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INSPETOR SOLDAGEM - Compressed
INSPETOR SOLDAGEM - Compressed
SOLDAGEM
INSPETOR DE
SOLDAGEM
CNI
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA
Robson B raga de A ndrade
Presidente
SENAI
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conselho Nacional
Robson B raga de A ndrade
Presidente
Departamento Nacional
Rafael E smeraldo L ucchesi R amacciotti
Diretor-Geral
R oberto M usser L úcio José de F igueiredo Sampaio A ugusto C esar F ranco de Alencar
Diretor-Executivo Diretor Regional Diretor-Geral
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
I nspetor de S oldagem
Publicação em consonância com o
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2008
Ficha Catalográfica
S474i
SENAI-BA Cimatec
Inspetor de Soldagem / SENAI-BA/SENAI-MG/SENAI-RJ
Rio de Janeiro: 2012.
440 p.: il.
1.Soldagem 2. Inspetor de Soldagem I. Título
CDD 671.52
Sumário Este curso
tem treze
capítulos
Capítulo 1
Terminologia da
Soldagem
Apresentação 9 Capítulo 2
Simbologia da
Capítulo 1 Soldagem
Terminologia da Soldagem 11 Capítulo 3
Processos de
A Importância das Terminologias da Soldagem 11 Fabricação
Terminologia de Descontinuidades 40 Capítulo 4
Consumíveis de
Soldagem
Capítulo 5
Capítulo 2 Metalurgia da
Simbologia da Soldagem 57 Soldagem
Capítulo 6
Significado da Simbologia 57 Tensões Residuais e
Deformações
Simbologia de Ensaios Não Destrutivos 83
Capítulo 7
Metais de Base
Capítulo 8
Capítulo 3 Ensaios Mecânicos e
Processos de Fabricação 87 Metalográficos
Capítulo 9
O que é Fabricação 87 Ensaios Não
Destrutivos
Fundição 88
Capítulo 10
Conformação Mecânica 92 Normas e Qualificação
em Soldagem
Processos de Usinagem 104 Capítulo 11
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Referências 437
Apresentação
A Importância
das Terminologias
da Soldagem
1.1 A Importância das Terminologia de
Terminologias da Soldagem Descontinuidades
Terminologia da soldagem são conjuntos de palavras com signi-
ficados técnicos precisos. Alguns deles são mais restritos do que
aqueles usados na linguagem coloquial. Ao estudar este módu-
lo, você deve tornar-se apto a:
Fique Esperto
TABELA
Designação abreviada dos processos
1 de soldagem AWS A3.0-94
Acopladeira
Maquinário empregado geralmente nas operações de montagem de componentes a serem
soldados.
FIGURA
Abertura da raiz, ângulo do bisel e ângulo do chanfro
1
A Ângulo do chanfro B
Ângulo
do Bisel
Abertura Ângulo do
Bisel da raiz chanfro
Ângulo
do Bisel
Ilustrações: senai-rj
Abertura da raiz Raio do chanfro Bisel
Fonte: petrobras n-1438 rev. d, 2003
Arame
Ver definição de eletrodo nu.
Arame tubular
Ver definição de eletrodo tubular.
Bisel (bevel )
Borda do componente a ser soldado preparado na forma angular (Figura 1).
A Ângulo de trabalho
Ângulo de deslocamento
Eixo da solda
Ângulo de
B Trabalho
Ângulo de
deslocamento
Eixo da solda
C Ângulo de trabalho
Vertical Eixo do eletrodo
Ângulo de deslocamento
Linha de tangência
Linha de
centro
Ilustrações: senai-rj
do tubo
FIGURA
Camada, cordão de solda ou passe de solda e
3 sequência de passes
Camadas
B
Cordão de solda e passe de solda
Ilustrações: senai-rj
Camadas
Chanfro (groove)
Abertura ou sulco na superfície de uma peça ou entre dois componentes que determina o es-
paço para conter a solda. Os principais tipos de chanfros são (Figura 4):
Chanfro em J (single-J-groove)
Chanfro em duplo J (double-J-groove)
Chanfro em U (single-U-groove)
Chanfro em duplo U (double-U-groove)
Chanfro em V (single-V-groove)
Chanfro em X (double-V-groove)
Chanfro em meio V (single-bevel-groove)
Chanfro em K (double-bevel-groove)
Chanfro reto, ou sem chanfro (Square-groove)
Consumível
Material empregado na deposição ou proteção da solda, como: eletrodo, vareta, arame, anel
consumível, gás e fluxo.
Mandou bem!
Dimensão da solda (size of weld)
Equipamento (weldment )
Produto da fabricação, construção e/ou montagem soldada, tais como equipamentos de cal-
deiraria, tubulação, estruturas metálicas, oleodutos e gasodutos.
A
Deslocamento
do eletrodo
B
Deslocamento
do eletrodo
Ilustrações: senai-rj
Fonte: FBTS, 2003
FIGURA
Face da raiz e face do chanfro
6
Face do chanfro
Face da raiz
Face do chanfro
Face da raiz
Ilustração: senai-rj
Metal de base
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Face da solda, margem da solda, reforço
8 da solda e raiz da solda
Margem
da solda
Reforço
da raiz
FIGURA
Garganta efetiva, penetração da junta e
9 penetração da raiz
A Penetração da junta
dimensão da solda
A Convexidade
Garganta real Perna e
dimensão
Garganta efetiva
Perna e dimensão
Garganta teórica
B Perna
Dimensão
Concavidade Dimensão
Garganta real e
garganta efetiva
Perna
Ilustrações: senai-rj
Garganta teórica
Fonte: AWS, 1998
Goivagem (gouging )
Operação de fabricação de um bisel ou chanfro pela remoção de material.
Junta (joint )
Região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem.
FIGURA
Juntas de aresta ( edge-joint )
11 Ilustrações: senai-rj
Martelamento (peening)
Trabalho mecânico aplicado à zona fundida da solda por meio de impactos, destinado a con-
trolar deformações da junta soldada.
Modo de transferência
Maneira pela qual o material metálico fundido é transferido da ponta do eletrodo para a po-
ça de fusão, podendo ser por curto-circuito, globular e spray.
Passe (pass)
Progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta.
Veja a Figura 3.
A B
C D
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Juntas sobrepostas
14
Ilustrações: senai-rj
Pós-aquecimento (postheating )
Aplicação de calor na junta soldada, imediatamente após a deposição da solda, com a finali-
dade principal de remover hidrogênio difusível.
Pré-aquecimento (preheating )
Aplicação de calor no metal de base imediatamente antes da soldagem; brasagem ou corte.
Documento, emitido pela executante dos serviços, em que se descreve todos os parâmetros
e as condições da operação de soldagem.
Penetração da junta
Penetração da raiz (Garganta Efetiva)
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Posição de soldagem horizontal
16
150º
lda
d a so 125º
Eixo
Vertical
60º
olda
da s
Eixo Horizontal
Ilustrações: senai-rj
10º
FIGURA
Posição de soldagem plana
17
A
Vertical
30º
olda
da s
Eixo
B Vertical
30º 30º
lda
d a so
Eixo
Ilustrações: senai-rj
lda
d a so
Eixo
125º
Vertical
lda
d a so 80º
Eixo
Ilustrações: senai-rj
Vertical 80º
FIGURA
Posição de soldagem sobrecabeça
19
Eixo do tubo
Legenda:
Plana
Horizontal
Vertical
Ilustração: senai-rj
Sobrecabeça
FIGURA
Raiz da junta
21
Raiz da junta
Ilustrações: senai-rj
Solda (weld )
União localizada de metais ou não metais produzida pelo aquecimento dos materiais à tem-
peratura adequada, com ou sem aplicação de pressão, ou pela aplicação apenas de pressão
e com ou sem a participação de metal de adição.
FIGURA
Raiz da solda
22
Raiz da solda
Raiz da solda
Raiz da solda
Raiz da solda
Ilustrações: senai-rj
Superfície
da raiz
Raiz da solda
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Solda de costura
23
B
Ilustrações: senai-rj
Solda em ângulo, usada nas juntas em T, composta de cordões intermitentes que se alter-
nam, de tal modo que a um trecho do cordão se opõe uma parte não soldada (Figura 24 B).
Solda heterogênea
Solda cuja composição química da zona fundida difere significativamente da dos metais de
base, no que se refere aos elementos de liga.
FIGURA
Solda descontínua ou
24 solda intermitente (A e B)
B
Ilustrações: senai-rj
Soldabilidade ( weldability )
Capacidade de um material ser soldado, sob condições de fabricação obrigatórias, a uma
estrutura específica adequadamente projetada, e de apresentar desempenho satisfatório
em serviço.
Soldador ( welder )
Pessoa capacitada a executar soldagem manual e/ou semiautomática.
Soldagem ( welding )
Processo utilizado para unir materiais por meio de solda.
Transferência metálica
Veja Modo de transferência.
B
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Soldagem com passe a ré
26
Sentido de execução
Direção do progresso da solda dos cordões de solda
Ilustração: senai-rj
Zona de ligação
Região do metal de base que sofre fusão parcial durante a soldagem (Figura 27).
Zona fundida
Região da junta soldada que sofre fusão durante a soldagem (Figura 27).
FIGURA
Zonas de uma junta soldada
27
Ilustração: senai-rj
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Solda de aresta
28
Ilustração: senai-rj
Indicação – evidência diferente do esperado, que requer avaliação e interpretação para de-
terminar se é significativa ou não.
Defeito – descontinuidade que, por sua natureza, tipo, dimensões, localização ou efeito
acumulado, torna a peça imprópria para uso por não satisfazer os requisitos mínimos de acei-
tação da norma ou especificação aplicável.
Abertura de arco
Imperfeição local na superfície do metal de base, caracterizada por ligeira adição ou perda de
metal resultante da abertura do arco elétrico.
Concavidade
Reentrância na raiz da solda, podendo ser:
Central – situada ao longo do centro do cordão (Figura 32 A).
Lateral – situada nas laterais do cordão (Figura 32 B).
Concavidade excessiva
Solda em ângulo com a face excessivamente côncava (Figura 32).
Convexidade excessiva
Solda em ângulo com a face excessivamente convexa (Figura 34).
Deformação angular
Distorção angular da junta soldada em relação à configuração de projeto (Figura 35), exceto
para junta soldada de topo (veja embicamento).
Deposição insuficiente
Insuficiência de metal na face da solda (Figura 36).
Desalinhamento
Junta soldada de topo cujas superfícies das peças, embora paralelas, apresentam-se desalinha-
das, excedendo configuração de projeto (Figura 37).
Embicamento
Deformação angular de junta soldada de topo (Figura 38).
FIGURA
Ângulo excessivo do reforço
30
Normal
Ilustrações: senai-rj
Excessivo
Fonte: AWS, 1998
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Concavidade
32
Fotos: senai-rj/cts
Ilustrações: senai-rj
A B
Ilustrações: senai-rj
Normal Excessiva
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Convexidade excessiva
34
A B
Ilustrações: senai-rj
Normal Excessiva
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Deformação angular
35
A B
Ilustrações: senai-rj
Normal Excessiva
Fonte: AWS, 1998
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Desalinhamento
37
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Falta de fusão
39
A B
C D
F G
Ilustrações: senai-rj
Fissura
Veja o termo preferencial: trinca.
Inclusão de escória
Material não metálico retido na zona
fundida.
Na boa
A inclusão de escória
pode ser:
Alinhada
(Figuras 41 A e
41 B).
Isolada
(Figura 41 C).
Agrupada
(Figura 41 D).
Inclusão metálica
Metal estranho retido na zona fundida.
Microtrinca
Trinca com dimensões microscópicas.
Mordedura (undercutting )
Depressão sob a forma de entalhe no
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
B Fonte: AWS, 1998
FIGURA
Penetração
C 44 excessiva
D
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
Fonte: AWS, 1998 Fonte: AWS, 1998
FIGURA FIGURA
Mordedura Perfuração
42 45
A
B
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
Furo
Poro
Ilustração: senai-rj
Vazio arredondado, isolado e interno à solda.
Poro superficial
Fonte: AWS, 1998
Poro que emerge à superfície da solda (Figu-
ra 46).
FIGURA
Porosidade Porosidade
Conjunto de poros internos à solda ou super-
47 aleatória interna
ficiais (Figura 47).
bi a?
Você sa
A porosidade pode ser:
Porosidade agrupada
Conjunto de poros
agrupados
Ilustrações: senai-rj
(Figura 48).
Porosidade alinhada
Conjunto de poros dispostos Fonte: AWS, 1998
Rachadura
Veja o termo preferencial: trinca.
Ilustrações: senai-rj
Rechupe de cratera
Falta de metal resultante da contração da zo-
na fundida, localizada na cratera do cordão
Fonte: AWS, 1998
de solda (Figura 51).
A A’
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 1998 Fonte: AWS, 1998
FIGURA FIGURA
Porosidade
Reforço excessivo
50 vermiforme 52
Normal
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
Excessivo
Ilustração: senai-rj
Respingos (spatter )
Glóbulos de metal de adição transferidos
durante a soldagem e aderidos à superfície
Fonte: de AWS, 1998
do metal de base ou à zona fundida já soli-
dificada.
FIGURA
Sobreposição Solda em ângulo
Excesso de metal da zona fundida sobrepos-
54 assimétrica
to ao metal de base na margem da solda, sem
estar fundido ao metal de base (Figura 53).
Ilustração: senai-rj
Trinca (crack )
Descontinuidade bidimensional produzida pe-
Fonte: AWS, 1998
la ruptura local do material.
Mandou bem!
A Trinca de cratera B
pode ser:
Longitudinal
(Figura 55 A)
Transversal A C
Ilustração: senai-rj
(Figura 55 B)
Em estrela
(Figura 55 C)
Fonte: AWS, 1998
Trinca interlamelar
Trinca em forma de degraus situados em pla-
nos paralelos à direção de laminação, localiza-
da no metal de base, próxima à zona fundida
(Figura 56).
Trinca irradiante
Ilustrações: senai-rj
Conjunto de trincas que partem de um mesmo
ponto; pode estar localizada:
Na zona fundida (Figura 57 A)
Fonte: AWS, 1998
Na zona afetada termicamente (Figura 57 B)
No metal de base (Figura 57 C)
FIGURA
Trinca
Trinca longitudinal
57 irradiante
Trinca com direção aproximadamente paralela
ao eixo longitudinal do cordão de solda, poden-
do estar localizada: A
C
Na zona fundida (Figura 58 A)
Na zona de ligação (Figura 58 B)
Na zona afetada termicamente (Figura 58 C)
No metal de base (Figura 58 D) B
Ilustração: senai-rj
Trinca na margem
Trinca que se inicia na margem da solda, loca-
Fonte: AWS, 1998
lizada geralmente na zona afetada termicamen-
te (Figura 59)
FIGURA
Trinca na raiz Trinca
Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo
58 longitudinal
estar localizada:
Na zona fundida (Figura 60 A)
Na zona afetada termicamente (Figura 60 B) C
D
Trinca ramificada
A
Conjunto de trincas que partem de uma trinca,
Ilustração: senai-rj
Trinca transversal
A
Trinca com direção aproximadamente perpen-
dicular ao eixo longitudinal do cordão de solda. C
Ilustração: senai-rj
Na zona afetada termicamente
(Figura 63 B)
B
No metal de base (Figura 63 C)
Fonte: AWS, 1998
FIGURA FIGURA
Trinca na Trinca
59 margem 62 sobcordão
Ilustração: senai-rj
Ilustração: senai-rj
Fonte: AWS, 1998 Fonte: AWS, 1998
FIGURA FIGURA
Trinca
Trinca na raiz
60 63 transversal
C
Ilustração: senai-rj
Ilustração: senai-rj
B
A
A
Fonte: AWS, 1998 Fonte: AWS, 1998
B
Chapelim
Descontinuidade proveniente da fusão incompleta dos suportes de resfriadores ou machos.
Chupagem
Veja o termo preferencial: rechupe.
Crosta
Saliência superficial constituída de inclusão de areia, recoberta por fina camada de metal
poroso.
Desencontro
Descontinuidade proveniente de deslocamento das faces de contato das caixas de mol-
dagem.
Enchimento incompleto
Insuficiência de metal fundido na peça.
Gota fria
Glóbulos parcialmente incorporados à superfície da peça, provenientes de respingos de me-
tal líquido nas paredes de molde.
Inclusão
Retenção de pedaços de macho ou resfriadores no interior da peça.
Inclusão de areia
Areia desprendida do molde e retida no metal fundido.
Interrupção de vazamento
Veja: Metal frio.
Metal frio
Descontinuidade proveniente do encontro de duas correntes de metal fundido que não se
caldearam.
Porosidade
Conjunto de poros causado pela retenção de gases durante a solidificação.
Queda de bolo
Descontinuidade proveniente de esboroamento dentro do molde.
Rabo de rato
Depressão na superfície da peça causada por ondulações ou falhas na superfície do molde.
Segregação
Concentração localizada de elementos de liga ou impurezas.
Trinca de contração
Descontinuidade bidimensional resultante da ruptura local do material, causada por tensões
de contração, podendo ocorrer durante ou subsequentemente à solidificação.
Veio
Descontinuidade na superfície da peça, tendo a aparência de um vinco, causada por movi-
mentação ou trinca do molde de areia.
Dobra
Descontinuidade localizada na superfície da peça, resultante do caldeamento incompleto du-
rante a laminação ou forjamento.
Dupla laminação
Descontinuidade bidimensional paralela à superfície da chapa, proveniente de porosidade ou
rechupe do lingote que não se caldearam durante a laminação.
Lasca
Descontinuidade superficial alinhada proveniente de inclusão ou de porosidade não caldeada
durante a laminação.
Segregação
Concentração localizada de elementos de liga ou de impurezas.
Bem ligado
Acompanhe
no Capítulo 2,
a seguir,
Simbologia da
Soldagem
Significado da
Simbologia
Simbologia de
2.1 Significado da Simbologia Ensaios Não
Para o melhor desempenho do operador e do inspetor, o conhe- Destrutivos
cimento da simbologia da soldagem é essencial.
2.1.1 Objetivo
O objetivo da simbologia da soldagem é transmitir, com o uso
de símbolos padronizados, todas as informações necessárias à
execução da soldagem.
De olho no lance
A simbologia da soldagem
aplica-se principalmente a
desenhos e projetos,
garantindo uma
padronização para os
setores que trabalham com
os processos de soldagem.
2.1.2 Normas
A simbologia apresentada está baseada na norma AWS A2.4 –
Standard Symbols for Welding, Brazing and Nondestructive Exa-
mination.
FIGURA
Localização dos elementos no símbolo de soldagem
1
1
S (E)
{
Ambos R Lado
os lados
2
oposto
} L–P
Solda em
todo o
contorno
T
{ }
2
Ambos Lado 4
3
os lados da seta
(N)
Solda
Reto ou Com faces Com uma
V ou X Meio V ou K U ou duplo U J ou duplo J
sem chanfro convexas face convexa
Localização
lado
da seta
lado
Oposto
ambos
os lados
sem
indicação Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado
de lado
Abertura da raiz
20
6
Profundidade de enchimento em mm Abertura 6 2 3 1
(omissão indica que o enchimento é total) da raiz Abertura
Orientação, localização e todas as dimensões da raiz
exceto profundidade de enchimento são Omissão de dimensão indica penetração A dimensão é considerada como extendendo-se
indicadas no desenho total da junta somente até os pontos de tangência
10 (12) Contagem 3
pelo lado
oposto C
Dimensão ou espessura (altura do depósito)
Ilustrações: senai-rj
CONTINUA
FIGURA
Símbolos de solda
2
Referência do
processo
deve ser usada 12 75-125 12 (12)
para indicar Espaçamento 90º
12 75-125 (distância entre Abertura da raiz
o processo
desejado centros) dos
FW incrementos Dimensão Garganta
Dimensão Comprimento produndidade efetiva Ângulo do
(comprimento dos incrementos de preparação chanfro
da perna)
Sem indicação de lado
Dimensão Comprimento.
(comprimento Omissão indica que
da perna) a solda se extende
6 8 6 entre mudanças
6 150
1G bruscas de direção
3 8 100 ou como
dimensionado
60º
Especificação, processo
ou outra referência
Membro da
junta do
lado oposto Seta do símbolo
de soldagem
Seta do
Ilustrações: senai-rj
símbolo de
soldagem Junta
Membro da
junta do
lado da seta
0 – 30º
Com símbolo de
solda em chanfro
lado
Não usado
Oposto
ambos
Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado
os lados
sem
indicação Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado Não usado
de lado
G Símbolo de contorno
externo convexo indica que Símbolo para solda em todo o
a face de solda deve ter contorno indica que a solda
acabamento convexo. extende-se completamente ao
redor da junta.
CONTINUA
FIGURA
Simbologia de solda
3
Símbolos suplementares
localização dos elementos no símbolo de soldagem 1 Cauda do símbolo. Pode ser omitida quando não se usar nenhuma
referência.
2 Símbolo básico de solda ou referência de detalhe de solda a ser
F Símbolo de perfil externo consultado.
A 3 Linhas de referência.
Solda no
4 Setas ligando a linha de referência ao lado indicado da junta.
campo
{ }
5 Os elementos constantes desta área permanecem inalterados mesmo
Ambos R Lado nos casos em que a cauda e a seta do símbolo são invertidas.
1 os lados oposto Solda em
A Ângulo do chanfro, incluindo o ângulo de escariação para solda de
2 todo o
S (E) L–P tampão.
contorno
T E Garganta efetiva.
{ }
2 F Símbolo de acabamento.
Ambos Lado 4
3
os lados da seta L Comprimento da solda.
N Número de soldas por pontos ou de solda por projeção.
P Espaçamento entre centros de soldas descontínuas.
(N) R Abertura da raiz; altura do enchimento para soldas de tampão e
de fenda.
5 S Profundidade de preparação; dimensão ou resistência para
certas soldas.
T Especificação, processo ou outra referência.
Seta do
símbolo de
Ilustrações: senai-rj
soldagem
A Lado da seta
B Lado oposto
Solda
desejada Vista lateral Vista de frente
C Ambos os lados
Ilustrações: senai-rj
Solda
desejada Vista lateral Vista de frente
FIGURA
Exemplos de indicações de abertura de raiz (A) e
6 ângulo do chanfro ou do bisel
4
3 O
B
15º
60º 40º
Ilustração: senai-rj
Fonte: AWS, 2007
FIGURA
Exemplos de indicações de abertura da
7 raiz e ângulo do chanfro combinados
70º
3
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Exemplos de indicações de garganta efetiva e
8 profundidade de preparação do chanfro
6 6 (11)
22
4
(10)
(10)
10
35
10
10
10
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Exemplos de símbolos de soldagem descontínua
9
4
Localizar soldas
nas extremidades 2–4
da junta
∑ da solda
Comprimento e espaçamento
2
dos incrementos de
Localizar soldas soldagem descontínua
nas extremidades
da junta 2
B 2 2 2
Localizar
soldas nas 2–4
extremidades
da junta
Localizar
soldas nas
extremidades
da junta Comprimento e espaçamento
∑ da solda dos incrementos de
soldagem descontínua coincidente
5 5
C
3 3 3 3 Localizar
soldas nas 3 – 10
extremidades
3 – 10
da junta
Localizar
soldas nas
extremidades
da junta
Comprimento e espaçamento
dos incrementos de
Ilustrações: senai-rj
10 10
FIGURA
Dimensões da projeção pelo lado oposto,
10 sendo apresentada a dimensão dessa projeção
1,5
2
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Solda em todo o contorno do membro 1
11
2
Ilustrações: senai-rj
Solda desejada
Símbolo
1
Ilustrações: senai-rj
2
FIGURA
Solda em todo o contorno
13 do membro 1
Solda desejada
Nesta soldagem a
extremidade foi
usinada em forma
de cone, sendo o raio
1
a profundidade de
preparação do chanfro.
Pela combinação de
Símbolo símbolos, é previsto
um acabamento
com solda em ângulo
Ilustrações: senai-rj
D
D 2
FIGURA
Junta de ângulo em L, solda em chanfro K combinada
15 com solda em ângulo no lado da seta
15
Solda desejada
10
10
(10)
(10)
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 2007
FIGURA
Junta de topo chanfro em V e em U
17
10 15
25 60º
10 (15) 3
15 12
Ilustrações: senai-rj
40º 12 (15)
40º
Goivagem
Fonte: AWS, 2007
FIGURA
Exemplos de símbolos de acabamento de soldas
18
C – (Chipping)
Reforço esmerilhado
calafate
(remoção das escamas)
Ilustrações: senai-rj
G – (Grinding)
esmerilhamento
Fonte: AWS, 2007
Junta de aresta
Membro 1 Membro 2
P1 P2
A 1/8
1/8 1/8 1/8
B 3/16
3/16
C
3/16
3/16
D 3/32
3/32
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Junta com faces convexas
20
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Juntas com faces convexas
21
Seção transversal da solda
E S
S – Distância do ponto de
tangência à parte
superior do membro
E – Dimensão da
solda em chanfro
S (E)
Símbolo
Ilustrações: senai-rj
S (E)
Ilustrações: senai-rj
A A
FIGURA
Junta com faces convexas
23
S (E)
S = Raio da barra
E = Dimensão da
solda em chanfro
Ilustrações: senai-rj
3/8 (1/4)
3/8 1/4
Ilustrações: senai-rj
Solda de tampão – solda executada dentro de um furo (circular ou não) que se encontra
em um dos membros de uma junta sobreposta ou em T, unindo ao outro membro. As pa-
redes do furo podem ser ou não paralelas e o furo pode ou não ser totalmente preenchido
com solda. Veja os exemplos:
FIGURA
Solda de tampão
25
Símbolo
45º
Ilustrações: senai-rj
1/2
Símbolo 1/2
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 2007
FIGURA
Solda de tampão
27
A 2 60º
(7)
A
Seção A-A
5/8
φ 3/4
Ilustrações: senai-rj
60º
Ver detalhe B
3/4 3/8 2–3 Detalhe B Seção A-A
(4)
2 3/8
A
3/4
3/4
Ilustrações: senai-rj
A
Fonte: AWS, 2007
Solda por ponto ou por projeção – solda executada entre ou sobre componentes sobre-
postos; a fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície externa de um
dos componentes.
Na boa
Não confunda (visualmente,
em função da imagem
utilizada) os exemplos da
solda por ponto com os
de solda de tampão.
Na solda por ponto não
existe furo a ser preenchido.
Veja os exemplos nas
Figuras 29 e 30.
A
(9)
Seção A-A
1 16 1 16
Ilustrações: senai-rj
Fonte: AWS, 2007
FIGURA
Solda por ponto
30
Seção A-A
A
1/4
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Solda de costura
31
1 1
A
Seção A-A
1/8
Ilustrações: senai-rj
2 A
FIGURA
Solda de costura
32
Seção A-A
0,25
A
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Solda de revestimento
33
A
Seção A-A
1/8
Ilustrações: senai-rj
A
FIGURA
Solda de revestimento
34
Seção A-A
2 4 2 2 4 2
A
1
1
2
2
1
1
Ilustrações: senai-rj
2 4 2
3/16
1/8
5/16
Símbolo
2 4 2
Solda circunferencial
1/8
Ilustrações: senai-rj
Solda axial
3/16
FIGURA
Amanteigamento
36
FIGURA
Localização dos elementos no símbolo de
37 ensaio não destrutivo
A B C
RAD
PM + LP
PM
D E F
EV
LP 200
US + RAD PM 100
Ensaios combinados de ultrassom e radiografia Ensaio de partículas magnéticas a ser Ensaio de líquido penetrante a ser
do lado da seta e exame visual do lado oposto executado em extensão de 100mm executado em extensão de 200mm
G H I
PM 50%
(5)
RAD 25% rad
J K L
us Proc. 03 us
(5) PM Proc. 254
Ilustrações: senai-rj
Bem ligado
Quando não houver
obrigatoriedade de executar
o ensaio por um lado
específico, o posicionamento
dos símbolos será na interrupção
da linha de referência.
Os exemplos a seguir ilustram a utilização dos símbolos de ensaios não destrutivos com
os diversos elementos que os compõem (Figura 38).
FIGURA
Exemplos de indicações de ensaios não destrutivos
38
A B
PM
US
PM
US
C B
US
Ilustrações: senai-rj
Goivagem
EV + RAD
FIGURA
Exemplo de combinação de símbolos de ensaios
39 não destrutivos com símbolos de soldagem
A B
PM
US
PM
US
Após operações de soldagem, soldagem do chanfro em V e Após soldagem, executar no campo ensaio com ultrassom em
soldagem da raiz, executar ensaio de partículas magnéticas ambas as superfícies da solda.
em ambas as superfícies da solda.
C B
US
Goivagem
EV + RAD
Ilustrações: senai-rj
Após soldagem, examinar a solda do lado oposto por Soldar pelo lado do chanfro em V, goivar pelo outro lado,
inspeção visual e radiografia. soldar pelo chanfro em U e inspecionar a solda com ultrassom
por este último lado ou superfície.
De olho no lance
Você estudou até aqui a
Terminologia da
Soldagem e a
Simbologia da Soldagem.
Acompanhe com
muita atenção.
O que é Fabricação
Fundição
FIGURA
Classificação dos processos de fabricação
1
Redução da
usinagem
massa
aumento da
soldagem
Processos massa
de fabricação
tratamento
Ilustração: senai-rj
térmico
sem alteração
da forma
tratamento
superficial
Fonte: Machado, 1996
3.2 Fundição
Dentre as várias maneiras de trabalhar o material metálico, a fundição se destaca, não só por
ser um dos processos mais antigos, mas também porque é um dos mais versáteis, principal-
mente quando se considera o diferente formato e tamanho das peças que se pode produzir
por esse processo.
O processo de fabricação de peças metálicas consiste essencialmente em encher com metal
líquido a cavidade de um molde com formato e medidas correspondentes aos da peça a ser fa-
bricada. Este processo pode ser empregado com os mais variados tipos de ligas metálicas.
São estas as principais vantagens do processo de fundição:
As peças fundidas podem apresentar formas externas e internas desde as mais simples até
as bem complexas, com formatos impossíveis de serem obtidos por outros processos.
A fundição permite alto grau de automatização e, com isso, a produção rápida e em série
de grandes quantidades de peças.
As peças fundidas podem ser produzidas dentro de padrões variados de acabamento
(mais liso ou mais áspero) e tolerância dimensional (entre ± 0,2mm e ± 6mm) em função
do processo de fundição usado. Em função disto, há uma grande economia em operações
de usinagem.
A peça fundida possibilita economia de peso, uma vez que as espessuras de parede pro-
duzidas são as efetivamente necessárias, em vez de ter que se adaptar às espessuras comer-
ciais existentes.
Matéria-prima
A matéria-prima metálica para a produção de peças fundidas é constituída pelas ligas metálicas
ferrosas (ligas de ferro e carbono) e não ferrosas (ligas de cobre, alumínio, zinco e magnésio).
Confecção do modelo
Esta etapa consiste em construir um modelo com o formato aproximado da peça a ser fundi-
da. Esse modelo vai servir para a construção do molde, e suas dimensões devem prever a con-
tração do metal quando ele se solidificar, além da existência de um eventual sobremetal pa-
ra posterior usinagem da peça. O modelo pode ser feito de madeira, alumínio, aço, resina
plástica e até isopor.
Fusão
Etapa em que o material é aquecido até a sua fusão.
Vazamento
O vazamento é o enchimento do molde com metal líquido.
Desmoldagem
Após determinado período de tempo, o material fundido se solidifica dentro do molde. Esse
tempo depende do formato da peça, do tipo de molde e do metal (ou liga metálica). Desmol-
dagem é a retirada do molde após esse tempo de solificação. A desmoldagem pode ser feita
manualmente ou por processos mecânicos.
Rebarbação
Rebarbação é a retirada de rebarbas que se formam durante a fundição. Ela é realizada quan-
do a peça atinge temperaturas próximas à ambiente.
Limpeza
A limpeza é necessária porque a peça apresenta uma série de incrustações da areia usada na
confecção do molde. Geralmente é feita por meio de jatos abrasivos.
Na boa
Veja algumas formas
de utilização desses
moldes.
Vantagens
1 A moldagem por É isso aí
areia é mais barata.
2 As caixas de moldagem
estão prontas para
reutilização.
3 Menor possibilidade de
surgimento de trinca.
Metal líquido
Canal de Caixa
Canal de descida metálica
Caixa
descida
metálica
Vazamento
Areia Areia
Canal de distribuição
Canal de distribuição
Canal de
descida Caixa
metálica
Areia
Ilustrações: senai-rj
Canal de distribuição
FIGURA
Fundição: molde permanente por gravidade
3
Peça pronta
Metal líquido
Molde Molde
Cavidade Cavidade
da peça da peça
preenchida
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Fundição: molde permanente de injeção
4
Cavidade Cavidade
Matriz bipartida
Peça pronta
Cavidade
Ilustrações: senai-rj
Esses processos têm em comum o fato de que, para a produção da peça, algum esforço
(como compressão, tração, dobramento) tem que ser aplicado sobre o material.
Os produtos fabricados pelos processos de conformação podem ser: placas, chapas, bar-
ras de diferentes secções, trilhos, perfis diversos, anéis e tubos.
3.3.1 Laminação
A laminação é um processo de conformação mecânica pelo qual um lingote de metal é for-
çado a passar por entre dois cilindros que giram em sentidos opostos, com a mesma veloci-
dade. Assim consegue-se a redução da espessura do metal a cada passe de laminação, que é
como se chama cada passagem do metal pelos cilindros de laminação.
Ao passar entre os cilindros, o material sofre deformação plástica. Por causa disso, ele tem
uma redução da espessura e um aumento na largura e no comprimento.
FIGURA
Laminadores
5
Cilindros
verticais
Cilindros
horizontais
Ilustração: senai-rj
Laminação a quente
A laminação a quente é aplicável quando o material a ser conformado é difícil de ser laminado
a frio ou quando necessita de grandes reduções de espessura. Assim, o aço, quando necessita
de grandes reduções, é sempre laminado a quente porque, quando aquecido, sua estrutura cris-
talina apresenta a configuração CFC que se presta melhor à laminação. Além disso, nesse tipo
de estrutura, as forças de coesão são menores, o que também facilita a deformação.
FIGURA
Laminação a quente
6
Forno Forno
Cilindros
Material
laminado
a quente
Ilustrações: senai-rj
Forno
Laminação a frio
A laminação a frio é aplicada nos metais de fácil conformação em temperatura ambiente, o
que é mais econômico. É o caso do cobre, do alumínio e de algumas de suas ligas.
A laminação a frio também pode ser aplicada em metais cuja resistência à deformação é
alta. Para isso a laminação se dá em rápidos e brandos movimentos cuja finalidade é obter
maior precisão nas dimensões das chapas. Em alguns casos, a dureza e a resistência do ma-
terial melhoram, já que, nesse caso, ele fica “encruado”. Quando se necessita de precisão di-
mensional e ductilidade, a chapa laminada a frio passa por um tratamento térmico chamado
recozimento.
Cilindros
Material
Ilustrações: senai-rj
3.3.2 Forjamento
Forjamento é o nome genérico de operações de conformação mecânica efetuadas com esfor-
ço de compressão sobre um material dúctil, de tal modo que ele tende a assumir o contorno
ou perfil da ferramenta de trabalho.
Na maioria das operações de forjamento emprega-se um ferramental constituído por um
par de ferramentas de superfície plana ou côncava, denominadas matrizes ou estampos.
O princípio do processo de forjamento é a aplicação individual e intermitente de pressão,
que pode ser por martelamento ou por prensagem sobre o material que se quer conformar,
fazendo que o mesmo se acomode à uma matriz, adquirindo seu formato.
Bem ligado
As operações de forjamento são
realizadas a quente, em
temperaturas superiores às
de recristalização do metal.
É importante que a peça seja
aquecida uniformemente e em
temperatura adequada.
FIGURA FIGURA
Estampo de Forjamento por
8 forjamento 9 martelamento
Espigo
Cilindro
Punção
Haste
do pistão
Peça
Êmbolo
Matriz
Ilustração: senai-rj
Ilustração: senai-rj
Bigorna
FIGURA
Demonstração de solicitações de esforços em matrizes
11
Peça acabada
Matéria-prima
Matriz
Material
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Forjamento com matriz fechada
12
A B C D
Peça inicial
E F G
Ilustrações: senai-rj
3.3.3 Estampagem
Estampagem é um processo de conformação mecânica, geralmente realizada a frio, que en-
globa um conjunto de operações. Por meio dessas operações, a chapa plana é submetida a
transformações que a fazem adquirir uma nova forma geométrica, plana ou oca. Isso só é pos-
sível por causa de uma propriedade mecânica dos metais: a plasticidade.
As operações básicas de estampagem são:
Corte
Consiste na separação de partes adjacentes de uma chapa metálica através de uma fratura
controlada, empregando normalmente duas ferramentas com bordas afiadas.
Dobramento
A conformação é feita com esforço de flexão além do limite elástico, em torno de uma ares-
ta ou entre um estampo e uma matriz; abrange diversas operações de curva.
Calandragem
A calandragem é um processo de estampagem que promove o curvamento de chapas e per-
fis metálicos, fazendo com que adquiram um formato cilíndrico.
A chapa a ser curvada é introduzida em um sistema de cilindros (geralmente constituído
por três cilindros) de eixos paralelos e disposta como vértices de um triângulo isósceles.
Para a calandragem de chapas grossas, o curvamento dos extremos é feito em prensas hi-
dráulicas e conferido com um gabarito.
Deslocando-se apenas o cilindro superior verticalmente para baixo e mantendo-se fixo o
par de cilindros inferiores, obteremos o curvamento.
O movimento giratório dos cilindros inferiores é feito para a esquerda e para a direita com-
binando com o movimento vertical do cilindro superior que vai aumentando a curvatura da
chapa gradativamente.
O cilindro superior é acionado até completar o curvamento da peça, durante a calandra-
gem cilíndrica é importante observar o paralelismo dos cilindros e da extremidade da chapa
em relação aos cilindros, para serem evitados erros na calandragem.
Dobramento e curvamento
O dobramento é a operação pela qual a peça anteriormente recortada é conformada com o
auxílio de estampos de dobramento. Estes são formados por um punção e uma matriz nor-
malmente montados em uma prensa. O material, em forma de chapa, barra, tubo ou vareta,
é colocado entre o punção e a matriz. Na prensagem, uma parte é forçada contra a outra e
com isso se obtém o perfil desejado.
FIGURA
Demonstração de uma calandragem
13 Ilustrações: senai-rj
Elemento
Estampos dobrado
Na estampagem, além das prensas, são usa-
das ferramentas especiais, chamadas estam-
pos, que se constituem basicamente de um
punção (ou macho) e uma matriz. Essas fer-
ramentas são classificadas de acordo com o
Ilustração: senai-rj
tipo de operação a ser executada:
Ferramentas para corte Matriz
Ferramentas para dobramento
Fonte: Machado, 1996
Ferramentas para estampagem profunda
FIGURA
Peças dobradas
15
Nervuramento Corrugamento
bi a?
Você sa As primeiras experiências com
extrusão foram feitas com
chumbo no final do século XIX.
O maior avanço aconteceu
durante a Segunda Guerra
Mundial, com a produção de
grandes quantidades de perfis
de alumínio para serem usados
na indústria aeronáutica.
FIGURA
Sistema de extrusão
16
Êmbolo Material
Matriz
Passagem
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Extrusão direta
17
Êmbolo
Matriz
Direção do movimento
Placa de pressão
Ilustração: senai-rj
Barra extrudada
FIGURA
3.3.5 Trefilação Extrusão indireta
Por esse processo, é possível obter
18
produtos de grande comprimento
contínuo, seções pequenas, boa qua-
lidade de superfície e excelente con- Barra
trole dimensional. Sendo possível a extrudada
confecção desde fios até barras de
grande exatidão. Neste processo é Bloco
também possível conseguir barras
Matriz
com grande acabamento semelhan-
te a um retificado e precisão dimen-
Ilustração: senai-rj
sional na casa dos centésimos de Êmbolo
milímetro, o que dispensa proces-
sos posteriores de acabamento e
Fonte: Machado, 1996
ajuste dimensional.
FIGURA
Máquina de trefilação
19
Bancada de
estiramento
Lubrificante
Redentor
Ilustração: senai-rj
de matriz
Mandou bem!
Etapas do processo
A trefilação passa por quatro etapas:
Laminação e usinagem para a
produção do fio máquina
Decapagem mecânica ou química,
que retira os óxidos presentes na
superfície do fio de máquina
Trefilação
Tratamento térmico de recozimento,
quando é necessário restabelecer a
ductilidade do material
bi a?
Você sa A utilização dos processos de
soldagem é cada vez mais
frequente, abrangendo diversos
ramos da indústria como:
fabricação de produtos e
estruturas metálicas, aviões,
navios, locomotivas, componentes
eletrônicos, prédios, oleodutos,
gasodutos, plataformas
marítimas, dentre outros.
Fonte mecânica
O calor é gerado por atrito ou por ondas de choques, ou por deformação plástica do material.
Fonte química
O calor é gerado por reações químicas exotérmicas.
Fonte elétrica
O calor é gerado com a passagem de corrente elétrica ou com a formação de um arco elétrico.
Fonte radiante
O calor é gerado por radiação eletromagnética (laser) ou por um feixe de elétrons acelerados
através de um potencial.
Escuta só...
Os processos de soldagem
precisam assegurar condições
de proteção específicas que
evitem que a solda seja
contaminada pelo ar
atmosférico.
Dessa forma, a soldagem pode
ser feita a vácuo, com gás
inerte, gás ativo, fluxo (escória)
e sem proteção. Vale ressaltar
que os métodos de proteção
não são gerais para todos os
processos, ou seja, cada
processo possui seu método de
proteção podendo (ou não) ser
igual a outro processo.
Explosão
A frio
Estado Ultrassom
sólido Atrito
A quente
Difusão
Aluminotermia
Feixe de elétrons
Laser
Brasagem
Gás Soldabrasagem
Oxiacetilênica
Eletroescória
Resistência Ponto
elétrica Topo a topo
Resistência
Fusão Ressalto
Costura
Eletrodo não Plasma Transferência
consumível globular
TIG / curto-circuito
MIG Transferência
Proteção
por pulverização
de gases
Pulsado
Eletrodo Transferência
consumível globular
MAG
Arco Transferência por
elétrico curto-circuito
Eletrodo
Eletrodo tubular tubular
Proteção
de escória Eletrodo revestido
Ilustração: senai-rj
Arco submerso
En = U . I
V
Onde
En – Energia nominal de soldagem (em J/mm)
U – Tensão de soldagem (em V)
I – Corrente de soldagem (em A)
V – Velocidade de soldagem (em mm/s)
Entretanto, para cada processo e condição de soldagem há um rendimento térmico (r), re-
sultante da razão entre as quantidades de calor realmente transferidas para a peça e o total
gerado pelo arco ou chama.
Portanto, a energia líquida para soldagem ao arco elétrico é dada por:
Onde
E – Energia líquida (em J/mm)
E = r . En
r – Rendimento térmico (em %)
En – Energia nominal (em J/mm)
FIGURA
Penetração para diferentes polaridades no processo por
21 eletrodos revestidos
+ – +
–
– h1 + h2 +
– h3
Ilustrações: senai-rj
h1 = h max h2 = (0,5 a 0,6) h1 h3 = (0,8 a 0,9) h1
Fonte: Wainer, brandini e melo, 2005
Revestimento
Vareta (Alma)
Atmosfera protetora
Escória solidificada
Poça de
fusão
Metal de solda
Ilustração: senai-rj
Metal de base
Aplicação
O processo é aplicável na montagem de equipamentos, tubulações e estruturas, tanto em ofi-
cinas quanto no campo e até mesmo debaixo d’água (soldagem submarina). Aplica-se a uma
grande faixa de espessuras de materiais que vai desde 1,5mm a 30mm (pode ser aplicado
acima desta espessura, porém apresenta baixa produtividade) e a todas as posições de solda-
gem. É um processo predominantemente manual, embora admita uma variação mecanizada
– soldagem por gravidade – que é utilizada principalmente nos estaleiros.
Na pressão
Os materiais soldados por esse
processo também são variados,
como aço-carbono, aços de
baixa, média e alta liga, aços
inoxidáveis, ferros fundidos,
alumínio, cobre, níquel e
ligas destes materiais.
Desvantagens
Ao mesmo tempo, o processo do eletrodo revestido
possui pontos negativos:
1 O processo não se aplica a materiais de baixo ponto
de fusão, como chumbo, estanho, zinco; ou muito
reativos, como titânio, zircônio, molibdênio e nióbio.
2 Em razão de ser um processo eminentemente
manual, depende muito da habilidade do soldador, que
deve ser um profissional treinado e experiente.
3 Apresenta produtividade relativamente baixa, em
comparação com outros processos.
4 É um processo que proporciona muitas perdas, sendo
estas duas as principais:
Perda de tempo
Devido às várias trocas de consumíveis
Perda de consumíveis
O eletrodo não é totalmente consumido, gerando
perdas das pontas, o que, se totalizado em um
empreendimento, representa custo considerável.
e
Sinal d ta
Aler
Diversos trabalhos
mostram que a presença
do nitreto aumenta
substancialmente a
dureza, aumenta em
menor quantidade a
resistência à tração, mas
diminui o alongamento,
a resistência à fadiga e a
resistência ao impacto
Equipamentos
Fontes de energia
No processo eletrodo revestido, as fontes de energia podem ser as seguintes:
Transformador
Transforma a corrente da rede em corrente de soldagem, pela redução da tensão da rede pa-
ra a tensão de soldagem e pelo aumento de intensidade da corrente da rede para intensida-
de de corrente de soldagem.
bi a?
Você sa
O transformador
só fornece energia com
corrente alternada.
Transformador-Retificador
O transformador-retificador fornece corrente contínua, mas também pode fornecer corrente
alternada, caso tenha um sistema para desligar a parte do retificador. As partes que compõem
o transformador-retificador são:
O transformador, que pode ser monofásico e trifásico; é responsável pela diminuição da
tensão da rede para tensão de soldagem e aumento da intensidade de corrente da rede pa-
ra intensidade de corrente de soldagem.
O retificador, que transforma a corrente alternada monofásica ou trifásica em corrente contínua.
O ventilador-resfriador, que é o responsável pelo resfriamento do retificador e do transfor-
mador, de modo a evitar aquecimento prejudicial a essas partes.
Alguns tipos possuem chave seletora para a seleção de operação com transformador ou
com retificador. Este tipo de máquina é mais cara e de manutenção mais complexa.
Gerador
O gerador é um equipamento rotativo alimentado por motor à combustão, que gera corren-
te contínua ou alternada. É utilizado para trabalhos em locais onde não há disponibilidade de
energia elétrica. O gerador é uma máquina de custo elevado e de manutenção mais difícil, o
que tem tornado seu uso cada vez mais restrito.
Porta-eletrodo
O porta-eletrodo (alicate) serve para a fixação e energização do eletrodo. É fundamental a cor-
reta fixação e boa isolação dos cabos para que os riscos de choque sejam minimizados. As
garras devem estar sempre em bom estado de conservação, de modo a evitar os problemas
de superaquecimento e má fixação do eletrodo, que pode se soltar durante a soldagem. Um
porta-eletrodo é dimensionado para trabalhar em uma determinada faixa de corrente. Para
ser utilizado em valores de corrente elevados, um porta-eletrodo deve ser mais robusto, o que
fará com que seu peso aumente. Como o peso é um fator determinante na fadiga do solda-
dor, deve-se sempre procurar especificar o menor porta-eletrodo possível para a faixa de cor-
rente na qual se pretende trabalhar.
Cabos
Existem dois tipos de cabos flexíveis: os de soldagem, que transportam a corrente elétrica da
fonte de energia ao porta-eletrodo, e os de retorno, que transportam a corrente elétrica da pe-
ça de trabalho para a fonte de energia. Os cabos podem ser de cobre ou de alumínio e devem
apresentar grande flexibilidade, de modo a facilitar o trabalho em locais de difícil acesso. Os ca-
bos são cobertos por uma camada de material isolante e resistente à abrasão, à sujeira e a um
ligeiro aquecimento, que será normal devido à resistência à passagem da corrente elétrica.
O diâmetro dos cabos está basicamente relacionado com a corrente de soldagem, com o
ciclo de trabalho do equipamento, com o comprimento total dos cabos do circuito e com a
fadiga do operador. Estes quatro itens devem ser avaliados em conjunto, pois enquanto para
a corrente de soldagem e para o ciclo de trabalho da fonte seria ideal um cabo com o maior
diâmetro possível, pois haveria menor chance de superaquecimento, para o comprimento to-
tal do circuito e para o soldador esta escolha seria prejudicial, pois aumentaria as perdas de-
vido à resistência elétrica e causaria maior desgaste físico ao soldador devido ao peso.
Garras
As garras são as peças de fixação do cabo elétrico à peça a ser soldada. Estas peças, comu-
mente, são de cobre e devem ter dispositivo para perfeita fixação à peça, evitando a ocorrên-
cia de pequenos curtos circuitos devido a mau contato.
FIGURA
Eletrodo revestido
23
Revestimento
Extremo não revestido
Ilustração: senai-rj
Alma
Função física/mecânica
A queima do revestimento produz uma atmosfera protetora da poça de fusão.
Funde-se durante a soldagem, solidificando-se rapidamente e formando uma carepa pro-
tetora do metal ainda fundido, chamada escória. Esta escória protege o metal ainda à alta tem-
peratura e controla o seu resfriamento.
A escória ajuda a manter o metal fundido fora da posição plana durante a soldagem.
Função Metalúrgica
Fornece elementos de liga para a poça de fusão (em boa parte dos eletrodos a alma é a
mesma e a composição química do metal de solda é ajustada através do revestimento).
Fornece elementos “purificadores“ da poça de fusão (desoxidantes e escorificantes).
Função Elétrica
O revestimento possui elementos que auxiliam a ionização do arco elétrico, contribuindo
para sua estabilidade.
É isolante elétrico, por este motivo o arco só se abre na ponta em que está descoberta.
Técnicas de soldagem
Veja as técnicas de trabalho para execução da soldagem com eletrodos revestidos.
Na boa
Vale lembrar que o método
Enchimento por filetes é o que
permite maior controle do
enchimento com a limpeza e a
inspeção de cada cordão depositado
2 3
4 6 5
1 2 3
Ilustrações: senai-rj
Sentido do Sentido do Sentido do
eletrodo eletrodo eletrodo
Escuta só...
Veja quais são as
dificuldades do processo:
Dificuldade de abertura do arco
Dificuldade em manter o arco
aberto/arco instável
Aquecimento exagerado do
eletrodo
No Quadro
Porosidade De olho no lance
Mordedura acompanhe as
causas
Falta de penetração predominantes
Inclusão de escória
Falta de fusão
FIGURA
Esquema do processo de soldagem TIG
25
Eletrodo de
tungstênio
Fonte de
energia
Bocal
Gás de
Metal de adição
proteção
Arco elétrico
Ilustração: senai-rj
Proteção gasosa
Aplicação
O processo TIG é utilizado na soldagem de todos os tipos de juntas e chapas. É um processo ade-
quado a quase todos os metais, em especial titânio, zircônio, ligas de alumínio e magnésio, aços li-
gados, inoxidáveis, ligas de níquel e ligas especiais. É um processo bastante utilizado para solda-
gem de tubos, na indústria em geral e em trabalhos de manutenção, devido à alta qualidade da
solda e à facilidade de controle do processo, podendo ou não se utilizar metal de adição.
FIGURA
Arranjo para soldagem
26 no processo TIG
Fonte: senai-cimatec
FIGURA
Arranjo de polaridade para soldagem
27 no processo TIG
Ilustrações: senai-rj
Óxido
Metal Metal
Fonte: senai-cimatec
Fluxo de
El
El
El
ns
ns
ét
ét
ét
elétrons e íons
ns
ío
ro
ro
ro
ío
ío
n
n
s
s
s
Característica de
penetração
Ilustrações: senai-rj
Aplicação Aço, Cu, Ag, Utiliza-se correntes Al, Mg e suas ligas
Aços austeníticos ao pequenas.
Cr-Ni e ligas resistentes Não viável para correntes
ao calor elevadas
Fonte: villani, modenesi e bracarense, 2007
Processo TIG
Vantagens
É isso aí
1 Apresenta cordões de solda de alta qualidade,
sem escória e sem respingos.
2 Pode ser empregado em todas as posições e tipos de junta.
3 Admite um controle preciso de aporte térmico, logo é mais
adequado para:
Unir metais de pequena espessura
Fazer cordões em componentes sensíveis ao calor
Trabalhos de manutenção
Soldar pontos em chapas finas, permitindo a soldagem de grande parte
dos materiais existentes e ainda assim sendo bastante versátil
Desvantagens
Esse processo possui também desvantagens, que merecem ser mencionadas:
1 Baixa produtividade.
2 Necessita de limpeza esmerada, pois não possui revestimento
que forneça elementos para limpeza da poça de fusão.
FIGURA
Arranjo de polaridade para
29 soldagem no processo TIG
l = 2D
D
Ilustração: senai-rj
Fonte: senai-cimatec
Ângulo de
afiação do
eletrodo Mistura de gases
tungstênio
(TIG) 100Ar 75Ar-25He 50Ar-50He 25Ar-75He 100He 95Ar-5H2
30º
(0,125)
60º
(0,125)
90º
(0,500)
Ilustrações: senai-rj
180º
Composição química
Os elementos de liga adicionados ao eletrodo de tungstênio são importantes para permitir um
desempenho melhor no processo de soldagem. Os eletrodos com adição de zircônio (Zr) ou
tório (Th) apresentam vantagens, tais como: melhores propriedades de ignição, maior dura-
bilidade e maior capacidade de trabalho com valores de corrente mais altos. Por outro lado,
as desvantagens, quando se utiliza corrente alternada, são: o custo maior, maior efeito de re-
tificação e menor estabilidade do arco.
Equipamentos
Os equipamentos básicos para a soldagem manual pelo processo TIG são os seguintes:
Fonte de energia
Unidade de alta frequência (especialmente para aplicação com corrente alternada)
Cilindro de gás
Tocha
Gás lens
No processo TIG, a fonte de energia é sempre de corrente constante, podendo ser um ge-
rador, retificador ou transformador, dependendo do metal a ser soldado. A tocha TIG pode
ser refrigerada por ar ou água, dependendo da corrente de soldagem utilizada.
A Região do arco
Eletrodo W
Tocha
solda
metal de base
Poça de fusão
Ignitor
Tocha
Peça
Ilustrações: senai-rj
Fonte
Fonte: Villani e modenesi, 2006
FIGURA
Defeitos gerados durante a soldagem pelo uso de
32 técnica incorreta
Óxidos Poros
Óxidos
Óxidos
Ar
Óxidos
Ar Ar
Eletrodo de Oxidação
tungstênio tocando por falta
a poça de fusão Mordedura de proteção
gasosa
Ilustrações: senai-rj
Escuta só...
MIG Metal Inert Gas
Quando a proteção gasosa
utilizada for constituída de
um gás inerte como argônio
(Ar) ou hélio (He), e que tem
nenhuma reação química com
a poça de fusão.
Os dois processos diferem entre si unicamente pelo gás que utilizam, uma vez que os com-
ponentes utilizados são exatamente os mesmos. A simples mudança do gás, por sua vez, se-
rá responsável por uma série de alterações no comportamento da soldagem.
Estes gases, segundo sua natureza e composição, têm uma influência preponderante nas
características do arco, no tipo de transferência de metal do eletrodo à peça, na velocidade de
soldagem, nas perdas por projeções, na penetração e na forma externa da solda. Além disso,
o gás também tem influência nas perdas de elementos químicos, na temperatura da poça de
fusão, na sensibilidade à fissuração e porosidade, bem como na facilidade da execução da sol-
dagem em diversas posições.
Os gases inertes (processo MIG) são utilizados para materiais que não podem sofrer as rea-
ções de oxidação que ocorrem quando se utiliza o CO2, por exemplo: aços inoxidáveis, alu-
mínio, níquel etc. O CO2 puro ou com pequenas adições de Argônio (Ar) é utilizado na sol-
dagem dos aços carbono e baixas liga. Uma das características básicas deste processo em re-
lação aos outros processos de soldagem é sua alta produtividade, que é motivada, além da
continuidade do arame, pelas altas densidades de corrente do processo.
Sentido de trabalho
Bico de contato
Metal solidificado Bocal
Gás de proteção
Ilustração: senai-rj
Arco elétrico Poça de fusão
Fonte: villani, modenesi e bracarense, 2007
Mandou bem!
Na página a
seguir estão
relacionadas as
Vantagens e
Desvantagens do
Processo MIG/MAG.
Acompanhe.
Desvantagens
1 Maior velocidade de resfriamento por não haver escória,
o que aumenta a tendência à ocorrência de trincas.
2 Soldagem não é fácil em locais de difícil acesso, devido à
necessidade da proximidade do bocal em metal-base a ser
soldado.
3 Grande emissão de radiação ultravioleta.
4 Equipamento mais caro e complexo e menos portátil em
relação ao processo com eletrodo revestido. O processo de
soldagem MIG MAG é considerado um processo semi-
automático, em que a alimentação do arame-eletrodo é
feita mecanicamente através de um alimentador
motorizado, ficando para o soldador a responsabilidade
pela iniciação e interrupção do arco, além da condução da
tocha durante a execução da soldagem.
Equipamento
O equipamento é semiautomático. Neste tipo de equipamento a alimentação do eletrodo ou
material de adição é feita automaticamente pela máquina e as demais operações pelo solda-
dor. O equipamento básico de soldagem com proteção gasosa apresenta os seguintes ele-
mentos: fonte de energia de soldagem, cilindro de gás de proteção, tocha de soldagem, ali-
mentador de eletrodo e sistema de controle.
FIGURA
Esquema básico para soldagem MIG/MAG
34
Alimentador
Tocha Arame de arame
(+ )
(–)
Ilustração: senai-rj
Peça Cabos Fonte de energia Gás
Fonte de energia
Na soldagem MIG/MAG são utilizadas fontes de energia de tensão constante, que refletem
o comportamento da tensão e da corrente da fonte. Este comportamento é o seguinte: para
cada variação da tensão (variação no comprimento do arco), a fonte imediatamente promove
um alta variação de corrente (aumentando ou diminuindo), restabelecendo quase imediata-
mente o comprimento do arco (tensão) original.
Por exemplo, se o comprimento do arco diminui, isto quer dizer que a ponta do arame se
aproxima da poça de fusão. Neste caso a fonte aumenta automaticamente a corrente fazen-
do que o arame seja consumido mais rapidamente, o que restabelece o comprimento origi-
nal do arco. No caso de aumento do comprimento do arco, a fonte age de maneira oposta.
FIGURA
Tocha para soldagem MIG/MAG
35
Gatilho
Bocal
Tubo de contato
Ilustração: senai-rj
Eletrodo
Alimentador de arame
O alimentador é a parte do conjunto de soldagem que permite transportar o arame da bobi-
na à tocha. O alimentador apresenta um conjunto de roletes que puxam o fio da bobina e o
empurram para dentro do conduíte.
Sistema de controle
O sistema de controle localiza-se no cabeçote, que abriga o comando de abrir e fechar da vál-
vula do gás de proteção, do acionamento do motor elétrico do alimentador de arame, o con-
trole de velocidade de alimentação do arame e o controle da válvula da água de refrigeração,
caso a tocha seja resfriada a água. No cabeçote também é feita a regulagem dos parâmetros
de soldagem.
Transferência globular
Ocorre com níveis de correntes ainda baixos, porém acima do nível de curto-circuito. O gló-
bulo, que se forma na ponta do eletrodo e atinge grandes diâmetros, desprende-se da pon-
ta do arame e transfere-se para a poça sem muita direção, provocando alto nível de respin-
gos. Este tipo de transferência não possibilita a soldagem em todas as posições, devido ao di-
fícil controle da poça de fusão.
Arco pulsante
Mantém um arco de corrente baixa o suficiente para manter o arco aberto e injeta pulsos de
alta corrente. A cada pulso é transferida uma gotícula. Apesar dos pulsos de alta corrente, a
corrente média de soldagem é relativamente baixa, sendo possível a soldagem em todas as
posições. Para aplicação deste tipo de transferência, é necessário que o equipamento seja do-
tado deste recurso.
FIGURA
Descontinuidades no processo MIG/MAG
36
Porosidade
Ar Ar
Ar Ar
Falta de penetração
Falta de fusão
Mordedura
Tensão do arco elevada na soldagem com transferência por pulverização
A B
Ilustrações: senai-rj
Bem ligado
Durante a soldagem,
o calor produzido pelo
arco elétrico funde
uma parte do fluxo,
o material de adição
(arame) e o metal de base,
formando a poça de fusão.
A zona de soldagem fica sempre protegida pelo fluxo, uma parte fundida de fluxo sob uma
cobertura de fluxo não fundido. O eletrodo permanece a uma pequena distância acima da
poça de fusão e o arco elétrico se desenvolve nesta posição. Com o deslocamento do eletro-
do ao longo da junta, o fluxo fundido sobrenada o metal de solda líquido, na forma de escó-
ria. A escória protege o metal de solda recém-solidificado, pois este é ainda, devido à sua al-
ta temperatura, muito reativo com o nitrogênio e o oxigênio da atmosfera, tendo a facilidade
de formar óxidos e nitretos que alterariam as propriedades das juntas soldadas.
FIGURA
Exemplo de recurso para sustentação do fluxo
37
Arame – eletrodo
Sistema de
tracionamento
do arame
Reservatório
de fluxo
Conexão
Tubo para
Camada escoamento
de fluxo do fluxo
Peça
de trabalho
Ilustração: senai-rj
Suporte flexível
Bobina de arame
Direção da soldagem
Alimentador
Sistema Fonte
de controle de energia
Tocha
Ilustração: senai-rj
Cabo de retorno
Equipamentos
O equipamento básico para soldagem a arco submerso consiste de uma fonte de energia,
uma tocha de soldagem, um alimentador de arame, um sistema de controle, um dispositivo
para alimentação do fluxo, um par de cabos elétricos e uma garra para fixação do cabo à pe-
ça. Estes equipamentos podem ser vistos na Figura 38 e são descritos em seguida.
Fontes de energia
Para a soldagem a arco submerso, as fontes de energia podem ser de corrente contínua ou
alternada, corrente ou tensão constante. Elas devem permitir trabalhos em altas amperagens
com 100% de ciclo de trabalho. As faixas mais usuais de trabalho estão entre 400A e 1500A,
embora se possa excepcionalmente trabalhar com correntes muito baixas (150A) ou muito al-
tas (4000A).
CA Corrente Alternada
Permite melhor controle da forma do cordão,
profundidade de penetração e velocidade de
soldagem. Esta forma da corrente é também a que
possibilita a melhor abertura de arco.
Tocha de soldagem
A tocha de soldagem consiste do bico de contato (de cobre e ligas) deslizante, um sistema pa-
ra fixação do cabo de saída da fonte, e um suporte isolante. Os bicos de contato devem ser
adequados para cada diâmetro de arame que se irá utilizar.
Deve-se sempre verificar a limpeza e o estado de conservação da tocha, principalmente em
seu interior. Apesar de raro, podem acontecer esporádicos respingos que danificarão o bico
de contato. Esta peça é responsável pela energização do arame, e se este contato não for bem
feito poderá comprometer a qualidade do cordão de solda que está sendo executado.
Alimentador de arame
O conjunto alimentador de arame consiste de um suporte para a bobina de arame que é utili-
zada para soldagem, um motor de corrente contínua com controlador de velocidade e um con-
junto de roletes que servem para fazer a alimentação e auxiliar no direcionamento do arame.
Este conjunto é de vital importância para a qualidade da soldagem, pois, como o mecanis-
mo de deslocamento da tocha é completamente independente deste, uma falha na alimenta-
ção seria impossível de ser detectada durante a soldagem, pois o movimento da tocha pros-
seguiria e o arco encoberto impossibilitaria a visualização do defeito.
A falha mais comum que pode vir a ocorrer com o alimentador, é o atrito na roldana onde
a bobina de arame apoia-se, e com isto a velocidade de alimentação será inferior à desejada.
de
Descontinuidades
Como em qualquer outro tipo de trabalho,
o objetivo sempre é a máxima qualidade.
Porém, algumas vezes certos incidentes podem
“desviar a rota” do trabalho correto.
As descontinuidades mais comuns ao processo
de soldagem com arco submerso são:
FIGURA
Princípio da soldagem por eletroescória
39
Esquema geral do processo
Roletes de Sapata de cobre
alimentação Tubo-guia resfriada a água
Detalhe da região
da poça de fusão
Eletrodo
Eletrodo
Escória fundida
Poça de fusão
Escória
fundida
Poça de
fusão
Metal de base
Solda
Ilustrações: senai-rj
Tubo guia
de cobre
Eletrodo consumível
Sapata móvel
de cobre
Água de
Ligação resfriamento
elétrica
(terra)
Ilustração: senai-rj
Metal base Metal de solda solidificado
Fonte: wainer, brandini e melo, 2005
bi a?
Você sa
Campos de aplicação
São vários os campos de aplicação do
processo de eletroescória. Vale a pena destacar:
Construções metálicas: soldas em chapas
grossas de topo.
Construção naval: soldas de seções do
navio e laterais de tanques.
Construção de recipientes, vasos de pressão:
costuras longitudinais e circulares.
Técnica nuclear: partes de componentes para
usinas nucleares.
Construção de máquinas: carcaças para turbinas,
cilindros, eixos, bases para máquinas.
Construção de vagões ferroviários: superfícies de
rolamento, jogos de rodas.
Desvantagens
Entretanto, há também algumas desvantagens nesse
processo:
1 Granulação grosseira, com baixa resistência ao
impacto, sendo necessário tratamento térmico
posterior.
2 Alto custo dos dispositivos de soldagem.
3 É recomendado que seja utilizada mão de obra
especializada na operação.
4 A soldagem só pode ser feita na posição vertical
ascendente e tem que ser iniciada preferencialmente
uma única vez.
5 Apenas solda seções acima de 19mm.
FIGURA
Principais componentes do equipamento
41 de soldagem por eletroescória
Carretel do
eletrodo nu
Cabo fase Mecanismo
alimentador
Cabo terra do eletrodo nu
Sapata móvel de
Escória
resfriamento
Metal depositado
Metal de base
Ilustração: senai-rj
Escuta só...
No processo eletrogás
são empregados dois
tipos de eletrodos:
Eletrodo nu
Eletrodo tubular com fluxo interno
Equipamento
A fonte de energia é de corrente contínua e a polaridade normalmente é reversa. Em alguns
casos esta fonte é montada junto à cabeça de soldagem e se move verticalmente, à medida
que a soldagem é executada. Fontes de 750A a 1.000A a 100% de ciclo de trabalho, são uti-
lizadas e podem ser do tipo de tensão constante ou corrente constante, dependendo das ca-
racterísticas da soldagem.
Apesar da menor espessura soldada, para espessuras de 32mm a 102mm, pode ser utili-
zado o mecanismo de oscilação do eletrodo. Do mesmo modo que o processo de eletroescó-
ria, o controle do movimento de oscilação deve assegurar uma deposição uniforme de mate-
rial de adição na poça de fusão.
Sapatas de
resfriamento
Água de
Poça de fusão resfriamento
das sapatas
Junta soldada
Chapa base 2
Ilustração: senai-rj
bi a?
Você sa
oxigás
Processo de
Soldagem Oxigás É isso aí
Vantagens
O processo da soldagem oxigás
apresenta as seguintes vantagens:
1 Baixo custo.
2 Emprega equipamento portátil.
3 Não necessita de energia elétrica.
4 Permite o fácil controle da operação.
Desvantagens
Entre as desvantagens podem ser apontadas as seguintes:
1 Exige soldador hábil.
2 Tem baixa taxa de deposição.
3 Conduz a superaquecimento.
4 Apresenta riscos de acidente com os cilindros de gases.
A chama oxiacetilênica
A combustão do acetileno ocorre em duas etapas: a combustão primária, onde somente o
oxigênio do cilindro participa da reação; e a combustão secundária, cuja reação ocorre com
a participação do ar atmosférico. Para volumes iguais de acetileno e oxigênio, as reações são
as seguintes:
Combustão primária
C2H2 + O2 2CO + H2
Combustão secundária
FIGURA
Localização das reações de combustão
43
Entrada
C2H2+O2
Bico do maçarico
Zona de combustão
secundária
Arraste de ar Chama
atmosférico para a chama
Ilustração: senai-rj
Maçarico
O maçarico é um instrumento para misturar e controlar a vazão da mistura na saída do bico.
Com ele consegue-se obter a chama com regulagem e intensidade de combustão ideal para
a operação de soldagem ou corte. A Figura 44 mostra as partes do maçarico.
O corpo do maçarico contém as entradas dos gases com as respectivas válvulas de regu-
lagem de vazão. As entradas dos gases costumam ter roscas diferentes por motivo de segu-
rança: a tomada de oxigênio possui rosca à direita e a do combustível, rosca à esquerda. As
válvulas de regulagem da vazão são do tipo agulha.
No misturador ocorre a mistura dos gases em proporções iguais. O volume do misturador
é pequeno para manter a mistura dentro dos limites de segurança, uma vez que muitas mis-
turas são explosivas. A mistura pode ser conduzida pela lança até o bico do maçarico ou di-
retamente a um bico com o formato de lança. A função do bico é controlar a transferência de
calor e direcionar a chama.
Conforme o tipo de misturador, os maçaricos podem ser classificados em: injetor e de pres-
são média.
No maçarico injetor, o acetileno (baixa pressão) é aspirado pelo oxigênio (alta pressão), pe-
lo princípio do tubo venturi no misturador.
No maçarico de média pressão, ambos os gases chegam com a mesma pressão ao misturador.
FIGURA
Partes de um maçarico
44
Válvula de regulagem
Lança Misturador da vazão Entrada dos gases
Combustível
Oxigênio
Ilustração: senai-rj
Bico Corpo
Válvulas de segurança
As válvulas de segurança devem ser utilizadas em todos os equipamentos de soldagem e cor-
te oxigás. São dispositivos importantes, pois podem minimizar, ou até evitar acidentes com
aqueles tipos de equipamento. As válvulas de segurança são de dois tipos: válvula contrarre-
trocesso de chama e válvula de contrafluxo.
A válvula contrarretrocesso de chama é conectada ao regulador de pressão do combustí-
vel, ou central de gases combustíveis. Essas válvulas devem evitar o contrafluxo dos gases, ex-
tinguir o retrocesso da chama e cortar o suprimento do gás combustível após o retrocesso.
FIGURA
Seção transversal de um tipo de válvula de segurança
45 para retrocesso de chama
Regulador
Suporte do diafragma
Corpo da
válvula
Mola de compressão
Diafragma furado
Suporte do diafragma
Bocais
Diafragma furado
Mola de compressão
Disco de
material poroso
Corpo da
válvula
Válvula de descarga
da chama
Ilustrações: senai-rj
Ângulo de soldagem
É o ângulo formado entre o maçarico e o metal-base, sendo função da espessura da chapa,
do ponto de fusão do metal-base e de sua condutividade térmica.
Execução da soldagem
A soldagem oxigás pode ser feita de dois modos: à direita ou à esquerda. Na soldagem à direi-
ta, a chama é apontada para o cordão de solda e o processo da soldagem é feito da esquerda
para a direita. Na soldagem à esquerda, a chama é direcionada na frente do cordão de solda e
o progresso da soldagem é da direita para a esquerda. A Figura 46 mostra essa técnica.
A soldagem à esquerda é a mais indicada para chapas com espessura de até 3mm apro-
ximadamente, enquanto a soldagem à direita produz melhores resultados para espessuras
maiores.
A soldagem à direita tem maior velocidade que a soldagem à esquerda, porque nela é
maior a energia de soldagem. A explicação é que na soldagem à direita a parte mais quente
da chama está mais afastada do local a ser fundido.
FIGURA
Seção transversal de um tipo de válvula de segurança
46 para contrafluxo
A Fluxo Normal
Discos de
metal poroso
Cilindro
Maçarico
B Contrafluxo
Discos de
metal poroso
Cilindro
Ilustrações: senai-rj
Maçarico
Direção de soldagem
A Calor adicional
na solda
Sem pré-aquecimento
Proteção
contra oxidação
atmosférica
Direção de soldagem
B
Sem calor adicional
na solda
Ilustrações: senai-rj
Sem proteção contra
oxidação atmosférica
Fonte: wainer, brandini e melo, 2005
pRIMEIRA REAÇÃO
Fe + 1 O2 FeO + 64kcal
2
sEGUNDA REAÇÃO
3Fe + 2O2 Fe3O4 + 266kcal
REAÇÃO FINAL
Na pressão
Gases combustíveis
Os combustíveis usados para gerar
a chama de pré-aquecimento são:
Acetileno
Propano/GLP
Gás natural/Gás de nafta
Hidrogênio
acetileno
É o mais usado, graças à alta temperatura de chama (3.100°C); particularmente importante
quando o tempo de partida é fração importante do tempo total da operação, como são os
cortes curtos de canais e massalotes de fundição e sucata irregular.
Propano/glp
É usado em virtude do relativo baixo custo por energia térmica contida (o poder calorífero do
propano é de 24.300kcal/m3); exige, no entanto, maior volume de oxigênio (3,5 a 4,5 volu-
mes de oxigênio/volume de combustível).
Hidrogênio
Ainda é usado em corte subaquático, graças à facilidade de utilizá-lo em pressões que ven-
çam a pressão hidrostática nas grandes profundidades, apesar de apresentar baixo poder ca-
lorífero volumétrico.
Equipamento
Uma instalação de oxicorte é semelhante a uma instalação de soldagem a gás, diferindo ape-
nas o maçarico, que tem as seguintes funções:
Misturar o combustível e o oxigênio, produzindo a chama de aquecimento para pré-aque-
cer e manter constante a alta temperatura.
Fornecer um jato de oxigênio puro, que vai oxidar e remover mecanicamente o material
fundido. O maçarico é então deslocado em velocidade constante, tanto menor quanto mais
espessa a peça a ser cortada, movimento obtido manual ou mecanicamente. São máquinas
de oxicorte: “tartarugas”, pantógrafos, mono ou multi-maçarico, em escala ou 1 x 1, com con-
trole numérico ou computadorizado etc.
Maçarico de corte
O maçarico de corte possui as partes essenciais de um maçarico de soldagem, além de uma tu-
bulação de oxigênio de corte equipada com válvula de comando. A extremidade ativa do ma-
çarico de corte, constituída por peças removíveis, é denominada cabeça, e nela estão reunidos
os orifícios da chama de aquecimento e de jato de corte. Cada maçarico de corte dispõe de di-
ferentes cabeças apropriadas às espessuras a serem cortadas e ao gás combustível utilizado.
Por analogia com os maçaricos de solda, os de corte são classificados como de alta e bai-
xa pressão, por ser a chama de aquecimento produzida por misturadores de alta ou de bai-
xa pressão, respectivamente.
Máquinas de oxicorte
A perfeição dos cortes obtidos com maçarico manual, a velocidade de execução e o custo de-
pendem da habilidade do operador. O oxicorte automático elimina o fator humano, substi-
tuindo o operador por uma máquina que conduz o maçarico, realizando o corte com veloci-
dade uniforme e regulável, seguindo um traçado determinado ou um gabarito. Em muitos
casos permite a substituição de peças fundidas, forjadas ou estampadas por peças recortadas.
A precisão do corte, frequentemente dispensa usinagem posterior.
FIGURA
Transformação de estado
48
Plasma
Energia de
aquecimento
Ilustração: senai-rj
Fonte: senai-cimatec
Definição de plasma
Plasma é um conjunto de partículas carregadas contendo quase a mesma quantidade de elé-
trons e íons positivos, e, embora presente quase todas as características dos seus gases forma-
dores, se difere deles por ser um bom condutor de eletricidade. A ionização do gás causa a
criação de elétrons livres e íons positivos entre os átomos de gás. Quando isso ocorre, o gás
Corte a plasma
O corte a plasma usa o calor de um arco de plasma (aprox. 15.000ºC) para cortar qualquer
metal ferroso ou não ferroso.
É um processo de corte que separa metais pela fusão de uma área localizada com um ar-
co constrito e a remoção do material fundido com um jato (de alta velocidade) de gás ioniza-
do quente saindo de um orifício. Pode ser usado em corte manual com um maçarico portátil
ou em corte mecanizado utilizando-se máquinas extremamente precisas, com dispositivos de
traçagem especiais.
Na boa
O corte a plasma é
usado para corte de
aços e metais não
ferrosos, numa faixa
de espessura de fina
para média.
Seu maior uso é no corte de peças que contêm elementos de ligas, que produzem óxidos
refratários, por exemplo, aços inoxidáveis e alumínios.
O processo requer menor grau de habilidade do operador em relação ao requerido para
o oxicorte, com exceção do equipamento para corte manual, que é multo mais complexo.
O processo de corte a plasma usa um arco constrito atirado entre um eletrodo resfriado à
água e a peça. O orifício que restringe o arco também é refrigerado à água. A corrente utili-
zada é a corrente contínua, eletrodo negativo. A qualidade do corte a plasma é superior aos
outros tipos de corte por meio de calor devido ao jato de alta temperatura.
Bocal de proteção
Metal de adição
Solda
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Corte com eletrodo de carvão
50 (Air Carbon Arc Cutting – AAC)
Porta-eletrodo
Eletrodo de carvão
Jato de
ar comprimido
Ilustração: senai-rj
Arco elétrico
Função e
Classificação dos
Consumíveis
4.1 Função e Classificação Eletrodos
dos Consumíveis Revestidos
Consumíveis de soldagem são todos os materiais utilizados na Gases de Proteção
deposição ou na proteção da solda.
Portanto, além de eletrodos, varetas e arames, são considera- Inspeção de
dos também como consumíveis de soldagem, os gases de pro- Recebimento de
Consumíveis de
teção, fluxos e anéis consumíveis.
Soldagem
A fim de estabelecer a uniformidade das diversas característi-
cas, os consumíveis de soldagem devem atender a normas es- Armazenamento,
pecíficas que estabelecem esses padrões. Manuseio e
Tratamento de
Os consumíveis de soldagem normalmente utilizados na in-
Consumíveis
dústria brasileira são regulamentados por um conjunto de espe-
cificações da AWS (American Welding Society).
AWS A5.5 Eletrodos de aço baixa liga para soldagem a arco com eletrodos revestidos ( low-
alloy steel electrodes for shielded metal arc welding).
AWS A5.6 Eletrodos cobertos de cobre e ligas de cobre para soldagem a arco (covered
copper and copper alloy arc welding electrodes).
AWS A5.7 Varetas e arames de cobre e ligas de cobre ( copper and copper alloy bare welding
rods and electrodes).
AWS A5.8 Metais de adição para brasagem e solda brasagem ( filler metals for brazing and
braze welding ).
AWS A5.9 Varetas e arames de aço inoxidável para soldagem (bare stainless steel welding
electrodes and rods).
AWS A5.10 Varetas e arames de soldagem de alumínio e ligas de alumínio ( bare aluminum
and aluminum-alloy welding electrodes and rods).
AWS A5.11 Eletrodos de níquel e ligas de níquel para soldagem a arco por eletrodo revestido
( nickel and nickel-alloy welding electrodes for shielded metal arc welding).
AWS A5.12 Eletrodos de tungstênio e ligas de tungstênio para soldagem a arco e corte
( tungsten and tungsten-alloy electrodes for arc welding and cutting).
AWS A5.13 Eletrodos revestidos para soldagem de revestimentos ( surfacing electrodes for
shielded metal arc welding).
AWS A5.14 Varetas e arames de níquel e ligas de níquel para soldagem (nickel and nickel-
alloy bare welding electrodes and rods).
AWS A5.15 Eletrodos e varetas para soldagem de ferro fundido (welding electrodes and
rods for cast iron ).
AWS A5.16 Eletrodos e varetas para soldagem de titânio e ligas de titânio (titanium and tita-
nium-alloy welding electrodes and rods).
AWS A5.17 Eletrodos e fluxos para soldagem a arco submerso (carbon steel electrodes and
fluxes for submerged arc welding).
AWS A5.18 Varetas e arames de aço-carbono para soldagem a arco com proteção gasosa
( carbon steel electrodes and rods for gas shielded arc welding).
AWS A5.21 Varetas e arames para soldagem de revestimento ( bare electrodes and rods for
surfacing ).
AWS A5.22 Arames tubulares de aço inoxidável para soldagem a arco e varetas tubulares de
aço inoxidável para soldagem pelo processo TIG (stainless steel electrodes for flux cored arc
welding and stainless steel flux cored rods for gas tungsten arc welding).
AWS A5.23 Eletrodos de aço baixa liga e fluxos para soldagem a arco submerso (low-alloy
steel electrodes and fluxes for submerged arc welding).
AWS A5.24 Eletrodos e varetas para soldagem de zircônio e ligas de zircônio (zirconium and
zirconium-alloy welding electrodes and rods).
AWS A5.25 Eletrodos de aço-carbono e aços baixa liga e fluxos para soldagem por eletroes-
cória ( carbon and low-alloy steel electrodes and fluxes for electroslag welding).
AWS A5.26 Eletrodos de aço-carbono e aços baixa liga e fluxos para soldagem por eletro-
gás ( carbon and low-alloy steel electrodes for electrogas welding).
AWS A5.28 Arames e varetas de aços baixa liga para soldagem a arco com proteção gasosa
( low-alloy steel electrodes and rods for gas shielded arc welding).
AWS A5.29 Arames tubulares de aços baixa liga para soldagem a arco (low-alloy steel
electrodes for flux cored arc welding).
QUADRO
Funções do revestimento do eletrodo na soldagem
1
ácido
Revestimento formado basicamente por sílica e óxidos manganês e ferro. Caracteriza-se por
produzir escória ácida, de fácil remoção. Apresenta um depósito com tendência à formação
de trinca de solidificação. É um tipo de eletrodo raramente utilizado na indústria nacional.
Celulósico
Rutílico
O principal elemento formador deste revestimento é o rutilo (dióxido de titânio – TiO2). Ca-
racteriza-se por produzir escória abundante, de fácil remoção, e arco bastante estável, de fá-
cil manipulação (não “gruda” o eletrodo). Solda em todas as posições. Apresenta baixa pene-
tração, o que facilita na soldagem de materiais de baixa espessura (inferior a 3mm). Suas pro-
priedades mecânicas são razoáveis. São consumíveis de uso geral, com pouca utilização em
serviços de responsabilidade da indústria química e petroquímica. Seu principal emprego é
na serralheria (fabricação de grades e portões). São identificados na forma E XX12 e E XX13,
sendo mais conhecido o E 6013.
Básico
Revestimento que tem como elementos básicos carbonato de cálcio e fluorita, que fornecem
suas características, podendo ter também pó de ferro adicionado à sua composição para au-
mentar o rendimento na soldagem. Elementos do revestimento agem na poça de fusão pro-
movendo a retirada de sulfetos, minimizando a ocorrência de trincas de solidificação (trinca
a quente). Este tipo de revestimento tem a característica de absorver facilmente hidrogênio
proveniente da umidade ambiente, o que na soldagem pode provocar a ocorrência de trin-
cas por hidrogênio (trinca a frio), portanto, para este tipo de revestimento há necessidade de
tratamento de secagem do consumível para a retirada do hidrogênio. Apresenta ótimas pro-
priedades mecânicas, sendo indicado para serviços de alta responsabilidade. É o tipo de ele-
trodo mais utilizado na indústria química e petroquímica. Tem como desvantagem a dificul-
dade no manuseio pelo soldador, requerendo maior grau de habilidade. São identificados
na forma E XXY5, E XXY6 e E XXY8. O mais conhecido é o E 7018.
bi a?
Você sa
qual o eletrodo está apto a soldar, sendo:
Testes de fabricação
Os eletrodos das classificações contidas na especificação AWS A5.1, no seu processo de fabri-
cação, são submetidos aos seguintes testes:
Análise química do metal depositado (metal do eletrodo sem diluição)
Teste radiográfico
Teste de tração do metal de solda
Teste de impacto
Teste de umidade
Teste de solda de ângulo
Características
A alma dos consumíveis desta especificação é fabricada em aço-carbono comum, cuja com-
posição pode diferir significativamente do metal de solda que este consumível irá produzir. Is-
to se dá em função da composição do revestimento.
E 6011 Semelhante ao E 6010, porém com revestimento à base de potássio. Pode ser utilizado
também em CA ou CC+ sendo que nesta última, apresenta penetração menor que o E 6010.
E 6013 Eletrodo de revestimento celulósico à base silicato de potássio, apresenta arco bas-
tante estável, com escória abundante e de fácil remoção. É utilizado em todos os tipos de cor-
rente e polaridade. Tem como característica principal a baixa capacidade de penetração, o que
o torna indicado para soldagem de chapas finas e desaconselhado para materiais mais espes-
sos, sob pena de ocorrer falta de penetração e falta de fusão.
E 7018 Semelhante ao E 7016, porém com adição de pó de ferro no revestimento, o que au-
menta o seu rendimento. Para sua correta utilização necessita a manutenção de um compri-
mento de arco curto, o que requer habilidade do soldador. Apresenta uma variação, o E 7018-1,
que contém o seu teor de Mn na faixa máxima estabelecida para esta classificação, direcio-
nando-o para aplicações em equipamentos que operam à baixa temperatura.
De olho no lance
Veja na página a seguir
as especificações dos
consumíveis A5.5.
Acompanhe.
E XXX Y Z – W K
A B CD E F
Sendo:
fabricante e comprador.
Testes de fabricação
Os eletrodos são submetidos, no seu processo de fabricação, aos seguintes testes:
Análise química do metal depositado (metal do eletrodo fundido, porém sem diluição)
Teste radiográfico
Teste de tração do metal de solda
Teste de impacto
Teste de umidade
Teste de solda de ângulo
Nem todos os testes são aplicados a todas as classificações de consumíveis cobertas pela
especificação AWS A5.5. É necessária a consulta à especificação para se obter esta informação.
e
Sinal d ta
Aler
Alguns consumíveis
podem apresentar a
letra L no sufixo.
Exemplo: E 8018 B3L
Ela indica a limitação do
teor de carbono a 0,05%.
Com isso há uma redução na resistência
do material, porém reduz também a
dureza e melhora a tenacidade.
Esses consumíveis são aplicáveis à
soldagem dos aços baixa liga ASTM A387
(diversos graus) e ASTM A335 (diversos
graus), respectivamente chapas e tubos.
Na boa
Depois dos quadros,
acompanhe os eletrodos
revestidos para soldagem de
aços inoxidáveis (AWS A5.4)
E XXX ZZ
A B C
Sendo:
QUADRO
Tipo de corrente e polaridade e posição de soldagem
2
Na boa
Estes sufixos são classificações de
usabilidade dos consumíveis.
Esta usabilidade é determinada
pelo tipo de revestimento aplicado.
Estes sufixos não interferem na
composição química nem nas
propriedades mecânicas do metal
de solda do eletrodo. Indicam
apenas suas condições de uso.
E 308 É o eletrodo mais comum, utilizado na soldagem do aço inoxidável mais corriqueiro,
que é o AISI Tipo 304. Apresenta-se também nas classificações E 308L e E 308H, versões com
requisitos de baixo e alto carbono, respectivamente. Apresenta-se também na classificação E
308Mo e E 308LMo, que são indicados para soldagem de alguns aços inoxidáveis fundidos,
podendo ser também uma opção para soldagem dos aços Tipo 316 e 316L.
E 309 Utilizado para soldagem de aços dissimilares, como a soldagem de aços inoxidáveis
com aços-carbono. Apresenta-se também nas classificações E 309L, E309H. Nas classificações
E 309Mo e E 309LMo são indicados para soldagem dissimilar envolvendo os aços AISI Tipo
316 e 316L. Na sua classificação E 309Nb, recebe a adição de Nióbio, o que melhora sua re-
sistência mecânica à alta temperatura e o indica para soldagem dissimilar envolvendo o aço
AISI Tipo 347.
E 310 São os eletrodos utilizados na soldagem de aços de composição similar à sua, ou seja,
o aço AISI Tipo 310. Apresenta-se na classificação E 310H, com teor de carbono na faixa de 0,34%
a 0,45% o que lhe dá boa resistência mecânica à alta temperatura (930°C ). São uma opção pa-
ra soldagem dos aços inoxidáveis fundidos para alta temperatura tipo HK. Apresenta-se ainda
nas classificações E 310Mo e E 310Nb, que recebem adição de molibdênio e nióbio, respectiva-
mente, tornando-os opção para soldas envolvendo os aços tipo 316 e 347, respectivamente.
E 312 Conforme citado na norma AWS A5.4, são eletrodos indicados para soldagem de ma-
teriais dissimilares, especialmente quando envolvem aços inoxidáveis com alto teor de níquel.
Suas aplicações devem se limitar a temperaturas abaixo de 420°C. Acima desta temperatura
há precipitação de fases prejudiciais.
E 316 São eletrodos utilizados para soldagem dos aços AISI Tipo 316. A presença do ele-
mento molibdênio na sua composição lhe dá boa resistência à fluência e boa ductilidade à al-
ta temperatura. Apresenta-se também nas classificações E 316L, E 316H e E 316LMn, este últi-
mo tem adição de manganês, o que lhe confere boa resistência à corrosão em meios ácidos
e à água do mar. É aplicado também na soldagem similar ou dissimilar de aços criogênicos
(aplicações abaixo de –269°C ).
E 317 São eletrodos utilizados para soldagem de aços de composição similar e utilizados
em meios de corrosão severa, especialmente em corrosão por frestas (crevice) e corrosão por
pitting. Apresenta-se também na classificação E 317L.
E 410 São eletrodos utilizados para soldagem de aços inoxidáveis ferríticos e martensíticos
de composição química similar como os aços AISI Tipo 410 e 410S. Sua soldagem comumen-
te requer a utilização de pré e pós-aquecimento, para obtenção da ductilidade necessária, pois
sem isso apresenta-se bastante frágil.
Para soldagem dos aços duplex, temos as classificações E 2209, E 2553 e E 2593, cujas apli-
cações específicas variam em função da composição química de cada um.
Para soldagem dos aços super duplex, temos as classificações E 2594 e E 2595.
ER XXX
A B
Sendo:
ER XX Y Z
A B C D
Sendo:
4.2.3.6 Varetas e arames para soldagem de aços baixa liga (AWS A5.28)
Esta especificação classifica os consumíveis de acordo com:
Composição química do arame/vareta.
Propriedades mecânicas do metal de solda.
Observe na Tabela 10 que classificações que têm o sufixo C, utilizaram CO2 como gás de
proteção na sua classificação; as de sufixo M utilizaram a mistura com 75% a 80% de CO2;
o restante de Argônio; as classificações sem sufixo não necessitam de gás de proteção.
Testes de fabricação
Os testes requeridos na fabricação variam para cada classificação. Para obter informações mais
detalhadas, consulte a norma AWS A5.20.
TABELA
Testes requeridos na fabricação de eletrodos
12
Chemical Analysis Radiographic Tension Impact Diffusible
AWS Classification
Electrode Weld Metal Test Test Test Hydrogen Test
All Solid Electrodes Required Not Required Not Required Not Required Not Required Not Required
All Composite Electrodes Not Required Required Not Required Not Required Not Required Not Required
All Flux-Solid Electrode Not Required Not Required Required Required Requireda b
Combinations
All Flux-Composite Electrode Not Required Not Required Required Required Requireda b
Combinations
E Ni XX(YY) – Z
A B C D
Sendo: Exemplo:
E NiCrFe-1; E NiCrFe-2 e E NiCrFe-3 Consumíveis à base de Ni, com adição de Cr, Fe (em
maior teor), Mn e Nb + Ta (em menores teores), com pequenas diferenças de composição
química entre eles. Apresentam ótima resistência mecânica e à oxidação. Podem ser aplica-
dos em uma faixa de trabalho a partir de temperaturas criogênicas até ~980ºC. São utiliza-
dos na soldagem de ligas à base de Ni, Cr e Fe, porém são bastante versáteis, podendo ser
utilizados com sucesso para solda de materiais dissimilares envolvendo aços-carbono e/ou ino-
xidáveis, especialmente o E NiCrFe-2.
E NiCrMo-3 Consumíveis à base de Ni, com adição de Cr, Mo (em maior teor), Fe e
Nb + Ta (em menores teores). Apresentam também boas características quanto à resis-
tência mecânica e à corrosão. Podem ser aplicados em uma faixa de temperatura a partir
das criogênicas até 540°C. São versáteis e também utilizados com sucesso em soldas de
materiais dissimilares.
E NiCrCoMo-1 São consumíveis à base de Ni, com adição de Cr, Co, Mo (em maior teor),
Fe e Mn (em menores teores). São utilizados na soldagem de ligas semelhantes, quando se
necessita de boa resistência mecânica e à corrosão em temperaturas entre 820°C e 1.150°C.
TABELA
Exemplos de indicações de
13 aplicação em ligas de níquel
Consumíveis Material
E NiCrFe-1 Inconel 600; Incoloy 800
E NiCrFe-2 Incoloy 800; Incoloy 800H
E NiCrFe-3 Inconel 600
E NiCrMo-3 Inconel 625; Incoloy 800
E NiCrCoMo-1 Incoloy 800H
Inertes
Argônio (Ar), Hélio (He) ou a mistura deles.
Hélio É um gás menos denso que o Ar obtido a partir da separação do gás natural, que
apresenta como uma das suas características principais a maior condutividade térmica que o
Ar, além de produzir uma “coluna” de arco mais larga. Estas características o tornam mais re-
comendável em aplicações em que sejam necessárias maiores energias de soldagem, como
na soldagem de materiais de alta condutibilidade térmica, como o alumínio e o cobre, espe-
cialmente quando as espessuras são grandes.
Escuta só...
As misturas envolvendo Ar alteram
suas características, melhorando a
estabilidade do arco, alterando o
tipo de transferência metálica,
o aquecimento da poça de fusão, a largura
de cordão e a profundidade de penetração.
SG – B
A B
Sendo:
SG – B Y Z – % / %
A BCD E
Bem ligado
A responsabilidade
de analisar o
certificado de
qualidade do
consumível cabe
ao Inspetor de
Solda Nível 2.
A Varetas
Devem conter a classificação AWS marcada em pelo menos uma das suas extremidades;
preferencialmente, as duas extremidades devem conter essa identificação.
Não devem apresentar sinais de oxidação.
FIGURA
Oxidação na ponta de pega e oxidação na alma
1
Oxidação
da alma
Ilustração: senai-rj
Parte do
revestimento
Fonte: FBTS, 2003
FIGURA
Redução localizada
2
Redução localizada
Qualquer variação na
Ilustração: senai-rj
espessura do revestimento
no sentido de reduzi-lo
FIGURA
Danos na ponta de arco
3
de cobrir a alma na
ponta de arco
é exposta é considerado
falta de aderência
FIGURA
Destacamento com exposição de alma
5
Destacamento com
exposição da alma
Qualquer falha no
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Falta de compacidade
6
Falta de compacidade
Esta descontinuidade indica que o
revestimento não está plenamente compactado
em torno da alma. Pode aparecer como
porosidade (agrupada ou generalizada)
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Envelhecimento do eletrodo
8
Envelhecimento
Aparece como
pequenas cristalizações
na superfície do
Ilustração: senai-rj
revestimento e este
com uma coloração
esbranquiçada
FIGURA
Ausência de conicidade na ponta de arco
9
Ilustração: senai-rj
4.5.3 Secagem
A secagem deve ser realizada em estufa específica para este fim.
Os parâmetros de secagem (tempo e temperatura) devem ser obtidos junto aos fabricantes.
Na falta destes, utilizam-se os seguintes parâmetros genéricos:
Temperatura:
350°C + 20°C
Tempo:
1 hora
Tanto a temperatura quanto o tempo devem ser rigorosamente respeitados, sob pena de:
Se não forem atingidos, não há retirada efetiva da umidade.
Se forem ultrapassados, o revestimento do consumível pode ser danificado.
FIGURA
Estufa de manutenção
11
Fotos: Stela Martins – In-Fólio
A estufa de manutenção
deve ser mantida
a uma temperatura de
150°C +– 20°C.
FIGURA
Estufa portátil
12
Fotos: Stela Martins – In-Fólio
Na pressão
Observar e corrigir soldadores
que normalmente têm o
costume de manter o cochicho
deitado, com todos os
eletrodos expostos ao tempo,
para facilitar sua retirada.
Estruturas Cristalinas
Ligas Metálicas
Difusão
Diagramas de
condições normais de solidificação formam estruturas cristalinas. A Transformação por
existência de estrutura cristalina é uma característica de materiais no Resfriamento
Contínuo TRC
estado sólido. Dessa maneira existe uma disposição típica dos áto-
Aspectos
mos, que se posicionam em um padrão tridimensional repetitivo, no Térmicos da Soldagem
qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos mais próxi- Transformações
Associadas à Fusão
mos. A essa disposição típica dá-se o nome de célula unitária.
Solidificação da
Algumas das propriedades mais importantes em um metal, co- Zona Fundida
mo a ductilidade e a tenacidade, estão relacionadas ao tipo de es- Pré-Aquecimento
trutura cristalina apresentada. Ao descrever, ilustrativamente, as es- Pós-Aquecimento
truturas cristalinas dos metais, consideram-se os átomos como es- Trincas Induzidas
feras sólidas que possuem diâmetros bem definidos (“modelo da pelo Hidrogênio
Fissuração a Frio
esfera rígida atômica”). Decoesão Lamelar
Fissuração Lamelar
Fissuração a Quente
Na boa Tensões Residuais e
Deformações em Soldagem
Tratamentos Térmicos
Na Figura 1 está um Particularidades Inerentes
exemplo do modelo aos Aços-Carbono
FIGURA
Célula unitária do sistema cristalino
2 cúbico do corpo centrado (CCC)
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Célula unitária do sistema cristalino
3 cúbico de face centrada (CFC)
Número de átomos
por célula unitária = 4
1 x8+ 1 x6=4
8 2
Ilustração: senai-rj
Fonte: Callister, 2002
FIGURA
Célula unitária do reticulado
4 hexagonal compacto (HC)
Número de átomos
por célula unitária = 6
1 x8+ 1 x2+ 1 x6=6
8 2 2
Ilustração: senai-rj
Na pressão
As ligas metálicas podem apresentar átomos tanto em solução
sólida intersticial como em solução sólida substitucional.
Com a introdução de átomos de natureza diferente no metal
puro é provocada uma distorção da estrutura cristalina. Esta
distorção da rede torna mais difícil o deslocamento dos
átomos, então, pode-se dizer que o metal ganhou resistência.
Este é o principal mecanismo responsável pelo aumento da
resistência do aço pela adição de elementos de liga.
Ilustrações: senai-rj
Com relação ao átomo de ferro tem-se que o carbono, o hidrogênio e o oxigênio consti-
tuem-se como elementos que formam solução sólida intersticial.
5.3 Difusão
Muitas reações e processos de grande importância para o tratamento de materiais dependem da
transferência de massa. O fenômeno responsável pelo transporte de material mediante a movimen-
tação de átomos é a difusão, e esta será tanto maior quanto maior for a temperatura envolvida.
Se, por exemplo, um material que foi submetido a um resfriamento rápido apresentar áto-
mos de elementos de liga segregados em certa região, ele pode ser reaquecido a uma tem-
peratura adequada, ocasionando a movimentação dos átomos segregados com consequente
distribuição uniforme ao longo da liga, promovendo, desse modo, a homogeneização.
FIGURA
Nucleação e crescimento de grãos
6
Todo grão tem a mesma estrutura cristalina e o mesmo espaçamento atômico. Entretanto,
como cada grão cresce de forma independente, a orientação dos planos de cada sistema cris-
talino, isto é, de cada grão, é diferente. A “fronteira” que surge entre os grãos é chamada de
“contorno de grão”. Nos contornos de grão, a ordenação dos átomos é abruptamente desfei-
ta. Como consequência, há uma “desordem” dos átomos levando os metais a se comportar
de modo diferente nessas regiões de contorno de grão.
O arranjo e o tamanho dos grãos e as fases presentes em uma liga constituem o que se
chama de microestrutura, que é responsável pelas propriedades físicas e mecânicas da liga.
A microestrutura é afetada pela composição química e pelo tipo de processamento mecâ-
nico e/ou térmico imposto à liga.
Muitas propriedades das ligas metálicas em alta e baixa temperatura são determinadas pe-
los contornos de grão. Nestas regiões os átomos não estão ordenados, existindo vazios que
permitem mais facilmente a movimentação atômica. Devido a isso, a difusão ocorre, em ge-
ral, mais rapidamente nos contornos que no centro dos grãos. Em decorrência disso, as im-
purezas ficam segregadas nos contornos de grão, podendo formar fases que podem alterar
desfavoravelmente as propriedades do material, como a redução de ductilidade ou aumento
à suscetibilidade à trinca durante a soldagem ou tratamento térmico.
8 L
1.400
1.394ºC 2.500
+L
D
1.200 P 1.147ºC C
800 1.500
+ S 727ºC
0,76
0,022
600 + Fe3C
1 Ferrita
Cementita (Fe3C) 1.000
Ilustração: senai-rj
400
0 1 2 3 4 5 6 6,70
(Fe)
Composição (%p C)
Fonte: Callister, 2002
bi a?
Você sa
Tais mudanças estruturais
apresentam-se como os
constituintes básicos dos
aços. Veja quais são elas:
Austenita
Ferrita
Cementita
Perlita
Ferrita
É o estado alotrópico alfa do ferro, o qual contém em solução traços de carbono. Apresenta
estrutura de grãos poligonais irregulares, tem baixa dureza e baixa resistência à tração, po-
rém, excelente resistência ao choque e elevado alongamento. A transformação de austenita
para ferrita ocorre no ferro puro a 912ºC. No entanto, com o aumento do teor de carbono,
essa temperatura decresce até 727ºC (ponto eutetoide com 0,8% de C ), voltando a subir com
o aumento de carbono.
Cementita
Entre as temperaturas de 1.147ºC e 912ºC, diante de resfriamento lento, ocorre a transfor-
mação de austenita em cementita, em função do teor de carbono mais elevado. Consti-
tui-se em um carboneto de ferro, contendo 6,67% de C. Muito duro e quebradiço é res-
ponsável pela elevada dureza e resistência dos aços de alto teor de carbono, e também
pela sua menor ductilidade.
A austenita pode dissolver até 2% de carbono em solução sólida, enquanto a ferrita pode dis-
solver no máximo 0,025% de C . Abaixo de A1 toda a austenita se transforma, logo o carbo-
no precipitado, que não ficou dissolvido na ferrita, se combina com o ferro formando um com-
posto intermetálico denominado de cementita (Fe3C ). Contendo cerca de 6,67% de C, a ce-
mentita se precipita em lamelas nos grãos de ferrita, recebendo o nome de perlita.
Perlita
É a mistura mecânica de 88% de ferrita e 12% de cementita; tem a forma de lâminas finíssi-
mas, dispostas alternadamente. Possui propriedades intermediárias entre as da ferrita e da ce-
mentita. Tal produto é resultado da reação eutetoide que ocorre nos aços a uma composição
química de 0,8% de C.
Temperatura da 1.400
A Austenita (estável) reação eutetoide
727ºC
700
Perlita grossa
Ferrita
1.200
C
B D
600 Fe3C Cementita
Perlita fina
1.000
500
Austenita perlita
transformação Indica que está ocorrendo
uma transformação
Ilustração: senai-rj
800
1 10 102 103 104 105
Tempo (s)
Fonte: Boyer, 1977
Na Figura 9, é apresentado o diagrama TTT completo para uma liga Fe-Fe3C ; ele mos-
tra constituintes cuja formação acontece a velocidades de resfriamento maiores, sendo classi-
ficados como semi ou adifusionais.
FIGURA
Diagrama TTT Completo – Aço-carbono 0,8% de C
9
Temperatura (ºC) Temperatura (ºF)
800
Austenita
Temperatura da reação eutetoide 1.400
700
Austenita
1.200
Perlita
600
Perlita + Austenita
1.000
500
Bainita
Austenita 600
300
Martensita
(início da
transformação
martensítica)
200
50% 400
Martensita (50%) Martensita + Austenita
Martensita (90%)
100 200
Martensita
(início da transformação martensítica)
Ilustração: senai-rj
0
10–1 1 10 102 103 104 105
Tempo (s)
Fonte: Boyer, 1977
Bainita (B)
Microconstituinte semidifusional, ou seja, há difusão parcial do carbono; não há tempo para
que todo carbono se difunda. Abaixo do cotovelo da curva, a austenita necessita de mais tem-
po para transformar-se em bainita. O produto varia de aspecto: quando formada em tempe-
raturas mais altas, é constituída basicamente de placas paralelas de ferrita entremeadas por
partículas alongadas de cementita (bainita superior). Em temperaturas mais baixas, a bainita
é formada por placas de ferrita mais finas – ripas, com carbonetos de ferro presentes tanto
no interior dessas ripas, quanto entre elas (bainita inferior). A bainita possui dureza maior que
a da perlita fina.
Martesita (M)
Microconstituinte adifusional, ou seja, a velocidade de resfriamento para a transformação aus-
tenítica é tão alta que ocorre sem que haja tempo para a difusão do carbono. Desta forma, a
rede cristalina fica bastante tensionada, aumentando demasiadamente a dureza do material.
Sem tratamento térmico posterior, a martensita pode ser considerada um constituinte duro e
frágil. No diagrama TTT, o início e o fim dessa transformação são representados por linhas
horizontais, por serem independentes do tempo. Assim, a cerca de 200°C, a martensita apa-
rece em percentagens crescentes, até constituir a totalidade do produto de transformação. É
formada por finas placas de ferrita supersaturadas de carbono.
Teor de carbono
Quanto maior o teor de C até a percentagem de 0,8%, mais para a direita ficará deslocada a
curva TTT.
FIGURA
Diagrama TRC para o aço SAE 1050, austenitizado a
10 850ºC por 30 minutos
900
800
AC3
700
A
600 F
P
500
B
400
300
M
200
Ilustração: senai-rj
100
10 102 103 104 Seg.
Tempo
Fonte: WAINER, 2004
Ordem
Choque de
Para o entendimento dos fenômenos
térmicos presentes durante a
soldagem devem ser considerados
os seguintes fatores:
Rendimento térmico do arco elétrico.
Aporte térmico
(quantidade de calor adicionada a um
material por unidade de comprimento linear).
Distribuição e picos de temperatura durante a soldagem.
Tempo de permanência nos picos de temperatura.
Velocidade de resfriamento da zona de solda.
Onde:
Qt = ea V . I V – Tensão do arco (Volt)
I – Corrente de soldagem (ampère)
Na Figura 11 podem ser verificados valores típicos da eficiência de arco em curvas experi-
mentais.
Ilustração: senai-rj
0 10 20 30
Calor suprido pela fonte ( Js )10 -3
Ciclo térmico
A quantidade de calor transferida para a peça soldada é distribuída ao longo de suas dimen-
sões de forma que, por condução, um mesmo ponto nessa peça passe por mudanças de tem-
peratura ao longo do tempo.
FIGURA
Ciclo térmico no ponto A
12
Um
A
Uc
U1
U VU
U2
Tempo (t)
Ilustração: senai-rj
tp tr
Repartição térmica
A partir das curvas do ciclo térmico leventadas em cada ponto da junta, pode-se obter
graficamente as temperaturas de pico atingidas em função da distância ao centro da sol-
da U = f(x) (Figura 13). Esta função chama-se repartição térmica.
Estabelecido o regime de soldagem, a repartição térmica mantém sua forma ao longo do
cordão de solda.
FIGURA
Repartição térmica
13
Temperatura máxima (Um)
U
Ilustração: senai-rj
Distância (x)
De olho no lance
Para fins de cálculo, denomina-se chapa fina
quando a velocidade de resfriamento ocorre em
regime bidimensional e chapa grossa, quando o
regime é tridimensional (a velocidade de
resfriamento passa a independer da espessura).
Chapa fina
Vt = 2 p rc e (Tc – To)3
E
Chapa grossa
Vt = 2 p (Tc – To)2
E
Onde:
F A velocidade de resfriamento varia com a geometria da junta. Por exemplo: uma junta de
topo possui duas direções para o fluxo de calor, enquanto uma junta T possui três direções.
Assim, as juntas T tendem a resfriar mais rapidamente, como mostra a Figura 15.
Bem ligado
É importante salientar que quanto maior for a
temperatura de pico, maior será a extensão da zona
afetada termicamente, e que quanto menor for a
velocidade de resfriamento, menor será a possibilidade
da ocorrência de têmpera.
Veja na página a seguir as Figuras 14 e 15.
Tempo de
resfriamento (tr)
E2 > E1
E1 > E0
E0
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Resfriamento de juntas R
15
A B
Ilustrações: senai-rj
5.9.1 Volatização
A perda de metal fundido é significativa quando a pressão de vapor do metal é elevada (ex.:
Zn, Mg, Cr, Al) na temperatura de soldagem em questão. Estas perdas são desprezíveis
quando a temperatura de soldagem é próxima do ponto de fusão. Nos processos de solda-
gem com eletrodo revestido ou MIG, em que a temperatura é elevada, as perdas por volati-
lização podem ser consideráveis.
FIGURA
Curvas de Sieverts: variação da solubilidade
16 de hidrogênio com a temperatura
Teor em H dissolvido
Sólido Líquido
9,5 ml/100g
Austenita Ferrita 8,0 ml/100g
Ferrita
Ilustração: senai-rj
Temperatura
Temperatura
de fusão
Fonte: Lélis
FIGURA
Diluição
17
A B
B
A
d(%) = B x 100
A
Onde:
A – Área da seção transversal da zona fundida.
B – Área de participação do metal de base na seção transversal da zona fundida.
Ilustrações: senai-rj
1
Gradiente A
de extração
de calor 2
Ilustração: senai-rj
C 3
Soldagem rápida
Soldagem lenta
Ilustrações: senai-rj
5.10.3 Segregação
Devido às elevadas velocidades de solidificação em soldagem, há a ocorrência de segregação
(variação de composição entre diferentes pontos do material solidificado). Com a evolução da
solidificação, o líquido remanescente fica rico em impurezas ou elementos de liga (Figura 20).
A segregação de fases de ponto de fusão (ou resistência) mais baixo que o restante do metal
de solda é, geralmente, a causa da fissuração a quente (trincas de solidificação).
i n a l d e
S
Alerta
Quando as velocidades
de soldagem são muito
altas, favorecem a
formação de severas
segregações no centro
do cordão de solda, o
que aumenta ainda
mais a suscetibilidade
do material ao
trincamento a quente.
Temperatura
Liquidus
A
Solidus
% impurezas
Composição da Composição
região central da região
Zona fundida do grão entre os grãos
Ilustrações: senai-rj
B – Propagação de uma segregação
(ou defeito) preexistente
5.11 Pré-Aquecimento
É o aquecimento da junta antes da execução da soldagem. O objetivo principal é reduzir a
velocidade de resfriamento da junta soldada, diminuindo a probabilidade de ocorrência de
têmpera, além de aumentar a taxa de difusão do hidrogênio na junta soldada.
Com o pré-aquecimento a junta soldada atinge temperaturas ligeiramente mais elevadas
e permanece nessas temperaturas por um período maior de tempo. Isso permite que o hidro-
gênio dissolvido, em sua maior parte na austenita, tenha possibilidade de se difundir, reduzin-
do a possibilidade da ocorrência de fissuração pelo hidrogênio.
As tensões de contração normalmente diminuem com o pré-aquecimento. Entretanto, se
a junta possui um alto grau de restrição, as tensões de contração podem ser aumentadas se
o pré-aquecimento for localizado, o que aumenta a possibilidade de fissuração.
Uma das desvantagens da utilização de pré-aquecimento é o aumento da extensão da
zona afetada termicamente. Para alguns materiais, o controle ineficaz da temperatura no
pré-aquecimento pode ter um efeito prejudicial, é o caso da soldagem de aços com 16% de
cromo, nos quais um pré-aquecimento excessivo pode ocasionar a formação de fases de
baixa tenacidade. Já em materiais de alta temperabilidade (por exemplo, os aços-liga) é bas-
tante usual a utilização de pré-aquecimento.
Hidrogênio
A quantidade de hidrogênio absorvida durante a soldagem é gerada principalmente pela de-
composição da umidade presente no revestimento de eletrodos ou nos fluxos; pela presença
de umidade e contaminantes (graxa, tinta, óxidos hidratados etc.) na superfície da junta; pe-
la decomposição de material orgânico presente no revestimento dos eletrodos; e pela conta-
minação de vapor d’água nos gases de proteção para processos como MIG/MAG e TIG.
Tensões residuais
Um maior nível de tensões de tração favorece a formação de trincas.
Baixa temperatura
O problema ocorre, em geral, em temperaturas entre 100°C e a ambiente.
A ação simultânea desses fatores é responsável pela formação de trincas que se manifestam
segundo os tipos apresentados na Figura 21. A têmpera poderá ser inevitável, como no caso dos
aços-liga ou por descuido, por exemplo, em peças pré-aquecidas incorretamente.
Na boa
Descontinuidades, como mordeduras, falta
de penetração e inclusões são defeitos que
podem ocorrer durante o processo de
soldagem e funcionam como
concentradores de tensão no material.
Assim, quando o hidrogênio difundido
no material “acha” tais descontinuidades,
provoca tensões trativas podendo levar à
trincas severas e, consequentemente,
à falha da peça em questão.
FIGURA
Tipos de trincas causadas por hidrogênio
21
3
Ilustração: senai-rj
2 1 4
CE = % C + % Mn + % Mo + % Cr + % Ni + % Cu + % P
6 4 5 15 15 3
(% em peso)
Se CE é maior que 0,45, o material é fortemente sensível, sendo então necessária a utilização
de recursos preventivos, como a utilização de processos de soldagem com baixo teor de hidrogê-
nio, o uso de pré-aquecimento e a utilização de metal de adição de menor resistência (quando
possível). A fixação de dispositivos de montagem também pode ser um fator gerador de trincas.
Hidrogênio
Na seleção do processo de soldagem, a atmosfera do arco deve ter o menor teor possível de
hidrogênio. Alguns processos que utilizam fluxo básico introduzem menos hidrogênio na sol-
da, diminuindo a possibilidade de trincamento a frio. A Figura 22 esquematiza o mecanismo
de fragilização.
FIGURA
Mecanismo de fragilização por hidrogênio durante a
22 soldagem
Direção de soldagem
Trinca
+ Fe3C
Cordão
de solda H2
Poço de fusão
H+ H+ H+ H+H+H+
II
H+ H+ H+ (I)
ZAC
M
Ilustração: senai-rj
Temperatura
Manter a solda a uma temperatura adequada que permita a difusão do hidrogênio. Além dis-
so, outras medidas são utilizadas: o pré-aquecimento, o controle da temperatura de interpas-
se e de pós-aquecimento (geralmente de 200°C a 300°C).
TABELA
Evolução do hidrogênio das soldas
1
Eletrodo revestido 28 10 3 15
E 6010
Eletrodo revestido 15 6 2 7
E 6012
Eletrodo revestido 8 5 1 5
E 6015
TIG (argônio) 4 1 0 2
Fonte: Callister, 2002
Bem ligado
Vale ressaltar que o exame
radiográfico não permite
detectar certos tipos de
trincas, especialmente as
sob cordão, sendo
necessária a utilização de
ensaio por ultrassom.
FIGURA
Trincas provocadas por fissuração lamelar
23
Ilustrações: senai-rj
Mandou bem!
Em relação ao material,
quanto menor sua
ductilidade, mais
suscetível será.
A baixa ductilidade
pode estar associada à
presença das inclusões
alongadas no sentido
da espessura.
Seleção do material
A ductilidade do material no sentido da espessura pode ser avaliada pela medida da redução
de área (R.A) em corpos de prova retirados neste sentido e tracionados. Utilizando este crité-
rio, pode-se estimar a sensibilidade do material:
R.A > 30% = material não sensível.
20% R.A 30% = material pouco sensível.
R.A < 20% = material sensível.
Amanteigamento
Esta técnica consiste na deposição, por soldagem, de uma camada de material dúctil na super-
fície do material sensível, antes da soldagem de união propriamente dita. Veja a Figura 24.
FIGURA
“Amanteigamento” para
24 prevenção da fissuração lamelar
Ilustração: senai-rj
Composição química
Impurezas, como enxofre e fósforo, formam com o ferro e outros metais compostos de ponto
de fusão bem inferiores ao restante do material, proporcionando menor resistência à fissuração.
Tensões residuais
Juntas caracterizadas por alto grau de restrição, aumentando o nível de tensões internas, tor-
nando-as mais sensíveis à fissuração.
Geometria do cordão
Cordões de solda com formato côncavo são mais susceptíveis à fissuração a quente, como
mostra a Figura 25.
FIGURA
Efeito da forma do cordão
25 de solda nas trincas a quente
Trinca Trinca
Ilustrações: senai-rj
Composição química
Devido à menor solubilidade do enxofre na austenita, uma liga que se solidifique completa-
mente com esta estrutura é altamente sensível à fissuração a quente. Assim, elementos que
estabilizem a austenita, como carbono e níquel, são desaconselháveis neste caso. Por outro la-
do, o manganês, capaz de formar sulfetos de maior ponto de fusão que o sulfeto de ferro, é
considerado um elemento benéfico. A quantidade de manganês deve ser 1,75 vez maior que
a de enxofre.
Tensões residuais
Algumas medidas preventivas podem ser tomadas para reduzir os esforços atuantes sobre a
zona fundida na fase inicial do resfriamento. A diminuição da energia de soldagem, usando-se
eletrodos de pequeno diâmetro é um exemplo. A soldagem com o mínimo de restrição à con-
tração ou a transferência dos esforços da zona fundida para dispositivos de montagem tam-
bém são consideradas providências úteis.
No final da solda, a cratera é uma região suscetível à fissuração devido aos elevados esforços
de contração resultantes da solidificação rápida. A extinção gradativa do arco elétrico por meio de
dispositivo especial (crater filler) é a melhor solução. O esmerilhamento da cratera é outra solução.
Mesmo que as medidas preventivas sejam adotadas é aconselhável a inspeção, com líqui-
do penetrante, de cada camada das soldas sensíveis à fissuração a quente.
Escuta só...
Tanto as tensões residuais como
as distorções podem afetar o
desempenho da estrutura
soldada, de maneira que
se faz fundamental o
conhecimento das características
desses fenômenos para sua
efetiva prevenção e controle.
Fique Esperto
É preciso lembrar que os
metais, quando aquecidos,
tendem a se expandir
(dilatação térmica) e que,
quando as tensões geradas
atingem o limite de
escoamento (tensão mínima para
a deformação plástica), o material se deforma
plasticamente e o limite de escoamento tende a
diminuir com o aumento da temperatura.
FIGURA
Evolução do nível de tensões internas na barra central
26 em decorrência da variação de temperatura
Base Base
A B
Barra 1
Barra 2
Maçarico
Barra 3
Ilustrações: senai-rj
Tensão (MPa)
200 D
100
A
0
C
– 100
– 200
B
Ilustração: senai-rj
0
100 200 300 400 500 600
Temperatura (ºC)
FIGURA
Esquema comparativo à montagem de três barras
28
A B
A – Comparação entre as
x x tensões residuais desenvolvidas
na montagem de três barras.
x x
Ilustrações: senai-rj
y y
Ilustração: senai-rj
a Figura 29, ou cementita e
perlita fina (aços hipereutetoi- Tempo
des) ou ainda 100% de perlita Fonte: Wainer, 2004
5.17.2 Recozimento
O recozimento consiste no Temperatura
aquecimento da peça acima da
ºC
zona crítica (A3) durante o tem-
A3
po necessário para que toda a
microestrutura se austenitize,
seguido de um resfriamento
Curva de
muito lento, mediante o contro- resfriamento
le da velocidade de resfriamen-
to do forno. A microestrutura
obtida nos aços carbono hipoeu- Mi
tetoides é ferrita e perlita gros-
sa (Figura 30). Para aços hipe- Mf
reutetoides, a microestrutura re-
Ilustração: senai-rj
Ilustração: senai-rj
mo consequência, a diminuição da
dureza e o aumento da tenacidade
Tempo
da peça. A estrutura resultante cha-
Fonte: Wainer, 2004
ma-se martensita revenida.
bi a?
Você sa
Existem ainda vários outros tipos de aços-
carbono, tais como: os aços de alto carbono,
aços rápidos, aços de ferramenta, entre outros.
Entretanto, trataremos aqui somente daqueles
aços mais usados nas construções soldadas.
De olho no lance
Aços C-Mn de baixo carbono são os materiais
usados na grande
Composição química:
maioria dos vasos de
C ≤ 0,18%
pressão e tubos de
Mn ≤ 0,90%
grande diâmetro,
Si < 0,1% (em alguns aços)
sendo preferidos
Limite de resistência (Lr): sobre os aços de
32 ≤ Lr ≤ S 38 kgf/mm² baixo carbono pelo fato de terem
Limite de escoamento (Le): maior resistência mecânica.
15 ≤ Le ≤ 22 kgf/mm² São mais indicados para trabalhar
em temperaturas mais elevadas.
Características de fabricação:
Aços não acalmados (não Aços C-Mn para baixa
desoxidados) ou semiacalmados temperatura
Aplicação: Composição química:
Os aços de baixo carbono são C ≤ 0,23% (geralmente)
materiais fáceis de serem trabalhados a Mn ≤ 1,10%
frio e muito fáceis de serem soldados.
Limites de resistência e
Aços C-Mn de médio carbono escoamento:
Semelhantes aos aços de médio
Composição química:
carbono.
0,18% < C ≤ 0,28%
Mn ≤ 1,00% Características de fabricação:
Si < 0,1% (em alguns aços) Acalmados ao Si ou ao Al.
Bem ligado
É sempre necessária a limpeza da junta
na etapa anterior à soldagem. O projeto
da junta é especialmente importante na
soldagem de grandes espessuras, já que
afeta, de modo relevante, a qualidade,
as deformações e o custo da soldagem.
Do ponto de vista dos casos de emprego, pode-se subdividir esses materiais em dois gru-
pos: os aços contendo até 2 1/2% de Cr e os contendo mais de 2 1/2% de Cr.
2 1/2% 3 1/2% 9%
Quadro
Composições químicas de aços
2 inoxidáveis
Quadro
Tipos de aços inoxidáveis
3 martensíticos
Cromo equivalente
É a soma ponderada dos elementos alfágenos (formadores/estabilizadores da fase alfa), expressan-
do sua influência de vários elementos químicos relativamente ao cromo. Schaeffler o definiu como:
Cr eq = % Cr + % Mo + 1,5 x % Si + 0,5 x % Nb
Níquel equivalente
É definido como a soma do teor de níquel e dos elementos gamágenos (formadores/estabili-
zadores da fase gama), multiplicados pelo fator que expressa sua influência relativamente ao
níquel. Schaeffler definiu o teor de níquel equivalente como:
Ni eq = % Ni + 30 x % C + 0,5 x % Mn
Região 1
Abrange a região dos aços inoxidáveis ferríticos-alto cromo, com baixo teor de carbono. Nes-
ta região o problema é o crescimento irreversível dos grãos, quando permanecem por muito
tempo a temperaturas maiores que 1.150ºC.
Região 2
Essa região abrange as estruturas martensíticas e parte das estruturas mistas martensítica-aus-
teníticas e martensítica-ferríticas. Nesta região, o problema é a fissuração pelo hidrogênio.
Região 3
Essa região engloba todas as composições de ligas que têm possibilidade de, após longo tempo de
permanência em temperaturas na faixa de 500°C – 900°C, dar aparecimento a uma fase chama-
da fase sigma, basicamente Fe-Cr, que tem como principal característica grande fragilidade à tem-
peratura ambiente. A fase sigma, sendo formada basicamente por ferro e cromo, tem mais facilida-
de de se formar a partir da ferrita. Entretanto, ligas austeníticas também podem gerar fase sigma.
Região central
Ao centro do diagrama existe uma região que não pertence a nenhum dos quatro campos.
As composições químicas que pertencem a essa região indicam que a liga está praticamente
livre dos quatro problemas citados.
O objetivo, então, é tentar fazer com que a composição química da zona fundida caia den-
tro dessa região, embora esse procedimento não resolva a situação para a zona afetada ter-
micamente, cuja composição química é a do metal de base. Os parâmetros a controlar para
a obtenção desse objetivo são basicamente a escolha do metal de adição (eletrodo, fluxo etc.)
e o controle da diluição (participação do metal de base), possível pela seleção apropriada dos
parâmetros do processo de soldagem utilizado.
Ainda que esse objetivo não seja atingido, o diagrama de Schaeffler fornece a indicação do
problema principal a encontrar na soldagem, possibilitando a prevenção (ou correção) necessária.
FIGURA
Diagrama de Schaeffler
32
30
28
Ni Equivalente = %Ni + 30 x % C + 0,5 x %Mn
0% Ferrita 5%
26 10%
24
4
22
20%
Austenita 3
20
A+F
18 40%
16
A+M
14 80%
12
10
100%
8
Martensita A+M+F
6
2 1
4 M+F
Ferrita
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Ilustração: senai-rj
Fique Esperto
Nieq
30
28
0% F
24
A 5% F
20
10% F
A+M
309
16 20% F
A+F
40% F
12
d = 50%
M 80% F
8
MB A+M+F 100% F
F
F+M
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40
Creq
Ilustração: senai-rj
Pelo diagrama, vê-se que há uma linha reta
que liga os centros de gravidade dos retângulos
correspondentes às composições químicas
Fonte: Wainer, 2004 do metal de base e do metal de adição.
A composição química da zona fundida não será a do metal de adição, devido à diluição
(participação do metal de base), mas estará em algum ponto dessa linha reta entre o metal
de base e o eletrodo, dependendo do grau de diluição, que, por sua vez, depende dos parâ-
metros de soldagem, do processo e do passe de solda executado. Espera-se a diluição máxi-
ma para o passe de raiz, justamente onde há a maior probabilidade de defeitos.
Com uma diluição de até cerca de 45%, vemos no diagrama que a estrutura da zona fun-
dida será totalmente austenítica. Como a diluição normal obtida em uma soldagem a arco
com eletrodo revestido é da ordem de 10% a 30%, portanto menor que 45%, não deve ser
considerado o problema de têmpera e fissuração pelo hidrogênio, embora deva ocorrer têm-
pera em uma faixa da zona afetada termicamente. O problema que pode ocorrer é a fissura-
ção a quente (região 4 do diagrama).
No passe de raiz, a estrutura já será totalmente austenítica, qualquer que seja a diluição –
por exemplo, 30%.
Para o 2o passe, o metal de base já não será o da tubulação, mas uma mistura entre ele e
o metal da zona fundida do 1o passe, prevalecendo este em proporção.
Deformações
e Tensões
Razões das
Deformações
6.1 Deformações e Tensões
Deformações em
Dentre os diversos problemas que podem ocorrer quando se tra- Juntas Soldadas
balha com soldagem, um dos indesejáveis é a ocorrência de de-
formações. Elas ocorrem basicamente devido ao envolvimento Tipos de
da aplicação de calor durante a operação e à existência de ten- Deformações
sões internas na peça. Prevenção e
Nas operações de soldagem, as partes aquecidas tendem a se Controle de
dilatar, porém o restante do material, ou seja, as partes menos Deformação
aquecidas, tende a impedir essa dilatação. No resfriamento, as Planejamento
partes que se aqueceram tendem a se contrair, e mais uma vez da Sequência
são impedidas pelas partes que foram menos aquecidas. O re- de Soldagem
sultado dessas expansões e contrações não uniformes (tanto do de Equipamentos
metal de solda como do metal de base) introduz tensões inter- Correção da
nas e pode causar o aparecimento de deformações na região. Deformação
Na pressão
Para controlar a
deformação e as tensões
internas e minimizar
suas consequências, é
importante conhecer os
mecanismos que
contribuem para sua
ocorrência.
FIGURA
Barra de aço – Momento 1
1
Fonte: senai-cimatec
A B C
Ilustrações: senai-rj
Barra com restrições, estando à Barra com restrições, Formato da barra
temperatura ambiente quando aquecida após resfriamento à
temperatura ambiente
Tabela
Coeficiente de
1 dilatação térmica
Coeficiente de
Material dilatação térmica
(micro pol. / pol. / °F)
Aço-carbono 7
Aço inoxidável 10
Alumínio / ligas 12
Cobre / ligas 9
Mandou bem!
No resfriamento, o metal de
solda é a parte que vai tender
a ter a maior contração
(já que é a de maior expansão),
porém o metal de base que se
encontra no estado sólido, ou
seja, com propriedades
mecânicas mais elevadas,
resiste a essa contração.
Limite de escoamento
À medida que o material é aquecido, há decréscimo no seu limite de escoamento, isto determi-
na que à medida que aumenta a temperatura, menores esforços (esforços externos ou internos
– por exemplo, tensões internas) têm a capacidade de introduzir deformações nesse material.
Na boa
Quanto maior for a tensão de
escoamento de um material, maiores
podem ser os valores de tensões
internas (residuais) que poderão atuar
para provocar deformações.
Módulo de elasticidade
À medida que o material se aquece, seu módulo de elasticidade decresce, reduzindo sua fai-
xa de trabalho dentro do limite elástico (sem deformação permanente), portanto menor a ca-
pacidade de resistir a deformações.
Sendo:
Quanto maior a quantidade de calor introduzida durante a soldagem, maior será a tendên-
cia à dilatação do material aquecido e à contração no seu resfriamento; portanto, maior a ten-
dência desse material à deformação.
Juntas de ângulo
Em uma junta de ângulo, se a solda se localizar em apenas um dos lados da junta, haverá a
tendência à deformação em função da contração:
FIGURA
Junta de ângulo
3
Ilustrações: senai-rj
Fonte: senai-cimatec
Juntas de topo
FIGURA
Dependendo da configuração do
Junta de topo
chanfro, haverá tendência maior ou 4
menor à deformação (Figura 4):
Exemplo 1
Todos os esforços de contração atu-
am de um só lado.
Ilustrações: senai-rj
Exemplo 2
Esforços de contração atuando de um
só lado, porém com perfil mais uni-
Fonte: senai-cimatec
forme, para efeito de contrações.
Exemplo 3
A soldagem em ambos os lados da junta (Figura 6) permite a distribuição de esforços mais
uniforme, ou seja, os esforços se contrabalançam.
Ilustrações: senai-rj
Fonte: senai-cimatec Fonte: senai-cimatec
6.3.4 Conclusão
Prever o comportamento de uma junta soldada, em termos de deformação, é complexo em
virtude da grande quantidade de fatores que estão presentes atuando simultaneamente. Por-
tanto, a fim de minimizar as deformações, deve-se agir preventivamente, buscando neutrali-
zar sempre que possível a ação desses fatores.
A seguir detalhamos os tipos de deformação apresentados, a fim de permitir que, pelo seu
conhecimento, se possa agir preventivamente, minimizando deformações.
FIGURA
Tipos de deformações em juntas soldadas
7
1 4
1
Comprimento
original
Comprimento
final
2
1
Largura original Largura final
2 2
3 3
1 1
Comprimento Comprimento
original original
Comprimento Comprimento
final final
1 1
Ilustrações: senai-rj
2 Chanfros duplos têm área de solda menor que seu equivalente (de mesmo ângulo de
chanfro) em chanfro simples; portanto, chanfros duplos minimizam a deformação transversal.
FIGURA
Contração transversal em soldas de topo –
8 processos a arco elétrico
Contração
perpendicular
à solda
Soldagem com
eletrodo revestido
Soldagem com
eletrodo nu
Ilustração: senai-rj
A
Contração transversal (pol)
0,20
0,15
0,10
120º
0,05 90º
60º
90º
0
60º
0,10 0,20 0,30 0,40
Área da solda (pol2)
B
Contração transversal (pol)
0,15
0,10
60º Chanfro V
60º Chanfro duplo V ou X
0,05
Ilustrações: senai-rj
0
1/4 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2
Espessura da chapa (pol)
Fonte: Lincoln arc welding foundation
FIGURA
Demonstração da
CT = 0,10 x A 10 contração transversal
t
Sendo:
Sendo:
Contração A
longitudinal = 0,025 s As – Área da zona fundida (pol2)
Ap Ap – Área das peças (pol2)
As
Ilustração: senai-rj
Ap
Fonte: senai-cimatec
FIGURA
Gráfico demonstrando a contração
12 longitudinal x área de seção transversal
5,5
5,0
4,5
Área da seção
transversal da zona
4,0 fundida da solda (pol2)
3,5
3,0
2,5
0,80 A = 0,90
0,70
2,0 0,60
0,50
0,40
1,5 0,30
0,25
1,0 0,20
0,15
0,10
0,05
0,5
Ilustração: senai-rj
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Área da seção transversal das chapas (pol2)
Fonte: apostila inspetor de soldagem n1, pro end
Sendo:
CL – Contração longitudinal (pol)
A – Área total fundida na soldagem (inclui metal
0,005 x A x d x L2
CL = de solda e metal de base fundido) (pol2)
I d – Distância entre a solda e o eixo neutro da
peça (pol)
L – Comprimento da solda (pol)
I – Momento de inércia da peça (pol4)
FIGURA
Viga soldada e
13 com deformações
A Exemplo de uma
viga soldada
demonstrando as
contrações das
deformações
sofridas pela solda
C ∆
Ilustrações: senai-rj
m
D = 0,2 x W2 x m
1,3
Sendo:
w
W – Comprimento da mesa
T – Espessura da mesa t
M – Dimensão, conforme
apresentado na Figura 14.
m
Ilustrações: senai-rj
Os valores de m1,3 são
tabelados.
Ordem
Choque
de
Cinco toques
Realizar a soldagem com o menor número de passes. É preferível utilizar processos e con-
sumíveis com maior capacidade de deposição (eletrodos com adição de pó de ferro no reves-
timento podem ser uma opção), pois o aquecimento em um único passe largo é maior que
o de um passe estreito; porém, como a con-
tração é cumulativa, ao final de muitos pas- FIGURA Sequência na
deposição dos
ses estreitos, a contração acumulada será
maior. Para utilização de passes estreitos, o
15cordões de solda
recomendável é aguardar o resfriamento
da junta após cada passe.
Ilustração: senai-rj
gressão do cordão é na direção do pon- A Direção da
to “A”, e cada cordão termina em um soldagem
local em que o cordão anterior (já res- C
Fonte: Apostila inspetor de soldagem n1, pro end
friado) impõe restrição à contração.
FIGURA
Demonstração do esquema de disposição
17 das soldas em torno da linha neutra
Ruim
Ruim
Bom
Ilustrações: senai-rj
Bom
FIGURA
Sequência de soldagem inadequada
18
Antes da soldagem Soldagem toda por um lado Na soldagem pelo lado oposto
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Sequência de soldagem
19 adequada
FIGURA
Solda intermitente e solda
20 intermitente em escalão
A B
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Utilização da pré-deformação antes da soldagem
21
A B
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Disposição dorso a dorso
22
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Dispositivos para controle
23 de deformação
Grampo flexível
Ilustrações: senai-rj
Alguns procedimentos que podem ser aplicados à soldagem de fundo e teto de tanques,
estão na Figura 24. Confira.
Ilustração: senai-rj
utilizando a técnica de passe a ré (Figura 25).
Realizar a soldagem das juntas verticais do anel inferior e do anel imediatamente superior.
Após a conclusão destas verticais, realizar a soldagem da junta circunferencial que une os dois
anéis. Esta soldagem deve ser realizada com um número par de soldadores, dispostos em tre-
chos diametralmente opostos. A soldagem deve ser feita utilizando a técnica de passe a ré.
Seguir essa sequência em todo o costado, porém observando o seu comportamento para
intervir e alterar sempre que necessário.
FIGURA
Peça sofrendo correção
26 por esforços mecânicos
Ilustração: senai-rj
Após correção
FIGURA
Correção por ressoldagem
27
A B
C
A – Junta soldada “embicada”
B – Remoção da solda para correção
Ilustrações: senai-rj
do “embicamento”
C – Junta corrigida após ressoldagem
Fonte: senai-cimatec
FIGURA
Esquema da viga durante o aquecimento
28
A seção da cunha
(incluindo a base) é aquecida
Ilustrações: senai-rj
A aba da viga se contrai,
endireitando a viga
Fonte: Apostila inspetor de soldagem n1, pro end
FIGURA
Correção por aplicação de aquecimento localizado
29
1 2
3 4
Ilustrações: senai-rj
e
Sinal d ta
Aler
A aplicação dessa técnica deve ser avaliada em
função das alterações metalúrgicas que podem
vir a ocorrer no material, alterando
significativamente suas características originais.
FIGURA
Modelo de empeno barrigadas
30
Ilustração: senai-rj
Aquecimento
Ilustração: senai-rj
Fonte: fbts, 2003
Mandou bem!
Você estudou até aqui
Tensões Residuais e
Deformações.
Noções sobre
Especificações
ASTM Relativas
7.1 Noções sobre Especificações a Metais de Base
ASTM Relativas a Metais de Base Noções sobre
Esta unidade irá tratar das definições, especificações e classifica- Classificação AISI
ções de normas para metais de base. para Aços
Inoxidáveis
Diferença entre
7.1.1 Origens das definições Classificação e
As definições apresentadas aqui baseiam-se nos documentos da Especificação
ASTM – American Society for Testing and Materials e do AISI –
American Iron and Steel Institute.
1º Este dígito, representado por uma letra maiúscula, indica a que grupo de materiais per-
tence a especificação:
A – Metais ferrosos
B – Metais não ferrosos
C – Aglutinantes, cerâmica, concreto e materiais de alvenaria
D – Materiais diversos
E – Assuntos diversos
F – Materiais para aplicações específicas
G – Corrosão, deterioração e degradação de materiais
2º Estes dígitos, em número de um a quatro, são representados por números que não têm
nenhum significado lógico e que correspondem apenas à ordem cronológica de numeração
da especificação. Para cada grupo há uma sequência numérica correspondente.
Exemplo: A1, A2, A3… B1, B2, B3… C1, C2, C3…
Assim, com relação às normas ASTM A 432 e ASTM A 433, sabe-se que a norma A 433 foi
apresentada após a primeira edição da especificação A 432.
3º Estes dígitos indicam o ano de emissão original ou de adoção como especificação; no ca-
so de revisão, o ano da última revisão.
4º Estes dígitos, quando existem, são apresentados entre parênteses e indicam o ano da úl-
tima reaprovação da especificação, sem alteração.
5º Este dígito, quando existe, é representado por uma letra minúscula; indica o número de
revisões sofridas pela especificação no ano de sua aprovação (a = primeira revisão, b = se-
gunda revisão, e assim por diante). Se esse dígito é representado por uma letra T maiúscula,
indica que o documento representa uma tentativa de norma técnica.
Exemplo: A 516 74 a
Sendo:
A – metal ferroso
516 – número sequencial
74 – ano de aprovação ou revisão
a – sofreu uma revisão no ano de aprovação
Exemplo:
Sequência de ordenação do volume 02.02 (Die-cast Metals; Aluminium and Magnesium Alloys
– moldes fundidos de metal; ligas de alumínio e magnésio):
Procedimento de consulta
Consulta-se o índice remissivo contido no volume 00.01, que indicará:
A identificação das normas ASTM sobre o assunto
Os volumes nos quais se encontram as normas identificadas
Exemplo:
Deseja-se identificar na coleção ASTM as especificações sobre tubulações de aço para serviços
em baixa temperatura (Seamless and welded steel pipe dor low).
Consulta-se no índice remissivo do volume 00.01 o assunto pretendido – Steel Pipe (Tubu-
lação de aço) Seamless/Welded for low-temperature service (com costura ou sem costura pa-
ra serviços em baixa temperatura). Identifica-se então a especificação desejada, obtendo a se-
guinte informação: (A 333) 01.01.
Isso significa que a especificação desejada é a A 333, que consta do volume 01.01 da cole-
ção ASTM.
Procedimento de consulta
Consulta-se, no volume 00.01, a listagem alfanumérica da norma ordenada sequencialmente,
que indicará o volume (ou volumes) em que consta a especificação desejada.
GRUPO I
Especificações que agrupam os materiais de acordo com suas características, comportamento
mecânico e utilização.
Esse grupo de especificações indica uma série de requisitos para o enquadramento dos
materiais, por exemplo, limite mínimo de resistência à tração, alongamento mínimo, faixa per-
missível de composição química etc.
A 335 Seamless Ferritic Alloy – Steel Pipe High Temperature Service (Tubos sem costura de
aço liga ferrítico para serviços em alta temperatura).
A 515 Pressure Vessel Plates, Carbon Steel, for Intermediate – and Higher – Temperature
Service (Chapas de aço carbono para vasos de pressão para serviços em média e alta tem-
peratura).
A 516 Pressure Vessel Plates, Carbon Steel, for Moderate – and Lower – Temperature Servi-
ce (Chapas de aço carbono para vasos de pressão para serviços em temperaturas baixas e
moderadas).
A Escopo – indica o campo de aplicação da especificação, bem como os materiais nela contidos.
B Documentos aplicáveis – listam outras especificações indicadas no texto.
C Requisitos gerais – normalmente, neste item indica-se uma especificação ASTM que de-
fine requisitos gerais, como tolerâncias dimensionais e de peso, modo de identificação do ma-
terial, critérios de avaliação de descontinuidades originadas na fabricação etc.
D Fabricação – indica requisitos de fabricação dos materiais.
E Tratamento térmico – indica, normalmente em função da espessura, os tratamentos tér-
micos que devem ser executados nos materiais.
F Composição química – indica a faixa de composição permissível a cada material.
GRUPO II
Especificações que definem requisitos gerais para os produtos de acordo com sua forma e uti-
lização.
Estas especificações indicam requisitos gerais, como tolerâncias dimensionais e de peso,
número de ensaios mecânicos a serem executados, modo de embalagem e identificação
dos produtos etc. Cada especificação deste grupo é chamada por uma série de especifica-
ção do grupo I.
A6 General Requeriments for Rolled Steel Plates, Shapes, Sheet Piling, and Bars for Struc-
tural Use (Requisitos gerais para chapas laminadas de aço, perfis, estacas-prancha e barras pa-
ra uso estrutural).
A 20 General Requeriments for Steel Plates for Pressure Vessels (Requisitos gerais para cha-
pas de aço utilizadas em vasos de pressão).
A 530 General Requeriments for Specialized Carbon and Alloy Steel Pipe (Requisitos gerais
para tubos de aços carbono e baixa liga especiais).
GRUPO III
Especificações que definem procedimentos para os ensaios previstos nas especificações do
grupo I.
Esses tipos de especificações definem procedimentos de ensaio, como dimensões dos cor-
pos de prova, características necessárias às máquinas de ensaio, critérios de avaliação dos re-
sultados dos ensaios etc.
A 370 Methods and Definition for Mechanical Testing of Steel Products (Métodos e definições
para ensaios mecânicos de produtos de aço).
Exemplo:
Verificar como devem ser feitas as marcações para identificar uma chapa de 3.000 x 2.000 x
25mm de aço-carbono-manganês de especificação ASTM A 516 Grau 70.
Procedimento de consulta
A Verificar se na especificação A 516 existe algum requisito quanto à marcação do material.
Ver item 3.1 da A 516.
Resposta:
Deve ser de acordo com a especificação A 20.
X YY a
1º 2º 3º
3º – O último dígito que aparece algumas vezes na classificação AISI para aços inoxidáveis
diferencia aços de classificação semelhante e significa que um dos elementos químicos cons-
tituintes do aço tem a faixa de composição alterada em relação à classificação que não con-
tém este dígito. O último dígito é representado por uma letra maiúscula ou pelo símbolo do
elemento em questão.
Exemplo:
Dentre todos os materiais listados na especificação ASTM A 240-72b, pode-se encontrar as
classificações AISI para aços inoxidáveis 304, 316, 321, 405, 410 etc.
Portanto:
A classificação AISI, neste caso, está citada na especificação ASTM A 240-72b.
Para um material classificado como AISI 304 pertencer à especificação ASTM A240, não bas-
ta que atenda à composição química definida pela AISI 304; deve também atender a outros
requisitos estabelecidos pela especificação ASTM, por exemplo: ensaios realizados, tolerâncias
dimensionais e de peso, identificação etc.
elementos
201 (S20100) 0,15 5,50/7,50 0,060 0,030 1,00 16,00/18,00 3,50/5,50 N 0,25
282
202 (S20200) 0,15 7,50/10,00 0,060 0,030 1,00 17,00/19,00 4,00/6,00 N 0,25
205 (S20500) 0,12/0,25 14,00/15,50 0,060 0,030 1,00 16,50/18,00 1,00/1,75 N 0,32/0,40
301 (S30100) 0,15 2,00 0,45 0,030 1,00 16,00/18,00 6,00/8,00
302 (S30200) 0,15 2,00 0,45 0,030 1,00 17,00/19,00 8,00/10,00
302B (S30215) 0,15 2,00 0,45 0,030 2,00/3,00 17,00/19,00 8,00/10,00
303 (S30300) 0,15 2,00 0,20 0,15 Min. 1,00 17,00/19,00 8,00/10,00 0,60*
303Se (S30323) 0,15 2,00 0,20 0,060 1,00 17,00/19,00 8,00/10,00 Se 0,15 Min.
304 (S30400) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 18,00/20,00 8,00/10,00
304L (S30403) 0,030 2,00 0,045 0,030 1,00 18,00/20,00 8,00/12,00
(S30430) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/19,00 8,00/10,00 Cu 3,00/4,00
304N (S30451) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/20,00 8,00/10,50 N 0,10/0,16
305 (S30500) 0,12 2,00 0,045 0,030 1,00 18,00/20,00 10,50/13,00
SENAI-BA
308 (S30800) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/19,00 10,00/12,00
309 (S30900) 0,20 2,00 0,045 0,030 1,00 19,00/21,00 12,00/15,00
309S (S30908) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 22,00/24,00 12,00/15,00
INSPETOR DE SOLDAGEM
310 (S31000) 0,25 2,00 0,045 0,030 1,50 22,00/24,00 24,00/26,00
SENAI-MG
310S (S31008) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,50 24,00/26,00 24,00/26,00
314 (S31400) 0,25 2,00 0,045 0,030 1,50/3,00 24,00/26,00 23,00/26,00
316 (S31600) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 23,00/26,00 16,00/18,00 2,00/3,00
Classificação AISI dos aços inoxidáveis
316F (S31620) 0,08 2,00 0,20 0,10 Min. 1,00 16,00/18,00 16,00/18,00 1,75/2,50
SENAI-RJ
❚ Metais de Base
316L (S31603) 0,030 2,00 0,045 0,030 1,00 16,00/18,00 10,00/14,00 2,00/3,00
316N (S31651) 0,08 2,00 0,45 0,030 1,00 16,00/18,00 10,00/14,00 2,00/3,00
317 (S31700) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 18,00/20,00 11,00/15,00 3,00/4,00 N 0,10/0,16
317L (S31703) 0,030 2,00 0,045 0,030 1,00 18,00/20,00 11,00/15,00 3,00/4,00
321 (S32100) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/19,00 9,00/12,00 Ti 5XC Min.
319 (S32900) 0,10 2,00 0,040 0,030 1,00 25,00/30,00 3,00/6,00 1,00/2,00
330 (NO8330) 0,08 2,00 0,040 0,030 0,75/1,50 17,00/20,00 34,00/37,00
347 (S34700) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/19,00 9,00/13,00 Cb+Ta 10XC Min.
CONTINUA
Composição química, em porcentagem máxima, a menos que indicado de outra forma
1
Outros
designação número uns c mn P S Si Cr Ni Mo
TABELA
elementos
348 (S34800) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 17,00/19,00 9,00/13,00 Cb + Ta 10XC Min.
Ta 0,10 Máx.
Co 0,20 Máx.
384 (S38400) 0,08 2,00 0,045 0,030 1,00 15,00/17,00 17,00/19,00
403 (S40300) 0,15 1,00 0,040 0,030 0,50 11,50/13,00
405 (S40500) 0,80 1,00 0,040 0,030 1,00 11,50/14,50 Al 0,10/0,30
409 (S40900) 0,80 1,00 0,045 0,045 1,00 10,50/11,75 Ti 6XC Min.
/0,75 Máx.
SENAI-BA
410 (S41000) 0,15 1,00 0,040 0,030 1,00 11,50/13,50
414 (S41400) 0,15 1,00 0,040 0,030 1,00 11,50/13,50 1,25/2,5
416 (S41600) 0,15 1,25 0,060 0,15 Min. 1,00 12,00/14,00 6,60
INSPETOR DE SOLDAGEM
SENAI-MG
416Se (S41623) 0,15 1,25 0,060 0,060 1,00 12,00/14,00 Se 0,15 Min.
420 (S42000) > 0,15 1,00 0,040 0,030 1,00 12,00/14,00
420F (S42020) > 0,15 1,25 0,060 0,15 Min. 1,00 12,00/14,00 0,60
422 (S42200) 0,20/0,25 1,00 0,025 0,025 0,75 11,00/13,00 0,50/1,00 0,75/1,25 V0.15/0,30
SENAI-RJ
W 0,75/1,25
❚ Metais de Base
429 (S42900) 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00
430 (S43000) 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00
430F (S43020) 0,12 1,25 0,060 0,15 Min. 1,00 16,00/18,00 0,60*
430FSe (S43023) 0,12 1,25 0,060 0,060 1,00 16,00/18,00 Se 0,15 Min.
Classificação AISI dos aços inoxidáveis
283
440C (S44004) 0,95/1,20 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00 0,75
442 (S44200) 0,20 1,00 0,040 0,030 1,00 18,00/23,00
446 (S44600) 0,20 1,50 0,040 0,030 1,00 23,00/27,00 N 0,25
CONTINUAÇÃO
Ensaios Mecânicos
Ensaio de Tração
Resistência
Capacidade do material quanto à diversidade de tensões às quais está submetido.
Elasticidade
Capacidade de um material de se deformar quando submetido a um esforço e voltar à sua
forma e dimensões originais quando cessado este esforço.
Plasticidade
Capacidade do material de sofrer deformação permanente sem se romper.
Resiliência
Capacidade de absorção de energia no regime elástico.
Tenacidade
Energia total necessária para provocar a fratura do material.
Bem ligado
Os interessados
deverão consultar diretamente
as normas correspondentes.
O Metals Handbook, vol. 8, 9. ed.,
da ASM descreve em detalhes todos
os ensaios comumente utilizados.
O ensaio de tração consiste em aplicar uma força, logicamente de tração, coincidente com
o eixo do corpo de prova, medindo-se simultaneamente, durante o ensaio, a força aplicada e
a deformação que o material sofre, devido à ação da carga.
F
F
Dd D
Ilustrações: senai-rj
DI
F
Fonte: Souza, 2000
FIGURA
Equipamento utilizado no ensaio de tração
2
Foto: Stela Martins – In-Fólio
Curva Tensão-Deformação
Tensão
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
Ilustração: senai-rj
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Deformação
Fonte: Sergio, 1999
O comprimento padrão, que é a distância que separa os dois pontos de referência, é uma
característica do extensômetro usado. Este tipo de extensômetro é denominado de extensô-
metro axial, pois mede a deformação que o material sofre ao longo do seu eixo longitudinal.
A Figura 4 mostra um esquema de um corpo de prova cilíndrico sendo monitorado por um
extensômetro axial.
O ensaio de tração é feito em corpos de prova, cujas dimensões devem estar de acordo
com a norma que regulamenta o ensaio e com a capacidade da máquina de ensaio. Normal-
mente são utilizados corpos de prova de seção circular ou de seção retangular. Então, deve-se
verificar, conforme a norma, qual a direção de retirada do corpo de prova. Quando se con-
sulta a especificação de materiais, normalmente são utilizados os termos “ensaio longitudinal”
e “ensaio transversal”.
Os termos acima se relacionam à orientação de retirada dos corpos de prova, consideran-
do-se a direção de laminação da peça a ser ensaiada.
C
Tensão B
2.500
2.000
1.500
1.000
A B C
500
Ilustração: senai-rj
0
0 0,05 0,1 0,15 0,20 0,25
Deformação
Fonte: Sergio, 1999
FIGURA
Corpos de prova para ensaio longitudinal
5 retirados de produto laminado
Direção de laminação
E.L. E.L.
Eixo de fechamento
E.L.
E.L.
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Corpos de prova para ensaio transversal
6 retirados de produto laminado
Amostra do material
a ser ensaiado
Direção
de
laminação
Ensaio de dobramento
transversal
r
d
r – Raio de concordância
L0
d – Diâmetro do corpo de prova
Lc L0 – Comprimento útil
LC – Comprimento paralelo
Ilustração: senai-rj
Lt
bi a?
Você sa
Exemplos clássicos desse tipo de falha
ocorreram, com desastrosas consequências,
durante a Segunda Guerra Mundial, quando
um número de navios de transporte de
soldados, fora de combate, repentina e
precipitadamente se partiu ao meio.
CV (J)
Energia
Patamar superior
Catástrofe no porto de
Nova York em 1945 Patamar inferior
Ilustração: senai-rj
Transição
T (ºC)
Fonte: Sergio, 1999
Mandou bem!
Acompanhe, na página a seguir,
a Figura 10 que ilustra o princípio
do ensaio, o aparato para realizá-lo
e a geometria do corpo de prova
Charpy com entalhe em V.
10
Linha
de carga
10
40
55 r 0,25
2
Ilustrações: senai-rj
45º
A aplicação da carga de impacto é feita por um pêndulo que se deixa cair e, após a rup-
tura do corpo de prova, é determinada a energia absorvida na fratura do material. Essa ener-
gia, em Joules (J), é a medida da tenacidade Charpy do material.
Os ensaios são feitos em diversas temperaturas para o corpo de prova, e assim é obtida
a influência destas sobre a tenacidade do material ensaiado. Para os materiais fragilizáveis
existe uma faixa de temperatura em que ocorre a transição no modo de fratura. Esta transi-
ção é detectada por uma queda
brusca na tenacidade, ou seja, o FIGURA Curva tenacidade versus
temperatura para
material passa a romper de um
modo predominantemente frágil.
11 um aço 4137 H
A Figura 11 mostra uma curva da
tenacidade contra a temperatura
para um aço de baixa liga. CV (J)
Existem ao menos dois méto- Energia
dos para avaliar o grau de fragi-
lização que o material sofre a uma
dada temperatura de ensaio. A
energia consumida na ruptura,
conforme já citado, é um deles;
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Aspecto de seção rompida do
12 corpo de prova Charpy
Fratura frágil
Fratura dúctil
Expansão
Indica as diferentes
regiões da superfície
rompida e a
Ilustrações: senai-rj
deformação lateral
Contração de contração
junto ao entalhe
e de expansão
Fonte: Sergio, 1999
no topo do
corpo de prova
FIGURA
Bloco V: Pode ser fechado, com matriz rígida de
15 fundo (A), ou aberto com cutelo e roletes (B)
A Carga B Carga
Curvatura do cutelo
Corpo L
de prova d
Corpo
t de prova a
Cutelo
t
Ilustrações: senai-rj
a d + 3t
Matriz rígida d + 3t
de fundo
Roletes
FIGURA
O ensaio de dobramento a 180°
16
A B C
D
D D=O
ou
Ilustrações: senai-rj
D>O
FIGURA
Dobramento livre
17
A B
Cutelo
Q
Seção A : A
Ilustrações: senai-rj
A
Cutelo
B
Cutelo
Q
Ilustrações: senai-rj
Cutelo
FIGURA
Dispositivos para ensaio de dobramento
19
Como requerido Ponto de Como requerido
Suporte contato
entre o 19mm Rolo de alta
do cutelo dureza de
corpo de
prova diâmetro 38mm.
19mm e o rolo A 13mm Pode ser
substituído por
29mm
gabarito de
19mm dobramento
29mm 170mm
19mm
6mm Cutelo
75mm 50mm
3mm
Base do
BR DR
suporte para
19mm
dobramento
19mm (Yoke)
Ilustrações: senai-rj
C
50mm 190mm
97mm
Fonte: ASME, seç. IX 225mm
L
L0
Após dobramento
Preparação
Ilustrações: senai-rj
L – L0
alongamento % = 100
L0
Três toques
De olho no lance
Na soldagem, a dureza é
influenciada por estes fatores:
Composição química do metal de base
Composição química do metal de adição
Efeitos metalúrgicos do processo
de soldagem
Grau de encruamento do metal de base
Tratamento térmico
Algumas normas e especificações fixam os limites de dureza para o metal de base, a zona
afetada termicamente e a zona fundida de certos aços, pois, se apresentassem dureza exces-
siva, sofreriam perda da ductilidade, o que comprometeria sua aplicabilidade.
Por ser um ensaio mecânico, o ensaio de dureza acha-se incluído entre os ensaios destru-
tivos, porém em vários casos não é um ensaio destrutivo, pois depende do método aplicado
e da utilização posterior da peça ou equipamento. Um caso típico desta situação é a verifica-
ção da dureza de soldas submetidas a tratamento térmico.
Os principais métodos de ensaio são os métodos Rockwell, Brinell e Vickers.
Penetrador
Profundidade causada
pela pré-carga
Ponta de diamante
Profundidade causada
pela carga maior Medida linear que é
base de leitura do
resultado de dureza
Ilustração: senai-rj
das outras.
Ao escolhermos o tipo de ensaio, devemos ter em
consideração diversos fatores, tais como: material e
tratamento térmico a que eventualmente ele tenha
sido submetido, espessura do material a ser contro-
lado, porosidade etc.
Ilustrações: senai-rj
1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo
Aproximar a Submeter o Aplicar a carga Retirar a carga maior
superfície do corpo de prova a maior até o e fazer a leitura do valor
corpo de prova uma pré-carga ponteiro parar indicado no mostrador,
do penetrador (carga menor) na escala apropriada
Fase 3 Aplica-se sobre a pré-carga o complemento do valor da carga (por exemplo, 90kgf).
A peça fica então submetida à carga total de 100kgf, e a leitura no mostrador indica um va-
lor nominal de dureza não representativo. Assim, o segmento A-C corresponde à profundi-
dade da impressão devido à aplicação da carga total de 100kgf, e o segmento B-C corres-
ponde à profundidade da impressão apenas devido à carga de 90kgf.
Bem ligado
A escala do mostrador é construída
de tal forma que uma impressão
profunda acarreta valor baixo na
escala e uma impressão rasa acarreta
valor alto na escala. Portanto, um
valor alto na escala significa que o
material, em ensaio, tem alta dureza.
Corpos de prova
O corpo de prova deve ser livre de impurezas superficiais, óxidos ou quaisquer outros reati-
vos para metais. A espessura do corpo de prova ou da camada objeto da medição é determi-
nada por tabelas existentes na literatura específica.
xDxp
d
Onde:
p – Profundidade da calota
(impressão)
D – Diâmetro da esfera Escuta só...
Este ensaio
Substituindo Ac na fórmula para comprime
cálculo da área da calota, temos: lentamente,
com uma esfera
HB = F de aço temperado,
Dp de diâmetro D,
a superfície
Ilustração: senai-rj
plana, polida e
Devido à dificuldade técnica de me- limpa do metal.
dição da profundidade (p), que é um
Fonte: Garcia, 2000
valor muito pequeno, utiliza-se uma
relação matemática entre a profundi-
dade (p) e o diâmetro da calota (im-
pressão) (d) para chegar à fórmula ma- Na boa
temática que permite o cálculo da du-
reza HB, representada a seguir:
A unidade kgf/mm2
pode ser omitida em
HB = 2F vista de a dureza
constituir manifestação
D (D – √ D2 – d2) combinada de várias
Onde:
outras propriedades
inerentes ao material.
d – Diâmetro da calota impressa
Este método é largamente empregado pela facilidade de aplicação, pois pode ser efetuada
em qualquer máquina de ensaio de compressão e mesmo por aparelhos portáteis de baixo cus-
to. Sua escala é contínua e sempre usada como referência de dureza. Mesmo durezas de cer-
tas peças temperadas são impressas pela escala Brinell.
FIGURA
Equipamento de
25 dureza Brinell
Foto: Stela Martins – In-Fólio
Para outras condições, o símbolo HB recebe um sufixo formado por números que indi-
cam as condições específicas de testes, na seguinte ordem:
1 Diâmetro da esfera
2 Carga
3 Tempo de aplicação da carga
Exemplo
85 HB 10/500/30 = número 85 de dureza Brinell medido com esfera de diâmetro igual a
10mm e carga de 500kgf aplicada durante 30 segundos.
Teoricamente, poder-se-ia usar quaisquer cargas ou quaisquer esferas para um mesmo ma-
terial e obter-se-ia o mesmo resultado, porém verificou-se que existem certas restrições.
Ordem
Choque
de
Precauções
A espessura da peça a ser medida A carga de ensaio
deve ser no mínimo igual a dez deve ser
vezes a profundidade da mantida sobre a
impressão obtida. peça a ser medida
A superfície a medir deve ter raio no mínimo
de curvatura mínimo de cinco vezes 30 segundos para
o diâmetro da esfera utilizada. materiais cujo comportamento
plástico depende da ação da
A distância entre o centro de
força de ensaio.
uma impressão e as bordas do
corpo de prova deve ser no Exceções
mínimo de 2,5 vezes o diâmetro
Para materiais em que
médio da calota.
HB > 300, o tempo de carga pode
Cada impressão deve estar ser reduzido para 10 segundos.
distante de uma impressão
Para materiais macios em que
vizinha, no mínimo quatro vezes
HB < 60, a carga deve ser
o seu diâmetro (distância de
mantida durante 60 segundos.
centro a centro).
FIGURA
Medição de dureza Vickers
26
136º
d1 + d2
Ilustrações: senai-rj
d2 d1 =d
2
d
Aplicação
Esse tipo de dureza fornece escala contínua de dureza (de HV = 5kgf/mm2 até HV = 1.000kgf/mm2)
para cada carga usada.
Muitas das aplicações da dureza Vickers estão voltadas atualmente para o ensaio da mi-
crodureza. O uso da microdureza soluciona problemas como:
Determinação das profundidades de superfícies cementadas, temperadas etc.
Determinação de constituintes individuais de uma microestrutura.
Determinação da dureza em peças extremamente pequenas ou finas.
Determinação da dureza em metais muito duros ou muito moles.
( )
2
d1
HB2 = x HB1
d2
Onde:
HB1 – Dureza da barra padrão
HB2 – Dureza do material testado
d1 – Diâmetro da impressão na barra padrão
d2 – Diâmetro da impressão no material testado
FIGURA
Durômetro Poldi
29
igual a 10mm.
C Mola para pressão da
C esfera.
D
D Barra padrão de dureza
conhecida.
B
8.6 Metalografia
A metalografia, um dos principais ramos da metalurgia física, estuda a constituição, a estrutura
e a textura dos metais. O exame metalográfico encara o metal sob o ponto de vista de sua es-
trutura, procurando relacioná-la às propriedades físicas, composição, processo de fabricação etc.,
de modo a poder esclarecer, ou prever, seu comportamento numa determinada aplicação.
A observação das estruturas metálicas sob aumentos convenientes é de importância
considerável tanto para estudantes, engenheiros, como para pesquisadores. É necessário
8.6.1 Macrografia
A macrografia consiste no exame do aspecto de uma peça ou amostra metálica, segundo uma
seção plana devidamente polida e, em geral, atacada por um reativo apropriado. A palavra
macrografia também é empregada para designar os documentos que reproduzem a macro-
estrutura, em tamanho natural ou aumento máximo de 10 vezes. Pela macrografia obtêm-se
informações de caráter geral, um aspecto de conjunto sobre a homogeneidade do material
da peça, a distribuição e quantidade de certas impurezas, processos de fabricação etc.
FIGURA
Sentido de corte longitudinal
31
Ilustrações: senai-rj
Ataque por imersão, mergulhando a superfície polida numa cuba contendo certo volume
de reagente (Figura 35).
Ataque por aplicação, estendendo uma camada de reativo sobre a seção em estudo, com
o auxílio de um pincel ou chumaço de algodão, e regularizando-o, se for preciso.
8.6.2 Micrografia
O estudo dos produtos metalúrgicos com
Fonte: Senai – Cimatec
justapostos e unidos)
tanto podem ser
quimicamente idênticos,
como de composição
química diferente.
Foto: SENAI-RJ/CTS
interpretação destes dados constituem o es-
copo do exame micrográfico dos metais. Grãos de ferrita e pequenas
A importância desse exame decorre do inclusões. Ataque: água régia 200x
A localização do corpo ou dos corpos de prova para micrografia em peças grandes é, fre-
quentemente, feita após o exame macrográfico, porque, se o aspecto for homogêneo, a loca-
lização do corpo de prova é em geral indiferente; se, porém, não for e revelar anomalias ou
heterogeneidades, o observador poderá localizar corpos de prova em vários pontos, caso jul-
gue de interesse um exame mais detalhado dessas regiões.
Foto: SENAI-RJ/CTS
Definição
Ensaio Visual
FIGURA
Ensaio visual direto
1
600mm
Observador
30º 30º
Ilustração: senai-rj
Superfície
ensaiada
Fonte: senai-cimatec
No ensaio visual remoto (ou indireto), não pode ser obtida uma observação direta da su-
perfície a ser examinada, a não ser pelo auxílio de ferramentas ou instrumentos, como boros-
cópio, fibroscópio e fibra ótica.
Algumas literaturas referem-se, ainda, ao exame visual transluzente (ou translúcido), que
é utilizado para detecção de descontinuidades no material pela projeção/contraste de som-
bras obtidas pela difusão de um feixe de luz sobre a superfície da peça ensaiada. A ilumina-
ção deve ser focada de maneira suficiente para alcançar toda superfície do material na região
de interesse e a iluminação do ambiente deve ter intensidade menor que a projetada na su-
perfície do material; cuidados devem ser tomados para não causar clarões ou reflexões na su-
perfície ensaiada.
Condições técnicas
Capacitação do inspetor em detectar, identificar e avaliar as descontinuidades. Apesar da sim-
plicidade do ensaio, a experiência do inspetor é necessária. Esta capacitação é comprovada
por meio de exames práticos no SNQC – Sistema Nacional de Qualificação e Certificação.
Condições de iluminação
Para a realização do ensaio visual deve existir uma fonte de iluminação adequada, natural ou
artificial.
2 Inspeção pelo método visual previsto no procedimento qualificado, sempre sob ilumina-
ção adequada.
Ensaio visual
É isso aí
Vantagens
1 Dentre os ensaios não destrutivos
é o que apresenta o menor custo.
2 Permite detectar e eliminar possíveis
irregularidades antes da execução de uma
operação de soldagem, reduzindo a
utilização de outros ensaios não destrutivos.
Desvantagens
1 É um ensaio extremamente dependente da experiência
e do conhecimento em soldagem por parte do inspetor.
2 É limitado à detecção de defeitos superficiais.
Tabela
Grupos de líquidos
1 penetrantes
Tipo I
Penetrante fluorescente
Tipo II
Penetrante colorido
9.3.2 Revelador
É uma substância que tem como finalidade absorver o penetrante retido nas descontinuida-
des porventura existentes e torná-las mais facilmente visíveis.
bi a?
Você sa Basicamente os reveladores
classificam-se em:
Revelador seco
Revelador à base de solvente
Revelador em suspensão aquosa
Revelador solúvel em água
1 Limpeza inicial
Embora algumas vezes negligenciada, esta é uma das mais importantes etapas do ensaio; co-
mo já mencionado. Para a detecção de uma descontinuidade é necessário que esta esteja aber-
ta à superfície analisada. Assim, é importante que resíduos de óleo ou graxa, bem como ca-
madas de óxidos sejam completamente removidos para evitar a obstrução e consequente
“mascaramento” da indicação. No caso de soldas toda a escória deverá ser removida.
2 Aplicação do penetrante
Após a limpeza da superfície, aguarda-se um período para que ocorra a evaporação ou secagem
do produto aplicado. Em seguida aplica-se o líquido penetrante de forma a cobrir toda superfí-
cie a ser examinada. A aplicação será feita por meio de aerossol, pulverização, imersão ou pin-
celamento, observando-se tempos de penetração de no mínimo 10 e no máximo 60 minutos.
4 Aplicação do revelador
Para que o revelador seja aplicado, é necessário um tempo de secagem após a remoção do
excesso de penetrante. A forma de aplicação comumente utilizada é por spray, a qual consis-
te em pulverizar uma fina camada do revelador, geralmente na forma de pó em suspensão,
sobre a superfície analisada. Os procedimentos de ensaio normalmente recomendam tempos
mínimo e máximo de espera para que seja emitido o laudo final pelo inspetor.
5 Inspeção final
Decorridos os tempos mencionados na etapa anterior, o inspetor analisará as indicações (trincas,
falta de fusão, poros, porosidade agrupada etc.) porventura existentes e emitirá o laudo final.
Antes da liberação da peça/equipamento em análise, deverão ser removidos os resíduos
provenientes do ensaio.
Iluminação
Observação
Ilustrações: senai-rj
Etapa 4 Etapa 5
Aplicação do revelador Inspeção final
Fonte: senai-cimatec
Vantagens Limitações
É isso aí
Dentre as principais vantagens 1 Somente
do ensaio pode-se destacar: descontinuidades
1 Boa sensibilidade e detecção abertas
de descontinuidades muito à superfície podem ser
pequenas. detectadas.
2 2 A temperatura da
Versatilidade, qualquer
material sólido não poroso superfície é fator
pode ser inspecionado, limitante para a
independentemente da realização do ensaio.
sua geometria. 3Limpeza minuciosa da
3 Rapidez, fácil execução e superfície é necessária.
baixo custo. 4Não é recomendado
4 Portabilidade. para materiais porosos.
A Ferromagnéticos ( > 1)
Enquadram-se nesse grupo os materiais que são fortemente atraídos por um ímã.
Exemplos:
B Paramagnéticos ( = 1)
São os materiais que são levemente atraídos por um imã.
Exemplos:
C Diamagnéticos ( < 1)
Compreendem os materiais que não são atraídos pelo imã.
Exemplos:
FIGURA
Dispositivo de polarização eletrolítica
3
Pino e porcas de fixação (+)
(AISI 304)
Tampão (PVC)
Pilha
média
1,5V
Tubo de 1” (PVC)
Pilha
média
Tampão (PVC) 1,5V
Porca de fixação
(AISI 304)
Peça
Fonte: PRÓ END
Método QS
2 Preparação da superfície
Para um resultado satisfatório do ensaio, a superfície analisada deverá estar limpa e isenta de in-
crustações, pintura, carepa de laminação, óxidos e materiais estranhos, em uma área aproximada
de 300mm2, até que fique exposta uma superfície limpa e brilhante. A cada novo teste uma lim-
peza da área de ensaio é requerida, de modo a evitar a contaminação pelos reagentes já utilizados.
3 Verificação do magnetismo
Com o auxílio de um ímã, verificar se o material é magnético, levemente magnético ou não
magnético.
4 Aplicação da solução
Esta etapa deverá ser conduzida em acordo com um procedimento qualificado. Devendo ser
observadas: quantidade de gotas da solução que deverá ser aplicada e condições da superfí-
cie a ser analisada.
5 Tempo de reação
Algumas aplicações têm reação quase instantânea, ao passo que outras têm reação um pou-
co mais demorada. Durante todo o tempo, o inspetor deve acompanhar a reação a fim de de-
tectar alguma característica que permita identificar o material.
6 Identificação do material
Através dos dados coletados, procede-se à identificação do material.
Método PE
2 Preparação da superfície
Para um resultado satisfatório do ensaio, a superfície analisada deverá estar limpa e isenta de in-
crustações, pintura, carepa de laminação, óxidos e materiais estranhos, em uma área aproximada
de 300mm2, até que fique exposta uma superfície limpa e brilhante. A cada novo teste uma lim-
peza da área de ensaio é requerida, de modo a evitar a contaminação pelos reagentes já utilizados.
5 Identificação do material
Através da coloração obtida no papel filtro, procede-se à identificação do material.
Método
Polarização Eletrolítica É isso aí
Vantagens
1 Ensaio rápido.
2 Ensaio de baixo custo.
3 Indispensável na inspeção de recebimento de
materiais e na separação de peças durante as fases
de fabricação e montagem.
Limitações
1 Fornece apenas dados qualitativos e quantitativos aproximados
de alguns elementos constituintes do material analisado.
2Limpeza e qualidade das soluções inadequadas podem fornecer
dados imprecisos.
Em resumo, pode-se dizer que um objeto só pode ser ensaiado quando a região (parede)
a ser inspecionada estiver sujeita a uma diferença de pressão.
Vários métodos são utilizados para a realização do ensaio de estanqueidade, porém, devi-
do ao propósito deste trabalho, três métodos serão descritos: Método da bolha com solução
formadora de espuma (pressão positiva), método da bolha com câmara de vácuo (pressão ne-
gativa) e teste de capilaridade.
FIGURA
Ensaio de estanqueidade (método da bolha)
5 em chapa de reforço
Manômetro
Válvula globo
Niple
Equipamento
de pressurização
Ilustração: senai-rj
Fonte: senai-cimatec
Bomba de vácuo
Visor
Vedação de borracha
Ilustrações: senai-rj
Bomba de vácuo
Fonte: senai-cimatec
Vantagens É isso aí
Método da bolha com câmara É um ensaio
de vácuo relativamente
1 Limpeza rápido, de baixo
Deve ser efetuada a limpeza das soldas,
custo e de fácil
equipamentos ou peças a serem
inspecionadas. interpretação.
2 Inspeção
A solução formadora de bolhas é aplicada na
região a ser inspecionada; posiciona-se a caixa de
Desvantagens
vácuo aguardando o tempo para o Sua grande
estabelecimento da pressão requerida. Verifica-se limitação
a existência ou não de bolhas provenientes de
vazamento oriundo de defeito passante. reside no fato de que
3 Limpeza final só se presta à detecção de
defeitos passantes.
4 Emissão do relatório de resultados
Três toques
O ensaio radiográfico baseia-se
nos seguintes fatores:
1 A radiação (raios X e raios gama) tem a
propriedade de penetrar nos corpos sólidos.
2 A radiação interage com a matéria
sendo mais absorvida por corpos mais
densos do que menos densos.
3 A radiação tem a propriedade de ser
captada sobre filmes fotográficos, tela
fluorescente etc.
A radiação, após atravessar o material, irá impressionar um filme formando uma imagem
do material. Este filme é chamado radiografia, conforme apresentado na Figura 8.
Seu enorme campo de aplicação inclui o ensaio em soldas, peças fundidas, produtos mol-
dados, forjados, materiais compostos, plásticos e componentes aeroespaciais.
FIGURA
Esquema de radiografia de uma peça
8
A radiação retroespalhada
no piso e parede, que
retorna ao filme, e é Peça
eliminada pela tela
intensificadora traseira.
Filme
Fonte Tela
traseira
Tela
Dianteira
Ilustração: senai-rj
Piso
9.6.1.1 Raios X
Os equipamentos geradores de raios X são dispositivos elétricos e eletrônicos fabricados pelo ho-
mem, portanto não constituem uma fonte natural de radiação, podendo ser portáteis ou estacio-
nários com unidade de comando variando em termos de características de ajustes e potência.
e
Sinal d ta
Aler
Raios X
Os raios X, como quaisquer radiações
eletromagnéticas, estão sujeitos aos
fenômenos de refração, difração, reflexão,
polarização, interferência e atenuação.
São produzidos eletricamente e são formados pela
interação de elétrons de alta velocidade com a matéria.
Cada elemento, quando atingido por elétrons em alta
velocidade, emite seus raios X característicos.
As condições necessárias para a geração de raios X
são as seguintes:
Fonte de elétrons
Alvo para ser atingido pelos elétrons (foco)
Acelerador de elétrons na direção desejada
FIGURA
Tubo de raios X
9
Filamento do cátodo
Vidro Elétrons
Ilustração: senai-rj
Alvo
Feixe
Fonte: FBTS
de raios x
São produzidos quando alguma forma de matéria é atingida por elétrons em alta veloci-
dade. Para isso são necessários três requisitos básicos:
Fornecimento de elétrons
Movimento dos elétrons (acelerador)
Bombardeamento de elétrons em um alvo
A qualidade da radiografia está relacionada ao tamanho do ponto focal, que quanto me-
nor produzirá melhores detalhes de imagem.
FIGURA
Esquema de tubos convencionais
10 de raios X industriais
A Tubo metálico
B Tubo de vidro
Ânodo rotativo
de tungstênio
Ilustrações: senai-rj
Cátodo Vidro
Fonte: Andreuci, 2010
3mm x 0,25mm
Mola Engate
Cápsula de aço inoxidável
•Foto: Stela Martins – In-Fólio
Os irradiadores gama são equipamentos dotados de partes mecânicas que permitem ex-
por com segurança a fonte radioativa (Figura 12). A principal parte do irradiador é a blinda-
gem interna, que permite proteção ao operador em níveis aceitáveis para o trabalho, porém
com risco de exposição radiológica se armazenado em locais não adequados ou protegidos.
Visão interna
Alça
Chave
Conexão
da fonte Blindagem
Ilustração: senai-rj
Trava
Conexão de
tubo guia
FIGURA
Exemplos de penetrômetro ASME
13
T diâmetro
4T diâmetro 2T diâmetro
Identificação do penetrômetro
4T 3/8”
1T 3/4”
2T
1 3/8”
T
Ilustrações: senai-rj
2 1/4”
Ilustração: senai-rj
essas diminuem sensivelmente o efeito das radiações es-
palhadas, particularmente aquelas que atingem o filme
e que possuem baixas energias, esse efeito contribui pa-
Fonte: FBTS
ra a máxima clareza de detalhes na radiografia.
Revelação
Olha isso... Banho de parada
Esta é a Lavagem intermediária
sequência Fixação
para Lavagem final
processar Banho umectante
o filme: Secagem
Quando a configuração da peça a ser radiografada permitir o acesso aos dois lados, um pa-
ra posicionar o filme e outro a fonte.
FIGURA
Absorção de radiação em função
15 do número atômico do material
Filme
Ilustração: senai-rj
Filme já
processado
Fonte: FBTS
e
Sinal d ta
Aler
Sintomas observados em organismos expostos
a doses crescentes de radiação:
Dores de cabeça
Falta de apetite
Diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue
Esterilidade
Destruição dos tecidos, podendo levar a morte
Assim é A sequência do
que é... ensaio radiográfico
Desvantagens e limitações
1 A detecção de descontinuidades bidimensionais,
tais como trincas, duplas-laminações e faltas de fusão, só
são possíveis se o plano delas estiver alinhado ao feixe de radiação.
2 Para a realização do ensaio é necessário o acesso aos dois lados da
superfície da peça a ser ensaiada.
3 A exposição às fontes de radiações afeta a saúde dos operadores,
inspetores e público em volta, por isso deve ser criteriosamente
utilizada e monitorada.
4 É necessário um isolamento da área em volta do local a ser
inspecionado devido à exposição às fontes de radiação.
5 O custo do equipamento e material de consumo são relativamente altos.
6 É um ensaio relativamente demorado.
7 No caso de raios X, o aparelho não é totalmente portátil, dificultando a
execução de radiografias em lugares de difícil acesso.
8 A interpretação requer grande experiência e conhecimento dos processos
de soldagem para a identificação correta das descontinuidades.
Linhas do Linhas do
campo campo
magnético magnético
Ilustração: senai-rj
Fuga de fluxo
FIGURA
Ilustração da técnica de inspeção
17 por eletrodos
Campo magnético
circular Corrente
elétrica
Ilustração: senai-rj
Solda
Fonte: Andreuci, 2009
Conforme o código ASME Sec. V Art. 7, os valores de corrente elétrica a serem aplicados
na peça durante o ensaio devem seguir os dados da Tabela 2.
Tabela
Limitação da corrente elétrica
2 na técnica dos eletrodos
O espaçamento entre os eletrodos não deve ultrapassar 203mm (8”). Espaçamentos me-
nores podem ser utilizados para acomodar limitações geométricas na área que está sendo
examinada, porém espaçamentos menores que 76mm (3”) devem ser evitados. Os polos dos
eletrodos devem estar limpos.
FIGURA
Técnica do contato direto
19
Peça
Polos de
Campo magnético contato
circular
Ilustração: senai-rj
Corrente elétrica
Nesta técnica pode ser utilizada tanto corrente elétrica alternada ou contínua, desde que
seja obedecido um limite de 300A/Pol até 800A/Pol de diâmetro externo, conforme o códi-
go ASME Sec V Art 7.
Outras limitações também podem ser exigidas a depender da norma ou inspeção aplicá-
vel. Para peças que não são redondas, a corrente elétrica pode ser determinada pelo maior
diâmetro da seção perpendicular ao fluxo da corrente elétrica.
A intensidade da corrente de magnetização deve observar os valores mostrados na Tabela 3.
380 < D 10 a 15 06 a 10
Fonte: FBtS
1 Enrolando-se um cabo em torno da peça, de modo que ela funcione como o núcleo de
uma bobina.
2 No caso de peças pequenas, colocando-as no interior de uma bobina. Nessa técnica po-
de-se utilizar corrente contínua ou retificador de meia onda.
O campo magnético de intensidade dependerá da corrente elétrica que passa pela bobina e
do número de voltas que o enrolamento da bobina foi formando, ampères-volta (Figura 20).
FIGURA
Técnica de inspeção por
20 bobina ou solenoide
Bobina se desloca
Defeito detectável ao longo da peça
Peça
Ilustração: senai-rj
Para peças em que a razão L/D, sendo L o comprimento da peça (limitado no máximo a
18 polegadas) e D (seu diâmetro), for maior ou igual a 4, a intensidade do seu campo pode
ser calculada pela fórmula:
Na boa
Para peças grandes, a intensidade de
magnetização deve estar entre 1.200
ampères-volta e 4.500 ampères-volta.
A utilização de padrões indicativos
de campo pode estabelecer a corrente
elétrica mais indicada.
FIGURA
Técnica de inspeção por Yoke eletromagnético
21
Bobina
Campo magnético
Longitudinal
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
Solda
Fonte: Andreuci, 2009
FIGURA
Magnetização utilizando o
22 Yoke de corrente alternada
Fotos: Stela Martins – In-Fólio
FIGURA
Detectabilidade das descontinuidades –
23 técnica do Yoke
Durante a inspeção,
Yoke as descontinuidades
são detectadas entre
os pontos de contato do
Yoke, em uma direção
Trinca paralela aproximadamente
à linha de força perpendicular
Ilustração: senai-rj
Ensaio por
Partículas Magnéticas É isso aí
Vantagens
1Mais barato do que o ensaio por meio de líquido
penetrante.
2Fornece resultados imediatos, não sendo
necessário aguardar tempo de revelação.
3 Detecta descontinuidades subsuperficiais.
Desvantagens
1Não permite registros permanentes
dos resultados.
2 Aplicável somente em materiais ferromagnéticos.
3Limitação quanto à geometria da peça a ser ensaiada,
geometrias muito complexas tornam o ensaio não confiável.
4Dificuldade de inspeção em materiais com características
magnéticas diferentes.
Bloco amortecedor
– Comprimento da onda
Face protetora ou bloco de retardamento
Conectores elétricos
Fonte: FBTS
Carcaça
cABEÇOTE DUPLO-CRISTAL
Compõe-se de dois cristais piezelétricos, um
agindo como emissor e o outro como recep-
Ilustração: senai-rj
tor, dispostos em um plano aproximadamen-
te paralelo ao da peça a ser examinada ou fo-
cados num ponto situado a uma distância de-
terminada (Figura 27).
9.8.3 Acoplante
É uma substância, usualmente líquida ou pas-
tosa, introduzida entre o cabeçote e a super-
Ilustração: senai-rj
fície da peça sob inspeção com o propósito
de transmitir vibrações de energia ultrassôni-
ca entre eles. O acoplante tem a finalidade
de fazer com que a maior parcela possível de
som seja transmitida do cabeçote à peça e vi-
ce-versa, o que não aconteceria se existisse FIGURA
Cabeçote angular
ar entre o cabeçote e a peça.
28
9.8.4 Tipos usuais de ensaio por
ultrassom
Cada um desses tipos possui características
específicas que privilegiam um ou outro tipo
de cabeçote.
Ilustração: senai-rj
Desvantagens
1 Não se aplica às peças cuja forma, geometria e rugosidade superficial impeçam
o perfeito acoplamento de cabeçote à peça.
2 O grão grosseiro de certos metais de base e de solda (particularmente ligas de
níquel e aço inoxidável austenítico) pode dispersar o som e causar sinais que
perturbem ou impeçam o ensaio.
3 O reforço de raiz, cobre-juntas e outras condições aceitáveis podem causar
falsas indicações.
4 Peças pequenas ou pouco espessas são difíceis de inspecionar.
5 Os inspetores de ultrassom requerem, para sua qualificação, mais tempo de
treinamento e experiência do que para outros ensaios não destrutivos.
6 A identificação do tipo de descontinuidade requer muita experiência do
inspetor, ainda assim, não é totalmente segura.
Normalização
Normas na
Soldagem
10.1 Normalização
Qualificação
Desde o início da civilização, tem existido necessidade de regras
x
e regulamentos para controlar de uma forma ou outra as ativi- Certificação
dades humanas. Com o advento da Revolução Industrial, as ati-
vidades no campo industrial começaram a exercer um importan-
te efeito sobre os indivíduos não diretamente envolvidos com os
processos de fabricação, tanto os usuários diretos como os não
usuários dos produtos desses processos.
A falta de regulamentação nas diferentes etapas de um pro-
cesso de fabricação ou a não observância de regulamentações
existentes tem ocasionado acidentes e outros problemas que po-
dem ter sérias consequências tanto para os produtores, como pa-
ra os usuários e, também, para a população em geral e para o
meio ambiente.
Assim, um dos objetivos primários de uma norma é a preven-
ção de acidentes que poderiam resultar em morte de pessoa,
perdas materiais e contaminação do meio ambiente.
Na pressão
O uso bem-sucedido de normas pode resultar em
uma produção mais uniforme, melhor controle de
qualidade, maior rastreabilidade e possibilidade de
correção de falhas em produtos e em um método de
produção mais sistemático. Além disso, a normalização
proporciona um meio eficiente para facilitar a troca
de informações entre o fornecedor e seus clientes.
Escuta só...
Normalmente as normas são escritas por
comitês constituídos por grupos
reguladores governamentais, produtores e
representantes de consumidores.
É importante a observação da atualização
da norma a ser aplicada. Para manter esta
atualização, as entidades responsáveis pela
norma mantêm uma sistemática de
alterações e atualizações, com a emissão
periódica de novas edições.
TABELA
Exemplos de normas aplicadas a equipamentos (AWS)
1
Normas / Códigos Tipo de Normas / Códigos
de projeto equipamento para qualificações
Normalmente, esses requisitos devem ser analisados pelo inspetor de soldagem nível 2,
que, com base na norma aplicável, procura a melhor combinação entre eles, de forma a de-
finir a preparação da peça de teste que atenda às suas necessidades e forneça a maior abran-
gência possível da qualificação.
Estes parâmetros são definidos em função dos serviços que se quer realizar.
Estes ensaios podem ser complementados por outros, quando especificamente exigidos,
como:
Dureza
Macrografia
Ensaios de corrosão
ENDs
Variáveis essenciais São aquelas que se seus limites forem ultrapassados, é necessária a
qualificação de um novo procedimento de soldagem.
Variáveis não essenciais São aquelas em que não há limites para suas aplicações.
Ordem
Choque
de
Pirômetro
de Contato
Lápis de Fusão
11.1 Pirômetro de Contato
Registradores
Os pirômetros de contato são instrumentos destinados a medir
de Temperatura
a temperatura de superfícies. Constituem-se de um indicador e
um sensor de temperatura. Termopar
Em soldagem são utilizados para verificar temperaturas de Gabaritos
pré-aquecimento, interpasse e pós-aquecimento. O pirômetro de para Verificações
contato opera mediante o contato físico do sensor com a super- Dimensionais
fície cuja temperatura se quer medir. O sensor, que é um termo-
Instrumentos
par, tem os seus terminais ligados ao indicador de temperatura Especiais para
digital ou analógico. Chanfros e Soldas
Na boa Trena
Paquímetro
A energia necessária ao Goniômetro
funcionamento do pirômetro
Clinômetro
normalmente é oriunda de
pilhas comuns ou de baterias Amperímetro
recarregáveis.
Voltímetro
Manômetro
Como as temperaturas de trabalho situam-se numa faixa bas-
Regulador
tante ampla, e cada sensor atua em determinado intervalo de de Pressão
temperatura, eles, a depender da necessidade, podem ser conec-
tados ou desconectados individualmente ao indicador de tempe- Pirômetro a Laser
ratura. Assim, com um único indicador de temperatura e senso- Algarismos
res de várias faixas de temperaturas, conseguimos medir tempe- Significativos
raturas desde –50°C até 1.400°C.
A Verificar se o tipo de sensor que vai ser utilizado é aquele para o qual o aparelho foi calibra-
do. Os indicadores de temperatura são previamente calibrados para um único tipo de sensor,
fato este registrado no próprio indicador de temperatura. Assim, um indicador calibrado para
um termopar cromel-alumel só pode ser utilizado com termopar e cabos em cromel-alumel.
C Cuidar para que a faixa de temperatura do sensor não seja ultrapassada, o que poderá
danificá-lo.
Pirômetro de contato
É isso aí
Vantagens
1Boa precisão para o fim a que se destina:
2% ou menos do total da escala de leitura.
2 Ausência do risco de contaminação da peça a
ser soldada. Nenhum material é depositado
sobre o metal de base.
Desvantagens
1Os pirômetros de contato analógicos
devem ser ajustados para cada posição de trabalho. Podem
apresentar variações para as posições horizontal e vertical.
2 Por serem eletrônicos, são instrumentos bastante
delicados, principalmente os analógicos.
3 Seu custo é elevado, restringindo sua utilização a
situações onde métodos mais baratos são desaconselháveis.
São também utilizados para verificações desses métodos.
11.2.1 Aplicações
São utilizados em processos onde se necessita de um controle da temperatura de soldagem
(pré e pós-aquecimento e interpasse). A utilização do lápis de fusão pode ser diversificada a
depender da finalidade que se deseja atingir, podendo ser:
Primeiro Método
Para se determinar uma faixa de temperatura de uma superfície, traçamos linhas com diver-
sos lápis de fusão. Cada lápis funde-se a uma temperatura diferente e conhecida. Num deter-
minado instante a temperatura da superfície será:
Maior que a temperatura de fusão do lápis de menor ponto de fusão que se funde.
Menor que a temperatura de fusão do lápis de ponto de fusão logo acima do anterior, o
qual não se funde.
Segundo Método
Para determinar a temperatura que um material deve atingir, sendo este o caso mais comum
em processos de soldagem, utilizamos os seguintes procedimentos:
Procedimento A
Durante o aquecimento são feitos riscos na peça durante um espaço de tempo, deixando mar-
cas secas na peça, ao atingir uma temperatura específica de fusão para o lápis utilizado a mes-
ma marcação passa a ficar líquida, indicando a faixa de temperatura que se encontra a peça.
Procedimento B
Marca-se a superfície pelo lado oposto ao qual se deseja identificar e em seguida aquecer
a superfície oposta à do risco.
Quando a temperatura é atingida, a marca se liquefaz. Se a superfície for muito lisa para
ser riscada pode-se utilizar produtos para facilitar o risco.
1
Fazer um traço no local
da peça a aquecer
FIGURA
Aquecendo
3 a peça
2
Aquecer a peça com um
maçarico ou com uma pistola
de ar quente.
Cuidado para não direcionar a
chama para o traço.
FIGURA
A cor do traço
4 se altera
3 <152ºC
Alguns segundos antes de
atingir a temperatura do lápis,
a cor do traço se altera.
FIGURA
O traço passa ao
5 estado líquido
4 152ºC
Ao atingir a temperatura,
ocorre uma emulsão e o traço
Ilustrações: senai-rj
Desvantagens
Na pressão 1 Possível contaminação do
Nunca aplicar metal de base com o material depositado
o lápis de no equipamento durante a inspeção.
temperatura sobre Por conta desse detalhe, esse método
o cordão de solda. pode ser contraindicado na soldagem
de determinados materiais.
FIGURA
Lápis de fusão
6
Exemplo A
250ºC
150ºC
50mm 50mm
Ilustração: senai-rj
70mm 70mm
Exemplo B
Em que faixa de temperatura se encontra a chapa metálica? não derreteu
Convenção
derreteu
•
200ºC
170ºC
150ºC
130ºC
Lápis
de
fusão
fonte: FBTS, 2003
de
Existem lápis de temperatura que,
em vez de se fundirem a determinada
temperatura, mudam de cor quando
a temperatura é atingida.
Portanto, é importante saber com que
tipo de lápis você está trabalhando.
Verifique a que unidade de temperatura Boa parte dos lápis
indicam no seu corpo
se refere o lápis de fusão: se ºC ou ºF. a temperatura nas
duas unidades.
Em caso de necessidade, utilize a relação:
Onde:
C = F – 32 C – Temperatura em Celsius
100 180 F – Temperatura em Fahrenheit
11.4 Termopar
São dispositivos constituídos de dois condutores metálicos de natureza distinta, na forma de
metais puros ou ligas homogêneas. O aquecimento destes metais gera o aparecimento de
uma F.E.M. (força eletromotriz) da ordem de mV. Esta diferença de potencial entre as junções
muda quando varia a temperatura. Este método ficou conhecido como efeito Seebeck, pro-
porcionando assim a utilização de termopares para medição de temperatura.
As leituras de tensão podem ser traduzidas em leitura de temperatura, estas leituras serão
válidas somente se os fios forem do mesmo material que o usado na calibração do medidor
ou registrador. Junto à escala do medidor ou registrador geralmente está indicado o tipo de
termopar para o qual a escala está calibrada.
Escuta só...
As duas combinações existentes
de termopares são dos seguintes tipos:
Ferro-Constantan
(faixa de aplicação até 760ºC – 1.400ºF)
Cromel-Alumel
(faixa de aplicação até 1.260ºC – 2.301ºF)
Os termopares são os sensores de maior uso industrial para medição de temperatura, pois
cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura (de –200ºC a 2.300ºC aproximadamen-
te) com boa precisão e repetibilidade aceitável, tudo isso a um custo que, se comparado a ou-
tros tipos de sensores de temperatura, mais econômico.
Os fios dos termopares são encontrados em diversos diâmetros, quanto mais fino o fio,
mais rápido o tempo de resposta às variações de temperatura. Em contrapartida têm vida útil
mais curta.
Bem ligado
Segundo a American Wire Gage
(AWG) o diâmetro de nº 20 é o mais
comumente usado nos termopares
para tratamentos térmicos.
FIGURA
Gabarito para verificar embicamento
10 e circularidade
Gabarito Gabarito
fonte: FBTS, 2003
Calço
Ilustração: senai-rj
Gabaritos para
verificação de
dimensionais É isso aí
Vantagens
1 Apresentam bons resultados,
desde que fabricados corretamente.
2 É um processo bastante rápido
de verificação.
Desvantagens
1 Só devem ser utilizados em verificações repetitivas.
2 Devem ser fabricados com grande precisão.
Na pressão
Além dos instrumentos
fabricados pelo usuário,
Bem ligado existem ainda os
Os gabaritos podem instrumentos especiais
ser fabricados disponíveis no mercado.
São instrumentos simples e
Ilustrações: senai-rj
de aço, latão,
alumínio ou metal! bastante práticos, sendo
que alguns permitem a
fonte: FBTS, 2003 verificação de mais de uma
dimensão em apenas uma
FIGURA operação. Já possuem
Gabarito para verificar gravados no seu corpo as
13 abertura de raiz dimensões a que se aplicam
e/ou escalas graduadas
para a leitura.
Acompanhe
na página a
seguir a relação
das vantagens
e desvantagens
dos instrumentos
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
especiais para
chanfros e soldas.
Desvantagens
1 Quando fabricados pelo usuário demandam
tempo para fabricação e muitas vezes
possuem somente uma aplicação. As Figuras 15 a 19
apresentam alguns
desses instrumentos e
sua aplicabilidade
superfícies
que sejam
perpendiculares.
fonte: FBTS, 2003
Tubo Acessório
Medidor de desalinhamento interno
Calibre com
ângulo 37,5º
Escala de espessura
do material
Indicador de espessura
do material
Ilustração: senai-rj
Escala medidora de
desalinhamento interno
FIGURA
Medidor de cordão de solda
16
Ilustrações: senai-rj
Medição da Verificação
perna da solda de reforço
Ilustrações: senai-rj
fonte: FBTS, 2003
FIGURA
Medidor com finalidades múltiplas
18
Ilustrações: senai-rj
Milímetro
Polegada Milímetro Polegada
Polegada
Milímetro
Milímetro Polegada
Milímetro Polegada
Ilustrações: senai-rj
Graus
•
Foto: Stela Martins – In-Fólio
FIGURA
Medidor com finalidades múltiplas
20
Graduação Foco
Ilustração: senai-rj
Bordo
bi a?
Você sa
1 No sistema métrico, a graduação é feita
em milímetros (mm): 1mm = 1/1.000m.
2 No sistema inglês, a graduação se dá
em polegadas (“): 1” = 1/12 pé.
3 A trena graduada é construída
de aço, tendo sua graduação situada na
extremidade esquerda.
É fabricada em diversos comprimentos:
2m, 3m, 5m, 10m, 20m, 30m etc.
Bem ligado
Algumas trenas possuem o zero um
pouco deslocado de sua extremidade.
Nesses casos devemos cuidar para
que o ponto zero coincida com a
extremidade da peça que se quer medir.
FIGURA FIGURA
Trena convexa Trena plana
21 22
Fotos: Stela Martins – In-Fólio
11.7.2 Conservação
A fim de preservar o instrumento por mais tempo, é necessário tomar alguns cuidados:
Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.
Evitar dobrá-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
Evitar o desgaste da face graduada, pois essa graduação pode desaparecer.
Limpe-a após o uso, para remover a sujeira.
Na boa
Nas páginas seguintes acompanhe:
Sistema Inglês Comum
Sistema Métrico Decimal
FIGURA FIGURA
1 polegada 1/8 polegada
23 26
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
O 1" O 1/8" 1/4" 3/8" 1/2" 5/8" 3/4" 7/8" 1"
Intervalo referente a 1" (ampliado)
FIGURA FIGURA
1/2 polegada 1/16 polegada
24 27
Ilustrações: senai-rj
O 1" 1" 3" 4 5" 3" 7" 2 9" 5" 11" 4 13" 7" 15" 1"
O 1/2" 1" 16 8 16 16 8 16 16 8 16 16 8 16
FIGURA FIGURA
1/4 polegada 1/32 polegada
25 28
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
1 metro = 10 decímetros
FIGURA
1m = 10dm
1 centímetro
29
1 decímetro = 10 centímetros
1dm = 10cm
Ilustrações: senai-rj
1 centímetro = 10 milímetros O 1cm
Intervalo referente a 1cm (ampliado)
1cm = 10mm
fonte: senai-cimatec
FIGURA FIGURA
Graduação em
10 milímetros
30 31 milímetros
Ilustrações: senai-rj
O 1cm
FIGURA
Partes de um paquímetro
32
Medida Fixador
interna
Garras Vernier Escala
ou facas (polegada) (polegada)
Cursor Medida de
profundidade
Encosto Haste de
fixo Bico profundidade
Encosto móvel
Régua
móvel
Escala (mm)
Ilustração: senai-rj
Bico Impulsor
Medida Precisão máxima do paquímetro
externa
Nônio ou Vernier
fonte: telecurso, 2000
FIGURA
Modelo de paquímetro
33
Foto: Stela Martins – In-Fólio
FIGURA
Escala graduada em milímetros
35
Escala fixa
O 1mm 1 2 3
Ilustrações: senai-rj
Nônio
O 1O
fonte: senai-cimatec
FIGURA FIGURA
1 milímetro 3 milímetros
36 38
O 1 O 1
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
FIGURA FIGURA
2 milímetros 17 milímetros
37 39
O 1 O 1 2
Ilustrações: senai-rj
Ilustrações: senai-rj
FIGURA
Leitura da escala fixa
40
Escala fixa
O 1 2
Ilustração: senai-rj
Nônio, precisão
1 2 0,02mm
Traço do nônio que coincidiu
fonte: senai-cimatec
No nônio, até o traço que coincidiu com o traço da escala fixa existem 4 intervalos, cada
um dos quais é igual a 0,02mm; portanto a leitura do nônio é 0,08. (Figura 41).
A leitura da medida é 10,08mm.
FIGURA
Leitura do nônio
41
O 1 2
Escala fixa
Ilustração: senai-rj
Traço do nônio
que coincidiu com 1 2 3
o traço da escala fixa Nônio, precisão = 0,02mm
fonte: senai-cimatec
FIGURA
Intervalos da escala fixa
42
Ilustração: senai-rj
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1" 1 2 3 4 5
fonte: senai-cimatec
FIGURA FIGURA
0,025 polegadas 0,050 polegadas
43 44
O 1 2 O 1 2
Ilustrações: senai-rj
Ilustração: senai-rj
O fonte: senai-cimatec fonte: senai-cimatec O
FIGURA
Leitura da medida pelo Sistema Métrico Decimal
45
0 5 10 19
Leitura da escala fixa = 0,250” Traço do nônio que coincidiu
Leitura do nônio = 0,009” com o traço da escala fixa
fonte: senai-cimatec
Leitura da medida = 0,259”
FIGURA
Valores de medida em
46 frações de polegadas
1"
O 2
Escala fixa
Ilustração: senai-rj
FIGURA
Leitura da medida pelo
47 Sistema Inglês Comum
1"
16
O 1
Escala fixa
FIGURA
Erro de paralaxe
48
A B
TN TN
Ilustrações: senai-rj
TM TM TM
fonte: senai-cimatec
De olho no lance
Precauções no
uso do paquímetro
Para obter os melhores resultados ao
empregar paquímetros, devem ser tomados
os seguintes cuidados:
Não pressionar demasiadamente os
encostos ou garras do paquímetro contra a
superfície da peça medida
(pressão excessiva leva a erro de medição).
Fazer a leitura da medida com o paquímetro
aplicado à peça.
Manter o paquímetro sempre limpo e
acondicionado em estojos próprios.
Antes do uso, com o paquímetro
totalmente fechado, verificar se não
há folga entre os seus encostos
ou garras.
Guardar o paquímetro com
folga entre os bicos.
bi a?
Você sa
Goniômetro é um
instrumento que serve
para medir ou verificar
ângulos. Em soldagem é
utilizado para verificar
ângulos de chanfros.
Para somarmos ou
11.9.1 subtrairmos graus,
Sistema sexagesimal
Esse sistema é utilizado nas medidas de
Então... devemos colocar as
unidades iguais sob as
ângulos e de coordenadas angulares. Con- outras.
siste em pegar a medida angular de um
Exemplo:
grau e dividir em 60 minutos de arco,
e cada minuto em 60 segundos. 80° – 10° 15’ 10”
Devemos operar da
Bem ligado mesma forma, quando
temos as unidades graus,
Sistema Sexagesimal minutos e segundos.
Os símbolos utilizados são: Assim, a primeira
operação por fazer é
Grau (º)
converter 80º
Minuto (‘) em graus e minutos.
Segundo (“) Sabendo que 1° = 60’,
convertendo 80º em
graus, minutos e
Exemplo: segundos teremos:
A medida 45° 23’ 12”
80º = 79º 59’ 60”
deve ser lida: 45 graus,
23 minutos e 12 segundos. 79º 59’ 60” – 10º 15’ 10” = 69º 44’ 50”
FIGURA
Exemplos de goniômetros
51
Traço de referência
Graduação Graduação
Corpo
Lâmina
Ilustrações: senai-rj
FIGURA Modelo de
55 amperímetro
análogico de alicate
Na medição de corrente contínua, deve-se ligar o instrumento com o polo positivo no pon-
to de entrada da corrente convencional, para que a deflexão do ponteiro seja para a direita.
Em instrumentos com indicador digital, se a ligação estiver incorreta, a medida aparece com
sinal negativo (–).
O amperímetro analógico (Figura 55) nada mais é do que um galvanômetro adaptado pa-
ra medir correntes de fundo de escala maiores que a sua corrente de fundo de escala, do gal-
vanômetro, IGM.
Por isso, é necessário desviar a sobrecorrente, formando um divisor de corrente com o galva-
nômetro em paralelo com uma resistência denominada shunt (desvio) RS. Considera-se ainda:
Na pressão
A corrente de fundo de escala do amperímetro IA.
A sobrecorrente IS.
A resistência interna do galvanômetro RG.
A resistência interna do amperímetro RIA.
11.12 Voltímetro
O voltímetro é um aparelho que realiza medições de tensão elétrica em um circuito, a uni-
dade usada é Volt. O projeto dos voltímetros é tal que, com sua alta resistência interna, in-
troduzam o mínimo de alterações no circuito que está sendo monitorado.
O galvanômetro de bobina móvel é um exemplo desse tipo de voltímetro.
Para aferir a diferença de tensão entre dois pontos de um circuito, convém colocar o vol-
tímetro em paralelo com a seção do circuito compreendida entre estes dois pontos. Por is-
so, para as medições serem precisas, é esperado que o voltímetro tenha uma resistência
muito alta, se comparada com as do circuito.
e
Sinal d ta
FIGURA
Voltímetro digital
56
Aler
Voltímetros podem
medir tensão em
corrente
contínua ou
tensão em
corrente
Foto: Stela Martins – In-Fólio
alternada,
dependendo
da qualidade
do aparelho.
11.13.1 Operação
O Bourdon, ou tubo de Bourdon,
Escuta só...
é um tubo de parede delgada, que
foi amolado em dois lados diame- Os de maior aplicação na
tralmente opostos, de modo que se área de inspeção de
cortado transversalmente apresen- soldagem são os que
ta uma forma elíptica oval.
medem a pressão por
Uma vez feito isso, é dobrado de
deformação elástica,
modo que forme um arco com uma
das extremidades fechada. Quan- mais notadamente o
do se aplica uma pressão, ao lado manômetro tipo Bourdon.
aberto do tubo, este tende a resta-
belecer sua forma da seção trans-
versal circular original, fazendo com que o tubo tenda a endireitar-se, e ao fazê-lo, seu extre-
mo livre se move o suficiente para atuar um came e um pinhão dentados, os quais têm co-
mo objeto amplificado do tubo produzir um deslocamento correspondente ao ponteiro.
Em alguns manômetros, o came e o pinhão dentados são substituídos por um came de
extremidade lisa que atua no ponteiro através de um pinhão de rosca helicoidal.
11.13.2 Aplicação
Os manômetros são normalmente usados em coletores (manifolds) ou conjugados com ou-
tros instrumentos, para controle de operação de oxicorte e soldagem (controle da pressão de
gases de proteção e purga, na saída dos cilindros).
FIGURA
Pirômetro a laser
60
Foto: Stela Martins – In-Fólio
FIGURA
Exemplo de medição
61
Foto: Stela Martins – In-Fólio
e
Sinal d ta
Aler
Resumindo:
Em uma medida, algarismos
significativos são aqueles que
sabemos estarem corretos e
mais o primeiro duvidoso.
Bem ligado
Resumindo:
Zeros à esquerda do primeiro
algarismo diferente de zero não
constituem algarismos significativos.
Todos os dígitos diferentes de zero são significativos. (Ex.: 7,3; 32 e 210 possuem dois algaris-
mos significativos). Os zeros entre dígitos diferentes de zero são significativos (Ex.: 303 e 1,03
possuem três algarismos significativos). Se existir uma vírgula decimal, todos os zeros à direita da
vírgula decimal são significativos (Ex.: 1,000 e 33,30 possuem quatro algarismos significativos).
O número de algarismos significativos de uma grandeza medida ou um valor calculado é
uma indicação da incerteza: mais algarismos significativos mostram menor a incerteza no va-
lor. Assim, se for apresentado o valor de uma grandeza medida com três algarismos signifi-
cativos, indica que o valor do terceiro algarismo tem uma incerteza menor ± 0,5ºC. Se for
apresentada uma temperatura como 32ºC (dois significativos), está indicado que a tempera-
tura está entre 31,5ºC e 32,5ºC. Caso ela seja apresentada como 32,5ºC (três significativos),
está indicado que a temperatura está entre 32,45ºC e 32,55ºC.
Esta regra aplica-se somente a valores medidos ou calculados. Números inteiros que
são resultados experimentais seguem as regras acima (Ex.: a pressão em uma caldeira é
6atm; possui um algarismo significativo). Números inteiros que descrevem o número de
objetos discretos possuem precisão infinita (cinco dias = 5,0000000... dias). Números in-
Fique Esperto
Cuidado com o
truncamento de cálculo:
4 = 1,333333 x 3 = 3,999999
3
Quando dois ou mais números são adicionados ou subtraídos, a posição do último algaris-
mo significativo em cada número, relativa à vírgula decimal, deve ser comparada. Destas po-
sições, o resultado mantém a posição do valor com o significativo mais à esquerda.
Exemplos:
1.230 {3 significativos}
– 2,33 {3 significativos}
1.227,67 1230 {3 significativos} + 1,0000 {5 significativos}
+ 0,023 {2 significativos}
+ 0,12 {2 significativos}
= 1,1430 1,14 {3 significativos}
11.16.5.1 Arredondamentos
Serão usadas as seguintes regras de arredondamento:
Esta operação deve ser arredondada para um único algarismo decimal, ou seja, 27,1.
5 – 15,7 = –10,7 truncando, temos: 5 – 15,7 = –11
Sistema da
Qualidade
Documentos do
12.1 Sistema da Qualidade Sistema da
Sistema da Qualidade é um conjunto de ações e documentos Qualidade
que definem o funcionamento de determinada atividade (servi- Aplicáveis à
ço ou produto), de maneira a fazer com que todas as suas eta- Soldagem
pas do processo produtivo e consequentemente o produto final
apresentem-se conforme os requisitos estabelecidos, dentro de
um custo previsto pelo fornecedor e aceito pelo cliente.
Fique Esperto
O Sistema da Qualidade
abrange ações desde a
avaliação de uma empresa quanto
à sua capacidade para realizar
determinado serviço, até a
assistência técnica após a entrega
definitiva do produto ou serviço, passando
por etapas como compras de materiais,
elaboração dos documentos que controlam
o processo produtivo, controle do processo,
controle e calibração dos instrumentos que
verificam o processo e tratamento dos
desvios, dentre outras ações.
A empresa deve ter uma sistemática que possibilite fazer a correlação entre todos esses do-
cumentos acima listados e o formulário RQPS preenchido.
Esse dossiê, também chamado RQPS (formulários + documentos), deve ficar arquivado em
local de acesso restrito. Esse documento não se configura como documento de uso de campo.
O formulário de RQPS apresentado é apenas um modelo ilustrativo, pois esse formato não
é obrigatório. O importante é que o formulário contenha os campos necessários para o regis-
tro de todas as variáveis, independentemente do formato.
Na boa
A EPS é um documento de
campo, que todo encarregado,
inspetor e supervisor de
soldagem deve conhecer
para orientar os soldadores.
Oito toques
Informações que
devem constar da RSQ
Esse documento é atualizado em periodicidade definida por cada empresa, sendo normal-
mente quinzenal ou mensal.
O índice de reparo máximo aceitável é definido por cada empresa; normalmente é aceito
o índice de 10%.
O controle de desempenho deve calcular o índice de reparo no período e o índice de re-
paro acumulado, no qual são contabilizados os totais examinados (filmes ou
Veja um
comprimento de ultrassom) e os totais reprovados. modelo de
CDS na
O controle de desempenho deve ser sempre analisado pela área de solda- Figura 5
gem, assim como a decisão de desqualificar ou não um soldador.
Risco nas
Operações
Fatores de Risco
13.1 Risco nas Operações em Operações
Grande número de situações de risco está presente quando ope- de Soldagem
rações de soldagem e corte são realizadas. Nesse aspecto envol- e Corte
ve-se pessoal, equipamentos e instalações. Ambiente de
Ao realizar-se tais operações, condições extremas de calor, ruído, Soldagem
emissão de radiação, fumos e gases, riscos de choques elétricos
Equipamentos
e incêndio são frequentemente observados. Assim, é importan-
de Proteção
te que as pessoas envolvidas estejam totalmente ambientadas no Individual
que diz respeito às regras, cuidados e principalmente na utiliza-
ção dos equipamentos de proteção individual. Equipamentos
de Proteção
Respiratória
13.2 Fatores de Risco em Operações Cuidados
de Soldagem e Corte Específicos
Neste tópico serão observados os principais fatores de riscos em
soldagem e processos afins, suas causas e consequências, além
das principais medidas que devem ser adotadas visando sua re-
dução ou eliminação.
13.2.2 Calor
É um fator sempre presente nas operações de soldagem ou corte em função das altas tem-
peraturas envolvidas, das vestimentas utilizadas pelo soldador e muitas vezes pela utilização
dos processos em locais fechados. Seu controle é fácil, dependendo apenas de uma boa ven-
tilação do ambiente, que será igualmente útil em relação a outros fatores nocivos.
13.2.3 Ruído
Este fator está comumente presente em operações de goivagem, preparação ou reparo de
juntas com o uso de lixadeiras ou esmeril. Sua exposição contínua leva à diminuição da capa-
cidade auditiva, podendo resultar em surdez definitiva.
Muitas vezes o ruído é presença constante no ambiente de trabalho devido a outras ope-
rações e sua redução ou eliminação pode ser feita mediante adoção de medidas preventivas,
isolando-se, por exemplo, o agente causador em cabines (proteção coletiva).
A prevenção individual é feita pelo uso de protetores auriculares, os quais podem ser do
tipo concha, que têm a vantagem de proteger o pavilhão auricular contra a projeção de faís-
cas ou partículas metálicas ou protetores tipo plugue. Estes últimos são de uso individual, e
devem estar limpos antes de serem inseridos no canal auditivo, assim como devem ser ma-
nuseados com as mãos limpas. Estas medidas visam evitar infecções.
QUADRO
Efeitos do choque elétrico
1
Intensidade
Efeito
de Corrente
Até 5 mA Formigamento fraco
Entre 5 e 15 mA Formigamento forte
Entre 15 e 50 mA Espasmo muscular
Entre 50 e 80 mA Dificuldade de respiração, desmaios
Entre 80 mA e 5 A Fibrilação ventricular, parada cardíaca, queimaduras de alto grau
Acima de 5 A Morte
Fonte: senai-cimatec
TABELA
Variação da resistência em função das
1 condições de uso de roupas e acessórios
De olho no lance
No ambiente
da soldagem isso
é segurança
Leiaute Iluminação
Pisos Ventilação
Pinturas Exaustão
13.3.1 Leiaute
É importante que as instalações de um ambiente de soldagem ofereçam condições de livre
circulação para as pessoas envolvidas; passagens e rotas de fuga devem ser mantidas obriga-
toriamente livres e desimpedidas. Os equipamentos, cabos, mangueiras e demais anexos de-
vem estar protegidos contra o calor intenso e salpicos.
13.3.2 Piso
Deve ser construído em concreto antiderrapante ou com revestimento à prova de fogo e pro-
porcionar bom isolamento térmico.
13.3.3 Pinturas
Deve-se dar preferência às cores frias e de baixa refletividade, como o cinza azulado que neu-
traliza a ação dos tons vermelhos resultantes das ações de soldagem e corte. Cores metálicas
obviamente não são recomendadas.
13.3.4 Iluminação
O tipo de iluminação depende do tamanho e do leiaute da oficina; a prática tem demonstra-
do a viabilidade de lâmpadas tubulares fluorescentes ou mistas. Quando houver boxes, estes
devem possuir iluminação individual. A luz do dia (mais recomendada) ou a artificial devem
incidir sobre a área de trabalho, vinda do alto e por trás, reduzindo o ofuscamento e com lu-
minosidade uniforme. O índice mínimo de iluminação é de 250 lux.
13.3.5 Ventilação
A ventilação natural é aceitável para operações em áreas não confinadas, porém em oficinas
de soldagem, alguns pré-requisitos são necessários:
A ventilação transversal deve ser livre, sem bloqueios por paredes, divisórias ou outras
barreiras.
A altura do teto deve ser superior a 6 metros, de forma que ocorra a formação de uma cor-
rente de ar por convecção.
Bem ligado
A área de
soldagem deve
conter no mínimo
285m3 de ar para
cada soldador.
TABELA
Ventilação mínima requerida em
2 função do diâmetro do eletrodo
Ventilação mínima
Diâmetro do eletrodo
requerida
Polegadas Milímetros m3/min por soldador
¼” 6,4 100
13.3.6 Exaustão
Um sistema de ventilação pode controlar de forma global os níveis de poluição na área, não
significando, contudo, que esteja sendo eficiente no local onde esta poluição é gerada. Daí
a necessidade da exaustão local, empregada próxima à fonte geradora para retirada dos
elementos contaminantes antes mesmo que estes atinjam a zona de respiração do soldador.
A Tabela 3 mostra os valores para uma exaustão adequada.
TABELA
Valores pra exaustão adequada
3
e
Sinal d ta
Aler
“
Todo dispositivo ou
produto de uso individual
utilizado pelo trabalhador
é destinado à proteção
de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança
“
e a saúde no trabalho.
Mandou bem!
Todos os EPIs são
de uso pessoal e
intransferível, a
menos que sejam
submetidos a
rigorosos critérios de
limpeza, manutenção
e desinfecção.
6
8
1 Avental de couro
2 Manga de couro
3 3 Luva de couro
4 Polainas de couro
5 Sapatos de couro
6 Touca de couro
7 Óculos
8 Ombreira de couro
9 Filtro de proteção
4 para solda
Cuidado
ao usar
5 material
Ilustrações: senai-rj
sintético
Raios luminosos
visíveis de intensidade
reduzida, sem distorção
Raios ultravioletas
invisíveis e perigosos
Ilustração: senai-rj
Raios infravermelhos
não perigosos
Filtros de luz
Fonte: senai-cimatec
TABELA
Seleção de lentes filtrantes de proteção
4
Numeração de lente
Processo/Operação de soldagem
filtrante sugerida
Eletrodo revestido – φ até 4,0mm 10
Eletrodo revestido – φ de 4,8mm até 6,4mm 12
Eletrodo revestido – φ acima de 6,4mm 14
TIG 12
MIG/MAG 12
Soldagem a gás – espessuras até 3,2mm 4 ou 5
Soldagem a gás – espessuras de 3,2mm até 12,7mm 5 ou 6
Soldagem a gás – espessuras acima de 12,7mm 6 ou 8
Corte (leve) – espessuras até 25,0mm 3 ou 4
Corte (médio) – espessuras de 25,0mm até 150,0mm 4 ou 5
Corte (pesado) – espessuras acima de 150,0mm 5 ou 6
Fonte: senai-cimatec
13.4.4.1 Luvas
As luvas devem apresentar-se em bom estado e ser utilizadas nas duas mãos. Protegem as
mãos contra queimaduras, principalmente aquelas resultantes de radiações emitidas pelo ar-
co, além de evitar choques elétricos em contatos eventuais com uma peça nua sob tensão
(por exemplo: no momento da troca de eletrodos).
bi a?
Você sa
Quando a transpiração for intensa,
o uso de luvas de algodão por baixo
das luvas de couro é bastante eficaz na
prevenção contra choques elétricos.
Para trabalhos leves podem ser usadas luvas de vaqueta (couro fino). Para trabalhos pesados
devem ser usadas luvas de raspa de couro ou outro material apropriado, resistente ao fogo.
13.4.4.5 Botas
Sapatos de segurança devem ser usados em todas as situações, como um EPI de uso obriga-
tório, não apenas para prevenir queimaduras, mas também para evitar o perigo de quedas
de ferramentas e acidentes por choque elétrico.
Na boa
Sob nenhuma hipótese poderá ser
utilizado oxigênio para ventilar ou
purificar qualquer ambiente, sob risco
de ocorrência de uma explosão;
nesses casos utilizar ar comprimido.
Bem ligado
Trabalhos de corte e soldagem
ao ar livre envolvendo chumbo,
mercúrio e cádmio devem ser feitos
obrigatoriamente com sistemas de
proteção (respiradores com filtro).
Na pressão
O aterramento das peças metálicas sobre
as quais o soldador realiza a soldagem
deve ser feito com um cabo adequado,
não sendo permitidas ligações para
aterramento em correntes, arames,
guindastes, guinchos e elevadores.
de
Com relação ao conjunto cabo/alicate porta-eletrodo,
algumas regras devem ser observadas:
Em períodos longos de interrupção do trabalho, o soldador
deve desconectar o alicate da fonte de energia elétrica.
O alicate não deve ser resfriado pela imersão em água.
O soldador nunca deve enrolar ou prender o cabo de
soldagem em partes do corpo.
CORRENTE DE
NUMERAÇÃO DO FILTRO
SOLDAGEM (A)
6 até 30
8 de 30 até 75
10 de 75 até 200
12 de 200 até 400
14 acima de 400
Fonte: senai-cimatec
De olho no lance
O oxigênio nunca deve ser utilizado para
limpar roupas ou ventilar espaços confinados.
O acetileno é um gás altamente
combustível e é preciso, portanto,
que seja guardado longe do fogo,
em locais limpos e secos, com boa
ventilação e protegido contra aumentos
excessivos de temperatura.
Os cilindros precisam ser estocados e utilizados com válvulas de segurança, em local livre
de outros combustíveis. Cilindros de outros gases combustíveis devem ser manuseados com
estes mesmos cuidados.
Os cilindros de gases liquefeitos são construídos com paredes duplas, existindo um vácuo
entre as paredes interna e externa. Por isso eles devem ser manuseados com extremo cuida-
do para prevenir danos na tubulação interna, o que poderia provocar a perda do vácuo.
Tais cilindros devem sempre ser transportados e utilizados na posição vertical, pois podem
tornar-se perigosos se virados de cabeça para baixo; todos os cuidados devem ser tomados
para se evitar tal possibilidade. Como prática padrão, deve-se prender o cilindro em um su-
porte rígido, o qual pode ter rodas para facilitar a locomoção e posicionamento (Figura 6).
Borracha
em volta
Material isolante
Ilustrações: senai-rj
Somente reguladores, válvulas e mangueiras projetados especialmente para servir a equi-
pamentos de soldagem devem ser utilizados. Todas as conexões e mangueiras devem ser fir-
mes, bem apertadas e livres de furos e rasgos. O regulador de oxigênio deve sempre estar
limpo, e o regulador de pressão deve estar completamente fechado antes da abertura do ci-
lindro ou da válvula da tubulação interna.
Pode ocorrer combustão interna ou retrocesso de chama se for falho o purgamento das
mangueiras antes do acendimento da tocha, ou devido ao superaquecimento da extremi-
dade da tocha. Retrocessos são as queimas dentro ou além da câmara de mistura da tocha.
É uma condição grave, e pode ser realizada uma ação corretiva para se extinguir esta quei-
ma, que é o fechamento imediato da válvula de oxigênio da tocha, fechando-se em segui-
da a válvula do gás combustível. Válvulas de retenção (ou contrafluxo) para impedir o re-
fluxo dos gases e sua consequente mistura na mangueira ou tubulação e válvulas corta-cha-
ma (ou contrarretrocesso), que não permitem a propagação da chama além daquele pon-
to, por meio do seu abafamento, devem ser constantemente verificadas com relação ao seu
perfeito funcionamento.
CALLISTER, William D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma Introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
GARCIA, Amauri; SPIM, Jaime A.; SANTOS, Carlos A. Ensaios dos Materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
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SOUZA, Sérgio Augusto. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. 5. ed. São Paulo: Artliber, 2000.
THE JAMES F. LINCOLN. Arc Welding Foundation.
VAN VLACK, L.H. Princípios de Ciências dos Materiais. 5. ed. São Paulo: Campus, 1984.
Coordenação
Lincoln Silva G omes (RJ)
Vera Regina Costa Abreu (RJ)
Pesqu isa de conteúdo
A ntônio J osé Mendonça (BA)
C laudilene R amalho dos Santos (BA)
C leiton José Novais (MG)
Elias H ygino da Silva Filho (RJ)
Geison I go Silva R odrigues (BA)
Lincoln Silva G omes (RJ)
M anoel Teodoro Belitardo Pereira (BA)
Mariana Burrowes M. G. B. de Leão (RJ)
M oacir Leite da Silva (MG)
Natielle Souza Pereira M otta (RJ)
Orliangêla M achado Magalhães (BA)
Pedro P aulo de Assis Alves (MG)
Raphael F elix Rezende (BA)
R aphael Guimarães O liveira (RJ)
R icardo da Costa Teixeira (RJ)
Ronaldo da R ocha e Silva (BA)
Simone Kessler de Barros (RJ)
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