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DOSSIER DE

IMPRENSA
GEOGRAFIA A

Maria Gonçalves Anastácio

Nº10

11ºC1
ÍNDICE

Introdução……………………………………………………………………………… 2

As áreas rurais em mudança……………………………………………………... 3


 Características demográficas da população rural …………………….. 3
 O Turismo em Espaço Rural …………………………………………………….. 5

As áreas urbanas: dinâmicas internas/ A rede urbana e novas relações cidade-


campo………………………………………………………………………... 7
 A falta de áreas urbanas de média dimensão ……………………………7
 Saturação dos centros urbanos……………………………………………….. 9
A população, como se movimenta e comunica……………………………… 10
 Os Transportes – O transporte rodoviário………………………………..10
 As telecomunicações ( 5G)……………………………………………………… 12

Conclusão…………………………………………………………………………... 15

1
INTRODUÇÃO

Este dossier de imprensa consiste na apresentação e análise de várias


notícias, seguidas de comentários, sobre os diversos temas do programa
de 11º ano de Geografia de Portugal, os temas apresentados são:

- As áreas rurais em mudança;


- As áreas urbanas: dinâmicas internas/ A rede urbana e as novas relações
cidade-campo;
- A população como se movimenta e comunica;

As notícias estão relacionadas com a realidade portuguesa, são


acompanhadas de um comentário e estabelecem relação com os
conteúdos lecionados.

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AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA

NOTÍCIA:

SIC Notícias | Zonas rurais "perderam 40% ou mais" de população nos últimos 30 anos
(sicnoticias.pt)

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COMENTÁRIO:
As áreas rurais ocupam um vasta extensão do território português e apresentam, no
geral, fortes debelidades demográficas, sendo uma delas o facto de ocupar uma
grande extensão no territorio e ao mesmo tempo nelas residirem um número de
habitantes bastante reduzido, outra debilidade demográfica que é bastante evidente
na notícia acima referida, é o crescente envelhecimento da população residente nestas
áreas rurais.
A emigração da população das zonas rurais para as áreas urbanas é bastante
frequente, o chamado êxodo rural, devido á falta de oportunidade de emprego que
estas zonas oferecem, á falta de vias de comunicação, á qualidade do ensino e á
necessidade de infraestruturas e serviços dos quais estas zonas rurais não dispõem,
sendo que a população que tende a emigrar é uma população mais jovem, este fator
contribui para que as zonas rurais fiquem cada vez mais envelhecidas ou até mesmo
abandonadas. A baixa natalidade é também outro aspeto bastante prejudicial e que
não permite o rejuvenascimento das zonas rurais, sendo que os casais jovens não
tendem a permanecer nas zonas rurais, a taxa de natalidade é bastante baixa e para
além disso (como referido na notícia), o aumento da esperança média de vida, que
atualmente ultrapassa os 80 anos, contribui para a realidade das zonas rurais,
realidade esta em que a proporção de idosos é bastante elevada e a de jovens é
bastante baixa.
Estes aspetos tem consequências bastante negativas, pois devido á situação
demográfica desfavorável criada, caracterizada por uma população mais idosa e por
baixa densidade populacional, afeta negativamente o desempenho económico das
zonas rurais e encoraja ainda mais a emigração, tornando ainda mais desfavorável a
sua situação demográfica. As infraestruturas defecientes nestas áreas, geram o seu
isolamento e influenciam o fraco dinamismo económico e a emigração dos habitantes.
É, portanto, evidente que é necessário haver investimento, mas este é desincentivado
devido aos níveis educacionais baixos, ás fracas acessibilidades e á escassez de
infraestruturas. Esta realidade torna Portugal, num dos países mais envelhecidos do
mundo.
Para que esta realidade seja alterada, é necessário apostar no desenvolvimento rural
(que constitui o segundo pilar da PAC), através da criação de medidas de apoio ao
desenvolvimento rural, que tem como objetivo aspetos dentro da sustentabilidade
ambiental, equilibrio territorial e competitividade económica, sendo que a viabilidade
de muitas comunidades rurais passa pela diversificação da sua economia, através do
envolvimento de diferentes parceiros, instituições e organizações ligadas aos
diferentes setores de atividades como por exemplo, o turismo, a indústria, a
silvicultura, a produção de energias renováveis e dos produtos regionais, são algumas
das atividades que permitem a pluriatividade e o plurirrendimento, que promovêm a
fixação da população e o desenvolvimento rural. Os serviços são também uma
vertente que exerce um papel dinamizador nas zonas rurais, pois criam emprego e
melhoram a qualidade de vida da população.
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Entre estas medidas de apoio ao desenvolvimento rural exitem várias iniciativas mas a
que se destaca, é a iniciativa comunitária LEADER (Ligação Entre Ações de
Desenvolvimento da Economia Rural), que já obteve resultados positivos em Portugal.

NOTÍCIA:

5
Turismo em espaço rural em Portugal pode quadruplicar numa década - investigador (dn.pt)

COMENTÁRIO:
O turismo e outras atividades de lazer nas áreas rurais têm vindo a assumir uma
crescente importância a nível nacional, pois o turismo é uma das principais atividades
produtivas que funciona como um sector chave para a economia portuguesa e desta
forma o turismo em espaço rural pode constituir um importante fator de
desenvolvimento das áreas rurais. Como é referido na notícia, “a lógica não é
aumentar a oferta, a lógica é responder á procura”, pois, a procura pelo turismo rural
tem sido cada vez mais crescente, devido a fatores como a busca de tranquilidade e
maior contacto com a natureza, mas em Portugal este tipo de turismo ainda não tem a
capacidade de responder a esta procura cada vez mais crescente. É, por isso,
importante melhorar este aspeto pois o turismo em espaço rural é uma das atividades
que permite dinamizar a economia, gerar emprego e contribuir para a fixação das
populações rurais, através da exploração dos recursos endógenos, da história, das
tradições e da cultura da região. O turismo em espaço rural é não só um fator de
diversificação das atividades agrícolas, como um fator de pluriatividade, através da
dinamização de um conjunto de outras atividades económicas que com ele interagem
e assim, contribui para o desenvolvimento socioeconómico das áreas rurais. Desta
forma o desenvolvimento do turismo em espaço rural, em Portugal é bastante
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importante para que o país tenha um melhor posicionamento no mercado mundial e
captar os fluxos turísticos.
É ainda referido na notícia que a hospedagem em espaço rural, tem um papel
muitíssimo importante do ponto de vista da qualificação das experiências, ao
aproximar as pessoas de experiências únicas, de facto a hospedagem em espaço rural
tem como principal objetivo dar aos hospedes uma experiência mais rural, através do
contacto com a natureza, com cultura, com tradição, com o património histórico, como
por exemplo as casas de campo que dão essa experiência aos hospedes, pois integram
se na arquitetura e ambiente característicos da região. O turismo em espaço rural
gera, portanto, impactes positivos, quer em termos financeiros, quer pelo contributo
para a pluriatividade, para a criação e diversificação de empregos, para o
desenvolvimento de novos serviços (de informação, de transporte, de comunicação,
etc.), para a conservação da natureza e do património paisagístico, para a recuperação
do património histórico, etc.
Contudo, é necessário ter presente a sustentabilidade, é indiscutível a importância do
turismo para o desenvolvimento rural, mas também é certo que esta atividade gera
alguns riscos que é necessário evitar de modo a garantir a sua sustentabilidade,
fazendo uso dos recursos naturais, mas de forma a não prejudicar a conservação da
biodiversidade.

AS ÁREAS URBANAS
NOTÍCIA:

7
Faltam áreas urbanas médias em Portugal (dn.pt)

COMENTÁRIO:
No território Continental português, verifica se uma forte concentração urbana na
faixa litoral, resultado do processo de litoralização, onde se localiza o maior número de
cidades, assim como as maiores aglomerações urbanas, destacando se principalmente
a área metropolitana de Lisboa, como referido na notícia. Existem vários fatores que
tornam Lisboa uma área tão atrativa, como a oferta de bens e serviços raros, a sua
dimensão e importância, a oferta de emprego, entre outros aspetos que também
contribuem para que esta se encontre no topo da hierarquia urbana portuguesa, o que
torna o sistema urbano português num sistema monocêntrico. Apesar disto, a cidade
de Lisboa tem vido a perder população nos últimos anos (perdeu 20% dos habitantes),
que se deslocam para a periferia (devido ao valor do solo) e apenas se encontram em
Lisboa, durante o dia para trabalhar ou estudar e a população que reside na cidade de
Lisboa são, maioritariamente, idosos que ocupam as casas antigas do centro da cidade
e jovens adultos que ocupam os edifícios renovados. Para além disto, em Portugal
predominam as cidades de pequena dimensão, há uma fraca representatividade das

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cidades com média dimensão e existe um número muito limitado de cidades com mais
500 mil habitantes, destacando se as que pertencem ás áreas metropolitanas, como
Vila Nova de Gaia, Setúbal e Amadora, das cidades de média dimensão que se
encontram fora das áreas metropolitanas, apenas se destacam Braga, Viseu e Coimbra.
Como também é mencionado na notícia, grande parte da população residente em
Portugal é uma população imigrante.
Esta realidade tem como principais consequências a saturação das infraestruturas na
área de Lisboa e problemas ambientais, a fraca capacidade de inserir economias
regionais na economia nacional e limitação da competitividade nacional no contexto
europeu e mundial. É, por isso, necessário que se crie um maior equilíbrio da rede
urbana portuguesa através da adoção de políticas de ordenamento urbano que
promovem o desenvolvimento de cidades de média dimensão, estas que são
fundamentais para a redução destas assimetrias territoriais, através da redistribuição
da população e das atividades económicas, ao criar emprego, oferecer bens e serviços
de qualidade (saúde, educação, formação profissional, etc.) que as atraiam, e ao
mesmo tempo valorizando os recursos endógenos. Ao valorizar as cidades com média
dimensão, há um maior desenvolvimento equilibrado do território nacional.

NOTÍCIA:

9
Áreas predominantemente urbanas com 72% da população do país (noticiasaominuto.com)

COMENTÁRIO:
Na notícia acima, podemos perceber que uma grande percentagem da população
portuguesa reside em áreas urbanas, com destaque para a área metropolitana de
Lisboa, e apenas uma pequena parte reside em áreas rurais, havendo assim um
aumento da taxa de urbanização. Este aumento continuo de população residente em
áreas urbanas face ao total da população do país, é um problema visto que as áreas
urbanas apenas ocupam 20% do território português e as áreas rurais ocupam 62%.
Existem vários fatores que tornam os centros urbanos mais atrativos do que as áreas
rurais, como a quantidade e a diversificação de funções, a oferta de emprego, a
qualidade de vida, etc., estes aspetos atraem, maioritariamente, uma população
jovem, instruída e qualificada, sendo esta a população que predomina nestes locais.
Esta distribuição, gera um grande problema, a saturação dos espaços urbanos,
resultado do excessivo crescimento da população nas áreas urbanas e falta de
planeamento para tal, levando a uma incapacidade de resposta das infraestruturas e
serviços que resultam num aumento dos custos das atividades económicas, afetando
assim a qualidade de vida da população urbana.
Surge, então, a necessidade de melhorar as infraestruturas, os equipamentos e
serviços, de modo a responder ás necessidades da população, o que implica
investimento, através de um processo de planeamento de ordenamento territorial,
que procura gerir a utilização do espaço urbano de forma equilibrada e criar condições
de vida adequadas para a população, com destaque para os seguintes planos: PMOT,
PDM, PU e PP, que intervêm na organização de uma área urbana quando necessário.

A POPULAÇÃO COMO SE MOVIMENTA E COMUNICA


NOTÍCIA:

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INE: só o transporte rodoviário cresceu - Transportes & Negócios (transportesenegocios.pt)

COMENTÁRIO:
Cada modo de transporte apresenta vantagens e desvantagens relativamente aos
outros, sendo o transporte rodoviário o mais utilizado no tráfego de mercadorias,
(como mencionado na notícia) e para além disso, também no tráfego de passageiros,
que tem vindo sempre a aumentar nos últimos anos. Este papel dominante do
transporte rodoviário deve se á sua grande flexibilidade, que permite a comodidade do
transporte porta a porta, á maior diversidade de veículos quer em dimensão, quer em
especialização, mais segurança visto que o caminhão é lacrado no local de
carregamento e aberto no local de entrega, á rapidez da entrega da carga em curta
distância, etc. Ele é o mais flexível e o mais ágil no acesso às cargas, permite integrar
regiões, mesmo as mais afastadas, bem como o interior dos países e para além disso,
tem um importante papel de complementaridade ás restantes redes (portos,
aeroportos, etc.).
A rede rodoviária, tem sido objeto de grandes investimentos, o que reflete a sua
crescente extensão e qualidade, devido á construção de novas infraestruturas como
túneis, viadutos e pontes que permitem ultrapassar barreiras físicas, tornando os
trajetos mais rápidos, seguros e cómodos. Contudo a rede rodoviária apresenta uma

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certa desigualdade, pois é mais densa ao longo do litoral, onde também se localizam a
maior parte das principais autoestradas. Esta desigualdade relaciona se com outros
contrastes demográficos, económicos e sociais que são bastante marcantes no nosso
país. Apesar disto, o transporte rodoviário gera algumas desvantagens, com a sua
elevada utilização, entre as quais, a poluição do meio-ambiente, o elevado custo da
sua infraestrutura, o congestionamento (aumentou 5,1% no último ano) que também
aumenta o grau de sinistralidade.
Com estas desigualdades e desvantagens, é necessário, uma melhor distribuição
espacial, uma maior promoção da qualidade e eficiência do sistema de transportes e
uma maior integração da dimensão ambiental na rede.

NOTÍCIA:

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Governo quer 5G o mais rápido possível mas também a universalização da cobertura do país
com o 4G - Telecomunicações - SAPO Tek

COMENTÁRIO:
Como é mencionado na notícia, não é possível imaginar uma Europa mais forte, sem
que se desenvolvam as novas redes de telecomunicação, pois o desenvolvimento
destas redes permite aumentar os contactos entre áreas geograficamente distantes e
aproximar agentes económicos e pessoas de toda a Europa e do mundo, desta forma,
permite uma maior dinamização das relações interterritoriais, através desta coesão
entre espaços e assim resulta uma Europa mais forte e mais interligada. A Comissão
Europeia tem insistido bastante para que os estados desenvolvam o 5G o mais rápido

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possível, para que a Europa consiga alcançar o nível de outros países bastante
avançados e para além disso as telecomunicações têm hoje em dia um papel
fundamental na dinamização das atividades económicas, aumentam a produtividade
de outras atividades e também geram novos setores produtivos como a investigação, a
indústria, os serviços, etc. Em Portugal tem havido progressos significativos quer na
criação de infraestruturas, quer na capacidade de acesso e de utilização dessas redes e
têm sido desenvolvidas inúmeras ações que permitem diminuir as desigualdades de
acesso ás TIC como, a criação de espaços de utilização gratuita de internet, a ligação de
todas as escolas públicas á internet, etc.
As novas tecnologias, tal como o 5G facilitam atividades económicas, permitem acesso
á informação de todo o mundo, estimulam o comércio (através do eComércio) e
permitem conhecer realidades geográficas diferentes. Apesar de tudo, nem todo o
território português está coberto pelas redes de telecomunicação, a sua repartição
geográfica apresenta alguns contrastes, que se explicam pela maior concentração de
população e atividades económicas no litoral, deixando o interior desfavorecido, pelo
que neste âmbito, na notícia é mencionada uma proposta que visa dispor de um
quarto das antenas para as zonas rurais, para que exista um equilíbrio territorial e um
equilíbrio no caso do 5G. O desenvolvimento tecnológico exige uma sociedade da
informação, onde o conhecimento é um valor fundamental que deve promover a
criação de riqueza e emprego, qualidade de vida e desenvolvimento social, mas este
aspeto depende das características sociodemográficas de cada região , como, a região
onde se vive e fatores como a média etária dessa região, o nível de habilitações
literárias e o rendimento, que influenciam o tipo de serviços de telecomunicações que
são consumidos e o conhecimento que se tem acerca dos mesmo, quanto maior o
nível de educação, quanto mais jovens e quanto maior o rendimento, maior a
probabilidade de uso das telecomunicações. Para além destes problemas de acesso,
presentes em várias regiões do nosso país, outro aspeto negativo das
telecomunicações são os problemas de poluição, saúde e segurança.
Para que haja mudança neste aspeto, é necessário que haja investimento através de
uma política comunitária, que privilegie o desenvolvimento das telecomunicações no
interior do país, pois o papel que a utilização das TIC tem é bastante importante a nível
económico e social. Para que isso aconteça, deve haver uma maior promoção do
desenvolvimento das infraestruturas de banda larga, criar condições que permitam o
aumento da utilização das TIC, bem como a redução de custos e promover a utilização
dos serviços públicos online, de modo a aumentar o ciberespaço (espaço virtual, onde
se desenvolve uma troca de informações cada vez maior entre pessoas, empresas e
organizações de todo o mundo, através das telecomunicações).

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CONCLUSÃO

Neste trabalho abordei os temas das áreas rurais em mudança, das áreas
urbanas e da população como se movimenta e comunica, no âmbito dos
transportes e telecomunicações, observando a realidade portuguesa
dentro destes aspetos e pude concluir que apesar da melhoria no geral,
Portugal ainda tem de considerar e melhorar certos aspetos de modo a
melhorar as suas condições socioeconómicas e a qualidade de vida da sua
população. Ao realizar este trabalho pude consolidar de melhor forma a
matéria dada ao longo do ano letivo, na disciplina de Geografia A e
aprofundar mais os meus conhecimentos acerca dos temas apresentados,
uma vez que me permitiu ficar a conhecer melhor a realidade portuguesa
dentro dos temas mencionados e para além disso permitiu me aperfeiçoar
competências de seleção, organização e investigação.

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FIM

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