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História do Paraná

Revisão para vestibular 2019/2020


História

Professor Ederson Santos Lima


IFPR
Campus Curitiba
Divisão por períodos

 Período pré-colonial - 7.500 a.C. à 1500 d.C.

 Período colonial – 1500 – 1822

 Período imperial 1822 – 1889

 Período republicano – 1889 - 2018


O Paraná Pré-colonial (7500-1500)

 1 – Sambaquis: conchas, ossos, alimentos...etc....


Cabeza de Vaca e Hans Staden
Tratado de Tordesilhas - 1494
Paraná espanhol:
Ciudad Real del Guayrá
e Villa Rica del Espirito Santo
Bandeirantismo de apresamento
Domingos Jorge Velho
Bandeirantismo paulista
A mineração no litoral do Paraná
O português chega ao Primeiro
Planalto
Tropeirismo I
Tropeirismo II
Paraná Imperial (1822-1889)
 Ciclo da erva-mate
Paraná Imperial (1822-1889)
 Ciclo da erva-mate
Paraná Imperial (1822-1889)
 Ciclo da erva-mate
A emancipação: de 5 comarca à
Província do Paraná
 Revolta Liberal de 1842 – contra o
domínio de Dom Pedro II
 Medo na monarquia carioca

 Após 10 anos de negociata e barganhas políticas (mostra o


funcionamento do Império essa situação), a Quinta
Comarca de São Paulo é elevada a Província do Paraná,
com capital em Curitiba em 1853.
A imigração
 A primeira fase : Alemães em Rio Negro 1829
 A imigração Linista (Lamenha Lins)
 Medo dos quistos étnicos como em Santa Catarina e Rio Grande
do Sul – a solução foi trazer diferentes etnias e misturá-las na
mesma colônia.
 Exemplo: Colombo, Lapa, Araucária, Campo Magro,
 Cinturão verde de Curitiba – para que plantassem
hortaliças para a cidade que começava a se desenvolver.
Ciclo da madeira no Paraná –
começo do século XX
A chegada do café I
 Origem: a expansão da agricultura do Vale do Paraíba em São
Paulo e Rio de Janeiro
A chegada do café II
 Origem: a expansão da agricultura do Vale do Paraíba em São
Paulo e Rio de Janeiro
A chegada do café no Paraná
 Norte pioneiro

 Norte novo

 Norte novíssimo
A chegada do café
 Norte pioneiro
A chegada do café
 Norte novo
A chegada do café
 Norte novo
Geada Negra no Paraná - 1975
Geada Negra no Paraná - 1975
Geada Negra no Paraná - 1975

 Consequências:

 1 – êxodo rural intenso;


 2 – abandono e/ou venda das propriedades rurais;
 3 – aumento gigantesco das periferias urbanas de Curitiba,
Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa;
 4 – aumento das grandes fazendas que acabavam comprando
os pequenos sítios que produziam café;
 5 – durante a Ditadura Militar não havia preocupação com
esses pequenos produtores rurais....
A questão negra no Paraná I

Obra de Jean-Baptiste Debret


A questão negra no Paraná II
A questão negra no Paraná III

Obra de Erbo Stenzel e


Humberto Cozzo
A questão negra no Paraná IV

Antiga seção do Museu Paranaense sobre a presença


negra no Paraná
A questão negra no Paraná IV

Nova seção do Museu Paranaense sobre a presença


negra no Paraná
Greve de 1917 em Curitiba
 Em 9 de julho de 1917, em um ato de passeata, o sapateiro
anarquista José Antônio Martinez foi ferido pela polícia e
faleceu no dia seguinte. A morte de Martinez pode ser
considerada o estopim para a Greve Geral que há anos já se
constituía e fortificava suas bases.

 Com a negociação, os operários conquistaram 20% de


aumento salarial, a promessa de respeito aos direitos
trabalhistas, a não dispensa dos grevistas, libertação dos
presos durante a greve e a fiscalização do trabalho de
menores.
Greve de 1917 em Curitiba
• Greve em solidariedade a São (...)
14.Redução de preços nos gêneros alimentícios.
Paulo (...)
1.Dirigem-se a todos os operários para evitar que19.Higiene nas fábricas.
eles continuem a trabalhar.
20.Reitegração dos grevistas nos seus primitivos
2.Jornada de 8 horas. lugares, uma vez cessada a greve, sob pena de
3.A abolição completa de multas. movimento paredista continuar.
4. Impedimento de crianças menores de 14
anos no trabalho.
(...)
8.Abolição dos trabalhos noturnos, excetuando-se
os necessários, não trabalhando mais de 6 horas.
Fonte: Commercio do Paraná, 18/07/1917.
9.O patrão não pode dispensar os empregados sem
prévio aviso de 18 dias, dando em cada dia, 1 hora
de folga para procurar trabalho.
10.Responsabilidade dos patrões nos
acidentes.
Revoltas de posseiros
 Revolta de Porecatu - 1950

 Revolta de posseiros do Sudoeste do Paraná - 1957


Revolta de Porecatu
 Vargas – Marcha para o Oeste – incentivo para ocupação
das terras – 1943.

 Paraná precisava povoar aquela região: posseiros e colonos


– agricultura de subsistência, plantio do café e criação de
porcos.

 Grileiros e grandes fazendeiros expulsaram os posseiros


e plantaram café, cana de açúcar e criação de gado. Atuavam
junto com jagunços e a polícia na expulsão dos posseiros.
Revolta de Porecatu
Revolta de Porecatu
 O embrião da resistência armada dos camponeses de
Porecatu tem origem na fundação de Ligas Camponesas na
região – instituições formadas inicialmente para legalizar a
posse da terra.
Revolta de Porecatu
 Conflito se encerra em 1951, com intervenção policial do
estado que garantiu a posse de terras aos grandes
proprietários latifundiários e aos novos donos de indústrias
no campo.
Revolta de Porecatu
 Moisés Lupion como governador: ficou mais complicada a
situação dos posseiros da região.
Revolta dos posseiros do sudoeste
 A Colônia Agrícola Nacional General Osório
(CANGO) foi criada em 1943 no sudoeste do Paraná, como
parte da política de expansão agrícola do governo Vargas,
durante o Estado Novo.

 Os posseiros depois de desenvolver a região vão ser atacados


por grande empresas que forjavam documentos falsos...

 Se organizam e defendem as terras até que Lupion, por


pressão concede o título aos pequenos proprietários rurais.
Revolta dos posseiros do Sudoeste
Revolta do Sudoeste
As Permanências Políticas no Paraná
 Terra e poder – sempre caminharam juntos na formação do
Paraná – dá poder político a algumas famílias.

 Primeiro com a erva-mate, depois a exploração da madeira


(como nos casos do Contestado e Porecatu), depois com o
café – o fato é que o poder político sempre esteve presente
em quem tinha mais posses.
As Permanências Políticas no Paraná
 Práticas coronelistas e força do poder político
institucionalizado só garantiram o controle estatal nas mãos
de grupos familiares – o poder político foi monopolizado.

 Poder cristalizado por posses (terra era poder) – primeiro


governador do Paraná a não pertencer a famílias tradicionais
foi Paulo Pimentel em 1965.
As Permanências Políticas no Paraná
• Exemplo 1:
 Família Requião: O Dr. Justiniano de Melo e Silva, publicista
conservador, novamente se elege em situação atípica. Em 1878 foi eleito
também como suplente; em 1882 foi eleito pelo 2º distrito, sendo que
era morador no 1º distrito. Agora retorna à assembleia legislativa, porém,
numa câmara liderada por liberais.
As Permanências Políticas no Paraná
• Exemplo 2:
 Família Miró: entre 1860 e 1880, José Miró de Freitas, que também foi
deputado provincial, tendo grande atuação em Porta Grossa.
As Permanências Políticas no Paraná
• Exemplo 3:
 Família Lupion: Moysés Lupion foi governador do Paraná pela primeira vez
em 1947.
As Permanências Políticas no Paraná
• Exemplo 4:
 Família Camargo: Fábio Camargo é filho e neto de desembargadores do
Tribunal de Justiça do Paraná, membro da tradicional família política
Camargo, atuante na região há mais de dois séculos, parente do atual
Deputado Federal Affonso Alves Camargo Neto, ex-Senador, Ex-Ministro e
neto do Presidente do Paraná, por duas vezes na República Velha, Affonso
Alves Camargo. Antonio de Sá Camargo foi o Visconde de Guarapuava, um
dos símbolos da política paranaense no Império, parente dos outros Camargo
ativos no poder contemporâneo.

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