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INSTITUTO MARIA AUXILIADORA

ALUNOS: NARA EUGÊNIA; MATHEUS SOARES; VINÍCIUS CORTEZ; VITOR


CORTEZ
PROFESSORA: DEISE
3ª SÉRIE A

TRABALHO DE ARTE

NATAL/RN
10/2022
IDEIA DE HARMONIA NA MÚSICA E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA

Harmonia na teoria musical geralmente se refere à construção dos


acordes, à sua qualidade e suas progressões. Harmonia ocorre sempre que duas
ou mais notas de diferentes graus são tocadas ao mesmo tempo. Harmonia se
aplica estritamente aos instrumentos tonais, então palmas e sapateados ao
mesmo tempo não criarão uma harmonia.

A harmonia tem origem numa palavra grega que significa uma união
entre as tábuas de um navio ou uma união dessas tábuas. A música grega
integrava a prática de cantar múltiplas melodias ao mesmo tempo, através da
estrutura harmónica pitagórica ou aristoxeniana.

Diferentes culturas enfatizam diferentes estruturas harmónicas. Por


exemplo, a música artística do Sul da Ásia dá ênfase a um quinto ou quarto
aberto, mantendo-se na mesma nota. Pelo contrário, a música religiosa ocidental
primitiva apresentava intervalos paralelos perfeitos, que se tornaram nas
tradições musicais ocidentais de hoje.

A música burguesa – refletindo a ideologia própria de sua classe -


procurava estabelecer um isolamento em relação à sociedade da qual era
expressão, posto afirmar a música como natureza e não como história.
Enfatizava-se os aspectos naturais da música tonal e escondia-se o conteúdo
histórico nele presente. Ora, a promessa de uma solução dos conflitos, e sua
efetivação na música, realizava-se de forma dialética, pois sempre se defendeu
que na obra de arte encontra-se um porto seguro para os problemas que a vida
concreta (alienada) apresenta. A arte estaria livre dos problemas que a própria
sociedade cria. A música não seria expressão de nenhuma sociedade em
particular, posto ela se basear mais em componentes naturais (o som, o sistema
tonal) do que ser uma produção artificial fruto do engenho humano.
Por conseguinte, a música atonal tomou conta do socialismo e serialismo
na sociedade musical. De qualquer modo, a utilização do atonalismo e do
serialismo como afronta ao tonalismo, nas canções brasileiras, encontra
motivação na ideia central do texto poético, que discorre sobre a marginália de
São Paulo na década de 70. O ser humano é retratado, no texto poético, em sua
forma distorcida e desintegrada própria de uma sociedade em dissolução, de
modo análogo à utilização do atonalismo e do serialismo, se estes forem
entendidos como uma distorção e desintegração do centro tonal, princípio
agregador central do tonalismo. A ideia de que o atonalismo e o serialismo,
foram utilizados com o objetivo de provocar o ouvinte, mais especificamente o
ouvinte de música popular acostumado ao tonalismo, traz à tona a dificuldade
intrínseca deste tipo de música à percepção e à cognição auditiva.

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