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Tecido Muscular Esquelético
Tecido Muscular Esquelético
HISTOLOGIA
E GENÉTICA
Gabriela Augusta Mateus Pereira
Tecido muscular:
músculo esquelético
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o tecido muscular estriado esquelético,
sua histologia e componentes. Também conhecerá a estrutura molecular,
além de saber mais sobre a função de movimentar o nosso corpo de
forma voluntária.
Histologia
O tecido muscular esquelético é um dos três tipos de músculos do corpo e
tem a característica de ser voluntário. Cada músculo esquelético é composto
por centenas a milhares de células alongadas, chamadas de fibras musculares,
paralelamente dispostas.
As células musculares ou fibras musculares podem ser muito longas, como
o músculo sartório da coxa, em que algumas fibras têm o mesmo comprimento
do próprio músculo, isto é, 25 a 30 cm.
2 Tecido muscular: músculo esquelético
Na prática
Cada fibra muscular possui vários núcleos e é envolvida por uma mem-
brana plasmática, chamada de sarcolema. Existem túbulos transversais, os
túbulos T, que se invaginam a partir da superfície em direção ao centro de
cada fibra muscular. Os túbulos T permitem que o líquido extracelular penetre
profundamente no citoplasma da fibra muscular.
O conjunto das duas cisternas transversais e o túbulo T formam uma tríade.
Cada sarcômero tem duas tríades (Figuras 1 e 4).
Retículo sarcoplasmático
Miofibrila
Sarcoplasma
Sarcolema
Núcleo
Figura 1. Detalhes de uma fibra muscular até a visualização do sarcômero e das miofibrilas.
Fonte: Tortora e Derrikson (2012, p. 188).
Sarcômero
Disco Z Disco Z
Filamento Filamento
espesso delgado
Miofibrila
Filamento delgado
Disco Z Filamento espesso Disco Z
Sarcômero
Zona H
Banda I Banda A Banda I
Detalhes dos filamentos e discos Z
Filamento espesso
retículo sarcoplasmático;
complexo de Golgi;
inclusões de gordura;
grumos de glicogênio;
citoesqueleto muito desenvolvido.
Componentes do sarcômero
Sarcomêro é a porção da miofibrila compreendida entre duas linhas Z que mede,
aproximadamente, 2,5 μm de comprimento e constitui a unidade estrutural e
funcional da miofibrila (Figura 5). Um sarcômero compreende uma faixa A
inteira e a metade das faixas I contíguas.
O comprimento de um sarcômero observado nos cortes histológicos não
é constante, mas depende do estado de contração, relaxamento ou distensão
(alongamento) em que o músculo estava no momento da fixação.
Dentro de cada sarcômero, uma área escura, chamada de banda A, estende-
-se por todo o comprimento dos filamentos espessos. No centro de cada banda
A está uma estreita zona H, que contém somente os filamentos espessos.
Na região de cor mais clara, em cada lado da banda A, está a banda I,
que contém o resto dos filamentos delgados, mas sem filamentos espessos.
Cada banda I estende-se para dentro de dois sarcômeros, divididas ao meio
por um disco Z.
As cabeças de miosina são filamentos espessos compostos de proteína
miosina, que tem a forma de dois tacos de golfe entrelaçados, formando a
porção das caudas da miosina.
Os filamentos delgados são ancorados nos discos Z, e seu principal compo-
nente é a proteína actina. Cada molécula de actina contém um sítio de ligação
de miosina, em que uma cabeça de miosina pode se fixar. Os filamentos
delgados contêm duas outras proteínas, tropomiosina e troponina.
Em um músculo relaxado, a miosina está impedida de se ligar à actina,
pois os filamentos de tropomiosina cobrem os sítios de ligação de miosina
na actina. Os filamentos de tropomiosina, por sua vez, estão seguros em seu
lugar pelas moléculas de troponina.
Tecido muscular: músculo esquelético 7
Miofibrila Miofilamentos
Sarcolema
Faixa I
Retículo
sarcoplasmático
Túbulo T
Sarcômero
Faixa A
Faixa
Faixa H
M Cisternas
terminais
Mitocôndrias
Tríade
Linha Z
Placa motora em uma fibra muscular é a região em que ocorre a estimulação nervosa
do músculo, isto é, o axônio de um neurônio forma uma sinapse com a célula muscular.
8 Tecido muscular: músculo esquelético
Para ocorrer a contração muscular, é crucial que haja Ca2+ e energia disponíveis na forma
de ATP. Quando um potencial de ação muscular se propaga ao longo do sarcolema e
no interior do sistema de túbulos T, os canais de liberação de Ca2+ se abrem e permitem
que o Ca2+ escape para o sarcoplasma. O Ca2+ se liga a moléculas de troponina, nos
filamentos delgados, e faz com que a troponina mude sua forma. Essa mudança na
forma move a tropomiosina para longe dos sítios de ligação de miosina na actina.
1 As cabeças de
Legenda: miosina hidrolizam
= Ca 2+ o ATP e tornam-se
orientadas e energizadas ADP
P
2 As cabeças de
miosina ligam-se
à actina, formando
P pontes cruzadas
2 sarcômeros
Filamento delgado
Disco Z Filamento espesso Disco Z Linha M Disco Z
Músculo relaxado
Você sabia que vários tipos de atividade física podem induzir mudanças
nas fibras em um músculo esquelético? As fibras musculares transformadas
mostram leves aumentos no número de mitocôndrias, no diâmetro, no supri-
mento sanguíneo e na força.
Leitura recomendada
KÜHNEL, W. Histologia: texto e atlas. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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