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UNIVERSIDADE FEDERAL DE Rondonopolis(UFR)

Prof. Dr. José Roberto Tarifa Climatologia 2020/01

OBSERVAÇÕES SENSÍVEIS DO TEMPO


METEOROLÓGICO

O ser humano através de suas sensações corpóreas, de


sua capacidade de observação e de registrar na memória
estas impressões, vai colecionando dados e fatos relativos
ao comportamento atmosférico sobre o lugar onde vive ou
visita. Assim, pode-se dizer que somos uma estação
meteorológica ambulante, utilizando sensores qualitativos
que nos permitem conviver com as variações dos tipos de
tempo, que nos afetam diariamente. Uma estação
meteorológica possui um conjunto de aparelhos que
quantificam o comportamento físico da atmosfera, ou seja,
traduzem em números as sensações que o corpo humano
qualifica a todo momento.
Assim sendo é possível uma sistematização das
sensações a respeito do tempo através das observações
sensíveis do tempo meteorológico. Este trabalho é
importante para o entendimento da sucessão dos tipos de
tempo, pois seu objetivo é o desenvolvimento de hábitos
da observação do tempo, além de facilitar a compreensão
dos registros efetuados nas estações meteorológicas.
As observações sensíveis deverão ser lançadas na
caderneta de campo(um caderno simples pequeno)
segundo três horários (8,00 14,00 e 20,00hs local ), no
sentido de facilitar as possíveis comparações com os
dados registrados pelas estações meteorológicas., que
correspondem às12,00 18,00 e 24,00 hs GMT).
Serão observados os dados dos seguintes elementos e
fenômenos:

TEMPERATURA – Percebido e anotados a sensação


física de cada indivíduo e de acordo com os seguintes
critérios:

Vermelho - Muito Quente

Alaranjado - Quente

Verde - Ameno

Azul - Frio

Violeta - Muito Frio

CHUVA – Observada segundo as seguintes


características:

_____ “Ausente” – Não há ocorrência de chuvas;


CHUVISCO – É uma precipitação intermitente, muito fraca ( garoa muito fraca ).

• • CHUVA LEVE E CONTÍNUA – Precipitação


contínua, constituindo-se em uma garoa mais forte.
•••• CHUVA PESADA E CONTÍNUA – Precipitação
forte e persistente ( prolongada ), formando enxurradas,
empoçando água e podendo ocasionar enchentes.

CHUVA COM TROVOADA – precipitação acompanhada por relâmpagos e trovoadas,


podendo ser prolongada ou rápida.

CHUVA EM PANCADAS – Precipitação forte,


rápida e de extensão limitada.

TIPOS DE NUVENS: Para treino de observação e


representação foram selecionados somente seis tipos de
nuvens: cirros, estratos, cúmulos, cúmulos-ninbos, alto
cúmulos e alto estratos.

CIRROS – São nuvens de aparência delicada,


popularmente chamadas de “rabo de galo” ou
“caudas de égua”. Espalham-se muitas vezes por todo céu
mas não escondem o Sol e a Lua. As nuvens de tipo cirros
são compostas por finos cristais de gelo.

ESTRATOS – Apresentam –se em camadas


cinzentas de altura uniforme, assemelhando –se ao
nevoeiro, mas nunca descendo á superfície terrestre. As
camadas são horizontais e paralelas, o que justifica o seu
nome. Aparecem frequentemente por ocasião do
crespúsculo.

CÚMULOS – São nuvens espessas, de


desenvolvimento vertical, com base geralmente
plana, tendo a parte superior semelhante a um floco de
algodão. Essas nuvens ocorrem, quase sempre, em massas
separadas, aparecendo céu limpo entre elas. Sua base
geralmente é escura, acinzentada e o restante muito
branco e brilhante.

CÚMULOS –NINBOS – São nuvens da trovoada e


da chuva pesada. O desenvolvimento vertical dos
cúmulos- ninbos atinge de 9 a 15 mil metros e, às vezes,
até mais alto, nas latitudes intertropicais. Quando vistas á
distância parecem montanhas.

Nebulosidade – O mesmo que cobertura do céu,


registrado da seguinte forma:

CÉU CLARO

CÉU PARCIALMENTE ENCOBERTO


CÉU TOTALMENTE ENCOBERTO

Visibilidade – Para registrar a visibilidade devem ser


escolhidos determinados referenciais que estejam a
distâncias conhecidas. Por exemplo, edifícios,
construções, montanhas, etc. Serão caracterizadas, as
seguintes condições:

B – BOA – Quando os contornos dos referenciais estão


nitidamente delineados.

R – REGULAR – Quando os contornos não se apresentam


nítidos ( embaçamento ), embora permaneçam visíveis.

M – Quando o referencial não é visível ou mal se


consegue delinear os seus contornos.

Ventos – Intensidade – P ara se registrar a intensidade do


vento, devem ser considerados alguns de sus efeitos sobre
certos referenciais:

CALMARIA – A fumaça eleva-se verticalmente. As


ramagens das árvores se movem.
FRACO – O vento é sentido no rosto, as folhas das
árvores se agitam e o cata-vento comum é movimentado.
A velocidade é de 7 a 12 Km/h.

MODERADO – O vento levanta a poeira e papéis


soltos, pequenos galhos das plantas são movidos. A
velocidade atinge de 19 a 26 Km/h.

FORTE- Grandes ramos de árvores são


movimentados, o assobio do vento é ouvido nos fios
elétricos e os guarda- chuvas são abertos com dificuldade.
A velocidade atinge de 36 a 44 Km \h.

MUITO- FORTE- Os ramos das árvores são


quebrados e é quase impossível andar na rua. A
velocidade do vento atinge de 56 a 66 Km/h.

Ventos – Direções - A direção do vento é representado


segundo a orientação de onde ele vem. Sua representação
é conjunta aquela da intensidade.

N NE E SE S
SW W NW N
Sensações – Pessoais - São sensações marcantes
apropriadas a cada indivíduo. Podem ser qualificadas
segundo um vocabulário individual. Ex.: tempo agradável,
tempo abafado, tempo ventoso, tempo chuvoso, etc.

Outros Fenômenos- ( indicar local e hora ) São


observações que não constam da tabela, mas são
importantes para a compreensão da evolução dos tipos de
tempo.

Não se esqueça – Indicar sempre o local da observação.


Indicar a hora da observação, quando
feita fora daquela convencionada.

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