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FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

RONILSON OLIVEIRA PAULINO

A CONVIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA COM OS TRANSTORNOS


GERADOS PELA COVID-19

ALEGRE
2021
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

RONILSON OLIVEIRA PAULINO

A CONVIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA COM OS TRANSTORNOS


GERADOS PELA COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso apresentando à Faveni


– Faculdade de Venda Nova do Imigrante como requisito
parcial para obtenção do título de Pós-graduado em
Educação à Distância.

ALEGRE
2021
A CONVIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA COM OS TRANSTORNOS
GERADOS PELA COVID-19

Autor1: RONILSON OLIVEIRA PAULINO

Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais.

RESUMO

O Brasil se deparou em 2020 com um grande problema que trouxe rigorosas preocupações para toda a
sociedade e não deixou de ter um envolvimento muito extenso com a questão educacional. A pandemia
gerada pelo Novo Corona Vírus provocou uma suspensão das aulas fazendo com que as atividades
passassem a ser realizadas fora do ambiente escolar reforçando assim o que sempre se apregoou
sobre os benefícios da Educação à Distância. A Educação a Distância se distingue por ser um tipo de
educação na qual se sobressaem as tecnologias de informação e comunicação e possui como uma de
suas especialidades a interação entre educador e aluno. Assim, este trabalho tem como objetivo fazer
uma análise sobre a EaD e sua relação com os obstáculos impostos pela Covid-19 no setor
educacional, uma vez que o isolamento social criou uma obrigação para que se torne cada vez mais
efetiva uma educação fora dos padrões normais. Valendo-se de uma pesquisa qualitativa com base em
autores constantes de uma bibliografia de qualidade foi elaborado o presente estudo. Nele se
pretendeu evidenciar as alternativas para a fase da pandemia no Brasil, uma vez que o sistema de
educação tradicional foi prejudicado em função do isolamento social que se fazia necessário. Neste
sentido, o propósito foi deixar claro que o aluno, embora fisicamente distante da sala de aula em um
período de severo contratempo, pode através do mundo virtual, ter êxito na sua jornada escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Covid-19. Aulas virtuais. Ensino à Distância. Educação .

1 INTRODUÇÃO

Embora as expectativas de que uma epidemia surgida na China não pudesse ser
uma realidade no Brasil a Corona vírus derrotou tais previsões e se espalhou pelo
país e por todo o planeta, alterando de forma radical o comportamento de toda uma
sociedade. A pandemia gerou incontáveis adversidades, especialmente na saúde, na
economia, além de prejudicar sensivelmente o ensino-aprendizagem nas escolas que
tiveram que obedecer ao distanciamento social.

A tecnologia já faz parte do universo educacional desde a década de 60 e em


função de tal realidade esse recurso sempre foi utilizado com sucesso no ensino em
condições normais viabilizando um ensino que beneficiou milhares de alunos que não

1
ronilson_paulino@hotmail.com
possuíam as mínimas condições de se deslocarem para escolas distantes. A
pandemia que se fez presente reforçou a importância do Ensino â Distância dando um
significado especial ao acesso a muitas áreas de atividade, no momento em que a
informática se tornou uma única opção. O EaD permite aos indivíduos o acesso aos
sistemas de informações, assim como consente que sejam eliminas muitas barreiras,
inclusive de aspectos físicos.

É importante salientar que o ano de 2020 foi um marco em que a pandemia não
poupou todo o universo levando a terríveis enfermidades que ceifaram milhões de
vidas. De repente, o Brasil também se viu refém em virtude do inesperado e as
poucas coisas a fazer se limitavam ao isolamento social buscando evitar a
contaminação esmagadora das pessoas em todas as regiões. Em função do
isolamento, houve transtornos em todos os setores e o educacional não ficou sem ser
afetado, uma vez que o ensino público e privado foi obrigado a cancelar de forma
temporária as aulas, atendendo determinações superiores.

Assim, as situações fizeram com que a educação se adaptasse à digitalização


com urgência com ênfase nas redes de ensino, se valendo do uso de vários
aplicativos, redes sociais e isso foi possível por meio da elaboração de ambientes
virtuais de aprendizagem. Passou-se a valorizar ainda mais os métodos virtuais de
ensinar, assim como modos diferentes de aprender. Isso fez parte dos grandes
desafios que se tornaram presença constante a partir da necessidade do isolamento
social e da imposição do desenvolvimento da educação.

Desta forma, os questionamentos se fazem a partir do momento em que há uma


busca em saber: até que ponto a tecnologia pode levar o conhecimento aos alunos na
Educação à Distância? Como conviver com os desafios gerados pela pandemia no
sistema educacional?

O objetivo geral desta pesquisa é discutir a Educação à Distância e os efeitos da


pandemia no sistema educacional se utilizando, durante um longo tempo de
ferramenta que foram disponibilizadas para levar o aprendizado, provocando desafios
constantes no cotidiano dos alunos. Como objetivos específicos buscou-se: descrever
os benefícios comprovados pela EaD; apontar os desafios impostos pelo período da
pandemia no cotidiano escolar, assim como o êxito alcançado por meio da tecnologia
e sua eficácia.

A justificativa para a elaboração deste estudo se fundamenta nos benefícios


proporcionados pela Educação à Distância considerada uma forma de aprendizagem
significativa por meio dos básicos artefatos tecnológicos. Houve considerações sobre
a educação na atualidade com o advento do distanciamento social dando um novo
sentido às aulas on-line. Diante da necessidade de um olhar mais apurado para a
tecnologia reinante e seus recursos disponíveis para o ensino-aprendizagem,
acreditou-se assim que os resultados virão e as dificuldades serão excluídas com o
empenho dos educadores.

2 DESENVOLVIMENTO

O isolamento social, que marcou uma preocupação maior com a pandemia que
assolou todo o mundo, no Brasil teve seu início em 2020 em função de uma situação
emergente no âmbito da saúde, buscando conter as possibilidades de contágios do
vírus que já se apresentava como uma forma de levar milhares de pessoas à morte.
Em situações dessa natureza não existem muitas alternativas e uma delas que
parecia a mais sensata seria optar pelo isolamento social (OLIVEIRA; NASCIMENTO,
2020).

Destaca ainda os autores que no momento em que a vida de todo o planeta se


encontrou instável e temerosa de males de maiores dimensões, as providências se
fizeram urgentes no sentido de conter a pandemia e a sociedade se preparou para
resistir aos seus avanços. Diante de tal fato, sentido, a prioridade passou a ser a
saúde e as nações envolvidas propunham com veemência o isolamento social como
forma de refrear os possíveis contágios para pessoas que poderiam ser afetadas e
propagar o vírus.

Segundo Cortes (2020), o isolamento total tinha como meta manter as pessoas no
interior de suas casas, a exclusão quase completa dos estabelecimentos comerciais e
de alguns serviços que podem ser definidos como imprescindíveis. O isolamento
social, embora de caráter preventivo levou muitos prejuízos aos indivíduos que
aderiram a essa espécie de retiro involuntário, causando questões graves de
ansiedade e de declínio psicológico. Assim, o isolamento foi responsável por uma
grande crise financeira, desemprego e uma preocupação maior com relação à
educação que durante muitas décadas foi dependente da presença do aluno e
professor nas salas de aula.

Domingues (2019, p. 172), assim se posiciona:

A educação é um processo histórico e transitório que sofre alterações no


decorrer do tempo e de acordo com o contexto socioeconômico, sendo
necessário muitas vezes adequar-se às reais necessidades do aluno e do
processo de aprendizagem. Nesse momento de pandemia onde há um
isolamento social em que os alunos estão impedidos de ir até a escola, a
educação a distância torna-se um fator essencial nesse contexto. Assim, o
fechamento das escolas de forma inesperada, culminou em uma migração
temporária do estudo primário e secundário, para o digital.

Os recursos tecnológicos foram acionados, uma vez que seriam necessárias as


providências para que se efetivasse o ensino à distância com o vigor já observado
nas faculdades que levaram aos alunos em locais remotos uma formação de
qualidade. Dessa forma, os órgãos governamentais vinculados à educação optaram
por oferecer uma educação que pudesse proteger os alunos da proximidade do vírus
e para isso foram acionadas as ferramentas tecnológicas disponíveis.

O Ministério da Educação assegura que a educação à distância, entre seus


benefícios o mais importante pelo fato de que docentes e discentes se encontram
apartados fisicamente. Motivado por esse fato é preciso que se tenha uma atenção
especial para a tecnologia que é uma realidade no cotidiano de todos. A EaD obedece
a uma legislação própria e pode ser instituída, tanto na educação básica quanto nos
cursos superiores (CAFARDO, 2020).

Belloni (2020) destaca que na educação à distância, embora educadores e


educandos estejam em locais diversos a educação se processa por meios de
tecnologias de informação. “o diferencial é que a flexibilidade do tempo, com
autonomia para o aluno estudar em qualquer horário é vital para que ele acompanhe
as atividades de forma mais autônoma” (BELLONI, 2020, p.18).

O isolamento social em função da pandemia reforçou o conceito de que a


sociedade das últimas cinco décadas é apontada como dependente de um universo
voltado para a tecnologia, com uma abrangência na maneira de se comunicar, gerar e
incorporar informações aos cidadãos e em especial, à aprendizagem nas escolas.
Tais processos de comunicação passaram a ter um peso incontestável na forma de
ensinar e hoje não se admite viver sem a tecnologia como suporte para que os alunos
assimilem de maneira mais concreta as disciplinas (FERNANDES, 2010).

Na visão de Moran (2020), o individuo aprende a partir de seu interesse e quando


se sente motivado para desenvolver alguns hábitos facilitadores de seu aprendizado,
ou seja, o prazer em estudar é um dos principais pontos do êxito escolar. O processo
de ensino-aprendizagem que se utiliza da informática, além de agradar aos alunos, é
uma forma de o professor transferir seus conhecimentos e se aproximar dos alunos
sejam em aulas presenciais, sejam nos processos remotos, como é o caso mais
recente e função da pandemia.

A tecnologia educacional e seus recursos aplicados, mesmo em condições


adversas e fora da sala de aula, contribuem com novas condições de acesso à
informação e comunicação, ampliando os princípios e elementos e reforçando a
aprendizagem. A tecnologia faz com que alunos se beneficiem de formas visíveis de
acumular seus conhecimentos e estender a todos as formas mais efetivas de
repassar e assimilar o conteúdo por meio de softwares educativos (FERNANDES,
2010).

Fica evidente, segundo Costa (2020), que a tecnologia nas escolas vem de longa
data, porém o ponto culminante foi a evolução que deu origem a internet, acelerando
os processos de educação à distância. Muito tempo se passou e com ele vieram
situações que tornaram vulneráveis as atividades, tanto profissionais quando
educacionais. Uma das situações que mais alteraram a vida do planeta foi, sem
dúvida, a pandemia que se espalhou a partir de 2020, levando pânico a toda
sociedade. As consequências foram inevitáveis e mudanças significativas se
processaram na vida dos estudantes e no processo educacional.

De acordo com Kenski (2020), a finalidade de evitar o contágio que seria


inevitável nas aulas presenciais, as atividades escolares se valeram do sistema online
que, ao lado dos benefícios contabilizaram uma série de dificuldades e apesar de
serem desafiantes também se tornaram essenciais para que os prejuízos
ocasionados pelo distanciamento das aulas presenciais se tornem menos densos.
A questão mais conflitante da escola, professores e pais foi encontrar a melhor
forma para se adotar comportamentos capazes de contornar os obstáculos, uma vez
que não existia nenhuma expectativa sobre a intensidade dessa pandemia que
assolou o planeta. Em vista de tal fato, o ensino remoto, se utilizando da tecnologia
digital, passou a demonstrar a sua relevância no enfrentamento das questões
emergenciais, sob o alerta da limitação no aprendizado do aluno. (KENSKI, 2020).

Para Rocha (2020), a tecnologias sempre foi considerada, desde o advento da


educação à distância, a grande aliada do professor e do aluno na fase em que não
existem aulas presenciais. É comum que grande parte dos professores faça
adaptações nas aulas de posse de recursos que tenham condições de serem
utilizados dentro dos artifícios digitais.

Para isso, tornou-se imperioso que a familiaridade com a tecnologia facilitasse as


aulas à distância e assim obtivessem êxito. Além da tecnologia sem a qual não seria
possível abrandar os efeitos da pandemia na escola, a participação da família é de
grande importância, pois pode incentivar seus filhos e prestar auxílio aos mesmos,
tendo em vista um vínculo que se estende dentro de casa.

No sistema em que não existe o sistema de ensino presencial, o


acompanhamento é feito com o auxílio de aplicativos de comunicação, de
videoconferência e, sobretudo, pelas atividades recebidas. Os educadores, cientes de
suas responsabilidades mais urgentes, trabalham de forma intensa no sentido de
planejar as aulas em configurações digitais e as incorporar a metodologias eficientes.
Por sua vez, os familiares foram obrigados a uma adaptação repentina e além de
suas atribuições cotidianas tiveram uma preocupação extra para acompanhar e
prestar auxílio nas atividades escolares (BORBA, 2021)

Para o autor acima mencionado, as notáveis participações das tecnologias digitais


facilitaram a criação de condições de as mesmas serem utilizadas por educadores o
que capacita o aluno para uma cota maior de informação e recursos. Essa atuação
faz com que os procedimentos educativos se tornem mais dinâmicos e com inovações
com as quais não se contava há tempos. Assim, a tecnologia, desde que bem
aplicada na educação em tempos difíceis e composta de situações recentes, precisa
ser olhada como uma metodologia de ensino eficaz, levando o aluno a interagir com
vários instrumentos voltados para a tecnologia que o leve à promoção de sua
aprendizagem.

Um grande número de professores, no decorrer da pandemia e distante da


possibilidade atual do ensino presencial desacredita da tecnologia desconsiderando-a
um utensílio realmente inovador e em função disso, insistem em sistemas tradicionais
e isso pode representar um recuo pouco benéfico para o aluno nos tempos que estão
vivendo. Argumenta Borba (2021, p. 78): “As tecnologias embasadas em
metodologias ativas podem favorecer o processo de ensino de forma mais eficaz e
autônoma, focando o desenvolvimento humano voltado para a realidade vivenciada”.

Afirma Bacich (2015, p.31):

A maioria dos professores imigrantes digitais que se inseriram no mundo da


tecnologia, tem uma forma de ensinar que nem sempre está em sintonia com o
modo como os nativos aprendem melhor, ou, pelo menos, que lhes desperta
maior interesse. As metodologias utilizadas em sala de aula foram adaptadas
para utilização das tecnologias de forma ativa, assim como a curadoria de
recursos midiáticos que pudessem ser inseridos em suas aulas que fossem de
fácil entendimento para os educandos assim como a linguagem utilizada para a
comunicação a distância.

O conhecimento adquirido à distância que passa pela interferência tecnológica


pode se beneficiar de uma expressiva situação emocional, em muitos casos
superiores às atividades diárias. Isso pode se acrescentado a grupos de
aprendizagens com características de envolvimento social robusto e condições de
aprendizagem semelhantes à comunicação presencial. A realidade que levou a sala
de aula material para o ambiente virtual promoveu mudanças mais expressivas que a
linguagem, modificando a ambientação, conduzindo o aluno ao privilégio
proporcionado pela tecnologia em tempos atuais (QUINTAS- MENDES, 2020).

Para Lima (2018) a educação sempre passou por mudanças radicais em toda sua
existência. Essas alterações se evidenciaram, não somente no sistema de ensino,
mas também na vida do aluno e dos educadores, principalmente no tocante à sua
capacidade de adaptação a novos processos educacionais que tomaram novos rumos
diante de questões diversas. Isso fez com que os professores, diante de processos
recentes, passassem a explorar as condições que levam a expectativas de ensino.

Carias (2019) observa a necessidade de o professor, em qualquer circunstância


urgente ou não, conhecer suas condições de ser mais que o repassador de
conhecimentos e entender que a tecnologia é intensa e uma ferramenta indispensável
no seu cotidiano escolar. É essencial que, independentemente das aulas serem
presenciais ou online, seja criado o ambiente de aprendizagem que facilite o
desenvolvimento social e cognitivo do aluno. O professor deve, acima de tudo, ser o
grande incentivador do aluno com relação à informática, entendendo as novas
tendências da utilização do computador como uma indiscutível ferramenta da
educação.

Para que seja efetiva a educação à distância, as ferramentas tecnológicas em


franca expansão na última década permitem sua utilização pelo aluno com liberdade
para construção do conhecimento, fazendo com que sua aprendizagem seja uma
descoberta. A inserção dos aparatos tecnológicos como ferramenta educadora
acontece ao lado de um questionamento da função da escola. A educação quando se
vale da tecnologia oferece recursos que, dependendo de seu aproveitamento são
responsáveis pelo desenvolvimento de múltiplas atividades com os alunos (CARIAS,
2019).

O uso da informática como ferramenta educacional, de acordo com Ferreira


(2012, p. 129):
Favorece a flexibilidade do pensamento; estimula o desenvolvimento do
raciocínio lógico, pois diante de uma situação-problema é necessário que o aluno
analise os dados apresentados, descubra o que deve ser feito, levante
hipóteses, estabeleça estratégias, selecione dados para a solução, busque
diferentes caminhos para seguir; possibilita ainda o desenvolvimento do foco de
atenção-concentração; favorece a expressão emocional, o prazer com o sucesso
e é um espaço onde a criança/jovem pode demonstrar suas frustrações, raiva,
projeta suas emoções na escolha de produção de textos ou desenhos.

Ressalta Dias (2011) que nos tempos atuais, com questões complexas que
envolvem dificuldades como vírus que se alastra no cotidiano, desinteresse de alunos
e pais por uma educação formadora, a escola não pode continuar com raízes no
padrão jesuítico. Na era digital, professor e família devem se envolver numa
medicação saudável em que processos são norteados pelo próprio aluno. Para que
isso se efetive com convicção, é preciso que o professor passe a acreditar na
autonomia do aluno, dando crédito a suas iniciativas enfatizando que ele é capaz de,
ao se valer da tecnologia existente, enfrentar dificuldades geradas pela ausência das
aulas presenciais.

Para Dias (2011), nenhuma máquina pode ser substitutiva do educador, a partir
do momento em que ele assume que seu desempenho depende da tecnologia. A
educação à distância não suprime a função do professor, mas frutifica a condição de
que o potencial do aluno seja explorado o potencial no processo de ensino-
aprendizagem por intermédio do suporte tecnológico enfatizando que acima de tudo,
a criatividade e interesse devem estar em primeiro lugar.

A EaD como realidade dispensa qualquer tipo de argumento quanto à sua eficácia
como formadora de profissionais capacitado no dia a dia. Em tempos difíceis em que
não se cogitava enfrentar casos angustiantes como a disseminação da Covid- 19 é
indiscutível que as aulas distantes das salas escolares seriam uma opção escolhida
às pressas sem que houvesse conhecimento dos possíveis resultados. Entretanto,
embora os desafios fossem vigorosos, escola e alunos valorizaram os mecanismos
tecnológicos e se dispuseram a dar um alento a uma nova aprendizagem (BISPO,
2020).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação à Distância se tornou uma realidade que trouxe benefícios aos


estudantes de todas as partes do Brasil permitindo que pessoas que jamais tiveram a
expectativa de frequentar uma faculdade pudessem realizar seu sonho. Mais
recentemente, o mundo se viu refém de uma pandemia sem precedentes que exigiu
um isolamento social jamais visto em épocas anteriores que trouxe desacertos para a
sociedade e promoveu inúmeras mudanças, em especial na educação.

Muitas questões se evidenciaram e passaram a ser motivo de preocupação, com


novos conteúdos, exigiu uma atenção maior para Educação à Distância, valores para
o professor, a família mais participativa no processo de ensino-aprendizagem e,
sobretudo, a adoção de tecnologias na educação como uma opção diante da
impossibilidade das aulas presenciais.

Tendo como base uma breve bibliografia, este estudo discutiu a Educação à
Distância e os problemas ocasionados pela pandemia, no que se referem ao universo
educacional, os desafios encontrados e a intervenção da tecnologia. Entendeu-se que
se pode fazer da tecnologia uma parceira, embora dificuldades de efetivação também
existam, mas traz embutidas soluções necessárias de alternativa para o ensino
presencial.
Concluiu-se que mais que nunca, os tempos atuais passaram por severas
alterações em todos os setores sociais, principalmente o educacional afetados pela
pandemia e isso exigiu uma conexão entre superação das dificuldades formadas no
cotidiano, adesão aos proveitos da informática, interesse, conhecimento e
competência dos educadores para que os agravos na educação se tornem menos
preocupantes.

REFERÊNCIAS
BACICH, L. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre:
Penso, 2015.
BELLONI, M. L. O que é Educação em tempos de pandemia. Campinas: Autores
Associados, 2020.
BISPO, D. D. O aluno na era da informática: o estudante desafiador. São Paulo:
Summus, 2020.
BORBA, R. O. A tecnologia enfrentando desafios inimagináveis. São Paulo:
Cortez, 2021.
CAFARDO, R. Educação à distância: dificuldades contornadas. São Paulo: Atlas,
2020.
CARIAS, D. O. A escola na dependência da informática. São Paulo: Ática, 2019.
CORTES, P. Pandemia, isolamento social e educação no Brasil. São Paulo:
Íntegra, 2020.
COSTA, K. Informática em educação escolar: ações em tempos incertos Campinas:
Autores Associados, 2020.
DIAS, A. M. L. O currículo na sala de aula: o uso da informática na educação. São
Paulo: Debate, 2011.
DOMINGUES, R. O. Motivação para aprender: relação com o desempenho de
estudantes. São Paulo: Educacional, 2019
FERNANDES, N. L. O mundo da informática: navegando em busca do
conhecimento. Porto Alegre: Mediação, 2010.
FERREIRA, A. L. D. Informática educativa na educação: riscos e benefícios.
Fortaleza: UFC, 2012.
KENSKI, V. Tecnologias: ensino presencial e a distância. São Paulo: Eduque, 2020.
LIMA, R. T. As mudanças na educação brasileira na fase contemporânea. São
Paulo: Interação, 2018.
MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação tecnológica. São Paulo: Papirus,
2020.
OLIVEIRA, E. R.; NASCIMENTO, C. O. Os novos desafios da educação à
distância no Brasil. São Paulo: Atlas, 2020.
QUINTAS-MENDES, A. Comunicação midiatizada por computador e educação
on-line: da distância à proximidade. Rio de Janeiro: Walk, 2020.
ROCHA, S. A tecnologia em tempo de crise. Campinas: Papirus, 2020.

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