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MODOS GREGOS

O GUIA DEFINITIVO

MARCELO BARBOSA
ALEXANDRE MAGNO
1ª Edição
MB Guitar Academy ® Todos os direitos reservados
Sobre
Marcelo Barbosa
Autor

Guitarrista das bandas Angra, Almah e Zero10, professor


de música com mais de 20 anos de experiência e
proprietário do GTR Instituto de Música, uma das maiores
escolas de guitarra da América Latina com 3 unidades no
Brasil e que já formou mais de 4.000 alunos.
Também foi colunista durante muitos anos da revista
Guitar Class.
@marcelobarbosagtr

Alexandre Magno
Autor

Guitarrista e Professor de guitarra e violão.


Coprodutor e responsável pelo MB Guitar Academy.
Também atua na área de Marketing Digital e Computação
e é responsável por diversos lançamentos de infoprodutos
no ramo da música.
@alegno

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#01
INTRODUÇÃO
Introdução

Uma das primeiras explicações formais sobre a natureza da arte


musical reveste-se de caráter fantástico: é a idéia pitagórica
segundo a qual o universo se constituiria de sete esferas
cristalinas, que emitem em seu movimento concêntrico as
respectivas notas da escala em perfeita harmonia.

A teoria da música tem como objetivo a elaboração de um conjunto


de disciplinas e interpretações gerais sobre os elementos e
estruturas musicais.

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Antigas teorias musicais

A música surgiu nas mais remotas culturas, para a celebração de


acontecimentos festivos e litúrgicos. Assim aparece nas antigas
civilizações orientais que, como a chinesa e a indiana, conheciam
e tiravam partido de sua capacidade de produzir êxtase coletivo.
Tais conceitos e usos se propagaram ao Ocidente, até se
cristalizarem nas escolas filosóficas gregas, em teorias não isentas
de caráter místico e metafísico.

O legado mais significativo da música grega antiga foi sua teoria


escrita. A fragmentação dos restos conservados e a
impossibilidade de reconstituir suas formas de execução dificultam
a compreensão dessa antiga prática musical.

Parece evidente, porém, o importante papel da matemática nas


concepções teóricas. Suas origens costuma ser atribuídas a
Pitágoras (século VI a.C.), que se baseou provavelmente em
fontes egípcias e caldéias. As conclusões pitagóricas sobre a
disposição dos intervalos, depois registradas por Euclides e
Platão, atenderam plenamente às necessidades da música
ocidental.

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Até o século IX da era cristã, o esplendor alcançado pela
civilização islâmica em diversos pontos de seu império permitiu um
renascimento cultural inspirado em textos greco-romanos, sobre os
quais se debruçaram várias escolas de tradução.

Preocupada sobretudo com a perfeição melódica das


composições, a cultura islâmica desenvolveu as formas vocais e os
sistemas de afinação de instrumentos.Teorias da música ocidental.
As fontes gregas, transmitidas pelos fragmentos escritos de Boécio
e enriquecidas pela cultura árabe, alimentaram as origens da teoria
musical européia.

Na liturgia cristã surgiram os oito modos


eclesiásticos, inspirados nos gregos.
O cantochão, canto cristão antigo executado
sem acompanhamento, era originalmente
monofônico, constituído de uma única
melodia cantada em uníssono.
Em sua evolução surgiram as primeiras
formas polifônicas, em que melodias simultâneas se entrelaçaram.

A polifonia culminou nas missas dos mestres flamengos do século


XVI, em que soavam em conjunto mais de trinta vozes diferentes.
As dificuldades de execução a capela de tais peças eram
tamanhas que o apoio da orquestra se tornou fundamental.
Pressões da igreja, que exigia o claro entendimento das palavras
litúrgicas cantadas pelos coros, levaram a uma simplificação das
vozes superpostas, e com isso o papel individual de cada melodia
se tornava secundário.

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Em contrapartida, uma melodia que se destacasse como principal
sobre o acompanhamento era investida de uma importância
inexistente até então, o que redundou no surgimento da figura do
solista.
O novo gênero representativo dessa mudança foi a ópera, uma
das principais formas musicais do início do barroco e bem
representada pelo Orfeo, de Monteverdi.

A teoria, a partir do século XVII, teve no


estudo da harmonia (matéria referente à
organização dos sons simultâneos em torno
de um centro tonal) sua linha de frente. O
estabelecimento do atual sistema de
afinação única para todos os instrumentos,
chamado de temperamento igual, abriu o
caminho para as composições orquestrais
do classicismo e romantismo.

Já no século XIX, Richard Wagner, a grande figura do drama


musical germânico, ditou regras universais sobre a concepção da
ópera como espetáculo resultante da combinação de várias artes.

A enorme complexidade harmônica transgrediu as normas


clássicas de composição e incorporou elementos e sons
considerados capazes de ameaçar ou dissolver a própria
harmonia. Essa tendência se explicitou em várias escolas do
século XX, como a serial, a aleatorio, a concreta, etc., até o ponto
em que a ancestral definição de música (como sucessão de sons
com um sentido específico que os diferencia do ruído) foi alterada
pela incorporação de todo tipo de material sonoro.

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Consonância e Dissonância

Até o século XX, os teóricos procuravam estabelecer uma


classificação "objetiva" dos intervalos (distância acústica entre
duas notas, resultando da diferença de vibração entre elas) em
consonantes e dissonantes. Mas nenhuma definição desses
termos foi consensualmente aceita, apesar das inúmeras tentativas
de associar "consonante" a agradável, estável, suave, belo, e
"dissonante" a desagradável, discordante, instável e feio. Não foi
possível valorar de forma inequívoca um intervalo isolado, cujo
caráter é alterado de forma considerável pelos sons que o
circundam, o que faz com que aquilo que soa "instável" possa,
dependendo do contexto, criar o efeito oposto.

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Hermann Von Helmholts, em 1863, associou a dissonância à
presença de batimentos, efeito sonoro que resulta da pequena
diferença de frequência entre sons simultâneos ou entre seus
harmônicos (desdobramentos do som principal segundo leis
acústicas), enquanto o termo consonância foi relacionado à
ocorrência de harmônicos em comum.

Segundo o compositor alemão Paul Hindemith, um acorde é mais


dissonante que outro se contém um número maior de intervalos
que, em separado, são dissonantes. Embora suas conclusões não
tenham sido completamente aceitas, não surgiram explicações
mais convincentes.

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#02
ESCALAS
MUSICAIS
Escalas Musicais
Dá-se o nome de oitava ao intervalo entre dois sons em que a
frequência do mais grave é exatamente a metade da nota do mais
agudo. A tradição ocidental estabeleceu 12 notas diferentes em
uma oitava, dispostas em uma sequência onde cada nota se
distancia da anterior por um intervalo denominado semitom.
Multas culturas, como a indiana, a árabe e a africana, dividem a
oitava de outras maneiras.

Até o barroco, distinguiam-se os semitons ascendentes dos


descendentes. Por exemplo, o som obtido ao se elevar de um
semitom o ré (ré sustenido) não coincidia com o baixar de um
semitom o mi (mi bemol). A partir do século XVII, o tamanho do
semitom foi matematicamente estabelecido e padronizado, por um
sistema de afinação conhecido como de temperamento igual. O
novo sistema, de início criticado, antimusical, teve seu potencial
demonstrado por Bach.

A aplicação do temperamento teve


numerosas consequências importantes na
história da música, tanto práticas como
teóricas, entre as quais a possibilidade de,
pela primeira vez, transpor-se uma peça
para outra tonalidade, e o surgimento das
notas enarmônicas (que possuem nomes
diferentes mas soam idênticas, como ré sustenido e mi bemol).

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Os instrumentos de afinação fixa (que não pode ser manejada nem
mesmo de forma sutil durante a execução, como a do piano)
tiveram suas possibilidades musicais bastante ampliadas,
enquanto aqueles cuja afinação pode ser alterada durante a
execução e que utilizam frequentemente alturas que não
correspondem ao novo sistema, com a voz humana e o violino,
passaram a ser denominadas não-temperados.

Em uma peça determinada não figuram, na maioria das vezes,


todas os 12 sons básicos, Os sons utilizados em cada caso (
dispostos em ordem do mais grave ao mais agudo, dentro dos
limites de uma oitava) constituem uma escala musical.

Existe quase sempre, em um trecho musical, uma nota tomada


mais importante que as outras, e que fica impressa na memória do
ouvinte durante a execução. Isso é conseguido através de
repetições dessa nota (sobretudo no início e na conclusão da idéia
musical) e de certos encadeamentos que parecem criar a
expectativa de seu aparecimento.Tal nota constitui como um
centro atrativo, a que está associada a sensação de repouso e
satisfação do ouvinte, enquanto que os movimentos em torno
desse centro provocam diferentes graus de tensão e expectativa.
As outras notas integram-se, a partir disso, num sistema
hierárquico, em que não possuem todas a mesma função e
importância.

Essa organização implícita tem o nome de modo. Uma única


escala admite vários modos, conforme a nota que se esteja
apresentando com centro tonal.

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Na antiga música culta ocidental existiam muitos modos, o que
ainda ocorre em culturas não-ocidentais e em manifestações
musicais folclóricas e primitivas.

Por volta do século XVII, a música ocidental passou a ser


compreendida basicamente a partir de um sistema chamado
tonalismo, onde prevalecem dois modos da escala diatônica,
chamados maior e menor, remanescentes dos modos medievais.
O que a princípio parece uma restrição tornou-se na prática,
poderoso instrumento de organização do universo sonoro, que
permite uma riqueza de estruturas musicais até então
desconhecida.

Quase toda a música culta ocidental, entre o século XVI e o início


do século XX, foi composta sob a égide do tonalismo. Nos
séculos XIX e XX, os compositores ocidentais começaram a usar,
com frequência cada vez maior, notas não pertencentes à escala
diatônica, criando variantes, e essa tendência estimulou a
produção de novas escalas. Os limites do tonalismo passaram a
ser sentidos como cerceadores da liberdade.

A escala de tons inteiros (formada por seis notas separadas por


intervalos de um tom) foi usada pelo francês Claude Debussy e
outros, sobretudo na França e na Inglaterra, o que a tornou
conhecida como escala impressionista.

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Escalas microtonais, com intervalos menores que o semitom,
também apareceram no século XX ao lado de novas propostas
(entre as quais a do dodecafonismo, novo sistema de
composição que não se baseia em nenhuma escala, mas na
construção de outro tipo de sequência, conhecida como série) e de
uma revalorização das estruturas modais anteriores.

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#03
Modos
estruturas
Modos - Estruturas

Faremos uma análise de cada um dos modos utilizando sempre a


tônica na nota C, para que notemos, de forma mais clara, a
diferença de sonoridade entre os modos.

Para cada modo darei um exemplo prático calcado na progressão


harmônica de cada modo utilizando o quarto e o quinto acorde
gerado pela escala.

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#04
Modo
Jônio
Modo Jônio

Tem como característica a própria escala maior.

Graus: I II III IV V VI VII


Notas: C D E F G A B

Progressão dos Acordes: F/C G/C

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#05
Modo
Dórico
Modo Dórico

Tem como característica o 6º grau que o diferencia assim da


escala menor natural.
Isto também significa que o grau característico de cada modo
deveria ser enfatizado em uma improvisação.

Graus: I II bIII IV V VI bVII


Notas: C D Eb F G A Bb

Progressão dos Acordes: Eb/C F/C

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#06
Modo
Frígio
Modo Frígio

Tem como característica o 2º grau menor, que o diferencia da


escala menor natural. Este modo é a base de praticamente toda a
música espanhola e dos guitarristas flamencos.

Graus: I bII bIII IV V bVI bVII


Notas: C Db Eb F G Ab Bb

Progressão dos Acordes: Db/C Eb/C

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#07
Modo
lídio
Modo Lídio

Usa as mesmas notas da escala maior, porém com o 4º


aumentada.
Muito de nossa música nordestina se baseia no modo lídio.

Graus: I II III #IV V VI VII


Notas: C D E F# G A B

Progressão dos Acordes: C/C D/C

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#08
Modo
mixolídio
Modo Mixolídio

Tem como característica o 7º grau menor, que assim o diferencia


da escala maior, também muito utilizado na nossa música
nordestina.

Graus: I II III IV V VI bVII


Notas: C D E F G A Bb

Progressão dos Acordes: Bb/C C/C

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#09
Modo
eólio
Modo Eólio

Contém as mesmas notas que a escala menor natural, por isso


são sinônimos.Tem como característica o 6º grau.

Graus: I II bIII IV V bVI bVII


Notas: C D Eb F G Ab Bb

Progressão dos Acordes: G#/C A#/C

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#10
Modo
lócrio
Modo Lócrio

Tem como característica o 5º grau.

Graus: I bII bIII IV bV bVI bVII


Notas: C Db Eb F Gb Ab Bb

Progressão dos Acordes: F#/C G#/C

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#11
mb guitar
academy
MB Guitar Academy

Diariamente muitas pessoas entram em contato comigo, querendo


fazer aulas presenciais, via Skype, Whatsapp, etc.

Gosto muito de ministrar aulas, já sou professor há mais de 20 anos,


mas, infelizmente a minha agenda com o Angra
e com todas as outras atividades que faço não me permitem dar a
quantidade de aulas que gostaria.

Pensando nisso, resolvi criar minha Escola Online de Guitarra,


o MB Guitar Academy.

A escola já conta com diversos cursos, que começam desde o


início, do zero até tópicos mais avançados.
Hoje em dia já temos mais de 3.000 alunos nos cursos
e interagimos diariamente no grupo exclusivo do alunos que temos
no Facebook.

Vou deixar aqui embaixo um link para que você conheça mais sobre
o MB Guitar Academy ok?

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Espero que tenha gostado e que esse e-book sirva para
te auxiliar a entender esse assunto tão desejado pelos
músicos que é os Modos Gregos.

Um grande abraço!
Marcelo Barbosa

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