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HAU IV

ALUNOS: José Victor e Jorge Ravyck

CAP. 28 - CURTIS, 2008 - "Sobre monumentos e monumentalidade: Louis I.


Kahn."

Os modernistas em seu trabalho com a monumentalidade fugiram das citações


históricas e evidenciaram a tectônica e a estrutura da edificação, fato que foi
reforçado pelo uso dos materiais industriais modernos, agora voltados para um novo
contexto em que o modernismo estava em ascensão para o uso em edifícios
públicos.

Nos Estados Unidos a influência do classicismo beaux-arts não cessou com a


chegada da arquitetura moderna. Tinha-se o embate entre os arquitetos que
buscavam a monumentalidade com formas de expressões livres e os que a buscam
de maneira falsa e superficial em que se faziam alusões ao classicismo e o real uso
dos princípios clássicos eram deixados de lado. Desse modo, os edifícios com maior
peso visual começaram a ganhar espaço nas ruas americanas, não estando
presentes só em exemplares cívicos ou religiosos, mas também na habitação.

O expoente da monumentalidade nos EUA foi Louis Kahn, um arquiteto nascido na


ilha de Osel, Estônia, onde desde pequeno já tinha uma desenvoltura para o
desenho, assim fazendo com que ele optasse por escolher o curso de Arquitetura,
ingressando na escola de Beaux-Arts Universidade da Pensilvânia.

Kahn aprendeu com diversos mestres da arquitetura como Mies e Wright, estes
acabaram influenciando suas referências e trabalhos, que aliado a suas
experimentações o levou a compreender a como boa arquitetura aquela que
demonstra a sua essência em todas as partes do seu projeto. Os anos em que foi
produzida suas obras mais famosas coincidiram com o fato de que o modernismo foi
condenado pela maioria dos críticos como um sistema ultrapassado que não podia
mais fornecer um bom produto para a arquitetura. Esses críticos reconhecem Kahn
como um arquiteto que tentou e conseguiu criar novas abordagens para a
arquitetura usando sistemas épocas passadas como referências.
O documentário e o texto acabam se interligando por demonstrar mais
profundamente como Louis Kahn dá aos seus projetos esses sentimentos e as suas
intenções. Um fato muito interessante foi como o conceito de alma do edifício é
abordado e como a associação dessa alma com a função pode potencializar o uso e
o "valor" sensorial dos espaços.

O Instituto foi um projeto criado com um propósito e esse propósito estava


interligado com sua essência e local de implantação. É notório como artifícios de
biofilia, que são muito discutidos hoje em dia, foram utilizados no projeto. Pontos
como o contato com a água, com paisagem naturais e "intocadas" e os tons mais
rústicos e naturais dos materiais da edificação acabam influenciando para o
propósito essencial do projeto. Todos esses aspectos estão reunidos para criar
espaços confortáveis e inspiradores para os cientistas.

Outro ponto que chamou bastante atenção foi a ligação entre a frase de Louis, que
diz que a essência do projeto é revelada em todas as suas partes, com o
documentário. Na exibição foi possível notar a essência do Instituto na forma em
como os espaços se organizam (interligados e amplos), uso de texturas, materiais,
luz, sombra e pontos focais fazem com que o ambiente acaba influindo no
subconsciente de quem o usa, eliminando barreiras para que os cientistas busquem
respostas para os questionamentos.

Logo, a leitura do texto e o documentário evidenciaram a importância de encontrar


a real essência do projeto e buscar as necessidades mais profundas dos futuros
usuários. Isso aliado a apropriação de referências do projetuais e ideias acabam
auxiliando nesse processo, e assim, servindo como base para se criar uma
linguagem única de arquitetura.

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