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Descola Ebook Facilitacao de Times
Descola Ebook Facilitacao de Times
Equipe Descola
06 Planejando uma
experiência incrível
02 A competência do
presente e do futuro
07 Recursos para
facilitadores
03 Descomplique!
08 Técnicas de divergência
04 Uma tecnologia
humana?
09 Técnicas de convergência
05 Essenciais ao facilitador
Feedforward:
10 melhorando as relações
no trabalho
15 Para a cabeceira
11 Reconhecendo diferentes
perfis
16 Tá na tela!
17 Podcasts
13 Saia justa
18 Referências
14 Manual de boas
práticas
01
Larissa Cruz
Quem
ministra
o curso
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Larissa Cruz é a professora que irá te guiar nesta jornada produtos e serviços, dentre eles mobiliários de alto padrão,
de aprendizagem. Formada em Design de Produto pela produtos cerâmicos e uma composteira doméstica que
Universidade Federal de Santa Catarina, com MBA lhe rendeu o prêmio Brasil Design Award - principal do
em Gestão de Negócios, ela percebeu que pessoas com segmento.
diferentes especialidades tinham dificuldade de se
comunicar. Foi então que ela passou a aprimorar sua Aqui na Descola ela compartilha seu vasto conhecimento
habilidade de facilitação. em liderança de design para contribuir com a criação
de experiências físicas e digitais que mudam a vida das
Hoje, ela já acumula mais de 10 anos de experiência pessoas para melhor.
em utilizar o design para facilitar, além de desenvolver
https://w w w.linkedin.com/in/larissa-cruz/
oilarissacruz@ gmail.com
@ larifcruz
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
02 A competência
do presente e
do futuro
A transformação do mundo VUCA para o BANI
demanda novas habilidades ao mercado de trabalho e
a facilitação é uma delas
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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MUNDO VUCA
Por isso, a partir da década 1990, mais precisamente, durante a Guerra Fria, os
pensadores constituíram o acróstico VUCA visando explicar as incertezas do
contexto geopolítico mundial da época. O acrônimo se refere aos seguintes
termos:
V volatility - volatilidade
U uncertainty - incerteza
a ambiguity - ambiguidade
Até 2020, falar em VUCA fazia sentido para descrever tamanha volatilidade de
um mundo que tinha aumentado enormemente sua capacidade de produzir
conhecimento. Isso até 2020, após o colapso mundial causado pela pandemia
do Coronavírus. A partir de então estava claro que o mundo passou a não apenas
ser complexo, mas incompreensível, pois estava marcado pela ambiguidade e,
sobretudo, pela fragilidade.
“Era preciso uma definição que explicitasse ainda mais rapidez e dinamismo
para falar sobre um mundo que tinha se fechado, se sentia frágil e estava fora de
qualquer controle”, explicou o historiador Leandro Karnal em uma de suas aulas
para a PUC - RS, veiculada no YouTube.
O mundo VUCA evoluiria, então, para o BANI, como definiram os experts
americanos do Vale do Silício:
MUNDO bani
b brittle - frágil
i incomprehensible - incompreensível
Karnal
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O profissional do presente e do
futuro
Mas como isso tudo impacta as demandas e
exigências do mercado de trabalho?
Em um mundo em que a tecnologia imprime velocidade
e liquidez às relações, em meio a uma série de tarefas
automatizadas, atividades que dependem exclusivamente
da mão de obra humana e não podem ser substituídas por
máquinas ou tecnologias, é essencial para a sobrevivência
no mercado de trabalho.
Para as empresas, avaliar candidatos sob o aspecto
técnico, exclusivamente, há anos já não é o bastante. Isso
porque a inteligência não está mais atrelada somente
ao acúmulo de informações e dados. Informações estão
disponíveis ao alcance de um clique àquele que estiver
conectado.
Karnal explica que o paradigma da criação, autonomia
e criatividade mudou. E porque não complementar
esse senso de mudança para questões como hierarquia
empresarial e modelos de liderança.
No entanto, é importante ponderar que o saber não
perdeu sua importância. É claro que o conhecimento
do especialista é bem-vindo e necessário aos postos
de trabalho. Porém, profissionais que agreguem suas
expertises à habilidades comportamentais e relacionais
despontam à frente.
Inteligência emocional, dinamismo, adaptabilidade,
flexibilidade para lidar com a pressão e agilidade de
retorno às respostas nos são cobradas hoje em dia é pré-
requisito para administrar a imprevisibilidade do mundo.
Ao longo do curso vamos demonstrar como essas
competências estão inseridas e se fazem necessárias
ao universo da facilitação. No entanto, a habilidade em
conduzir equipes diversas e, em muitos momentos,
divergentes, de maneira propositiva, eliminando bloqueios,
rumo a um consenso saudável e benéfico para o objetivo
comum do time ou do projeto, é uma arte que, por si só,
já enquadra o profissional em um patamar altamente
competitivo para o mercado de trabalho atual e para as
exigências do futuro.
Vem com a gente entender o que é facilitação (e também
o que não é), suas boas práticas, recursos e aplicações e
destaque-se você também!
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
03 Descomplique!
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“ Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas
conscientes e engajadas possa mudar o mundo. De
fato, sempre foi assim que o mundo mudou.
Margaret Mead
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
Workshops
Características Reuniões tradicionais
colaborativos
Número de pessoas Mínimo 2 Mínimo 3
Liberdade de fala De acordo com cargo ou papel no projeto De acordo com surgimento de ideias
04 A importância da facilitação no
ambiente corporativo
Uma
tecnologia
humana?
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
“
O facilitador se reconhece como um
material de apoio para o educando. (...)
Cria condições de interação pessoal com
os educandos, prepara um ambiente
psicologicamente favorável para recebê-
los, proporciona aos alunos materiais de
pesquisa, instiga a curiosidade - que é
inerente ao ser humano para promover a
aprendizagem significativa
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Como falamos anteriormente, as técnicas de facilitação do curso com a fala de Carl Rogers. Ele foi um influente
podem ser aplicadas em cenários corporativos e pessoais psicólogo americano que, na década de 1980, elaborou a
de ordens e objetivos diversos. Ainda na introdução do Teoria da Facilitação.
e-book relatamos como o sistema de ensino mudou ao
longo do tempo. Agora é o momento de demonstrarmos Seu estudo consistiu em demonstrar como uma pessoa
como essas duas instâncias se fundem em um cenário não pode ensinar outra diretamente (ou seja, não pode
corporativo que demanda nova postura às lideranças. haver transferência de informação ou conhecimento de um
para o outro).
Se podemos nos basear na Educação como conceito
para redefinir o papel do líder, demos início a este trecho
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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“
Não se trata de uma fórmula, de um
jeito de aplicar, porque estamos falando
da tecnologia que vai se desenvolver
e nos demandar cada vez mais nos
próximos anos: a TH, ou Tecnologia
Humana - expressa por meio da nossa
capacidade de acolher, olhar, integrar,
perguntar, interagir, dialogar, ou seja,
estar presente.
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Por se tratar, portanto, de uma habilidade
comportamental, quando bem exercida, a facilitação
Potencializar capacidades
promove ambientes de colaboração muito mais férteis
e harmônicos. Confira os benefícios que podem ser
individuais e de grupos: criar ambientes
observados quando temos esse cenário, de acordo com a em que as pessoas consigam expor suas ideias e opiniões
explanação da Lari: sem medo de julgamentos.
O facilitador é um representante da
mudança cultural: como ele é neutro, as pessoas deixam de
lado o julgamento pessoal ou de áreas existentes na empresa e passam a olhar
juntas para a mesma direção, alterando a forma como elas interagem entre si. Um
importante passo para a mudança cultural de uma empresa.
Em seu canal no Youtube, o empreendedor, consultor e facilitador Gui Viegas
acrescenta, em outras palavras, situações que podem ser beneficiadas quando
calcadas em técnicas de facilitação:
- O facilitador apoia tomadas de decisão complex as estimulando a cocriação
em equipe de soluções de desafios para os quais não temos respostas prontas;
- Diversos tipos de planejamento como o estratégico ou Plano Diretor
podem se beneficiar das técnicas de facilitação, já que estas promovem
a participação de todos os envolvidos com mais engajamento e proposições
assertivas;
- Uma vez que o conceito está calcado nos ensinamentos do Design Thinking
e Lean inception (workshop colaborativo para alinhar um grupo de pessoas
sobre o produto mínimo viável a ser construído), a facilitação norteia o
desenho e criação de novos produtos e serv iços condizentes com a real
necessidade e desejo de seus usuários;
- As técnicas promovem espaço para conversas difíceis, porém, necessárias,
objetivando a mediação e resolução de conflitos de diversas ordens - não
apenas corporativas, mas também no âmbito pessoal.
05 Essenciais ao
facilitador
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Este é um trecho da definição do trabalho do facilitador, A seguir, para retomar os pilares e habilidades descritas
de acordo com a Associação Internacional de no vídeo, vamos nos respaldar em parte do material
Facilitadores (IAF) - uma organização participativa com descrito como Competências Básicas do Facilitador
membros em mais de 65 países. Como uma associação para construir a partir da fala da Lari. O documento foi
profissional, seus integrantes atuam definindo padrões constituído pela IAF, com o apoio de seus membros e
da indústria internacionalmente aceitos, fornecem facilitadores de todo o mundo.
credenciamento, apoiam uma comunidade de prática,
defendem e educam sobre o poder da facilitação e
abraçam a diversidade de facilitadores.
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PILARES DO BOM FACILITADOR
1 - Imparcialidade:
O facilitador confia no potencial do grupo, modela a
neutralidade, encoraja a confiança na capacidade e nas
experiências dos outros. Está alerta para minimizar a sua
influência nos resultados do grupo, mantém uma postura
objetiva, não defensiva e livre de juízos de valor.
2- Alta capacidade de observação:
Um bom facilitador não deixa passar um detalhe sequer.
Ele olha para todos os artefatos presentes, cuida de cada
elemento visual, é seletivo nas palavras que vai escolher
para se comunicar. É um exercício constante estar atento
aos detalhes, escutando o time, observando tudo que
acontece no palco do facilitador. Você deve perceber
coisas que outros não percebem.
O profissional deve estar capacitado para desenhar e
customizar intervenções para satisfazer as necessidades do
cliente. Desse modo, espera-se que ele faça uma análise do
contexto organizacional, diagnóstico das necessidades do
cliente, além de criar propostas adequadas para obter os
resultados pretendidos.
3 - Gostar de detalhes:
Facilite a autoconsciência dos envolvidos perante as
tarefas. Quando necessário, modifique e ajuste o ritmo
das atividades de acordo com as necessidades do grupo.
Cabe ao facilitador identificar informações necessárias
ao projeto e integrar os conhecimentos e as percepções
do grupo. Além de ajudá-los a identificar e a resumir
padrões, tendências, causas e marcos para a ação,
e apoiá-los na reflex ão sobre as suas próprias
ex periências.
Neste aspecto, você vai precisar exercitar uma visão
mais micro, procurar por detalhes que fazem a diferença
em uma boa experiência. Cogite colocar música em
momentos de concentração, criar uma playlist com gosto
musical dos participantes para poder tocar ao longo das
experiências, reparar em detalhes tanto físicos como não
físicos. Pense nos intervalos, em experiências com tempo
maior de duração e providencie alimentação para as
pessoas durante workshops presenciais ou até remotos. Os
detalhes fazem toda a diferença quando falamos em uma
experiência incrível.
4 - Organização e raciocínio lógico:
Para a Associação Internacional de Facilitadores (IAF) é
importante selecionar métodos e processos claros que
estimulem a participação aberta, respeitando a cultura
do cliente, as normas e a diversidade dos participantes,
promovendo a participação de todos os estilos de
pensamento e aprendizagem diferentes.
Um facilitador inspira o time com suas atitudes. Ele
ou ela deve ser uma pessoa organizada, que sabe dispor
elementos em ordem que faça sentido para a equipe. Esses
elementos podem ser posts-its com conteúdos, palavras,
frases, imagens ou simplesmente conceitos.
Deve também antever situações em que vai precisar se
comunicar de forma escrita com os participantes, enviando
um e-mail ou mensagem para instruir sobre algo ou
resumir um dia de trabalho. Recursos de escrita como
negrito, sublinhado, itálico, tamanho de fonte, aspas,
asteriscos ou bullets points são elementos que ajudam a
formatar conteúdos escritos e fazem com que as pessoas
consigam ler com rapidez. É preciso saber sintetizar.
5 - Coerência:
O facilitador deve organizar de forma coerente os
elementos para proporcionar sensação de conforto para as
pessoas do time.
Cabe ao facilitador organizar os recursos – tempo e
espaço – para as atividades do grupo. Assim, o profissional
identifica e organiza o espaço físico, em linha com o
propósito da sessão, criando um ambiente adequado e
distribuindo o tempo de maneira eficaz entre as atividades.
6 - Improviso e criatividade:
Bons facilitadores sabem improvisar, porque vão se
deparar constantemente com situações inesperadas e,
para isso, eles precisam de criatividade.
O profissional aproveita os estilos de aprendizagem
e de pensamento de todos os participantes, encoraja
o pensamento criativo, aceita todas as ideias, utiliza
abordagens que melhor se adequam às necessidades e
capacidades e energiza continuamente o grupo.
Essas foram algumas características básicas que todo
profissional deve desenvolver e aplicar em momentos
de facilitação. Mas, como a Lari pontuou, cada pessoa
tem suas características individuais e saberá lidar com
diferentes contextos utilizando uma ou outra característica
que possui. Não existe certo ou errado.
Agora vamos às habilidades complementares ao exercício
da função desse líder.
HABILIDADES DO BOM FACILITADOR
Pode ser que você identifique que já tem algumas delas,
mas se não tem, você pode desenvolver.
1 - Remover obstáculos:
Uma pessoa boa em facilitação é uma verdadeira
removedora de obstáculos. Lembra que o trabalho de um
facilitador é descomplicar, evitar barreiras para conseguir
atingir objetivos, é ser fluido. Então, uma pessoa que
tem aquele comportamento de “Ah, mas isso não vai
dar”, “Pode fazer, desde que...”, “Eu não posso liberar
isso...”, “Isso não é permitido...”, “O sistema não permite...”,
“Antes de fazer isso é preciso ter aquilo...” são frases que
normalmente uma pessoa criadora de obstáculos está
habituada a utilizar.
É preciso ser a pessoa que torna tudo fluido para o
objetivo em comum, que promove as facilidades, que
antecipa possíveis obstáculos que podem ex istir e já
pensa em como removê-los.
“
O facilitador precisa saber trabalhar de
forma ágil, que não necessariamente é ser
mais rápido e veloz, mas saber identificar
os obstáculos. Ser uma pessoa propositiva
em solução e não aquela pessoa que só vê
problemas, lado negativo ou obstáculos para
realização das atividades.
Lari
2 - Escuta ativa:
Mantenha a atenção plena no time e em quem está
falando. No ambiente remoto, a escuta ativa se dá também
prestando atenção no silêncio de alguns participantes - o
que pode denunciar pessoas pouco participativas.
O facilitador escuta ativamente, questiona e resume por
forma a extrair a essência do que o grupo expressa. Assim,
ele é capaz de identificar desvios e pontos de interseção,
direcionando para a tarefa.
3 - Gestão de projetos:
Você precisará exercitar sua visão macro do projeto.
Conseguir visualizar as etapas, o cronograma e momentos
de tomada de decisão com os patrocinadores ou líderes do
projeto.
Além disso, a gente já sabe que o trabalho não se resume
ao workshop, certo? Para gerir as sessões de modo eficaz
cabe a você acordar os objetivos e os entregáveis com o
cliente, elaborar o plano da sessão, conduzir as dinâmicas
com sucesso e avaliar a satisfação do cliente em todas as
etapas da sessão ou projeto.
4 - Pensamento visual:
Utilize formas, cores e elementos visuais a favor da
organização. Lembra o exemplo que a Lari demonstrou
no vídeo em que ela recorreu à técnica de clusterização,
pedindo para que as pessoas separassem os conceitos por
afinidade? Ou seja, conceitos que tivessem algo parecido
deveriam formar um grupo. Vamos relembrar?
Na primeira foto que ela mostrou era impossível identificar
esses grupos ou clusters porque não foi utilizado nenhum
critério para organização. Perceba que as cores foram
usadas de forma aleatória, e os post-its estão colados
na parede sem seguir uma lógica ou linha de raciocínio
coerente.
Clusterização 1: Clusterização 2:
Já na imagem 2, não só é possível identificar grupos diferentes como perceber que há um post-it azul acima de cada
grupo dos amarelos indicando o título de cada um dos clusters.
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
“
Quando feito em ambiente físico, a sala e as
paredes de um projeto representam o cérebro
coletivo do time do projeto. Já no ambiente
on-line, esse cérebro coletivo acontece nas
plataformas de colaboração remota. Ambos
precisam estar organizados visualmente e é
preciso utilizar a cor a favor da organização.
Lari
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5 - Saber fazer perguntas certas e no
momento apropriado:
Faça questionamentos quando sentir que deve aprofundar
em algum assunto. Se precisar, utilize a técnica dos 5
porquês para chegar à raiz do problema.
A Lari explica que, para usar a técnica, você pode fazer a
primeira pergunta utilizando o porquê. Ao fazer a segunda
pergunta, copie a resposta da primeira pergunta para
construir a segunda e assim por diante até chegar à real
causa que está atravancando o projeto.
6 - Negociação:
Existem situações em que pessoas apresentam a
necessidade de serem ouvidas o tempo todo ou sentem
necessidade de saber que estão influenciando o time. Você
vai precisar fazer acordos e negociar com essas pessoas.
Da mesma forma, é seu papel gerenciar conflitos. De
acordo com o documento formatado pela AIF, cabe ao
facilitador apoiar os indivíduos na descoberta e adequação
de pressupostos e preconceitos, reconhecer o conflito
e seu papel na aprendizagem e maturidade do grupo,
criar um ambiente seguro à vivência do conflito, além de
gerenciar comportamentos disfuncionais ou provocatórios.
7 - Saber identificar linguagem corporal:
Quando as pessoas estão cansadas, exaustas, com
problemas pessoais ou falta de concentração, o corpo
denuncia. Mais para frente aqui no e-book vamos dedicar
um capítulo só para falar sobre o que é possível perceber
por meio da linguagem do corpo.
Assim, ainda que você não conheça todos os presentes,
saberá reconhecer certas reações dos participantes. Essa
percepção há de ser muito útil em momentos em que você
precise tomar uma decisão ou recalcular a rota no meio de
uma atividade do workshop, por exemplo.
8 - Visão holística:
Para conseguir enxergar o todo, faça o exercício de zoom
out proposto pela professora:
Pense que você está olhando para o desafio de cima, do
ponto mais alto e está tendo visão de outros elementos,
áreas, pessoas, problemas ou fatores que estão
interligados ao objetivo inicial do projeto. Isso vai te ajudar
a conectar com pontos que o time não está considerando.
O exercício pode te ajudar também a fazer as perguntas
certas para estimular debates necessários para o time.
06
Planejando
uma experiência
incrível
Retome as ações necessárias para cada etapa de
condução de workshops
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Todos na mesma página
Numa experiência de workshop todos precisam entender
qual o papel das ferramentas e dinâmicas propostas.
Então, é interessante que você intercale momentos
de divergência e convergência para, aos poucos, ir
construindo o alinhamento entre pessoas, a tomada de
decisão. À medida que tudo vai fazendo sentido a todos os
presentes e isso vai trazendo mais conforto, as pessoas vão
se sentindo melhor, porque percebem que algo está sendo
resolvido ali.
RECEBA BEM PARA RECEBER SEMPRE
Faça com que todos se sintam bem-vindos ao chegar ao workshop
Uma vez desenhada a jornada completa considerando o
objetivo do encontro, você vai pensar em uma dinâmica de
recepção.
Você pode estar diante de um projeto no qual nem
todos se conhecem ou porque envolvem diferentes
áreas, especialistas externos ou até mesmo indivíduos
que trabalham na mesma equipe, mas não tiveram
oportunidade de trocar no âmbito pessoal.
Neste caso, a Lari recomenda dinâmicas de team
building para receber, seja no ambiente físico ou virtual, é
interessante deixar rolar uma música de abertura como “I’m
glad you came” (Estou feliz que você veio), por exemplo.
Monte uma playlist para te apoiar em vários momentos
durante o workshop ou inspire-se nas que nós criamos para
te ajudar. Aperte o play e confira!
Se o workshop for realizado presencialmente, faça uma
ambientação. Mostre para as pessoas onde fica o banheiro
e demais instalações que possam interessar. Se for online,
mencione boas práticas:
- Peça a gentileza de manter as câmeras ligadas, se
todos estiverem à vontade para tal;
- Peça para que todos chequem se os computadores
estão devidamente carregados, caso contrário, para
mantê-los conectados à tomada;
- Peça que evitem o uso de celular, informando que
haverá intervalos, caso haja necessidade de responder
alguma mensagem ou e-mail.
COMO VOCÊ DEVE SE PREPARAR
PARA O WORKSHOP
Lembra como é importante estar atento
aos detalhes?
Então, providencie os materiais necessários com
antecedência e disponibilize a cada participante, se
possível, identificado com o nome de cada um. Assim, você
demonstra que pensou e os considerou, individualmente,
para o workshop.
Workshop Website
Duração Início Fim Atividades Responsável
Chegada + Apresentação (alinhamento inicial: objetivos, agenda
20’ 10:30 10:50 Consultoria
do dia)
07 Recursos para
facilitadores
Siga conhecendo instrumentos de apoio ao seu
trabalho frente à equipe
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Quer sejam dinâmicas, boas práticas ou ferramentas, tudo É extremamente importante apresentar a agenda do dia
que apoia o facilitador na condução do workshop pode ser contendo o horário, a duração e o nome da atividade (ou
considerado recurso. Neste capítulo, vamos dar continuidade intervalos, pausas) que vão acontecer no encontro. Além
aos instrumentos essenciais à sua jornada e você pode utilizá- de diminuir a ansiedade das pessoas, como mencionamos
los conforme sentir necessidade ao longo da facilitação. anteriormente, demonstra que você, como facilitador,
planejou como utilizar o tempo das pessoas ali presentes.
Começamos retomando um item já mencionado no É uma forma de demonstrar o seu respeito pelo tempo de
capítulo anterior, que é a agenda do dia. Trata-se do cada um.
planejamento das atividades que serão realizadas naquele
workshop, que deve ser preparado antes.
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Adote ferramentas de Urgência:
priorização de ideias como forma Qual o prazo? Quanto mais urgente, menor será o tempo
disponível para trabalhar na resolução do problema.
de fazer escolhas em grupo. Tendência:
Vamos te mostrar duas formas simples para ajudar na sua
priorização. A Matriz GUT e a Matriz de priorização. mede o potencial de crescimento do problema ao longo
do tempo.
Gravidade:
Representa o impacto do problema na sua organização.
Aqui é o momento de analisar o quão grave é o problema
para a empresa, pessoas ou processos.
G u t
gravidade urgência tendência
5 - extremamente grave 5 - precisa de atenção imediata 5 - irá piorar rapidamente se nada
for feito
4 - muito grave 4 - é urgente
4 -irá piorar em pouco tempo se
3 - grave 3 - o mais rápido possível
nada for feito
2 - pouco grave 2 - pouco urgente
3 - irá piorar
1 - sem gravidade 1 - pode esperar
2 - irá piorar a longo prazo
1 - não irá mudar
Como usar?
Reúna seu time e descreva os problemas que precisam ser resolvidos. Para cada
problema atribua as notas para a gravidade, urgência e tendência de acordo com
o gráfico que acabamos de mostrar.
Ao multiplicar os valores desses três campos você vai chegar no resultado da sua
priorização. Comece pelo maior número na sua tabela.
R$30 Preparar
comida
congelada
R$20 Preparar
refeição
em casa
Preparar
um miojo
R$5
tempo (min)
5 min 10 min 15 min 20 min
Mantenha um relógio visível
Assim, as pessoas têm controle do tempo, focando no que
é necessário e exercitam a capacidade de síntese, porque
conseguem visualizar quanto tempo falta para a atividade
acabar. Como a Lari sugeriu, você pode até oferecer mais
uns minutinhos se perceber que o pessoal ainda está
trabalhando, mas o mínimo controle é indispensável.
Formate um glossário
Pode parecer óbvio, mas, em muitos contextos,
especialmente aqueles em que temos diferentes línguas
ou pessoas especialistas em assuntos diversos, o glossário
é uma ferramenta para entendimento do grupo ou
alinhamento inicial de um projeto. Por exemplo, você
pode decidir com o time se eles querem utilizar os termos
“tabelas excel” ou “planilhas”. O que não pode acontecer
é ficar utilizando esses 2 termos diferentes para a mesma
coisa.
Recorra à clusterização para sintetizar
A expressão “clusterização” foi emprestada do inglês
e quer dizer “aglomerar”. No processo de facilitação,
a clusterização é mais uma opção de síntese para dar
sentido a todas as informações levantadas por meio
das entrevistas, pesquisas e brainstorms. Trata-se de um
ótimo método para te apoiar sempre que você precisar
organizar as opiniões e necessidades do usuário, insights e
problemas de design.
08 Técnicas de
divergência
Conheça atividades que explorem a criatividade
do grupo em momentos em que tudo o que vocês
precisam são boas ideias
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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JOGO DA PALMA
Tempo: 5 minutos de
Propósito: propor um clima descontraído
duração
Como fazer: peça aos participantes para formarem duplas. Cada um Participantes: acima
ficará de frente para o outro. Os participantes devem começar o jogo de 2 pessoas
ao mesmo tempo, batendo as duas mãos nas coxas. Depois cada um
é livre para fazer um desses três movimentos: mover as duas mãos
para a esquerda, direita ou para cima. Toda a vez que a dupla mover
as mãos para a mesma direção eles devem bater as mãos nas coxas
e depois dar um duplo high five(aquele cumprimento com as mãos
abertas).
Continue aumentando a velocidade para aumentar a dificuldade.
A dinâmica traz leveza e diversão para o trabalho em conjunto.
ENTREVISTA EM SILÊNCIO
Tempo: entre 3 a 6
Propósito: conhecer o outro sem falar
minutos de duração
PÁSSARO DE RABISCO
Tempo: entre 2 a 5
Propósito: exercitar a criatividade
minutos de duração
Como fazer: peça para os participantes fazerem pequenos rabiscos Participantes: livre
em uma folha. Depois, peça que eles utilizem os rabiscos para
desenhar um passarinho a partir de cada um deles.
O ponto dessa atividade é demonstrar que não é necessário uma
grande habilidade para demonstrar visualmente uma ideia. A nossa
mente é uma máquina formadora de padrões, basta um rabisco e ela
preenche o resto.
TORRE DE PAPEL
Tempo: entre 5 a 10
Propósito: trabalho colaborativo e mão na massa
minutos de duração
Como fazer: os participantes devem colocar a mão que mais usa Participantes: acima
(mão que escreve) atrás das costas e usar apenas a outra mão. O de 3 pessoas
desafio é o grupo montar um avião de papel, e quem fizer o avião
voar mais longe vence.
Essa dinâmica tira o nosso conforto em fazer as coisas do jeito
que sabemos, ou usar as ferramentas com as quais estamos
acostumados.
BRAINSTORM
Ah, a tempestade de ideias! A velha conhecida praticamente acompanha o café
nas reuniões da maioria dos times corporativos, seja para começar um projeto ou
promover melhorias em sistemas e atividades que já estão em andamento.
4 - Mantenha o foco no assunto - Tente Ah! Para encerrar, lembramos uma dica importante da
manter a discussão no alvo, caso contrário, você pode Lari: Ao final de uma dinâmica, seja de convergência ou
divergir além do escopo para o qual está tentando divergência, não se esqueça de dar uma devolutiva para o
projetar. time, explicando o porquê o time realizou a atividade. Isso
demonstra respeito com o tempo das pessoas e faz com
que elas vejam sentido no que está sendo colocado para
elas, ou seja, interfere diretamente no engajamento das
pessoas.
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Lari
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
09 Técnicas de
convergência
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Método MoSCoW
Elaborada pelo expert em desenvolvimento de software
Dai Clegg, a técnica foi criada para dar suporte ao método
chamado DSDM, também conhecido como Metodologia
de Desenvolv imento de Sistemas Dinâmicos.
O acrônimo (MoSCoW) é representado pelas letras M,
S, C e W, escritas em letra maiúscula, que equivalem às
categorias de importâncias que classificam as tarefas em
um projeto. E as letras minúsculas só estão lá para tornar o
nome mais fácil de pronunciar.
A técnica apoia o time envolvido na facilitação a priorizar
informações seguindo uma ordem de importância. Assim,
facilita o consenso e as expectativas são ajustadas ao que
será entregue como Mínimo Produto Viável (MVP) e quais
atividades serão entregues posteriormente ou, até mesmo,
que deixarão de ser entregues. Veja como conduzir a
dinâmica:
Para formatar o canvas, divida-o em quatro quadrantes:
1. Tenho que fazer (Must have) 3. Poderia fazer (Could have)
Essa classificação compreende os requisitos que são As tarefas desse tipo são as desejáveis, mas também não
indispensáveis para a entrega. Portanto, neste campo, essenciais do ponto de vista estratégico da entrega e da
você deve incluir aquelas tarefas que vão agregar valor satisfação do cliente. Então, são as atividades que podem
ao produto final, ao atendimento de requisitos, ou ainda, ser atendidas quando houver tempo e recursos disponíveis
garantir o compliance da empresa. Sem contar que esses para tal.
itens são os que, se forem atrasados, todo o processo
envolvendo o produto final também vai sofrer atraso como 4. Não será feito (por enquanto) (Won’t
consequência. have)
2. Devo fazer (Should have) Relacione neste campo as demandas menos críticas que
foram acordadas entre o time e os stakeholders - aquelas
Os itens que recebem esse rótulo são os que são com menor retorno do investimento do produto final. Além
importantes, mas não vitais do ponto de vista estratégico disso, essas tarefas podem ser também vistas como não
para o produto final. Isso significa dizer que eles não sendo adequadas para serem realizadas por algum tempo.
são críticos e que as necessidades do cliente podem ser
atendidas de outra maneira, ou ainda, que é possível
esperar um pouco mais para fazer essa entrega.
Por meio do Método MoSCoW, é possível evitar o
crescimento desorganizado do escopo do projeto, além de
priorizar o que é mais importante.
Ice Score
Trata-se de uma metodologia voltada para associar pontuações a demandas e
apontar qual delas é prioritária na rotina dos times de Marketing Digital. Por meio
de parâmetros consistentes e relevantes, é possível garantir uma tomada de
decisão feita em conjunto, com participação dos profissionais que atuam nessas
tarefas da rotina da empresa.
O acrônimo ICE se refere a três bases de avaliação:
Impact (Impacto);
Confidence (Confiança);
Ease (Facilidade).
Como funciona:
Cada membro da equipe deve pontuar a tarefa, teste, projeto, ou o que for, com
uma nota de 0 a 10 em nível de relevância em cada um dos parâmetros (impacto,
confiança e facilidade, sendo 0 o mínimo de relevância e 10, o máximo).
Em seguida, o cálculo aplicado é o seguinte: É fundamental entender que esses parâmetros são
pensados para priorizar as tarefas que são importantes e
não exijam esforços excessivos para serem executadas. O
ICE Score leva em consideração, além de desempenho,
também a produtividade nessa avaliação. Por isso, a
Impacto x Confiança x Facilidade = priorização precisa ser avaliada a partir dessas três bases.
ICE Score Muito da metodologia é focada em produtividade, já que
esse é um fator essencial na rotina do Marketing Digital.
Garantir que colaboradores tenham foco total em uma
demanda, em meio a tantas que surgem, é o caminho não
Basta multiplicar as três notas uma pela outra e, no fim, só para cumprir obrigações, mas também para que elas
o valor obtido é o score encontrado para a demanda em sejam feitas com qualidade, gerando bons resultados.
questão.
Você pode aplicar a técnica quando estiver diante de um
Cada um dos parâmetros, no entanto, precisa ser teste A/B (para envolver todo o time na decisão de qual
devidamente compreendido antes de essas notas serem teste deve ser rodado primeiro), em planejamentos de
dadas. Eles são entendidos da seguinte maneira: tarefas que envolvam prazos, assim como para otimizar
demandas rotineiras.
- Impacto: o impacto esperado para aquela demanda
em questão é alto?
- Confiança: o membro tem qual nível de confiança na
demanda em questão?
- Facilidade: será fácil executar a ação?
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Feedforward:
melhorando
as relações
no trabalho
Por Larissa Cruz
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
103
Começando pelo começo: o que é o feedforward e porque é
diferente do feedback?
Na tradução literária, feedforward significa alimentar para frente. É um formato de
comunicação e troca de informações, como se fosse uma conversa ou bate-papo,
que tem como objetivo melhorar o relacionamento entre duas ou mais pessoas,
procurando praticar essa melhoria no futuro.
O feedforward procura observar características, práticas e comportamentos do
presente que podem ser mantidos no futuro ou que podem melhorar ou evoluir.
Essa é a principal diferença com relação ao feedback, que traz situações do
passado para a conversa.
Como fazer
Diferentemente do feedback, é um momento para olhar juntos para o futuro,
melhorar a relação para o que está por vir. Existem algumas formas de fazer, mas
eu gosto de colocar 3 colunas: GOSTO, GOSTARIA e E SE… Como no exemplo a
seguir:
GOSTO: GOSTARIA: E SE...:
tudo aquilo que deve nesse espaço, é interessante A ideia da terceira coluna é que
permanecer, que você gosta e colocar o que sentimos falta sejamos propositivos ao sugerir
deve ser mantido, valorizado. na nossa relação, aquilo que ideias para a pessoa trazer um
Tudo que já funciona muito bem gostaríamos que estivesse “GOSTARIA”. Assim, para todo
e deve continuar acontecendo acontecendo mas não está, algo item que você colocar no campo
na relação de vocês. Podem que poderia acontecer ou ser “GOSTARIA”, procure trazer
ser coisas relacionadas à boas melhorado ou até alguma meta uma ideia, uma sugestão de
práticas, atitudes, habilidades, a ser atingida, por exemplo: caminho para a pessoa conseguir
comportamentos da pessoa. “Gostaria que você fizesse 10 conquistar o “GOSTARIA” que
reuniões de prospecção com esperamos. É uma forma de
clientes diferentes”, “Gostaria sermos propositivos com nossas
de me sentir mais conectada à demandas, de não deixar a
você”, “Gostaria que pudéssemos pessoa sem saber por onde
estar mais alinhadas sobre os começar. Pode até ser que ela
projetos e temas que estamos não siga o “E se...” que você
olhando juntas” propôs e que encontre seu
próprio jeito de concluir um
“gostaria”, mas ela não fica sem
amparo quando algo receber um
pedido sobre algo que ela pode
melhorar.
Uma sessão de feedforward dura 30 minutos. Esse espaço de tempo é proposital e pode
parecer curto, mas estimula a objetividade das pessoas e faz com que elas foquem no que é
importante para aquele momento.
Como conduzir?
Utilize os 5 primeiros minutos para explicar a ferramenta e como preenchê-la e tirar possíveis
dúvidas. Em seguida, coloque o relógio para contar 5 minutos. Deixe rolar uma música calma
em um volume agradável para servir de inspiração. Ao final, pergunte se a pessoa gostaria de
mais alguns minutos para terminar de escrever.
Ao final do preenchimento, é o momento para compartilhar o que foi escrito, “e se...”. O ideal
é que cada pessoa possa fazer em 5 minutos e o relógio ajuda no controle desse tempo.
O template para realizar o feedforward pode ser algo assim:
11 Reconhecendo
diferentes
perfis
Esteja atento às cinco personalidades que podem
empacar o desenvolvimento de soluções em grupo
110
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
Sabe aquele cara sabichão, que te interrompe a todo o de proposições como momentos em que será preciso ser
momento, que não para de falar? Também tem aquela moça assertivo e filtrar, fazer a síntese dessas ideias, certo?
que vai ficar quietinha num canto, introspectiva e pouco
colaborativa. Em um processo de facilitação, é natural que Dessa forma, cabe ao facilitador administrar tanto o objetivo
você se depare com diversas personalidades. Seu papel é de cada dinâmica como as reações diversas que podem
saber lidar e extrair o melhor de cada uma delas. pipocar e atrapalhar o desenvolvimento do projeto. Você
frequentemente está entrando em territórios desconhecidos,
Sem contar que, como mostramos nos capítulos anteriores, nos quais você desconhece a maioria dos presentes.
os encontros podem envolver diferentes etapas: tanto de
geração de ideias, nos quais você deve estimular quantidade
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HIPPO (Highest Paid Person’s
Opinion ou Opinião da Pessoa
Mais Bem Paga)
O HIPPO, geralmente, é um executivo ou cofundador que
quer dar as cartas. E embora eles certamente tenham
experiência e conhecimento, isso não substitui os dados
reais e as contribuições de todos os envolvidos no projeto.
O perigo do HIPPO é que suas ações podem ser
desmoralizantes e enfraquecedoras. Imagine só uma
situação em que seu time fez todo um levantamento de
dados por meio de entrevistas, pesquisas etc e, de repente,
por conta da intervenção de um HIPPO perder todo o
trabalho?
Por outro lado, por uma questão hierárquica, alguns
participantes podem se sentir constrangidos em
questionar os argumentos do HIPPO, enfrentá-lo ou até
mesmo para esclarecer se estão simplesmente oferecendo
uma opinião ou definindo uma nova direção.
Então, como você doma o HIPPO? Essa dica ajuda a
despersonalizar a discussão. Traga-o de volta aos dados.
Mostre ao HIPPO as métricas e as informações que você
usou para chegar à sua prioridade atual e pergunte se
isso muda sua recomendação. Eles têm acesso a outras
informações que você deve conhecer? Nesse caso, isso
pode muito bem mudar seu curso. Mas se não, você
pode convencê-los de que sua abordagem atual faz mais
sentido.
WOLF (LOBO) (Working on latest
fire ou trabalhando no último
incêndio)
O LOBO tem um período de atenção curta e a tentação de
pular de um problema para o outro. Eles tendem a gostar
apenas de combater incêndios. Essas particularidades
tendem a atrapalhar o foco e a eficácia de sua equipe.
Quando você negligencia dúvidas e questões como
segurança e funcionalidade do produto para se concentrar
exclusivamente em novos recursos, pode acabar tendo
que apagar incêndios que exigem sua atenção imediata e
completa. O ciclo de reatividade do LOBO exige todos os
seus recursos, prejudicando seriamente a produtividade e
a inovação.
O problema em seguir a personalidade do LOBO
é que você pode facilmente perder o controle de
sua estratégia. Se você apenas passa de um incêndio
para o outro, não está avançando em direção às metas
estabelecidas.
Como você doma o LOBO: A dica é estar aberto para a
coletânea de feedback sobre eventuais problemas durante
o período em que estiver com o grupo e administrá-
los à medida que forem surgindo para evitar que esses
“incêndios” tomem proporções incontroláveis.
RHINO (RINOCERONTE) (Really
High-Value New Opportunity
- Realmente Valoriza a Nova
Oportunidade)
O RINOCERONTE tende a ser obcecado demais por uma
ideia em particular. Frequentemente, eles vão se mostrar
como vendedores convencidos de que construir essa única
ideia é a chave para fechar um negócio importante. Eles
não são nada flexíveis, não se adaptam, temem a mudança
e, às vezes, tentam impor a sua opinião por cima das dos
demais.
Se você ouvir o RINOCERONTE e criar o recurso que eles
solicitaram, eles podem ficar temporariamente satisfeitos.
Mas, é claro, para essa personalidade, sempre haverá
outra nova oportunidade de alto valor que eles desejam
perseguir. Assim, você pode rapidamente se ver em uma
situação em que todos os recursos que construiu não estão
conectados aos seus objetivos ou estratégia gerais.
Como você doma o RINOCERONTE: Ter uma estrutura de
priorização clara pode realmente ajudar. Pegue a opinião
do RINOCERONTE, aplique-a à sua estrutura e mostre onde
ela se encaixa e quando. Isso mostrará a eles que você não
está apenas dizendo não (ou sim) aleatoriamente - você
toma todas as suas decisões da mesma maneira.
ZEBRA (Zero Evidence But
Really Arrogant - Zero
Evidência, Mas Realmente
Arrogante)
Zebras pensam que sabem tudo, mas confiam em seus
instintos ao invés de qualquer evidência real. A Zebra pode
ter sorte e, ocasionalmente, acertar as coisas - mas, aqui
a gente já sabe que nada é tão preciso quanto o processo
de testar suposições e coletar dados para apoiar suas
decisões.
Como os colaboradores zebra tendem a se manifestar?
Eles confiam em seu instinto para determinar o que é
importante. Vão expressar suas opiniões com firmeza,
mas se você pressioná-los, não serão capazes de oferecer
evidências de como chegaram a essa conclusão específica.
Em vez de passar pelo processo todo de design de
apresentar uma hipótese, testar e validar e, em seguida,
usar isso para informar as decisões futuras, eles vão direto
da ideia à construção.
O perigo de deixar o zebra dominar o projeto é construir
sem pesquisa de cliente ou validação de mercado. E
quanto menos você testar suas ideias, mais risco estará
assumindo.
A melhor maneira de domar um zebra é “ conv idá-lo
para o passeio” . Convide-os a participar de sua pesquisa.
Você pode assumir essa suposição e encontrar uma
maneira de testá-la com algum protótipo de baixo risco.
Diga a eles que você está disposto a realizar pequenos
experimentos, mas não vai investir significativamente na
ideia deles até que tenha uma solução mais tangível.
GERENTE GAIVOTA
Durante o dia a dia normal de trabalho, ele é o cara que
tende a tende a ficar um pouco afastado do projeto.
No entanto, eles ocasionalmente entram, causam uma
confusão e saem novamente, deixando a equipe para
limpar a bagunça. Suas intenções são boas, mas nem
sempre estão cientes dos efeitos de longo prazo de suas
soluções propostas.
Portanto, para domar o GAIVOTA vale trazê-lo também
para os dados obtidos durante as pesquisas e entrevistas e
assim fazê-lo tomar pé das consequências das soluções.
Mesmo tendo conhecimento dos diferentes perfis de
pessoas e sabendo dicas de como lidar e conduzir essas
pessoas, a Lari gosta de sempre fazer o alerta de que um
novo perfil pode surgir ou não se encaixa nos listados
acima. Nestes casos, você pode mesclar técnicas ou
improvisar para melhorar a experiência da pessoa ou do
time.
Para te ajudar nesse trabalho, a seguir, vamos te mostrar o
que os participantes podem estar querendo demonstrar de
acordo com determinados gestos ou posturas corporais.
Fique com a gente!
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
12 O corpo
também fala
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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A linguagem verbal
representa apenas 7%
da nossa comunicação
interpessoal.
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O tom de voz, a velocidade, ritmo e entonação que usamos
para emitir as mensagens representam 38%, enquanto os
gestos, expressões faciais, posturas e outras informações
expressas sem sequer pronunciarmos uma palavra
corresponde a 55% da mensagem que pretendemos emitir.
A constatação é de Albert Mehrabian, um dos pioneiros nos
estudos da comunicação não verbal e professor emérito de
Psicologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
O livro “ O corpo fala - a linguagem silenciosa da
comunicação não verbal” , de Pierre Weil e Roland
Tompakow , traz uma série de contribuições para que
possamos interpretar posturas e sinais corporais que podem
estar sendo transmitidos pelos participantes (ainda que sem
querer) durante o workshop. Dá só uma olhada:
Pernas agitadas ou batidas frenéticas com o Mãos inquietas: pode apostar que é um sinal de
pé: sinal de impaciência ansiedade quando a pessoa rói as unhas, mexe com
frequência no celular, morder a tampa da caneta ou brinca
Braços cruzados: seu interlocutor está demonstrando com colar, anéis ou outros acessórios.
não estar muito receptivo para conversar.
Cabeça erguida e olho no olho: não se trata
Mãos fechadas em punhos: pode ser indicativo de de encarar o interlocutor nem de demonstrar petulância,
frustração e nervosismo. mas sim de estabelecer contato visual amigável durante a
conversa para demonstrar interesse e participação.
Tórax projetado para frente: demonstra
vaidade, egocentrismo ou que a pessoa, naquele Corpo tão inclinado a ponto de quase se dobrar
momento, está tentando se impor. é sinal de insegurança, submissão. Ao tocar o pescoço a
demonstração de vulnerabilidade é ainda mais evidente
Tórax retraído: ao contrário, pode sinalizar timidez
e até certa submissão. A pessoa que se retrai pode estar se Mãos na cintura: essa pose é a clássica que muitos
sentindo dominada pela situação estudiosos da cinesiologia (ciência que estuda a linguagem
corporal) denominam como “pose do super-herói”,
Postura ereta: sinal de equilíbrio. justamente por transmitir segurança e autoconfiança.
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
13 Saia justa
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
Entre as várias pesquisas e entrevistas que já tinham sido “No meio da facilitação vimos que eles estavam
realizadas, a squad definiu um hall de oportunidades de completamente perdidos sobre o porquê eles estavam ali.
inovação para ajudá-los a cumprir esse objetivo. Sem contar que era a primeira vez que eles participavam
de uma sessão de facilitação. Então, embora eles tivessem
Ocorre que o banco havia recrutado o time de dados para gostado do exercício, não conseguimos sair com o que
participar das dinâmicas de facilitação somente depois que esperávamos.
o projeto já estava em andamento. Então, além das sessões
envolverem pessoas desconhecidas, o time de dados não Para que todos ficassem na mesma página, demos um
estava a par dos frutos das etapas anteriores e o quanto as passo para trás após a primeira cocriação. Elaboramos um
equipes já tinham caminhado até então. material em ppt pra eles para que eles pudessem estudar
sobre o tema e se inteirar do projeto”, explica Fransuel.
131
Em seguida, Fransuel optou por quebrar a cocriação em “Em princípio, pode parecer que enviesamos as propostas
duas etapas com a matriz de Resolução de Problemas de soluções para só então reunir o time de dados
(Solv ing Problems). Com os stakeholders foram novamente. Mas, no início da facilitação, os participantes
abordados os seguintes pontos: foram muito literais. Normalmente, profissionais
que atuam com dados têm a característica de não
What is (descrição do problema) conseguir abstrair informações. Eles tendem a focar o
pensamento em coisas muito específicas e diretas e,
What if (sugestões de solução) consequentemente, muito enviesadas para uma solução
mais tecnológica. Por isso, o primeiro encontro foi
What Wow’s (que output queremos) muito ruim, porque o time de dados estava encarando a
facilitação como um jeito de colocar em prática as ideias
E com o time de dados: que eles já tinham em mente, que já estavam enraizadas,
sem antes focar no problema em si”, conta Fransuel.
What works (como viabilizar
tecnologicamente)
Assim, os stakeholders iriam delimitar o que era possível
ser feito no tempo determinado em contrato. E no segundo
momento, o time técnico desdobraria as possibilidades
pré-definidas em soluções possíveis de serem executadas
em tempo também.
PARA RESUMIR... Então, como tínhamos um prazo para entregarmos algo
factível, isso estava completamente fora de cogitação.
Tínhamos que trabalhar com as ferramentas já existentes e
Quais foram as dificuldades como era difícil convencê-los disso. Então,após essa dinâmica de
facilitador: cocriação em duas etapas, afunilamos para uma solução
que foi entregue, mas não sem antes uma nova rodada
- As pessoas convidadas para cocriar não tinham de entrevistas para entender os diferentes casos de uso
informações suficientes sobre o projeto no banco. O martelo foi batido nas especificidades após
- A experiência de cocriação era completamente nova prototipação, lembra Fransuel.
para o time de dados O especialista encerra contando que os feedbacks foram
- Pouco tempo disponível para que todos estivessem na muito bons, porque eles nunca tinham trabalhado dessa
mesma página e até para a condução das dinâmicas até forma e gostaram bastante. “Inclusive, os membros do
o objetivo final. banco foram presenteados com um playbook ao final do
contrato com outras soluções que cocriamos ao longo do
projeto para que eles pudessem usar posteriormente.”
E por falar em objetivo final...
“O grande entrave é que os membros do banco queriam
trabalhar com serviço de computação em nuvem confiável,
escalável e acessível. Mas o banco não iria priorizar esse
tipo de solução, porque não havia tempo hábil para
implementação naquele quarter.
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14 Manual de
boas práticas
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“Começaremos juntos, vamos terminar juntos”. “Preciso de vocês comigo pra gente terminar
no horário”. “Estamos com nosso horário apertado para essa atividade, então, conto com
vocês para sermos objetivos aqui”. Frases como estas ajudam a delimitar alguns limites, de
maneira educada, mas sem deixar de exercer o controle diante do workshop.
Algumas práticas são muito bem-vindas para te apoiar nessa função, ao passo que você
também deve estar atento a algumas condutas que é melhor evitar. É o que vamos ver a seguir!
- Deixar as ferramentas visíveis - Deixar as - Ficar lendo slides - Se tiver que ler, vá
próximas etapas visíveis tira todo o encantamento da alternando entre as pessoas ali presentes e peça para
experiência. Quando o time chegar, vai ler tudo. Então, que cada uma leia uma pasta. Assim fica mais dinâmico.
vá liberando conforme você facilita.
“
Não precisa estudar muito sobre o assunto
que você vai trabalhar, pois o seu papel não é
entender a fundo sobre algum tema, mas sim
orquestrar o conhecimento dos envolvidos.
Algumas pessoas estudam muito algum tema,
mas a dica que eu daria é que você conheça
o contexto de forma macro, mas não precisa
virar um especialista do assunto.
Lari
DICAS DE OURO
- Antes de dar início à sessão, reserve um tempo para fazer uma leitura dos
participantes. Lembre-se de que você é referência para o time, então, transmita
segurança, estipule o tempo com eles e, sempre que perceber que há necessidade de
prolongar uma atividade, conceda mais alguns minutinhos até que todos concluam o
que estiverem fazendo. Assim, você demonstra acolhimento.
- Elogie atitudes positivas das pessoas, para que elas continuem participando
ativamente. Da mesma forma, cuide para que você mantenha a sua atitude positiva,
pois, seu papel também será estimular os demais quando a energia do grupo baixar.
- Se sentir que as pessoas estão com sono, que pode ser muito frequente em
momentos de volta do almoço, proponha atividades mais práticas e que mexam o
corpo. Isso ajuda a acordar!
- Seja firme com o time: seja um guardião do foco do projeto e do tempo proposto para
as atividades.
- Por fim, tenha em mente que você é a pessoa que mais entende da facilitação ali.
Então, confie em você e no seu potencial de execução e confie nas pessoas que
participarem contigo da experiência.
Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
15 Para a
cabeceira
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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O corpo não mente Isto é Design de Serviço na Prática: Como Aplicar o Design de
Joe Navarro Serviço no Mundo Real: Manual do Praticante
Marc Stickdorn & outros
Continue os estudos sobre comunicação não verbal com os
ensinamentos de Joe Navarro. O ex-agente do FBI mostra O design de serviço proporciona um modelo e um
como interpretar o que os clientes, colegas, entrevistados e conjunto de ferramentas consistentes visando à ótima
entrevistadores por meio dos gestos, expressões e postura. experiência do cliente. Com um capítulo inteiro dedicado
Aprenda a reconhecer hábitos que enviam mensagens à facilitação, este livro faz uma introdução abrangente ao
erradas e ver o que a postura, os locais de trabalho e até design de serviço (e de qualquer produto), descreve as
mesmo os hábitos eletrônicos dizem acerca das pessoas. principais atividades, apresenta instruções para o uso das
ferramentas e os métodos mais importantes. Aborda a
condução de workshops, a implementação dos conceitos,
o design de serviço em organizações, além de trazer
estudos de caso do mundo inteiro.
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
Se a leitura em inglês for confortável para você, vale conferir essas referências:
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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16 Tá na
tela!
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
Brené Brown - The call to courage (20019 Spotlight: Segredos revelados (2015)
“O medo de arriscar mata a criatividade e a inovação. Saber fazer as perguntas certas, no momento oportuno.
Ousar ser vulnerável e topar falhar leva a resultados muito Investigar e filtrar dados para melhor condução do projeto.
melhores”. Esta é uma das falas de Brown que vão te Essa história real tem muito a te ensinar sobre essas e outras
inspirar a assistir ou a rever este campeão de audiência habilidades de um bom facilitador.
disponível na Netflix.
O filme, que despertou bastante polêmica na ocasião do
Entre tantas lições presentes neste documentário, a seu lançamento, mostra a atuação profissional irretocável
pesquisadora norte-americana fala sobre o papel da de um grupo de jornalistas norte-americanos, ao reunir
vulnerabilidade no ambiente de trabalho. Em vez de fingir documentos capazes de provar diversos casos de abuso de
perfeição e se fechar em uma armadura, ela sugere que crianças, causados por padres católicos. Eles poderiam ser
colegas e líderes estejam abertos para o risco de errar, para comparados a um grupo de inovação dada a coordenação
as conversas difíceis. estratégica com que todos trabalham, como um time
empático, colaborativo e assertivo.
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
17 Podcasts
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Descomplique processos e dê caminhos para solucionar problemas complexos
18 Referências
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YouTube - Leandro Karnal explica os Mundos Vuca e Bani
Link: https://www.youtube.com/watch?v=MBGOCXxVYzg
Grupo Voitto - Aprenda como o método MoSCoW poderá ajudá-lo a priorizar as tarefas da sua empresa
Link: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/metodo-moscow
Rock content - ICE score: o que é, como funciona e como aplicar para melhorar os resultados da sua equipe
Link: https://rockcontent.com/br/blog/ice-score/