Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN 2237-8324
R E V IS TA DO P R O F E S S O R
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
ISSN 🞄 2237-8324
PA E B E S 2018
Programa de Avaliação da Educação
Básica do Espírito Santo
Revista do Professor
Língua Portuguesa
Leitura e Produção de Texto
FICHA CATALOGRÁFICA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação.
ISSN 2237-8324
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
S U M Á R I O
4 Apresentação
Resultados
6 da escola
Itinerário de apropriação
7 dos resultados
Padrões de
24 desempenho e itens
114 Anexos
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e sc o la
I t i n e r á r i o de a p r o p r i a ç ão d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão s o m a t i v a
A n e x os
Olá, professor(a)!
Bom trabalho!
5
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e s c o l a
I t i n e r á r i o de a p r o p r i a ç ão d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão s o m a t i v a
A n e x os
R E S U L T AD OS
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e s c o l a
P a d r õ e s de d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão s o m a t i v a
A n e x os
RP . Revista do Professor
8
PAEBES - 2018
A c ompanhament o
e a v a l i a ç ão
das aç õe s de
i n t er v e n ç ão
pedagógic a
3ª E T AP A
Possibilidades de uso
2ª E T AP A
dos resultados (plano de
Análise dos resultados intervenção pedagógica)
da escola
I M P O R T A N T E ! Percorra
esse itinerário considerando
separadamente os resultados
de cada etapa de escolaridade
avaliada nessa disciplina.
9
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
1ª E T AP A
P a r t i c i p a ç ão
% Percentual de participação
Desempenho
10
PAEBES - 201
P ar a d a 1 - P a r t i c i p a ç ão
Previsto 92825
Número de estudantes que de fato
Efetivo 86996
realizaram a avaliação
Percentual93,7
11
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Par ada 2 - D e s e m p e n h o
TRI TC T
Pro f i c i ê n c i a
Perc entual
média
de ac e r t o p o r
d e s c r i t or
D i s t r i b u i ç ão
d o s e s t u d a n t es
p o r p a d r ão de
desempenho
I. P r o f i c i ê n c i a m é d i a
A proficiência média da escola corresponde à média aritmética das
proficiências dos estudantes em cada disciplina e etapa avaliadas.
Pro f i c i ê n c i a
Saberes estimados a
313,5
partir das tarefas que
o estudante é capaz
de realizar na
resolução dos itens
do teste.
12
PAEBES - 201
Edição Proficiência
2016 210.9
2017 214.4
2018 225.3
13
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
DOMÍNIOSCOMPETÊNCIAS DESCRITORES
Identifica letras
Localiza informação
Identifica tema
Estratégias de leitura
Realiza inferência
Distingue posicionamentos
PADRÕES DE DESEMPENHO
14
PAEBES - 201
Pro f i c i ê n c i a e
desempenho
escala de proficiência.
'
P a d r õ e s de d e s e m p e n h o
Intervalos da escala de proficiência correspondentes
conjunto de determinadas habilidades e competênci
É importante observar que a média de proficiência da escola a colo- ca em um determinado padrão de desempenho. Mas
15
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
I I . D i s t r i b u i ç ão d o s e s t u d a n t es p o r
p a d r ã o de d e s e m p e n h o e s t u d a n t i l
Percentuais de estudantes
2016 258.1 11,1 30,8 39,4 18,7 em cada padrão de
desempenho
16
PAEBES - 201
MATRIZ DE R E F E R Ê N C I A - L í n gu a P o r t u g u e s a
17
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
2ª E T AP A
Análise dos resultados da escola
P a r a d a 1 – R e u n i ã o c om a e q u i p e
p e d a g ó g i c a e a e q u i p e g e s t or a
P ar a d a 2 – R e a l i z aç ão da a n á l i s e d o s
resultados
18
PAEBES - 201
P ar a d a 3 – O r i e n t a ç õ e s p a r a a
r e a l i z aç ão da a n á l i s e d o s r e s u l t a d o s
19
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
20
PAEBES - 201
P ar a d a 4 – D e f i n i ç ão d a s aç õ e s de
i n t er v e n ç ão p e d a g ó g i c a
3ª E T AP A
Possibilidades de uso dos resultados
21
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
P ar a d a 1 – D e t a l h a m e n t o d a s aç õ e s
de i n t er v e n ç ão p e d a g ó g i c a
P ar a d a 2 – De f i n i ç ão d a s t a r e f as
22
PAEBES - 201
Vamos lá?
23
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e s c o l a
I t i n e r á r i o de a p r o p r i a ç ão d o s r e s u l t a d o s
Padrões de d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão s o m a t i v a
A n e x os
25
PAEBES - 201
De acordo com sua proficiência, cada estudante é alocado em um determinado padrão. Desse modo,
torna-se possível orientar as ações de intervenção pedagógica para os grupos de estudantes com re-
sultados similares.
Esta seção apresenta a descrição pedagógica dos padrões e níveis de desempenho estabelecidos
para o PAEBES 2018.
LÍNGUA PORTUGUESA
Abaixo do
Básico Proficiente Avançado
básico
PRODUÇÃO DE TEXTO
Abaixo do
Básico Intermediário Adequado Avançado
básico
5º Ano EF 0,1 a 2,0 2,1 a 4,0 4,1 a 6,0 6,1 a 8,0 8,1 a 10,0
Confira, nas próximas páginas, a descrição das habilidades referentes a cada padrão e observe os
itens exemplares que ilustram cada padrão/nível de desempenho.
2
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Abaixo do básico
ATÉ 150 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Ler frases.
C Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
26
PAEBES - 2018
Abaixo do básico
C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como
tirinhas.
Ingredientes
2 bananas nanicas cortadas ao meio 1/2
mamão papaia picado
2 xícaras de leite gelado 2
colheres (sopa) de mel 4
pedras de gelo
Modo de fazer
Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata bem. Sirva a seguir.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/ecokids/receitas/suco_003.htm>. Acesso em: 18 jan. 2016. (P050830H6_SUP)
28
PAEBES - 201
Básico
DE 150 A 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
2
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Ingredientes:
4 pães de hambúrguer (pode usar outro tipo de pão também)
2 colheres de sopa de azeite 4
ovos cozidos picados
5 7 colheres de sopa de queijo fresco picado
2 tomates picados
1 colher de café (colherzinha pequena) de sal
1 cenoura pequena ralada
Modo de preparo:
10 Corte os pães ao meio. Misture todos os ingredientes (queijo, sal, cenoura, azeite e ovos) numa
tigela, recheie os pães. Embrulhe os pães com papel alumínio e peça para a mamãe colocar no
forno médio por 15 minutos.
Disponível em: <https://goo.gl/Asx8kB>. Acesso em: 7 dez. 2015. (P050520H6_SUP)
(P050520H6) De acordo com esse texto, quantos ovos cozidos picados serão usados no sanduba?
A) 1.
B) 2.
C) 4.
D) 7.
30
PAEBES - 201
Básico
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-
ções de jogo.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em
fábulas.
3
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como
ele é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando:
“Sou tão bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...]
Quem sabe eu sou gente?”.
5 E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não.
[...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho.
E dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão.
Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de
10 bonito, acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo
dia alguém arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]
– Então como é que você sabe falar?
– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.
15 – Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um
pato mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]
De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele
tinha sonhado. Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:
– Eu sou um pato... eu sou um pato...
20 E seus pais disseram:
– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]
E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na
lagoa, do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”.
E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_
marcelo_patinho.htm>. Acesso em: 8 mar. 2016. Fragmento. (P090846H6_SUP)
(P091113H6) Nesse texto, no trecho “‘Como ele é bonito!’” (ℓ. 1-2), o ponto de exclamação foi usado para
indicar
A) admiração.
B) alívio.
C) deboche.
D) dúvida.
32
PAEBES - 201
Proficiente
DE 200 A 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão
adverbial em contos.
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e em contos.
3
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como
ele é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando:
“Sou tão bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...]
Quem sabe eu sou gente?”.
5 E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não.
[...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho.
E dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão.
Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de
10 bonito, acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo
dia alguém arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]
– Então como é que você sabe falar?
– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.
15 – Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um
pato mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]
De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele
tinha sonhado. Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:
– Eu sou um pato... eu sou um pato...
20 E seus pais disseram:
– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]
E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na
lagoa, do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”.
E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_
marcelo_patinho.htm>. Acesso em: 8 mar. 2016. Fragmento. (P090846H6_SUP)
34
PAEBES - 201
Proficiente
3
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Um bebê e uma pessoa adulta são bastante parecidos. Muda o tamanho, mas os
membros e outras partes do corpo são os mesmos: o neném já tem o nariz, os olhos,
a barriga e as pernas que terá quando crescer. Isso funciona para todos os mamíferos,
mas não é verdade para todos os animais. Um sapo e um girino, por exemplo, são muito
5 diferentes; uma lagarta e uma borboleta, também. Apresento hoje mais um caso curioso: o
da anêmona Isarachnanthus nocturnus.
Ao nascer, na fase larval, essa espécie mais parece uma água-viva. Nada próximo à
superfície da água e movimenta-se bastante, viajando quilômetros pelos mares. Já o indivíduo
adulto se fixa no fundo do oceano e permanece no mesmo local pelo resto da vida.
10 Até agora, os cientistas conheciam apenas a versão adulta da anêmona, famosa entre os
mergulhadores noturnos por abrir seus tentáculos apenas à noite – durante o dia, sob a luz
do Sol, ela se fecha para proteger-se dos predadores. Quando o biólogo Sérgio Stampar,
da Universidade Estadual Paulista, coletou no mar um exemplar da pequena larva, pensou
tratar-se de uma nova espécie!
15 Depois de um tempo de observação no laboratório, no entanto, ele viu que o animal era,
na verdade, Isarachnanthus nocturnus. [...] Quem tirou a prova dos nove e deu certeza
de que eram larva e adulto de uma mesma espécie foi o exame de DNA. “Mesmo com
aparências diferentes, larva e adulto apresentam o mesmo material genético”, explica
Sérgio. Por isso, ele recomenda que a identificação das espécies tenha sempre um teste
20 de DNA como etapa – mais ou menos como a leitura de um código de barras para identificar
um produto no supermercado.
PINHEIRO, Iara. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/tal-pai-tal-filho/>. Acesso em: 8 dez. 2015. Fragmento. (P050521H6_SUP)
(P050002I7) Nesse texto, a expressão “tirou a prova dos nove” (ℓ. 16) significa
A) calcular.
B) confirmar.
C) defender.
D) suspeitar.
3
PAEBES - 201
Avançado
ACIMA DE 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens
e tirinhas.
37
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Panelas de barro
Em Vitória, o artesanato mais famoso é o das paneleiras de Goiabeiras, que fazem as panelas de barro
em que são feitas as moquecas e tortas capixabas.
As panelas são feitas à mão e queimadas no fogo. O barro vem de um lugar chamado Barreiros, em
Vitória.
As panelas de barro do Espírito Santo são conhecidas e utilizadas em todo Brasil. Servem até como
elemento de decoração. Mas, cá pra nós, é preferível uma panela de barro fazendo moqueca do que
enfeitando uma sala.
PACHECO, Renato. Panelas de barro. Penedo vai, Penedo vem...Cartilha Capixaba. p. 11. (P050344G5_SUP)
38
PAEBES - 201
Avançado
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas reportagens.
3
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
40
PAEBES - 201
Avançado
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas e reportagens.
4
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
O corvo e o jarro
Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez o vira cheio d’água. Mas,
desapontado, verificou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico. Tentou
derramar o jarro, mas era impossível: o jarro era pesado demais.
De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou
dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia. Jogou tantas
bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo. E o corvo pôde beber.
Onde a força falha, a inteligência vence.
BAÚ DAS HISTÓRIAS E POEMAS. O corvo e o jarro. 2013.Disponível em: <https://goo.gl/VdjHpJ>. Acesso em: 18 abr. 2016.(P050680H6_SUP)
Avançado
4
PAEBES - 201
Avançado
C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.
4
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Brincar
Brincar é gostoso.
Brincando a gente aprende muitas coisas também. Por exemplo, brincando a gente aprende a
... brincar!
A gente pode brincar correndo, pulando e até sentado.
5 A gente pode brincar com um anel ou com uma pedrinha no chão. E com muitas outras coisas.
Usando a cabeça, a gente pode inventar uma brincadeira. Usando as
mãos, a gente pode construir um brinquedo.
E usando os pés – o que a gente pode fazer?
E as palavras – será que a gente pode brincar com elas?
10 Ou será que elas são tão envergonhadas que vão correndo se esconder no meio do dicionário
... ou da gramática?
Eu brinco, você brinca, os gatinhos brincam, as minhocas brin... bem, as minhocas eu não sei se
brincam, mas devem brincar, sim, do jeito delas...
E você, como é que você brinca?
CAMARGO, Luiz. Disponível em: <http://migre.me/qqENp>. Acesso em: 6 abr. 2014. (P050269G5_SUP)
4
PAEBES - 201
Abaixo do básico
ABAIXO DO
BÁSICO
0,1 a 2,0
O aluno cuja escrita encontra-se neste nível de desempenho revela já ter conseguido compreender
como funciona o sistema de escrita da Língua Portuguesa, percebendo que, para grafar uma sílaba,
são necessárias duas ou mais letras (ou apenas uma letra, desde que seja uma vogal, elemento
básico para a configuração de qualquer sílaba em uma palavra da nossa língua), compreendendo a
escrita como transcrição fonética da sua fala.
No entanto, ele ainda não possui domínio adequado da escrita, apresentando muitos desvios
ortográfi- cos e de segmentação de palavras, além da ausência ou escassez de sinais de pontuação.
Ao elaborar um texto, o aluno apresenta ideias desconexas acerca do tema (soltas, sem progressão)
ou o desenvolve de forma tangencial (superficial), porém com certa progressão. Contudo, essas
ideias não se articulam de forma coerente, uma vez que se observa escassez ou ausência de
recursos coesivos ou quase total inadequação quando os empregam, com predomínio de frases
soltas, listas de palavras e/ ou de frases.
45
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
4
PAEBES - 201
47
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Básico
BÁSICO
2,1 a 4,0
O aluno cuja escrita encontra-se neste nível elabora textos com graves e frequentes desvios na
escolha de registro (marcas de oralidade e emprego de coloquialismos, principalmente) e/ou de
convenções da escrita, os quais prejudicam a inteligibilidade de seu texto por ocorrerem de forma
sistemática, acompa- nhado de muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos, geralmente.
Do ponto de vista do desenvolvimento temático dentro da estrutura narrativa, o texto limita-se a meras
apresentações de acontecimentos, eventos e/ou cenas, omitindo fatos importantes de sua narrativa.
Contudo, sua escrita é mais compreensível do que a apresentada por alunos no nível ABAIXO DO BÁ-
SICO.
4
PAEBES - 201
49
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
5
PAEBES - 201
Intermediário
INTERMEDIÁRIO
4,1 a 6,0
O aluno com escrita alocada neste nível ainda mistura as hipóteses alfabética e ortográfica, mesmo
com predomínio dessa, apresentando eventuais desvios de registro, ou seja, aspectos gramaticais e
de con- venções da escrita que ainda influenciam na inteligibilidade de partes de seu texto.
Sua narrativa é desenvolvida de forma contínua, mas com fatos pouco organizados e relacionados de
forma pouco consistente em relação ao tema, com algumas inadequações na utilização dos recursos
coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto.
51
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
52
PAEBES - 201
Ao se examinar esse texto, percebe-se que, apesar guiram” – l. 06), em que as consoantes nasais
do título concordar com a proposta de narrativa encontram-se em posições trocadas, e, também,
da avaliação, o aluno inicia outra situação e, na palavra “OU VIRAN” (l. 04), no qual o “M” final
somente nas linhas 11 e 12, ele se refere a um foi substituído pelo “N”;
“lugar secreto”, destacando ao final do texto que
– incorreção de acento na palavra “TRÉS” em
se trata de uma casa (“naquela casa” – l. 29-30).
toda a extensão do texto (l. 02, 03, 15, 22, 24)
Mesmo assim, pode-se afirmar que o lugar onde
e ausência de acentuação em “ATRAS” (l. 21).
a narrativa des- crita acontece está definido, da
mesma forma que o tempo no qual os fatos se – na expressão “MAS VOUTARAM” (l. 29), ocorreu
desenrolam (“Numa noite” – l. 02). Além desses a troca do advérbio “MAIS” pela conjunção ad-
dois elementos da nar- rativa, nota-se, também, versativa “MAS”, além da troca da letra “L” por
que há personagens pra- ticando ações e o “U”, no verbo “VOUTARAM”;
enredo foi respeitado, apresen- tando situação
– emprego da forma contraída da preposição
inicial, central e desfecho.
“PARA” (“PRA” - l. 19), utilizada apenas na
lingua- gem falada ou em textos informais;
5
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Adequado
ADEQUADO
6,1 a 8,0
Após cinco anos de escolarização no Ensino Fundamental, espera-se que o aluno já tenha domínio
so- bre o código alfabético da escrita, identificando as relações entre grafemas e fonemas, pois os
desvios eventuais de registro que ele apresenta referem-se, em sua maioria, a questões relacionadas
à ortogra- fia oficial da Língua Portuguesa e a interferências da oralidade, assim como ocorrem
poucas inadequa- ções na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do
texto.
Na produção de textos narrativos, esse aluno já é capaz de compreender o tema delimitado pelas
tare- fas de produção textual, elaborando narrativas coerentes, apresentando os fatos de forma contínua,
com eventuais supressões de elementos da tipologia textual avaliada.
5
PAEBES - 201
5
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
– “vei me tirar” para “veio me tirar” (l. 11 e 12), escrita por influência
da linguagem falada;
5
PAEBES - 201
Avançado
AVANÇADO
8,1 a 10,0
Ao elaborar textos, o aluno que apresenta uma escrita em nível AVANÇADO não apresenta desvios
de registro e coesão ou apresenta ocorrências que não afetam a inteligibilidade do texto, por não
serem reincidentes e/ou revelarem desconhecimento. Além disso, sua produção apresenta todos os
elementos da estrutura prototípica da tipologia textual e a unidade temática mantém-se coerente ao
longo de todo o texto, revelando domínio da habilidade de produzir texto dentro do que se espera para
um aluno do 5º ano do ensino fundamental, mostrando que ele transporta para a escrita suas práticas
de leitura e conhecimentos linguísticos adquiridos ao longo dessas etapas da educação básica.
5
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
58
PAEBES - 201
Nesse texto, nota-se que o aluno formulou um relato coerente com o tema,
dando continuidade aos fatos da situação proposta, relatando-os de for-
ma bem estruturada. Observa-se que, embora o aluno passe a narrar na
3ª pessoa e não na primeira, como no texto motivador, o aluno
considerou a situação proposta como sendo a inicial e partiu para o
clímax, mantendo a sequência lógica dos fatos, dando corpo ao texto.
5
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Abaixo do básico
ATÉ 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6
PAEBES - 201
Abaixo do básico
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-
ções de jogo.
C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, tirinhas e
histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e textos de orientação.
61
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Querida Ângela,
Depois que você foi embora para Ribeirão Preto, eu fiquei um tempão andando pela
casa que nem barata tonta, achando tudo muito sem graça. Cada vez que eu pensava que
ia ter que esperar as outras férias para brincar outra vez com você, me dava vontade de
sair gritando de raiva. Mamãe me deu um picolé para eu ficar contente, mas a raiva era
5 tanta que eu mastiguei toda a ponta do pauzinho, até ficar franjinha. Mais tarde a Maria e a
Cláudia vieram me chamar para brincar. Nós ficamos pulando corda na calçada, e depois
sentamos no muro e ficamos brincando de botar apelidos nos meninos. O Carlinhos ficou
sendo o Carlão-sem-sabão. Toda vez que a mãe dele chamava para tomar banho, ele volta
depois com outra roupa, mas com a mesma cara. A Cláudia disse que o Carlinhos abre o
10 chuveiro só pra mãe dele ouvir o barulho, mas vai ver ele fica sentado na privada vendo a
água correr. Aí troca de roupa, e pronto.
A mania do Chico é dizer que um jogo não valeu sempre que ele está perdendo. Então,
o apelido dele ficou sendo mesmo “Chico-não-valeu”. Não deu para inventar mais apelido
porque os meninos ficaram loucos da vida, quiseram tomar a corda da gente e começaram
15 a puxar nosso cabelo. No fim cansou, a gente acabou indo todo mundo jogar queimada na
casa do Fernando.
Eu voltei para casa contente da vida, mas quando o Fábio me viu foi dizendo: “Tá tristinha
porque a priminha foi embora? Vai ser ruim mexericar sozinha por aí, né?” Ah, Ângela, que
raiva! Às vezes dá vontade de trocar esse irmão marmanjo por uma irmã do meu tamanho
20 como você!
Um beijo,
Marisa
Disponível em: <http://migre.me/n6vSo>. Acesso em: 25 nov. 2014. (P050084H6_SUP)
No trecho “... que nem barata tonta,...” (ℓ. 2), a expressão destacada tem o sentido de
(P050085H6)
A) estar doente.
B) estar preocupado.
C) ficar cansado de rodar.
D) ficar sem saber o que fazer.
62
PAEBES - 201
Básico
DE 200 A 275 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias, o assunto co-
mum a poemas e crônicas e a semelhança entre cartas do leitor e cartuns.
6
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas do leitor e de orientação
em manuais de instruções e o efeito do uso de diminutivo em contos.
JEAN BLOG. 2011. Disponível em: <http://jeangalvao.blogspot.com.br/2011/05/tirinhas-recreio.html>. Acesso em: 12 abr. 2018.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P091651H6_SUP)
64
PAEBES - 201
Básico
6
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
O amigo-secreto
(P090520H6) No trecho “Este contou por que comprou o CD importado para o Luís.” (ℓ. 6), a palavra destacada refere-se
a
A) Antônio.
B) Bruno.
C) Felipe.
D) Luís.
66
PAEBES - 201
Básico
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poe-
mas, fábulas e contos.
C Interpretar sentido de conjunções e advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais
em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens
e tirinhas.
6
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois
a resposta é: depende de quem o retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o
protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso frequente. Mas
os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
5 Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco
– a imagem mais famosa do general em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois
há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena. Depois de ver a
pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto
de uma montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa
10 mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito,
mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na campanha da
Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as
batalhas, que eram muito longas”, diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A
15 Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014. (P090324G5_SUP)
(P090325G5) De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão Bonaparte montava
A) um cavalo marrom.
B) um corcel branco.
C) uma mula branca.
D) uma mula castanha.
68
PAEBES - 201
Proficiente
DE 275 A 325 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e re-
portagens.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas repor-
tagens.
C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e letras
de música.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da
ironia em tirinhas, anedotas e contos.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
6
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e artigos.
Observar estrelas no céu noturno, em lugar distante da poluição luminosa, é uma oportunidade
única. Esses pontos brilhantes, com diferentes cores e tamanhos, há muito tempo despertam nossa
curiosidade, fazendo com que levemos para o firmamento nossos mitos e lendas. A aparente
eternidade das estrelas nos passa a sensação de que o divino e o mágico estão no céu.
5 Além de admirá-las, passamos a compreendê-las. Em particular, nos últimos 100 anos, graças
aos avanços tecnológicos, podemos observar as estrelas além da luz visível, descobrindo os
detalhes que envolvem seu nascimento, sua evolução e sua morte.
As estrelas são muito mais do que pontos brilhantes no céu. São objetos com grande massa em
alta temperatura, e a matéria que as constitui está no estado de plasma, no qual se encontra
10 altamente ionizada (eletricamente carregada). Devido ao balanço entre a força gravitacional, que
tende a fazer a estrela contrair, e à pressão gerada pela alta temperatura, que tende a fazê-la expandir, a
estrela permanece em equilíbrio na maior parte da sua existência. [...]
OLIVEIRA, Adilson de. Olhares para o infinito. In: Ciência Hoje. 2018. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/artigo/olhares-para-o-
infinito/>. Acesso em: 24 jul. 2018. Fragmento. (P090033I7_SUP)
70
PAEBES - 201
Proficiente
C Reconhecer relação de causa e consequência, entre pronomes e seus referentes e entre advérbio
de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em
textos expositivos.
C Inferir sentido de palavras, repetição de palavras, expressões, linguagem verbal e não verbal e
pon- tuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e reportagens.
7
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois
a resposta é: depende de quem o retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o
protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso frequente. Mas
os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
5 Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco
– a imagem mais famosa do general em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois
há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena. Depois de ver a
pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto
de uma montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa
10 mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito,
mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na campanha da
Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as
batalhas, que eram muito longas”, diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A
15 Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014. (P090324G5_SUP)
72
PAEBES - 201
Avançado
ACIMA DE 325 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos
de opinião.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos, cordéis e reportagens.
73
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação e o termo reto-
mado por pronome relativo em reportagens.
Toda vez que se fala da Convenção do Clima na imprensa, fala-se também em desastres
do meio ambiente. Efeito estufa, gás carbônico em excesso na atmosfera, são sinônimos
de desastre. Desastres naturais climáticos, principalmente enchentes, que causam enorme
destruição são o transtorno visível mais direto que se usa como ameaça para tentar
5 convencer aqueles que não querem passar a adotar processos energéticos mais limpos
(e mais caros). O que há de verdade nisto tudo? Afinal, aquecimentos e resfriamentos do
planeta não são novidades. Quem não ouviu falar das eras glaciais, por exemplo? Por que
agora deveria ser diferente?
A resposta é que as mudanças passadas foram naturais, e agora, o efeito é artificial,
10 causado pelo homem, e o resultado de modificar o efeito estufa, de contribuir artificialmente
para um aquecimento do planeta, pode trazer resultados que são uma grande incógnita.
Não se sabe ao certo o que pode acontecer. Os estudos ainda não são totalmente unânimes
em prever os resultados. Mas uma coisa é certa. Vai ser um processo destrutivo que pode
trazer enormes prejuízos para todos.
15 Reduzir o efeito estufa é possível, mas passa a ser um problema econômico. Adotar
processos de geração de energia mais limpos, e sem emissão de gás carbônico, custa
caro, e poderá afetar a economia dos países, principalmente aqueles que precisam investir
mais porque poluem mais. O Congresso Americano nomeou uma comissão para estudar o
assunto. [...]
Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo11.html>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento. (P090111C2_SUP)
Avançado
C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas
e artigos de opinião.
75
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
É muito comum ver pais conversando com seus recém-nascidos, fazendo gracinhas e
caras e bocas. Mas, o que muitos deles não sabem é que seus pequenos não conseguem
entender suas emoções na maioria das vezes.
Um estudo feito no Instituto de Psicologia na Universidade de Oslo e na Universidade de
5 Uppsala, envolvendo crianças de dois a três dias de vida, mostrou que a capacidade dos
bebês de distinguir emoções varia de acordo com a distância a que eles estão do rosto da
outra pessoa.
Esse estudo mostra que a distância máxima para um bebê distinguir se a pessoa está
feliz ou triste é de 30 cm. Se a distância vai para 60 cm ou mais, a imagem se torna
10 extremamente turva e ele não consegue distinguir as emoções do rosto.
Primeiro, os cientistas fizeram testes com adultos, usando vídeos de faces que mudavam
de expressão constantemente, para mostrar a facilidade que temos de distinguir umas das
outras. Depois, os mesmos vídeos foram mostrados para recém-nascidos: suas reações
para as expressões mostradas no vídeo indicaram se eles podiam ver as imagens ou não.
15 No geral, os bebês respondiam aos estímulos recebidos a uma distância de 30 cm ou
menos.
De acordo com o professor Svein Magnussen, recém-nascidos são capazes de imitar as
expressões faciais dos adultos desde os primeiros dias de vida. Mas, isso não significa que
eles são capazes de entender o que cada expressão em particular significa.
RAGAZZI, Jéssica. Disponível em: <http://migre.me/sXaKu>. Acesso em: 11 fev. 2016. (P090777H6_SUP)
76
PAEBES - 201
Avançado
C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão
em poemas e crônicas.
77
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Toda vez que se fala da Convenção do Clima na imprensa, fala-se também em desastres
do meio ambiente. Efeito estufa, gás carbônico em excesso na atmosfera, são sinônimos
de desastre. Desastres naturais climáticos, principalmente enchentes, que causam enorme
destruição são o transtorno visível mais direto que se usa como ameaça para tentar
5 convencer aqueles que não querem passar a adotar processos energéticos mais limpos
(e mais caros). O que há de verdade nisto tudo? Afinal, aquecimentos e resfriamentos do
planeta não são novidades. Quem não ouviu falar das eras glaciais, por exemplo? Por que
agora deveria ser diferente?
A resposta é que as mudanças passadas foram naturais, e agora, o efeito é artificial,
10 causado pelo homem, e o resultado de modificar o efeito estufa, de contribuir artificialmente
para um aquecimento do planeta, pode trazer resultados que são uma grande incógnita.
Não se sabe ao certo o que pode acontecer. Os estudos ainda não são totalmente unânimes
em prever os resultados. Mas uma coisa é certa. Vai ser um processo destrutivo que pode
trazer enormes prejuízos para todos.
15 Reduzir o efeito estufa é possível, mas passa a ser um problema econômico. Adotar
processos de geração de energia mais limpos, e sem emissão de gás carbônico, custa
caro, e poderá afetar a economia dos países, principalmente aqueles que precisam investir
mais porque poluem mais. O Congresso Americano nomeou uma comissão para estudar o
assunto. [...]
Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo11.html>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento. (P090111C2_SUP)
Avançado
79
PAEBES - 201
Abaixo do básico
ATÉ 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Localizar informação explícita a respeito de um local em que acontece uma cena em crônicas.
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos, em instru-
ções de jogo e em notícias.
79
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Adoro sanduíche de mortadela. Desde criança. Aliás, nem entendo por que a mortadela
não merece um lugar especial junto aos grandes tops da culinária. [...] Em São Paulo, no
Mercadão, há um sanduíche de mortadela que até o chef e crítico de culinária americano
Anthony Bourdain, em passagem pelo Brasil, elogiou. O segredo: pão francês com muuuuuita
5 mortadela. [...] Outro dia conversava com um recém-conhecido com quem pretendo fazer
um trabalho. No momento em que ele confessou que havia almoçado um sanduíche de
mortadela de pé, tornamo-nos íntimos. [...]
Há certo preconceito contra a comida tranqueira. Qualquer restaurante francês inaugurado
ganha atenções, avaliações, é elogiado. Mesmo que sirva um menu-degustação com dois
10 fiapos de peixe grelhado, depois uma nesga de carne com um pingo de molho. Deixa a gente
com fome. Mas come-se com cara de chique. Garanto: feijoada de bar costuma ser ótima.
Sim, daquele barzinho da esquina. Na cozinha, há alguém que faz a mesma feijoada todos os
sábados há uns 15 anos. Não vai fazer bem? [...] Um grande amigo ama pastel de ovo frito,
que só existe no mercadão de Marília, [...]. Como fui criado lá e ele nasceu na mesma cidade,
15 até hoje, quando vamos, devoramos essa bomba calórica. [...]
Já publiquei várias fotos no meu Instagram comendo coxinha de beira de estrada.
Sou maluco por coxinhas. [...] Só perdem para os sanduíches tradicionais. [...] Outro dia,
perguntei em um posto no trajeto Rio-São Paulo: qual é o mais vendido?
– Americano – respondeu o chapeiro.
20 [...] Pelo país afora, há pratos que despertam o mesmo prazer e idêntico peso de
consciência. O acarajé fritinho na hora da Bahia. O tacacá em Belém, no Pará, com jambu,
tucupi e camarão seco.
Talvez seja essa a maravilhosa culinária brasileira, [...]. Alguns chefs como Alex Atala se
interessam por ela. Mas ainda é na rua, baratinha, que se encontra a boa comida tranqueira.
25 [...] Comida tranqueira é gourmet.
CARRASCO, Walcyr. Disponível em: <http://walcyrcarrasco.com.br/2016/09/09/comida-tranqueira-descubra-a-sua/>.
Acesso em: 5 maio 2017. Fragmento. (P121335H6_SUP)
De acordo com o narrador desse texto, o sanduíche de mortadela elogiado pelo chef americano é
(P121337H6)
encontrado
A) em Belém.
B) em Marília.
C) na Bahia.
D) no Mercadão de São Paulo.
E) no trajeto Rio-São Paulo.
80
PAEBES - 201
Abaixo do básico
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e contos e por advérbio de modo em poemas.
C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas e o fato que gera humor em histórias em
quadrinhos.
81
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
Minhocas aliadas
82
PAEBES - 201
Abaixo do básico
C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.
C Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas e entre textos jornalís-
ticos e charges.
8
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
84
PAEBES - 201
Básico
DE 250 A 300 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.
C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não ver-
bais em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.
8
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
(P120198G5) No segundo quadrinho desse texto, a palavra “tão” estabelece uma ideia de
A) comparação.
B) intensidade.
C) modo.
D) negação.
E) tempo.
86
PAEBES - 201
Básico
C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas,
arti- gos, resenhas e entrevistas.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor ou
ironia em tirinhas, anedotas e contos e o trecho que apresenta ironia em crônicas.
C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos, artigos,
crônicas e romances.
8
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUESA
88
PAEBES - 201
Proficiente
DE 300 A 350 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Inferir sentido de palavras, repetição de palavras, expressões, linguagem verbal e não verbal e
pon- tuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e artigos de opinião.
8
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.
C Inferir informação a respeito de personagem em tirinhas e manuais de instruções com apoio de re-
cursos visuais.
C Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre dife-
rentes textos.
9
PAEBES - 2018
Texto 1 Texto 2
Olhos Verdes A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a
posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade
[...] Como se lê num espelho da leitura daquele (A palavra que eu digo sai do mundo que
Pude ler nos olhos seus! estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou
Os olhos mostram a alma, lendo vai além dele). [...] Se for capaz de escrever minha
Que as ondas postas em calma palavra estarei, de certa forma, transformando o mundo. O ato
Também refletem os céus; Mas, ai de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim.
de mim! Implica na relação que eu tenho com esse mundo.
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi! [...] FREIRE, Paulo. Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura.
Campinas. Nov. 1981. Fragmento.
DIAS,Gonçalves.Poemas.RiodeJaneiro:Ediouro.1997.
(P120239G5_SUP)
91
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Proficiente
C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal e o efeito da escolha de palavra em tirinhas.
C Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas e frag-
mentos de romances.
9
PAEBES - 2018
C Recuperar o referente do pronome demonstrativo “lá” em reportagens, o trecho retomado por pro-
nome demonstrativo em crônicas e por pronome relativo em artigos.
C Reconhecer o efeito do uso dos parênteses em notícias que apresentam temática e linguagem técnicas.
C Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma expressão em contos de longa extensão.
Nutricosméticos
Beleza de dentro para fora?
O ser humano viveu por muito tempo em selvas e cavernas. Nesses tempos pré-históricos, era
grande a dificuldade para obter os nutrientes necessários para que o organismo se mantivesse vivo
e atuante, e os primeiros humanos recorriam à caça e à coleta de raízes, frutas e sementes para
conseguir seu alimento. Eles não conheciam formas de armazenar
5 a caça e os materiais coletados, que se estragavam com facilidade. A procura por alimento, portanto, era
sua principal atividade.
Para suportar períodos em que o alimento era escasso, o corpo humano tinha a capacidade
(provavelmente herdada de seus ancestrais, que a adquiriram ao longo da evolução) de formar um
reservatório de energia na forma de gordura, tecnicamente chamado de tecido
10 adiposo. Se a comida era abundante, os indivíduos comiam o quanto podiam e a energia vinda do
alimento que não era imediatamente usada no metabolismo ficava acumulada nesse tecido. Quando
faltava alimento, os que tinham bastante energia acumulada no corpo podiam sobreviver até que as
condições melhorassem, e os que não tinham muitas vezes pereciam. Essa reserva de gordura não é
mais necessária para o homem moderno.
15 Ao contrário, o acúmulo exagerado de gordura no corpo faz mal à saúde.
O modo como os humanos encaram os alimentos, bem como as suas funções, sofreu
modificações com o passar do tempo.
CHORILLI, Marlus. Ciência hoje. março de 2010, vol. 45, Nº. 268. Fragmento. (P110077ES_SUP)
Avançado
ACIMA DE 350 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
C Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas, arti-
gos de opinião e reportagens.
C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes textos.
9
PAEBES - 2018
Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles
legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela
análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que
“ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca
5 de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2 200 000 títulos. Mas,
perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em
qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal,
reflexivo, que dialogará com os textos?
Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura. Seus
10 autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando
pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.
Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor
ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social
é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a
15 credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura
é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também
tornará esse processo contínuo.
Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo,
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais
20 complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir
em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.
A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos
a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas
pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da
25 novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/32/
artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. (P100143E4_SUP)
(P100145E4) Nesse texto, sobre a relação entre leitura e identidade, há uma tese em:
A) “Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os
textos?”. (ℓ. 7-8)
B) “Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, ... ”. (ℓ. 12-13)
C) “A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros...”. (ℓ. 13-14)
D) “A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará
esse processo contínuo.” (ℓ. 15-17)
E) “Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo”. (ℓ. 23-24)
95
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Avançado
9
PAEBES - 2018
Droneiro
Meu pai me pede que eu o acompanhe. Não sei pra onde ele vai, mas topo ir junto. Dou
um beijo na minha mãe, que está lendo no quarto, e vou pra garagem. Mas meu pai já está
no meio da rua com o carro ligado.
Duas quadras depois, ele saca um boné do bolso da jaqueta e diz solenemente:
5 – Filho, você sabe que existe o Paulinho Corsaletti dentista, um profissional sério, que
nunca deixa um cliente na mão. Esse não usa boné. (Olho pra sua careca.) Mas também
existe o Paulinho Corsaletti violeiro, que não recusa uma festa [...]. Esse está sempre de
boné. (Ele coloca o boné na cabeça.) Hoje você vai conhecer o Paulinho droneiro1. Esse usa
o boné assim. (Ele tira o boné e o coloca de novo, com a aba virada pra trás.).
10 Paramos numa curva de uma estrada de terra, debaixo de uma árvore, e meu pai monta
o drone2. Tenta me explicar a função de cada peça, mas de repente paro de acompanhar o
raciocínio. Não me interesso muito por tecnologia. Meu pai sabe disso e diz pra eu não me
preocupar com a parte técnica, que o melhor está por vir.
Feito uma mosca gigante de ficção científica, logo o drone está sobrevoando os pastos.
15 Na tela do smartphone acoplado ao controle, vemos o vale do Sapo, o rio da Âncora, o
rebanho de vacas e alguns cavalos [...]. Eles correm, em miniatura, como corriam na minha
imaginação quando eu brincava com meu Forte Apache.
Então, meu pai conduz o drone em direção à cidade. A estação de trem, as casas velhas
[...]. E no alto do morro a igreja amarela e branca, idêntica a uma peça de maquete.
20 A vida toda é desse tamaínho. Meu pai se anima: vamos fazer uma visita pra Paula.
Ele baixa o drone em cima da casa da minha irmã, ao mesmo tempo em que telefona pra
ela. Sai aí no quintal. E lá está ela! Em seguida, surgem minha sobrinha e meu cunhado.
Eles acenam pra câmera e voltam pra dentro. [...]
Revejo os pátios das duas escolas onde estudei, os quintais dos amigos [...].
25 Um carcará pousa numa cerca não muito longe de nós [...]. Meu pai concorda que já deu
e guarda a tralha toda numa caixa cinza de isopor.
De carro, presos mais uma vez em nossos corpos grandes e pesados, meu pai me
pergunta como vão as coisas em São Paulo.
*Vocabulário:
1
Droneiro: pessoa que faz uso de drone.
2
Drone: pequena aeronave comandada via controle remoto que grava e transmite imagens.
CORSALETTI, Fabrício. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fabriciocorsaletti/2017/08/1910828-droneiro.shtml>.
Acesso em: 27 out. 2017. Fragmento. (P121493H6_SUP)
97
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
Avançado
9
PAEBES - 2018
(P120504ES) Qual é o trecho desse texto em que há uma relação de causa e consequência?
A) “Em dias ensolarados é muito gostoso caminhar pelo campus da universidade...”. (ℓ. 1)
B) “... para sentir o calor do Sol, observar árvores verdinhas, sentir o perfume das flores...”. (ℓ. 2-3)
C) “A percepção que temos do mundo à nossa volta é decorrente do contato sensorial.”. (ℓ. 6)
D) “As sensações [...] criam diversas reações, como de paz e tranquilidade,...”. (ℓ. 10-11)
E) “... favorecendo as configurações mais adaptadas aos desafios impostos pelo meio.”. (ℓ. 17-18)
99
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e s c o l a
I t i n e r á r i o de a p r o p r i a ç ão d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão somativ a
A n e x os
O q u e o p r o f e s s o r p o d e f a z er
c om os r e s u l t a d o s
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
R e l a t o de e x p e r i ê n c i a
102
PAEBES - 201
Pr o p os ta t emátic a int e r d i s c i p l i n a r
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
C onheciment o enriquecido
1
PAEBES - 201
R e s u l t a d o s do p r o j e t o
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
T r a b a l h o com h a b i l i d a d e s
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍ NGUA PORTU GUESA
S u g e s t ões de a t i v i d a d e s
1
PAEBES - 201
E N S I N O F U N D A M E N T AL
X o t e ec o l ó g i c o ( L u i z G o n z a g a )
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
1
PAEBES - 201
CIÊNCIAS
1 - (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes
naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais
de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou
provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.
GEOGRAFIA
2 - (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às
grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas
relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às
condições de vida e trabalho.
ENSINO MÉDIO
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
O desmatamento da Amazônia está prestes a atin- Nesse cenário, as regiões Central, Sul e Leste da
gir um determinado limite a partir do qual regiões Amazônia passariam a registrar menos chuvas e
da floresta tropical podem passar por mudanças ter estação seca mais longa. Além disso, a vege-
irreversíveis, em que suas paisagens podem se tação das regiões Sul e Leste poderiam se tornar
tor- nar semelhantes às de cerrado, mas semelhantes à de savanas. Nas últimas décadas,
degradadas, com vegetação rala e esparsa e baixa outros fatores além do desmatamento começaram
biodiversi- dade. O alerta foi feito em um a impactar o ciclo hidrológico amazônico, como
editorial publicado nesta quarta-feira (21/02) na as mudanças climáticas e o uso indiscriminado do
revista Science Ad- vances. O artigo é assinado fogo por agropecuaristas durante períodos secos –
por Thomas Lovejoy, professor da George Mason com o objetivo de eliminar árvores derrubadas e
University, nos Esta- dos Unidos, e Carlos Nobre, limpar áreas para transformá-las em lavouras ou
coordenador do Ins- tituto Nacional de Ciência e pastagens. A combinação desses três fatores
Tecnologia para Mu- danças Climáticas – um dos indica que o novo ponto de inflexão a partir do
INCTs apoiados pela FAPESP no Estado de São qual ecos- sistemas na Amazônia oriental, Sul e
Paulo em parceria com o Conselho Nacional de Central po- dem deixar de ser floresta seria
Desenvolvimento Cientí- fico e Tecnológico atingido se o des- matamento alcançar entre 20%
(CNPq) – e pesquisador aposen- tado do Instituto e 25% da floresta original, ressaltam os
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “O pesquisadores. O cálculo é derivado de um estudo
sistema amazônico está prestes a atin- gir um realizado por Nobre e ou- tros pesquisadores do
ponto de inflexão”, disse Lovejoy à Agên- cia Inpe, do Centro Nacional de Monitoramento e
FAPESP. De acordo com os autores, desde a Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da
década de 1970, quando estudos realizados pelo Universidade de Brasília (UnB), publicado em
professor Eneas Salati demonstraram que a Ama- 2016 na revista Proceedings of the National
zônia gera aproximadamente metade de suas pró- Academy of Sciences. “Apesar de não sa- bermos
prias chuvas, levantou-se a questão de qual seria o ponto de inflexão exato, estimamos que a
o nível de desmatamento a partir do qual o ciclo Amazônia está muito próxima de atingir esse li-
hidrológico amazônico se degradaria ao ponto de mite irreversível. A Amazônia já tem 20% de área
não poder apoiar mais a existência dos ecossiste- desmatada, equivalente a 1 milhão de quilômetros
mas da floresta tropical. Os primeiros modelos quadrados, ainda que 15% dessa área [150 mil
ela- borados para responder a essa questão km2] esteja em recuperação”, ressaltou Nobre.
mostraram que esse ponto de inflexão seria
atingido se o des- matamento da floresta (Disponível em: https://exame.abril.com.br/ciencia/desma-
tamento-na-amazonia-esta-para-atingir-limite-irreversivel/.
amazônica atingisse 40%. Acesso em 16/10/2018.)
1
PAEBES - 201
1
REVISTA DO PROFESSOR - LÍN GUA P ORTUGUES
A p r e s e n t a ç ão
R e s u l t a d o s da e sc o la
I t i n e r á r i o de a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s de d e s e m p e n h o e it e n s
A v a l i a ç ão s o m a t i v a
A n e x os
114
PAEBES - 201
A seguir, você encontra os formulários e seus respectivos quadros para registro das informações leva
proposto no Itinerário de Apropriação dos Resultados.
São eles:
115
ANEXO I
F O R M U L Á R I O DE R E G I S T R O 1
ANÁLISE D OS R E S U L T AD OS D A E S C OL A
Orientações de preenchimento:
A)Preencha o quadro a seguir, registrando o número de estudantes de cada turma, em cada padrão de desempenho
.
B)Indique o tipo de intervenção necessária, de acordo com o padrão de desempenho (Recuperação, Reforço, Aprof
u
Abaixo do básico
Básico
PAEBES - 2018
Proficiente
117
Avançado
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
Quadro 2 – Levantamento de dados
Orientações de preenchimento:
A) No campo 1, registre as habilidades com menos de 50% de acerto, somente aquelas registradas no quadro anterior.
B) No campo 2, informe se essas habilidades foram contempladas nos conteúdos previstos nos planos de aula.
C) No campo 3, registre as práticas utilizadas para o trabalho com os conteúdos previstos nos planos de aula.
D) No campo 4, informe se a prática pedagógica para o desenvolvimento de cada conteúdo é considerada adequada para favorecer o desenvolvimento dessas habilidades.
( ) ( ) ( ) ( )
PAEBES - 2018
119
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
Quadro 4 – Definição das ações que serão contempladas no plano de intervenção pedagógica
Orientações de preenchimento:
• Registre, no quadro abaixo, as ações de intervenção definidas para a composição do plano de intervenção pedagógica.
A)
C)
0
12
D)
E)
F)
G)
H)
ANEXO II
F O R M U L Á R I O DE R E G I S T R O 2
PL A N O DE I N T E R V E N Ç Ã O P E D A GÓ G I C A
PAEBES - 2018
121
1. O que será feito? 2. Por que será feito? 3. Como será feito? 4. Por quem será feito? 5. Quando será feito?
Quadro 2 – Plano de intervenção pedagógica – Detalhamento das ações de implementação
avaliação execução
Quadro 3 – Plano de intervenção pedagógica – Detalhamento das ações de acompanhamento e avaliação
A) Ações a serem desenvolvidas: registre, neste campo, a denominação da ação que será executada.
B) Resultados esperados: neste campo deverão ser inseridos os resultados esperados para cada uma das ações.
C) Tarefas de preparação: neste campo, registre as tarefas de preparação para a execução de cada ação, tais como: capacitação dos profissionais, elaboração de
material didático, identificação dos estudantes que serão alvo da ação, divulgação etc.
D) Tarefas de implementação: neste campo, registre as tarefas centrais de execução da ação.
E) Tarefas de avaliação: neste campo, registre as tarefas que objetivam a observação dos resultados da ação.
Tarefas
1. Ações a serem desenvolvidas 2. Resultados esperados
3. Preparação 4.Implementação 5. Avaliação
PAEBES - 2018
123
Quadro 4 – Plano de intervenção pedagógica – Registro da avaliação do plano de intervenção
A) No campo Ações e competências previstas, registre o que será feito, especificando os conteúdos, as habilidades e as competências a serem desenvolvidas.
B) No campo Resultados esperados, deverá ser inserido o resultado esperado para cada ação.
C) No campo Resultados alcançados, registrar as evidências de impactos da ação pedagógica.