Caderno

de Tendências
MODA
Cenário da moda em 2023
O mercado global de moda está em crescimento. Dados da Statista indicam que a receita do setor em
todo o mundo deve chegar a US$ 1,34 trilhão em 2023 e a US$ 1,94 trilhões até 2027. Nesse contexto,
lideram Estados Unidos, China e Índia, enquanto o Brasil ocupa o 11º lugar entre as maiores receitas
da indústria de moda global.
Aos quase 200 anos de atividade, a cadeia têxtil brasileira é a mais completa do Ocidente, e única na
região que atua desde a produção das fibras, passando pela plantação do algodão, fiações, tecelagens,
confecções, desfiles de moda e um varejo robusto. Ou seja, há oportunidade em todas as etapas da
cadeia.

Segmentos em destaque no mundo (valor de mercado em US$ bilhões)

Segmento 2023 2024 2025 2026 Var. 2026/2023

Vestuário de luxo 103 116 132 149 45%

Fast fashion 122 136 150 167 35%
Vestuário de segunda mão 211 248 288 324 53%
Vestuário esportivo 204 218 233 248 22%
Tênis 86 91 96 101 17%
Fonte: Statista,2023.

Cenário no Brasil e em Goiás

Segundo o estudo Desafios e Oportunidades para o Polo da Moda de Goiás, do Sebrae em parceria
com o IEMI, a indústria de vestuário no Brasil foi de R$ 149,6 bilhões em 2021, um aumento de 18%.
Além disso, o setor abriga mais de 18,1 mil unidades produtivas por todo o país, chegando a 5,5 bilhões
de peças confeccionadas, e ocupa 958 mil pessoas.
Neste cenário Goiás representa importante papel. Ainda segundo o estudo, em 2021 a indústria de
vestuário no estado foi de R$ 4,9 bilhões, contou com 940 mil unidades produtivas e empregou mais
de 33 mil pessoas. Foram 180 milhões de peças produzidas, 43% nas micro e pequenas empresas.

Saiba mais com o Estudo Setorial: desafios e

oportunidades para o polo da moda de Goiás.

Tendências para guiar a moda

Os números mostram que existem oportunidades e movimentação econômica a partir da moda, mas
que fatores de natureza comportamental, social e tecnológica devem guiar a aplicação de recursos e da
inteligência dos profissionais do setor. É isso que vamos abordar neste caderno, buscando identificar as
tendências de consumo para indústria e varejo de moda nos próximos meses e anos, além de traduzi-
los em insights acionáveis e dicas para que micro e pequenos negócios possam aproveitar ao máximo
as novidades que estão chegando ao mercado.

CADERNO DE TENDÊNCIAS 2
Comportamento
do consumidor
Os interesses dos consumidores é um dos
aspectos que mais sofre mudanças no mercado
contemporâneo e é importante que a indústria
da moda saiba se adaptar. Os desejos e locais de
consumo têm se guiado pelos valores individuais,
sociais e culturais. As prioridades também
mudaram a decisão de compra, veja a seguir.
Moda sustentável
Minimizar impactos ambientais se tornou
uma preocupação dos consumidores ao
escolher roupas, sapatos e acessórios. Para
reduzir a frequência de compras em execesso
e o descarte constante, aumenta a opção por
peças de maior qualidade ou de brechós, mas
que tenham maior durabilidade. Nesse sentido,
há um crescimento na procura por vestuário
com tecidos tecnológicos ou de biofabricação,
que produzam a menor quantidade de resíduos
têxteis possível. E a preocupação com a redução
de produção de poluentes também engloba as
embalagens utilizadas, especialmente no envio de
produtos pelo correio. O uso de plástico e isopor
também são formas de produção de lixo por
clientes no pós-compra. O consumidor prefere
comprar de lugares que já deixam explícito o uso
de materiais recicláveis, reutilizáveis ou orgânicos,
como embalagens de pano e isopor biodegradável
à base de milho. A busca por marcas com maior
responsabilidade ambiental não é algo novo,
mas ganhou maior força diante dos impactos
negativos que a produção de roupas tem gerado
ao planeta. Esse valor guia as preferências de
diferentes gerações por marcas que tenham
propostas de preservação ambiental em seus
processos de produção ou mesmo por meio de
projetos que visam amenizar seu impacto nas
mudanças climáticas.
Valorização da mão de obra
A sustentabilidade nos negócios também
engloba a responsabilidade social na fabricação
de roupas. Assim, a exploração de mão de obra
barata também tem sido uma preocupação
dos consumidores ao escolher uma marca.
Os consumidores têm se informado sobre os
impactos que as empresas geram na sociedade
CADERNO DE TENDÊNCIAS
e na comunidade por meio da valorização dos
trabalhadores da indústria têxtil. Uma marca que
se compromete a gerar ações positivas e melhora
na qualidade de vida para a sociedade faz com
que os clientes sintam-se parte de uma mudança
de comportamento coletivo. A transparência
sobre como os processos internos são feitos,
formas de produção e confecção de roupas, ações
da empresa voltadas à geração de investimentos e
impactos de bem-estar social são alguns exemplos
de iniciativas de responsabilidade social que os
clientes valorizam. Exaltar técnicas de costura
brasileiras na confecção de roupas, no caso de
marcas nacionais, tem sido uma ótima maneira
de valorizar a cultura do país e permitir que os
consumidores se sintam parte de um movimento
que prestigia as trabalhadoras do setor.
Consumo na realidade
física e digital
As mudanças de comportamento no consumo
tornaram o espaço digital uma opção de
muitos para realizar compras, mas isso não
significa que o espaço físico perdeu seu valor.
O que se consolidou e chama atenção entre os
consumidores é a integração entre esses dois
espaços, que possibilita conhecer melhor os
produtos, a marca e permite facilitar o processo
de compra. Ao utilizar uma estratégia phygital (ou
“figital”), o negócio consegue criar experiências
únicas para os clientes por meio de serviços
personalizados, algo que tem sido cada vez
mais valorizado. Promover lançamentos para os
clientes por meio de eventos on-line que conciliam
a chegada de produtos em suas casas, integração
da operação on-line da marca com espaços físicos,
além de campanhas de marketing inovadoras
e que envolvam o consumidor fisicamente e
on-line são exemplos. Somado aos aspectos
colaborativos citados, o formato phygital também
3
possibilita maior inclusão e diversidade diante
de novas formas de interação com as marcas.
Outro aspecto valorizado no consumo phygital
é a segurança ao realizar a compra e se, ao
adotar esse método, há uma preocupação com
a sustentabilidade. Ao buscar formas de conectar
o físico e o digital, expandem-se os canais de
contato com os clientes e as possibilidades de
experiências que eles podem ter com a marca,
agregando valor ao relacionamento.
Conexão com as marcas
Cada vez mais consumidores procuram
marcas com as quais compartilham a mesma
visão de mundo, ou seja, valores comuns que são
levados em consideração na criação do produto
e no funcionamento do negócio. As questões
emocionais e vivências dos clientes devem
ser levadas em consideração, especialmente
nas campanhas de marketing, a fim de gerar
uma ligação com o público-alvo. Para isso, é
importante que o posicionamento da marca esteja
claro, de forma que se conecte com os clientes na
compra e também ao usar as peças. Esse tipo de
estratégia é conhecido como branding de moda. A
manifestação dos valores da marca normalmente
ocorre por meio de canais digitais, como redes
sociais e sites, mas também a partir da experiência
da compra, eventos, embalagens, cores e matéria-
prima dos produtos, além de ações de inclusão e
diversidade, ou seja, ações que gerem conexões e
nas quais o cliente se reconheça. Por meio dessas
formas de identificação, é possível gerar bem-
estar ou despertar outros sentimentos positivos
no consumidor, demonstrando que a empresa
se importa com as diferentes realidades do
público-alvo. Um bom exemplo nesse sentido é
a marca brasileira Reserva, que para apresentar
suas coleções usa modelos bem diversos, desde
crianças a seniores, fora dos padrões de beleza.
Isso dá à marca imagem positiva junto aos
seus diferentes públicos. Um bom branding na
indústria da moda possibilita ter clientes fiéis que
vão acompanhar a evolução da marca e ter os
produtos como parte do seu estilo de vida.
Forma de se expressar
e ser autêntico
Além da sua função de proteger e vestir o corpo,
a roupa também é uma forma de expressão, de
arte e de se diferenciar na sociedade. Existe uma
parcela de consumidores que procuram marcas
que tenham estampas, moldes, tecidos e cores
que representam seu jeito de se expressar e como
CADERNO DE TENDÊNCIAS
querem ser vistos nos ambientes que frequentam.
Roupas, calçados e acessórios também refletem o
tempo em que se vive, portanto, criar coleções que
se comuniquem com o público que deseja incorporar
valores e ideias contemporâneas é uma maneira
de se destacar. Uma identidade bem definida
para a marca atrai consumidores que sabem o
que desejam. Entre as estratégias que podem ser
elaboradas nesse sentido está o desenvolvimento
de estampas autorais, que tornam as peças únicas
e diferenciadas. Há também o crescimento do
minimalismo, do uso de peças “coringa”, com
tons neutros mas com cortes aprimorados, que
se encaixam em diversos tipos de corpos. Os tons
neutros também se expandem e vão além do preto
e branco padrão. O desenvolvimento de peças sob
medida para ocasiões especiais também tem tido
forte procura entre consumidores que não querem
correr o risco de ter mais alguém com a mesma
roupa em um evento e usar uma composição que
tenha o encaixe perfeito para maior conforto e
elegância. Uma confecção artesanal das roupas
também atrai a atenção desse público, que valoriza
uma produção artística, de qualidade e técnicas
da costura. Incorporar alguma característica
artesanal ou regional como parte da identidade
da marca pode se tornar um ponto forte do
empreendimento em meio aos demais. Para
esse público, a palavra-chave é moda autoral.
Priorização financeira
O aumento dos preços no setor de vestuário
faz com que os consumidores pensem duas vezes
antes de efetuar alguma compra que, em alguns
casos, chega ser um investimento pessoal. Uma
pesquisa feita pela Qualibest indica que 82%
planejam bem as compras de roupas, calçados e
acessórios antes de efetuá-las. O comportamento
engloba tanto compras físicas quanto nos canais
on-line, sendo que 40% dos entrevistados afirmam
realizar pesquisas em sites para encontrar os
melhores preços. Outro resultado que merece
destaque é que 63% dos compradores afirmaram
procurar exatamente o que precisam em canais
on-line confiáveis, enquanto 34% prefere ir até os
espaços físicos para dar a tradicional “olhadinha”
nos produtos. Apenas 18% dos consumidores
realizam compras por impulso e têm como gatilho
as promoções. Para atrair a atenção do público
que pensa duas vezes antes de comprar, demonstre
a qualidade dos produtos, o apelo emocional
implícito e que o valor é coerente com todo o
processo de confecção final.
4
Tendências do mercado de moda
Diante das novas preferências dos consumidores, da preocupação da própria indústria da moda
em reduzir seu impacto no meio ambiente e do avanço tecnológico, alguns movimentos emergem
simultaneamente no setor.
Nichos são a norma
As redes sociais e o crescimento dos criadores de conteúdo são alguns fatores que ajudam a explicar
a união dos consumidores em torno de comunidades cada vez mais específicas. Os nichos são cada
vez mais diversos e compostos por pessoas que desejam personalização e produtos muito alinhados
ao seu estilo e necessidades.

Impacto dos nichos no mercado: ao delimitar um segmento do público para o seu negócio,
é mais viável criar estratégias para se relacionar com o cliente de forma adequada e recomendar
produtos que despertem seu interesse. Os nichos ainda são uma forma de contornar a concorrência
perante grandes varejistas de vestuário, que normalmente atuam com coleções generalistas de
moda e nem sempre contemplam necessidades e preferências específicas.

Como aproveitar a tendência?

O Primeiro passo é identificar o nicho que se quer atender e compreender as dores e necessidades do
consumidor. Isso pode ser feito observando tendências de mercado e os concorrentes, traçando o perfil
do cliente e construindo personas (perfis de clientes relevantes para a comunicação e marketing), por
exemplo. É importante saber que por buscar peças especializadas, consumidores de nicho costumam ser
exigentes e estão dispostos a pagar mais por isso. Assim, é importante se apresentar como autoridade
e realmente ter o conhecimento na área. Existem diferentes nichos, entre eles estão:
Geográfico: atendimento a regiões remotas ou atuação apenas em certos locais;
Demográfico: foco em características demográficas, como gênero, idade, renda etc.;
Por afinidade: clientes com gostos em comum, como um esporte ou estilo musical.
Comportamento: foco em como o cliente realiza a compra, ou seja, seu comportamento de consumo,
como a preferência pela internet como canal de informação.

CADERNO DE TENDÊNCIAS 5
 Roupas em face da natureza extrema
As mudanças climáticas têm outro impacto na moda além da adoção de processos mais sustentáveis:
o desenvolvimento de produtos que ajudem os consumidores a enfrentar os efeitos de eventos climáticos
extremos. A perspectiva de aumento da temperatura do planeta tem fomentado o desenvolvimento
de novas tecnologias, como matérias-primas que contribuam para manter o corpo humano resfriado.
É o caso do “metafabric”, tecido desenvolvido na China com nanopartículas que refletem luz solar
para longe do usuário, mantendo até 5 ºC mais frio que o ambiente, mesmo no calor extremo.

Exemplo de como aproveitar essa tendência: roupas térmicas ganham espaço.

Assim como as ondas de calor, com as mudanças climáticas as ondas de frio também podem
afetar regiões onde o inverno é mais rigoroso, como o Sul do Brasil, e até locais onde o frio não é
tão comum. Enquanto novas tecnologias estão em desenvolvimento, consumidores que estão mais
expostos às baixas temperaturas tendem a consumir mais itens como roupas térmicas, tecidos
sintéticos com forro em gel e peças que possam ser usadas em múltiplas camadas. Praticantes
de esportes como ciclismo e surf, além de turistas que procuram destinos de inverno estão entre
os públicos que já procuram esse tipo de vestimenta.

Inteligência Artificial
De acordo com o relatório Consumidor do futuro 2024, da WGSN, o encantamento deve ser um dos
sentimentos a inspirar as pessoas diante de novos e poderosos fenômenos. A Inteligência Artificial (IA)
é um deles e passa por um momento de forte popularização, mostrando novas formas de interagir
com produtos, serviços e processos. No caso da indústria, softwares e máquinas com IA podem, por
exemplo, integrar processos produtivos e reduzir o desperdício. Já os bancos de dados com análise por
IA conseguem identificar padrões de produtos em alta e facilitar processos criativos para gerar coleções
mais alinhadas às necessidades dos clientes, entre muitas outras possibilidades.

Como aproveitar essa tendência: ferramentas inovadoras de IA.

Opções generativas como ChatGPT, DALL-E e Midjourney estão entre as tecnologias mais
debatidas e com potencial para impactar o setor de moda. No caso do ChatGPT, é possível ter
apoio na criação de conteúdos para sites, e-commerce e redes sociais, criação de planilhas e códigos
para automação de cálculos contábeis, entre outras tarefas. No caso do DALL-E e Midjourney, o
foco é a criação de imagens a partir de descrições por palavras ou referências visuais, abrindo
uma gama de novas atividades criativas dentro da cadeia de moda, não substituindo, mas
ampliando a atuação dos profissionais envolvidos no processo. Além disso, a IA pode facilitar a
elaboração de catálogos e campanhas publicitárias com grandes possibilidades de customização.
Outra frente de atuação da IA tem sido no oferecimento de produtos de maneira personalizada
aos clientes no e-commerce, não apenas no mercado da moda. Com isso, o monitoramento do
comportamento dos consumidores na plataforma fornece para a IA insumos para determinar com
precisão outros produtos com chance de conversão de vendas, e, assim, permitem às marcas a
divulgação personalizada conforme as preferências do usuário. É muito útil para lojas de vitrines
personalizadas no e-commerce.

CADERNO DE TENDÊNCIAS 6
 Nostalgia e cultura do conforto 1. Autenticidade: os clientes estão cada vez
mais exigentes e desejam se envolver com
A busca por elementos do passado tem
marcas que sejam transparentes, genuínas
sido o meio pelo qual muitos consumidores
e alinhadas aos seus valores. Ao criar
encontram conforto, ou seja, a partir de boas
conteúdo autêntico, as marcas estabelecem
memórias. Referências culturais a décadas
uma conexão mais profunda, construindo
passadas se tornam mais presentes, bem como
confiança e fortalecendo relacionamentos.
as possibilidades de consumo que vão além das
redes sociais e ambientes conectados. 2. Relevância: a moda pode utilizar dados e
análises para compreender as preferências,
Como aproveitar a tendência? interesses e necessidades dos clientes,
permitindo personalizar suas estratégias
1. Sentimento de familiaridade: ao
de marketing e comunicação. Ao entregar
evocar elementos do passado, as marcas
conteúdo relevante, as marcas podem
podem despertar um sentimento de
capturar a atenção dos clientes e mantê-
familiaridade e pertencimento. A opção los engajados.
pelo design retrô nos produtos e em 3. Equilíbrio: a nutrição digital encoraja um
campanhas de marketing é um exemplo. equilíbrio saudável no uso da tecnologia
2. Conforto emocional: a nostalgia é e conteúdo digital. As marcas podem
frequentemente associada a sentimentos promover a conscientização sobre o
consumo excessivo, inclusive dicas
de felicidade, gratidão e relaxamento,
de autogestão e autoconhecimento,
remetendo a épocas da vida do consumidor
inspirando uma relação saudável com a
com mais simplicidade e presença de moda, a autoestima e a diversidade.
família e amigos.
3. Reconexão com valores autênticos: a
nostalgia também pode servir como uma
forma de escapar do mundo digital e se
reconectar com experiências reais.
4. Apoio ao bem-estar: Os jovens estão
cada vez mais conscientes da importância
do bem-estar e esperam que as marcas
tomem medidas para apoiá-lo.

Nutrição digital
Em analogia à alimentação, a nutrição digital
diz respeito ao cuidado cada vez maior que os
consumidores têm sobre a quantidade e qualidade
do conteúdo consumido na internet. Os usuários
querem conteúdos confiáveis, que fazem bem e
que tenham, por parte das empresas, intenção,
atenção e ação.
Como aproveitar a tendência? O conceito de
nutrição digital pode ajudar as marcas da moda
a se conectar com seus clientes a partir de três
ações:

CADERNO DE TENDÊNCIAS 7
Oportunidades e
modelos de negócio
As tendências em ascensão no mercado de
moda oferecem diversas oportunidades para
empreendedores e profissionais criativos. Com o
crescimento do comércio eletrônico e a busca dos
consumidores por produtos inclusivos, diversos e
sustentáveis, há um cenário rico e diversificado
para explorar. Confira!

Mercado de segunda mão

Também chamado de second-hand ou resale
(revenda), o mercado de segunda mão tem visto com o The RealReal, criaram um marketplace
crescimento expressivo nos últimos anos. Em exclusivo para a revenda de luxo, incentivando
2021, o second-hand cresceu 48,5% no Brasil, o consumo circular de suas peças.
com mais de 2 mil empresas no segmento sendo
Roupas usadas: os brechós e o pequeno
criadas.
negócio
Nesse modelo, a moda é líder. Segundo
Entretanto, o destaque do mercado de segunda
dados do Statista, o vestuário representa 15%
mão no varejo de moda está com as pequenas
dos produtos de segunda mão comprados no
marcas: os brechós, ou seja, comércios de roupas
Brasil, seguido de bolsa e acessórios (14%),
ou objetos usados. Com crescimento de 30%
produtos eletrônicos (13%) e calçados (11%). O
estimado para 2022, os brechós esperam um
crescimento desse mercado é constante ao longo
faturamento de mais de R$ 3 bilhões de reais, e
dos últimos anos, e entre 2010 e 2015 os brechós
estima-se que até 2030 eles ultrapassem o fast
e lojas de roupas usadas viram um aumento de
fashion, modelo em que incentiva a constante
210%, segundo dados do Sebrae. A perspectiva
troca e descarte das peças comercializadas.
é de continuidade tendo em vista o surgimento
Além de proporcionar a circularidade das peças
de startups nesse modelo; além disso, a moda
e o consumo consciente, os brechós chamam
circular deve aumentar entre 15% e 20% até 2030
a atenção por ser uma opção mais econômica
no Brasil.
para os consumidores, ao disponibilizarem
Geração Z e sustentabilidade peças únicas e originais com positivo impacto
Essa tendência é impulsionada especialmente social. É um modelo chamativo também para o
pela Geração Z, cujo comportamento de pequeno negócio, já que 88% dos novos brechós
consumo consciente é relevante, com apelo à são abertos por empreendedores individuais,
sustentabilidade, durabilidade dos produtos e segundo o Sebrae.
procura por preços justos. Na questão ambiental,
as roupas de segunda mão de fato são menos
Moda vintage
poluentes, podendo emitir até 82% menos A moda vintage está experimentando uma
carbono do que um item novo. onda de crescimento significativo, impulsionada
por fatores como a economia, a crise climática
Atentas a esse movimento, empresas de moda
global, e uma mudança dos consumidores em
buscam investir em economia circular. A marca
direção a estilos mais simples, substituindo o luxo
carioca Farm, por exemplo, disponibiliza acesso à
extremo por opções contemporâneas. De acordo
plataforma Enjoei para compra e venda de peças
com o Relatório de Consignação de Luxo 2023
de segunda mão de sua própria confecção. Além
da The RealReal, uma plataforma de revenda
disso, marcas como Burberry e Gucci, em parceria
de artigos de luxo on-line, as vendas de peças

CADERNO DE TENDÊNCIAS 8
vintage aumentaram em 50% desde janeiro de
2022. Além disso, a demanda por peças Y2K (anos
2000) continua a crescer. A Geração Z lidera
esse movimento circular, com estimativa de um
aumento de 52% nas atividades de vendas de
moda vintage ocorridas em 2022, especialmente
na categoria feminina.
A moda vintage refere-se a roupas, acessórios
e estilos que remontam a décadas passadas,
mas que ainda têm relevância e apelo estético
no presente. Ela envolve a redescoberta e o uso
de peças icônicas de épocas anteriores, trazendo
um toque de nostalgia e autenticidade aos looks
contemporâneos.
Marcas como Prada, Miu Miu e Dior viram
crescimento nesse nicho. Um exemplo foi a
demanda pela reedição da mini bolsa Crystal
da Prada, lançada em 2000, que registrou um
aumento de 1.344%. Ou a coleção de roupas
femininas vintage da Simone Rocha, com aumento
de 635%. Mas também em pequenas marcas se
observa esse movimento, sendo a marca gaúcha
Toda Frida, do casal Daiana Moreira e Emmanuel
Polanczyk, um exemplo, tendo crescido em
um ano 229,30%, com modelos de roupa retrô
inspirados em livros e filmes, e incluem roupas
e acessórios autorais e atemporais.
CADERNO DE TENDÊNCIAS
Moda plus size adulta e infantil
Os debates sobre inclusão e aceitação de corpos
fora do padrão, as mudanças na percepção e
comportamento dos consumidores e o aumento
de peso da população estimulam a ascensão
do mercado de moda plus size. Projeções da
Federação Mundial da Obesidade indicam que
a doença pode atingir 41% da população adulta
brasileira até 2035. Impulsionada pela internet
e redes sociais, essa tendência tem mostrado
um crescimento gradativo: de acordo com a
Associação Brasil Plus Size (ABPS), o segmento
movimentou R$ 9,6 bilhões em 2021 e tem
expectativa de alcançar os R$ 15 bilhões em
faturamento até 2027.
Impacto nos negócios de moda
Grandes varejistas têm ampliado suas grades de
tamanhos e desenvolvido coleções para atender
às demandas dos consumidores, como C&A e
Riachuelo, que vêm aumentando suas coleções
para atender diferentes públicos. Apesar disso,
muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades para
encontrar roupas com o tamanho apropriado.
Assim, parte desse crescimento passa pela
ascensão de pequenos empreendedores, que
correspondem a mais de 90% do mercado. Muitos
deles decidiram criar seus próprios negócios após
enfrentarem dificuldades em encontrar peças
que se ajustassem bem a seus corpos. Isso reflete
a necessidade de suprir a demanda ainda não
atendida pelas grandes marcas.
Plus size infantil
Por outro lado, quando se trata de moda
plus size infantil, não há dados que informem
o tamanho desse mercado ou suas projeções de
crescimento. Isso mostra ser outro desafio desse
nicho, inclusive em outros países, como observado
pelo artigo Why Don’t Brands Care About Plus
Size Kids? (Por que as marcas não se importam
com crianças plus size?). O varejo de vestuário
deve estar atento a esse tema, pois, assim como
os adultos, o aumento de peso é também uma
realidade nas crianças: segundo o Atlas Mundial
da Obesidade 2023, uma em cada três crianças
terá obesidade no Brasil até 2035.
9

Vestuário e acessórios para pets
Segundo a Associação Brasileira da Indústria
de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet),
o Brasil ocupa o terceiro lugar de países com
mais pets no mundo: são mais de 140 milhões
de animais de estimação. Assim, é de se esperar
que os serviços para os animais domésticos
no Brasil seja considerável – ainda segundo a
Abinpet, esse mercado já representa 0,36% do
PIB brasileiro, à frente de outros setores como de
utilidades domésticas ou automação industrial.
E as estimativas são de crescimento.
O mercado pet projeta crescer 15% entre 2023
e 2024, e vai desde alimentos especializados
a cuidados veterinários e outros serviços que
contribuam para a saúde e o bem-estar desses
animais, como roupas e acessórios. A moda pet
tem sido ponto de atenção inclusive de grandes
marcas, como Moschino, Louis Vuitton, Zara e
Tok&Stok, que aproveitaram a tendência para
ampliar seus catálogos. E as oportunidades
também existem para pequenas marcas. Um
exemplo é a estilista Barbara Jordano, que buscou
abrir a própria marca de roupas femininas, mas
mudou de ideia ao adotar a vira-lata Blair e criou
a Fashion Puppies, marca de moda e produtos
para pets. Em 2021, a loja registrou faturamento
anual de R$ 120 mil. E a criatividade não para,
outro exemplo é a marca de vestidos para noivas
Atelieria Bridal & Wedding, que decidiu investir
em acessórios para pets que também participam
dos casamentos.
Assim, é comum encontrar camisetas, suéteres,
vestidos e até mesmo fantasias temáticas
para os pets. Essas peças são projetadas com
tamanhos e cortes específicos para se ajustarem
confortavelmente aos diferentes portes de
animais domésticos.
CADERNO DE TENDÊNCIAS
Roupas genderless
O genderless, do inglês “sem gênero” ou
“agênero”, se trata de não distinguir uma roupa
entre as categorias de masculino ou feminino.
Difere-se do unissex, que é usado para roupas ou
coisas que podem ser usadas pelos dois gêneros.
O genderless vai além ao considerar outras
identidades, é mais inclusivo e sem percepção
de gêneros.
É uma tendência que cresce sobretudo a partir
do comportamento da Geração Z – nascidos
entre o final da década de 1990 e 2010. Nos
EUA, por exemplo, 85% dessa geração e 75%
dos Millennials (nascidos entre os anos 1980 e
início dos 1990) afirmaram que avaliam comprar
roupas mais fluidas de gênero no futuro (Statista,
2022).
Trata-se de uma moda que cresce em diversos
mercados. Ainda nos EUA, segundo o Statista,
a média de produtos comercializados como
unissex ou sem gênero cresceu 500% desde
setembro de 2020, e o mercado europeu está
observando uma tendência semelhante com
uma taxa de crescimento de 325%. Em 2021, de
acordo com a Lyst, plataforma global de buscas
de moda e beleza, consultas on-line por palavras
relacionadas a “neutro” e “sem gênero” subiram
33%, bem como por marcas genderless como
Wales Bonner, Eckhaus Latta e Hood By Air.
Entre as características da moda genderless,
está a importância do bem-estar, elevando
ao máximo a neutralidade das peças. Roupas,
acessórios e calçados da modalidade contam com
modelagens amplas, cortes retos e quadrados,
embora também possam apresentar influência
de estilos como streetwear e alfaiataria. Nas
cores, não há restrições, as peças abrangem uma
ampla variedade de tons. A moda genderless
valoriza a diversidade e a liberdade de expressão,
oferecendo opções inclusivas.
10
 Franquias de moda
Segundo dados da Pesquisa de Desempenho
Franchising 2022, da Associação Brasileira de
Franchising (ABF), o faturamento das franquias no
Brasil superou o patamar pré-pandemia e fechou
2022 com R$ 211,5 milhões – cifra 14,3% maior que
em 2021 (R$ 185,1 milhões) e 13,2% maior que em
2019 (R$ 186,8 milhões). O crescimento também
se verificou em marcas: foram mais de 3 mil em
2022, número 5,4% maior que em 2019, quando
havia 2,9 mil marcas. São números animadores
para o setor, que projeta um crescimento de 9,5
a 12% no faturamento para 2023, bem como
aumento de 4% no número de redes.
Nesse cenário, as franquias de moda se
destacam. Em 2022, a moda teve o quarto maior
faturamento entre os segmentos do setor, R$ 23,6
milhões – crescimento de 7,1% se comparado
ao ano anterior. Em número de unidades, a alta
foi de 8,2%. É, portanto, um modelo de negócio
em alta.
Além disso, as franquias se tornam
uma oportunidade ao proporcionar uma
maior variedade de produtos para venda e,
consequentemente, maior diversidade de público.
Outras vantagens incluem suporte oferecido pela
franqueadora e marcas de maior reconhecimento
pelos consumidores. Outra oportunidade no setor
é o vestuário de nicho, como a moda fitness, que
tem crescido nas franquias. Um case de sucesso
é a Zero Açúcar, que teve um faturamento de
mais de R$ 8 milhões em 2021 e prevê mais 80
operações em franquias nos próximos cinco anos.
CADERNO DE TENDÊNCIAS
Fashion delivery
Com crescimento acentuado nos anos de
pandemia, o delivery ganhou destaque nas
vendas no Brasil. Em 2019, o varejo delivery
gerou $ 2,2 bilhões no país, aumentando para
$ 3,6 bilhões em 2020. Em 2022, alcançou $ 6,2
bilhões, com cerca de 28 milhões de clientes. E
a tendência é de crescimento contínuo, podendo
alcançar $ 12,5 bilhões de vendas em 2027, com
quase 38 milhões de clientes (Statista, 2023).
Nesse cenário a moda não podia ficar de fora.
O fashion delivery, também conhecido como
malinha, venda condicional ou consignada,
considerado como “loja do futuro”, é um serviço
que oferece a conveniência de receber roupas,
acessórios e outros itens de moda diretamente
em casa ou local de preferência. Em vez de visitar
lojas físicas ou fazer compras on-line tradicionais,
o fashion delivery permite que os clientes
selecionem peças de moda de uma variedade
de marcas e estilos e as recebam por meio de
entrega. Esse serviço pode ser oferecido por lojas
de vestuário, boutiques on-line ou plataformas
especializadas em entregas de moda, e oferece
uma maneira conveniente e prática de acessar e
experimentar roupas e acessórios, especialmente
para aqueles que têm pouco tempo disponível
ou preferem evitar a agitação das lojas físicas.
Esse é um modelo que vem se tornando uma
oportunidade principalmente para pequenas
marcas, pois oferece a vantagem de um baixo
custo operacional, relacionamento personalizado
com os clientes, circulação de estoque, facilidade
de levar novidades e captação de novos clientes.
Um exemplo é a Forlí Bag, da empreendedora
Helen Costa, que, durante a pandemia, decidiu
implementar o delivery. Nele, os clientes
respondem um questionário sobre seu estilo e
recebem, em uma pequena mala, em torno de
seis looks com base nas respostas, e têm até 48h
para provar as peças e decidir quais comprar.
O sucesso do negócio se deu sobretudo pela
divulgação boca a boca.
11
E-commerce da moda: oportunidades
Em 2022, o setor de marketplace totalizou R$ 135,6 bilhões em vendas no Brasil e há estimativa de
crescimento para este e os próximos anos. O segmento da moda é um dos principais a se beneficiar
disso, pois lidera muitos rankings do varejo digital brasileiro.
Crescimento desse modelo de
vendas no Brasil
O consumo por meio de marketplaces se
consolidou nos últimos anos, principalmente por
meio de grandes empresas do meio como Dafit,
Privalia etc. A comodidade e a praticidade estão
entre os principais fatores para essa modalidade
ter sido tão bem aceita entre os consumidores.
Para quem deseja vender os produtos no mercado
da moda, há diversas possibilidades de inserção.
Algumas marcas que já têm um público alvo
definido conseguem ter um e-commerce próprio,
mas também existe a opção de vender em
marketplaces que contem com o setor de roupas,
calçados e acessórios.
Aspectos que destacam a moda
e acessórios no e-commerce
Os dados fornecidos pelo Statista revelam
que em 2023, entre as compras realizadas em
lojas on-line, o setor da moda ocupa as duas
primeiras posições. Em primeiro lugar encontra-
se, com uma fatia de 53%, a categoria de roupas,
seguida por 42% de compras em sapatos e, na
terceira posição, bolsas e acessórios (33%). Os
dados indicam que entre os principais interesses
dos consumidores em plataformas digitais está
o consumo de vestuário. A estratégia para ter
um bom desempenho on-line deve levar em
consideração a presença em plataformas de
interesse do público alvo e um marketing digital
eficiente.
CADERNO DE TENDÊNCIAS
Projeções para a moda no
e-commerce
De acordo com projeções feitas pelo Statista, as
estimativas de crescimento para o e-commerce
de moda brasileiro, em 2027, devem resultar em
uma receita próxima de U$ 82 bilhões. A meta é
que o setor passe os U$ 70 bilhões já em 2025.
Isso significa uma projeção de crescimento de
320% em 10 anos no mercado nacional. Ao levar
em consideração a forte procura por roupas
em plataformas digitais, esses números podem
impulsionar diretamente o mercado da moda
brasileiro.
Desafios para o mercado
brasileiro
O crescimento de marketplaces chineses com
valores abaixo dos custos de produção nacionais
liga um alerta aos varejistas e às marcas brasileiras.
Essa tendência tem aumentado, pois, segundo
os consumidores, há uma maior variedade de
tamanhos e modelos nas lojas estrangeiras. Os
produtos importados têm uma forte projeção
no mercado interno, e, para competir com esse
nicho, é importante apresentar particularidades
que as fast fashion estrangeiro deixam a desejar,
como maior durabilidade dos tecidos, estampas
exclusivas e acabamentos diferenciados.
12
Marcas inovadoras que crescem com
as tendências
As marcas brasileiras vêm se destacando no mercado nacional e internacional, e nesse cenário Goiás
tem se tornado referência, sendo um dos maiores polos de moda do país e lançando tendências. Cada
vez mais estilistas de fora da região Sudeste têm recebido reconhecimento, e Goiás é representado
por artistas que mudaram a forma de entender a moda brasileira e de criar tecidos. Conheça duas
dessas marcas:

Thear
A marca goiana que usa dos princípios de slow fashion tem
seu nome inspirado na técnica de tear e no nome do seu criador,
Theo Alexandre. Para o desenvolvimento das peças, o estilista
preza acima de tudo pelo conforto e pela ergonomia para o dia
a dia. A maior inspiração para confecção e design da marca
vem da Feira Hippie em Goiânia. O olhar diferenciado de Theo
foi um obstáculo no início da sua carreira, mas que hoje torna
a Thear única. Uma das principais ambições de Theo é levar
a essência e a moda goiana para outros lugares do Brasil e do
mundo. Além da preocupação estética, as roupas da marca
são desenvolvidas para ter longa durabilidade, com fibras
naturais e o mínimo de materiais sintéticos possíveis em prol
da sustentabilidade. Também procura-se desenvolver peças
que sejam usadas por todos os tipos de corpos e faixas etárias
distintas. A Thear foi a primeira marca do Centro-Oeste a
integrar a Casa de Criadores com uma coleção que homenageou
a art déco goianiense.
Foto: @ph_crispo

Naya Violeta
A marca do centro-oeste goiano leva o nome artístico da
criadora, Naya Violeta, designer que buscou desenvolver peças
que refletissem a estética e os elementos da beleza afro-
brasileira. Iniciou com uma produção em pequena escala com
tecidos provenientes de garimpo e de pesquisas marcadas por
influências místicas. As estampas e os modelos têm o objetivo
de homenagear e valorizar a moda preta goiana, brasileira e a
potência da ancestralidade. As roupas da marca “contêm axé”
e são produzidas dentro de temáticas para cada coleção. Em
2022, ela foi a primeira marca goiana a desfilar na SPFW, com
cores vibrantes, estampas exclusivas e parcerias com outras
marcas de Goiás. Na coleção de inverno de 2023, apresentou
na semana de moda a “Reluzente”. Também com estampas e
pinturas autorais, utilizou novas texturas como veludo, pelúcia
e paetê. As estampas são da artista Sharmaine Caixeta e teve
curadoria de Gilson Plano. Naya entende o papel que tem em
promover a moda goiana no cenário nacional e internacional,
principalmente o de pessoas negras em um mercado que ainda
precisa quebrar muitos preconceitos.

CADERNO DE TENDÊNCIAS 13
Encerramentos: principais pontos
Representativo no Brasil e destaque no estado de Goiás, o mercado da moda está sempre atento
aos novos comportamentos do consumidor moderno, e vem acompanhando os movimentos de
sustentabilidade, inovação, autenticidade, diversidade e inclusão que ocorrem na sociedade e que
são essenciais para o desenvolvimento do setor. Com base nessas tendências, comportamentos e
oportunidades identificados no estudo, algumas dicas podem ser aplicadas aos negócios:

1 Priorizar práticas sustentáveis na produção e embalagem dos produtos.

2 Demonstrar transparência e responsabilidade social na cadeia de produção.

3 Integrar estratégias phygital para oferecer experiências únicas aos clientes.

4 Comunicar claramente os valores e posicionamento da marca.

5 Oferecer opções de personalização e produtos exclusivos.

6 Demonstrar a qualidade dos produtos e o valor emocional inerente a eles.

7 Oferecer opções de pesquisa de preços e demonstrar o valor do produto em relação ao preço.

8 Conhecer e adotar as ferramentas de tecnologia, principalmente as de inteligência artificial, em

prol de uma melhor e personalizada experiência do cliente.

As oportunidades valem sobretudo para os pequenos negócios, que encontram em alguns nichos
suas principais frentes de atuação, como nos crescentes mercados de segunda mão. Mas não limitado
a isso, sendo algumas opções, como vimos, o mercado de moda pet, plus size, vintage, genderless etc.
Ainda para os pequenos negócios, o Sebrae oferece diversas soluções para apoiar empreendedores
da área da moda. Essas soluções podem incluir consultorias, capacitações, cursos, eventos e missões
voltados para o setor. Alguns exemplos são:

• Cursos e oficinas: Customer Sucess (Sucesso do Cliente) (EAD),  Branding, Por quê ele é importante
(EAD), Trilha digital para geradores de conteúdo (Presencial),  Otimização de Resultados em
Marketing Digital, Oportunidades em Marketplaces.
• Consultorias: Melhoria de layout produtivo, Desenvolvimento de Coleções, Consultoria Omnichannel
para Integração dos Canais de Vendas, Desenvolvimento de Mídias Digitais de Comunicação.

Acesse os produtos do Sebrae Goiás

Instagram Página da Moda Instragram Grupo Conecta Moda

do Sebrae Goiás Sebrae Goiás do Amarê Fashion no WhatsApp

Contatos do Sebrae: @sebraego / sebraego.com.br / 0800 570 0800

CADERNO DE TENDÊNCIAS 14
Fontes utilizadas
Branding de moda: como criar um conceito para sua marca. Digitale Têxtil, 2020. A moda é expressão da nossa personalidade
e necessidades. Sou de algodão, 2020. Carol Carlovich. Phygital: entenda o novo conceito que está tomando conta do
mundo da moda. Glamour, 2020. Rodrigo Brito. ranquias de moda: vale a pena investir? Em quais marcas? Top Franquias,
2021. Camila Yahn. A moda aposta Fno amor para se reconectar às pessoas. FFW, 2021. Flavia Correia. Cientistas criam
“metafabric”: tecido para enfrentar as mudanças climáticas. Olhar Digital, 2021. Gabriel Monteiro. Thear celebra art déco
goianiense com detalhismo. Elle, 2021. Cristyele Oliveira. Moda genderless: entenda a proposta de roupas sem gênero. Área
da Mulher, 2022. Felipe Pereira. Brechós ganham cada vez mais destaque no mercado da moda. Whow, 2022. Julia Storch.
Com roupas, acessórios e gadgets, mercado de luxo pet cresce no Brasil. Exame, 2022. Mercado de segunda mão: um nicho
bilionário da moda. Sebrae, 2022.Ilca Maria Estevão. Conheça a marca goiana Thear, destaque no SPFW e Casa de Criadores.
Metrópoles, 2022. Andre do Val. Thear - Highlights 2022. SPFW, 2022. Pequenas empresas que cresceram apostando no
delivery. LinkedIn, 2022. Por que é importante escolher um nicho no mercado da moda? Sebrae, 2022. Vitória Freitas. Nicho
de mercado: o que é, importância e como definir. E-commerce na prática, 2022. Viktoria Herrmann. Is Fashion’s Future
Genderless? Centric Pricing, 2022. Luxas Assunção. Naya Violeta | São Paulo | N54. Vogue, 2022. 5 motivos que fazem do
brechó uma tendência mundial. Sou de Algodão, 2023. Estudo Setorial: Desafios e Oportunidades para o Polo da Moda
de Goiás. Vitrine do Sebrae Goiás. Acesso em 2023. Expansão à vista: mercado pet projeta crescimento de 15% entre 2023
e 2024. Cães & Gatos, 2023. Isabela Bolzani. Mercado bilionário: demanda cresce e moda plus size planeja R$ 15 bilhões
de faturamento até 2027. G1, 2023. Jeniffer Braun. Geração Z e Millennials impulsionam a demanda pelo vintage. Fashion
Network, 2023. Lojas de franquia de moda somam R$23,6 milhões em vendas no Brasil. Exclusivo, 2023. Mariana Tozzini.
Mercado de segunda mão ganha força com crescimento da economia circular. Trendings. Acesso em 2023. Mercado de
marketplace cresceu 3% no Brasil em 2022, mostra ABComm. E-commerce Brasil, 2023. O que é Fashion Delivery? Sebrae
RS, 2023. Pesquisa de Desempenho Franchising 2022. ABF, 2023. Most popular categories for online purchases in Brazil as
of March 2023. Statista, 2023. Entenda o conceito de phygital e como trazer essa experiência para os negócios do mundo da
moda. Sebrae Play, 2023. Moda sustentável: entenda o que é, impactos e importância para o meio ambiente. CNN Brasil,
2023. Bruna Montenegro. Moda sustentável: alternativas de produção e de consumo para se ter um meio ambiente mais
preservado. EBAC, 2023. Mayara Campos. Marca de moda autoral com estampas de artistas de MT é lançada em desfile
nesta sexta. Olhar Conceito, 2023. Naya Violeta volta ao passado e apresenta a coleção “Reluzente”. Harper’s Bazaar,
2023. O que é moda phygital e como ela integra o físico e o digital na sua coleção? Audaces. Acesso em 2023. Branding na
Moda: O que é e porque é tão importante. Arara Digital. Acesso em 2023. Gabriel Fusari. Inteligência artificial: como essa
ferramenta impacta a moda. FFW, 2023. IA é uma grande aliada do varejo na geração de experiências personalizadas.
E-commerce Brasil, 2023. Retail e-commerce revenue in Brazil from 2017 to 2027(in billion U.S. dollars). Statista, 2023.
Gabriella Tomaz. 5 tendências que impulsionarão o mercado até 2025. Varejo S. A., 2023 .Roupas para pedalar no Inverno:
dicas essenciais para uma pedalada confortável no frio! Blog Cycle7, 2023. Gabriel Fusari. Inteligência Artificial: como
essa ferramenta impacta a moda? FFW, 2023. Saiba como a Inteligência Artificial vem influenciando a indústria da moda.
Audaces. Acesso em 2023. Período de pesquisa: 27 de junho a 10 de julho de 2023.

CADERNO DE TENDÊNCIAS / MODA / JULHO DE 2023

Elaborado por DOT Group Conselho Deliberativo Estadual – Sebrae Goiás Unidade de Gestão Estratégica
Elaborado
Analistas depor DOT Group
inteligência Unidade
José Mário de Gestão
Schreiner - Presidente Unidade de Francisco
Atendimento
Lima Júnior - Gerente
Ana Beatriz Slomski Estratégica
André Luiz e Desenvolvimento
Baptista Lins Rocha - Vice Presidente Territorial
Coordenação do Estudo
Mayara Bacelar Rita Francisco Lima Júnior Polyanna Marques Cardoso
Camila Moreira
Paulo Henrique de Souza Diretoria Executiva - Sebrae Goiás
Ana Beatriz Slomski Antônio Carlos de Souza Lima Neto Unidade de Atendimento
Mayara Bacelar Rita Diretor Gerente (Coordenação
Superintendente Gerente e Desenvolvimento Territorial
do Estudo)
João Carlos Gouveia (Gestora deCamila
Moda em Goiás)- Gerente
Moreira
Paulo Henrique de Souza Diretor Polyanna
de Administração
Marques e Finanças
Cardoso GestoraOliveira
Thaís Gonçalves de Moda em Goiás
Marcelo Lessa Medeiros Bezerra Thaís Gonçalves Oliveira
Diretor Técnico
/sebraegoia s