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Universidade Estado do Pará (CAMPUS X)

Curso de Licenciatura Plena em Matemática

Discíplina: Metodologia Científica

Docente: Dr. Prof. Petrônio Lauro Teixeira Potiguar Júnior

Claudenice Braga de Lima

Claudia Carolina Botelho e Silva

Gleicielen Lopes Rodrigues

Resenha: Considerando os tipos de conhecimento humano, pode-se afirmar


ou não que a matemática é um instrumento que auxilia outros tipos de saberes
(como a geografia, a engenharia, a música etc) ou pode ser considerado como
ciência propriamente dita?

Igarapé-Açu – PA

Junho 2023
Adila Araújo de Souza

Claudenice Braga de Lima

Claudia Carolina Botelho e Silva

Gleicielen Lopes Rodrigues

Considerando os tipos de conhecimentos humano, pode-se afirmar ou


não que a matemática é um instrumento que auxilia outros tipos de saberes
(como a geografia, a engenharia, a música etc) ou pode ser considerado como
ciência propriamente dita?”

Resenha apresentando à disciplina de Metodologia Científica, como


requisito parcial de avaliação, do curso de Matemática, da Universidade do
Estado do Pará – UEPA, sob orientação do professor Petronio Lauro Teixeira
potiguar Júnior

Igarapé-Açu - PA

2023
Desde o início o ser humano tem a necessidade de criar meios para
sobreviver, nesse sentido observa-se que a necessidade por sobrevivência fez
com o que mesmo criasse meios para contabilizar e assim controlar o que
tinha. Com o passar do tempo o homem foi aprimorando os seus
conhecimentos, dessa forma a matemática faz parte desse processo histórico.

Os conhecimentos se complementam, sejam eles as bases para os outros


saberes; o senso comum vem para nos mostrar que ao longo do tempo as
pessoas vêm aprendendo formas de lidar com situações de costumes, passado
de geração em geração, aprendendo e levando a diante a forma nas quais
foram ensinados.

Podemos citar o senso comum na matemática quando pegamos um


exemplo do cotidiano, pescadores, feirantes, motoristas etc. Muitos destes não
possuem seus estudos completos, mas estes têm o conhecimento matemático
necessário para o seu trabalho, como aprederam? Sua justificativa é símples,
foram ensinados pelos pais, assim como foi ensinado para eles também, não
como forma de estudos, mas para sua sobrevivência.

No conhecimento filosófico podemos observar que ele vem para


questionar o porquê. Levando em consideração a nossa pergunta onde
podemos encaixar a matemática no conhecimento filosófico? Podemos citar os
próprios alunos em sala, até nós mesmo ao indagar o porquê de um mais um
ser igual a dois, ou por que das fórmulas serem do jeito que são, quem disse
que está certo? Será que mudando sua ordem não serão descobertas novas
fórmulas?

“Em uma dessas histórias, Tales é desafiado sobre a utilidade prática de


se pensar, diante desse desafio:

[...] demonstrou o seu gênio prático


monopolizando o mercado de azeite de oliva. Seu
conhecimento de meteorologia antecipou-lhe que a
colheita seria abundante. Portanto, alugou todos os
lagares que conseguiu e, chegada a hora, alugou-os,
estipulando o preço. 2 Assim, obteve uma grande
quantia e demonstrou aos seus algozes que os
filósofos podem ganhar dinheiro quando se dispõem
(RUSSELL, 2002, p. 21).
Podemos assim dizer que, Tales através de sua citação nos mostra a
importância do conhecimento para que por seus meios possamos compreender
melhor como administrar e reconhecer a matemática no cotidiano.

Para Carlos José G. dos Santos, todo e qualquer conhecimento é válido


em qualquer âmbito histórico e com isso observa-se que mesmo sem o
desenvolvimento tecnológico era capaz de encontrar soluções e respostas.
Isso leva em consideração a capacidade que o homem tem de aprender
mesmo utilizando os recursos que tinham na época.

Considera-se a pergunta inicial, o que é ciência? O que é conhecimento


científico? Levando o conhecimento do senso comum nada mais é que,
conhecimentos baseados em fatos, pesquisas (provas), podemos dizer
também que é quando sai do senso comum ou achismo, para (eu sei que)
baseados em observações, estudos etc.

“Marconi e Lakatos (2008) Nos ensinam que o


conhecimento científico é basicamente factual
(baseado em fatos), mas também pode ser racional e
formalizado (caso da lógica e da matemática). A
ciência factual distingue dois tipos de fatos: os fatos
naturais (que deram origem às ciências exatas,
biológicas, da terra e da saúde) e os fatos sociais
(que deram origem às ciências humanas, tais como a
Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Economia, a
Psicologia, a Educação, a Política etc.)”.

Podemos dar ênfase no parágrafo acima destacando que, a ciência como


aquela que trabalha com fatos e com provas, podemos levar em análise a
seguintes questões sobre a mesma:

Aquisição de conhecimento, objetivo, explicação de fatos e fenômenos da


natureza, avanço tecnológico, não é a verdade absoluta, porém, é tida como
verdade a partir de provas e experimentos

De acordo com Késia Isabel, afirma que assim como a ciência, a


Matemática tem um processo histórico, fruto da construção humana, podemos
ver exemplos de quando homens primitivos que usavam as madeiras como
ferramentas para utilizar a Matemática como forma de contagem de seus
animais etc.

Dessa forma, é evidente percebemos que a Matemática passou por uma


construção e com o tempo foi modificando a forma de trabalhar com o mesma,
quando começaram a surgir dificuldades, como ressalta a autora “As
transformações começaram a partir do momento em que o homem começou a
sentir dificuldade de controlar seu rebanho devido ao aumento de animais, e
também pela produção de alimentos, que se tornava cada vez maior”.

A partir desse cenário começou a surgir a origem dos números, o que


passou por muitas transformações, até a forma escrita e numérica atual. Diante
disso percebe-se que a Matemática desde sempre tem sido usada como
instrumento, em todas as áreas e aspectos da vida social.

Wlatha e Edilson relatam que “a formulação do problema para o


desenvolvimento do plano de trabalho do PDE/2007 considerou-se que a
Matemática ainda se apresenta um tanto isolada das demais disciplinas” Nesse
sentido percebemos que embora a Matemática esteja no nosso cotidiano,
ainda assim fica muito a desejar, pela falta de inclusão dela com outras
disciplinas.

No entanto vai depender muito do método que o professor tem dentro de


aula para reverter essa situação. Sabemos que a Matemática nos proporciona
diversas soluções e compreende os fenômenos naturais assim como
instrumentaliza outras áreas. É importante ressaltar que o cálculo utilizado
continua o mesmo, diferente da ciência que evolui em vários âmbitos seja
tecnológico ou humano.

Dessa forma, a quem ver ela como ciência, porém esses aspectos não
são suficientes para entender como uma ciência propriamente dita. Wlast N.H
de Gaspari e Edilson Roberto Pacheco citam D’Ambrosio (1999) sobre os fatos
e fenômenos da natureza:

“As ideias matemáticas comparecem em toda


evolução da humanidade, definindo estratégias de
ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando
instrumentos para esse fim, e buscando explicações
sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a
própria existência...(pág.97)

Com isso é correto afirmar que a matemática evolui? E se isso acontece


então ela é ciência propriamente dita? Primeiramente para que haja uma
evolução ela teria que mudar o cálculo e não os métodos, observa-se que ela gira
em torno das operações, ou seja, por consequência o cálculo.

Como já foi mencionado tudo o que o homem fazia e faz é calcular, os


métodos mudaram, porém o cálculo continua sendo o mesmo até os dias atuais, é
importante destacar também que o homem ainda utiliza as partes do corpo para
contabilizar seja em uma multiplicação ou em uma soma. Portanto, entende-se a
matemática como instrumento, pois o homem sentia essa necessidade medir e
contar objetos e isso se dava a partir da capacidade humana.

SANTOS, Carlos J.G dos, tipos de conhecimentos; In: Russell (2002),


pg.21; pg.7: Conhecimentos filosófico; (Marconi e Lakatos (2008),pg.12):
Conhecimento Científico; www.oficinadapesquisa.com.br

RESNIK, Michael D. Matemática como uma ciência de padrões:


Epistemologia. Problemata - Rev.Int.de filosofia. Vol 04.No.01.(2013).p.334-50.
Disponível em:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v4i1.13223

SILVA, Késia Isabel da. História da matemática: os primeiros indícios dos


números.Curso de especialização fundamentos da educação:

Práticas pedagógicas e interdisciplinares.Universidade Estadual do


Paraná. Campina grande-PB, 2014

GASPERI, Wlasta N.H de Gaspari: Professora de matéria, graduada em


ciências, habilitaçao em matematica pela Unisc/Palmas-PR especialista em
ensino da matemática pela UNISC/UFPR em Palmas-PR. PACHECO, Edilson
Roberto Pacheco: professor do departamento da unicentro/guarapuava-pr; Dr.E
matematica / UNESP-Rio Claro/SP: História da matemática como Instrumento
para Interdisciplinaridade na Educação Básica.

Obs: (não faz parte da citação); a aluna Adila não colaborou para a produção desta resenha.

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