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Ministério da Educação

Universidade Federal do Pampa/Câmpus Jaguarão/RS


Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional

A ESQUIZOFRENIA NO CONTEXTO ESCOLAR

Luciana Pinho de Quadros1


Denise Aparecida Moser2
Resumo
Este estudo, de caráter bibliográfico, teve como objetivo investigar como os
professores podem lidar com alunos esquizofrênicos que frequentam os anos iniciais
da Educação Básica. Nesse contexto, foram retomados autores como Pull
(2005)Soares(2010)Figueiredo(2013)D’Andrea(1991) entre outros que discorrem
acerca da esquizofrenia. E para abordar sobre a inclusão com esse tipo de público
escolar, Monteiro e Louzã (2007), Brasil (2008)D’Antino(1991) Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” (Brasil, 2008). Foi um
estudo dessa patologia, ao qual fatores multifatoriais estão associados a um
aumento no seu desenvolvimento, tendo que se levar em conta os diferentes tipos
de esquizofrenia e como a criança que sofre com esse transtorno pode e deve
freqüentar a escola. E a importância do seu diagnostico com rapidez pelo fato que
assim ela não sofra com os prejuízos cognitivos no processo ensino
aprendizagem.Por ser uma causa de fator indeterminado tem que se ficar atento aos
primeiros surtos, pois os transtornos alteram o comportamento do paciente .A
família é muito importante nessa fase de descoberta e tratamento,e a escola
também irá fazer parte, para isso os profissionais da educação vem procurando

1
Graduada em Pedagogia (UNIPAMPA- 2013); Especialista em Metodologia do Ensino de Línguas e Literatura
(UNIPAMPA – 2014); e-mail: lupinhoquadros@hotmail.com
2
Professora Adjunta do curso de Letras: Português/Espanhol e respectivas Literaturas (UNIPAMPA); e-mail:
denisemoser@oi.com.br
cada vez mais se especializar nessa área. E a escola aos poucos sofre
transformações nesse espaço de incluir.

Palavras-chave: Esquizofrenia. Inclusão. Educação Básica.

Abstract
This study, bibliographic character, aimed to investigate how teachers can deal with
schizophrenic students attending the first years of basic education. In this context,
authors have been taken up as Pull (2005) Soares (2010) Figueiredo (2013) D'An-
drea (1991) among others who talk about schizophrenia. And to address the inclu -
sion of this kind of public school, Monteiro and Louzã (2007), Brazil (2008) D'Antino
(1991) National Policy for Special Education in the Perspective of Inclusive Education
"(Brazil, 2008). It was a study of this pathology, which multifactorial factors are asso -
ciated with an increase in its development, having to take into account the different
types of schizophrenia and as the child who suffers from this disorder can and should
attend school. And the importance of their diagnosis quickly because so she does not
suffer from cognitive impairments in the teaching aprendizagem.Por be a cause of
undetermined factor has to be alert to early outbreaks because the disorders alter the
patient's behavior .The Family is very important in this phase of discovery and treat -
ment, and the school will also be part to this education professionals is increasingly
seeking to specialize in this area. And the school gradually undergoes transforma-
tions in this space to include.

Keywords: Schizophrenia . Inclusion. Basic education.

1 Introdução

A esquizofrenia um dos terceiros transtornos que mais afeta a população no


mundo todo, ao qual produz dificuldades sociais com os relacionamentos e
atividades produtivas da pessoa.
Na criança um dos principais sintomas será a criança que faz birra , ou é
teimosa que irá apresentar um comportamento mais arredio, reservado, mais tímido
que não responde a uma agressão, esses sinais a família e a escola tem que ficar
atento pois os primeiros surtos são importantes para que se haja o tratamento já nos
primeiros sintomas.
A esquizofrenia não tem cura mais tem tratamento, quando apresentar o
primeiro surto e houver o tratamento o índice de controlar o doente é de 80%, na
segunda baixa para 50% e na terceira cai para 30%.(Barbosa2009).
Por isso da importância da família estar atenta aos sintomas que citei mais
acima para que haja juntamente com a escola um olhar observador, ajudando no
caso observar alguns sintomas estranhos, diferentes do que se está acostumado a
observar.
Se no caso houver o diagnostico , a escola deverá ser inclusiva nas suas
atitudes , tendo um compromisso de haver a inclusão que haverá de ocorrer no dia a
dia . Acredito que se tenha que haver a mobilização de todos professores para se
haver a inclusão. E a escola deverá ter consciência das diversidades inclusivas que
existem tanto física como intelectual.
Conforme a lei nº 9394/96 – lei de diretrizes e bases da educação nacional
– 1996.
Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O
atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,
sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a
sua integração nas classes comuns do ensino regular.
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
Conforme Cufaro: O caminho da inclusão de psicóticos e autistas é
constituído no dia-a-dia,passo a passo, e por isso podemos olhar para trás e
ressignificar esse caminhar.
Por isso, quando se oferece à educação inclusiva, deve-se proporcionar condições
para que a criança não se sinta ainda mais excluído.
Segundo Valente (2001), os ambientes educativos devem oferecer condições
que possibilitem reflexão e criação, devem ter espaços agradáveis, devem permitir
aplicações práticas e a relacionar os conhecimentos com experiências apoiadas na
realidade da criança.
Para isso, a escola deverá estar preparada, com profissionais especializados,
para saber lidar com essa situação. Do contrário, será mais um processo de excluir
do que incluir.
2 Esquizofrenia

A esquizofrenia tem como um dos principais diagnósticos os transtornos


mentais que acometem uma parte da população entre 15 e 44 anos de idade. Nos
homens, o início é mais precoce do que as mulheres, geralmente, entre os 15 e 25
anos de idade. As mulheres adoecem mais tardiamente, entre os 25 e os 35 anos,
mas não é uma regra. (Figueiredo , 2013).
Caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica em que o indivíduo
perde a capacidade de integrar suas emoções e sentimentos com seus
pensamentos, podendo apresentar crenças irreais (delírios), (exemplos: sentir-se
perseguido pela polícia ou possuir super poderes, como capacidades sagradas
especiais; percepções falsas do ambiente (alucinações) (exemplos: ouvir vozes ou
ver vultos; e comportamento que revelam a perda do juízo crítico. (Figueiredo,
2013).
Segundo Pull (2005), “as alucinações e delírios são frequentemente
observados em algum momento durante o curso da esquizofrenia. As alucinações
visuais ocorrem em 15%, as auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os
sujeitos, e os delírios em mais de 90% deles”.
A esquizofrenia é considerada um dos transtornos mentais mais graves,
sendo a terceira causa dos suicídios. Primeira, é a depressão; segunda, é o
transtorno bipolar. É também uma das doenças que mais afeta a qualidade de vida
das pessoas que sofrem com esse transtorno. Sua frequência na população em
geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, havendo cerca de 40 casos novos
para cada 100.000 habitantes por ano. No Brasil, estima-se que haja em torno de 2
milhões de pessoas portadoras de esquizofrenia (Figueiredo 2013).
A regressão, a confusão e a ansiedade progridem para o estado de pânico,
com episódios confusionais de delírio febril, excitação motora, insônia e atitudes
catatônicas. A esquizofrenia catatônica é dominada por distúrbios psicomotores
proeminentes que podem alternar entre extremos, tais como: hipercinesia 3 e estupor
ou entre a obediência automática e o negativismo. Atitudes e posturas a que os

3
Hipercinesia: substantivo feminino
med motilidade patologicamente excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos
(Soares 2010.p )
pacientes foram compelidos a tomar, podem ser mantidas por longos períodos.
(Soares, 2010).
Schulte e Tollen (1981, p.575) discorrem acerca da esquizofrenia:

O pensamento se apresenta “embaralhado” “desordenado”, às vezes


“lentificado” outras vezes “precipitado” e “prolixo” ou ainda eléptico e
“descontinuo”, ocorrendo em saltos (“descorrilamento”). Outro fenômeno
observável é o “bloqueio do pensamento”. Ele é quase patagnomânico
(diagnóstico) de esquizofrenia. A elocução se interrompe bruscamente, por
alguns segundos. O pensamento fica como que suspenso. Depois, a
conversação retorna ao tema procedente ou a um outro que aparece
bruscamente, como se nada tivesse ocorrido. (SCHULTE; TOLLEN, 1981,
p. 575).

“Em alguns casos, ocorre interesse demasiado por temas exóticos, místicos,
religiosos, astronômicos ou filosóficos, que passam a dominar o cotidiano da
pessoa. Algumas pessoas podem desenvolver um comportamento mais arredio ou
indisciplinado, ter momentos de explosão, de raiva ou descontrole emocional diante
de situações em que se esperaria maior desenvoltura para resolver problemas’’
(Soares 2010).

Esta é uma entidade mórbida muito ampla que inclui o grupo de distúrbios
psicóticos que se manifestam por alteração do pensamento da afetividade e
do comportamento. As alterações do pensamento caracterizam-se por
distúrbios ideativos que podem levar a uma interpretação distorcida da
realidade e, também, a delírios e alienações. 12 Os transtornos da
afetividade caracterizam-se, predominantemente, por ambivalência, reações
emocionais inadequadas e desapego em relação ao outros. O
comportamento perturbado pode apresentar-se na forma de retraimento,
excentricidade ou regressão. De modo geral, o esquizofrênico caracteriza-
se pela lenta e progressiva deteriorização da personalidade e pela perda de
interesse pelo meio que o rodeia. (D’ANDREA, 1990, p. 64).

Essa doença produz também dificuldades sociais com os relacionamentos ao


trabalho e relacionamento, com a interrupção das atividades produtivas da pessoa.

2.1 A descoberta da esquizofrenia

Eugen Bleuler, psiquiatra suíço, cunhou o termo esquizofrenia (esquizo =


cindida; frenia = mente), Para Bleuler, a principal característica da esquizofrenia era
a cisão entre pensamento e emoção, dando a impressão de uma personalidade
fragmentada e desestruturada. Os pacientes não tinham necessariamente uma
evolução deteriorante como na demência e muitos se recuperavam.
(Figueiredo,2013)
Contudo, a alcunha de doença degenerativa acompanhou a esquizofrenia por
muitas décadas. Com um arsenal terapêutico limitado, a doença encheu vários
hospitais em todo o mundo, a ponto de ter o maior índice de hospitalização. A
dificuldade de reintegração à sociedade, motivada por internações muito
prolongadas e pelos poucos recursos de tratamento, aumentou o estigma e o
preconceito que cercam a doença até hoje. (Figueiredo,2013)
Nos últimos 25 anos, assistimos a uma revolução na maneira de tratar os
doentes mentais: medicamentos modernos capazes de controlar a doença e de
permitir a reintegração dos pacientes à família e à comunidade, dispositivos
alternativos aos hospitais, que acolhem a pessoa dentro de sua singularidade e que
trabalham pela sua reabilitação psíquica e social, mais informação para vencer os
tabus e preconceitos da sociedade, participação colaborativa da família e de redes
sociais imbuídas do objetivo comum de apoiar e lutar pela recuperação dos
pacientes. (Soares 2010).
A esquizofrenia não tem cura, mas possui tratamento. Se houver um
diagnóstico precoce, melhor será para o doente e para os familiares.

2.2 Os tipos de esquizofrenia

A esquizofrenia se classifica em cinco tipos distintos:

Esquizofrenia paranóide

É caracterizada pelo predomínio de sintomas positivos (delírios e alucinações) sobre os

sintomas negativos. Em geral, os pacientes apresentam tramas delirantes bem estruturadas e

alucinações, com alterações de comportamento compatíveis com suas vivências psíquicas,

como inquietação ou agitação psicomotora, comportamento de medo ou fuga, ausência de

juízo crítico, dentre outras. Nesses casos, o paciente melhora dos sintomas mais agudos com

o tratamento, retomando boa parte de suas atividades e relacionamentos, permanecendo com

poucos prejuízos na fase crônica, já que os sintomas negativos não estão tão presentes.

Podem ocorrer sintomas cognitivos que dificultam a retomada de algumas atividades após a
fase aguda.

Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada

Nesse caso há predomínio dos sintomas negativos e de desorganização do

pensamento e do comportamento sobre os sintomas positivos. Alucinações e delírios podem

não ocorrer, ou se ocorrerem, não são uma parte importante do quadro, que se caracteriza

mais por um comportamento pueril ou regredido, desorganização do pensamento e do

comportamento, dependência de terceiros para atividades mais básicas, perda da autonomia,

desinteresse, isolamento ou perda do contato social e afetividade mais superficial ou infantil.

Os sintomas mais agudos, como a desorganização do pensamento e do comportamento,

podem melhorar com o tratamento, mas alguns sintomas negativos podem persistir e dificultar

mais a retomada das atividades. Ocorrem alterações cognitivas, principalmente relacionadas à

atenção, memória e raciocínio, que podem trazer prejuízos sociais e laborativos .

Esquizofrenia catatônica

É o tipo menos comum, caracterizado por sintomas de catatonia na fase aguda. O

paciente pode falar pouco ou simplesmente não falar, ficar com os movimentos muito lentos

ou paralisados (p.ex., numa mesma posição por horas ou dias), recusar se alimentar ou ingerir

líquidos, interagir pouco ou simplesmente não interagir com ninguém, embora desperto e de

olhos abertos. O tratamento melhora os sintomas de catatonia, podendo o paciente

permanecer com sintomas negativos e cognitivos na fase crônica. Há casos em que, na fase

aguda, podem ocorrer comportamento agitado e repetitivo sem um propósito claro ou

identificável.

Esquizofrenia indiferenciada

Quando os sintomas positivos e negativos estão igualmente presentes, havendo delírios e

alucinações em intensidade semelhante aos sintomas negativos e desorganizados, classifica-

se o tipo como indiferenciado. A evolução e o prognóstico nesses casos são muito variáveis,

geralmente pior do que na esquizofrenia paranóide, porém superior ao tipo hebefrênico.

Esquizofrenia simples
Em casos em que os sintomas negativos ocorrem isoladamente, sem sintomas positivos e de

desorganização, e não há uma diferença bem delimitada entre as fases aguda e crônica,

optou-se por chamar de esquizofrenia simples. Alguns autores equivalem esse diagnóstico ao

transtorno de personalidade esquizotípico, caracterizado por afetividade superficial ou

imprópria, falta de vontade e comportamento excêntrico ou desviante, com tendência ao

isolamento e desinteresse social. Os sintomas negativos ocorrem mesmo sem um surto

psicótico que os preceda.

Esquizofrenia residual

Utilizado para tipificar quadros mais crônicos, de longos anos de evolução ou que evoluem

rapidamente para um comportamento mais deteriorado, com muitos prejuízos sociais e para a

autonomia da pessoa, afetando sua capacidade de comunicação, inclusive verbal, gerando

passividade ou falta de iniciativa, lentidão psicomotora, monotonia e prejuízos inclusive para o

auto cuidado e higiene pessoal.


Bibliografia: Entendendo a esquizofrenia – Como a família pode ajudar no tratamento.
2.3 As causas

A causa ainda é um fator indeterminado, ou seja, de causa multifatorial.


Após várias pesquisas para descobrir a causa da esquizofrenia, sabe-se que a
genética é responsável por cerca de 50% da chance de adoecer, cabendo a outra
metade aos fatores ambientais. O quadro clínico dependeria, portanto, do número de
genes envolvidos em cada pessoa, até porque sabe-se que filhos de pais
esquizofrênicos em relação à hereditariedade muitos deles não desenvolveram a
doença ou até mesmo irmãos gêmeos, sendo assim um poderá desenvolver a
doença enquanto o outro não.(Figueiredo,2013).
Sabe se que pesquisas genéticas ainda são muito recentes, tendo ainda
muito a ser descoberto, sendo assim tratamentos e medicações passam
constantemente a ser aperfeiçoados. Em relação ao diagnostico, somente através
de uma avaliação psiquiátrica, até mesmo porque não existem exames laboratoriais
que identifiquem o problema, seria uma das dificuldades do diagnostico da doença,
somente com o psiquiatra, com muita conversa é possível haver o diagnostico, ou
seja, somente haverá o resultado perante avaliação clinica.Figueiredo(2013).
Em relação ao ambiente, fatores de risco, vem sendo pesquisados em
relação ao esquizofrênico, ao qual conseguiram identificar que alguns ambientes
favorecem ou podem influenciar a patologia do individuo.
O desenvolvimento cerebral começando na gestação passando para a
primeira infância, será um dos mais significativos para a vida de uma criança pode
se até dizer que seja a fase de mais importância para o cognitivo .
(Figueredo,2013)

Para Piaget, a aprendizagem se dá através dos processos de assimilação,


acomodação e os esquemas. O desenvolvimento passa pelos seguintes
estágios de desenvolvimento de acordo com Piaget:- Sensorial-motor (0 -
2anos).Ao nascer, o bebe tem padrões inatos de comportamento, como
agarrar, sugar e atividades grosseiras do organismo, segundo Piaget. As
modificações e o desenvolvimento do comportamento ocorrem como resultado
da interação desses padrões inatos (semelhantes a reflexos) com o meio
ambiente. O bebê então começa a construir esquemas para assimilar o
ambiente.

Esses processos de aprendizagem devem proporcionar a criança um


desenvolvimento saudável desde a gestação até a fase adulta. Em casa ou na
escola esses espaços sejam formais ou não deverão oferecer a criança condições
para seu desenvolvimento. Outro ponto delicado no cérebro começa na
adolescência, pois e ai que começa a transformar se para a fase adulta, é
exatamente neste momento que a doença se manifesta desencadeando o primeiro
surto, que muitas vezes para a família passa despercebidos ou até mesmo
diagnosticado com outra patologia .(Soares 2010)
Portanto estudos comprovam que o individuo esquizofrênico tiver acesso a
droga ex. maconha esse terá 5 vezes mais risco de desenvolver psicose, diferente
se o paciente tiver acesso a droga somente após os 18 anos .(Soares2010)
O ambiente terá uma grande importância para o individuo que for suscetível
a essa doença, conforme mostra o quadro abaixo:

Tabela com alguns fatores de risco conhecidos no ambiente e relacionados ao


diagnostico de esquizofrenia:
Períodos do
Fatores Ambientais de Risco
Desenvolvimento Cerebral

Viroses (influenza, rubéola, herpes) na mãe, particularmente quando

ocorrem no segundo trimestre de gravidez;

Desnutrição materna;

Morte do esposo;
Período Pré-Natal

Catástrofes;

Gravidez indesejada;

Depressão durante a gravidez.

Complicações da gravidez (sangramentos, diabetes, incompatibilidade

rH, pré- eclâmpsia);

Crescimento ou desenvolvimento fetal anormal (baixo peso ao nascer,

prematuridade, malformações congênitas, redução do perímetro

encefálico);

Período Neonatal

Complicações do parto (atonia uterina, asfixia/hipóxia neonatal, parto

cesáreo emergencial);

Interação mãe- criança atípica ou maternagem deficiente;

Perda precoce de um dos pais.

Primeira Infância Infecções do SNC (meningite, encefalite, sarampo);

Experiências psicológicas negativas;


Períodos do
Fatores Ambientais de Risco
Desenvolvimento Cerebral

Traumas, abuso físico e sexual.

Adolescência Uso de maconha.

Bibliografia: Entendendo a esquizofrenia – Como a família pode ajudar no tratamento.

Patologias que ocorrem na escola.

A demência, a psicose a perversão e a neurose são transtornos que alteram


o comportamento dos pacientes que são diagnosticados com essa patologia,
embora pareça algo que não possa acontecer a demência acontece em crianças em
idade escolar , com as mesmas características de esquecimento que se acomete
em um idoso e sendo assim prejudicar o processo ensino aprendizagem ; já a
psicose caracteriza se por ataques de medo, ao qual a criança não consegue manter
a concentração, no caso da perversão o bullyng, seria uma patologia psicossocial
que acomete crianças e adolescentes em idade escolar ao qual o agressor agridem
ou humilham sistematicamente a vitima, impondo sofrimento emocional e físico.
(Soares 2010)

Segundo Lima (2004), muitas crianças e adolescentes vítimas de bullying


desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e
geralmente evitam retornar à escola quando esta nada faz em defesa da
vítima. Por vezes, o bullying é determinante da fobia escolar. Segundo Aramis
Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da ABRAPIA (Associação
Brasileira Pais, Infância e Adolescência) a maioria dos casos de bullying ocorre
no interior das salas de aula, nos pátios, nos arredores da escola, isto é, sem o
conhecimento do professor e dos pais.

O bullyng é portanto um dos transtornos que provoca outros , como a


psicose e a neurose. Os alunos vivem em pânico e não tem estabilidade para
aprender o que lhes é ensinado. O transtorno em seus diferentes tipos de etiologias
e graus, não permite que a pessoa consiga viver uma vida normal, e quando isso
ocorre com a criança seu comportamento fica alterado dificultando sua
concentração, atenção e uma serie de outras formas de ação .Quando ocorre tais
comportamentos exige que um profissional da área de psicologia ou psiquiatria atue
para descobrir as causas e só assim tomar as medidas necessárias.(Soares,2010)

O Art. 227 da Constituição Federal diz que: “É dever da família, da sociedade e


do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

As instituições tem que estar preparada para receber esse aluno e assim
fazer com que aconteça essa inclusão, tanto dentro quanto fora dela, trabalhando
com a família ea realidade da mesma, que muitas vezes não possui estrutura
emocional e psíquica para ajudar essa criança. Falar sobre o tema e não esconder
como muitas escolas fazem, não só a criança que sofre mais também o que causa
dor a vitima, muitas vezes precisa muito de ajuda.
E assim sucessivamente com outras patologias como a esquizofrenia que
tem como um dos seus principais diagnósticos a população jovem entre os 15 e os
44 anos, mas não é uma regra pois a criança em idade escolar pode apresentar
esse transtorno , a qual é denominada (psicose – infantil simbiótica ).Na criança
costuma aparecer entre dois a cinco anos de idade, cujo sintomas surgem após uma
perda, nascimento, ou doença física, ao qual os principais são : birra, agitação
solicitação e rejeição do afeto ao mesmo tempo.(Figueiredo,2013)

A inclusão das crianças com transtorno nas escolas.

A esquizofrenia, prejudica o processo ensino aprendizagem pois essa


doença ela afeta principalmente a concentração dessas crianças que
consecutivamente haverá um atraso no seu cognitivo.
Monteiro & Louzã (2007) citam que : Assim como os prejuízos cognitivos, os
prejuízos funcionais também são observados tanto no início da doença, como na
população de alto risco para psicose, com impacto significativo sobre as atividades
da vida diária.
Por isso da importância de se diagnosticar esse transtorno com rapidez, ou
seja nos primeiros surtos, não deve ser ignorado e sim haver o diagnostico perante
o psiquiatra para que haja logo após o tratamento.
A família muitas vezes tem receio de fazer o diagnostico sabe se da
crueldade em que eram tratados as pessoas com transtornos, muitas vezes com
ausência de higiene é a base de eletro choque, sendo assim não era de forma
alguma terapêutica.

Conforme (ABREU et al., 1991; LAGOMARSINO, 1990; ZUÑIGA;


JOBET,1991) Os profissionais da saúde estão preocupando-se com a
importância do preparo da família, porque a convivência do doente com seus
familiares está sendo cada vez maior, ocorrendo dificuldades de “deixá-lo
internado”, em decorrência de tratamentos realizados em serviços de
emergência, unidades psiquiátricas em casos de surtos, núcleos de atenção
psicossocial (NAPS), hospitais-dia e/ou hospitais-noite, ambulatórios, conforme
o processo de desintitucionalização for sendo consolida. (p g 52).

Sabe se que hoje em dia o esquizofrênico ou qualquer outra pessoa com


transtorno pode levar uma vida normal desde que esse esteja tomando seus
medicamentos participando das teorias de grupo. Enfim na escola ou em qualquer
outra instituição de ensino não deverá ser diferente, e a escola devera estar
preparada para receber esse aluno conforme previsto na perspectiva da educação
inclusivas “os termos “necessidades educacionais especiais” e “educação inclusiva”,
os mesmos serão empregados para referir-se a escolarização de alunos que
apresentam deficiências sensoriais (visual e auditiva), mental/intelectual; transtornos
globais do desenvolvimento (autismo, psicose e outros) e altas habilidades/super
dotação, tal qual como previsto na Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva” (Brasil, 2008).
Como diretrizes, propõe-se assegurar a inclusão escolar de alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/super
dotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular,
com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino;
transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até
a educação superior; oferta do atendimento educacional especializado; formação de
professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais
da educação para a inclusão; participação da família e da comunidade;
acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e
informação; e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
(BRASIL, 2008).
A inclusão para a criança com transtorno será a parte mais difícil e
importante. Difícil por se tratar de uma doença que possui muito preconceito ao qual
o individuo diagnosticada com essa patologia e taxada de “louco perigoso”, que na
verdade como havia citado anteriormente se houver tratamento com medicamento e
terapia, não irá oferecer nenhum risco. Importante porque é na escola que essa
criança irá conviver com diferentes pessoas personalidades, enfim a aprendizagem
de si e do outro e do mundo ao seu redor. Conforme D’ Antino

A principal razão da inclusão é demonstrar que todas as pessoas são membros


igualmente importante em uma comunidade e que a diversidade e a diferença
enriquecem o meio escolar, possibilitando novas aprendizagens para as
pessoas consideradas deficientes ou que por qualquer motivo não se
adaptaram ao sistema escolar. Para D’ Antino (1997, p. 21):

Mas para que a educação inclusiva aconteça de verdade a escola tem que
estar pronta, adptar se de acordo com cada necessidade para receber e saber lidar
com os diferentes tipos de transtornos e deficiência que existem,com profissionais
capacitados tanto teórico como pratico. E principalmente a família deverá estar
pronta a ajudar e ser ajudada por esses profissionais da educação.

O projeto inclusivo se faz a partir do momento em que você conhece a criança


e sua família. É preciso saber com quem se está lidando, ter uma idéia da
questão subjetiva da criança. Qual é o problema que está acontecendo com
essa criança? Quais são as potencialidades e dificuldades que ela tem?
Laudos são importantes, porém o que vai pesar são os aspectos subjetivos
singulares de cada caso. O que vale é aquilo que se conhece da criança.
(RANÑA, 2005, p. 91)

Considerando a importância de se haver a inclusão, principalmente em


crianças com transtorno pelo fato de haver troca de experiências que há entre
crianças, o convívio, aprender coisas novas, isso é importante para a criança e
principalmente para a família que muitas vezes não aceita o diagnostico ou super
protege causando ainda mais problemas a esses pacientes.
Considerações Finais:

Percebe que as pessoas com deficiência tanto física quanto intelectual


enfrentam de certa forma muito preconceito, ao qual começa muitas vezes na
família, escola e sociedade. E principalmente se for o caso dos transtornos mentais
por não conhecer a patologia ao qual muitas vezes os deficientes com transtornos
mentais eram designados os que não queriam aprender , burros ou até “loucos
perigosos”.
Se a criança ou adolescente diagnosticado com transtornos mentais
consegue com tratamento viver uma vida normal. Será e terá que ter o direito a
educação especial prevista em lei no qual os termos “necessidades educacionais
especiais” e “educação inclusiva”, os mesmos serão empregados para referir-se a
escolarização de alunos que apresentam deficiências sensoriais (visual e auditiva),
mental/intelectual; transtornos globais do desenvolvimento (autismo, psicose e
outros) e altas habilidades/super dotação, tal qual como previsto na Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” (Brasil, 2008).
Percebe se que a intenção é boa existe a lei,
Se está previsto em lei porque na maioria das instituições escola isso não
acontece, do que adianta se falar em inclusão se não houver a integração e
participação de todos , família ,escola , alunos especiais ou não , todos com suas
diferenças nos mais diversificados aspectos , ao qual muitas vezes o que se
observa e o aluno com deficiência ser um mero espectador, sem participar das
atividades propostos pelo educador , sem falar que mais dá metade das escolas em
sua acessibilidades não esta preparada para receber esse aluno.

Referências:

ABREU, Paulo Silva Belmonte de; et al. Fardo do paciente psiquiátrico crônico na
família. Revista ABP-APAL, São Paulo, v. 13,1991.

Brasil Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as leis de diretrizes e


bases da educação . Disponivel em http://www.planalto . gov.br.acesso 23/11/2015
VALENTE, José Armando. Contribuições da Informática na Educação ao Trabalho
Psicopedagógico. In._: Aprendendo para a vida: os computadores na sala de
aula. São Paulo, Cortez, 2001.

PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Tradução: Álvaro Cabral. 3ª ed. Martins


Fontes: São Paulo , 2007.

FIGUEIREDO, Leonardo Palmeira .Entendendo a esquizofrenia – Como a família


pode ajudar no tratamento. 2º edição. 2013.

Associação Americana de Psiquiatria. Manual de Diagnóstico e Estatística de


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