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FABRICAÇÃO DE
QUEIJOS ARTESANAIS
20h/aula
2021. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS – SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2021
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos
autorais (Lei no 9.610).
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INFORMAÇÕES E CONTATO
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Dirceu Borges
05 Apresentação
Apresentação
O curso de Boas Práticas de Fabricação funciona como um guia prático,
direcionado tanto a produtores de queijos artesanais como a pessoas
que tenham interesse no assunto. Focado na estruturação da proprieda-
de rural e processos de produção, abrange aspectos gestionários, como
a qualidade da água, processamento, armazenagem, embalagem, trans-
porte e monitoramento de produtos.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO 5
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
ATENÇÃO!
O curso conta com exemplos, alertas, curiosidades e dicas
que lhe ajudarão a assimilar o conteúdo. Atenção!
ESPIA!
Indicações de leituras extras aparecerão em momentos pon-
tuais, para que você aprofunde seu conhecimento. Então, dá
uma espiada!
APRESENTAÇÃO 6
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
APRESENTAÇÃO 7
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Objetivos de aprendizagem
Esperamos que, ao final do curso, você:
Identifique as possibilidades de
implementação de Boas Práticas
de Fabricação, de forma a contri-
buir com a saudabilidade de
sua produção.
Você verá que sempre há um ponto a ser melhorado, pois esse é um pro-
cesso contínuo!
APRESENTAÇÃO 8
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Conteúdo do curso
A seguir, conheça os assuntos que serão trabalhados em cada módulo
do curso.
Nesse módulo, você conhecerá o conceito de Boas Práticas de Fabricação e sua importân-
cia no contexto do Selo Arte, compreendendo o porquê de sua exigência pelo Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Verá, também, qual é a estrutura básica que uma queijaria reconhecida precisa ter, bem
como a importância de se manter a qualidade do principal insumo da produção: o leite!
Assim, ao final do módulo, conhecerá quais são os principais contaminantes que podem
afetar toda a sua produção, e como podem fazer isso, aprendendo, ainda como evitá-los
com a aplicação das BPFs.
Aqui, você terá uma visão geral sobre a produção de queijos artesanais, entendendo a im-
portância da gestão da qualidade nas queijarias; do cuidado na hora de selecionar as maté-
rias-primas, ingredientes e embalagens; observando a composição do leite; e entendendo
o processamento de leite, a partir dos tipos de pasteurização.
Também saberá como fazer a rotulagem correta dos alimentos e como transportá-los de
forma segura!
Verá a importância de inspecionar o leite, a água e os produtos acabados a partir de aná-
lises laboratoriais. Conhecerá o controle de fraudes, monitoramento da qualidade para
produtos acabados e recolhimento de produtos de origem desconhecida.
Por fim, verá como fazer o monitoramento das BPFs implementadas em sua propriedade.
APRESENTAÇÃO 9
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
No módulo final, você vai ver como mapear as Boas Práticas de Fabricação a partir do Ma-
nual de BPF - Manual de Boas Práticas de Fabricação.
Conhecerá os POPs: Procedimentos Operacionais Padrão, que ajudarão você a estabelecer
a periodicidade das tarefas a serem realizadas, bem como quem deverá fazê-las!
Os POPs envolvem higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios; con-
trole da potabilidade da água; higiene pessoal do colaborador, uso de uniformes e uso de
EPIs; controle integrado de vetores e pragas urbanas; manutenção preventiva e calibração
de equipamentos. Então, já sabe, né? São muito importantes!
Por fim, você verá que tem como otimizar tudo isso a partir da implementação e monitora-
mento de programas de autocontrole!
ATENÇÃO!
Este curso conta com uma equipe de mediação que atua
de forma proativa, para que você mantenha-se engajado e
tenha todo o suporte necessário para conquistar o seu certi-
ficado. Mas lembre-se: você é o responsável pelo seu aprendi-
zado, e deve desenvolvê-lo de maneira autônoma, fazendo a
gestão do tempo e criando um ritmo de estudos da maneira
mais adequada à sua rotina, sem perder, contudo, os prazos
das suas atividades.
APRESENTAÇÃO 10
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Chat:
Fóruns:
APRESENTAÇÃO 11
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Tira-dúvidas:
Vamos em frente?
APRESENTAÇÃO 12
Módulo 1
ENTENDENDO AS BOAS
PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Afinal, é por meio das BPFs que buscamos evitar contaminações diver-
sas, seja nas matérias-primas, equipamentos ou instalações, pois todos
esses elementos afetam o produto final.
ESPIA!
Para saber mais sobre as DTAs, em um computador com
acesso à internet, visite a página clicando aqui:
ATENÇÃO!
No caso dos alimentos de origem animal, é importante ficar aten-
to às zoonoses, que são doenças transmissíveis entre o homem e
os animais, sendo, possivelmente, veiculadas por meio de carne,
leite, ovos, entre outros.
ESPIA!
O tema é abordado no curso de Boas Práticas Agropecuárias,
que também é requisito para obtenção do Selo Arte no Esta-
do de Goiás, e também é oferecido pelo Senar Goiás!
ATENÇÃO!
Nesse processo, a assistência técnica e gerencial é essencial para
que você, produtor, não perca tempo e nem tenha gastos finan-
ceiros desnecessários. Um profissional capacitado pode orientá-lo
sobre o passo a passo desse processo, bem como sobre a adoção
das Boas Práticas de Fabricação.
Art. 1º Considera-se queijo artesanal aquele elaborado por métodos tradicionais, com
vinculação e valorização territorial, regional ou cultural, conforme protocolo de elabora-
ção específico estabelecido para cada tipo e variedade, e com emprego de boas práticas
agropecuárias e de fabricação.
Art. 2º O queijeiro artesanal é responsável pela identidade, pela qualidade e pela seguran-
ça sanitária do queijo por ele produzido e deve cumprir os requisitos sanitários estabeleci-
dos pelo poder público.
Art. 1º Considera-se queijo artesanal aquele elaborado por métodos tradicionais, produ-
zidos em sistema predominantemente manual e em escala não industrial, podendo ter
vinculação e valorização territorial, regional ou cultural, conforme protocolo de elabora-
ção específico estabelecido para cada tipo e variedade, e com emprego de boas práticas
agropecuárias e de fabricação.
Parágrafo único. Não se consideram queijos artesanais, para os efeitos desta Instrução
Normativa, aqueles feitos em indústrias de laticínios, mesmo que em seu registro no
órgão competente os responsáveis tenham obtido autorização para inserir nos rótulos os
termos ‘artesanal’ ou ‘tradicional’.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, você pode con-
sultar o modelo de documentação para solicitação de regis-
tro de estabelecimento Selo Arte. Para isso, clique aqui:
Preparado para ver onde implantar esses pontos em sua produção? Então,
vamos em frente!
Já sabemos que o Selo Arte é uma política pública criada pelo governo
federal por meio do MAPA. Foi esse órgão que estabeleceu, por meio do
Decreto Federal nº 9.918/2019, que compete aos órgãos de agricultura
e pecuária dos estados e do Distrito Federal a concessão do Selo Arte,
devendo atender os dispositivos legais federais e emitindo suas normas
complementares.
Além das regras de ambiente, a IN traz, em seu art. 7º, também, exigên-
cias sobre as instalações:
Disposição
Altura
ter pé-direito com altura suficiente, permitindo boas condições de temperatura, ventila-
ção, iluminação e paredes com impermeabilização mínima de 2 m (dois metros);
Pisos e paredes
pisos, paredes, forro, portas, janelas e demais instalações devem ser impermeáveis, consti-
tuídos de material resistente, de fácil limpeza e desinfecção;
Equipamentos e utensílios
Equipamentos de frio
Câmara fria
Disposição de sanitários
Sanitários
os sanitários devem ser providos de vasos sanitários com tampa, papel higiênico, pias, to-
alhas descartáveis, sabão líquido inodoro e neutro, cestas coletoras de papéis com tampa
acionada sem contato manual;
Armazenagem de soro
Essas regras não foram criadas à toa! Foram pensadas para garantir a
saudabilidade dos queijos, desde o projeto do local de fabricação até o
produto final.
Art. 5º
Para os fins desta Instrução Nor-
mativa considera-se queijaria arte-
sanal o estabelecimento localizado
em propriedade rural destinado à
fabricação de queijos artesanais,
elaborados com leite de sua pró-
pria produção ou acrescidos de
leite de origem determinada, que
envolva as etapas de fabricação,
maturação, acondicionamento,
rotulagem, armazenagem e expe-
dição.
§ 1º
Entende-se como produto de ori-
gem determinada aquele cujos
dados de identificação indicam
que sua obtenção não ocorreu na
propriedade onde está localizada
a unidade de processamento.
§ 2º
As matérias-primas de origem
animal (leite) utilizadas na fabri-
cação do produto final artesanal
deverão constar nas planilhas
de rastreabilidade do produto de
tal forma que permita a identifi-
cação desde sua obtenção e em
todo o processo de produção, até
a sua chegada no mercado.
§ 3º
O rebanho das propriedades que
fornecerem leite para queijaria
artesanal, autorizadas para a
produção de queijos a partir de
leite cru, deverá estar sadio, vaci-
nado contra as doenças-alvo dos
programas sanitários previstos
pelo Serviço Veterinário Oficial,
sem presença de sinais clínicos de
doenças infectocontagiosas e con-
forme previsto no artigo 3º desta
Instrução Normativa.
§ 4º
As propriedades que fornecerem lei-
te cru para a queijaria artesanal de-
vem comprovar que possuem Boas
Práticas Agropecuárias, devendo a
cópia do certificado de curso estar
arquivado na queijaria artesanal.
ATENÇÃO!
O leite que será matéria-prima para a produção de queijos ar-
tesanais poderá vir de outras propriedades rurais, desde que
se enquadrem no conceito de “origem determinada”, e que
sigam as mesmas orientações legais.
nha, se não tomarmos providências sanitárias para que isso não ocorra.
ESPIA!
Para entender a diferença entre perigo e risco, você pode visi-
tar o site a seguir em um computador com acesso à internet.
Para isso, clique aqui:
ESPIA!
Entenda mais sobre os microrganismos acessando a Cartilha
Sobre os Perigos na Produção Leiteira. Em um computador
com acesso à internet, visite o site clicando aqui:
ATENÇÃO!
Os defeitos em queijos relativos à contaminação microbioló-
gica costumam estar relacionados a falhas nos procedimen-
tos de higiene e/ou a falhas no processamento, como, por
exemplo, na pasteurização. Nesses casos, é possível observar
a presença de sabores amargos ou azedos nos queijos, e
falhas na coagulação. Outro sinal possível é o estufamento,
causado pelo desenvolvimento de bolhas de gás produzidas
por bactérias do tipo coliformes.
ESPIA!
Para conhecer os principais defeitos em queijos, clique aqui.
Sempre que você observar algum defeito em seus queijos, busque enten-
Conclusão do Módulo
Parabéns! Você chegou ao final do módulo.
ATENÇÃO!
As atividades de aprendizagem são obrigatórias e de múlti-
pla escolha. Você sempre terá três tentativas para responder
cada pergunta, além de ainda contar com feedbacks orienta-
tivos que poderão ajudá-lo nas oportunidades de resposta.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. Produzir queijos é uma verdadeira arte. Para cada variedade, existem
ingredientes e processos específicos, que buscam imprimir no produto
final características sensoriais próprias, como textura, cor, cheiro e sa-
bor. A produção artesanal de queijos é um patrimônio cultural de nosso
país. Nesse contexto, os órgãos e entidades de defesa sanitária do Bra-
sil têm buscado estratégias para regulamentar esses produtos. Assim,
em 14 de junho de 2018, com a publicação da Lei Federal nº 13.680/2018,
criou-se o Selo Arte.
Coluna 1:
1. Perigo físico
2. Perigo químico
3. Perigo biológico
Coluna 2:
( ) Fio de cabelo.
( ) Brucella spp.
( ) Resíduo de antibiótico.
( ) Campylobacter spp.
( ) Asa de mosca.
( ) Detergente.
a. 1, 3, 1, 1, 3, 2.
b. 1, 3, 2, 3, 1, 2.
c. 2, 2, 1, 3, 3, 1.
d. 2, 2, 3, 1, 3, 2.
e. 3, 1, 2, 1, 2, 3.
Como vimos anteriormente, a arte de produzir queijos artesanais deve vir acom-
panhada de técnicas e procedimentos higiênicos, com foco em qualidade.
Bons estudos!
ESPIA!
Para conhecer a Cartilha orientativa do MAPA, em um com-
putador com internet, clique aqui.
Art. 11. O queijeiro artesanal é responsável pela identidade, pela qualidade e pela seguran-
ça sanitária do queijo por ele produzido e deve cumprir os requisitos sanitários estabeleci-
dos em legislação específica.
Obrigatoriedade de registro
Composição do leite
Antes de começarmos a falar sobre o processamento do leite e a trans-
formação deste rico alimento em nossos queijos artesanais, é importan-
te entender sobre sua composição.
ATENÇÃO!
A composição do leite pode variar por diversos fatores, como
raça do animal, alimentação e fase da vida.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, visite os seguin-
tes sites para ver mais sobre a composição do leite bovino,
de cabra e de ovelha.
ATENÇÃO!
Como já comentado, o objetivo deste curso não é a descrição
das técnicas de produção de leite, mas sim a compreensão
das ações e ferramentas que podem ser úteis na produção
de um queijo artesanal de qualidade, sem contaminações.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, visite o site
para conhecer o processo de pasteurização lenta. Para
isso, clique aqui.
Ainda sobre esse assunto, veja a seguir uma videoaula para compreen-
der melhor esses processos:
Transporte de queijos
Qual a melhor forma de realizar o transporte dos queijos que você pro-
duz? Investir nas suas condições de transporte é uma forma de garantir
a integridade das embalagens e dos produtos.
A forma como o queijo será guardado dentro dessas caixas deve ser obser-
vada, pois é preciso evitar que ele sofra deformações. Isso pode acontecer
aos queijos que serão alocados no fundo dos recipientes, por exemplo.
Rotulagem de alimentos
A embalagem dos alimentos agrega diversas informações ao consumi-
dor e, por isso, deve ser pensada com bastante cuidado. Para saber mais
a respeito disso, leia o texto do quadro a seguir:
• Classificação.
• Os dados da propriedade de origem.
• Nome e CPF do proprietário que identifica o queijo.
• E outras informações autorizadas pela inspeção oficial.
ATENÇÃO!
Destacando como seu produto é único e especial.
Todo este processo é feito de forma digital, por meio do Sistema de De-
fesa Agropecuária do Estado de Goiás, o SIDAGO.
ATENÇÃO!
Conforme o art. 14 da Instrução Normativa nº 06/2019 da Agro-
defesa, é essencial que você insira no SIDAGO os memoriais
descritivos de produção e croqui de rótulos utilizados pela
sua queijaria.
Uma orientação muito importante é que você mande fazer seus rótu-
los apenas após a aprovação final na Agrodefesa, para que não haja um
desperdício de recursos desnecessariamente.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, visite os se-
guintes sites para ver mais sobre embalagens para queijos
e rotulagem de alimentos:
Para informações sobre embalagens para queijos, clique aqui.
Para informações sobre rotulagem de alimentos, clique aqui.
Art. 2º O registro das queijarias artesanais será requerido à Agência Goiana de Defesa
Agropecuária – Agrodefesa, mediante apresentação dos seguintes documentos:
X - Análise oficial de exame da água de abastecimento do estabelecimento, realizada no
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, com atendimento dos padrões microbioló-
gicos e físico-químicos previstos em legislação específica para consumo humano e seu
padrão de potabilidade:
a) deverá ser analisado cloro livre em todas as amostras;
b) a colheita de amostra para análise da água deverá ser da sala de produção.
Além dos cuidados para o registro, a atenção deve seguir constante:
Art. 4º Para produção dos queijos artesanais, visando a qualidade e inocuidade dos produtos, o
produtor artesanal deve:
IV - Realizar exames laboratoriais de rotina para monitorar a qualidade da água anualmente;
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, clique aqui
para ter mais informações sobre análises de queijos.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, clique aqui
para conhecer as principais fraudes em alimentos.
ATENÇÃO!
Como queijeiro artesanal, já comentamos sobre a importân-
cia da gestão da qualidade de sua produção, com objetivo de
produzir alimentos seguros.
ESPIA!
Em um computador com acesso à internet, clique aqui
para ter mais informações sobre as tecnologias de gestão
de qualidade de produtos artesanais.
Conclusão do Módulo
Parabéns, você concluiu o módulo 2. Nele você estudou a produção de quei-
jos artesanais e o registro das queijarias para obtenção do Selo Arte no Esta-
do de Goiás. Além disso, viu também o conceito de qualidade e de gestão da
qualidade, demonstrando a importância das análises da água utilizada na
queijaria, do leite, nossa principal matéria-prima, e dos produtos acabados,
para fins de monitoramento da produção.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. Sr. João produz queijos artesanais a partir do leite cru, ou seja, não
realiza nenhum tipo de tratamento térmico, como a pasteurização, em
seu processo produtivo. Ao dar entrada na documentação para registro
de sua queijaria e obtenção do Selo Arte, foi informado que a legislação
apresenta exigências específicas para a produção de queijos a partir do
leite cru, considerando o risco sanitário.
a. F, F, F, V.
b. F, V, V, F.
c. V, V, V, F.
d. V, V, F, V.
e. V, F, V, V.
Olá! Você leva a sério o seu manual de Boas Práticas? Esse documento é es-
sencial para orientar os processos operacionais da sua queijaria!
É muito importante que você esteja atento e verifique se o conteúdo do seu
manual é personalizado e adequado à sua produção.
Já pensou? Constarem as etapas de higienização de um tanque pasteuriza-
dor que você nem mesmo tem? Não dá, né?
Ele centraliza as informações particulares de cada produção, e é muito im-
portante, inclusive, que descreva o fluxo, mapeando todos os processos, e
deixando claro para o leitor como funciona o seu estabelecimento.
Esse mapeamento é um grande aliado na hora de rastrear riscos de contami-
nações, considerando os perigos físicos, químicos e biológicos!
É uma ação que faz parte da criação dos Programas de Autocontrole (PACs),
por meio da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), sendo
uma importante ferramenta de gestão a ser desenvolvida em conjunto com
sua orientação técnica, considerando a melhoria contínua dos processos!
Lembre-se que, como tudo no mundo, a produção de queijo evoluiu e conti-
nua evoluindo. Portanto, não deixe de revisar o seu manual periodicamente,
atualizando-o sempre que necessário! Boa produção!
01
Passo a passo para realização,
como uma “receita de bolo”.
02
Frequência de realização, ou seja, se
a atividade deve ser realizada diaria-
mente, uma vez por semana, a cada
seis meses, anualmente, ou mesmo
a cada vez que uma pessoa for en-
trar na sala de produção de queijos.
03
Os materiais necessários, com
quantidade e descrição sempre
que preciso. Exemplo: para a higie-
ne das mãos, será necessário sabo-
nete líquido neutro, papel toalha
descartável e sanitizante, como
álcool em gel.
04
O responsável pela ação, que pode
ser um colaborador específico, o
queijeiro responsável pela produ-
ção, ou mesmo todos os funcioná-
rios, como é o caso dos POPs de
higienização de mãos e de botas.
Cabeçalho:
Rodapé:
• Outro meio de controle é ficar atento à fonte de água das suas instalações e monitorar o
funcionamento dos equipamentos obrigatórios de filtração e cloração.
A higienização das caixas d’água deve ser realizada a cada 6 (seis) me-
ses, ou em menor prazo, caso seja necessário. O procedimento pode
variar de acordo com sua estrutura.
ATENÇÃO!
Indivíduos com sinais de gripe, febre e/ou doenças gastroin-
testinais (como vômito e diarreia) devem ser imediatamente
afastados do trabalho, e só retornarem quando estiverem em
plenas condições de saúde. Oriente seus colaboradores para
que visitem um médico regularmente, realizando os exames
de rotina por estes indicados.
ATENÇÃO!
É importante que se descreva um POP de controle integrado
de pragas. Assim como para a limpeza das caixas d’água, esse
serviço pode ser terceirizado, mas, ainda assim, o POP deve
constar com todas as informações necessárias já aprendidas.
ATENÇÃO!
A produção de silagens, fenos e os pastejos rotacionados é
uma estratégia importante para o planejamento forrageiro na
propriedade. Juntamente com a suplementação concentrada,
essas produções fazem parte da preparação da fazenda para
períodos críticos, para que as exigências nutricionais do reba-
nho sejam atendidas, assim como o desempenho adequado,
produzindo o leite em quantidade e qualidade ideal para a
fabricação de queijos.
Descrição
Implantação
Consolidação
Conclusão do Módulo
Parabéns! Você chegou ao final do módulo.
ATENÇÃO!
As atividades de aprendizagem são obrigatórias e de múltipla
escolha. Você sempre terá três tentativas para responder cada
pergunta, além de ainda contar com feedbacks orientativos
que poderão ajudá-lo nas oportunidades de resposta.
MÓDULO 03 |DO
CONCLUSÃO ESTABELECENDO
MÓDULO TAREFAS 106
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. As Boas Práticas de Fabricação buscam tanto a saudabilidade dos
queijos artesanais quanto a rentabilidade da produção. Nesse sentido,
muito se fala sobre a importância da adoção de estratégias e cuidados
com esse foco, de forma ordenada e auditável. Para isso, cada queijaria
artesanal deve possuir seu próprio Manual de Boas Práticas.
Coluna 1:
1. Plan/Planejar
2. Do/Fazer
3. Check/Checar
4. Act/Agir
Coluna 2:
Gabarito
MÓDULO 1
1. E
2. A
3. B
MÓDULO 2
1. C
2. A
3. B
MÓDULO 3
1. C
2. E
3. B
MÓDULO 03 | ESTABELECENDO
ENCERRAMENTO DO CURSO TAREFAS 110
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Encerramento do curso
Você chegou ao final do curso do Boas Práticas de Fabricação. Foram
três módulos repletos de conteúdo, então, que tal recordar um pouco
do que você aprendeu até aqui?
Aqui, você conheceu o conceito das BPFs, sua importância e o seu sentido no contexto do Selo Arte.
Também pôde conhecer a estrutura básica que uma queijaria artesanal precisa ostentar para garan-
tir a certificação, e quais os principais contaminantes que podem afetar a sua produção. Recorda-se
deles?
Neste módulo, você aprendeu que toda a sua produção funciona de forma conjunta. Ou seja, o am-
biente externo afeta o ambiente interno e, por isso, observar as BPAs também é essencial!
No segundo módulo, você teve um panorama geral sobre a produção de queijos artesanais, obser-
vando a importância de gerir as etapas com maestria, considerando desde a seleção da matéria-pri-
ma até o transporte do produto.
Conheceu os métodos de pasteurização e viu a essencialidade de manter em dia as análises de água,
leite, e também dos produtos acabados!
A partir disso, pôde acompanhar um pouco mais a respeito do controle de fraudes e monitoramen-
to de produtos finalizados. Tudo isso para refletir sobre a implementação correta das BPFs em sua
propriedade.
MÓDULO 03 | ESTABELECENDO
ENCERRAMENTO DO CURSO TAREFAS 111
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Por fim, você conheceu os Procedimentos Operacionais Padrão, aquelas ações indispen-
sáveis para manter a qualidade do produto que você oferece! A partir deles, você pôde
compreender sobre a fundamentalidade de manter um manual de BPF em sua queijaria,
evitando contaminações, mantendo o controle de pragas e elevando, sempre, a saudabili-
dade do queijo.
Ah! E, claro, também viu como a aplicação de programas de autocontrole pode otimizar a
implementação das BPFs em sua propriedade, tornando-as, de fato, um processo de me-
lhoria contínua!
Todo esse conteúdo foi pensado para trazer a você, produtor, mais do
que a adequação da sua produção à legislação e a certificação para
conquistar o Selo Arte, mas, também, a elevação do padrão de seus pro-
dutos e a geração de valor à sua cadeia produtiva!
ATENÇÃO!
Mas lembre-se! Para garantir o seu Selo Arte, não basta ter a
certificação apenas do curso de Boas Práticas de Fabricação: é
preciso da certificação em Boas Práticas Agropecuárias, cur-
so que você também encontra aqui, no Senar Goiás! Se você
ainda não fez esse curso, corre que ainda dá tempo!
MÓDULO 03 | ESTABELECENDO
ENCERRAMENTO DO CURSO TAREFAS 112
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Finalização do curso
Estamos quase no fim, mas, para você obter seu certificado no curso, é
necessário realizar duas tarefas no AVA:
• A avaliação final do curso no Ambiente de Aprendizagem Virtual.
MÓDULO 03 |DO
FINALIZAÇÃO ESTABELECENDO
CURSO TAREFAS 113
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Portaria nº 368, de 4 de setembro de 1997. Aprova o Regulamento
Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/
inspecao/produtos-animal/empresario/Portaria_368.1997.pdf/view. Aces-
so em: 04 mai. 2021.
MÓDULO 03 |BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS ESTABELECENDO TAREFAS 114
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
MÓDULO 03 |BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS ESTABELECENDO TAREFAS 115
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
MÓDULO 03 |BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS ESTABELECENDO TAREFAS 116