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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

JORNALISMO

THAÍS PEIXOTO XAVIER

O USO DO INSTAGRAM COMO FORMA DE DIVULGAÇÃO DE


PEQUENOS EMPREENDIMENTOS

Recife
2020
THAÍS PEIXOTO XAVIER

O USO DO INSTAGRAM COMO FORMA DE DIVULGAÇÃO DE


PEQUENOS EMPREENDIMENTOS

Projeto de Pesquisa apresentado como


requisito à conclusão do curso de
graduação em Jornalismo pelo Centro
Universitário Maurício de Nassau

Professor orientador: Prof. Gabriel


Marquim

RECIFE
2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
1.2 Justificativa 7
1.3 Objetivos 7
1.3.1 Objetivo geral 7
1.3.1 Objetivos específicos 7
1.4 Problema 7
1.4 Hipóteses 8

Referencial Teórico 9
2.1 Lojas virtuais como negócios sociais 9
2.2 Agregações de conteúdos de valor aos negócios 10
2.3 O uso de hashtags para maior engajamento 10
2.4 Agregações de conteúdos de valor para negócios 11
2.5 Fotografia como forma de divulgação 12

Metodologia 13
3.1 Universo da Pesquisa 13
3.2 Procedimento de coleta e análise de dados 13
3.3 Limites e limitações da pesquisa 14
3.3.1 Limites 14
3.3.2 Limitações 14
Cronograma 15

Orçamento 15
5.1 Recursos Materiais 15
5.2 Recursos Humanos 15

Considerações finais 16

Referências bibliográficas 17
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1. INTRODUÇÃO

O conceito de empreendedorismo tem sido repercutido de maneira afinca no Brasil e


no mundo. No caso específico do Brasil, a falta de perspectiva nos processos convencionais
de ganho de renda implica na abertura de pequenos negócios como forma de solucionar
adversidades. As tentativas de estabilidade econômica e dos processos de globalização
fomentaram ânsias de mudança e, por isso, o empreendedorismo se tornou um alicerce na
propagação de novas perspectivas. A popularidade do termo empreendedorismo foi bastante
observada justamente pela necessidade dos grandes empreendedores na diminuição de custos,
o que fez promover uma demissão em massa no final da década de 1990. Uma das
consequências imediatas desse processo foi o aumento do índice de desemprego. Sem
alternativas, os ex-funcionários começaram a criar novos negócios, mesmo sem experiência
no ramo. Essa conjunção de fatores promoveu ao tema um destaque a respeito do
empreendedorismo no país, evidenciando a criação do programa Brasil empreendedor do
Governo Federal, instituído em 1999. A visão inicial era capacitar mais de um milhão de
empreendedores brasileiros na elaboração de planos de negócios. Dados publicados pelo
Sebrae em 2005 no Boletim Estatístico de Micro e Pequenas Empresas mostram que o
número de empresas entre 1996 e 2002 evoluiu cerca de 55,8%, passando a participação
percentual no total de empresas de 93,2% em 1996 para 93,6% em 2002. (DORNELAS, José
Carlos Assis. Empreendedorismo. Elsevier Brasil, 2008.)
O economista austríaco Joseph A. Schumpeter, no livro “Capitalismo, socialismo e
democracia”, publicado em 1942, associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico. De
acordo com ele, o sistema capitalista tem elencado de maneira afinca o desenvolvimento de
novos processos criativos, junto a novos métodos de produção e, consequentemente, deturpar
o velho em favorecimento do novo. Mesmo com todos os benefícios referenciados ao
processo de empreender, a característica mais marcante neste ato era a burocracia em
conjunto com a falta de investimento. O empreendedor, de maneira inevitável, necessitava se
preocupar com todos os mecanismos de abertura de um espaço físico: conta de água, luz,
promoção de entregas, entre outros.
Em contrapartida, esses mecanismos tornaram-se menos impactantes mediante
evolução da internet, com destaque ao Instagram. A rede social foi lançada oficialmente em
2010, desenvolvido pelo americano Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger, que fizeram
primeiro protótipo do aplicativo em um mês e meio. 2 As redes sociais, em evidência ao
nstagram, permitiram que esses processos não permanecessem apenas no cenário físico do
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negócio. No final de 2015, quando a publicidade foi oficialmente introduzida na rede,


diversas empresas aproveitaram a audiência para procurar consumidores em potencial, além
de reduzir custos operacionais. De acordo com o Relatório de Empresa de Pesquisa de
Mercado eMarketer, mais de três quartos das empresas americanas com 100 funcionários ou
mais estão realmente incorporando o essa rede social às estratégias de promoção de vendas.
O Instagram é a plataforma que mais ascende no mundo. De acordo com o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE são publicadas cerca de 95
milhões de fotos e vídeos todos os dias e geradas em média 4,2 bilhões de curtidas por dia. A
faixa etária predominante dos perfis está entre 18 e 34 anos e o gênero feminino compõe 53%
do total de contas existentes na plataforma. (SEBRAE ALAGOAS, 2019, p. 1). Diante disso,
é evidente que a utilização desta interface digital pode auxiliar na tarefa de alcançar clientes
em potencial.
Mediante a abertura de novas possibilidades do empreendedorismo, a utilização do
Instagram de maneira estratégica promoveu diferentes propostas para as pequenas empresas
se destacarem. A exemplo, o desenvolvimento de lojas virtuais, que se tornou um marco para
quem quer empreender, mas não tem alto capital para investimento. Perpendicular a esse novo
modelo de divulgação de negócios pelo Instagram, o Ecommerce (ou Comércio Eletrônico)
surgiu como um modelo de comércio que se utiliza da internet como mecanismo de
propagação e finalização da compra. Em 2018, as redes sociais foram responsáveis por 21%
das vendas do Ecommerce. As vendas no Instagram representaram 59% desse número.
(Ecommerce na Prática, 2019).
Perante os processos de divulgação de produtos, o comércio eletrônico, além de ser
uma realidade mais cômoda de venda com a atribuição do delivery, acarreta diminuição de
custo nos processos, e permite que o consumidor tenha o serviço disponível de maneira
integral. Pelo Instagram permitir a utilização de atributos diferenciados, como a função
Stories e a promoção de vídeos, a plataforma se torna uma grande fonte de engajamento e de
ganho de clientes. De acordo com o Relatório de Empresa de Pesquisa de Mercado eMarketer,
mais de três quartos das empresas americanas com 100 funcionários ou mais estão
incorporaram o essa rede social às estratégias de promoção de vendas.
Visando tais ideais, estar imerso no meio digital permite que o produto alcance a
maior quantidade de consumidores, mas é necessário que seja feito da maneira correta. Para
proporcionar destaque a qualquer negócio, o olhar criativo na divulgação se tornou um viés
primordial. Com isso, o presente trabalho tem o ideal de elencar visões estratégicas para
divulgação de produtos em lojas virtuais no Instagram, além de demonstrar quais são os
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pontos principais para conseguir vender online, como utilizar de criação de conteúdo de
atração e de valor, além de repassar ideais que auxiliem maior envolvimento com o público,
para, assim, ser assertivo na propagação do negócio. Ademais, serão promovidos
aprendizados sobre a plataforma, ideais de organização e estratégias criativas que promovam
maior visibilidade para a marca.
Em um mundo altamente tecnológico, as pessoas anseiam por um
envolvimento profundo. Quanto mais sociais somos, mais queremos coisas feitas
sob medida para nós. Respaldados pela análise de big data (coleta, processamento e
análise de megadados), os produtos tornam-se mais personalizados e os serviços,
mais pessoais. Na economia digital, o segredo é alavancar esses paradoxos.
(KOTLER, Philipi. 2016, p.11)

É fundamental entender a visão dos consumidores sob a marca, sendo necessário


avaliar o caminho do consumidor na era digital. O consumidor precisa, antes de tudo, se sentir
incluído em ideais da marca, perceber que é levado em consideração nesse processo e, assim,
sentir-se à vontade para ter um produto desse empreendimento.
A competição no meio digital e a quantidade excessiva de informações ditam que a
marca precisa se destacar. Anteriormente, o preço era o ponto chave para a compra de
qualquer produto. Porém, novos fatores elencam os pontos determinantes para as vendas,
principalmente na era digital. No âmbito organizacional, a forma de fazer negócios se altera,
necessitando que a empresa se reinvente e altere alguns padrões. Compreender os processos
do empreendedorismo contemporâneo é de suma importância para os que almejam bons
resultados em lojas virtuais. A presente monografia visa evidenciar articulações claras para
maior engajamento nas vendas pelo Instagram, além de demonstrar como a mídia social pode
ser utilizada como ferramenta de marketing.
9

1.2 JUSTIFICATIVA

Em congruência à ascensão das lojas virtuais, se faz essencial por parte dos
pequenos empreendedores o conhecimento das tendências desse mercado pelo
Instagram. O estudo tem como objetivo auxiliar esses profissionais a garantir maior
abrangência nesse meio, permitindo bons resultados com clientes e maior índice de
vendas. A importância se embasa, ainda, no perpasse de ideais organizativos,
vislumbrando pontos que demarquem identidade visual, com a intenção de promover
ascensão da marca em meio aos demais empreendimentos.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral:


Analisar as estratégias de comunicação digital tocadas por pequenas empresas,
visando referenciar os processos que mais impactam no campo de vendas virtuais de
moda.

1.3.2 Objetivos específicos:


 Identificar como funciona o processo de criação de conteúdo para essas marcas,
verificando quais temas são pertinentes para fidelidade de compra entre
cliente/negócio;
 Referenciar a responsabilidade atrelada à gestão de redes, com o intuito de promover
maior impacto na relação entre compra/venda;
 Analisar os fatores que resultam maior interação entre cliente/negócio;
 Avaliar que recursos de segmentação de público são utilizados pelas marcas;
 Promover estudos voltados ao público-alvo, buscando entender quais são as
preferências e necessidades de acordo com o nicho referenciado;

1.4 PROBLEMA

A utilização do campo digital como plataforma de vendas proporcionou inovações


nas formas de divulgação para pequenos empreendimentos, e, de maneira
consequente, acarretou problemas na identificação do público-alvo referido. A
defasagem de entendimento das preferências, tendências e necessidades dos clientes
eleva a incapacidade de consolidação da imagem da marca, assim como a reputação e
os processos que promovem o local eficaz do empreendimento no mercado.
Em concomitante, a proliferação de dificuldades na criação de conteúdo que engaje
esse nicho também se demonstrou pertinente nas práticas diárias. Perante isso, faz-se
necessário avaliar como a falta de conhecimento do pequeno empreendedor sobre os
melhores processos de divulgação promove menor índice de vendas, baixo alcance de
público e como dificulta a relação entre cliente/negócio.

A transição do campo físico para o virtual acarreta uma falta de experiência no


processo de vendas online, promovendo desconhecimento de mecanismos básicos de
divulgação, que determinam com propriedade se o consumidor irá acatar
satisfatoriamente a decisão de compra. Ademais, tais erros afetam o destaque do
negócio na rede social, pois a dificuldade em determinar uma identidade visual sem
conhecimento ocasiona desinteresse dos consumidores em potencial.
O Instagram é a vitrine do negócio no campo virtual. A inexperiência em organizar
feed e stories deflagra ao cliente baixa reputação e, facilmente, o produto recebe
desinteresse de conhecimento, além de perpassar a imagem de defasado.
Consequentemente, o processo de indicação não ocorre, fazendo com que a loja se
torne cada vez menos interessante ao público.
O atendimento e o diálogo utilizado também interferem na venda do produto. Se o
cliente não se sente acolhido pela marca, tanto no processo de postagens como no de
manutenção de relacionamento pessoal, a compra não é realizada. Esse aspecto se
instaura de maneira evidente na problemática desses pequenos empreendedores, pois
sem estudo e entendimento desses processos, não existe êxito. A monografia visa
indicar e demonstrar quais são os direcionamentos que os empreendedores podem
utilizar para garantir maior impacto do produto.
1.5 HIPÓTESES
A forma como a divulgação e a relação entre cliente/negócio se proliferam
determinam como o engajamento de vendas será promovido de forma contínua. De maneira
explícita, o estudo visa delimitar quais as formas mais cabíveis de divulgação – buscando
gerar vínculos, promover experiências e gerar correlações afetivas – além de promover por
meio de estudos quais são as melhores formas de gerar conteúdo que agregue valor ao
público-alvo, retirando, assim, o foco em apenas vender.
O monografia pretende comparar, viabilizar e demonstrar quais os erros existentes
no processo de divulgação, demonstrando quais as melhores formas de se auto
promover por meio de artes, e perpassando o feed como uma vitrine de vendas para
servir de exposição. O intuito do estudo é indicar as formas mais evidentes de
atratividade, padrão e coerência de conteúdo com o produto do negócio. O intuito é
perpassar que, proliferando imagem, reputação e análise de estratégias promovem
bons resultados administrativos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 LOJAS VIRTUAIS COMO NEGÓCIOS SOCIAIS

Com a ascensão afinca de grandes marcas, a necessidade de compra tanto no


meio físico, como no digital, perpassou por mudanças. As exigências dos
consumidores moldaram-se pelas marcas propulsoras em cada ramo. Com a ascensão
das lojas virtuais, o consumidor divergiu a linha de pensamento que condicionava a
compra em grandes marcas, além de perceber em pequenos empreendimentos o que se
era visto em marcas referência: qualidade. Porém, com diferenças: agregação de valor
e preço acessível.
A forma que a loja virtual será vista pelos consumidores é de grande
importância, gerando correlação entre preço, qualidade, atendimento e mudanças
sociais. As qualidades necessitam se definir com propriedade, determinando quais são
os pontos mais evidentes assim que o consumidor visualiza a “vitrine digital.”
De acordo com o conceito de Kotler (2000), o negócio social é uma referência
do posicionamento para os negócios:

O posicionamento no segmento-alvo pode ser definido de várias maneiras. A


empresa pode ser posicionada como “um herói para os pobres” ou como uma
empresa que “ensina a pescar, e não dar o peixe”. A mensagem principal é a mesma:
um negócio social ajuda as pessoas a melhorarem de vida, oferecendo produtos a
preços acessíveis e oportunidade de geração de venda. (KOTLER, 2000).

A revolução trazida pelas lojas virtuais consagrou espaço na atualidade,


promovendo maior preferência dos consumidores. Produtores locais, artesãos e
vendedores de roupas que antes se divulgavam apenas por indicação, conseguem se
auto promover de maneira gratuita e interativa por meio do Instagram. Dessa forma,
tais empreendedores conseguem propagar a esfera de negócio, se destacando pelo
preço, atendimento, além de se tornar um alicerce na melhoria de vida da comunidade
envolta.
10

2.2 AGREGAÇÕES DE CONTEÚDOS DE VALOR PARA OS NEGÓCIOS

Anterior a utilização das mídias como propagadoras de negócios, o foco entre


as vendas físicas era o bom atendimento, boa qualidade e consequentemente, a
fidelização do cliente. Com as novas formas perpassadas pelos meio digitais, os
clientes não procuram apenas pelo produto, e sim pela experiência trazida no processo
de compra. No Instagram, a atenção é facilmente perdida pelo volume de informações,
e se manter em destaque é um fator determinante no processo. O cliente não se
interessa apenas no produto, e sim na experiência que ele promove. Com esse viés, o
ideal de que os Instagrans de pequenos empreendedores podem trazer conteúdos que
resolva problemas, perpasse dicas e auxilie a comunidade é de grande importância
para a marca.
De acordo com Cláudio Torres (2010), um dos possíveis erros dos donos de
negócios está atrelado à falta de conhecimento do nicho envolvido:
O marketing nas mídias sociais envolve basicamente relacionamento com seus
clientes através da Internet. Esqueça a publicidade. Um dos grandes erros das
empresas nas mídias sociais é querer fazer propaganda de seus produtos e serviços
sem ao menos criar relacionamento com seu público. (TORRES, 2010).

Os pequenos empreendedores, atrelados a necessidade de venda e a falta de tempo,


não conseguem entender tais premissas e acabam não alcançando a quantidade de vendas
almejada. O público precisa ser monitorado de maneira efetiva, sendo necessário estudar a
agenda em comum entre empresas e consumidores. Contar a história da marca, de maneira
progressiva e recorrente, pode trazer mais fidelização de público, gerando confiança no
processo de compra. A venda, tão importante nas lojas virtuais, não pode ser tratada apenas
como um meio lucrativo do negócio, e sim, como uma experiência, qualificando um
fortalecimento da marca em meio à concorrência. O destaque é primordial, podendo surgir em
forma de conteúdos engraçados, informativos, com conhecimentos gerais e com assuntos em
comum ao produto oferecido.

2.3 O USO DE HASHTAGS PARA MAIOR ENGAJAMENTO

Em concomitante às tendências e organizações no Instagram, o uso de hashtags


se tornou referência na procura por produtos ou serviços. O uso correto desse recurso
viabiliza maior abrangência de clientes, além de ser gratuito. A defasagem na
utilização inviabiliza as
11

determinações pela qual esse recurso foi criado, fazendo com que possíveis clientes não
encontrem o produto. Ao delimitar um nicho pelas subjacentes referentes, o negócio é
facilmente achado, além de ter a possibilidade de realizar uma venda por meio dessa
exposição.
Segundo Fernanda Costa-Moura, as hashtags não auxiliam apenas na
divulgação do produto, e sim, promovem uma vertente específica para encontrar o que
se almeja:

As hashtags são usadas ainda para marcar mensagens individuais como pertencente
a um grupo específico, ou marcar as mensagens como relevantes para determinados
tópicos ou assuntos. Funcionam também como balizas para que os usuários
encontrem e sigam (se filiem à cadeia) ou articulem listas de contatos ou apoios
públicos com outros usuários de interesses semelhantes. (MOURA, 2014).

O entendimento da importância desse recurso propaga maior alcance para o


negócio, evidenciando a descoberta de variados empreendimentos mais facilmente. É
de suma importância o conhecimento de variados processos existentes no Instagram,
para que o negócio consiga atingir uma quantidade significativa de pessoas. A
funcionalidade desse mecanismo deve ser posta tanto na biografia da rede social,
quanto na área dos comentários. O estudo indicará publicações realizadas com a
utilização desse recurso, e sem a utilização, para acarretar evidências concretas e
datadas.

2.4 AGREGAÇÕES DE CONTEÚDOS DE VALOR PARA OS NEGÓCIOS

Anterior a utilização das mídias como propagadoras de negócios, o foco entre


as vendas físicas era o bom atendimento, boa qualidade e consequentemente, a
fidelização do cliente. Com as novas formas perpassadas pelos meio digitais, os
clientes não procuram apenas pelo produto, e sim pela experiência trazida no processo
de compra. No Instagram, a atenção é facilmente perdida pelo volume de informações,
e se manter em destaque é um fator determinante no processo. O cliente não se
interessa apenas no produto, e sim na experiência que ele promove. Com esse viés, o
ideal de que os Instagrans de pequenos empreendedores podem trazer conteúdos que
resolva problemas, perpasse dicas e auxilie a comunidade é de grande importância
para a marca.
De acordo com Cláudio Torres (2010), um dos possíveis erros dos donos de
negócios está atrelado à falta de conhecimento do nicho envolvido:
12

O marketing nas mídias sociais envolve basicamente relacionamento com seus


clientes através da Internet. Esqueça a publicidade. Um dos grandes erros das
empresas nas mídias sociais é querer fazer propaganda de seus produtos e serviços
sem ao menos criar relacionamento com seu público. (TORRES, 2010).

Os pequenos empreendedores, atrelados a necessidade de venda e a falta de tempo,


não conseguem entender tais premissas e acabam não alcançando a quantidade de vendas
almejada. O público precisa ser monitorado de maneira efetiva, sendo necessário estudar a
agenda em comum entre empresas e consumidores. Contar a história da marca, de maneira
progressiva e recorrente, pode trazer mais fidelização de público, gerando confiança no
processo de compra. A venda, tão importante nas lojas virtuais, não pode ser tratada apenas
como um meio lucrativo do negócio, e sim, como uma experiência, qualificando um
fortalecimento da marca em meio à concorrência. O destaque é primordial, podendo surgir em
forma de conteúdos engraçados, informativos, com conhecimentos gerais e com assuntos em
comum ao produto oferecido.

2.5 FOTOGRAFIA COMO FORMA DE DIVULGAÇÃO

Com a ascensão das lojas virtuais no Instagram, o feed e os stories promovem a


padronização da marca, tornando-se a nova vitrine de divulgação. No meio virtual, o campo
visual é importante para condicionar os clientes a um padrão eficaz, tornando-os parte de uma
comunidade de vendas. O enfoque em fotografias que vendem necessita se adequar aos
formatos corretos da plataforma, buscando maior impacto para o negócio.
Com o advento da era pós-fotográfica (SANTAELLA, 2005), o conceito clássico de
fotografia vem sofrendo forte impacto, sobretudo pela expansão das telas eletrônicas, que
perpassam um novo tipo de imagem, configurada como digital. Utilizando desse novo
método, as organizações tornam-se mais eficazes, além de permitirem maior alcance público.
Com base nas discussões incitadas por Aline Lisboa e Gustavo Freire (2014), as visões
da fotografia no contexto digital perpassaram por mutações:

A fotografia digital e sua hibridação visual despertam questionamentos e


promovem redefinições no tocante à concepção da moldura, como limite do
plano fotográfico. Novas poéticas da arte-mídia trazem em sua composição
anamorfoses, imbricamentos, autorreferencialidades e tantas outras características,
que denotam numa múltipla convergência de conteúdos, os quais necessitam
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adaptarem-se aos mais diversos formatos dos atuais dispositivos tecnológicos.


(SARTI, 1988, p. 35).

De acordo com a utilização desses mecanismos digitais, a atenção que o produto deve
perpassar ao cliente deve ser impactante e eficaz. Deve corresponder a recursos chamativos,
que permitam impor ao cliente as qualidades da mercadoria, as especificidades, exclusividade
e diferenciação dos demais concorrentes. A forma de postagem dessas mercadorias precisa
seguir um padrão entre os diversos recursos do Instagram, para, assim, garantir maior
agregação de valor entre produto-cliente.

3. METODOLOGIA

3.1 UNIVERSO DA PESQUISA

Com o referencial bibliográfico demarcado nos problemas de pequenos empreendedores


na divulgação de produtos pelo Instagram, a produção da revista evidenciará mecanismos para
promover a organização nesse processo. O recorte estará nas principais dificuldades, nas
soluções possíveis e as maneiras de abordagem que promovem maior impacto e engajamento
tanto da comunicação com o cliente, como no enfoque da linhagem que promove mais
alcance na rede social.
O recorte viabilizará, ainda, vivências de pequenos empreendedores no processo de
divulgação anterior a contratação de um profissional qualificado, buscando provocar
entendimento da necessidade desse serviço. Ademais, evidenciará pesquisas que demonstrem
a preferência dos clientes nas formas de divulgação de um produto, além de entender quais os
mecanismos promovem maior alcance do público.

3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS

O estudo utilizará artigos e livros que evidenciam abordagens confiáveis, além da


utilização de sites, blogs e Instagrans que promovem conteúdos desse nicho. Para conseguir
maior abrangência do assunto, o estudo se enquadra em amostragens por meio da pesquisa
quantitativa, embasando recursos numéricos para evidenciar como as direções de informação
utilizadas no Instagram impactam o engajamento dos seguidores. Para entender quais
mecanismos promovem mais impacto no processo de decisão de compra, a coleta de dados
14

será utilizada por meio de questionários que promovam maior entendimento do processo.
Ademais, a própria plataforma servirá de amostragem, demonstrando por meio de publicações
como um recurso de divulgação evidencia mais interação do que outro.

A metodologia qualitativa será utilizada visando o caráter subjetivo do processo. Será


evidenciado o uso de narrativas escritas e faladas, em reportagens que abordem os vieses do
empreendedorismo e de como as mudanças provocadas pela internet reverberaram mais
possibilidades de atuação. Por meio desse mecanismo, serão realizadas entrevistas com
pequenos empreendedores, para entender quais as dificuldades perpassadas na divulgação dos
negócios, além de compreender quais eram os impactos desejados, mesmo com o baixo
conhecimento do processo.

4. LIMITES E LIMITAÇÕES DA PESQUISA

4.1 LIMITES:

O estudo pretende atingir as dificuldades específicas dos pequenos empreendedores


em garantir o alcance dos produtos no Instagram, referenciando os erros provocados, além de
delimitar as disposições mais corretas para organização eficaz. Ademais, serão pontuadas as
formas mais coerentes de divulgação que garantem um realce do interesse do público, além de
desmistificar formas de vendas errôneas e enfocadas apenas em conteúdos de venda. Serão
traçados os determinantes que promovem maior alcance, interação e agregação de interesse no
mercado virtual, perpassando comparações e incitando originalidade no processo.

4.2 LIMITAÇÕES:

Pela falta de informações precisas sobre as abrangências do Instagram, a dificuldade de


determinar com propriedade certos recursos é evidente, pois a rede social não dispõe de
metodologias específicas para explicação dos processos ocorridos. Ademias, a defasagem no
entendimento eficaz de como o alcance das publicações impacta os seguidores é baseada em
amostragem de alguns empreendedores. Esses processos afetam a coleta de informações
precisas quanto à métrica, promoções, visualizações e o motivo de certas publicações
alcançarem mais seguidores em potencial do que outras, sendo necessário abordar a discussão
por meio de comparações.
15

5. CRONOGRAMA

A pesquisa se desenvolveu a partir do cronograma abaixo:

Mês/etapas ago set out nov dez


2020 2020 2020 2020 2020

Pesquisa X X X
Análise dos X
dados
Produção do X X
projeto
Finalização X
Defesa X

6. ORÇAMENTO

6.1 RECURSOS HUMANOS

 Livros físicos e virtuais;


 Gráfica para impressão;
 Editor para diagramação;
 Saída para entrevistas;
 Utilização do Google pesquisas para captação de dados quantitativos.

6.2 RECURSOS MATÉRIAIS

 Impressão da parte teórica;


 Impressão da revista;
 Encadernação;
 Pendrive.
16

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em congruência aos pontos destacados, faz-se de extrema importância o entendimento do


pequeno empreendedor a cerca das diretrizes organizativas de vendas online. Os processos
incluem boa organização, tanto escrita como fotográfica, na busca de criação de uma “vitrine
virtual” impactante. Ademais, bom relacionamento interpessoal com os clientes, além de
promover estigmas marcantes para uma boa demarcação visual entre os concorrentes. A
criação de conteúdo é um fator evidentemente necessário, que permite maior engajamento
com os clientes, promovendo mais vendas.
De maneira pontual, a progressividade do estudo elencará pontos determinantes e
explicativos para maior evidenciação desses mecanismos, buscando abrangência de
entendimento. O objetivo central é demarcar boas estratégias para progressão de lojas virtuais,
dando por consequencia mais vendas e capital de giro para pequenos empreendedores. A
monografia utilizará de pesquisas comparativas e de amostragem para determinar as formas
de divulgação mais atraentes, além de entender como os clientes preferem que as divulgações
se proliferem.
17

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEBRAE ALAGOAS. Instagram para empresas: 10 dicas para promover seu negócio.
Comércio Eletrônico. 23 jan 2020. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/al/artigos/10-dicas-para-promover-o-seu-
negocio-no-instagram,e11da535c0597510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em 16
maio 2020.

CORREA, ALEXANDRE. 10 Lojas que começaram no Instagram e fazem sucesso. Disponível


em: <https://ecommercenapratica.com/10-marcas-que-comecaram-no-instagram-e-fazem-sucesso-
hoje/> . Acesso em 30 abril 2020.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo. Elsevier Brasil, 2008.

KOTLER, P., KARTAJAYA, H., SETIWAN, I. Marketing 4.0: do tradicional ao digital.


Rio de Janeiro: Sextante, 2017.

LISBOA, Aline, FREIRE, Gustavo. Do Instantâneo aos Filtros: A Estética Fotográficado


Instagram. Disponível em:
<https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica/article/view/19248/10644.> Acesso em:
24 maio 2020.

ALFAMÍDIA. Alfamídia Marketing Online: Redes Sociais Online. Disponível em:


<http://www.alfamidia.com.br/ap1/marketing_midias_sociais.pdf>. Acesso em: 24 maio
2020.

TORRES, Cláudio. Guia Prático de Marketing na Internet para Pequenas Empresas.


Disponível em:
<https://www.cairu.br/biblioteca/arquivos/Marketing/Marketing_Internet_TORRES.pdf>.
Acesso em 15 junho 2020.
18

MOURA, Fernando. Proliferação das #hashtags: lógica da ciência, discurso e movimentos


sociais contemporâneos. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-14982014000300012#:~:text=Uma%20hashtag%20é%20uma
%20palavra,(hash%2C%20em%20inglês).&text=As%20hashtags%20são%20usadas
%20ainda,para%20determinados%20tópicos%20ou%20assuntos.> Acesso em 16 junho 2020.

KOTLER, P., KARTAJAYA, H., SETIWAN, I. Marketing 3.0: As forças que estão
definindo o novo Marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier Editora
Ltda, 2010.

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