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A Migração Digital

da Educação
A Migração Digital
da Educação
Desafios e Estratégias
para Escolas e Universidades
vencerem com sucesso
a travessia do Coronavírus
E-book: A Migração Digital da Educação

O fechamento das escolas no Brasil deixou


47 milhões de estudantes sem as tradicionais
aulas presenciais. No mundo todo o número está
próximo de 2 bilhões de pessoas nesta condição.

A única estratégia para continuar a educar nossas


crianças, jovens e adultos foi utilizar as
tecnologias da comunicação e da informação
associado às metodologias que estivessem
ao alcance da mão. Operação de emergência.
Autores

João Vianney
Sócio da Hoper Educação
e Doutor em Ciências Humanas

Jeferson Pandolfo
Mestre em Inovação
e Tecnologias Educacionais

Jucimara Roesler
Doutora em Comunicação

Cibele Schuelter
Consultora da Hoper e Mestre
em Relações Internacionais

Raphaela Lupion Gubert


Mestre em Educação.
Consultora Educacional

Angela Cordi
Especialista
em Educação Básica

Lucia Klein
Especialista
em Educação Básica
E-book: A Migração Digital da Educação

Neste e-book você vai encontrar:

Cenário de urgência e ações


de resposta imediata na Educação

A Pandemia tornou o mundo online

Pesquisa mostra os desafios da Migração Digital

Mais do que encontrar respostas, alcançar os objetivos

Como atrair alunos durante e após o Covid-19

A Educação Básica e o ensino remoto:


desafios e oportunidades
Cenário de urgência e ações
de resposta imediata na Educação

Virar a chave da Educação Tradicional e fazer a Migração Digital ou


abandonar por um semestre, um ano ou mais, as crianças e jovens
ao desalento fora da aprendizagem educacional?

Por paradoxal que seja, muitos criaram “férias escolares”, “recesso


antecipado”, sem encarar a boa prática de fazer o máximo
de educação com o mínimo que se tem, até chegarem as novas
linhas de suprimento em tecnologia, conteúdos, metodologia
e treinamento a todos.

A Hoper Educação entende que o compromisso com a educação


provê a energia para vencer os desafios mesmo na adversidade.
Lá se vão dois séculos e quase meio que os antepassados criaram
lógicas educacionais para atender pessoas em condição de isola-
mento geográfico. No início produziram textos de autoinstrução.
E funcionou. De lá pra cá as universidades vieram desenvolvendo
metodologias apropriadas para o ensino-aprendizagem remoto, e
sempre em associação com as tecnologias disponíveis em cada
época.

Vieram os cursos publicados em jornais, depois em fascículos, kits


de práticas provas e tira-dúvidas enviados pelo correio, e se
seguiram o rádio, as interações por telefone, a TV, discos, fitas mag-
néticas, os CDs, CD-ROM, os computadores stand alone e depois em
redes locais, e, por fim as grandes revoluções na virada do 2º para
o 3º milênio: a Internet com a interação cada vez mais fluida,
os Smartphones, a realidade ampliada, e a realidade virtual.
Portanto, se já dava pra fazer – e nossos antepassados assim
o fizeram, faz dois séculos e mais, seria sim possível reagir
de imediato agora na guerra pela educação durante o combate ao
Coronavírus Covid-19.

E, quem teve pegada e denodo, assim o fez. Faculdades, Universida-


des, Escolas Técnicas, Colégios e Escolas que foram à luta saíram em
velocidade da posição de largada em direção ao objetivo maior:
atender e dar suporte aos alunos e professores para realizar
a missão do ensino-aprendizagem.

Uma parcela minoritária largou em vantagem ou por já dominar


a Educação a Distância no Ensino Superior, ou por fazer parte de
alguma Rede ou Sistema de Ensino na Educação Básica, sendo
beneficiado pela tecnologia, inteligência, produção de conteúdos
e de atividades distribuídas a todos.

Porém, para a maioria das Instituições de Ensino Superior de peque-


no e médio porte, e para Escolas Públicas e para as Escolas Privadas
que atuam de maneira independente, a corrida para alcançar
a grande meta de realizar a aprendizagem foi e está sendo muito
difícil. Para este grupo, a boa notícia é que dá tempo, sim, para fazer
os upgrades necessários em tecnologia, conteúdos e preparação
de pessoal com muita economia, utilizando até mesmo uma parte
do arsenal gratuito disponível para encontrar soluções
de aprendizagem online. E a Hoper Educação, que tem “educação
até no nome”, vai promover uma rodada nacional de encontros
online e realizar seminários e capacitações tantas vezes quantas
forem necessárias, onde e como quer que sejam possíveis de se
realizar, para vencer com todos a batalha pela educação no meio
do combate ao Covid-19.

João Vianney
Sócio da Hoper Educação
e Doutor em Ciências Humanas
A Pandemia tornou o mundo online

A pandemia causada pelo Coronavírus e as medidas protetivas com


o isolamento social tornaram o mundo obrigatoriamente online.

As mais diferentes organizações estão mobilizando uma série


de ações para manter o relacionamento com seus clientes
e fornecedores de maneira remota, além de solidarizar-se com
a emergência do momento, incentivando as pessoas a ficarem em
casa. E, rapidamente, disponibilizando seus produtos e serviços
muitas vezes de maneira gratuita pela simples necessidade de um
compartilhar de todos com todos, na busca de uma saída que
somente será possível pela cooperação.

O inimigo único é o Covid-19. Para a educação, entre risco


e oportunidade, a saída estratégica pela própria reinvenção,
condição única para sobreviver às transformações.

A educação vive desde a década de 1990 uma transição de práticas


tradicionais para práticas online. Em apenas 30 anos, milhões
de alunos em todo o mundo já estão imersos na continuidade
dos seus estudos acessando aulas e atividades online.

Os professores, que até então preservavam práticas tradicionais


estão tendo que dominar tecnologias digitais para "ministrar suas
aulas" de maneira remota, a decisão veio em boa hora: a reinvenção
da sala de aula. Não é fato novo que o professor se depara com
urgências, como afirmou Perrenoud em 2001. Para ele, a urgência
refere-se à necessidade de compreender a dinâmica de um sistema
complexo, no qual o professor tem que agir, tomar decisões e fazer
encaminhamentos, cujos resultados são marcados por incertezas.

É possível não somente manter o calendário acadêmico de 2020,


mas também possibilitar que seus agentes docentes, discentes
técnico-administrativos e gestores, todos envolvidos no processo
de ensino-aprendizagem que vivenciem novas experiências em um
contexto Migração Digital.

O propósito da Hoper é o de apoiar as instituições de ensino na


entrada forçada – mas definitiva, no universo da educação online. É
necessário desenvolver novas competências, adquirir habilidades
e manejo pra as tecnologias e metodologias requeridas para uma
Educação 4.0.

Jucimara Roesler
Doutora em Comunicação

Jeferson Pandolfo
Mestre em Inovação
e Tecnologias Educacionais
Pesquisa mostra os desafios
da Migração Digital

Durante a terceira semana de Migração Digital da Educação Básica e


da Educação Superior no país a Hoper realizou um levantamento
com Escolas e Faculdades para localizar os temas que afetam as
organizações.

As principais dúvidas ou inseguranças pairam sobre como será


a Educação após o Coronavírus. A pesquisa mostrou uma coleção
de temas onde são necessárias operações emergenciais para redu-
zir custos, conseguir conteúdos e tecnologias gratuitos,
e, principalmente, para apoiar os professores neste grande desafio:

Acessibilidade de conteúdos online.


Atividades de aprendizagem online para séries iniciais.
Banco de questões com padrões de qualidade para cada nível.
Capacitação/ Formação de equipes multidisciplinares
para educação online.
Cenário da educação pós-Coronavírus.
Como definir a quantidade ideal de conteúdos
e atividades online?
Curadoria e seleção de conteúdos gratuitos / REAs.
Engajamento e motivação dos estudantes
na aprendizagem online.
Estratégias para divulgação dos cursos e captação de alunos.
Ferramentas tecnológicas gratuitas e/ou
de baixo custo para aprendizagem online.
Gestão da comunicação no processo de aprendizagem online.
Metodologias ativas na aprendizagem online.
Papel da família no apoio aos estudantes.
Planejamento, gestão e transformação digital.
Produção de conteúdos escritos e audiovisuais
para aprendizagem online.
Tecnologias e ferramentas para o ensino
e aprendizagem online.
Tutoria e monitoria na sala de aula virtual.

É interessante observar que mesmo assuntos que há muito tempo


estavam ausentes da pauta, como apoiar pais e mães em regime
de recolhimento social e que estão tendo que dar suporte à forma-
ção escolar de crianças do Fundamental I e Fundamental II, voltam
em cena.

Cabe às instituições a melhor gestão de crise, buscando recursos


formativos, humanos e tecnológicos que não só garantirão
a perenidade como a colocarão em posição de destaque no cenário
educacional.

Este é um daqueles momentos que ficarão marcados na história.


As grandes crises abrem caminho para mudanças e inovações
que, se bem administradas, colocam as pessoas e instituições em
patamares superiores aos vivenciados anteriormente.

Jucimara Roesler
Doutora em Comunicação

Jeferson Pandolfo
Mestre em Inovação
e Tecnologias Educacionais
Mais do que encontrar respostas,
alcançar os objetivos

Os objetivos desta grande operação de apoio às Escola e Colégios


da Educação Básica, e de dar apoio ao Ensino Superior estão
intrinsecamente voltados a preparar as instituições e seus membros
para liderar a Educação Digital após o Covid-19.

O mundo sai diferente do Covid-19, da mesma maneira como se


transformou em todos os grandes momentos de tensão
e de tragédias, seja por guerras, acidentes de grande monta, ruptu-
ras tecnológicas, revoluções sociais, ou crises sanitárias profundas.

A Educação Online já se mostra presente em outros países como


intrínseca à Educação Básica, com vantagens em aprendizagem.
Desde 2012, nos Estados Unidos, as Escolas da Educação Básica
mudaram seus procedimentos.

Foi quando uma pesquisa do Departamento de Educação


do Governo Federal mostrou que o uso combinado de educação tra-
dicional com educação online produzia resultados de aprendizagem
superiores. Não há como a educação brasileira voltar ao
Pré-Convid-19. O fim do recolhimento social virá acompanhado da
entrada em um mundo no qual os fundamentos da educação online
e das tecnologias estará vincado de diferentes maneiras eficazes
nos processos de aprendizagem. Métricas de distribuição de conte-
údos e atividades para a aprendizagem online, além de processos
envolvendo a escolha de tecnologias e ferramentas para o ensino
e aprendizagem online também são aspectos importantes para
garantir que a sala de aula esteja sempre disponível aos alunos.
Na gestão dos processos as instituições precisarão conhecer
tecnologias para que seus serviços e processos estejam também
disponíveis de maneira remota, como dispor de atendimento
aos alunos e captar novos alunos são estratégias que precisam
ser colocadas em prática. A gestão precisa de uma nova dinâmica.

Como são essenciais novas competências para o ensinar online, são


necessárias novas estratégias de comunicação para tornar as aulas
mais diretas e eficazes, bem como sistemas de atendimento e apoio
aos alunos; pois é fundamental manter os alunos engajados e moti-
vados neste processo.

Para que o professor tenha condições de preparar materiais didáti-


cos para a aprendizagem online é necessário investir na formação
em metodologias ativas, técnicas para o desenvolvimento de
materiais escritos e audiovisuais, acesso ao universo de conteúdos
prontos e que podem ser utilizados sem custos e aperfeiçoamento
da didática para incorporar tudo isso na sala de aula online.

Avaliar e aferir se os estudantes estão progredindo no percurso


da aprendizagem também são temas importantes a serem
considerados, surgindo assim a urgência em criação de atividades
e questões avaliativas para ambientes online.

Além disso, conteúdos acessíveis às diferentes necessidades


de educação inclusiva para garantir a aprendizagem a todo
o universo de alunos são indissociáveis nesse cenário.

Jucimara Roesler
Doutora em Comunicação

Jeferson Pandolfo
Mestre em Inovação
e Tecnologias Educacionais
Como atrair novos alunos durante
e após o Covid-19

Veja três posturas que sua Instituição deve adotar para reduzir im-
pacto da migração digital na captação de alunos. Se a gestão dos
processos de captação de alunos já era complexa no cenário regular,
em tempos de pandemia sofreu ainda mais impactos. No entanto,
os vários cases de sucesso nos dão um indicativo de como agir para
não romper por completo com a captação.

Este é o momento em que a disruptura aponta um caminho muito


claro: o mercado de trabalho tem espaço para pessoas que
conseguem rapidamente se reinventar e absorver mudanças,
desenvolvendo novas competências e habilidades.

Significa que a educação é a bola da vez, e o ensino regular precisa


ocupar seu espaço neste cenário. Por isso indicamos três condutas
que podem ajudar a Instituição de ensino neste desafio:

1 - Faça a migração e documente a experiência:

Só podemos falar em captação de alunos para Instituições que


conseguiram superar os desafios de levar a presencialidade para
o universo online.

Este momento deve ser acompanhado pelas equipes comerciais e de


marketing de maneira a dar suporte e desenvolver estratégias para
engajar a comunidade acadêmica.

Antes de novos alunos, é preciso reunir forças para construir


o sucesso de cada aluno e cada professor no processo, além de dar
segurança aos pais. Este movimento será a melhor estrutura para
novas vendas logo adiante.
2 - Reestruture a equipe comercial para inside sales:

A realização de vendas sem atuação externa já é uma realidade de


muitos segmentos. Os segmentos que aderiram ao inside sales não
apenas relatam a redução de custos, como a maior produtividade
dos vendedores.

No ensino isso não é diferente. Perceba que inside sales não


é telemarketing. Os conceitos são diversos. Não se trata
de insistência ou roteiros prontos, mas de uma venda consultiva e
empática com o futuro aluno, que pode gerar muito mais conversão.

3 - Use estratégia no catálogo de oferta com uma política


comercial consistente:

Este momento não serve para experiências e nem para


agressividade em vendas. É hora de plantar para colher lá na frente.
Julho é um mês tradicionalmente de menor captação, então
aproveite isso para duas diretrizes básicas.

Primeiro, ofertar apenas cursos que tenham chance de formação de


turmas. Não é hora de experimentos ou de lançar cursos de baixa
demanda. E considerando o cenário, uma política comercial forte
e atrativa encontrará melhor aderência agora do que nunca. Tenha
valores especiais de desconto sem burocracia considerando
a pandemia. A instituição de educação só tem a ganhar.

O momento é de adequação, mas também de evolução. Velhas


práticas e processos complexos não encontrarão espaço nem agora
e nem no retorno às atividades. Porque as pessoas estarão obrigato-
riamente mais digitais e mais sensíveis ao uso da tecnologia como
forma de facilitar suas vidas.

A captação de alunos pode sofrer um revés positivo neste processo.


Depende das opções de agora.

Cibele Schuelter
Mestre em Relações Internacionais
A Educação Básica e o ensino remoto:
desafios e oportunidades

Iniciamos o ano letivo de 2020 plenos de expectativas para


a Educação Básica no Brasil, com foco na implementação da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental e preparativos para sua implementação no Ensino
Médio em 2021. No entanto, o que era receio se confirmou: um vírus
nos colocou em isolamento social, obrigando-nos a adotar novas
e muitas vezes desconhecidas rotinas de vida, de trabalho
e de relacionamentos.

No esforço para conter o aumento de pessoas com a Covid-19 as


portas das nossas escolas também se fecharam e toda a organização
do trabalho escolar, dos professores e alunos teve que ser revista da
noite para o dia. Precisamos cuidar da saúde dos nossos alunos, mas
precisamos também cuidar da continuidade dos seus estudos e do
seu desenvolvimento. O que fazer? Há uma imprecisão sobre
o período em que as escolas deverão permanecer fechadas e o
desafio é agir nessa dúvida e na necessidade de continuar o proces-
so de ensino e aprendizagem iniciado de maneira presencial e agora
interrompido para que se minimize as perdas dos alunos com
a suspensão de atividades.

Tudo tem que ser repensado: carga horária, objetos de


conhecimento e, principalmente, a metodologia de ensino agora
remoto e subsidiado por recursos tecnológicos que nem todos nós
dominamos. E mais: pensar o que faremos quando as portas de
nossas escolas se reabrirem e nossos alunos invadirem, felizmente,
todos os espaços delas com suas vozes, risos, expectativas
e aprendizagens realizadas durante o período do isolamento social.
Ninguém voltará igual ao último dia de aula presencial e será preciso
fazer um reconhecimento do ponto em que estará cada aluno
e planejar intervenções distintas para cada nível de aprendizagem.
Nesse período de ensino remoto os professores precisaram reinven-
tar sua forma de planejar aulas e intervenções pedagógicas e lidar
com a tecnologia digital para a qual nem todos estavam preparados.
Eles também enfrentam os desafios do seu próprio isolamento
social. Alguns estão vivendo sozinhos, o que nem sempre é fácil.
Outros tem responsabilidades com a família, afazeres domésticos,
animais de estimação e reorganização da própria casa como novo
local de trabalho muitas vezes compartilhado com o cônjuge e filhos
estudantes. E quanto aos nossos alunos os impactos podem ser
diferentes mas não menores. Temos que reconhecer que, para
muitos deles, o espaço escolar é onde passam a maior parte do dia,
onde encontram pessoas e constroem relações que não conseguem
realizar em outros espaços.

Para os alunos, a escola é o lugar privilegiado para o desenvolvi-


mento de suas competências socioemocionais. É onde, sob a orien-
tação de seus educadores, aprendem a se relacionar com outras
pessoas, a conviver com as diferenças, trabalhar de maneira
cooperativa, a expor suas ideias, sentimentos e argumentos. Onde
constroem a resiliência necessária para encarar os desafios da vida.

Os alunos aprendem com os professores, mas aprendem muito


entre si. A educação, direito humano, necessita da interação humana
para se realizar. Durante o isolamento social o vínculo necessário
ao desenvolvimento integral dos alunos está impactado. Os profes-
sores e as escolas precisam se esforçar muito para manter esse vín-
culo e continuar sendo a referência que alunos e suas famílias
buscam num momento tão delicado como este que vivemos.

O isolamento social propicia que as famílias fortaleçam seus


vínculos pelo convívio mais próximo e aumentado em tempo, mas
as condições de isolamento também acarretam estresse para os
familiares na tentativa de organizar simultaneamente a vida
familiar e profissional, além de acompanhar o trabalho escolar dos
filhos com interesse e dedicação. As famílias também precisam
aprender a reorganizar o tempo e locais de estudo e trabalho com
flexibilidade.
Precisam que a escola e os professores colaborem com orientações
sobre a organização do acompanhamento dos estudantes em suas
casas. Por todos esses desafios é que as escolas precisam, com
urgência, não apenas mudar mas inovar as estratégias e recursos de
ensino e aprendizagem. Se olharmos atentamente veremos que os
alunos já mudaram o seu modo de interagir com o conhecimento.
Mas, o que significa promover a inovação no trabalho pedagógico?
Que novos conceitos suportam essa inovação? Quais metodologias
e recursos são necessários para esse momento e os próximos que
virão quando os alunos voltarem para as suas escolas? Como
conduzir o processo de ensino e aprendizagem de maneira inovado-
ra? Como acompanhar a aprendizagem realizada por nossos alunos
para lhes dar o suporte necessário para a sua melhoria?

Sabemos já que o impacto da tecnologia nas relações pessoais,


sociais e econômicas é irreversível. A todo momento somos obriga-
dos a adaptar nossas vidas às transformações presentes nesta era
da informação e do conhecimento que evoluciona em ritmo acelera-
do. A educação, portanto, é diretamente impactada por este novo
cenário tecnológico que lhe solicita inovação permanente. Essa é
uma mudança estrutural, que não depende apenas do acesso às tec-
nologias de informação e comunicação, aos equipamentos de
última geração pelos alunos e professores ou à melhor conexão
à internet. Essas condições só vão se consolidar e gerar resultados
qualitativos e efetivos se conectadas a práticas pedagógicas
focadas na inovação nas salas de aula e no ecossistema de cada
escola.

As tecnologias educacionais permitem a personalização da experi-


ência educativa, atendendo alunos nos seus diferentes ritmos,
necessidades e formas de aprendizagem. Colaboram para a concre-
tização da avaliação formativa ajudando no monitoramento do
trabalho dos alunos pelos professores e na devolutiva que garante
a efetiva aprendizagem deles. Este é um daqueles momentos que
são divisores de água na história da humanidade.. e da escola.
Vamos olhar para ele, lá na frente, como uma crise que abriu novas
oportunidades para nossas vidas, o mundo do trabalho e a vida na
escola. De fato, a escola não poderá ser a mesma quando vencermos
essa pandemia.
O fim do recolhimento social marcará o início de um novo tempo,
a entrada em um período no qual os fundamentos da educação
conectada e o uso das tecnologias estará definitivamente vinculado
aos processos de ensino e aprendizagem. Novas formas
de organização didática e estratégias para a aprendizagem online,
novos processos alinhados com tecnologias e ferramentas digitais
para o ensino e aprendizagem permitirão que a escola e a sala
de aula estejam sempre abertas para os alunos. Poderemos, enfim,
oferecer melhores possibilidades para uma educação integral, como
apregoa o art. 205 da Constituição Federal. Uma educação que
promova o desenvolvimento de habilidades e competências para
enfrentar os novos desafios que a vida apresentará a todos: alunos,
professores e famílias. E que não se reduzem a aspectos vinculados
às descontinuidades tecnológicas. O híbrido será a marca dessa
nova maneira de ensinar e aprender e ressignificará o sentido da
escola e da sala de aula. E tomara que assim seja para todos os
alunos brasileiros.
Sim, a educação mudará porque ela é um processo vivo que se dá na
relação humana. As máquinas e tecnologias não substituirão os pro-
fessores - como já sabemos há bom tempo - mas nós saberemos
fazer melhor uso de tudo que já inventamos na esfera tecnológica
confirmando a importância dos recursos digitais como meios de
ensino e aprendizagem. Porque tudo é tão novo e inesperado
precisamos encontrar alternativas e estratégias para garantir
a continuidade do processo de educação escolar das crianças
e jovens. E essa necessidade nos propõe muitos desafios mas
também, incontáveis possibilidades que podemos descobrir
e construir juntos. Sairemos dessa condição como entramos: juntos.
Mas sairemos todos muito melhores!

Raphaela Lupion Gubert Angela Cordi


Mestre em Educação. Especialista
Consultora Educacional em Educação Básica

Lucia Klein
Especialista
em Educação Básica
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