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A gengivectomia pode ser definida como “a excisão

da parede de tecido mole da bolsa periodontal patológica”. O procedimento


cirúrgico, cujo objetivo
era a eliminação da bolsa, era usualmente associado com a restauração da
forma fisiológica da
gengiva.

Quando a região indicada para a cirurgia estiver adequadamente anestesiada,


as profundidades das bolsas serão identificadas com uma sonda periodontal
convencional. Ao nível do fundo da bolsa, a gengiva é perfurada com a sonda e
um ponto sangrante é produzido na superfície externa
do tecido mole.
As bolsas são sondadas e diversos pontos sangrantes são produzidos
ao redor de cada dente da região.
A seqüência desses pontos demarcará a profundidade das bolsas
na área indicada para o tratamento sendo usada como um guia para a incisão.

A incisão primária pode ser feita com um bisturi ou um gengivótomo de Kirkland


no 15/16, deve ser biselada para proporcionar afilada e festonada da gengiva
remanescente. A incisão biselada é direcionada à base da bolsa ou em um
nível ligeiramente apical em relação à extensão apical do epitélio juncional.

Uma vez que a incisão primária esteja completa nas faces vestibular e lingual
dos dentes, o tecido mole interproximal é separado do periodonto interdental
por meio de uma incisão secundária utilizando-se um gengivótomo de Orban
(no 1 ou 2) ou um gengivótomo de Waerhaug (n o 1 ou 2)
Os tecidos incisados são cuidadosamente removidos por meio de uma cureta
ou raspados. O tecido remanescente é removido com uma cureta ou tesoura.
Pequenas compressas de gaze freqüentemente precisam ser acomodadas nas
áreas interdentais para controlar o sangramento. Quando o campo operatório
está adequadamente preparado, as superfícies radiculares expostas são
cuidadosamente raspadas e alisadas.

Após o debridamento meticuloso, as regiões dentogengivais são novamente


sondadas para detectar alguma bolsa remanescente. O contorno gengival é
verificado e, se necessário, corrigido por meio de gengivótomos ou brocas
diamantadas.

Para a proteção da área incisada durante o período de cicatrização, a


superfície da ferida deve ser coberta por um cimento cirúrgico (Fig. 38.8). O
cimento deve ficar bem adaptado às superfícies vestibular e lingual, bem como
aos espaços interproximais. Deve-se ter o cuidado de não deixar que o cimento
fique muito volumoso, pois, além de desconfortável para o paciente, pode
facilitar o deslocamento do curativo.

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