formas.
Visão Representação Visão Representação
Frontal Frontal Vertical Vertical
Casa
Remo
Arvore
Possibilidades de Trabalho
Registro
Solicite que os alunos registrem em seus cadernos as
respostas das seguintes questões:
a) São diferentes as visões dos objetos desenhados?
Descreva quais são as diferenças que você observa. Por que
são diferentes?
b) Quando você observa o ouriço da castanha, o remo
ou o cesto, você os vê da mesma forma?
c) O que você entendeu por representação de um
objeto?
d) Para que serve a representação de um objeto? Em
que situação precisamos representar objetos?
e) Quantas formas você vê na figura da casa? E na
figura do remo? E na figura da árvore?
f) Quando você junta duas, três ou mais formas
diferentes, quantas formas você tem?
Desenho
a) Para desenhar uma forma precisamos desenhar o seu
contorno. Desenhe o contorno de um ouriço da castanha, na
visão vertical.
b) Desenhe uma árvore na visão frontal e na visão
vertical.
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
6. A ORGANIZAÇÃO DA NOSSA
SALA DE AULA
Interdisciplinar
Artes Visuais e Matemática.
Objetivo
Estimular a observação dos objetos e das pessoas em sala de aula
para desenvolver a habilidade de localização e posição espacial.
Questões Norteadoras
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite aos alunos as seguintes tarefas:
a) Desenhe a sala de aula de forma que apareçam
todos os objetos identificados. Localize a sua mesa.
b) Observe seu desenho e identifique se você
desenhou os objetos na posição vertical ou frontal.
c) Desenhe a sala aula vista de cima e a divida em 4
partes, tomando como referência as posições, direita (D),
esquerda (E), frente (F) e atrás (A), considerando o aluno
voltado de frente para a lousa. Localize a sua mesa.
Se necessário, para melhor explicar a atividade,
reproduza na lousa o desenho abaixo (Figura 3), de forma a
construílo em conjunto com os alunos.
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Figura 3 Planta da sala de aula com as divisões solicitadas.
Registro
Solicitar aos alunos que, com base no desenho da sala
(visão de cima), respondam as seguintes questões e registrem
no caderno:
a) Você está à direita ou à esquerda da mesa do seu
professor?
b) Que objetos você vê a sua direita? E a sua esquerda?
c) Indique um colega que esteja sentado, ao mesmo
tempo, à frente e à direita.
d) Indique um colega que esteja, ao mesmo tempo, atrás
e à esquerda.
e) Quais colegas estão na frente à esquerda?
f) Partindo da mesa do professor em direção ao fundo da
sala, dê o nome de dois colegas que estão a sua esquerda e
dois, a sua direita.
g) Agora faça o movimento contrário: desloquese do
fundo da sala em direção à mesa do professor e indique dois
colegas que estão a sua direita e dois, a sua esquerda.
h) O que lhe se chamou a atenção nestes dois
deslocamentos? Por que isso aconteceu?
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
7. ORIENTANDOSE NA
SALA DE AULA
Interdisciplinar
Artes Visuais e Matemática.
Retomando
Para essa atividade, resgatar o desenho da sala de aula feito na
atividade anterior.
Objetivos
Construir os conceitos de orientação e posição relativa.
Noções
Orientarse é localizarse a partir de um ponto de
referência. Existem inúmeras formas de orientação. Uma das
mais simples, e mais utilizadas, toma como referência o
movimento aparente do Sol. Este movimento é dito aparente
porque é a Terra que se desloca e não o contrário.
Ao observarmos o movimento aparente do Sol ao longo
do dia, verificamos que ele nasce no Leste (oriente) e se põe
no Oeste (ocidente). Com base nesse movimento, podese
identificar os pontos cardeais e, com base neles, orientarse.
Vamos pegar o desenho da sala de aula, feito na
atividade anterior, e indicar onde o sol nasce e se põe.
Para nos orientarmos pelo Sol, devemos esticar o braço
direito para onde ele nasce, aí teremos o Leste (L). O braço
esquerdo indicará a orientação oposta, o Oeste (O). À frente
teremos o Norte (N) e às costas teremos o Sul (S). Esses
pontos, chamados pontos cardeais, determinam duas
direções: LesteOeste e NorteSul (Figura 4).
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Os pontos cardeais não são suficientes para nos
orientarmos precisamente sobre a superfície da Terra e, por isso,
é necessário utilizarmos também os pontos colaterais, que se
situam entre dois pontos cardeais. Veja como encontrálos:
• entre o oeste e o norte, há o ponto colateral noroeste
(NO);
• entre o oeste e o sul, há o ponto colateral sudoeste (SO);
• entre o leste e o sul, há o ponto colateral sudeste (SE);
• entre o leste e o norte, há o ponto colateral nordeste (NE).
Possibilidades de Trabalho
Registro
Na figura da sala de aula, feita na atividade anterior
indique onde o Sol nasce (Leste), onde o Sol se põe (Oeste),
bem como as orientações Norte e Sul (Figura 5).
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Desenho
Desenhe uma rosa dos ventos e indique os pontos
cardeais e colaterais (Figura 6).
Registro
Agora que sua sala de aula está orientada em relação ao
Sol, responda as seguintes perguntas:
a) Divida sua sala na metade leste e na metade oeste.
Em qual porção você está?
b) Agora, divida a sua sala na metade norte e na metade
sul. Em qual porção você está?
c) Indique um colega que está, ao mesmo tempo, na
porção norte e leste.
d) Dê o nome de um colega que está ao sul de você.
e) Dê o nome de um colega que está ao leste de você.
f) Você está em que posição em relação ao colega que
você nomeou na questão anterior?
g) Qual é a sua posição em relação à mesa do professor?
h) Se você for se deslocar rumo à porta, para que
direção será o seu trajeto?
i) Se você estiver na porta e deslocarse até a mesa do
professor, tomará que direção?
j) Agora vamos sair da sala e ver o que temos no
entorno da escola: o que você vê a oeste da escola? E a sul?
k) Sua casa fica em qual direção, partindo da escola?
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
8. LOCALIZAÇÃO RELATIVA
E ABSOLUTA
Interdisciplinar
Educação Física e Matemática.
Retomando
Revisar o conceito de orientação, localização e posição relativa.
Objetivo
Construir os conceitos de localização relativa e absoluta.
Noções
Nas duas propostas anteriores foram trabalhados os
conceitos de orientação e localização relativa. No primeiro
exercício, a orientação foi feita a partir de pontos de
referência dentro da própria sala de aula; no segundo, a
orientação foi proposta a partir da posição do Sol,
identificando pontos cardeais e colaterais.
Localização relativa é a posição de um objeto em
relação a outro. Ou seja, esta posição pode mudar,
dependendo do ponto de referência utilizado.
Localização absoluta corresponde à posição de um
lugar em relação a um sistema de referência universalmente
aceito, como, por exemplo, o Sistema de coordenadas
geográficas que veremos na próxima proposta. Nessa
atividade trabalharemos com noções deste sistema.
Possibilidades de Trabalho
Registro
Tomando como referência do desenho da sala feito nas
atividades anteriores, problematize juntos aos alunos de que
forma se poderia localizar cada mesa de forma exata. Escute
as sugestões, questione, teste com os estudantes para verificar
se o sistema indicado por eles funciona. A partir da discussão, surgirá a ideia
de criar um sistema de linhas e colunas, que permite a precisa localização de
cada um dos colegas. No desenho da sala da aula, construa este sistema com
os estudantes e peça que registrem no caderno, para que respondam às
perguntas a seguir (Figura 7).
Responda:
a) Utilizando este novo sistema de localização, qual é a sua posição na
sala de aula?
b) Qual é o colega que está na carteira localizada na linha 4 e coluna C?
c) Qual é o colega que está na carteira localizada na linha 5 e coluna A?
d) Qual é a diferença entre o sistema de localização a partir de pontos
cardeais e colaterais e do sistema a partir de linhas e colunas? Qual permite
uma localização mais precisa dos objetos?
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Unidade I: O Lugar em que Moramos
9. SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Interdisciplinar
Artes Visuais, Educação Física e Matemática.
Retomando
Relembrar o conceito de localização absoluta.
Objetivo
Compreender o sistema de coordenadas geográficas como uma
forma de estabelecermos a localização absoluta dos objetos na superfície
terrestre.
Noções
As questões da aula anterior nos levam a perceber a
diferença entre estes dois sistemas de localização (relativa e
absoluta), construindo noções para compreender o sistema
de coordenadas geográficas.
Este sistema está baseado na localização de objetos na
superfície, através de pares de coordenadas, indicados pelo
cruzamento de linhas imaginárias que cobrem o globo,
chamadas paralelos e meridianos.
Os paralelos são linhas que circundam a Terra no
sentido LesteOeste e são traçados a partir da Linha do
Equador, o paralelo inicial que divide o Planeta em
hemisférios Norte e Sul. Os paralelos são linhas numeradas e
a partir deles medimos a latitude.
Os meridianos são linhas que unem um polo ao outro.
Em 1884, por convenção, escolheuse que o meridiano de
Greenwich (nome de uma localidade da cidade de Londres
Inglaterra) seria o meridiano inicial, isto é, aquele que divide
o planeta em hemisférios ocidental ou oeste e oriental ou
leste. Os meridianos também são numerados e através deles
medimos a longitude.
Estas linhas – paralelos e meridianos – formam um
sistema semelhante ao de linhas e colunas que construímos
na nossa sala de aula, permitindo localizar com precisão
cada lugar na superfície do planeta, o que lhe confere sua
posição absoluta.
Este sistema, chamado de Coordenadas Geográficas,
permite localizar objetos na superfície da Terra a partir de
um par de informações chamadas coordenadas geográficas
formado pela latitude e pela longitude. Analogicamente, no
nosso sistema construído em sala de aula, o lugar onde cada
aluno senta é informado pelo par de informações linha e
coluna.
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Possibilidades de Trabalho
Jogo: Escondeesconde na Floresta
Para entender este sistema, vamos propor uma atividade
que tem o mesmo princípio do jogo chamado batalha naval
(Figura 8). Seu objetivo é o de encontrar todos os objetos
escondidos na floresta por seu adversário. Para esconder e para
procurar o objeto escondido, o aluno terá de trabalhar com
pares de coordenadas, indicados por letras e números na
quadrícula construída sobre o terreno onde será desenvolvido o
jogo.
Os objetos escondidos foram pensados a partir das
características do modo de viver na FLONA, como forma de
aproximar ainda mais o aluno da proposta.
Preparação do jogo
• Faça cópia da imagem que está na próxima página e distribua uma
para cada aluno. O jogo é desenvolvido dois a dois;
• Os jogadores não podem ver o jogo do oponente;
• Na área “SEU JOGO” distribua os objetos que devem ser escondidos na
floresta, marcando com um “X” os quadradinhos e respeitando o formato exato
de cada objeto. Os objetos podem ser escondidos tanto na terra quanto na
água;
• Os objetos não podem se tocar, ou seja, é necessário um quadrado livre
entre eles.
O jogo
• Decida quem será o primeiro a jogar (pode ser no par ou ímpar);
• O primeiro jogador dará as coordenadas da sua busca, fornecendo a
letra e o número equivalentes ao quadrado que selecionou para procurar o
objeto;
• O segundo jogador responderá se o local da busca é VAZIO (quando o
objeto não estiver ali), PARTE (quando acerta uma parte do objeto) ou ACHOU
(quando acerta o objeto inteiro ou todas as partes do objeto);
• Quem estiver buscando deverá marcar o local na área “JOGO DO
ADVERSÁRIO“. Se for vazio, marque com uma bolinha para não buscar no
mesmo quadradinho mais de uma vez. Se for parte, marque com X, se achou,
pinte o quadrado e já coloque bolinhas ao redor, pois nenhum objeto pode
encostar no outro;
• O adversário não poderá informar o tipo de objeto, somente se foi
PARTE ou ACHOU. Cabe ao outro jogador descobrir através das chances de
busca;
• Se a busca foi no vazio, passa a vez para o segundo jogador procurar.
Se acertou o objeto (parte ou inteiro), pode tentar novamente;
• Vence quem encontrar todos os objetos do seu adversário.
27
Figura 8 Tabuleiro do jogo escondeesconde na floresta.
28
U n i d ad e I I
A PAISAGEM QUE CONSTRUÍMOS
29
natureza artificializada). Este conceito privilegia a coexistência de objetos e
ações sociais através da manifestação de suas faces econômica e cultural
.
Objetivos desta unidade:
30
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Retomando
Resgatar os desenhos da sala de aula, destacando que esta é
composta por vários elementos que podem ser identificados e
descritos.
Objetivo
Estimular o aluno a identificar e localizar de objetos e/ou elementos
que compõem a paisagem.
Questões Norteadoras
a) Vamos relembrar o que compõe a nossa sala de
aula? O que está representado nos desenhos?
b) Vamos pensar em grupos de objetos? Quais são os
de uso individual dos alunos? Quais são de uso do
professor? Quais são de uso coletivo?
c) Quais outros grupos ou categorias nós poderíamos
criar, para entender a sala?
d) Vamos atribuir uma cor para cada grupo de
objetos. Assim, vamos colorir nosso desenho, onde cada
objeto deve ter a cor correspondente ao grupo.
e) Qual a cor que predomina?
f) Agora vamos pensar em toda escola? Como
poderíamos representar a escola?
g) Para entendermos toda a escola é melhor fazer a
visão frontal ou a visão vertical?
h) Na visão vertical, teríamos como identificar os
diferentes usos da escola?
Possibilidades de Trabalho
Trabalho de Campo
Convide os alunos a visitarem a escola. Enfatize que
não é um passeio e por isso eles devem prestar atenção no
trajeto, devendo levar seu caderno para fazerem anotações e
descrições do que observarem. Durante o percurso,
destaque os diferentes usos existentes da escola (salas de
aula, refeitório, secretaria, pátio, biblioteca, etc.).
31
Fotografia
Durante o trabalho de campo, estimule os alunos a
fazerem fotografias na visão frontal dos usos da escola. Caso
os alunos não tenham câmera/celular, faça você essas fotos e
em aula apresente para os alunos. A visão frontal da faixada
da escola é importante.
Desenho
Estimule os alunos a fazerem o desenho da escola na
visão vertical. Antes de desenharem, pergunte sobre objetos
encontrados no trajeto e como seriam representados na visão
vertical.
Pintura
Questione os alunos sobre os diversos usos que
poderiam ser identificados e por quais cores seriam
representados. É importante integrar as sugestões de
categorias propostas pelos próprios alunos. Estimule os
alunos a pintarem segundo as cores que, coletivamente,
definiram e solicite que registrem no caderno o uso que
corresponde a cada cor.
32
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Retomando
Relembrar a aula anterior, reconstituindo o trabalho desenvolvido em
todas as etapas: trabalho de campo, desenho da escola, definição de
categorias de uso da escola, identificação dos usos e pintura do
desenho.
Objetivo
Estimular a aprendizagem da localização espacial e a compreensão
de que a escola, a casa e tantas outras coisas ou objetos compõem a
paisagem onde moro.
Questões Norteadoras
a) Sua casa é perto ou longe da escola?
b) Como você vem até a escola?
c) O que você mais gosta de observar nesse caminho?
Por quê?
d) Você encontra pessoas nesse caminho? São as
mesmas todos os dias? Para onde será que vão? Vão
trabalhar? Onde?
e) Você gosta de percorrer esse caminho? Todos os
dias? Por quê?
f) Chegando à escola, o que mais gosta de encontrar?
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite aos alunos que desenhem o caminho de sua
casa até a escola. Recomende que utilizem a descrição feita
no caderno, para não se esquecerem de desenhar o que
observam nesse caminho. Os objetos do caminho podem ser
representados na visão vertical ou frontal.
Conversa em roda
Estimule o estudante a apresentar o desenho do
caminho da casa até a escola. Durante a apresentação,
converse sobre os objetos representados. Questione se estão
representados na visão frontal ou vertical e algumas vezes
faça na lousa desenhos de como seria a visão vertical de
determinados objetos. Incentive os estudantes a
identificarem os locais da comunidade que mais gostam no
trajeto apresentado.
33
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Retomando
Rever as atividades de descrição e de ilustração do trajeto da casa à
escola feito anteriormente, reconstituindo os principais aspectos
comentados e trazidos na discussão.
Objetivo
Refletir sobre importância da transformação das paisagens e seus
reflexos no espaço comunitário.
Questões Norteadoras
Com base na descrição e no desenho do trajeto de casa
até a escola, levante os seguintes questionamentos e solicite
que façam o registro das respostas no caderno.
a) Os elementos que compõem esse caminho são
naturais ou construídos pelos seres humanos?
b) Quando chamamos esse caminho de caminho da
comunidade, o que queremos dizer?
c) Seus pais e avós já falaram como era antes? O que
mudou? Quem foi o responsável por essas mudanças?
d) Esse conjunto de elementos da natureza e de objetos
construídos, que são observáveis, é o que chamamos de
paisagem. Podemos dizer que essa é uma paisagem
comunitária? Por quê?
e) Vocês acham que esta paisagem sofreu
transformações? Quem transforma a paisagem?
f) O que compõe a paisagem natural no caminho
percorrido?
g) Que outras paisagens vocês poderiam destacar (da
religião, do esporte, do trabalho, etc.)?
Possibilidades de Trabalho
Trabalho de Campo
Convide os alunos a olharem pela janela da sala de aula
ou leveos até a entrada ou pátio da escola. Pergunte aos
alunos o que estão vendo, e explique que tudo o que
descrevem pode compor uma paisagem.
34
Registro
Solicite que os alunos escrevam no caderno os
elementos que observam na paisagem. Mais uma vez,
estimuleos a distinguir as diferentes categorias de uso
(natureza, trabalho, diversão, moradia, uso individual, uso
comunitário).
Desenho ou Fotografia
Incentive os alunos a desenharem ou fotografarem a
paisagem que foi descrita.
Conversa em roda
Incentive os alunos a compartilharem os desenhos ou
fotografias dos elementos que registraram como
componentes da paisagem. Identifique os elementos que
todos registraram e os que poucos lembraram. Construa, de
forma coletiva, junto à turma, as categorias de elementos.
Caso os alunos tenham desenhado a paisagem, poderão
destacar (contornando) nesse desenho as diversas
categorias.
35
Unidade II: A Paisagem que Construímos
13. A COMUNIDADE MUDA:
A PAISAGEM TEM UM TEMPO
Interdisciplinar
Ciências. História e Língua Portuguesa.
Objetivo
Trabalhar a transformação da paisagem ao longo do tempo.
Questões Norteadoras
a) Pegue o desenho ou a fotografia da paisagem que
você tirou na aula anterior. Hoje ela continua igual? Por quê?
b) Nos períodos de cheia e de seca, essa paisagem
continua a mesma? Por quê?
c) Quem trouxe fotografias antigas da comunidade? A
paisagem é a mesma? O que é possível ver nas fotografias? O
que mudou?
d) Quais as diferenças entre “como era antes” e “como
é hoje”?
e) Vamos tentar colocar essas fotos antigas em ordem
temporal, para compreendermos como a paisagem da
comunidade foi sendo transformada?
f) Como o homem transforma a paisagem? Como a
natureza transforma a paisagem?
Possibilidades de Trabalho
Registro
Solicite que os alunos escrevam uma carta, contando
para um familiar idoso como é a paisagem hoje. Peça que
contenha as principais transformações que ocorreram e os
papéis do homem e da natureza nessas mudanças.
Desenho
Motive os alunos a olharem as fotos antigas que
trouxeram, comparandoas com a foto ou com o desenho da
última aula. Então, solicite que façam uma ilustração de
como imaginam que será a mesma paisagem daqui a 10 ou 20
anos. Depois de pronto o desenho, peça que elaborem um
texto, descrevendo esta paisagem no futuro. O que mudou?
Por que mudou? Como você vê estas mudanças?
36
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Objetivo
Construir uma maquete que represente a comunidade ou parte dela,
atentando para noções de proporção.
Maquete da Comunidade
Existem várias formas de representar a paisagem do
lugar onde moramos. Nós já exercitamos algumas, como o
texto (descrição), o desenho e a fotografia. Hoje vamos
propor a construção de uma maquete que deve ter a
participação de todos.
A maquete será um modelo da comunidade de
tamanho reduzido, de forma que seja possível representar
os principais elementos que compõem a paisagem
comunitária.
Possibilidades de Trabalho
Trabalho de campo
Organize, com os alunos, uma visita à comunidade,
para que observem e registrem os principais objetos (casa,
escola, plantas, etc.) que deverão representar na maquete.
Uma alternativa é o uso de uma imagem aérea da
comunidade (como as extraídas no Google Earth:
https://www.google.com/earth/).
Desenho
Divida a turma em grupos de até 4 alunos. Peça aos
alunos para desenharem a comunidade, na visão vertical,
em um papel pardo. Assim, poderão identificar todos os
objetos que irão compor a maquete.
Montagem da Maquete
Nos mesmos grupos, oriente os estudantes a
desenvolverem as etapas abaixo.
a) Planejamento: separe o material que será
necessário para a confecção dos elementos a serem
colocados na maquete. Por exemplo, o número de caixas
pequenas que serão utilizadas para representar as casas, a
37
caixa maior para fazer a escola, galhos para simular as
árvores, etc. Durante este processo, lembre aos alunos que é
importante tentar manter a proporção entre os tamanhos
objetos. Problematize esta questão, comparando os tamanhos
e formas dos elementos a serem representados. Após a
separação dos materiais, inicie a confecção destes elementos:
forre, desenhe e pinte os objetos.
b) Construção da maquete: desenhe sobre uma base
mais rígida (cartão, isopor, madeira) as ruas e caminhos da
comunidade e posteriormente cole os objetos construídos
conforme suas localizações na comunidade.
Exposição
Reserve um local na escola para a exposição das
maquetes dos alunos. Cada maquete deve ter a identificação
dos alunos que fizeram, valorizando a sua construção. Os
alunos poderão convidar seus pais e amigos para conhecerem
a sua maquete no horário de entrada ou de término das
aulas. Neste momento, também podem explicar a paisagem da
comunidade.
38
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Retomando
A partir da maquete confeccionada na aula anterior, retome com os
alunos que esta é uma representação reduzida da comunidade e que
existem diversas formas de representação dos espaços.
Objetivo
Promover o entendimento de mapas como representações feitas a
partir das pessoas e de seus objetivos.
Construção de Mapas
Na atividade, que agora apresentaremos, propõese a
construção de um mapa, partindose da maquete elaborada
nos momentos anteriores. Para iniciar o trabalho com os
mapas, registre na lousa as questões abaixo e solicite que
os estudantes respondamnas no caderno. Se preferir, esta
discussão pode ser feita no grande grupo ou mesmo nos
grupos de trabalho da maquete. É importante ter em mãos
exemplos de mapas para mostrar aos alunos.
a) O que é um mapa? Vocês já viram muitos mapas?
b) Vocês acham que os mapas são representações da
visão frontal ou da vertical?
c) Quando vocês veem a maquete de cima, que
formas observam? Vamos exercitar, tentando reproduzir
alguns objetos da maquete vistos de cima?
d) O que vocês escolheriam representar no mapa, a
partir da maquete? Explique por que escolheram esses
elementos?
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite aos alunos que desenhem em uma folha de
papel a maquete, que seu grupo elaborou, a partir da visão
vertical. O desenho deve conter todos os objetos ou aqueles
que foram selecionados pelos estudantes.
Conversa em roda
Após o desenho pronto, analise junto aos alunos o
mapa feito, levandoos a perceber que objetos diferentes
podem ter o mesmo contorno, por exemplo, um quadrado,
39
ou um círculo. É hora, então, de questionar o aluno: que
objeto é esse? E esse outro? Eles estão representados com o
mesmo contorno? Como vamos fazer para diferenciálos e
identificálos?
Legenda
Quando um mapa tem muitas formas semelhantes, é
necessário fazer algumas distinções entre elas. Estas podem
ser através de símbolos, que destacam particularidades (por
exemplo, colocar uma cruz para representar a igreja),
tamanho, para identificar maior intensidade de alguma
informação (por exemplo, fazer maiores as castanheiras mais
produtivas) ou cores, que podem distinguir categorias (por
exemplo, nas construções, as casas têm uma cor e escolas
têm outra). Esse sistema de símbolos e cores, que nos
auxiliam a ler o mapa, chamamos de legenda.
A tarefa agora é construir uma legenda para o mapa do
grupo, conforme o modelo:
Legenda
Cor Objeto
Vermelho Casa
Roxo Escola
Registro
Solicite aos alunos que respondam as seguintes
questões e registrem no caderno suas respostas.
a) Qual a diferença entre uma maquete e um mapa?
b) Qual o nome da sua comunidade? Esse pode ser o
título da maquete e do mapa? Coloque um título (dê um
nome) ao seu mapa.
c) A maquete e o mapa representam toda a comunidade
ou parte dela? Por quê?
d) O que foi representado na maquete e no mapa? Qual
a importância dessas representações para você e para sua
comunidade?
e) Tudo que representou da comunidade é importante
para todos? Tem coisa que observou na comunidade, mas não
representou? Por quê?
f) Olhando para a maquete e para o mapa, aponte o que
gostaria de melhorar na comunidade? Por quê?
40
Unidade II: A Paisagem que Construímos
Retomando
Revisar as outras formas de representação da paisagem que já
foram empregadas nas atividades anteriores: maquete e mapa.
Objetivo
Estimular a observação e a descrição, a partir da noção de
paisagem.
Fotografia
Escolha uma fotografia da comunidade para
trabalhar com a turma ou utilize as imagens e desenhos
produzidos pelos alunos nas atividades anteriores.
A foto é uma representação da paisagem em um dado
instante. As paisagens podem mudar com o tempo, como
vimos nas fotografias antigas ou do passado. Estas
também, nos permitem entender a comunidade no
presente.
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Solicite aos alunos, que apresentem para o grupo as
fotos tiradas nas últimas aulas, explicando aos colegas o
que quiseram representar. Mostre a fotografia escolhida por
você e explore os elementos ali presentes. Oriente este
debate, fazendo aos estudantes as seguintes questões:
a) Quais são os elementos que aparecem nas
fotografias?
b) Na análise de fotografias, podemos distinguir os
elementos que estão na frente (primeiro plano) daqueles que
estão atrás (segundo plano). Quais estão no primeiro e no
segundo plano das suas fotografias?
41
Registro
Solicite aos alunos que escolham uma das fotografias
trabalhadas anteriormente e realizem as questões a seguir:
a) Faça uma descrição detalhada da paisagem da foto
escolhida;
b) Informe os objetos que você observa nesta foto;
c) Classifique os elementos observados como naturais e
construídos, de uso individual e de uso coletivo;
d) Crie outras categorias para distinguir os objetos,
como os usos que os comunitários fazem, ou seja, para
produzir alimentos, para abrigo, para
deslocamento/transporte, para lazer, etc;
e) Você descreveu e analisou uma paisagem na
fotografia. O que seria uma paisagem na sua opinião?
f) A sua casa e a sua escola fazem parte da paisagem da
sua comunidade?
g) Como você explica a origem dessa paisagem?
42
U n i d ad e I I I
A NATUREZA QUE NOS DÁ VIDA
Natureza é o conjunto dos elementos que nos rodeiam e que não foram
construídos pelo trabalho humano, e sim, pela sua própria dinâmica e
história, como o clima, relevo, água, solo, vegetação e animais. Esse conjunto
de elementos, que identificamos como natureza, são denominados de bióticos
(os que envolvem a vida animal e vegetal, incluindo o homem como espécie
animal) e abióticos (os que envolvem os elementos como água, rochas, solos,
ar).
Os seres humanos, desde sua origem histórica, ao se relacionarem com
a natureza, transformamna, ou seja, produzem uma “nova natureza”, como,
por exemplo, as plantas híbridas, os alimentos geneticamente modificados, as
transformações genéticas dos animais.
Se considerarmos em conjunto só os elementos naturais que
caracterizam um determinado espaço, podemos definilo como paisagem
natural, ou seja, o conjunto de elementos naturais clima, relevo, água, solo,
vegetação e animais que apresentam características diferentes em cada
local. Estas são paisagens onde predominam elementos naturais. Nelas o
trabalho humano não se realiza, ou quando se realiza, é pouco expressivo,
não promovendo alterações significativas. Portanto, a presença do homem,
como ser natural e, ao mesmo tempo, como alguém oposto à natureza,
promoveu e promove profundas transformações na natureza em si e na sua
própria natureza. O homem modifica paisagens naturais e constrói paisagens
culturais a partir de suas diferentes formas de organização social.
43
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Revisar as representações de paisagem, ressaltando os elementos
“naturais”.
Objetivo
Compreender que muitos dos elementos que compõem a paisagem
são naturais e que se relacionam, influenciando a vida dos ribeirinhos.
Leitura
Apresente aos estudantes este trecho de texto extraído
do livro Mormaço na Floresta, de Thiago de Mello, 1981, p.73.
Os complementos, entre parênteses, foram feitos pelos
autores.
É o Amazonas e o ciclo das águas. Tempo das “primeiras
águas, quando o rio dá sinal de quem tem vontade de crescer.
Tempo de enchente, tempo de vazante. É o regime das águas
condicionando e transformando a vida do homem (e da mulher)
amazônida ao longo das etapas do ano. Não só no interior das
florestas, na beira dos rios. Também nas cidades e nos
principais centros da região – o homem (e a mulher) sofre os
efeitos, generosos e adversos, da subida ou da descida das
águas. Na sua casa, na sua comida, no seu trabalho de cada
dia. O regime das águas é um elemento constante no cálculo da
vida do homem (e das mulheres).
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
A partir da leitura do texto, discuta com os alunos e
registre as ideias sobre as questões a seguir:
a) Quais são os elementos naturais que mais
influenciam a vida dos moradores do Amazonas?
b) Aqui na FLONA você também observa o que é
relatado no texto?
c) Você já observou a subida e descida das águas? Por
que as águas dos rios sobem e descem?
d) Quando sobem, o que acontece com as áreas baixas,
por exemplo, as várzeas?
e) As águas das cheias promovem efeitos bons e ruins
para os ribeirinhos. Que efeitos são esses?
f) Que outros elementos fazem parte da natureza e que
não foram citados pelo autor? Como eles interferem na vida
dos moradores?
44
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
A partir da identificação dos elementos que constituem a natureza –
clima, relevo, água, solo, vegetação e animais – e de sua importância
na vida dos comunitários, destaque que será iniciado um conjunto de
atividades para melhor entendimento de cada um desses elementos.
Objetivo
Reconhecer as características do clima de onde moro, identificando
dois de seus principais elementos: a temperatura e a pluviosidade ao longo
do ano.
Questões Norteadoras
Inicie um debate com os estudantes, solicitando que
pensem sobre o tempo meteorológico ao longo do ano.
Questione sobre as mudanças no tempo. Se necessário, dê
como exemplo as estações extremas.
a) Como vocês observam e descrevem o tempo
meteorológico ao longo do ano? Existem diferenças?
b) Você acha que o clima do local onde vivemos é
diferente ou igual a outros locais do Brasil? Justifique e dê
exemplos, se possível de um lugar que você conheça.
Possibilidades de Trabalho
Analisando um climograma
O climograma é um gráfico que representa dados
sobre a chuva precipitada e a temperatura registrada num
determinado local, em um determinado tempo. Esta
representação tem dois eixos, um vertical e um horizontal,
as informações dos dois eixos estão relacionadas. Cada eixo
tem a sua unidade de medida. O eixo horizontal indica o
tempo, expresso em meses, e o vertical tem duas
informações: à direita, a temperatura medida em graus
Celsius (°C) e, à esquerda, a quantidade de chuva
(pluviosidade) registrada em milímetros (mm). A linha
indica a temperatura e as colunas indicam as chuvas. Para
cada local do mundo esse gráfico será diferente. Assim,
analisando o gráfico, podemos ver o quanto choveu e
comparar com a temperatura média do mês, ou verificar
como foi a distribuição das chuvas em um ano, ou, ainda,
quais são os valores da temperatura nesse período.
45
Observe o climograma de Tefé (Figura 9) e preencha, na tabela, o valor
aproximado da temperatura e da chuva medidos por mês, como foi feito para
o mês de janeiro.
Registro
a) O que você observa em relação à temperatura? E, em
relação à chuva, o que pode ser dito?
b) Há variação nas chuvas, durante o ano, em Tefé?
c) Há períodos mais secos (vazante) e outros mais
úmidos (cheias)?
Com base no climograma:
d) Qual o mês que mais choveu em Tefé? Quanto?
e) Quais os meses que menos choveu em Tefé? Quanto?
f) Houve grande variação na temperatura média dos meses? Justifique.
g) E em relação às temperaturas, indicam calor ou frio?
h) Você vê semelhanças entre o que observa no gráfico e o texto de
Thiago de Mello lido anteriormente? Quais são elas?
Conversa em roda
Com a finalidade de sintetizar o conteúdo, retome com
os alunos as respostas das perguntas anteriores, buscando, a
partir delas, analisar com detalhes os dados do climograma.
Nesta conversa, destaque que, no gráfico de Tefé, a
temperatura muda bem pouco ao longo dos meses, já a chuva varia um
pouco mais. Em maio/junho ocorre o pico da enchente, pois, como se
observa no gráfico, desde outubro vem sendo acumulada água da chuva. Já
em setembro/outubro é o pico da vazante, visto que esta resulta de meses
seguidos em que as chuvas são reduzidas.
46
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Relembrar o climograma da aula anterior.
Objetivo
Construir instrumentos que permitam monitorar o tempo
meteorológico na comunidade – com ênfase na chuva – e fazer
comparações com outros locais.
Noções
Na atividade anterior, destacamos a importância das
medidas de temperatura e de chuva (pluviosidade) para
compreender o clima. O gráfico estudado, o climograma, é
feito a partir destas duas informações.
Assim, para elaborar um climograma, precisamos de
uma tabela com registros de temperatura e de chuva. A
temperatura pode ser medida com auxílio de um
termômetro. A pluviosidade pode ser medida com um
pluviômetro.
Hoje, como atividade prática, vamos construir um
pluviômetro e um climograma. Observase, entretanto, que
essas duas atividades são sugestões para que sejam
desenvolvidas com alunos de maior faixa etária, que
estejam no final do Ensino Fundamental (9º ano) ou no
Ensino Médio.
Possibilidades de Trabalho
Construção de pluviômetro: o pluviômetro é um
instrumento utilizado para coletar e medir a água da chuva.
Ele pode ser construído de maneira fácil, com instrumentos
disponíveis em qualquer casa.
Recipiente Estilete e
Garrafa pet 2l milimetrado tesoura Caneta
47
Como fazer
Passo 1
Corte a garrafa pet no gargalo em 7 cm, para que seja
feito um funil.
Inverta a parte cortada, posicionandoo na boca da
garrafa.
Passo 2
Encha com água o recipiente milimetrado.
Encha a garrafa pet com a água, prestando atenção:
para cada 10 ml que você colocar marque a quantidade na
garrafa, com caneta para se construir uma ESCALA.
Professor, para fins didáticos considere que cada 1
mililitro equivale a 1 milímetro. Contudo, caso queira o valor
ser exato, pode calcular o volume pela formula:
v= π .r2.h, onde v=volume, π= 3,14, r=raio, h=altura
Passo 3
Depois de milimetrar a garrafa inteira, retire a água.
Com a garrafa vazia coloque o funil.
Posicione a garrafa em ambiente externo, plano e com
boa exposição à chuva.
48
Elaboração de climograma
Como já vimos anteriormente, climograma é um
gráfico que registra a temperatura e quantidade de chuva
em um período de tempo, num determinado local.
Para construir um climograma, precisamos de dados
de chuva e de temperaturas. A tabela, a seguir, registra
esses dados para quatro cidades brasileiras.
Conversa em roda
Após a elaboração, proponha a discussão entre as
diferenças que podem ser percebidas através dos gráficos.
Oriente seus alunos para a interpretação dos gráficos,
enfatizando as características do clima em Tefé, como ocorrem
as variações de temperaturas, os regimes das chuvas.
Registro
Solicite que elaborem um texto apresentando suas
conclusões, tomando como base as seguintes perguntas:
a) Em que cidade chove mais e onde chove menos?
b) Qual a cidade que tem temperaturas mais baixas?
c) Qual cidade tem as temperaturas sem muita variação
no ano todo?
d) O que considera importante registrar sobre o gráfico
de Cabrobó/ PE e de São Paulo/SP?
e) Como você descreveria o clima de Tefé/ AM? E o de
Uruguaiana/ RS?
50
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Objetivo
Identificar os elementos que compõem a hidrografia da FLONA de
Tefé, bem como a relação da mesma com a vida comunitária local,
entendendo hidrografia como a descrição do conjunto dos corpos d´agua de
um local.
Questões Norteadoras
a) Os rios, na FLONA de Tefé, apresentam o mesmo
volume ou quantidade de água durante todo o ano? O que
há de diferente? Estas mudanças influenciam no diaadia?
b) Por que dizemos subir ou descer o rio? Subimos e
descemos para onde? Existiriam outras formas de dizer
isto?
c) Quais os nomes que os ribeirinhos dão aos
diferentes cursos d`água presentes na FLONA de Tefé,
considerando seu tamanho?
d) Qual a importância dos rios para a vida
comunitária: para os deslocamentos, para o trabalho, para
a alimentação, para a diversão?
Possibilidades de Trabalho
Mapa mental
Peça que os alunos elaborem um mapa mental, ou
seja, um desenho que expresse, a partir da sua percepção,
como se distribuem os rios e os lagos que estão próximos
da comunidade. Após construído o desenho, questione
sobre o que há de diferente em cada mapa. Faça, em
conjunto com os alunos, uma listagem dos rios e dos lagos
indicados em cada mapa, individualmente. Elabore um
único mapa síntese de toda a turma, contemplando o
máximo de elementos possíveis. Este mapa pode ser feito
na lousa, mas é importante que fique registrado em papel
pardo ou em outra folha grande, para que todos consigam
vêlo.
Conversa em roda
No mapa coletivo, feito anteriormente, solicite que os
estudantes identifiquem o rio principal, os rios menores
(igarapés) e os lagos com seus nomes. Desenhe, no mapa,
flechas indicando a direção do fluxo da água dos rios.
51
Identifique onde deságuam os rios, quais são maiores e quais
são menores.
Junto com os estudantes, observe o climograma de
Tefé, identifique os períodos de menor e de maior quantidade
de chuva, e descreva o que acontece com os rios e os lagos
nesse período do ano.
Desenho
Solicite que os alunos escrevam textos ou que façam
desenhos expressando a importância dos rios para a vida
comunitária. Formule questõesproblemas como estímulo
para a produção do material. Por exemplo: os comunitários
usam os rios para quê? Que futuro imaginam para os
mesmos (que usos gostariam que fossem dados aos rios)? O
que estão dispostos a fazer para que isso aconteça?
52
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Objetivo
Identificar, caracterizar as diferentes unidades do relevo e as
possíveis as atividades comunitárias nelas desenvolvidas.
Noções
O que entendemos como relevo? De modo geral,
podemos compreender o relevo como um conjunto de formas
que se sobressaem na camada mais superficial da Terra (crosta
terrestre). Essas formas vão sendo esculpidas ao longo do
tempo por forças internas e externas. Terremotos e vulcões em
erupção são exemplos de forças internas que destroem e
reconstroem as formas de relevo.
As forças externas, porém, são aquelas que, no nosso
diaadia, podemos observar com mais clareza. Você sabe
quais são? Você já observou que o fluxo dos rios, as cheias e
secas estão sempre moldando o relevo? Chuvas intensas,
ventos fortes também atuam modificando as formas da Terra.
E nós, pessoas em comunidade, somos uma força externa
também? Também moldamos o relevo?
A variação de altitude é um fator importante para definir
e nomear as formas de relevo. Aqui na FLONA observamos
várias formas, como: várzea, pé de terra firme, terra firme, etc.
Fazemos usos diferentes destas formas, conforme suas
características. O que fazemos na várzea? E na terra firme?
O relevo pode ser representado em uma folha de papel
em mapas. Mas como representar diferentes alturas em um
plano? Observe a figura 11.
54
Possibilidades de Trabalho
Confecção de maquete
Uma maquete é uma representação reduzida do
relevo, da paisagem natural ou da paisagem construída pelo
trabalho humano. No capítulo anterior, construímos a
maquete da comunidade (casas, caminhos etc.), agora
vamos fazer uma maquete do relevo de duas comunidades
da FLONA. É possível propor aos alunos, com maior faixa
etária, a construção de uma maquete do relevo.
Primeiramente, organizeos em grupos, de até 4
estudantes, e solicite que o grupo faça um desenho de
como é o relevo de sua comunidade.
Em uma caixa, com terra ou barro, os integrantes do
grupo deverão reproduzir o terreno desenhado na folha.
Solicite, também, que desenhem ou representem, na
maquete, os rios de sua comunidade e localizem duas
comunidades em posições diferentes, mas às margens do
mesmo rio.
Feito isso, peça que façam a comparação do desenho
com a maquete feita pelo grupo. Explique como se
representa uma forma de relevo numa superfície plana.
Conversa em roda
Com a turma reunida, medie a discussão, começando
pela localização da montante para jusante do rio
representado. Pergunte:
a) Quando você anda de canoa, costuma dizer que
sobe ou que desce o rio? Quando você sobe o rio, vai
em direção à nascente ou à foz do rio?
b) Quando você desce, vai em que direção?
É importante esclarecer aos alunos que, quando
subimos um rio, podemos também dizer que vamos para
montante e, quando descemos, vamos para jusante. Dito
isto, questione:
c) Agora que você já sabe o que significa nascente,
foz, subir, descer, montante e jusante, observe a maquete e
indique: qual comunidade está à montante e qual está à
jusante considerando a suas posição em direção ao rio?
d) Quantos tipos de relevo você identifica na sua
maquete? Considere a diferença de altitude, por exemplo.
Identificar a várzea, o pé de terra firme, a terra firme, etc.
55
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Reconstituir as últimas atividades, em especial o mapa mental que
fizeram da hidrografia e a maquete de representação do relevo.
Objetivo
Caracterizar as diferentes unidades do relevo e as relações destas
com a hidrografia, exercitando a interpretação de mapas na escala da
FLONA de Tefé.
Questões Norteadoras
Nas últimas atividades, aprendemos que é possível
identificar e representar, de diferentes formas, a hidrografia e o
relevo onde a nossa comunidade está situada.
Hoje, vamos estudar a hidrografia e o relevo no contexto
da FLONA de Tefé.
Para a atividade, vamos trabalhar como mapa da
Hidrografia e o mapa do Relevo da FLONA de Tefé, que foi
utilizado pelo ICMBio na construção do Plano de Manejo
(Figuras 13 e 14).
Mostre para a turma os dois mapas, dando um tempo
para que os estudantes encontrem o local aproximado da
comunidade.
Possibilidades de Trabalho
Comparando mapas
Tome como base a maquete, construída anteriormente, e
o mapa do relevo da FLONA de Tefé e questione:
a) Quais as formas ou unidades de relevo você observa no
mapa?
b) Essas formas ou unidades são as mesmas que você
representou?
c) Faltou alguma unidade na sua maquete?
d) A unidade que faltou não faz parte da sua
comunidade?
e) Porque você acha que essa unidade não faz parte da
sua comunidade?
f) Você já entendeu o mapa de relevo da FLONA de Tefé,
já identificou as formas ou unidades de relevo nesse espaço?
Agora, comparando a maquete com o mapa de hidrografia
56
da FLONA de Tefé, pergunte:
g) Quais os principais rios que banham a FLONA de
Tefé?
h) Sua comunidade fica às margens de qual rio?
i) Observe o relevo e o percurso do rio que banha a
sua comunidade, indicado no mapa. Em que unidade de
relevo nasce esse rio?
j) Como são chamados os rios menores, que
desembocam em grandes rios?
k) Como você utiliza esse rio? E sua família?
l) Você gosta de viver próximo aos rios? Por quê?
Registro
Agora é hora de escrever. Solicite aos alunos uma
produção textual sobre suas aprendizagens acerca do
relevo e da hidrografia da FLONA de Tefé. As perguntas
feitas no exercício anterior podem orientar a escrita deste
texto. Não esqueça de lembrálos de retomar como o clima
influencia na dinâmica das águas e, portanto, na sua vida,
de seus pais e da comunidade.
Conversa em roda
Tendo como base a tarefa anterior, proponha ou
aborde questões como:
a) Quais são as relações entre as unidades de relevo e
a hidrografia?
b) Que unidades de relevo é possível visualizar na
época de seca? E na época de chuva? Como você explica
essas diferenças?
d) Você conseguiria relacionar algumas atividades
que você ou seus pais fazem em diferentes unidades de
relevo, por exemplo, onde estão os roçados? Onde é feita a
caça? Onde estão construídas as casas e a escola? Ou a
comunidade?
57
Figura 13 Mapa de Hidrografia da FLONA de Tefé.
58
Figura 14 Mapa de Relevo da FLONA de Tefé.
59
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Relembrar brevemente as atividades de clima e relevo.
Objetivo
Relacionar as diferentes unidades do relevo com as feições
hidrográficas.
Noções
Vamos trabalhar com outra forma de representar os
elementos da natureza, o bloco diagrama. Um bloco diagrama
é uma representação tridimensional que nos permite
visualizar o relevo, em relação a sua forma e também em
relação aproximada a sua altitude.
O bloco diagrama, a seguir (Figura 15), representa de
forma muito simples as unidades de relevo que compõe a
FLONA de Tefé e a denominação dos diferentes corpos d’água
que caracterizam a sua hidrografia. No quadro, você observa
que o relevo está representado no bloco diagrama por letras e
os diferentes cursos e corpos d’água por números. Esse
quadro nos permite identificar e entender o que está
representado, num bloco diagrama ou mesmo num mapa. É o
que se denomina legenda.
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Distribua cópias do bloco diagrama anterior, solicitando
aos estudantes que o observem com atenção, para
responderem as questões apresentadas na sequência.
Inicialmente deixe que explorem a imagem silenciosamente
por alguns minutos. Depois, analisando a imagem juntamente
com a turma, oriente a observação.
Chame atenção para a observação dos rios. É possível
perceber que eles parecem árvores. Os rios maiores se
ramificam. Esses conjuntos de rios, maiores e menores, que
se ligam entre si, é o que se denomina de rede hidrográfica.
Uma rede hidrográfica drena uma determinada porção
de terra e é separada de outra rede hidrográfica por uma
porção de terra mais elevada, chamada de interflúvio. Quando
falamos de bacia hidrográfica, estamos nos referindo às terras
que são drenadas pelos seus respectivos rios.
Após esta explicação, peça que respondam por escrito:
60
a) Quantas bacias hidrográficas você observa no
diagrama?
b) Observe a legenda e indique como se denominam
os rios menores?
c) Observe a várzea ou planície aluvial, como indica a
legenda. Que outros tipos de corpos d’água estão presentes
na várzea ou planície aluvial?
d) O que significam estirão e furo?
e) Essas feições hidrográficas, quando navegamos,
são muito úteis, por quê?
f) No bloco diagrama não aparece uma feição
hidrográfica muito importante, o parana. Desenhe um
parana no diagrama e explique seu significado.
g) Delimite, no diagrama, com uma linha tracejada
( ), o limite de cada bacia hidrográfica.
Trabalho de campo
Na continuidade vamos estudar outro elemento da
paisagem: a vegetação. Para isso, proponha uma
caminhada nas proximidades da comunidade, para
observar o relevo e recolher material para o estudo da
vegetação (coletar folhas, frutos etc). Para essa caminhada,
elabore, antecipadamente (coletiva ou individualmente), um
quadro de registro de informações a serem coletadas
durante o percurso, como por exemplo:
Várzea
Pé de terra
firme
Terra firme
61
Figura 15 Bloco Diagrama das Unidades de Relevo
62
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Recuperar a caminhada de estudo. Reconstituir o trajeto feito,
destacando, a partir das anotações, o que foi observado e resgatar
as amostras coletadas.
Objetivo
Identificar os diferentes tipos de vegetação do local onde vivemos e, a
partir dos seus usos, a importância da mesma para a vida comunitária.
Questões Norteadoras
a) Como é a vegetação do local onde você vive?
b) Qual a importância dela na sua vida?
c) Imagine a sua vida sem a vegetação do local onde
vive. O que seria diferente?
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Convide um morador da comunidade, que seja
conhecedor da floresta, para falar com os estudantes sobre
os locais onde ocorrem as plantas e sobre seus usos
(alimentação, saúde, artesanato).
Retorno à maquete
Proponha que os estudantes, a partir do quadro
elaborado durante a caminhada na aula anterior,
relacionem as plantas coletadas com o relevo e a paisagem
onde ocorrem. Complemente a maquete do relevo já
elaborada, colocando as amostras coletadas das plantas
devidamente identificadas nas unidades de relevo onde
foram encontradas.
63
Painel
Proponha a confecção de cartazes com as amostras
coletadas. Estes cartazes podem apresentar a descrição das
plantas e seus usos. Estimuleos a pensar sobre a utilidade
delas, questionando: alguma delas é usada para confecção de
objetos? Ou alimentos? Você ou sua família fazem uso de
chás ou algum tipo de tratamento de saúde a partir delas?
Este trabalho pode ser feito em grupos ou
individualmente. Ao final, organize a apresentação dos
trabalhos, que pode ser feita de forma oral para os colegas
e/ou através de exposição na escola.
Conversa em roda
Coletivamente, com elementos da vegetação (folhas,
frutos, etc.), proponha à turma a preparação de uma comida
ou bebida, que poderá ser consumida no intervalo ou ao final
da aula. Nesse momento, retome a importância da vegetação
para a vida comunitária.
64
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Objetivo
Identificar os diferentes tipos de vegetação, a partir da interpretação
de mapas na escala da FLONA.
Questões Norteadoras
Na última atividade, aprendemos sobre a vegetação
que está presente na comunidade. Hoje, vamos estudar a
vegetação no contexto da FLONA de Tefé.
Para a atividade, trabalharemos com o mapa da
vegetação da FLONA de Tefé, que foi utilizado pelo ICMBio
na construção do Plano de Manejo (Figura 16).
Apresente o mapa para a turma, dando um tempo
para que os estudantes encontrem o local aproximado da
comunidade. A partir da observação, pergunte quais são as
relações que podem ser estabelecidas entre a vegetação,
sua proximidade de rios e as unidades de relevo.
Possibilidades de Trabalho
Analisando o mapa de vegetação da FLONA de Tefé
A partir da observação detalhada do mapa da FLONA
de Tefé, responda as questões:
a) Leia a legenda. O que está representado na legenda
é semelhante ao que você conhece sobre a vegetação de sua
comunidade?
b) Porque denominamos Mata de Várzea ou Igapó? E Mata de Terra
Firme?
c) O que é extraído da Mata de Várzea? Cite alguns tipos de vegetais
utilizados pelos comunitários;
d) A castanha é colhida da castanheira. Onde ocorre a castanheira?
Explique quando e como é feita a coleta da castanha?
e) Qual a relação que você pode fazer entre relevo e cobertura vegetal
da FLONA de Tefé? (Para essa questão, apresente aos alunos o mapa de
relevo da FLONA de Tefé, anteriormente trabalhado).
Registro
Solicite uma produção textual sobre a vegetação da
FLONA de Tefé, com ênfase para os tipos de vegetação
encontrada, as espécies mais comuns e o uso que os
ribeirinhos fazem dos frutos ou fibras dessas espécies.
Peça aos alunos que façam a leitura do texto que escreveram,
comparem com as ideias apresentadas pelos colegas e destaquem aspectos
comuns e diferentes.
65
Figura 16 Mapa da Vegetação da FLONA de Tefé.
66
Unidade III: A Natureza que nos Dá Vida
Retomando
Retornar às atividades anteriores de clima, relevo, hidrografia e
vegetação, para estabelecer relações entre.
Objetivo
Identificar os elementos naturais e humanos que fazem parte da
paisagem da FLONA e entender como se relacionam.
Questões Norteadoras
Apresente aos alunos cópia do bloco diagrama (Figura
14) e solicite que o descrevam, tomando como base as
perguntas que vêm na sequência.
a) Quais são os principais elementos que compõem a
paisagem representada? Quais são de origem natural e quais
são os construídos pelos comunitários?
b) A representação dessa paisagem seria em período de
seca ou de cheia, na FLONA de Tefé? Por quê?
c) Observe os cursos d’água e suas denominações e,
conforme sua vivência na FLONA de Tefé, indique quais são
suas características.
d) Em que parte do relevo estão localizados a
comunidade e o roçado? Como é chamada essa parte do
relevo e que tipo de vegetação recobre essa porção do
espaço?
e) Que outras formas de relevo você identifica na
paisagem da FLONA?
f) Que tipo de vegetação recobre essas outras formas de
relevo?
Possibilidades de Trabalho
Desenho
Solicite um desenho da paisagem da FLONA em
período de cheia. Para desenvolver essa atividade, você
precisará utilizar o bloco diagrama (Figura 17).
Peça aos alunos que comparem esse desenho com o
feito com o bloco diagrama e indiquem as diferenças
consideradas importantes. Orienteos, indagando: você
observou que, num mesmo lugar, a paisagem muda de um
período para outro? Indique algumas diferenças entre o
67
período de seca e o de cheia na FLONA de Tefé.
Antes de iniciar a descrição do bloco diagrama, retome
os elementos da natureza que compõem a paisagem da FLONA
de Tefé, dialogando com os alunos de forma coletiva.
Registro
Após a descrição e comparação entre o bloco diagrama e
o desenho elaborado pelos estudantes, solicite que respondam
no caderno:
a) Por que, durante o ano, existem dois períodos: um de
cheia e outro de seca? Que fenômeno produz essa diferença?
b) Os dias de cheia, e os dias de seca, na FLONA de
Tefé, são diferentes para você? Quais são essas diferenças?
c) Agora, com base na observação do bloco diagrama e
de seu desenho, escreva um texto sobre a FLONA de Tefé e
sua paisagem.
d) Para concluir, escreva o que é uma paisagem.
Conversa em roda
Retome a discussão com os alunos ao final da atividade.
Faça uma síntese do conteúdo aprendido, complementando
com as informações que considerar relevante.
68
Figura 17 Bloco Diagrama Natureza.
69
70
U n i d ad e I V
O AMBIENTE EM QUE VIVEMOS
71
Objetivos desta unidade:
72
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Lembrar a atividade sobre clima, reconstituindo as características
dos períodos de cheia e de seca, bem como suas épocas de
ocorrência.
Objetivo
Compreender as atividades desenvolvidas pelos ribeirinhos,
considerando o ciclo das águas enchentes (cheia) e vazantes (seca).
Questões Norteadoras
Inicie a proposta, relembrando, de forma sucinta, as
atividades do capítulo anterior, que permitiram a
compreensão da natureza na FLONA. Destaque que, agora,
a ideia é entender as atividades que os ribeirinhos realizam
e que, de alguma forma, transformam a natureza. Solicite
que os estudantes falem sobre essas atividades.
a) Quais são as principais atividades dos ribeirinhos?
b) Já acompanharam seus pais no roçado, no
extrativismo e na pesca?
Para melhor entender as atividades dos ribeirinhos,
proponha a elaboração de um gráfico do ciclo anual da
produção. Saliente que esta atividade será realizada em
casa, então é preciso prestar muita atenção nas orientações
que serão dadas em aula.
Apresente o rascunho do gráfico do ciclo anual da
produção (Figura 18), elaborado em conjunto com os
ribeirinhos da FLONA de Tefé. Observe as informações
contidas neste gráfico e como elas foram organizadas.
73
Figura 18 Rascunho do gráfico do ciclo anual da produção da FLONA de Tefé.
Elaboração: Grupo NEGA/UFRGS, gestores e ribeirinhos da FLONA, 2012.
Possibilidades de Trabalho
Elaboração de Gráfico do Ciclo Anual da Produção
Esta atividade, como já informado, será elaborada em
casa. Distribua para cada estudante uma folha de papel.
Nesta folha, o estudante deve desenhar um círculo e
dividilo em 12 partes iguais, onde cada uma corresponderá a
um mês do ano. Para exemplificar o procedimento, reproduza
o gráfico na lousa e, com os estudantes, marque, com cores
diferentes, os períodos de cheia e de seca.
Com este desenho em mãos, o estudante perguntará a
seus pais o período (em meses) em que eles realizam as
atividades de plantio da mandioca, de extração do açaí, da
castanha, da andiroba e da copaíba, bem como o melhor
período para pesca.
Para colocar essas informações no gráfico, o aluno deve
escolher cores diferentes para cada atividade, pois, assim, ele
está construindo uma legenda. Coloque as informações no
gráfico, considerando os meses que correspondem ao
extrativismo de cada produto. No caso da agricultura, do
plantio até a colheita das principais produções. E, no caso da
pesca, o melhor período.
74
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Resgatar a proposta de construção do ciclo anual da produção,
reconstituindo as etapas de elaboração (passoapasso).
Objetivo
Identificar os principais cultivos produzidos pelos ribeirinhos e a
época do ano em que eles ocorrem.
Questões Norteadoras
Para iniciar a atividade, retome a construção do
gráfico do ciclo da produção, destacando que é muito
importante compreender o trabalho na FLONA. Saliente o
papel da agricultura no ciclo anual da produção, listando, a
partir da contribuição dos estudantes, os principais cultivos
dos roçados. Questioneos sobre onde estão localizados os
roçados da comunidade, incentivando as conexões com as
unidades de relevo, trabalhadas no capítulo anterior.
Possibilidades de Trabalho
Registro
Proponha que os estudantes se reúnam em duplas ou
trios para olharem os gráficos dos ciclos das atividades, que
elaboraram em casa juntamente com seus pais ou
familiares. Peça que analisem com cuidado, verificando se
há semelhanças e diferenças nas informações colocadas e
que registrem suas conclusões na forma de texto.
Conversa em roda
Com a turma novamente reunida, discuta como
aparece a agricultura nos gráficos. Questione quando os
principais cultivos são plantados e colhidos.
75
Canção
Apresente aos alunos a canção popular “O chão dá". É
importante distribuir cópias da letra da canção, para que os
estudantes possam acompanhála enquanto é tocada.
O ch ã o d á
76
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Revisar a produção da mandioca no ciclo da anual da produção.
Objetivo
Entender e identificar as etapas do processo de beneficiamento de
farinha de mandioca.
Questões Norteadoras
Inicie a atividade, tocando a música que encerrou a
aula anterior. Funcionará para motivar os estudantes na
mobilização dos conhecimentos construídos a partir da
música.
Indague, entre os alunos, quem trabalha com
produtos da agricultura que são comercializados. Que
produtos são esses? Quais são para o consumo da família
(também chamados de produtos de subsistência). Na lousa,
faça um quadro distinguindo os produtos que são
comerciais e os que são de subsistência, a partir do diálogo
com os alunos.
Na sequência, pergunte sobre os produtos da
agricultura que podem ir direto para a panela ou prato e
sobre aqueles que precisam ser transformados ou
beneficiados antes de serem comidos. Utilize, como
exemplo, a mandioca recém colhida e a farinha de
mandioca. Qual a diferença entre as duas? Destaque que
há um longo processo de trabalho necessário para
transformar a mandioca em farinha.
Possibilidades de Trabalho
Trabalho de campo
Para compreender melhor o processo de
beneficiamento dos produtos da agricultura, a proposta é
organizar uma visita, com os estudantes, a uma casa da
farinha. Para esta atividade é necessário que o professor
tenha combinado previamente, com um comunitário, todas
as etapas da visita e qual seu objetivo. Antes, é essencial
esclarecer aos alunos o que será feito durante a visita, que
materiais terão de levar e estabelecer algumas combinações
para que o trabalho de campo transcorra com
tranquilidade.
77
Registro
Durante a visita, os estudantes devem tomar nota do
passoapasso da produção da farinha e de quais
instrumentos são utilizados no processo. Podem, também,
fazer perguntas ao comunitário, que explicarão processo,
registrando as respostas em um diário. Desenhos e
fotografias, além da escrita, são recursos importantes para
enriquecer o registro de informações.
Conversa em roda
Voltando para a sala de aula, converse sobre o trabalho
de campo. Questione os estudantes sobre o processo e os
instrumentos empregados na produção da farinha. Além do
sabor, o que diferencia esses dois produtos (mandioca e
farinha)? Quais são os outros produtos da mandioca? Saliente
que o trabalho dos ribeirinhos, no longo processo de produção
da farinha, resulta em um maior valor comercial do produto.
Registro
Solicite aos alunos a produção de uma narrativa ou de
um poema sobre a produção da farinha. Peça que leiam o
texto para os colegas. Proponha a confecção de um varal de
poemas na sala de aula. Para isso, amarre uma corda, unindo
dois cantos da sala e, com fitas coloridas ou prendedores de
roupa, prenda os textos na corda (Figura 19). Para o varal, as
folhas de papel podem ser recortadas em formas que se
relacionem ao tema da poesia.
78
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Resgatar a proposta de construção do ciclo anual da produção, com
ênfase no extrativismo.
Objetivo
Identificar os diferentes produtos extrativistas que fazem parte da
vida comunitária.
Questões Norteadoras
Relembre a atividade de construção do gráfico do
ciclo anual da produção que está exposto na sala.
Destaque que a atividade proposta será focada no ciclo
anual da produção extrativista na FLONA. Pergunte:
a) Vocês sabem o que é extrativismo?
b) Quais são os principais produtos do extrativismo
realizado pelos ribeirinhos da comunidade?
c) Onde é realizado o extrativismo? É perto da
comunidade? Na várzea? Na Terra Firme?
Possibilidades de Trabalho
Elaboração de Gráfico do Ciclo Anual da Produção
No ciclo de produção anual, elaborado pela turma,
marque os meses em que ocorre o extrativismo. Escolha
cores que corresponderão aos principais produtos do
extrativismo e marque os meses em que ocorre. O gráfico
deverá contemplar as contribuições que os estudantes
trouxerem de casa.
Painel
Proponha à turma a construção de um painel com
os principais produtos do extrativismo. Para isso, peça que
os estudantes apresentem o produto do extrativismo que
trouxeram de casa. Questione o porquê de terem
selecionado tais produtos. Os produtos apresentados são
iguais? Existem outros produtos que não foram trazidos?
A partir do que for sendo trazido e comentado pelos
estudantes, vá montando o painel, seguindo o exemplo.
79
Quadro 2 Espécies vegetais e possibilidades de uso
Natureza Produto Uso
Como encontramos Em que transformamos Como utilizamos
80
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Resgatar a proposta de construção do ciclo anual da produção, com
ênfase na pesca.
Objetivo
Identificar e caracterizar a pesca – produtos, petrechos e acordos –
realizada pela comunidade.
Questões Norteadoras
a) Vocês já ouviram que a Amazônia é o lugar que,
em média, mais se consome peixe no mundo?
b) Qual o peixe que vocês mais gostam de comer?
c) Os pais de vocês pescam? Vocês já foram com eles
pescar?
d) Como eles pescam? Redes? Zagaia?
e) Quando eles costumam pescar? Onde?
f) Vocês já ouviram falar em piracema? Esse é o
período em que os peixes estão se reproduzindo e por isso a
pesca deve ser evitada.
g) Vocês sabiam que aqui na FLONA tem Acordo de
Pesca? Esse acordo foi firmado através de reuniões, onde os
pescadores locais e urbanos definiram regras para pescar.
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Proponha uma reunião simulada do Acordo de Pesca.
Nesta simulação, você e seus alunos terão papeis a serem
representados:
81
Preparação da Reunião Simulada
• O professor fará o papel do mediador (a), que
normalmente é assumido pelo representante do órgão
ambiental. No caso da FLONA, o ICMbio.
• Metade da turma representará os pescadores urbanos.
Estes, além de pescarem na área do acordo, costumam pescar
em outros lugares.
• A outra metade da turma representará os
comunitários da FLONA. Estes pescam na área do acordo,
pois suas canoas não permitem ir para locais mais distantes.
Os integrantes da reunião estarão representando seus
papeis dentro de um contexto – uma história – apresentada
seguir.
História Introdutória
Hoje estamos discutindo um acordo para a pesca do
pirarucu no Lago (criar com a turma um nome para o lago).
Os comunitários fizeram a contagem dos peixes e descobriram
que há 30 peixes no lago (como o pirarucu vem à superfície
para respirar, os pescadores criaram uma técnica de
contagem dos peixes). Estão participando do acordo 10
pescadores comunitários e 15 pescadores urbanos.
A Reunião
A partir da história, o mediador (professor) escreve na
lousa:
a) Qual é o instrumento para a pesca do pirarucu?
b) Qual é a cota de cada pescador? Ou de cada grupo?
(professor: cota é o número de peixes que se poderá pescar)
c) Se todos os peixes forem pescados, quais seriam as
consequências?
d) Pensando no futuro da pesca, quantos peixes
deveriam ficar no lago, para ser garantida a reprodução do
pirarucu?
Ao discutirem as respostas a estes questionamentos, o
mediador (professor) deve contribuir para que os alunos
compreendam as seguintes questões: o instrumento de pesca
que permite a escolha dos peixes adultos (zagaia); a
dependência dos pescadores da pesca do pirarucu (os
comunitários dependem mais do recurso que está próximo à
82
comunidade); é necessário manter uma parte dos peixes
para continuar existindo a pesca.
Levando estes aspectos em consideração, devem ser
criadas e apresentadas propostas para a pesca do pirarucu.
Os grupos votam nas propostas e, por fim, registram o
acordo por escrito.
Canção
Proponha que todos encerrem a atividade cantando a
canção popular "O pescador".
O p esca d o r
O pescador, ele sai bem cedinho/ ele sai bem
cedinho, ele vai pescar
O pescador, ele deixa a Maria/ ele deixa os filhos, ele
vai pescar
O pescador, ele ama o rio/ ele ama o rio, o rio
Amazonas
O pescador, ele ama o rio, seus igapós, seus igarapés,
os seus paranás e seus lindos lagos
Você sabe porque, ê, ê, ê/ porque debaixo da água, a,
água/ não existe só boto/ mas existe também o tambaqui,
o tucunaré e o pirarucu
83
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Relembrar a forma de representação das atividades em gráficos de
ciclos.
Objetivo
Explicar a jornada de trabalho de seus pais em relação as atividades
de pesca, roçado e extrativismo. Também observar os momentos de lazer.
Questões Norteadoras
Nas últimas atividades, buscamos conhecer melhor como
funciona a agricultura, a pesca e o extrativismo. Também
buscamos compreender como essas atividades são
desenvolvidas ao longo do ano.
Hoje estudaremos a rotina diária, ou seja, o que os
ribeirinhos fazem desde a hora que acordam até a hora em que
dormem. Para isso, vamos pensar o seguinte:
a) Que hora vocês acordam?
b) O que fazem durante o dia?
84
Possibilidades de Trabalho
Jornada diária de trabalho e lazer
Assim como o gráfico da atividade anterior, a jornada
diária terá a forma de um círculo, que expõe o trabalho e o
lazer da comunidade, representando o ciclo de produção em
um dia, em vez de em um ano.
Solicite, na aula anterior ao desenvolvimento desta
atividade, que os estudantes elaborem, juntamente com
seus pais, um gráfico da jornada diária de trabalho. É
importante destacar, no gráfico, o período destinado ao
trabalho (roçado, extrativismo e pesca), ao lazer e às
atividades domésticas.
Com base no gráfico, feito com os pais, elabore, de
forma coletiva, um gráfico síntese.
Para confeccionálo, siga os seguintes passos:
a) Desenhe um círculo em uma folha grande de papel
ou papelão;
b) Divida o círculo em 24 partes, onde cada uma
corresponderá às horas do dia;
c) Numere as partes, conforme as horas em um
relógio.
d) Afixe o desenho em um lugar visível para todos e
pergunte aos estudantes em que hora ou período do dia os
pais acordam, trabalham no roçado, pescam, fazem a
extração de açaí, castanha, óleos ou outros produtos. Não
esqueça de perguntar sobre a hora de descanso ou lazer;
e) Coloque as informações no gráfico, considerando o
período, em horas, que corresponde ao trabalho no roçado,
na pesca e no extrativismo. Para colocar essas informações
no gráfico, os alunos devem escolher cores diferentes para
cada atividade.
f) Solicitar aos alunos que, no mesmo gráfico,
registrem suas atividades, como, por exemplo, a hora da
escola, de brincar, de auxiliar seus pais, etc.
g) Indique no gráfico os períodos de trabalho da
mulher.
h) Não esqueça da legenda do gráfico.
Conversa em roda
Analisando o gráfico síntese, solicite que os alunos
identifiquem o período destinado a cada atividade e o tempo
despendido para cada uma delas, incluindo o lazer. Que
conclusões se pode chegar sobre o tempo de lazer (Ele
existe? É reduzido? É suficiente?). Questione se há
diferença entre as rotinas de trabalho do homem e da
mulher.
85
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
33. OS RIBEIRINHOS E
SUAS ATIVIDADES
Interdisciplinar
Educação Física e Artes Visuais.
Retomando
Reconstituir as principais atividades dos ribeirinhos e como se
distribuem ao longo do dia.
Objetivo
Localizar e representar as áreas onde se desenvolvem as atividades
dos ribeirinhos.
Questões Norteadoras
Na atividade anterior, identificamos como estão
distribuídas as atividades dos ribeirinhos ao longo do dia.
Agora, vamos compreender a expressão dessas atividades, no
espaço, que podem ser representadas em um mapa.
Iniciamos reconstruindo, coletivamente, o mapa da
comunidade, destacando os locais em que se realizam as
atividades de roçado, de extrativismo, de pesca, de lazer, etc.
Esse tipo de mapa é denominado tecnicamente de mapa de
uso da terra. Num segundo momento, sugerese comparar o
mapa que produzimos com o exemplo de mapa de uso da
terra da FLONA de Tefé, utilizado pelo ICMBio para a
construção do Plano de Manejo (Figura 21).
Possibilidades de Trabalho
Mapeamento das atividas dos ribeirinhos
Tendo trabalhado as atividades dos ribeirinhos no
tempo (ciclo anual e jornada diária), vamos concluir este
estudo com o mapeamento das atividades no espaço. Oriente
os estudantes para a construção coletiva do mapa,
comentando o que segue:
a) Lembrese que o mapa é a representação da visão
vertical, então, pense como os objetos seriam vistos de cima.
b) No mapa, devem ser registrados:
• as principais referências da paisagem da comunidade
(rios, Igarapés, caminhos).
• a escola e as moradias da comunidade.
• os locais de lazer (campo de futebol, banho de rio, etc.)
• as casas da farinha ou cozinha de forno.
• as áreas de roçados; contorne e pinte.
86
• as áreas de extrativismo vegetal; contorne e pinte;
caso haja alguma árvore, em local específico, podese criar
um símbolo para ela.
• em rios e Igarapés, que estão próximos à
comunidade, marque pontos onde ocorre a pesca.
c) Lembrese que cada um destes locais e áreas,
desenhados no mapa, devem ter símbolos e cores
diferentes, precisando ser identificados, na legenda, com o
nome da atividade (extrativismo, pesca, lazer, etc.) ou do
local (escola, casa da farinha, campo de futebol, roçado,
etc.) correspondente.
d) Oriente seu mapa geograficamente, desenhando a
rosadosventos. Cuide para desenhála conforme a posição
em que o Sol nasce na sua comunidade. Lembrese do
exercício que fizemos no capítulo 1 (atividade 7).
e) Não esqueça de dar um título para o mapa e de
expôlo na sala.
Conversa em roda
Tomando como referência o mapa de uso da terra da
do Setor Baixo Curumitá (Figura 21), solicite aos alunos
que observem e respondam as seguintes questões:
a) Todas as atividades representadas no mapa da
turma estão, também, no mapa do Setor Baixo Curumitá?
b) Preencha o quadro comparativo dos dois mapas,
indicando o que aparece representado em ambos, o que só
aparece no da turma e o que só aparece no do Setor Baixo
Curumitá. Veja o quadro a seguir como sugestão.
(Professor: este quadro pode ser detalhado conforme a
observação e relato dos estudantes durante a conversa,
mas é importante que seja registrado no caderno de cada
um).
Quadro 3 Comparação entre mapas
Atividades
Presente nos dois Presente só no Presente só no
Construções
mapas mapa da turma mapa da FLONA
Objetos
Roçado X
87
c) Qual mapa expressa um espaço de maior dimensão?
O que ele representa?
d) Qual mapa indica um espaço de menor dimensão?
Quais elementos estão representados?
e) Qual dos mapas apresenta mais detalhes?
Nesse diálogo, explique que os mapas são diferentes,
representam áreas distintas e, por isso, quanto maior for a
área representada, menor será o número de detalhes que
podemos mostrar.
Retome o mapa de uso da terra, do Setor Baixo
Curumitá, e, a partir da observação dos alunos, exercite a
localização dos objetos. Peça que localizem no mapa feito
pelos alunos o local onde moram. Questione: onde se situa
sua comunidade? Ela fica em Terra Firme ou na Várzea?
Próxima ou longe do lago Tefé? Próxima ou longe da cidade de
Tefé? Quanto tempo, viajando de barco, você leva para ir de
sua comunidade até Tefé?
Em relação às atividades desenvolvidas durante o ciclo
diário de produção, solicite que os alunos indiquem as
atividades que estão representadas no mapa. Elas são comuns
a todas as comunidades da FLONA? Por quê?
Registro
Solicite aos alunos que elaborem uma carta direcionada
a um visitante, que venha de um lugar bem diferente e que
não conheça sua comunidade, mas que está muito curioso
para conhecêla. Nesta carta, o estudante deve, depois de se
apresentar, descrever quais são as atividades desenvolvidas
pelos ribeirinhos e aonde elas estão localizadas na
comunidade, tendo como base a leitura do mapa. O aluno
também precisa contar, ao visitante, qual é a importância de
um mapa em sua vida, para que ele serve.
88
Figura 21 Mapa de uso da terra do Setor Baixo Curumitá. Elaboração: Grupo
NEGA/UFRGS, gestores e ribeirinhos da FLONA, 2012.
89
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Objetivo
Identificar e valorizar os momentos de festividades, as quais
compõem a cultura dos ribeirinhos.
Questões Norteadoras
A maioria das comunidades da FLONA de Tefé realizam
festividades comunitárias. Em algumas, celebramse santos
da igreja católica, em outras, simplesmente festejase a
comunidade. Dialogue com os alunos, perguntando:
a) Qual o dia do festejo da nossa comunidade? O que se
celebra? Que atividades são realizadas nesse dia (missa,
almoço, baile etc.)?
b) Onde é realizado o festejo, quais espaços da
comunidade são utilizados?
c) Além dessas festas, vocês sabiam que há outras
atividades na FLONA que visam divertir os ribeirinhos? Quais
são?
d) Já ouviram falar na Folia do Macaco Doido, da
Comunidade São Francisco do Arraia?
Possibilidades de Trabalho
Painel
Construir um painel sobre a festa da comunidade nele
podem ser feitas ilustrações, bem como pequenos textos, que
caracterizem e expliquem a festividade: qual o motivo (por
exemplo celebração de um santo) e sua data de realização. Se
o professor tiver a informação, poderá também incluir a
programação da festividade. O painel pode ser exposto em um
lugar de maior circulação de pessoas, para ajudar a divulgar o
festejo da comunidade.
90
Folia do Macaco Doido
Seguindo o exemplo da comunidade Arraia, sugira
aos alunos que realizem a folia do macaco. Organize um
momento, para que eles criem máscaras e rabos com o
material disponível. Depois de estarem devidamente
caracterizados, ou seja, fantasiados de macacos, forme uma
roda. Os macacos vão andando em círculo enquanto
cantam:
91
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Objetivo
Compreender o que é uma unidade de conservação e identificar as
diferenças entre as unidades de proteção integral e as de uso sustentável.
Noções
O governo federal brasileiro tem a responsabilidade de
cuidar dos recursos naturais no Brasil. Para isso, ele definiu
instrumentos como o SNUC, que significa Sistema Nacional
de Unidades de Conservação.
Você já ouviu falar em Unidades de Conservação?
Existem dois grupos de Unidades de Conservação: as de
Proteção Integral e as de Uso Sustentável.
Nas Unidades de Proteção Integral só é permitido o uso
indireto, ou seja, não se pode retirar os recursos diretamente
da área. Só se aproveita os benefícios no seu entorno. Um
exemplo disto é quando ocorrem as piracemas dos peixes.
Estes peixes se deslocam e povoam rios do entorno e de
locais mais distantes da unidade, beneficiando as
comunidades destes lugares.
As Unidades de Uso Sustentável permitem o uso
direto. Nesta categoria, é possível morar, realizar
extrativismo vegetal, pesca, agricultura, etc. Dentro das
Unidades de Uso Sustentável existem regras a serem
seguidas para a conservação da natureza e da cultura das
comunidades. Essas regras são discutidas no Conselho da
Unidade e são escritas no Plano de Manejo.
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Proteção Integral ou Uso Sustentável?
Inicie esta conversa riscando, no chão, dois círculos, em
que um representa uma Unidade de Proteção Integral e o
outro, uma Unidade de Uso Sustentável. Distribua entre os
estudantes pedaços de papéis com as palavras/expressões:
residências; espécies raras ou em extinção; extrativismo;
pesca; somente pesquisa; somente visitantes; estatuto da
92
comunidade; escola; uso tradicional; proibido entrar sem
autorização; conselho com participação da comunidade. Os
estudantes devem definir, a partir do que foi conversado
sobre as unidades de conservação, em qual círculo deve ser
colocada a palavra/expressão que lhe foi sorteada. Dê um
tempo para que conversem entre si e troquem ideias a
respeito do que aprenderam. Depois de todos colocarem
suas palavras nos círculos, questione se concordam com
aquela disposição, se há alguma palavra que não está no
círculo adequado. Se for o caso, faça as alterações
necessárias, sempre retomando os dois conceitos. Para
finalizar, peça que observem as características de cada
unidade e respondam: e a Floresta Nacional, em qual
círculo pertence?
É importante que esta construção fique registrada no
caderno dos estudantes.
Entrevista
Exponha, para a turma, o roteiro de uma entrevista,
que deverá ser realizada com uma liderança da comunidade
e apresentada na próxima atividade.
a) Como é o nome da nossa Unidade de Conservação?
b) É de Proteção Integral ou de Uso Sustentável?
c) Tem Plano de Manejo? Quem fez? A Comunidade
participou?
d) Tem Conselho? Quem da comunidade nos
representa no Conselho?
93
Unidade IV: O Ambiente em que Vivemos
Retomando
Retomar o conceito de unidade de conservação e os tipos de uso.
Objetivo
Compreender o que é uma Floresta Nacional.
Leitura
Apresente aos estudantes o poema escrito por Heitor Neto,
morador da FLONA de Tefé. Procure fazer uma cópia para que todos
possam acompanhar a leitura.
94
E depois de tudo isso tenho uma coisa a falar
Em minha comunidade quero pra sempre morar,
pois a FLONA é uma unidade que jamais vou abandonar
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Depois da leitura, comente que Heitor Neto é um
jovem morador da FLONA. Nesse poema, o autor fala sobre
como é viver em uma Floresta Nacional, o que mudou ao
longo do tempo e sobre seu amor à comunidade. Pergunte
aos alunos: e vocês, como se sentem morando numa
FLONA? Os sentimentos são semelhantes ao de Heitor ou
são diferentes?
Retome a tarefa que foi dada na última atividade,
estimulando os estudantes a apresentarem suas respostas:
quem vocês entrevistaram? Por quê? Em que tipo de
Unidade de Conservação nós estamos? O que ela permite?
Quem faz e participa da gestão?
Registro
Inspirados pelo texto de Heitor Neto, motive os
estudantes a construírem um poema, um conto, uma
crônica, uma música ou uma paródia sobre como é viver na
FLONA. É importante, antes de iniciar o trabalho,
esclarecer as diferenças entre estes gêneros textuais,
trazendo exemplos para que os estudantes se sintam
seguros para definir como querem fazer sua produção. Os
trabalhos poderão ser apresentados através de uma
pequena mostra, organizada na sala de aula ou em outro
espaço da escola, aberta à visitação da comunidade escolar.
95
Jovens protagonistas
Pergunte aos estudantes se conhecem um grupo de
jovens da FLONA de Tefé chamado “Jovens Protagonistas”.
Este grupo é formado por jovens que participam de diversos
espaços da gestão da FLONA, empenhados em melhorar a
educação, em relação à infraestrutura, formação de
professores, salários, entre outros. Tendo isto em mente,
organizeos, em duplas, para elaboração de uma carta
destinada aos Jovens Protagonistas, falando sobre como eles
se sentem morando na FLONA e destacando melhorias que
gostariam que ocorressem na comunidade. É importante que
os estudantes argumentem a favor destas melhorias e
expliquem porque elas são importantes.
96
U n i d ad e V
NOSSA REGIÃO E OUTROS LUGARES
97
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Objetivo
Conhecer a localização e as particularidades da FLONA de TeféAM
no contexto regional brasileiro.
Questões Norteadoras
a) Quais são e como são delimitadas as regiões
brasileiras?
b) Quais são as diferenças observadas entre as regiões
brasileiras no que se refere aos aspectos naturais e aos
construídos?
c) Quais são as diferentes funções/atividades
econômicas que cada região apresenta?
d) Em relação ao modo de vida das pessoas, como
podemos perceber as diferenças regionais (músicas/ritmos,
alimentos, sotaque/palavras regionais etc.)?
e) O que a FLONA de TeféAM tem de igual e de
diferente em relação à região norte/amazônica?
f) Qual a importância de delimitar regiões para conhecer
os lugares?
Possibilidades de Trabalho
Elaboração de mapas
A tarefa aqui é elaborar um mapa do Brasil com a
delimitação das regiões brasileiras, definidas pelo IBGE, e a
localização da FLONA de TeféAM neste contexto. Você pode
solicitar que cada estudante desenhe o seu próprio mapa, ou
pode entregar um mapa mudo (assim chamamos os mapas
que não trazem informações), apenas com o contorno dos
limites do Brasil. A partir daí, explique o que são as regiões e
como foram feitas as divisões regionais brasileiras, solicitando
que as mesmas sejam registradas nos mapas. Peça que os
estudantes marquem no mapa a localização da FLONA de
TeféAM. Em qual região brasileira está localizada a FLONA?
Mapas iguais a esse podem ser construídos, para, por
exemplo, registrar aspectos regionais:
• Diferenças regionais naturais (aspectos climáticos,
fauna, flora, relevo etc.).
• Diferenças regionais econômicas (tipos de atividades e
98
intensidade das mesmas; a presença e importância do
campo e das cidades).
• Diferenças regionais culturais (músicas/ritmos,
alimentos/comidas; palavras/expressões regionais).
É importante frisar que os mapas devem apresentar
legendas (adequando o uso de cores ou símbolos), título e
orientação, conforme já estudado.
Conversa em roda
A partir dos mapas confeccionados, organize os
alunos em grupos, de até 4 indivíduos, para que possam
debater sobre os aspectos observados nas diferentes regiões
do país. Retome as respectivas localizações e
particularidades regionais, problematizando as principais
questões propostas para o tema. Elabore outras que
surgirem no processo de realização das atividades. Após a
conversa, solicite que cada grupo faça uma produção
escrita com as conclusões a respeito do tema.
Noções complementares
As regiões e a escala geográfica
A elaboração dos mapas, e a demarcação das
particularidades regionais, podem ser a base para a
apresentação do problema da escala geográfica. Assim,
nesse momento, é oportuno problematizar e diferenciar o
que é o local, o regional e o nacional. Isso pode ser feito em
forma de conversa, bem como de forma escrita, sempre
buscando frisar que, quando nos aproximamos da escala
local, aumentamos o nível de detalhamento do que se está
estudando.
.
99
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Objetivo
Conhecer a localização e as particularidades da FLONA de TeféAM
no contexto regional brasileiro.
Questões Norteadoras
a) Qual é a origem das pessoas que vivem na FLONA de
TeféAM e na região Norte?
b) Quais populações já viveram e quais vivem na região
da FLONA e na região Norte?
c) Que mudanças são possíveis observar na composição
da população (quem eram essas pessoas, seus hábitos, seus
costumes, suas línguas, etc)? Por que tais mudanças
aconteceram? Elas trouxeram melhorias para a vida na região
Norte?
d) Por que, com passar do tempo, alguns povos foram
reduzidos (inclusive diminuindo o seu número efetivo de
pessoas e de áreas que ocupavam), abandonaram/viram seus
costumes, crenças e hábitos serem transformados/perdidos?
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Através da reconstituição das atividades do capítulo 1,
problematize a origem dos respectivos familiares de cada um
dos alunos, questione sobre os povos que já viveram na região
da FLONA e na Amazônia. Como era seu modo de viver, que
língua falavam e que hábitos tinham?
Entrevista
Com o objetivo de conhecer a origem dos atuais
moradores da FLONA, elabore, de maneira coletiva, um roteiro
de entrevista. Ele deverá ser dirigido, preferencialmente, às
pessoas mais idosas das comunidades e deve questionar as
origens dos seus familiares (de onde vieram e quando vieram),
seus hábitos e trajetórias de vida até se estabelecerem na
FLONA. Todas as questões devem ser devidamente registradas
no caderno. A realização da entrevista será indicada como
tarefa de casa e retomada para a elaboração da próxima
atividade.
100
Painel
Para a realização desta proposta é necessário que os
estudantes tenham pronta a entrevista solicitada na
atividade anterior.
A partir das informações coletadas, juntamente com
os alunos, elabore um quadro para organizar as
informações em uma classificação da população da região
da FLONA e arredores, por exemplo, população originária
(indígena), migrantes dos seringais e população atual.
Para caracterizar tais populações, você pode sugerir
temas como: a rotina diária; ocupação e instrumentos
utilizados no trabalho; palavras e línguas faladas;
vestimentas; alimentação; suas moradias; suas festas e
seus cultos religiosos etc.
Definidos os temas, construa o quadro como o
exemplo a seguir.
Migrantes
seringais
População
atual
Registro
Após a realização dessas tarefas, considerando as
populações estudadas, questione e solicite que registrem,
no caderno, como imaginam que seja a população da
FLONA no futuro.
101
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Objetivo
Identificar e compreender a relação entre a população, as atividades
econômicas e a construção das paisagens na região Norte.
Questões Norteadoras
a) Quais são as principais atividades econômicas
desenvolvidas na região Norte?
b) Sobre as cidades grandes na região Norte e a
produção industrial, por que existem essas cidades? O que
levou as pessoas para elas?
c) Qual é a relação entre o crescimento populacional, as
atividades econômicas e as paisagens?
d) Sobre a região Norte e as riquezas naturais: quais são
os recursos de uso comunitário e quais são aqueles
explorados em atividades comerciais, inclusive, empresariais?
e) Pensando nas atividades econômicas desenvolvidas
na região Norte, como conserválas?
Possibilidades de Trabalho
102
no mapa. Tente demarcar, também, áreas com
transformações nas paisagens, como áreas de cidades, de
desmatamento e de produção agrícola.
Concluída esta primeira etapa, defina temas para os
mapas pictóricos, a partir do que foi listado e delimitado no
papel. Antes de sortear os temas entre os grupos, faça uma
breve explicação sobre o que são os mapas pictóricos, a
relação entre o que está sendo representado, a sua forma e
sua localização. Alguns exemplos de temas são:
desmatamento, cidades, atividades econômicas.
103
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Interdisciplinar
Matemática.
Objetivo
Identificar as principais atividades realizadas na Região Norte do
Brasil, estabelecendo comparações com a FLONA.
Questões Norteadoras
Inicie esta etapa reconstituindo com os alunos as
principais atividades realizadas na FLONA de Tefé. Indague se
essas atividades também são realizadas em outras localidades
do Estado do Amazonas e na Região Norte.
Uma possibilidade para estudar as atividades de uma
região é analisar os setores da economia. A importância
econômica desses setores é avaliada enquanto Produto
Interno Bruto (PIB). Este expressa o quanto o setor contribui
com a economia, na geração de riqueza para o país.
Vamos destacar algumas atividades que compõem os
setores da economia na Região Norte.
Pecuária Comércio
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Pergunte aos estudantes:
a) Vocês sabem o que são os setores da economia?
A partir das respostas, avalie se não é importante fazer
um breve esclarecimento acerca do tema, para que os
estudantes possam seguir dialogando com mais segurança.
Explique que a economia de um país pode ser dividida
em setores (primário, secundário e terciário), conforme os
produtos, formas de produção e recursos utilizados. O setor
primário está relacionado à utilização de recursos da
natureza. Podemos citar como exemplos de atividades
104
econômicas do setor primário: agricultura, mineração,
pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor
primário que fornece a matériaprima para a indústria. As
exportações de matériasprimas não geram muita riqueza
para os países com economias baseadas neste setor, pois
estes não possuem valor agregado como ocorre, por
exemplo, com os produtos industrializados.
O setor secundário é aquele que transforma as
matériasprimas em objetos industrializados (roupas,
máquinas, automóveis, alimentos, eletrônicos, casas, etc).
Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos
produtos do setor secundário, o lucro obtido na
comercialização é significativo.
O setor terciário está relacionado ao comércio e à
prestação de serviços. Os serviços são trabalhos executados
por pessoas ou por empresas a terceiros, para satisfazer
determinadas necessidades. Como atividades econômicas
deste setor econômico, podemos citar: educação, saúde,
telecomunicações, serviços de informática, seguros,
transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação,
turismo, serviços bancários e administrativos, transportes,
etc.
A partir da explicação, peça que opinem:
b) Quais são as diferenças que vocês observam entre
os setores da economia? De qual setor você acha que os
moradores da FLONA dependem mais?
c) Quais atividades do setor primário ocorrem na
FLONA? Quais elementos são necessários para a realização
dessas atividades?
d) Quais atividades do setor secundário vocês sabem
que ocorrem na FLONA ou no entorno?
e) Fale sobre o setor terciário. Para existir o setor
terciário, quais outros setores devem estar fortalecidos? Por
quê?
Registro
Proponha a elaboração de um quadro onde os alunos
possam preencher as atividades de cada setor que integram
a produção dos itens da primeira coluna. Observe os
exemplos.
105
Quadro 6 Processos de Produção
Banana da Terra
Hidratante de Indústria de
Extrativismo Loja, Revista
Castanha Cosméticos
Sorvete de Açaí
Mandioca
Viagem de Avião
Tefé Manaus
Óléo de Copaíba
106
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Retomando
Relembrar os setores da economia e suas principais atividades.
Objetivo
Identificar e caracterizar as principais atividades do setor primário
realizadas na Região Norte do Brasil, estabelecendo comparações com a
FLONA.
Questões Norteadoras
Destacaremos, nesta proposta, as principais
atividades que compõem o primeiro setor da economia na
Região Norte. Contudo, é importante relacionar essas
atividades com aqueles que os ribeirinhos realizam na
FLONA.
Assim, em um primeiro momento, vamos trabalhar
em grupos organizados por tipo de atividade: agricultura,
extrativismo e pecuária. Na conclusão, cada grupo irá
apresentar as ideias discutidas para o resto da turma.
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Divida a turma em três grupos. Cada um deles irá ler
um dos textos referentes as atividades econômicas do setor
primário na Região Norte e discutirá as questões a seguir,
fazendo registros organizados no caderno, tendo em vista a
apresentação das conclusões aos colegas. Se os grupos
ficarem muito grandes, há o risco de o trabalho não ser
realizado de forma adequada. Neste caso, pode haver mais
de três grupos com a repetição das atividades econômicas.
Esta ação não inviabiliza o trabalho, pelo contrário, uma
vez que serão mais estudantes refletindo sobre o tema.
Grupo Agricultura
Existe grande diversidade de cultivos agrícolas na região Norte do país.
Alguns cultivos são herança da cultura indígena, como a mandioca. Existem,
também, alimentos que antes eram colhidos no extrativismo e que também
passaram a ser plantados, como açaí e cupuaçu. Contudo, existem cultivos
que foram introduzidos através da colonização, ou seja, trazidos por
107
migrantes de outras regiões e países.
Além da agricultura comercial familiar, as monoculturas vêm
crescendo na região Norte, como exemplifica a soja. Monocultura é o plantio
de um único produto, em grande escala, voltado para o mercado
internacional em função de que, geralmente, possui alto valor econômico. No
estado do Tocantins, por exemplo, as características do solo não eram
favoráveis a muitos cultivos, mas a tecnologia permitiu mudar essas
características do solo, fazendo avançar a monocultura.
Essa grande área, por onde se expande a agricultura empresarial,
forma o que se chama de fronteira agrícola. Essas áreas preocupam a
sociedade porque ela observa o aumento do desmatamento e a redução da
biodiversidade, sentindo os impactos dessa natureza conforme ela é
transformada.
Grupo Extrativismo
Do ponto de vista da contribuição econômica da região Norte para a
economia nacional, o extrativismo já foi a principal atividade do setor
primário, mas vem perdendo essa importância nos últimos anos.
A borracha (látex) já foi um importante produto do extrativismo, no
final do século XIX e início do século XX, por isso se diz que na região
ocorreu o Ciclo da Borracha. Isso trouxe muitos migrantes, de outras regiões,
para trabalhar nos seringais. Hoje, porém, esse produto não é mais a base
econômica da região.
Atualmente, a madeira é o principal produto do extrativismo vegetal na
região Norte. É importante destacar que o extrativismo realizado por
empresas é diferente daqueles realizados pelas comunidades, nos quais
existem outras regras de manejo.
O extrativismo animal, por sua vez, é representado pela caça e pela
pesca. A Floresta Amazônica é rica em biodiversidade animal, e entre os
peixes mais pescados se destacam o tambaqui, o tucunaré e o pirarucu. O
108
excesso da pesca comercial ameaça a permanência de alguns peixes, como o
pirarucu, que é o maior peixe de água doce do mundo.
O peixe é a principal fonte de proteína na região Norte. Isso quer dizer
que a carne do peixe é um importante alimento na região, o que em outras
regiões seriam as carnes de gado, de suíno e de frango. O consumo de peixe
na região Norte, e, mais precisamente, na Floresta Amazônica, é o maior do
mundo. Nos anos de 20022003, a Pesquisa de Orçamento Familiar,
realizada pelo IBGE, mostrou que a aquisição anual de pescado, por pessoa
na região Norte, era de 25 kg, a maior do país. O estado do Amazonas,
consumia, anualmente, 50 kg por pessoa.
Além disso, ocorre um último tipo de extrativismo, o de minerais, como
a prospecção de ouro, diamantes, alumínio, estanho, ferro, etc. O município
de Coari, por exemplo, vem se tornando um importante produtor de petróleo
do país.
Grupo Pecuária
A abertura de grandes eixos de transporte, como as rodovias que ligam
a região Norte a outras regiões, como Centrooeste e Sudeste, vem
estimulando a instalação de grandes projetos agropecuários, pois facilitou a
distribuição desses produtos.
A pecuária intensiva, principalmente de bovinos, ocorre em grandes
propriedades. O capital, recurso financeiro que sustenta essa atividade, é
geralmente de empresários de outros países que exploram, no Brasil, essa
possibilidade econômica.
O avanço da pecuária leva ao desmatamento de grandes áreas de
floresta para o cultivo de pastagens. Isso muda toda a dinâmica da natureza,
empobrecimento do solo e perda de biodiversidade. Como se pode perceber, é
um cenário muito parecido com o da fronteira agrícola. Enfim, um exemplo
de tal avanço é a criação de búfalos no Estado de Roraima e na Ilha do
Marajó, que atualmente é a maior do país.
109
municípios que compõem a FLONA?
b) Quais as características da pecuária intensiva?
c) Quais as consequências, que você observou no texto, do avanço da
pecuária intensiva?
d) Imagine que um grande projeto de pecuária intensiva será
desenvolvido no entorno da FLONA. Qual é sua opinião sobre isso? Explique.
Painel
Estimule que cada grupo faça um painel, com desenhos
e frases, que expresse suas aprendizagens sobre o assunto
trabalhado. Após a construção do painel, cada grupo deverá
apresentar, para a turma, o tema estudado. O painel poderá
ser exposto na sala ou na escola.
Registro
Solicite que os alunos, em casa, leiam os textos que não
foram estudados pelo seu grupo e que respondam as
questões, registrando no caderno.
110
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Retomando
Relembrar os setores da economia e suas principais atividades.
Objetivo
Identificar e caracterizar as principais atividades do setor secundário
e terciário na Região Norte do Brasil, estabelecendo comparações com a
FLONA.
Leitura
Faça cópia do texto a seguir e entregue aos estudantes,
solicitando a leitura.
111
Outra característica da região Norte é a presença de aeroportos nas
cidades maiores. Sendo uma região tão extensa, com imensos estados como
Pará e Amazonas, o transporte aéreo é uma alternativa para quem precisa
deslocarse mais rapidamente.
As rodovias na região Norte, diferentemente de outras regiões do
Brasil, não são tão expressivas. Já as ferrovias são um importante meio de
transporte de minerais.
Turismo
A Floresta Amazônica, sendo a maior floresta tropical do mundo, e rica
em biodiversidade, atrai turistas brasileiros e do exterior interessados em
suas belezas naturais. Assim, são cada vez maiores as opções de ecoturismo,
ou seja, de atividades turísticas que proporcionam uma maior aproximação
com a natureza, como passeios de barco, hotéis em unidades de conservação,
etc.
Também é grande o interesse dos turistas na cultura dos povos da
floresta, sobretudo dos indígenas. Somase, a isso, o interesse pela cultura
popular dos moradores da região, que se expressa em diversas festas que
destacam a cultura local.
Comércio
As atividades comerciais, como em todo Brasil, também, estão
presentes na Região Norte. Nas maiores cidades existe um elevado número de
lojas, de diversos tipos, e supermercados. Além do comércio local, existem
lojas de grandes redes nacionais e estrangeiras.
Entretanto, permanece, na região, a cultura do mercado popular. Este
integra comerciantes locais que vendem alimentos extraídos da floresta ou
cultivados nos roçados e artesanatos.
Possibilidades de Trabalho
Jogo: Caçapalavras
Sobre o setor secundário e terciário, levando em conta
os textos acima, proponha uma atividade com caça palavras,
jogo em que o estudante deve encontrar palavras que estão
escondidas no meio de várias letras. Os caçapalavras podem
ter dificuldades diferentes, já que dependem do tamanho da
quadrícula, da disposição das palavras (horizontal, vertical e
diagonal) e da possibilidade de existir palavras escritas de trás
para frente.
Ao construílo espalhe palavras significativas para
compreensão dos setores secundário e terciário. Distribua
112
para os alunos a folha com o jogo e informe a primeira
palavra a ser encontrada. Quem encontrar a palavra
primeiro, comunica aos colegas, que devem, nesse
momento, virar a folha e parar a busca. O estudante que
encontrou a palavra recebe um determinado número de
pontos e escolhe um dos colegas para falar sobre a palavra
encontrada, reconstituindo aprendizagens. Os colegas
avaliarão se a fala do escolhido está de acordo com o que foi
trabalhado e, em caso positivo, ele também receberá
pontos. Levando em conta as palavras dispostas no jogo,
repita a dinâmica pelo número de vezes que entender
necessário.
Conversa em roda
Coletivamente, peça que os estudantes se
posicionem, avaliando quais seriam os pontos positivos e
negativos da instalação de empreendimentos, como os
listados no quadro seguinte, na FLONA ou em seu entorno.
Este quadro pode ser construído na lousa ou em papel para
compor um painel.
Indústria
Energia
Transporte
Turismo
Comércio
113
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Objetivo
Objetivos
compreender
Compreender aa região
região amazônica
norte comocomo
área área
de interesse
de interesse
ambiental
ambiental
e de
instalação
e de instalação
de unidades
de unidades
de conservação.
de conservação.
Noções
Na região Norte encontrase a maior parte da Floresta
Amazônica brasileira. A região natural onde ela se encontra é
ecologicamente chamada de Bioma. Para conservar a Floresta,
o governo, que é responsável pelos recursos da natureza,
criou, através de leis, diversas unidades de conservação na
região. Lembrase de quando estudamos as unidades de
conservação?
Nas unidades de proteção integral não é permitida a
presença de comunidades. Buscase preservar a
biodiversidade da fauna e da flora. Contudo, das
comunidades tradicionais indígenas e não indígenas já
estudadas, no Brasil, 60% vivem no bioma amazônico.
Por isso, existem as que permitem a presença de
comunidades. Essas são chamadas de unidades de uso
sustentável.
Além destas, existem as Terras Indígenas. Esse é um
direito adquirido com a elaboração da Constituição Brasileira.
Por isso, as terras indígenas podem estar sob unidades de
proteção integral, já que nenhuma lei é maior do que a
Constituição.
Possibilidades de Trabalho
Interpretação de mapas
Distribua cópia dos mapas (Figuras 22 e 23) aos alunos
e solicite a análise dos mesmos. Depois de observarem
atentamente a eles, peça que respondam as questões que vem
na sequência.
114
Mapa 1
Mapa 2
Fotonovela
A proposta escolhida, com o objetivo de construir uma
síntese das aprendizagens construídas anteriormente, será a
criação de uma fotonovela. Fotonovelas são novelas em
quadrinhos, que utilizam, no lugar de desenhos, fotografias,
de forma a contar, sequencialmente, uma história. A
fotonovela apresenta uma narrativa que utiliza em conjunto a
fotografia e o texto verbal (Figura 24). Como nas histórias em
quadrinhos, cada quadro da sequência corresponde a uma
cena da história, neste caso, uma fotografia com a mensagem
textual.
116
Para desenvolver esta proposta, organize os alunos
em grupos de até 4 estudantes. Explique qual será o
produto da atividade, indicando quais são as principais
características de uma fotonovela. Solicite que criem e
registrem, nos seus cadernos, uma narrativa – não esqueça
do título – a partir do tema trabalhado nesta atividade: a
região amazônica como área de interesse ambiental e as
unidades de conservação. Depois de criada a história, que
funcionará como roteiro, solicite que, numa folha branca,
façam um storyboard, isto é, um guia visual (sequência de
desenhos) narrando as principais cenas do que será
contado. Os storyboards são desenhos rápidos e com
poucos detalhes, que tem como objetivo transpor as cenas
do roteiro para quadros.
A partir daí os alunos terão de montar as cenas
registradas no storyboard e fotografálas. Depois de todos
os grupos terem feito suas fotos, imprimaas e entregue aos
grupos para que possam montar a fotonovela. Ressaltamos
que, nesta etapa, as fotografias ainda não estarão com os
diálogos, então, os alunos poderão fazer os balões com os
textos e colar sobre a foto. Distribua um pedaço de papel
pardo ou de cartolina para que os alunos montem sua
fotonovela. A montagem também pode ser feita na forma de
pequenos livretos, se for de interesse dos alunos. Se os
estudantes tiverem acesso a computadores, é possível fazer
a colocação dos balões de diálogo e montar a sequência das
cenas em programas de edição de texto.
Depois de prontas, as fotonovelas, proponha que os
grupos apresentem para turma, ou que façam circular as
produções entre eles, para que possam ler e comentar. Se a
turma quiser, estes trabalhos podem ficar expostos na sala
de aula ou mesmo em outro espaço da escola.
117
Unidade V: Nossa Região e outros Lugares
Retomando
Relembrar no mapa de localização das Unidades de Conservação.
Objetivo
Conhecer a distribuição das Florestas Nacionais no Brasil e na
Região Norte. Estudar o zoneamento e os respectivos usos possíveis na
FLONA de Tefé, AM.
Noções
No Brasil, existem diversas Florestas Nacionais
(FLONAS) e a maioria delas está localizada na Região Norte.
De maneira geral, as FLONAS devem servir para promover um
manejo múltiplo e sustentável dos recursos florestais. Para
tal, são desenvolvidas técnicas de produção que promovam
esses usos, focando especialmente nos produtos do
extrativismo.
Estimulase, junto a isso, a existência, dentro da área
da FLONA, de pesquisas científicas, de ações de educação
ambiental e de atividades de lazer. O manejo deve, também,
contribuir para recuperar áreas degradadas – como regiões
desmatadas ou rios poluídos e para preservar a diversidade
de animais e plantas.
Todas as informações da FLONA, e as regras de uso,
constam em um documento chamado Plano de Manejo. Uma
das informações principais é sobre o zoneamento, que define
modalidades de uso.
Possibilidades de Trabalho
Interpretação de mapas
Para que os estudantes possam fazer a análise dos
mapas (Figuras 25 e 26), entregue cópias destes materiais a
eles, solicitando que observem com atenção e respondam as
perguntas que vêm a seguir.
118
Mapa 1
119
Mapa 2
Fanzine
Com o objetivo de identificar e caracterizar os diferentes
espaços dentro da FLONA de Tefé (Zona Populacional, Zona de
Uso Florestal Comunitário, Zona de Preservação e Zona de
Amortecimento), propomos a elaboração de fanzines junto aos
estudantes.
A palavra fanzine vem da contração da expressão em
inglês fanatic magazine, que significa revista de fãs. São
publicações feitas por pessoas que gostam de determinados
temas. Desta forma, existem fanzines sobre temas diversos:
120
ficçãocientífica, música, literatura, culinária, entre outros.
Estes temas, dentro do fanzine, podem ser abordados de
diferentes maneiras, como contos, poesias e quadrinhos,
por exemplo (Figura 27).
121
podendose utilizar a quantidade de folhas que preferir, até
mesmo uma folha dobrada ao meio em forma de folheto.
Chame a atenção que, assim como em jornais e revistas, não
pode faltar no fanzine o expediente, isto é, um espaço com os
dados da publicação e os nomes dos integrantes do grupo:
autores dos textos, entrevistadores, ilustradores, cartunistas e
professor orientador. Os textos podem ser ilustrados por
cartuns, desenhos, quadrinhos, fotos ou bricolagens. É
importante, como este será um material que circulará entre os
comunitários, que seja feita uma revisão do texto escrito
quanto aos aspectos ortográficos.
Depois de prontos, faça algumas fotocópias dos fanzines
produzidos para que os alunos possam distribuir na
comunidade. É possível organizar, com a turma, um momento
para fazer o lançamento dos fanzines. Para isso, é necessário
organizar previamente este lançamento, definindo data e local
para realizar o evento, bem como fazer a divulgação entre os
comunitários.
122
U n i d ad e V I
VIVEMOS EM UM TERRITÓRIO
123
território, já não é mais a abordagem predominante.
Estas novas territorialidades apresentamse como voláteis e
constituem parte do tecido social, expressam uma realidade, mas não
substituem, em nosso entender, a dominação política de territórios em
escalas mais amplas. Devendo essas, quando explicadas e não somente
descritas, serem inseridas em espaços e escalas de maior abrangência.
Podemos, ainda, conceber o território quando analisamos espaços cuja
apropriação se fez através da ocupação e organização comunitária. Esta
forma de entendimento do território está vinculada as chamadas populações
originárias e tradicionais, ou seja, as populações que habitam historicamente
um espaço e que, a partir de suas formas de organizar a produção de
alimentos e da vida, constituem um modo particular de viver. No Brasil,
temos muitos exemplos deste tipo de território. O dos ribeirinhos é, entre
outros, um exemplo de territorialidade.
124
Unidade VI: Vivemos em um Território
Objetivo
Construir noções (limite, regras, estratégias) para entendimento do
conceito de território e de territorialidades.
Questões Norteadoras
a) O que você considera como limite da sua escola?
b) Todas as pessoas podem entrar nos limites da
escola a qualquer momento?
c) Existem regras na escola? Dê exemplos de algumas
delas.
d) Para que servem estas regras?
e) Por que devemos seguir determinadas regras?
Possibilidades de Trabalho
Jogos corporais
Desenvolva a parte inicial desta proposta no pátio ou
em área externa da escola. Apresente, aos estudantes, um
pequeno circuito dos dois jogos (Jogo 1 e Jogo 2) e depois
questioneos, a partir dos elementos que permeiam o
conceito de território e de territorialidades. Explique o
objetivo dos jogos dentro da proposta, explicite o que devem
observar enquanto jogam e procure organizar a participação
de todos.
Jogo 1: O Território
Este privilegia o contato físico entre os estudantes, que serão
organizados em equipes. As funções de ataque e defesa são solicitadas
simultaneamente, por isso, é preciso diversificar as ações que desequilibram
como: puxar, carregar, empurrar, virar, esquivar, desviar e resistir.
Primeiramente, delimite um território (quadrado ou círculo) com um
grupo de defensores do lado de dentro, e outro grupo, do lado de fora, que
tentará entrar. Nos grupos, os defensores se organizam livremente, pensando
na melhor estratégia para impedir a conquista de seu território. Aqui, o
importante é se deslocar de maneira eficaz, impedir a invasão do adversário,
ser atento e ágil para surpreender o outro. Várias rodadas podem ser feitas,
trocando as ações entre os grupos, que atuarão ora na defesa, ora no ataque.
O conceito de território, trabalhado no jogo, é o clássico, em que o
espaço é fisicamente apropriado e ocupado por um grupo de pessoas, em
virtude da necessidade de posse de recursos naturais para a conquista de
125
sobrevivência. Quando há disputa do espaço físico com outro grupo, a defesa
territorial é exercida diretamente pelos membros da coletividade.
Conversa em roda
Depois de terminado o jogo, organizeos em roda, no
pátio, ou retorne para a sala de aula, para conversar sobre a
atividade. Questioneos sobre as impressões a respeito dos
objetivos e das estratégias utilizadas. As questões
apresentadas poderão ser registradas na lousa. Pergunte:
Sobre o jogo "O Território":
a) Qual é o objetivo do jogo?
b) Quem são os "donos" do espaço disputado?
c) Que motivos poderiam levar grupos de pessoas a
disputarem espaços comuns?
126
d) Qual seria a sua estratégia de defesa do território?
Por quê?
e) Qual seria a sua estratégia para invadir e ocupar o
território? Por quê?
127
Unidade VI: Vivemos em um Território
Objetivo
Compreender que o lugar onde moramos está inserido no território
nacional e participa de diferentes espaços organizacionais entre eles o
regional, estadual e o municipal.
Noções
De maneira simples, podemos dizer que, quando
falamos de território, estamos nos referindo a uma parcela da
superfície terrestre, que dizemos nosso solo. Portanto,
território é o espaço que tem recursos naturais a serem
utilizados, que é ocupado por uma determinada sociedade,
que é delimitado e organizado a partir de leis e normas,
elaboradas e controladas pelo poder político. Além disso, como
o território tem uma extensão, ele tem limites que são
controlados pelo poder central, ou seja, o poder do Estado
nacional. Por isso, dizemos que o Brasil é um território
nacional, uma nação ou um EstadoNação. O território
brasileiro, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), está dividido em 5 regiões geográficas:
Norte, Nordeste, CentroOeste, Sudeste e Sul. Cada região
agrupa estados ou unidades da federação, que estão divididos
em municípios.
A Floresta Nacional de Tefé está situada na Região
Norte do Brasil, no estado no Amazonas (AM). Para entender a
organização política dos estados, tomemos como exemplo o
estado onde moramos, o Amazonas. Este, como os demais
estados, está organizado em três poderes: o poder executivo
que governa na pessoa do governante e de sua equipe; o
poder legislativo que cria e fiscaliza as leis desempenhado
pelos deputados estaduais; e o poder judiciário – que julga o
cumprimento das leis. Os municípios se organizam da
seguinte forma: o poder executivo, desempenhado pelo
prefeito e sua equipe; o poder legislativo, exercido pelos
vereadores; e o poder judiciário, representado pelos juízes. Os
representantes do poder executivo e legislativo são escolhidos
pelo povo, através dos votos, em um processo democrático. Os
do judiciário, por concurso público.
128
Possibilidades de Trabalho
Atividades com mapas
Para que os estudantes possam desenvolver a proposta
a seguir, entregue cópias dos mapas (Figura 28 e 29),
solicitando que realizem, com atenção, o que é pedido.
129
a) Pintem os estados que correspondem à Região Norte.
Para saber quais são os estados que fazem parte, estimule os
estudantes a pesquisarem essas informações em livros de
Geografia.
b) Localizem a FLONA de Tefé, no estado do Amazonas.
c) Destaquem os estados em que nasceram seus pais e
avós. Estas informações podem ser buscadas nas atividades
realizadas no primeiro capítulo deste livro.
d) Criem uma legenda para identificar: o território
brasileiro, a região Norte, o estado do Amazonas, onde
nasceram seus pais.
e) Deem um título para o mapa elaborado.
130
Este mapa apresenta os cinco municípios que
compõem a FLONA de Tefé: Tefé, Coari, Alvarães, Uarini e
Juruá. Em qual município nós moramos? Peça que os
estudantes identifiquem o município no mapa.
Registro
Registre, no quadro, algumas perguntas e solicite que
as façam como tarefa de casa. Para desenvolvela, poderão
perguntar aos seus pais ou pesquisar em jornais.
a) Qual o nome do governador do estado? Há algum
deputado estadual que é da nossa região?
b) Qual o nome do prefeito do nosso município?
Conhece algum vereador? Qual é o seu nome?
c) Complete o quadro indicando o nome do
responsável atual pelos serviços públicos que utilizamos.
Estado Município
Escola
Posto de Saúde
Polícia
131
Unidade VI: Vivemos em um Território
Objetivo
Localizar, caracterizar e estabelecer os limites do território brasileiro
na América do Sul.
Questões Norteadoras
Nosso assunto, agora, é caracterizar o território
brasileiro, considerando sua localização na América do Sul,
seus limites e sua extensão.
Para iniciar as atividades, solicite que os estudantes se
organizem, em pequenos grupos, e pensem sobre algumas
características que explicam porque o Brasil é um território.
Questione e registre as respostas na lousa. Retome os jogos
corporais, realizados em outra atividade, para reconstituir o
conceito de território. Compare, juntamente com os alunos, as
respostas dadas pelos grupos com o conceito de território
construído e verifique quais as semelhanças e diferenças
observadas.
O Brasil é um país de dimensões continentais, ou seja,
possui uma extensa área territorial, a quinta maior entre os
países do mundo, ficando atrás da Rússia, Canadá, Estados
Unidos e China. Localizado na América do Sul, a compõe com
outros 12 países. A América do Sul é um subcontinente que
compreende a porção meridional da América. Sua extensão é
de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre e
6% da população mundial. O nosso país ocupa quase metade
da área territorial da América do Sul (cerca de 48% do
território).
Possibilidades de Trabalho
Atividades com mapas
Para construir a noção de um território brasileiro,
precisamos contextualizálo no continente americano.
Apresente o mapa da América do Sul (Figura 30) e questione
se os estudantes conhecem o nome (ou informações) de outros
países que, junto com o nosso, formam este grupo que se
situa ao sul da América. Indique, no mapa, os nomes que
forem surgindo, de modo a completar as informações básicas:
132
a) Nome de países;
b) Oceanos que banham o continente.
Peça que pintem o território brasileiro no mapa.
Chame a atenção para as dimensões do Brasil,
proporcionalmente aos outros países e em relação ao
espaço que ocupa no território americano.
Solicite, aos estudantes, que tracem uma linha
pontilhada entre o Brasil e os países vizinhos. Essa linha é
denominada de limite. Observe que, dos 12 países sul
americanos, nosso país não é vizinho, ou seja, não faz
limite, somente com o Equador e com o Chile.
133
Assim como os estados e municípios, um país tem seu
poder instituído pelo voto. O poder executivo nacional, ou
seja, aquele que governa o Brasil, é desempenhado pelo (a)
presidente da república. O poder legislativo, aquele que cria as
leis, é composto por deputados federais e senadores.
Solicite aos estudantes que pesquisem:
a) Quem é o (a) presidente do Brasil?
b) Você já ouviu falar em algum deputado federal ou
senador da nossa região?
134
Unidade VI: Vivemos em um Território
Interdisciplinar
Língua Portuguesa.
Objetivo
Identificar e caracterizar a FLONA de Tefé como uma unidade de
conservação constituída pelo governo brasileiro com objetivo de
conservação da natureza.
Noções
Quando estudamos o local onde moramos,
percebemos que desde algum tempo esse local passou a se
denominar FLONA de Tefé. Na continuidade, aprendemos
que esse local é também o lugar onde moramos, onde
estabelecemos nossos vínculos de trabalho, de convivência
e afetivos. Gostamos de morar aqui, muitos de nós
nasceram aqui, nossos pais vivem e trabalham na FLONA e
nossos avós, embora possam ter vindo de outros lugares,
adaptaramse, criando um modo de viver na floresta.
A FLONA de Tefé é uma Unidade de Conservação
criada pelo governo brasileiro. O território brasileiro tem um
conjunto de UCs que foram instituídas, em diferentes
governos, para conservar a natureza e seus recursos.
As unidades de conservação possuem um conjunto
de regras. Como as unidades de conservação estão
delimitadas, quem está no seu interior deve respeitar essas
regras. A FLONA de Tefé é uma unidade de conservação
federal e, portanto, está sob responsabilidade do Estado,
através do Ministério do Meio Ambiente. Contudo, nesses
territórios, onde estão comunidades tradicionais, o governo
compartilha o poder com elas. Assim, participam da gestão
através do conselho e por meio da criação de normas, como
os planos de manejo. Sob esta perspectiva, a FLONA de Tefé
pode ser considerada um território.
Possibilidades de Trabalho
Entrevista
Convide um líder da comunidade para que os
estudantes possam entrevistálo. Organize previamente esta
visita, fazendo o convite com antecedência e compondo, de
forma coletiva, o roteiro da entrevista. A seguir estão
135
listadas algumas sugestões que podem orientar o roteiro.
a) Você, que vive na FLONA, poderia citar algumas
normas ou sugestões de uso que resultaram da criação da
FLONA?
b) Quem criou essas normas?
c) Por que foram criadas?
d) Como funciona a gestão da FLONA? Qual o papel do
Conselho?
e) O Plano de Manejo é o documento que delimita e
expõe as regras de uso do território da FLONA. Como ele foi
construído?
f) Quais as principais regras do Plano de Manejo da
FLONA de Tefé?
Registro
Retome as respostas das entrevistas e convide os
estudantes a fazerem uma síntese das respostas, através de
frases, desenhos, colagens, etc. Esta produção poderá ser feita
em grupos de até 4 alunos.
136
Unidade VI: Vivemos em um Território
Objetivo
Construir a noção de território e de territorialidade dos comunitários
a partir do exemplo dos acordos de pesca.
Questões Norteadoras
Para construir a ideia de territorialidades devemos
ter em mente que, significa compreendemos a existência de
diferentes grupos de pessoas ocupando um mesmo espaço,
geralmente em momentos distintos. Este conceito é mais
atual e não está ligado necessariamente à ocupação física
permanente do espaço, como no conceito clássico,
construído anteriormente. Quando existe o reconhecimento,
pelos comunitários, de exclusividade de determinada área
para um grupo, estabeleceuse um território.
Vamos refletir sobre a territorialidade da pesca, uma
atividade fundamental entre os ribeirinhos:
a) Qual é o principal recurso natural para que ocorra
pesca?
b) Existem limites de áreas de pesca?
c) Na FLONA de Tefé, podese pescar?
d) Na FLONA de Tefé, qualquer pessoa pode pescar?
e) Que problemas os pescadores das comunidades da
FLONA enfrentam?
f) Esses problemas são resolvidos? De que forma?
Possibilidades de Trabalho
Painel
Para identificar as características das
territorialidades da pesca ribeirinha vamos partir da
identificação de diversos aspectos, que permitirão
reconhecer o território de tal prática. Com auxílio da turma
vamos construir, na lousa, nossa compreensão do que é um
território de pesca, partindo da comparação com as
características do território nacional. Veja o quadro a
seguir.
137
Quadro 9 Território Nacional e Território da Pesca
Constituição
Território e outras Leis
Nacional
Territórios da Acordos de
Pesca Pesca, Leis
(territorialidade)
Registro
Após a elaboração do quadro, solicite o registro das
seguintes questões:
a) Em relação à pesca, você sabe se existem normas
para pescar, isto é, um Acordo de Pesca?
b) Você sabe quem criou essas normas?
c) Por que essas regras são necessárias?
d) Poderíamos dizer que existem territórios pesqueiros?
e) O que seria um território pesqueiro?
f) Na FLONA de Tefé, qual é a característica desse
território?
g) O território pesqueiro tem outros usos pelos
comunitários? Quais são esses usos?
Tomando, como base, as respostas dadas, solicite aos
alunos que registrem, no seu caderno, o que entenderam
sobre território e territorialidade. Peça que apresentem suas
considerações e que debatam sobre os conceitos. Registre, na
lousa, as construções conceituais da turma.
138
U n i d ad e V I I
VAMOS LER BOYRÁ E O MENINO
139
Unidade VII: Vamos ler Boyrá e o Menino
140
Possibilidades de Trabalho
Conversa em roda
Auxilie os estudantes na observação, encaminhando
algumas perguntas:
a) O que e quem aparece nesta ilustração?
b) Como vocês acham que ela foi feita?
c) Que materiais foram utilizados para fazer esta
ilustração?
d) Vocês perceberam que não aparecem os rostos das
pessoas? Por quê?
Esses são apenas alguns exemplos de questões que
podem ser formuladas para explorar a observação da
imagem. São perguntas que propiciam a formulação de
inferências, permitindo uma leitura mais atenta e
consciente, que possibilita o desenvolvimento de hipóteses
explicativas.
Registro
Após estas explorações de imagens, peça aos
estudantes que registrem, no caderno, algumas questões
sobre o livro para serem respondidas. É importante que os
alunos tenham tempo para se dedicar a esta tarefa. Ela
pode ser feita em duplas, para estimular o diálogo e a troca
de ideia entre os pares. Abaixo estão postas algumas
sugestões de questionamentos a partir da leitura. É
importante destacar que tais questões podem ser
reformuladas a partir do que for surgindo no debate, ou
adaptadas conforme a faixa etária dos estudantes. Estes
questionamentos contribuem para que os alunos reflitam
sobre seu cotidiano, na Unidade de Conservação, a partir
das relações que podem ser estabelecidas com a narrativa.
Você pode utilizar todas as questões sugeridas ou
selecionar aquelas que preferir.
• Destaque as personagens da história. Quais são as
suas características?
• Onde se passa a história? Como é este lugar?
• Quando em que tempo a narrativa acontece?
• Como é a rotina do menino?
• Quais são os problemas ambientais citados na
história?
• Existe algum problema, como este, na sua
comunidade?
• Por que os serradores, assim como alguns outros
“ores” da floresta (pescadores e caçadores), só entendiam a
141
sua própria linguagem?
• Quem são os povos da floresta? De que forma eles se
relacionam com o lugar em que vivem?
• Por que o menino conseguia entender os animais?
• Explique como a tarefa da escola ajudou o menino a
convencer os serradores a pararem de cortar as árvores.
• Qual a relação entre o ouriço e o corte das árvores?
• Por que a água é importante para a floresta?
• O menino desafiou os serradores a imaginarem o que
aconteceria com seus filhos, quando a floresta estivesse
diferente ou quando acabassem as árvores. O desafio, agora, é
para você: imagine e desenhe como seria a vida das famílias
daqueles serradores, no futuro, se eles continuassem a cortar
as árvores.
• Desenhe a floresta a partir do ponto de vista dos
serradores e do ponto de vista do menino. Há diferenças?
• O pai do menino passou por uma mudança
importante. Que mudança foi essa?
• Como você vê a floresta? Ela é importante? Por quê?
• Como você imagina o futuro da floresta? O que a sua
comunidade está fazendo para contribuir com esse futuro?
• Você acredita que o sonho do Boyrá possa se tornar
realidade? Por quê?
• A autora não deu nome ao menino da história. Para
ela, esse menino representa todos os meninos e meninas que
vivem nas comunidades e constroem um caminho em
harmonia com a floresta.
• Que nome você daria a esse menino?
• Se você pudesse encontrálo para conversar sobre a
aventura vivida por ele, que perguntas faria?
• Você poderia ser o menino da história? Conhece
alguma história parecida com aquela vivida pelo menino?
• Qual foi a ilustração do livro que mais gostaste? Por
quê?
• Agora é a sua vez! Crie uma narrativa contando um
dia da sua vida na FLONA. Você pode escolher um momento
especial ou falar das suas atividades cotidianas. Depois de
pronta a história, você pode ilustrála.
142
U n i d ad e V I I I
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
GEOGRAFIA
Dirce Maria Antunes Suertegaray
Maíra Suertegaray Rossato
143
estudantes, levando em conta seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e de
comprometimento com a dinâmica coletiva do espaço pedagógico,
especialmente no caso de turmas multisseriadas.
Para fazer a avaliação, em Geografia, existe um conjunto de
habilidades fundamentais que se espera que os estudantes desenvolvam ao
longo de seu processo de escolaridade. Conforme a etapa em que estão, o
desenvolvimento destas habilidades será mais ou menos complexo e
detalhado, de forma mais ou menos autônoma, dependendo do seu
desenvolvimento cognitivo. Tais habilidades são recorrentes nas práticas
pedagógicas propostas, e devem ser verificadas e caracterizadas pelo docente
na sua avaliação. São elas:
• Observa com atenção objetos e fenômenos e os descreve com
detalhes;
• Registra as informações que escuta ou lê com clareza;
• Compara informações, identificando semelhanças e diferenças;
• Ouve com atenção aquilo que é falado durante a atividade;
• Expressa curiosidade sobre aquilo que vê e ouve;
• Investiga as curiosidades que tem;
• Relaciona as aprendizagens anteriores com as novas;
• Associa os conteúdos estudados com informações adquiridas em
outras fontes (TV, Rádio, Jornal ou contatos diretos com as pessoas do local
onde vive);
• É criativo na maneira de se expressar e utiliza diferentes linguagens
(música, desenho, mímica, jogos teatrais, pintura, etc);
• Interage com os colegas, professora e demais pessoas;
• Trata com respeito as pessoas com quem se relaciona;
Em relação ao conteúdo geográfico é importante que o professor avalie
a capacidade do aluno de:
• Compreender suas origens étnicas e suas histórias. Compreender a
sua história local e regionalmente.
• Orientarse espacialmente, localizarse.
• Distinguir objetos construídos e elementos constituintes da natureza.
• Compreender as noções e ou conceitos de lugar, paisagem, região,
território e ambiente.
• Entender diferentes formas de representação do espaço geográfico, o
desenho, a maquete, o bloco diagrama, o mapa, ou a imagem e a fotografia.
• Localizar seu espaço de moradia, na região e no território brasileiro.
• Entender outras formas de conceber território.
• Apreender o significado de UCs e de gestão participativa.
144
Na sequência retomaremos, de forma resumida, os objetivos das
unidades e das propostas desenvolvidas, destacando quais as construções
conceituais que se esperam dos alunos a partir delas.
Objetivo da unidade
Entender o lugar como o espaço que se apresenta para nós como
espaço de moradia, de vivência familiar e comunitária, enfatizando suas
características e o seu significado. Representar objetos de uso comum, com a
finalidade de iniciar a aprendizagem de alfabetização cartográfica, ou seja, de
leitura e elaboração de mapas
Atividades
Para o desenvolvimento desta unidade foram sugeridas 9 atividades.
Estas são atividades que podem ser construídas com crianças que estão nos
primeiros anos do ensino fundamental, e orientam o professor para uma na
reflexão com o aluno sobre seu lugar na família e, também em relação a
comunidade. Permitem resgatar a história das famílias das comunidades com
o objetivo de reconhecerse nelas e de desenvolver atitudes de respeito e
solidariedade com colegas e demais comunitários.
145
II A Paisagem que construímos
Objetivo da unidade
Esta unidade tem como objetivo compreender a noção de paisagem,
como um conjunto de elementos naturais e de objetos construídos pelo
trabalho humano. A paisagem é o elemento visível do espaço geográfico, mas
pode ser analisada a partir de sua construção ao longo do tempo.
Atividades
As atividades sugeridas foram construídas de maneira gradativa,
partindo da escola como um elemento da paisagem. São atividades que
podem ser desenvolvidas com crianças que estão no final do ensino
fundamental.
As atividades de 11 a 13, orientam a compreensão da sala de aula
posição, orientação na escola, a escola na comunidade e a paisagem da
comunidade enquanto história de construção humana, ou seja, construída
pelos seus moradores.
As atividades 14 e 15 dão continuidade a alfabetização cartografia,
inserindo elementos da paisagem na representação em maquetes e mapas.
A atividade 16 introduz a compreensão de representação através da
fotografia da paisagem, de sua descrição e caracterização.
Objetivo da unidade
Esta unidade tem como objetivo a compreensão, pelo aluno, de
natureza, paisagem e paisagem natural.
Atividades
Este conjunto de atividades apresenta um grau de compreensão mais
complexo e, dependendo da avaliação do professor, poderá ser trabalhado
com alunos dos anos finais do ensino fundamental.
146
As atividades 17, 18 e 19 oferecem a possibilidade de compreensão,
pelos alunos, dos elementos da natureza e das noções de natureza e
paisagem, considerandose o clima. Sugere atividades de construção de
equipamentos simples, de medição de chuvas (observatório do clima), além
da construção de um gráfico, leitura e interpretação dos resultados.
As atividades de 20 a 24 desenvolvem a noção de relevo e suas formas
de representação, em curvas de nível, em maquetes e bloco diagrama,
estabelecendo, nesta última, a relação do relevo com a hidrografia.
As atividades 24 e 25 caracterizam a vegetação, como mais um
elemento da natureza, e seus usos pelos ribeirinhos.
As atividades 25 e 26 retomam a representação em bloco diagrama,
estimulando o aluno a compreender de, forma integrada, os elementos da
natureza na constituição de uma paisagem (natural).
Objetivos da unidade
Quando estudamos ambiente, em Geografia, deveríamos ser capazes de
pensar quais os impactos provocados pela nossa sociedade na natureza, que
ambiente resulta desses impactos e, mais, quais são os grupos humanos
afetados por essas transformações.
O objetivo desta unidade é compreender, através do reconhecimento
das atividades, de trabalho e de lazer dos ribeirinhos, o sentido atribuído,
pelos alunos, à preservação da natureza e que impactos uma natureza
degradada pode provocar em suas vidas. E, ainda, refletir sobre suas
práticas em relação com o espaço que habitam, uma unidade de
conservação.
147
Atividades
Tratamse de atividades mais complexas, que o professor pode adaptar
para os últimos anos do ensino fundamental ou primeiro do ensino médio.
Objetivos da unidade
O objetivo desta unidade consiste em estabelecer a articulação espacial
da FLONA de Tefé com outros espaços, ou seja, espaços mais amplos, no
caso, a Região Norte, visando comparar as atividades locais com as
desenvolvidas no conjunto regional. Busca, também, compreender o
significado de região.
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Atividades
Tratamse de atividades mais complexas que o professor pode adaptar
para os últimos anos do ensino fundamental ou primeiro do ensino médio
As atividades de 37 a 42 apresentam conteúdos referentes às
atividades que caracterizam a região Norte do pais.
As atividades 43 e 44 estabelecem relação entre a FLONA de Tefé e
unidades de conservação em escala regional e nacional.
Estas estão centradas na análise de mapas e visam, entre outros
requisitos, capacitar o aluno na elaboração e/ou análise de mapas, em
diferentes escalas.
VI Vivemos em um território
Objetivos da unidade
Compreender que o lugar onde moramos está inserido no território
nacional e que participa de diferentes espaços organizacionais, entre eles o
regional, o estadual e o municipal
Atividades
A atividade 49 é relativa a localização e caracterização do território
brasileiro, em relação à América Latina. Já a questão 48 referese à FLONA
de Tefé enquanto unidade de conservação inserida no território nacional. Na
questão 49, trabalhase com a noção de território sob outra perspectiva, ou
seja, o território da pesca.
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o entendimento dos estudantes em relação à noção de território.
Objetivos da unidade
Ler e interpretar o texto e as imagens, identificando os elementos
principais da narrativa. Estabelecer relações entre a narrativa e suas
experiências na FLONA.
Atividades
Esta unidade foi organizada em uma única atividade, que envolve
leitura e interpretação de texto escrito e, também, de imagens.
São propostos questionamentos que partem de uma análise mais
direcionada à história do livro, buscando a identificação dos elementos
principais (personagens, lugar e tempo em que se passa a história) e
observando com detalhes as ilustrações, para o desenvolvimento de reflexões
sobre seu cotidiano na Unidade de Conservação, a partir das relações que
podem ser estabelecidas com a narrativa.
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partir da forma organizativa de seu trabalho.
Não, necessariamente, estamos propondo uma sequência rígida: o que
apresentamos é um conjunto de questões ora mais simples, ora mais
complexas, que se associam aos conteúdos que são, normalmente,
trabalhados pelo professor em Geografia ou em áreas afins.
Muitas das atividades poderão ser desenvolvidas em conjunto com
professores de outras áreas, como Português, Matemática, História, Biologia
e Artes Visuais.
Enfatizamos, nesta proposta, o estudo da FLONA. É muito importante
conhecer o lugar onde se mora para, a partir dele, descobrir outros. Amplia
se, assim, o conhecimento sobre si e o mundo.
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Referências Bibliográficas
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Uma realização do
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Ambiente Prédio 43.136, Sala 209.
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