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PRÓ-REITORIA DE ENSINO

DIRETORIA DE ENSINO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DO PIAUÍ – CAMPUS PIRIPIRI
CURSO TECNÓLOGO EM DESIGN DE MODA
PROJETO INTEGRADOR I

TÍTULO: BARREIRAS PARA A PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA


MODA PLUS SIZE NA CIDADE DE PIRIPI/PI

AMANDA BATISTA DIAS

ANA JACIELE GOMES MENDES

MARIA DO CARMO LIMA DA SILVA

NAYANE LUISA DA COSTA BEZERRA

ORIENTADOR(A): LONNE RIBEIRO ARAÚJO

PIRIPIRI – PI

DEZEMBRO, 2021
TÍTULO: BARREIRAS PARA A PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA
MODA PLUS SIZE NA CIDADE DE PIRIPI/PI

ORIENTADOR(A): LONNE RIBEIRO ARAÚJO 1


Amanda Batista Dias2
Ana Jaciele Gomes Mendes3
Maria do Carmo Lima da Silva4
Nayane Luisa da Costa Bezerra5

Resumo
Neste artigo, é possível perceber as dificuldades pela visão do empreendedor em relação
a moda plus size, em específico na cidade de Piripiri-PI. Reuniu-se respostas através de
análise de questionários, artigos e outros materiais, afirmando então que, mesmo que
1

Amanda Batista Dias: Técnica em Informática/ Escola Estadual de Ensino Profissionalizante Manoel Mano,
Graduanda em Tecnologia de Design de Moda/ Instituto Federal do Piauí – Campus Piripiri

Ana Jaciele Gomes Mendes: Graduanda em Tecnologia de Design de Moda/ Instituto Federal do Piauí – Campus
Piripiri

Nayane Luisa da Costa Ribeiro: Tecnóloga em Serviços Jurídicos Cartorários e Notariais/ Universidade Norte do
Paraná – UNOPAR, Graduanda em Tecnologia de Design de Moda/ Instituto Federal do Piauí – Campus Piripiri

Maria do Carmo Lima da Silva: Graduanda em Tecnologia de Design de Moda/ Instituto Federal do Piauí –
Campus Piripiri

2
Professora Orientadora: Lonne Ribeiro Araújo: Pedagoga, Designer de Moda, Esp. Em Gestão de
Negócios da Moda, Mestre em Educação/UFPI, Profa no Instituto Federal do Piauí/IFPI Área: Produção
Industrial/ Design de Moda, Coordenadora do Curso de Vestuário
3

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uma categoria de mercado continue crescendo em todo o país, para se tornar uma
oportunidade de negócio, ela precisa primeiro de um público-alvo claramente definido.
Levando em consideração seus desejos, vontades e necessidades, isso o levará a comprar
uma determinada mercadoria. Dessa forma, o presente estudo verificou a expansão do
segmento de moda plus size nos últimos anos no Brasil, apresentando informações que
diz respeito aos anseios do empreendedor no nicho "fashion". Pautado pelo cenário
brasileiro, o tema trás consigo, também, conceitos e características do termo plus size.
Popularizado nos Estados Unidos, na década de 90, com a divulgação em revistas
internacionais, ficou assim conhecido. Surgiu no interior das indústrias de moda para
classificar manequins acima da numeração 44. Por consequência, as medidas grandes
formaram um obstáculo no que tange à sociedade, e se torna uma discussão presente até
os dias atuais. Focando na cidade em questão, fez se um levantamento de dados
estatísticos sobre o público estudado. A metodologia voltada para este documento, se
caracteriza a partir de uma pesquisa qualitativa, uma vez que teve como propósito gerar
conhecimentos novos.

Palavras-chave: plus size; moda; empreendedor

Abstract
In this article, it is possible to see the difficulties from the entrepreneur's viewpoint in relation to plus
size fashion, specifically in the city of Piripiri-PI. Responses were gathered through analysis of
questionnaires, articles and other materials, thus stating that, even if a market category continues to
grow across the country, to become a business opportunity, it first needs a clearly defined target
audience. . Taking into account your desires, wants and needs, this will lead you to buy a certain
item. Thus, this study verified the expansion of the plus size fashion segment in recent years in Brazil,
presenting information regarding the entrepreneur's desires in the "fashion" niche. Based on the
Brazilian scene, the theme also brings with it concepts and characteristics of the term plus size.
Popularized in the United States, in the 90s, with its disclosure in international magazines, it became
known as such. It emerged within the fashion industries to classify models above the number 44.
Consequently, large measures formed an obstacle with regard to society, and it has become a
current discussion. Focusing on the city in question, a survey of statistical data on the studied public.
The methodology used in this document is characterized by qualitative research, as it aimed to
generate new knowledge

Keywords: plus size; fashion; entrepreneur


1 Introdução
Com base nos dados coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 21 de outubro de 2020, 60,3% dos
brasileiros com 18 anos ou mais (96 milhões de pessoas), estavam acima do peso em 2019, e
que, desse mesmo grupo, 41,2 milhões de pessoas (25,9% da população) estavam obesos,
confirmando a frequência dessa característica em uma a cada quatro pessoas no Brasil. Sendo
assim, fazendo um comparativo com os resultados de 2003, fica comprovado um aumento da
proporção de obesos na fase adulta no país, que saiu de 12,2% para 26,8%, bem como a
proporção de pessoas com excesso de peso, a qual subiu de 43,3% para 61,7% da população.

Nesse viés, impulsionado pelo crescente número de pessoas com sobrepeso no


Brasil e considerando o processo de democratização da moda, evidenciado desde o ano
2000, vários segmentos que até então não tinham sido explorados, passaram a ter mais
atenção das empresas de confecção do vestuário, cabendo o destaque para a Moda Plus
Size (tamanhos grandes) ou moda GG.

Atualmente a moda Plus Size se apresenta como um importante segmento para


economia do país, já que, em acordo com a Associação Brasileira do Vestuário
(ABRAVEST), esse setor movimenta anualmente no Brasil cerca de R$ 4,5 bilhões, o que
corresponde a 5 % do faturamento do setor de vestuário e tem por objetivo atender à
demanda de consumo das pessoas que usam roupas acima do tamanho 44, mais altas que a
média, com pernas e braços mais grossos, bustos maiores, ou seja, pessoas que estão fora
do padrão estabelecidos pela Indústria. (BETTI, 2014).

Porém, enfatizando nessa investigação o público plus size feminino, é insuficiente


que se apresente apenas as medidas maiores que o padrão como principal característica
dessas consumidoras, pois são mulheres que também valorizam a aquisição de produtos de
moda da mesma forma que outros consumidores (MENG, 2007 apud SOUSA; MELO,
2018). Isso significa que essa usuária não pretende apenas vestir uma roupa no seu
manequim, mas sim ressaltar seu estilo, sendo relevante também considerar a necessidade
de valorização das formas do corpo através de peças que tragam informações de moda e
tendência, além de comunicarem seu estilo de vida.

No entanto, apesar desse segmento ter ganho um destaque maior nos últimos anos
e estar evoluindo, informações extraídas do relatório da Associação Brasil Plus Size
(ABPS, 2018), apontam para uma lacuna existente na indústria alusiva à confecção/oferta
de artigos do vestuário e que o potencial desse mercado ainda não vem sendo explorado
adequadamente, ao passo que as empresas, na sua grande maioria, continuam oferecendo
opções de peças limitadas em design e orientados pelas noções tradicionais de adequação
nos corpos de tamanhos maiores.

Assim, diante dos fatos supracitados corroborarem com as observações feitas


pelas pesquisadoras no mercado de moda da região e da necessidade de direcionar a
investigação de maneira objetiva, tem-se como questão central de pesquisa: Quais fatores
impedem a produção e comercialização de moda plus size por parte da indústria de
confecção na cidade de Piripiri? Em virtude dessa problemática, este estudo tem como
objetivo geral: Identificar os fatores impeditivos na produção e comercialização da moda
plus size por parte da indústria de confecção na cidade de Piripiri. Para subsidiar o alcance
do objetivo geral, fixaram-se alguns objetivos específicos: a) definir conceitos e
características da moda plus size; b) coletar dados sobre a atuação da indústria de
confecção no segmento de moda plus size no mercado nacional e da cidade de Piripiri; c)
Promover um encontro de discussão com empresários com foco nas dificuldades
encontradas diante da produção e comercialização de moda plus size.

Como resultado, pretende-se abrir um espaço para exposição dos reais obstáculos
enfrentados pelas empresas de confecção diante do desenvolvimento da moda plus size na
cidade de Piripiri, favorecendo o surgimento de possíveis alternativas que visem a solução
desses problemas.

2 Moda Plus size: definições e características


No início dos anos 2000, a moda adquire um caráter de diversidade, assim como de
reprodução, criatividade e inspiração, tanto em aspectos históricos como em movimentos
sociais, dando espaço para uma moda criada para a realidade, transpondo essa referência para
as passarelas, interligando culturas e criando diálogo através de elementos identitários
presentes na roupa. Somados a isso, a globalização do mercado, a modernização dos
processos produtivos na indústria e uma consequente efemeridade planeada na moda, surge
um espaço para inserção de novos temas, como a sustentabilidade e a inclusão no
desenvolvimento de produtos nesse mercado.
Diante desse processo de transformação na moda, é correto afirmar que, numa
perspectiva de contemporaneidade, sempre vamos encontrar na roupa uma narrativa ou uma
história, que explica o sentido e valores que são instituídos a ela no processo de criação e que
por sua vez, dão voz à evolução, aos estados emocionais e, principalmente ao corpo do
indivíduo que veste essa roupa.
Para tanto, Le Breton 2007, afirma que através do corpo as pessoas se relacionam com
o mundo, em qualquer tempo, espaço e cultura, sendo ele, uma construção social e cultural, da
qual se originam os sentidos da sociedade, além do que, na complementação de Sant’Anna,
1995, o corpo abriga uma realidade multifacetada, capaz de representar a forma como uma
sociedade concebe, ou deixa de conceber determinado tipo de estrutura física.
Assim, enveredando pela opinião do autores, apontamos para consequência da
construção multidimensional de um padrão de corpo estabelecido na sociedade
contemporânea, reforçado constantemente pela indústria da moda, ao passo que esta é, por
natureza, “desassossegada”, e está sempre à procura da “descartabilidade anunciada”, sendo
também vista como “forte aliada do consumo” uma vez que a moda é associada a cultura do
lazer, do entretenimento, revestindo o ato de consumir de razões positivas ligadas ao
“conforto, bem-estar, prazer individual e culto do corpo.” (Cidreira, 2005, p. 71)
Para Holbrook (2000), os consumidores sempre desejaram as mesmas coisas, mas
agora eles, os pensadores de marketing, é que passaram a reconhecer que os consumidores
buscam sentimentos, sensações e experiências. Os aspectos experienciais vistos de modo
subjetivo foram inicialmente divididos em: fantasia, sentimentos e diversão, mais tarde
passando para uma visão mais complexa, com os seguintes aspectos: experiência,
entretenimento, exibicionismo e evangelização. Assim, os consumidores passaram a vivenciar
essas novas sensações e se tornaram mais exigentes quanto ao consumo.

Nesse cenário, destacamos a moda plus size (plus = maior e size = tamanho), a qual
teve origem nos Estados Unidos e que, no segmento feminino, enquadra um grupo de
mulheres que vestem acima de 44, as quais, segundo Zanette, 2013, atualmente são
consumidoras que tem “um estilo próprio e autêntico”, mas são confrontadas com a
inacessibilidade da moda massificada vendida em todas as lojas, já que dificilmente
encontram peças disponíveis em tamanhos maiores.
Assim, é percebida uma lacuna no mercado de moda plus size, que raramente aparece
em espaços consagrados da moda, como os desfiles do São Paulo Fashion Week, a mais
famosa semana de moda brasileira, realizada na cidade de São Paulo duas vezes por ano,
revelando um posicionamento marginalizado do segmento plus size em relação à moda
convencional.
É como se os tamanhos grandes não fossem parte da moda “de verdade”, e sim uma
pequena fatia do mercado destinada a produzir roupas para pessoas que não cabem nos
tamanhos comuns - não apenas as acima do peso, mas também, mulheres muito altas, com
muito busto, braços muito grandes, medidas grandes em um contexto geral.

Dessa forma tem-se uma grande dificuldade do mercado, para as entrevistas, em


compreender que elas querem usar o modelo que as marcas vendem para os manequim magro.
Existe a vontade de estar na moda, ou seja, acompanhar o padrão estético do vestuário, mas
adaptando ao seu corpo. "Fechar a marca só para o Plus site é visto como negativo. Seria legal
usar um mesmo modelo para todos os tamanhos, e não separar", como afirma Juliana Romano

Nesse segmento, observamos que as consumidoras não possuem o interesse de entrar


em lojas especializadas no segmento Plus size, mas sim em encontrar seu tamanho em
qualquer loja.na verdade até o próprio termo plus size as incomoda. Não gostam dessa
diferenciação. Segundo a estilista Marília Liberal, em entrevista “uma parte é meio falsa de se
assumir como gordinha e feliz, mas vejo essa transição de padrões de uma forma positiva,
mas o que quero é ver como normal, por exemplo, uma gorda em uma capa de revista, e não
como se fosse coisa de outro mundo”.

Contudo, mesmo diante do exposto, é notória a mudança no cenário, visto que, o


mercado de moda plus size vem crescendo a cada ano, ganhando maior visibilidade, em
desfiles, mercado, consumo, anúncios publicitários, sendo este um aspecto relevante,
observado nas discussões a seguir que versam sobre a análise do mercado plus size sob a ótica
da indústria confecção e da comercialização do produto de moda.

3 O mercado de moda Plus Size na perspectiva da indústria de produção.

Em estudo, o Brasil segue como o 4° maior produtor na área de vestuário mundial


além, de atuar no ranking da empregabilidade como o 2° maior empregador da indústria de
transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos), segundo a Abit
(Associação Brasileira da Indústria Têxtil de Confecção) em dados de agosto deste ano.
Dados estes, que permitem salientar a relevância em potencial do mercado de moda brasileiro,
abrindo caminho para o segmento que é abordado neste artigo: a moda Plus Size.

O mercado de moda Plus Size, focado em peças de tamanhos grandes, apresentou


crescimento de 21% nos últimos 3 anos, conforme dados da Associação Brasileira do
Vestuário (ABRAVEST) em janeiro de 2021. Com a influência da internet e das mídias
sociais este ramo, tem ganho visibilidade e vem sendo palco para novas discussões acerca
desta temática.

Em contrapartida, no país, o campo ainda é pouco explorado pelos empreendedores


de negócios de moda e na maioria das vezes estes, apresentam ideias distorcidas da realidade,
não atendendo a demanda de quem deseja consumir. “O que o mercado plus size brasileiro
evidencia com a precariedade nos serviços em grande parte das marcas é a impregnação de
noções negativas a respeito do corpo gordo” (AIRES,2019).

Além da insuficiência de marcas específicas neste âmbito, devido a imposição e


preferência estética da sociedade pelos tamanhos padrões do 36 ao 44, observa-se uma
limitação desde o processo produtivo até o direcionamento publicitário para que o produto
consiga chegar a este público. Um exemplo disso, foi a experiência de mercado da marca que
atende o grupo All Size, " Fala". Tendo como criadoras Luciana Cestino e Alline Fregner, que
em entrevista para a revistas "Elle Brasil", elencaram como fatores impeditivos para a
construção de peças em tamanhos maiores: a falta de profissionais capacitados, instrumentos
que auxiliam na criação de modelagem. E estes ainda atrelado ao custo unitário da
mercadoria.

4 A moda plus size na cidade de Piripiri/ PI


  O mercado de moda plus size está cada vez mais diversificado, agora está na moda ser
quem se é, assumir a identidade e o corpo que se tem. Mulheres com curvas e maiores podem
também vestir as roupas que sempre sonharam e ter seu próprio estilo. Cada vez mais há espaço
nesse nicho de mercado, ressaltamos que, a moda plus size não tem o objetivo de disfarçar o
excesso de peso, mas de valorizar partes do corpo. De acordo com a pesquisa realizada pelo Sebrae
em 22/08/2013, foi constatada que são faturados anualmente mais de R$ 22 milhões, gerando
aproximadamente 600 empregos e mão de obra movimentada por 72% por mulheres. Destes
colaboradores 68% tem idade entre 26 e 35 anos.
Esse indústria de confecção é somado por inúmeros profissionais, dentre eles estão
estilistas, vendedores, operadores de máquinas, cortadores, modelistas, embaladores, gerentes,
cronometrista, Serviços gerais, bordadores, designers, artesãos, e vários outros, gerando maior
oportunidades de emprego e renda para a cidade de Piripiri.

O município é destaque na área de moda íntima. Segundo o portal "Cidade Verde", Piripiri é
referência como polo de confecção. Apresentando marcas que dispõe de uma variedade de setores,
desde a linha infantil até a melhor idade ( + 65 anos). Estudando a localidade em questão,
considerando a moda plus size, o setor ainda está "engatinhando", mesmo com a existência de
público que anseia estes artigos.

4 METODOLOGIA

Esse estudo, se caracteriza através de uma pesquisa básica, uma vez que teve como
propósito gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática
prevista e que envolve verdades e interesses universais (MATIAS, 2016). No que se refere ao
objetivo, o estudo se classifica como descritivo, considerando que, a partir de Rodrigues,
2007, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem
interferência do pesquisador
Seguindo por uma abordagem qualitativa, a pesquisa se propõe a conhecer com mais
profundidade o comportamento e opinião do público investigado interpretando, discutindo e
correlacionando dados obtidos por meio de entrevista semiestruturada, feita por telefone e/ou
presencialmente, contemplando 10 (dez) perguntas ligadas à áreas financeiras, marketing e
qualificação profissional, feitas com três empresários que atuam no segmento de confecção de
artigos do vestuário na cidade de Piripiri/PI, na intenção de identificar os principais desafios
na produção e comercialização da moda plus size na região.

5 RESULTADOS

Compreendeu-se com as informações obtidas através da pesquisa, que o segmento


de moda plus size na cidade de Piripiri é um setor estagnado. Visto que, constatou-se um
perfil de consumidora sem muitas referências ou aspirações
Além da falta de inclusão de números maiores que a pontuação 50 em suas tabelas
de medidas percebeu-se também, a dificuldade na obtenção de peças e aviamentos
adequados.

Mais adiante, foi possível citar, do mesmo modo, a questão em relação a custo de
produção da peça. Sendo ele proporcional ao tamanho a ser produzido.

Ademais dos pontos supracitados identificou-se, pouco investimento pela visão dos
empreendedores e entraves na realização de material publicitário condizente.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo expôs pela lente do empreendedor que, mesmo que uma
categoria de mercado esteja em crescimento e ascensão a nível nacional, esta para tornar-se
em oportunidade de negócio precisa sobretudo de um público alvo bem definido. Levando
em consideração seus anseios, desejos e necessidades que, o conduzem a adquirir
determinada mercadoria. Além das barreiras já citadas, que são encontradas na aquisição de
insumos utilizados no processo produtivo dos artigos de vestuário.

No que se trata dos materiais e do método utilizado para o desenvolvimento desta


pesquisa, entendeu-se que, estes, não sanaram todas as arestas que a temática apresenta.
Abrindo caminhos para que a questão seja continuada e referência para investigações
futuras acerca deste mesmo assunto.

Em contrapartida, foi possível classificar que não há obstáculos que impeçam a


produção de peças com elementos de estilo presentes em produtos de numeração padrão,
para produtos de numerações maiores.

Diante do que foi exposto, nota-se que, com o objetivo de exercitar melhor o
estudo descrito, inferiu-se a possibilidade de viabilizar um encontro entre empreendedores
piripirienses e outros profissionais da área com o propósito de discutir os entraves citados,
além disto, gerar contribuições para a resolução dos mesmos.
7 REFERÊNCIAS
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http://www.google.com.br/books/edition/De_GORDA_a_PLUS_SIZE/PPSrDwAAQBAJ?
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SCUSSEL, Fernanda Cardoso; DELLAGNELO, Eloíse Helena Livramento. Peso do


Discurso: A Representação da Mulher Plus Size em Campanhas Publicitárias de Lingerie
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12, n. 26 (2019). Acesso em: 01/12/2021

BETTI, Marcella Uceda. Beleza sem medidas? Corpo, gênero e consumo no mercado de
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FASHION BUBBLES. A Moda e o seu Potencial de Mercado. Disponível em:


https://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/a-moda-e-o-seu-potencial-de-mercado/.
Acesso em: 14/11/2021

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em:http://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17359/1/TCC%20Taysa
%20Maria.pdf. Acesso em: 29/11/2021
ELLE, Qual é a dificuldade em incluir o Plus Size na Moda Responsável? Disponível
em: https://elle.com.br/moda/plus-size-e-slow-fashion. Acesso em: 29/11/2021

AIRES, Aliana Barbosa. De gorda a plus size: a moda do tamanho grande. Barueri, SP:
Estação das Letras e Cores, 2019. Acesso em: 05/11/2021

SEBRAE, Conheça o Potencial de Mercado da Moda Plus Size. 2021. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/moda-plus-size-explore-este-nicho-
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SILVA, Natália Magalhães. O consumidor plus size como um novo padrão estético na
moda contemporânea. São Paulo: ECA- USP, 2012. Acesso em 11/12/2021

Moda “Só para Maiores”: Experiência de Consumo de Pessoas Obesas em Lojas


Especializadas de Vestuário Plus Size. Revista Administração em Diálogo, vol. 20, núm.
3, pp. 110-123, 2018. Acesso em: 05/11/2021
CIDADE VERDE, Estudo Revela Dados Sobre o Polo de Confecção de Piripiri.2013.
Disponível em: https://cidadeverde.com/piripiri/53210/estudo-revela dados-sobre-o-polo-
de-confeccao-de-piripirihttps://cidadeverde.com/piripiri/53210/estudo-revela-dados-sobre-
o-polo-de-confeccao-de-piripiri. Acesso em: 12/12/2021

8 APÊNDICES
Questionário elaborado com base na pesquisa bibliográfica alusiva às dificuldades de
produção e comercialização do produto de moda plus size, diante da qual destacam-se os
aspectos seguintes:

• Falta de personalização de itens de moda (tendências); falta de variedade e


estilo.
• Não investem no desenvolvimento de linhas e/ou tamanhos mais variados e que
atendam em estilo, qualidade e variedade de modelos.
• Preconceitos e estereótipos, na medida que espaços (físicos ou virtuais) de
representações dos corpos gordos não são vistos com naturalidade por muitos,
que acabam reforçando os preconceitos e estereótipos, não compreendendo que
pessoas com diferentes corpos também em todas as suas formas de
comunicação.
• A falta de matéria-prima (insumos).
• Dificuldade no desenvolvimento de modelagens, conseguir cortes e caimentos
que valorizem e não simplesmente escondam o corpo.
• Falta de conhecimento sobre o perfil do público diante da carência de pesquisas
que mostrem qual a demanda real das consumidoras plus size da região,
impedindo que as empresas atendam suas verdadeiras necessidades ao
consumir um produto de moda.
• Falta de capacitação, treinamento, qualificação dos profissionais envolvidos no
processo de desenvolvimento.

PERGUNTAS NORTEADORAS
PUBLICO- ALVO: EMPRESÁRIO QUE ATUA NA ÁREA DE CONFECÇÃO
MODA

1-Quais os tamanhos plus size produzidos por sua empresa?

2- Pode descrever um pouco o perfil do seu público?

3-Você poderia relacionar quais são seus principais concorrentes nesse segmento
de mercado?

4- Na sua concepção, o mercado de moda plus size está em crescimento ou não


avança suficientemente de forma a estimular maiores investimentos por parte da
empresa?

5-As vendas dessas peças trazem lucros para de forma significativa,


intermediária ou representam prejuízos para empresa? (Considerando a venda
das peças de tamanho padrão).

6-Relato das principais dificuldades em relação à produção dessa grade no que


diz respeito aos seguintes pontos:
a) Estrutura física (tamanho da mesa de corte, máquina de estampar).

b) Qualificação/treinamento do prototipista. (Desenvolvimento de peças com


corte e caimento para valorização das curvas)

c) Custo da produção (o tempo de produção é maior? A quantidade de tecido?


Considera o custo mais alto?)

d) Fornecedores da matéria-prima/insumos para confecção (ex: aro de sutiã,


bojo)

e) Adaptar os materiais, as tendências de moda, os elementos de estilo


presentes na coleção de tamanho padrão para as peças plus size.

7- Existe um Mix de produtos direcionados? Como exemplo: jovem, feminino,


masculino, infantil, casual, festa, fitness, etc.

8- Como é feita a exposição/divulgação dessas peças?


Se o conceito da coleção, as Vitrines e a divulgação/comunicação, sempre são
indissociáveis ou se destacam do que é projetado para a coleção de tamanho
padrão)

9- Como você percebe a atualmente consumidora de moda plus size da região?


Além de se vestir, quais são seus, suas necessidades, o que ela realmente está em
busca ao consumir produtos de moda, ou seja, quais as respostas emocionais,
comportamentais e sociais elas querem obter através dessa experiência de consumo.

10- O que sua empresa faz ou poderia fazer para atender melhor esse
público?
Sobre as etapas de planejamento da coleção, estratégias de Marketing e divulgação,
mais pesquisas e investimentos, etc.

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