Você está na página 1de 172

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Rua Correia de Brito, 613, Ponta Gêa
C.P. 90 - Beira - Moçambique
Cel: (+258) 85 593 5000; (+258) 86 593 5000
(+258)83 593 5000
E-mail: secretaria.ied@ucm.ac.mz

Segundo Trabalho de Campo da Disciplina de Psicologia de Desenvolvimento

Curso de Biologia, 2° Ano

Tema: O Desenvolvimento Humano na Idade Adulta.

Aspectos a ter em conta na pesquisa/objectivos:

 Caracterizar física, social e emocionalmente o adulto;


 Descrever as principais mudanças verificadas pela pessoa na idade adulta;
 Mencionar as implicações educativas inerentes ao adulto

Nota: Utilize artigos, manuais entre outros que falam do tema a ser pesquisado. Deve ter em
considerações Bibliografias actualizadas.

Critérios organizacionais

a) O trabalho de campo deve ser realizado individualmente. Não será aceite, em hipótese alguma,
trabalho em grupo.

b) Casos de plágio da internet e entre os colegas, receberão nota zero.

c) A nota do trabalho vária de 0 (zero) a 20 (vinte) valores.


d) Utilizar fonte Time New Roman ou Calibri, tamanho 12, espaçamento 1,5, texto justificado
com margens superior e esquerda 3cm e margens inferior e directo 2 cm.

e) O trabalho deve conter de 10 a 20 páginas (dependendo da natureza da disciplina) incluindo os


elementos pré-textuais.

f) O trabalho deve conter Capa, Índice, Introdução, desenvolvimento, Metodologia usada,


Conclusão ou considerações finais e Bibliografia.

g) Na elaboração de todo trabalho deve seguir as Normas APA, 6ª edição.

Desenvolvimento na Idade Adulta


Objectivo: Caracterizar o desenvolvimento ao longo do ciclo de vida – ADULTOS E IDOSOS
 Ideia-Chave: Os processos de desenvolvimento são processos que se iniciam ainda antes do nascimento e
se estendem ao longo de todo o ciclo de vida.
 
Caracterização do desenvolvimento na idade adulta e na velhice
 “Os processos de construção do conhecimento e da aprendizagem nos adultos são menos investigados,
porque a idade adulta tem sido tradicionalmente encarada como um período de estabilidade e de ausência de
mudanças. Mas, actualmente, já é vista como uma etapa importante do desenvolvimento humano, com
características definidas em função dos factores culturais. De facto, se em cada período da vida se podem
identificar vários papéis, actividades e relações sociais, tal facto é mais visível a partir do final da adolescência
com a entrada no mundo do trabalho e a formação de uma família própria.

A actividade profissional e a vida familiar dependem das expectativas sociais em torno desses papéis, que são
claramente dependentes de factores históricos, culturais e sociais. O papel de mãe na cultura ocidental não é
encarado do mesmo modo que na árabe. Um profissional nos EUA tem direitos diferentes dos de um
profissional idêntico na China ou na África.
O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de modo diferente da criança e do
adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências,
conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo exterior, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas. Em
relação às situações de aprendizagem, essas peculiaridades da etapa de vida em que se encontra o adulto
fazem com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades (em comparação com a criança) e,
provavelmente, maior capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de
aprendizagem.
Para além dessas características gerais, não se deve tratar o adulto de forma abstracta e universal, porque
estaremos muito provavelmente a traçar um retrato estereotipado do adulto, muito provavelmente
correspondente ao homem ocidental, urbano, branco, pertencente a camadas médias da população, com um
nível de instrução relativamente elevado e inserido no mundo do trabalho numa ocupação razoavelmente
qualificada. Assim, a compreensão da psicologia do adulto pouco escolarizado acaba por se contrapor a esse
estereótipo. Parece haver uma diferença entre as formas letradas e não letradas de pensamento; contudo, é
importante insistir que essa diferença ainda não está claramente estudada, não apenas pela falta de
investigações mais específicas a respeito do funcionamento cognitivo dos grupos “pouco letrados”, mas
também pela ausência de uma teoria consistente sobre os processos intelectuais dos adultos.
No que diz respeito ao funcionamento intelectual do adulto, os seres humanos mantêm um bom nível de
competência cognitiva até uma idade avançada (acima dos 75 anos). Por outro lado, os psicólogos evolutivos
estão cada vez mais convencidos de que o nível de competência cognitiva das pessoas mais velhas não
depende da idade em si mesma mas de uma série de factores como o nível de saúde, o nível educativo e
cultural, a experiência profissional e a vitalidade da pessoa (motivação, bem-estar psicológico...).
 

Não podemos afirmar a exista um declínio acentuado com o avançar da idade ou uma perda das habilidades
intelectuais embora, muitas vezes, exista fadiga mental, desinteresse, diminuição da atenção e concentração.
Além disso há um desempenho menos satisfatório das aptidões psicomotoras quando estão em jogo rapidez,
agilidade mental e coordenação. Quanto à memória e à aprendizagem, os idosos têm uma assimilação mais
lenta da informação e um comprometimento da memória visual e auditiva. Também possuem diminuição da
motivação decorrente de problemas de saúde e de experiências prévias.
Fisicamente há grandes transformações nos maiores de 65 anos: 

·        Composição do corpo
 

·        Gordura ·        Redução da água corporal total (de 70 para

52%)

·        Distribuição mais centrípeta (no ventre)

·        Estatura ·        Perda de 1cm por década após os 40 anos

(achatamento vertebral, etc.)

·        Peso ·        Redução do peso depois dos 60 anos (perda de

massa muscular e alteração do metabolismo)

·        Pele ·        Pigmentação anómala; alterações pilosas;

espessamento das unhas (mais secas e quebradiças)

·        Olhos ·        Mais fundos, surgimento do arco senil;

alteração da elasticidade do cristalino, acomodação

visual, tamanho da pupila, etc.

·        Ouvidos ·        Tímpano mais espesso, degeneração do ouvido

interno;

·        Boca ·        Mais seca; alterações das gengivas levando à

perda dos dentes que se tornam mais escuros;

alterações do paladar.

·        Nariz ·        Aumento do tamanho; diminuição da

capacidade olfactiva;
 
 
Por outro lado, enquanto o adulto é o suporte da família no idoso, tal como na criança, a família é, social e
culturalmente, a base do seu habitat. A actual família nuclear leva a que muitos idosos sejam
institucionalizados até porque o seu número cresce mais depressa do que as outras categorias sociais. Pensa-
se que em 2030 haverá 21% de menores de 18 anos e 22% de maiores de 65 anos de idade, o que torna
essencial o aprofundamento da psicologia do idoso para disponibilizarmos os recursos necessários para terem
bem-estar e se sentirem felizes.
Helena Marchand (2005), Psicologia do Adulto e do Idoso, Quarteto Ed. (adaptado)

Ler mais: https://psico-desenvolvimento.webnode.com.pt/desenvolvimento-na-idade-adulta/

8 Períodos do Desenvolvimento Humano –


Psicologia
por Professor Felipe de Souza | Psicologia
“O campo do desenvolvimento humano concentra-se no estudo científico
dos processos sistemáticos de mudança e estabilidade que ocorrem nas
pessoas” (Papalia, p. 36).
Olá amigos!
Existe uma grande área de estudos chamada de desenvolvimento humano, na qual o objeto de
estudo é o processo de mudança que ocorre ao longo do ciclo da vida; mudanças no
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. A psicologia é uma das ciências presentes nesta
área de estudos, uma área desde o início interdisciplinar, ou seja, que reúne os conhecimentos da
medicina, antropologia, sociologia, biologia, genética, educação, história.
Neste texto, vamos descrever as 8 etapas ou fases típicas do desenvolvimento. Embora possamos
demarcar tais fases por idades, é até certo ponto arbitrário. Em outras palavras, a demarcação das
idades visa facilitar o estudo. Assim, por exemplo, é evidente que existe uma passagem da vida
intrauterina (a fase 1) para a primeira infância (fase 2), como geralmente é possível demarcar o
início da adolescência (fase 5) pelas transformações da puberdade. Outras fases, como a vida
adulta intermediária (fase 7) não possui demarcação tão clara.
Desta forma, entendemos as 8 fases, etapas ou períodos como um critério arbitrário, mas
necessário em termos didáticos.
Compre o melhor livro sobre Desenvolvimento Humano
1) Período Pré-Natal
É comum pensar que a vida começa com o nascimento. Porém, os nove meses (em média) que o
antecedem são responsáveis por um complexo desenvolvimento intrauterino. As características
genéticas já começam a interagir com o meio no qual o bebê se encontra. A alimentação da mãe
afeta diretamente no crescimento e o bebê passa a responder à voz da mãe, a distingui-la das
demais, e ter preferência por ela.
2) Período da Primeira Infância
A primeira infância começa com o nascimento e vai até os 3 anos de idade. Nos primeiros meses,
os cinco sentidos começam a se desenvolver. Na parte cognitiva, “as capacidades de aprender e
lembrar estão presentes mesmo nas primeiras semanas. O uso de símbolos e a capacidade de
resolver problemas se desenvolvem por volta do final do segundo ano de vida”. (Papalia, p. 40).
Neste período, a criança começa a formar vínculos fortes com os pais ou cuidadores. Há o início da
percepção de si mesmo (autoconsciência) e o interesse por outras crianças.
3) Período da Segunda Infância
Segundo os desenvolvimentistas, os cientistas do desenvolvimento, a segunda infância vai dos 3
aos 6 anos de idade. O corpo tende a se tornar mais esguio e as partes do corpo começam a se
assemelhar, em termos de proporções, com as de um adulto. O apetite tende a diminuir e podem
aparecer distúrbios do sono, como insônia.
“O pensamento é um tanto egocêntrico, mas aumenta a compreensão do ponto de vista dos outros.
A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas sobre o mundo. Desenvolve-se a
identidade de gênero” (Papalia, p. 40). É curioso que normalmente pensamos que o cérebro está
em crescimento, que o córtex, a massa cinzenta, está em expansão, razão pela qual uma criança
teria pensamentos menos lógicos ou abstratos que um adulto. Porém, como sabemos através das
neurociências, “a substância cinzenta diminui em uma onda inversa à medida que o cérebro
amadurece e conexões neurais são desativadas”, ou seja, com o tempo há uma perda na
densidade da massa cinzenta, o que gera, paradoxalmente, um maior amadurecimento, um
funcionamento mais eficiente.
4) Período da Terceira Infância
Nesta fase, há uma diminuição do crescimento físico. Existe a tendência de aparecem problemas
respiratórios, entretanto, é uma das fases que, em média, nota-se a presença de maior  saúde.
Entre os 6 e 11 anos, há uma diminuição do egocentrismo, ou seja, a criança não é mais tão
centrada em si mesma. A escolarização ajuda neste processo e igualmente na estimulação da
memória e da linguagem (que melhoram independentemente da escola).
Certas crianças podem apresentar necessidades especiais de educação ou, no extremo oposto,
talentos que exigem cuidado também. O conceito de si (autoconceito) fica mais complexo, o que
pode igualmente gerar modificações na autoestima. A convivência com colegas com idade próxima
é um fator a ser levado em conta neste período.
5) Período da Adolescência
Como vimos, a divisão da vida em etapas é arbitrário. O conceito de adolescência é recente.
Segundo o dicionário etimológico: “A palavra “adolescente” vem do particípio presente do verbo em
latim adolescere, crescer. Já o particípio passado, adultus deu origem à palavra “adulto”. Em
português, as palavras seriam equivalentes a “crescente”e “crescido”, respectivamente”.
Muitas culturas não possuem esta ideia que temos da adolescência, como um período entre a
infância e a idade adulta.
Como sabemos, nesta fase ocorre a maturidade reprodutiva, quando torna-se possível para os
indivíduos serem pais ou mães. A saúde é afeta, geralmente, pelo comportamento, como
transtornos alimentares ou uso de drogas.
Na cognição, “desenvolvem-se a capacidade de pensar em termos abstratos e de usar o raciocínio
científico. O pensamento imaturo persiste em algumas atitudes e comportamentos. A busca pela
identidade, incluindo a identidade sexual, torna-se central” (Papalia, p. 41).
6) Período Início da Vida Adulta
Os cientistas do desenvolvimento demarcam o início da vida adulta a partir dos 20 anos e indo até
os 40. “A condição física atinge o auge, depois declina ligeiramente. O pensamento e os
julgamentos morais tornam-se mais complexos. São feitas escolhas educacionais e vocacionais,
após um período exploratório. Traços e estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis,
mas as mudanças na personalidade podem ser influenciadas pelas fases e acontecimentos da vida.
São tomadas decisões sobre relacionamentos íntimos e estilos de vida pessoais, mas podem não
ser duradouros. A maioria das pessoas casa-se e tem filhos” (Papalia, p. 41).
Aqui vemos que a fase anterior, a adolescência pode se prolongar, ainda e haver uma certa
intersecção de fases. Afinal, não é possível demarcar com precisão quando começa a idade adulta.
Alguns argumentam que esta se inicia com o primeiro trabalho e o auto-sustento, outros com o
início da faculdade ou com a constituição de uma nova família.
7) Período da Vida Adulta Intermediária
Esta fase vai dos 40 aos 65 anos de idade. Há mudanças significativas nas condições físicas
(saúde, vigor), porém, com grandes diferenças de uma pessoa para outra. “As mulheres entram na
menopausa. As capacidades mentais atingem o auge, a especialização e as habilidades relativas à
solução de problemas práticos são acentuadas. A produção criativa pode declinar, mas melhor em
qualidade. Para alguns, o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo, para
outros, poderá ocorrer esgotamento ou mudança de carreira. A dupla responsabilidade pelo cuidado
dos filhos e dos pais idosos pode causar estresse. A saída dos filhos deixa o ninho vazio” (Papalia,
p. 41).
8) Período da Vida Adulta Tardia
Este período começa a partir dos 65 anos. “A maioria da pessoas é saudável e ativa, embora
geralmente haja um declínio da saúde e das capacidades físicas. O tempo de reação mais lento
afeta alguns aspectos funcionais. A maioria das pessoas está mentalmente alerta. Embora
inteligência e memória possam se deteriorar em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra
meios de compensação. A aposentadoria pode oferecer novas opções para aproveitar o tempo. As
pessoas desenvolvem estratégias mais flexíveis para enfrentar perdas pessoas e a morte eminente.
O relacionamento com a família e com amigos íntimos pode proporcionar um importante apoio. A
busca de significado para a vida assume uma importância fundamental” (Papalia, p. 41).
Conclusão
Neste texto, demos uma visão geral sobre as 8 etapas do desenvolvimento humano. Quer aprender
com mais detalhes? Inscreva-se em nosso Curso Psicologia do Desenvolvimento!
Vagas limitas com desconto! De 150 reais por apenas 99,90!
Compre o melhor livro sobre Desenvolvimento Humano

Desenvolvimento ao longo da Idade Adulta


 

        A compreensão da idade adulta passa pela abordagem de alguns modelos teóricos.

        O período da idade adulta caracteriza-se pela estabilidade, onde se ajustam capacidades, atitudes e
habilidades anteriormente apreendidas. A vida diária do adulto resulta da aplicação de todas essas competências
adquiridas ao longo da vida.

        De um modo geral, todos os autores fazem referência às etapas de desenvolvimento ao longo da vida, ou seja,
ao ciclo vital.

        Dos diversos modelos defendidos por os investigadores podemos apresentar quatro modelos básicos:

 Teórico – empírico de Levinson;


 Teórico – clínico de Havighurst;
 Motivacional de Huberman;
 Psicossocial de Erikson.

        A teoria educativa foi abordada por vários investigadores que defenderam concepções diferentes do modo
como evolui o comportamento do ser humano.

1. Watson, pai do Behaviorismo, supunha que o comportamento dependia mais das influências do meio do que de
factores biológicos.
2. Piaget, defende que as crianças se desenvolvem por meios distintos de pensamentos à medida que progridem em
direcção a um modo de pensar adulto.
3. Kohlberg defende que o juízo moral é um elemento que influencia o desenvolvimento cognitivo geral.

        Estas teorias podem ser aproveitadas para compreender o desenvolvimento e aprendizagem do adulto, ainda
que fiquem um pouco distantes da realidade.

 De qualquer forma podemos tirar duas conclusões importantes:

1.  O final da adolescência não parece que seja o fim do desenvolvimento das capacidades cognitivas, o homem como
ser aprendente pode aumentar as suas capacidades por muito mais tempo.
2. O conhecimento do indivíduo é fortemente influenciado pelo meio envolvente.

OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO
 

MODELO TEÓRICO EMPÍRICO DE LEVINSON


        Levinson apresenta 4 etapas para o desenvolvimento humano: 1ª Pré- adultez, 2ª Adultez recente, 3ª Adultez
intermédia e 4ª Adultez tardia.

        Para além destas etapas, Levinson considerou fases intermédias entre cada uma delas e descreveu as
transições e alterações ocorridas.

 MODELO TEÓRICO CLÍNICO DE HAVIGHURST


        Define três etapas de desenvolvimento na idade adulta: Juventude, Idade madura e Segunda maturação. Para
cada uma das etapas são descritos os problemas com que se debatem os indivíduos. A superação destes
problemas leva o indivíduo a integrar-se socialmente, ser saudável ou passar pelo processo de maturação.

MODELO TEÓRICO MOTIVACIONAL DE HUBERMAN


        Considera que as motivações dos adultos se desenvolvem em 6 etapas: 1ª Concentração na própria vida, 2ª
Concentração nas próprias energias, 3ª Confiança e valorização pessoal, 4ª Manutenção da posição alcançada, 5ª
Pensamento na reforma, 6ª Aumento da desconexão. Para cada uma das etapas que começam a partir dos 18 anos
o autor faz uma descrição dos comportamentos típicos do indivíduo e das suas preocupações.

MODELO TEÓRICO PSICOSSOCIAL DE ERIKSON


         A teoria de Erikson refere-se à construção da identidade pessoal. Embora influenciado por Freud a sua
doutrina assenta na ideia de que o percurso existencial de cada indivíduo gira em torno da construção de um
sentimento de identidade.

        Erikson centra os seus estudos em indivíduos saudáveis, sendo apologista da teoria dos estádios e a existência
em cada um destes de uma crise psicossocial ou conflito, ao interrogar-se sobre a sua identidade em cada um dos
estádios alcança uma resposta diferente. Em cada estádio os indivíduos devem cumprir uma tarefa diferente para
transitarem para o estádio seguinte.

        A 6ª, 7ª e 8ª idade a que o autor faz referência, jovem adulto, adulto e idoso, respectivamente são as fases que
nos interessa estudar para compreender    melhor a EA. Para cada uma destas fases são descritos os conflitos com
que se debatem os indivíduos e a forma como os podem resolver.

  

        Qualquer um destes modelos não deixam de se apresentar como teorias que ajudam a compreender algumas
das situações da vivência diária e do convívio com os adultos que regressam à Escola. Mas considero que mais
importante que as explicações teóricas é procurar conhecer a história de vida que cada aluno trás consigo e que
muitas vezes permite compreender a forma como encara as situações mais simples do processo ensino
aprendizagem.
Ler mais: https://segredosdapsicologia.webnode.com.pt/desenvolvimento-ao-longo-da-idade-adulta/

O que é a idade adulta?


A idade adulta é a fase do desenvolvimento humano que segue a juventude e
precede a velhice. É a fase em que se obtém a plena maturidade física e
intelectual do indivíduo e a plenitude dos direitos e deveres sociais e legais. É
comumente enquadrado entre as idades de 21 e 60 anos e é entendido como
um platô intermediário na vida humana.

Em termos biológicos, a idade adulta corresponde ao estado imago dos animais,


ou seja, à maturidade sexual, fisiológica e social do indivíduo. Porém, dada a
complexidade vital do ser humano , essas equivalências são sempre provisórias.

A idade adulta humana vem após o estágio de rápida mudança da adolescência .


Não só traz consigo essa plenitude biológica e fisiológica, mas também uma
relativa estabilidade emocional e psicológica, a par de um maior peso
de responsabilidades e autonomias perante a cultura e a sociedade .

No entanto, a maioridade e a idade adulta não devem ser confundidas. A


primeira é a idade mínima necessária para ser considerado um ator responsável e
autônomo perante a lei , mas, em um sentido estrito, a idade adulta geralmente
chega em anos posteriores. De qualquer forma, o uso de faixas etárias para
definir as etapas da vida humana é sempre provisório e aproximado.

Veja também: Ciclo de vida

Características da idade adulta


De um modo geral, a idade adulta é caracterizada pelo seguinte:

 A muscular e ósseo crescimento das individuais extremidades , e


depois de uma redução das capacidades físicas do mesmo, para o fim da
fase de um declínio muito gradual começa.
 O indivíduo atinge a plenitude de seus processos mentais e
intelectuais , com diminuição gradual e progressiva da capacidade
de aprendizagem , mas ao mesmo tempo maior estabilidade emocional e
maior capacidade de relatar o que sabe.
 A personalidade do indivíduo já se expressa em sua totalidade , ou
seja, cada um já se torna o que é.
 Espera-se do indivíduo maior responsabilidade moral , uma vez
superados os estágios juvenis do egoísmo e, portanto, maior capacidade
de tomar decisões responsáveis e julgar seu meio social de forma
responsável.
 É a fase em que costuma se formar uma família , ou seja, a paternidade
ou maternidade passam a constituir preocupação para os indivíduos.

Estágios da vida adulta


A idade adulta compreende dois estágios principais, geralmente: início da idade
adulta e meia-idade.

 O início da idade adulta é o período inicial da vida adulta, variando de 21


a 40 anos. É a fase em que terminam os processos de crescimento
corporal, físico e intelectual, atingindo a plenitude das suas capacidades
físicas por volta dos 25-30 anos, com grande agilidade, força e resistência .
Nesta fase, floresce o pensamento social e reflexivo , aberto, adaptável e
que integra lógica , emoção e intuição . Socialmente, o jovem assume um
peso maior de responsabilidades e liberdades , dando seus primeiros
passos firmes na direção profissional e ética .e social que definirá o resto
de sua vida. Os laços afetivos e emocionais tornam-se mais sólidos e a vida
sentimental inicia um notório assentamento.
 Meia idade adultaem vez disso, é o platô da vida humana, que varia entre
40 e 65 anos de vida. É também conhecida como “segunda idade adulta” e
é uma fase vital marcada pela autorrealização e grande produtividade em
termos intelectuais (e / ou científicos, filosóficos ou artísticos), uma vez que
a bagagem cultural adquirida nas fases anteriores é suficiente para
transportar. contribuições significativas para o mundo. Nesta fase ocorre
também a chamada “crise da Idade Média” em que o indivíduo forja para si
uma nova inflexão de sua personalidade, para enfrentar o declínio de suas
capacidades físicas e sensoriais, que já começa a se tornar perceptível,
conforme bem como o aparecimento de doenças precoces. Isso
geralmente anda de mãos dadas com a busca de prazeres ao invés da
satisfação de pressões sociais ou individuais,
Teorias de desenvolvimento de adultos e idosos

Por

Rodrigo

 Compartir

 Pío

Desenvolvimento na idade adulta


Se você fosse considerar o desenvolvimento emocional e mental de um ser humano, poderia
imaginar automaticamente o crescimento que acontece durante a infância. Ou talvez você
imagine um adolescente aprendendo sobre si mesmo e se tornando mais maduro. Mas o
desenvolvimento interior não ocorre apenas durante a infância e a adolescência. Na verdade, as
pessoas continuam a aprender e a mudar na idade adulta, à medida que lidam com novos eventos
de vida, relacionamentos e experiências.

Teorias de Desenvolvimento de Adultos


Assim como há psicólogos que pesquisaram e escreveram sobre o desenvolvimento infantil,
também há aqueles que se concentraram no desenvolvimento até a idade adulta. Embora cada um
tenha uma perspectiva diferente e única, todos concordam que o desenvolvimento de fato
continua na vida adulta. Vamos agora examinar quatro psicólogos conhecidos e as teorias que
cada um deles criou para descrever o desenvolvimento adulto.

Teoria de Roger Gould


A premissa por trás da teoria do desenvolvimento adulto de Roger Gould é que o
desenvolvimento ocorre com a substituição das respostas da infância por outras mais
maduras. Sua crença é que aprendemos comportamentos quando crianças acreditávamos que nos
manteriam seguros. À medida que crescemos, somos desafiados a abandonar esses antigos
comportamentos quando nos deparamos com uma situação que convida a uma resposta diferente
e mais saudável.

Vamos conhecer Gina, de 30 anos. Quando Gina tinha oito anos, seu pai deixou ela e sua mãe e
nunca mais as contatou. Gina nunca mais confiou nos homens. Ela aprendeu que se mantivesse
os homens à distância, ela estaria emocionalmente segura. Gina tem recentemente tentado
trabalhar para confiar em homens que sejam confiáveis. Ela está namorando seriamente um
homem que deseja se casar com ela, mas está lutando para assumir esse tipo de compromisso por
medo de que ele a deixe mais tarde. De acordo com Gould, Gina está presa entre seu
comportamento infantil para evitar os homens e uma resposta potencialmente nova para começar
a confiar. Se ela mudar essa parte de si mesma, estará exibindo desenvolvimento. No entanto, se
ela continuar a resistir à mudança, ela não conseguirá se desenvolver.
Teoria de Daniel Levinson
Daniel Levinson também criou sua própria teoria sobre o desenvolvimento adulto. Levinson
acreditava que a vida é composta por vários estágios que exigem que tomemos decisões, como
escolher o rumo de nossa vida. Ele afirmou que o desenvolvimento ocorre quando a pessoa passa
de um desses estágios para outro. Ele listou sete estágios de vida que são típicos da jornada de
vida de uma pessoa. Eles incluem:

1. Transição adulta precoce


2. Entrando no mundo adulto
3. Transição de 30 anos
4. Estabelecendo-se
5. Transição de meia-idade
6. Entrando na meia-idade
7. Idade adulta tardia

Vamos conhecer o Larry. Seguiremos Larry à medida que ele cresce em seus vários estágios de
vida.

Larry tem 18 anos e começa no início da transição adulta, quando sai de casa para ir para a
faculdade. Esta é uma etapa dos estágios iniciais de independência.

Ao se formar, quatro anos depois, ele está entrando na fase do mundo adulto, o que significa que
agora terá a responsabilidade de encontrar um emprego e se cuidar de novas formas, como pagar
contas e desenvolver relacionamentos.

Quando Larry completa 30 anos, ele entra na transição de 30 anos, o que significa que ele está
passando por uma nova mudança que o levará para a próxima temporada de vida. Para Larry,
isso significa que ele vai se casar.

Depois de alguns anos casado, Larry e sua esposa, Karen, começam a ter filhos. Eles agora estão
entrando no estágio de acomodação.

Anos mais tarde, quando Larry tinha 43 anos, ele entrava em uma transição de meia-idade, ou
uma crise de vida, enquanto se perguntava se sua vida tinha significado e devaneios sobre os
planos que ele tinha quando tinha vinte anos.

Larry decide fazer algumas mudanças, como começar a colecionar antiguidades e investir mais
em seu relacionamento com Karen. À medida que ele se acomoda nesses novos projetos, ao
mesmo tempo que aceita onde está sua vida hoje, ele está entrando na meia-idade.

Muitos anos depois, quando Larry está na casa dos setenta, ele está no final da fase adulta, onde
sua vida é estável e ele reflete sobre memórias positivas e realizações passadas.

Teoria de William Perry


Perry focou no desenvolvimento adulto, mas especificamente no que se refere a estudantes
jovens adultos. Ele acreditava que os jovens adultos se desenvolvem à medida que mudam sua
perspectiva da crença na verdade absoluta para uma das verdades múltiplas. Ele listou nove
etapas de desenvolvimento que constituem essa progressão. Vamos acompanhar Peter à medida
que ele se desenvolve nesses nove estágios.

Quando Peter chega à faculdade, ele presume que as autoridades sabem tudo. Esta é a primeira
etapa para jovens adultos. Peter passou sua juventude sempre acreditando e seguindo as ordens
de pessoas com autoridade, como seus professores, treinador e pais.

Com o passar do ano, Peter entra na segunda fase, pois discorda da opinião de um de seus
professores. Ele começa a acreditar que apenas as verdadeiras autoridades estão corretas. Isso
significa que outros, como o professor de Peter, não são verdadeiras autoridades e, portanto,
incorretos.

Perto do final do ano, Peter vê que seu professor favorito não tinha todas as respostas para as
perguntas da classe. Ele está agora no terceiro estágio de reconhecer que todas as autoridades
podem não saber tudo, mas estão buscando a verdade.

Por meio de suas outras aulas, Peter descobre que alguns de seus professores pensam de maneira
diferente e que estão procurando que os alunos descubram a resposta por si mesmos, em vez de
ouvirem a resposta para memorizá-la. Ele agora entrou no quarto estágio de desenvolvimento.

Quando Peter tem uma aula de filosofia no ano seguinte, ele tem que lidar com algumas
situações hipotéticas difíceis, e seus colegas têm opiniões diferentes sobre como elas devem ser
resolvidas. Peter agora entende que tudo é relativo, embora não igualmente válido, pois algumas
respostas são melhores do que outras.

Depois de uma reunião com seu orientador em sua especialização, Peter percebe que precisa
tomar suas próprias decisões, em vez de se apoiar nas opiniões de autoridades ao seu
redor. Existem agora duas ações que Peter pode tomar: ele assume o seu primeiro compromisso
quando diz aos pais que estudará filosofia e possivelmente irá para a faculdade de direito
depois. Então, Peter assume outros compromissos nos próximos anos, compartilhando seus
pensamentos pessoais nas aulas, com amigos e familiares.

O nono estágio envolve Peter possuir suas opiniões pessoais enquanto também está pronto para
aprender com os outros. Peter mostra o cumprimento desse estágio ao compartilhar abertamente
seus pensamentos nas aulas e ouvir o que seus professores e colegas têm a dizer.

Teoria de Carl Jung


Carl Jung não forneceu uma lista de estágios específicos para os adultos passarem, mas ele
discutiu algumas tarefas principais a serem realizadas durante a idade adulta. Ele descreveu este
momento como um momento para reflexão passada, fazendo as pazes com eventos passados e
perdoando os pais por quaisquer erros que tenham cometido na infância. Ele também disse que
os adultos deveriam usar esse tempo para desenvolver o domínio de suas habilidades e se
tornarem mais flexíveis e menos rígidos.

Se fôssemos considerar Jenny, de 50 anos, veríamos ela cumprindo essa lista de tarefas. Jenny
considera seu passado e pede desculpas à filha por não lhe dar a atenção de que precisava. Ela
também está perdoando seus pais por não estarem presentes o suficiente para ela quando
criança. Por último, mas não menos importante, ela está desenvolvendo seu talento como
jornalista e acaba de ser promovida no trabalho.

Resumo da lição
Vamos revisar. De acordo com os teóricos do desenvolvimento, os adultos continuam a se
desenvolver emocional e mentalmente. Roger Gould afirmou que os adultos se desenvolvem
substituindo as respostas da infância por outras maduras. Daniel Levinson acreditava que os
adultos se desenvolvem em várias fases da vida. Esses incluem:

1. Transição adulta precoce


2. Entrando no mundo adulto
3. Transição de 30 anos
4. Estabelecendo-se
5. Transição de meia-idade
6. Entrando na meia-idade
7. Idade adulta tardia

William Perry acreditava que os jovens adultos se desenvolvem à medida que mudam seu
pensamento de figuras de autoridade que têm todas as respostas para serem capazes de encontrar
respostas para si próprios e aprender com as opiniões variadas dos outros. Por último, Carl
Jung acreditava que a idade adulta era um momento para considerar o passado, perdoar os pais e
dominar dons e habilidades.

Resultados de Aprendizagem
Você deve ter como objetivo, ao final deste vídeo, fazer o seguinte:

 Reconheça que a mudança e a aprendizagem continuam durante a vida adulta


 Descreva uma variedade de teorias de desenvolvimento adulto
 Discuta a teoria de Roger Gould
 Especifique os estágios do desenvolvimento adulto de acordo com David Levinson
 Interprete a teoria de William Perry
 Analise as teorias de Carl Jung sobre a idade adulta

 Erik Erikson era um psicanalista americano conhecido por sua teoria


geralmente aceita do desenvolvimento da personalidade .
 Cada pessoa experimenta tempos de crises na vida e estamos
acostumados a quase negligenciá-los como algo negativo. Segundo
Erik Erikson, as crises não são apenas inevitáveis, mas até mesmo um
processo natural e necessário, a base de toda mudança e progresso.
Ele define crises como situações desafiadoras que nos permitem nos
superar e aprender mais sobre nós mesmos. Segundo ele, nosso curso
de vida consiste em oito etapas ou ciclos, cada um caracterizado por
um conflito específico.
 Erikson estava convencido de que as pessoas continuam a mudar suas
vidas e sempre continuam ganhando novas experiências e
conhecimentos . Se não fosse esse o caso, então, quase sem exceção,
ficaríamos presos em um certo estágio (inicial) de nosso
desenvolvimento. Algumas pessoas, no entanto, se recusam a se
tornar adultos, enquanto outras são forçadas a se cuidar em uma
idade jovem. Isso está intimamente relacionado ao ambiente em que
você cresce.

 Estágios de desenvolvimento de Erikson


 Os oito estágios do desenvolvimento humano, segundo Erik
Erikson, são os seguintes:
 1. Confiança Basal vs. desconfiança básica (0-1 anos)
Recém-nascidos desenvolvem a partir do primeiro dia relações de
dependência, sobretudo com sua mãe. Atende a todas as necessidades
do bebê. Graças a esse cuidado íntimo, a criança descobre e
experimenta que pode confiar plenamente em seus pais, desde que
cumpram consistentemente essas necessidades básicas.
 À medida que os sentidos do bebê se desenvolvem, ele ou ela é cada
vez mais capaz de reconhecer seu ambiente imediato. Então eles
cuidadosamente começam a explorar, com a primeira vitória de não
sentir mais medo e ansiedade quando a mãe está (por um momento)
fora de vista ou não por perto. Se as crianças pequenas não se
confrontarem e ultrapassarem a sua ansiedade (instintiva) de
separação, sofrerão mais tarde com cepticismo e desconfiança
crónicos.
 2. Autonomia vs. vergonha (1-3 anos)
Durante este estágio, a criança aprende a se mover de forma
independente. Chorar e se recusar a engatinhar ou andar são então
usados para conseguir o que querem. Se o ambiente (social) não
satisfaz plenamente o que as crianças precisam, elas começam a
duvidar de si mesmas e dificilmente ousarão tomar iniciativas.
 A vergonha é expressa neste estágio como não querer ser vista, o
rosto se escondendo, as birras, o choro e o comportamento similar que
testemunham a sobrecarga emocional. O controle parental deve ser
determinado nesses momentos e, ao mesmo tempo, acalmar a criança
para que ela desenvolva autonomia ideal.
 3. Iniciativa vs. dívida (3-6 anos)
Se algo é característico deste período, é o desejo de tomar a iniciativa.
Totalmente em jogo, em que eles podem descobrir todos os tipos de
papéis e deixá-los viver livremente. A criança aprende a conhecer e
moldar sua própria identidade e potencial . Você imagina quem e o
que você quer se tornar depois, que está tomando iniciativa nessa
idade.
 A rivalidade e o ciúme também podem surgir nesse estágio. A criança
sempre quer ser o centro das atenções e revolta assim que a mãe dá
atenção a outra pessoa. Se eles não receberem esse tratamento
privilegiado, eles se sentirão culpados e preocupados.
 4. Causa vs. inferioridade (6 anos até a adolescência)
As crianças vão para a escola nessa fase. E se elas se sentirem à
vontade ou insatisfeitas, receberão reconhecimento pelos esforços
mostrados aqui . Elas estão em condições de adquirir novas
habilidades e conhecimentos. Em resumo: tornar-se produtivo.
 Nossa cultura tornou-se altamente especializada, tornando a sociedade
como um todo mais complexa e a iniciativa individual mais complicada.
O risco inerente a essa etapa é que, na falta de confirmação, as
crianças podem começar a acreditar que estão falhando e, assim,
desenvolver sentimentos de inferioridade .
 5. Identidade vs. confusão de papéis (puberdade)
Durante este período de surto de crescimento de mudanças biológicas
(e hormonais), os adolescentes começam a duvidar de tudo o que
confiavam anteriormente. Isso significa, para todos os conhecimentos,
habilidades e experiências que eles ganharam até aquele ponto. Com a
consequência mais radical: uma crise aguda de personalidade.
 Os adolescentes estão muitas vezes em apuros com sua própria auto-
imagem e lutam violentamente com a tensão de sua identidade
mutável: quem eu era e quem eu quero ser (ou não mais). Isso cria
confusão interna. Os adolescentes são, portanto, enormemente
suscetíveis a todos os tipos de impressões e geralmente tendem ao
idealismo explícito. Se eles processam este tempo turbulento no
caminho certo, isso leva a um caráter sólido e individualidade
equilibrada . Se isso não funcionar, eles continuarão a se comportar de
maneira diferente de quem realmente são.
 6. Intimidade vs. isolamento
Esse dilema ocorre quando o jovem adulto começa a gravar
profissional, emocional e politicamente e, ao mesmo tempo, percebe
que tal posicionamento social é irrevogavelmente acompanhado de
sacrifícios. Se o medo os impede de entrar em tais obrigações e
relacionamentos, eles correm o risco de isolamento social.
 Ao tomar decisões importantes e enfrentar desafios, eles alcançam
estabilidade nesse estágio. Suas visões sobre trabalho, amizade e
família se aprofundam e se fortalecem. Tudo somado, eles são o passo
definitivo para a independência e maturidade .
 7. Generatividade vs. estagnação
Erikson definiu a geratividade como o desejo, mais tarde na vida, de
guiar as gerações mais jovens e ajudá-las a encontrar seu lugar no
mundo. Se isso não acontecer, pode-se experimentar um sentimento
indesejado de estagnação pessoal, não mais transcendê-lo e não
contribuir para o futuro.
 Somente quando as pessoas experimentam desapontamentos e
triunfos e se dedicam com tempo e atenção à geração e disseminação
de suas idéias, elas podem finalmente experimentar o que é crescer.
 8. Integridade do ego vs. desespero
O estágio final da vida pode ser calmo e pacífico, ou cheio de
desespero e inquietação. Isso depende inteiramente do curso dos sete
estágios anteriores. Na velhice , alguém deve ser capaz de avaliar sua
vida, com um senso de realidade e uma compreensão amadurecida do
mundo e de si mesmo.
 Se nesta fase você puder combinar reflexão e experiência, ter
pensamento e ação em harmonia, então a sensação de integridade é
sua recompensa . No entanto, se houver conflitos ou estágios iniciais
de desenvolvimento estagnados em que você ainda desempenha um
papel de sênior, provavelmente será atormentado por um medo
fervoroso de doença, sofrimento e morte.
  

 Compartilhar

  

 Facebook

  

 Twitter

  

 Pinterest

  

 WhatsApp

 RECOMENDAMOS


 Um carro novo que foi enterrado há 50 anos! Todos ficaram sem palavras quando
descobriram sobre sua condiçãoBestFamilyMag.com

 “Não existe isso de psicopata recuperado”, diz Gloria Perez sobre Guilherme de
Pádua

 Cavalo continua abraçando a mulher grávida - quando o médico olha para o
ultrassom, ele chama a polícia5minstory.com

 Mãe arremessa bebê antes de perder a vida atropelada por trem na Argentina

 Ex-cão policial continuou latindo para uma árvore, então os investigadores
correram em sua direçãoStyleReads.com

 Marido confunde água com álcool, causa acidente e esposa grávida perde a vida
em SP
 por taboola
 Links promovidos


 Pensar

Fases da vida humana


 

Por Sara Sanchis, Psicóloga especializada em Crescimento Pessoal. 22 setembro 2020


Geralmente, a vida do ser humano atravessa diferentes fases e
períodos com características mais ou menos comuns que
condicionam o crescimento e desenvolvimento das pessoas. As
primeiras fases da vida, desde a gestação até a adolescência,
condicionarão o desenvolvimento adulto posterior. O cuidado de
tais fases é básico e fundamental para garantir o
desenvolvimento saudável das nossas crianças.
Neste artigo de Psicologia-Online, vamos expor quais são as
diferentes fases da vida humana por idades, desde a etapa
pré-natal até chegar à velhice.
Também lhe pode interessar: Perguntas para refletir sobre a
vida
Índice
1. Fase pré-natal
2. Recém-nascido (0-12 meses)
3. Bebê (18-36 meses)
4. Fase pré-escolar (3-6 anos)
5. Fase escolar (7-11 anos)
6. Adolescência (12-18 anos)
7. Jovem adulto (20-30 anos)
8. Adulto médio (30-50 anos)
9. Maturidade (50-65 anos)
10. Terceira idade (+65 anos)
Fase pré-natal
Veremos as fases da vida humana por idades, no entanto,
devemos contemplar a fase antes do nascimento. A fase pré-
natal compreende o período desde a gestação do bebê até seu
nascimento. É um período crítico para seu crescimento e
desenvolvimento no momento e posteriormente já que, tanto em
nível físico quanto em nível emocional e psicológico, toda
vivência neste período determinará profundamente as bases e
predisposições para seu desenvolvimento futuro.
Nesse período, o bebê precisa de um ambiente caloroso e calmo
para que seu crescimento e desenvolvimento se dê sob
condições saudáveis. Portanto, torna-se fundamental propiciar o
cuidado da mãe, que carrega o bebê durante toda a gravidez,
como medida de promoção da saúde e prevenção de futuras
doenças ou patologias.
Recém-nascido (0-12 meses)
A primeira das fases da vida por idade é a de recém-nascido: do
nascimento até o primeiro ano. Este período foi denominado
"exterogestação", se referindo a um estado em que o bebê
precisa para seguir se desenvolvendo de maneira ótima,
um útero externo que garanta sua proteção e segurança. Por
este motivo, durante este período se torna imprescindível o
respeito da díade mãe-bebê e o fomento e promoção
da lactação como meio natural de estabelecimento do vínculo
materno-filial.
Se trata de um período em que se consolida o desenvolvimento
dos sistemas do organismo do bebê e através do qual este se
relaciona com seu entorno, através de suas ações sensitivas e
motoras. A experimentação livre e o acompanhamento
respeitoso são cruciais para favorecer um desenvolvimento
ótimo e saudável.
Bebê (18-36 meses)
Esta é a fase seguinte do desenvolvimento. Durante este
período, a criança continua se relacionando com seu ambiente
através dos sentidos e de sua motricidade que,
progressivamente, vai refinando e desenvolvendo.
Continua sendo fundamental o respeito
pelas brincadeiras e exploração livre da criança que, guiada
por seu sistema de autorregulação pessoal, procura experimentar
aquelas situações que permitem os aprendizados para os quais
ela está preparada.
Como consequência deste desenvolvimento motor, os bebês
começam a mudar e iniciam a linguagem ao avançar em seu
desenvolvimento cognitivo, o que os permite iniciar
representações mentais do que, até agora, experimentaram de
forma direta através dos sentidos e ações motoras.
Fase pré-escolar (3-6 anos)
A fase pré-escolar é a terceira das fases da vida por idades, e vai
dos 3 aos 6 anos. Segundo Piaget, este período se corresponde
com a fase pré-operacional, na qual o desenvolvimento
cognitivo e psicológico da criança a permite começar a
representar de maneira simbólica a realidade e ir desenvolvendo
progressivamente este tipo de elaboração cognitiva da realidade.
Aqui explicamos a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget.
Nesta etapa é fundamental a brincadeira simbólica, pois permite
à crianças integrar aprendizados sobre a realidade que a rodeia
através das brincadeiras, da imaginação, da imitação e do
desenho. Este tipo de brincadeira favorece o desenvolvimento da
linguagem e das habilidades cognitivas e sociais. Outras
características deste período são:
 Seu aprendizado continua sendo intuitivo, ao se basear em sua
própria experiência.
 Começam a compreender noções básicas sobre conceitos
numéricos.
 São egocêntricos, por ainda não terem desenvolvido sua
capacidade de percepção e entendimento do outro.
 Se fixam e se focam em aspectos globais, sem perceber
detalhes e peculiaridades.
Fase escolar (7-11 anos)
Durante esta fase da vida humana, a criança começa a perceber
de maneira mais objetiva sua realidade, abandonando sua
representação simbólica. Começa a utilizar o raciocínio lógico em
sua aprendizagem vital. Se trata do período das operações
concretas, segundo Piaget, no qual seu pensamento se torna
mais flexível, concreto e menos egocêntrico, o que a permite
realizar operações e raciocínio inferencial. São próprios deste
período os processos mentais de seriação, classificação e
conservação.
O processo de socialização, iniciado timidamente no período
anterior, vai se consolidando durante estes anos, o que fornece
às crianças aprendizados significativos de como são os modos
de relação interpessoal e intrapessoal; as normais sociais; o
respeito e cuidado com os outros; a necessidade de se
relacionar; o reforço e amparo que as relações sociais trazem; a
empatia; os abusos e negligências das pessoas; etc.
Adolescência (12-18 anos)
A adolescência é uma das fases do desenvolvimento humano
mais estudadas. É um período de grande convulsão interna em
todos os níveis (físico, emocional, cognitivo, psicológico e social).
Supõe um segundo nascimento, através do qual os
adolescentes contrastam com suas novas experiências e fazem
uso de sua capacidade de raciocínio formal sobre toda sua
bagagem de experiência infantil para, finalmente, estabelecer
novos esquemas mentais (sobre si mesmo, sobre os outros e
sobre o mundo) que formarão as bases e guia para seu trânsito
pelo mundo adulto, ao qual estão prestes a entrar.
Ocorrem grandes mudanças físicas e a relação com seus
iguais se torna o meio fundamental de crescimento pessoal e
desenvolvimento durante esta fase, deixando de lado,
temporariamente, a necessidade de relação com os pais, tão
essencial durante a infância.
Jovem adulto (20-30 anos)
Durante esta fase da vida humana, se a adolescência foi vivida
de maneira satisfatória, o jovem recuperou seu equilíbrio físico,
emocional e psicológico, e empreende as primeiras ações
pessoais no mundo adulto ao ter mais clareza sobre quem é e o
que quer de sua vida. Sua inexperiência vem respaldada pela
motivação pessoal para desenvolver projetos de vida pessoais
(estudos, trabalho, relacionamentos, etc.) que o leva a
empreender experiências de vida que vão o enriquecendo com
conhecimentos sobre si mesmo, sobre as relações pessoais e
sobre o modo de proceder em seu entorno.
Esta etapa é a última relacionada ao crescimento e
desenvolvimento físico do indivíduo, já o desenvolvimento
emocional e cognitivo segue acontecendo e se ampliando até o
final da vida.
Adulto médio (30-50 anos)
Este período é caracterizado pelo desenvolvimento e
consolidação dos projetos de vida pessoais (trabalho, família,
etc.) ou, pelo contrário, pela experiência de crise pessoal por não
ter conseguido se orientar e conquistar os objetivos pessoais. No
seguinte artigo abordamos a crise da meia idade. Nestes anos
acontecem a maior atividade vital que reúne a vitalidade e o
dinamismo necessário para desenvolver os projetos de vida
pessoais.
Nesta fase do desenvolvimento humano, já não acontece
nenhum tipo de crescimento nem desenvolvimento físico, mas
por outro lado, inicia-se o processo de maturação emocional e
psicológica como resultado das experiências de vida que
aconteceram até agora e durante este período.
Maturidade (50-65 anos)
Esta fase da vida humana constitui um período de consolidação
definitiva do desenvolvimento emocional e psicológico das
pessoas, o que as confere novas perspectivas de enfrentamento
vital, através de atitudes mais serenas e sossegadas.
Nesta etapa do desenvolvimento humano, sua atividade
profissional vai se encerrando e as prioridades de vida mudam,
sendo estas dirigidas para o cuidado pessoal e das pessoas
queridas.
Terceira idade (+65 anos)
A última das fases da vida humana é a terceira idade. Se
constitui em um período de relaxamento vital, no qual a vida
assume um ritmo mais lento e pausado. Supõe um momento de
aceitação e integração da experiência de vida, e de preparação
para a despedida dos entes queridos. A experiência mais ou
menos positiva deste período será condicionada pelo nível
de maturidade pessoal adquirido e pelo nível de saúde
física da pessoa, aspectos que interagem de forma significativa.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não
temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um
tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo
para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Fases da vida humana,
recomendamos que entre na nossa categoria de Crescimento
pessoal e autoajuda.
Bibliografia
 Becerra, M. Psicología Evolutiva: Niños, Adolescentes y
Adultos. Escuela Radial de Catequesis Argentina.
 Clemente, A. (1996). Psicología del Desarrollo Adulto. Narcea
S.A. Ediciones.
 Rodríguez de los Ríos (1997). Psicología del
Desarrollo. Universidad Nacional de Educación "Enrique
Guzmán y Valle". Editorial Universitaria.
 Sánchez Pinuaga, M. y Hortelano, X. (1996). Ecología Infantil y
Maduración Humana. Publicaciones Orgón de la Escuela
Española de Terapia Reichiana.
8 Períodos do Desenvolvimento Humano –
Psicologia
por Professor Felipe de Souza | Psicologia
“O campo do desenvolvimento humano concentra-se no estudo científico
dos processos sistemáticos de mudança e estabilidade que ocorrem nas
pessoas” (Papalia, p. 36).
Olá amigos!
Existe uma grande área de estudos chamada de desenvolvimento humano, na qual o objeto de
estudo é o processo de mudança que ocorre ao longo do ciclo da vida; mudanças no
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. A psicologia é uma das ciências presentes nesta
área de estudos, uma área desde o início interdisciplinar, ou seja, que reúne os conhecimentos da
medicina, antropologia, sociologia, biologia, genética, educação, história.
Neste texto, vamos descrever as 8 etapas ou fases típicas do desenvolvimento. Embora possamos
demarcar tais fases por idades, é até certo ponto arbitrário. Em outras palavras, a demarcação das
idades visa facilitar o estudo. Assim, por exemplo, é evidente que existe uma passagem da vida
intrauterina (a fase 1) para a primeira infância (fase 2), como geralmente é possível demarcar o
início da adolescência (fase 5) pelas transformações da puberdade. Outras fases, como a vida
adulta intermediária (fase 7) não possui demarcação tão clara.
Desta forma, entendemos as 8 fases, etapas ou períodos como um critério arbitrário, mas
necessário em termos didáticos.
Compre o melhor livro sobre Desenvolvimento Humano
1) Período Pré-Natal
É comum pensar que a vida começa com o nascimento. Porém, os nove meses (em média) que o
antecedem são responsáveis por um complexo desenvolvimento intrauterino. As características
genéticas já começam a interagir com o meio no qual o bebê se encontra. A alimentação da mãe
afeta diretamente no crescimento e o bebê passa a responder à voz da mãe, a distingui-la das
demais, e ter preferência por ela.
2) Período da Primeira Infância
A primeira infância começa com o nascimento e vai até os 3 anos de idade. Nos primeiros meses,
os cinco sentidos começam a se desenvolver. Na parte cognitiva, “as capacidades de aprender e
lembrar estão presentes mesmo nas primeiras semanas. O uso de símbolos e a capacidade de
resolver problemas se desenvolvem por volta do final do segundo ano de vida”. (Papalia, p. 40).
Neste período, a criança começa a formar vínculos fortes com os pais ou cuidadores. Há o início da
percepção de si mesmo (autoconsciência) e o interesse por outras crianças.
3) Período da Segunda Infância
Segundo os desenvolvimentistas, os cientistas do desenvolvimento, a segunda infância vai dos 3
aos 6 anos de idade. O corpo tende a se tornar mais esguio e as partes do corpo começam a se
assemelhar, em termos de proporções, com as de um adulto. O apetite tende a diminuir e podem
aparecer distúrbios do sono, como insônia.
“O pensamento é um tanto egocêntrico, mas aumenta a compreensão do ponto de vista dos outros.
A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas sobre o mundo. Desenvolve-se a
identidade de gênero” (Papalia, p. 40). É curioso que normalmente pensamos que o cérebro está
em crescimento, que o córtex, a massa cinzenta, está em expansão, razão pela qual uma criança
teria pensamentos menos lógicos ou abstratos que um adulto. Porém, como sabemos através das
neurociências, “a substância cinzenta diminui em uma onda inversa à medida que o cérebro
amadurece e conexões neurais são desativadas”, ou seja, com o tempo há uma perda na
densidade da massa cinzenta, o que gera, paradoxalmente, um maior amadurecimento, um
funcionamento mais eficiente.
4) Período da Terceira Infância
Nesta fase, há uma diminuição do crescimento físico. Existe a tendência de aparecem problemas
respiratórios, entretanto, é uma das fases que, em média, nota-se a presença de maior  saúde.
Entre os 6 e 11 anos, há uma diminuição do egocentrismo, ou seja, a criança não é mais tão
centrada em si mesma. A escolarização ajuda neste processo e igualmente na estimulação da
memória e da linguagem (que melhoram independentemente da escola).
Certas crianças podem apresentar necessidades especiais de educação ou, no extremo oposto,
talentos que exigem cuidado também. O conceito de si (autoconceito) fica mais complexo, o que
pode igualmente gerar modificações na autoestima. A convivência com colegas com idade próxima
é um fator a ser levado em conta neste período.
5) Período da Adolescência
Como vimos, a divisão da vida em etapas é arbitrário. O conceito de adolescência é recente.
Segundo o dicionário etimológico: “A palavra “adolescente” vem do particípio presente do verbo em
latim adolescere, crescer. Já o particípio passado, adultus deu origem à palavra “adulto”. Em
português, as palavras seriam equivalentes a “crescente”e “crescido”, respectivamente”.
Muitas culturas não possuem esta ideia que temos da adolescência, como um período entre a
infância e a idade adulta.
Como sabemos, nesta fase ocorre a maturidade reprodutiva, quando torna-se possível para os
indivíduos serem pais ou mães. A saúde é afeta, geralmente, pelo comportamento, como
transtornos alimentares ou uso de drogas.
Na cognição, “desenvolvem-se a capacidade de pensar em termos abstratos e de usar o raciocínio
científico. O pensamento imaturo persiste em algumas atitudes e comportamentos. A busca pela
identidade, incluindo a identidade sexual, torna-se central” (Papalia, p. 41).
6) Período Início da Vida Adulta
Os cientistas do desenvolvimento demarcam o início da vida adulta a partir dos 20 anos e indo até
os 40. “A condição física atinge o auge, depois declina ligeiramente. O pensamento e os
julgamentos morais tornam-se mais complexos. São feitas escolhas educacionais e vocacionais,
após um período exploratório. Traços e estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis,
mas as mudanças na personalidade podem ser influenciadas pelas fases e acontecimentos da vida.
São tomadas decisões sobre relacionamentos íntimos e estilos de vida pessoais, mas podem não
ser duradouros. A maioria das pessoas casa-se e tem filhos” (Papalia, p. 41).
Aqui vemos que a fase anterior, a adolescência pode se prolongar, ainda e haver uma certa
intersecção de fases. Afinal, não é possível demarcar com precisão quando começa a idade adulta.
Alguns argumentam que esta se inicia com o primeiro trabalho e o auto-sustento, outros com o
início da faculdade ou com a constituição de uma nova família.
7) Período da Vida Adulta Intermediária
Esta fase vai dos 40 aos 65 anos de idade. Há mudanças significativas nas condições físicas
(saúde, vigor), porém, com grandes diferenças de uma pessoa para outra. “As mulheres entram na
menopausa. As capacidades mentais atingem o auge, a especialização e as habilidades relativas à
solução de problemas práticos são acentuadas. A produção criativa pode declinar, mas melhor em
qualidade. Para alguns, o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo, para
outros, poderá ocorrer esgotamento ou mudança de carreira. A dupla responsabilidade pelo cuidado
dos filhos e dos pais idosos pode causar estresse. A saída dos filhos deixa o ninho vazio” (Papalia,
p. 41).
8) Período da Vida Adulta Tardia
Este período começa a partir dos 65 anos. “A maioria da pessoas é saudável e ativa, embora
geralmente haja um declínio da saúde e das capacidades físicas. O tempo de reação mais lento
afeta alguns aspectos funcionais. A maioria das pessoas está mentalmente alerta. Embora
inteligência e memória possam se deteriorar em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra
meios de compensação. A aposentadoria pode oferecer novas opções para aproveitar o tempo. As
pessoas desenvolvem estratégias mais flexíveis para enfrentar perdas pessoas e a morte eminente.
O relacionamento com a família e com amigos íntimos pode proporcionar um importante apoio. A
busca de significado para a vida assume uma importância fundamental” (Papalia, p. 41).
Conclusão
Neste texto, demos uma visão geral sobre as 8 etapas do desenvolvimento humano. Quer aprender
com mais detalhes? Inscreva-se em nosso Curso Psicologia do Desenvolvimento!
Vagas limitas com desconto! De 150 reais por apenas 99,90!
Compre o melhor livro sobre Desenvolvimento Humano
Clique – Curso Psicologia do Desenvolvimento 
O Ciclo Desenvolvimento da Idade Adulta e Velhice
Parte I - Imagem Social Generalizada Face à Velhice

Até á bem pouco tempo atrás, a imagem social que havia da velhice era
aquela que a ligava a um símbolo de improdutividade, incapacidade,
deficiência, inadaptação, decadência e morte. Na verdade a imagem que as
sociedades em geral tinham do idoso era a de o estigmatizar, relacionando-o
normalmente com a incapacidade em participar activamente no processo
produtivo e por isso desvalorizando-o como membro activo da sociedade.
Sendo a sociedade organizada em volta e em função de papéis económicos,
onde os indivíduos são reduzidos a simples condição de agentes de
produção, de distribuição e de consumo, os idosos não pareciam caber nesta
situação, podendo-se facilmente verificar que a representação social da
velhice está muito ligada à incapacidade do indivíduo em participar nos
sistemas produtivos e naturalmente à perca do respeito e de reconhecimento
da sociedade sobre as pessoas idosas. O momento da reforma não é mais do
que uma atitude egoísta da sociedade para com os mais idosos, impondo-lhes
de certa forma o afastamento dos mercados de trabalho, levando a que muitas
vezes aqueles se sintam inúteis, para além do facto de que, regra geral a
passagem à reforma implicar uma diminuição do poder económico, tornando-
o muitas vezes dependente de terceiros (família, amigos). Nas sociedades em
geral há como que uma desvalorização da experiência e sabedoria dos mais
velhos, em resultado duma crise de valores, onde a tradição e os valores
morais vêm sofrendo alterações. O papel social dos idosos fica especialmente
fragilizado pelos diversos estigmas da sociedade, que os ameaçam em
transformarem-se em seres descartáveis e que os pressionam a eles próprios
se considerarem ultrapassados, sem servirem para mais nada.
Contudo julgo que em resultado dum aumento, cada vez mais significativo, da
percentagem de idosos na população, fruto do desenvolvimento da ciência e
das novas técnicas que têm permitido uma melhor e maior informação junto
das pessoas e com isso levá-las a preocuparem-se mais com a sua saúde e
bem-estar, a ideia de que o lugar dos idosos é em casa tem se vindo a alterar,
pois cada vez mais os idosos procuram novas alternativas, como a prática de
exercícios físicos, a participação em grupos, sejam eles culturais, religiosos,
de lazer ou mesmo acções de voluntariado, que lhes permite manterem-se
inseridos no meio social, melhorando assim a sua auto-estima. Na verdade o
chamado envelhecimento produtivo permite que o idoso se envolva em
actividades significativas, que sejam pessoalmente satisfatórias e que
possam ter uma importância significativa na sua própria vida e na dos outros.
Começa a ganhar cada vez mais força a ideia de que envelhecer é uma
experiência única, dentro dum processo natural e inevitável, que tal como a
infância, a adolescência, a juventude, ou o estado adulto, faz parte do ciclo
natural da vida. Temos cada vez mais que pensar que só é idoso quem se
sente mental e fisicamente como tal. Na verdade o processo de
envelhecimento provoca muitas mudanças nas pessoas, nomeadamente
mudanças nas relações familiares, no núcleo de amigos, nas áreas
profissionais sociais e económicas e que serão aceites por cada um à sua
maneira. Como dizia Simone Beauvoir (1990:347), na vida apenas podemos
“morrer prematuramente ou envelhecer, não há outra alternativa”, logo como
ninguém deseja morrer prematuramente temos de aceitar o envelhecimento e
por isso temos todos a obrigação de criar as condições para que a sociedade
altere a imagem social da velhice, começando nós próprios por aceitar
positivamente os idosos da nossa família, respeitando as pessoas mais
idosas como cidadãos com direitos e deveres, criando políticas inclusivas
para garantirem a protecção aos idosos, permitindo-lhes serem sujeitos com
vontade própria, fazendo as coisas que gostam e mais desejam, vivendo e
exercendo a sua cidadania, no respeito pelo seguinte pensamento: não
interessa a idade nem o tempo que nos resta neste mundo, o importante é
viver cada segundo como se fosse o último, procurando sempre o
conhecimento, a amizade, o lazer, nunca deixando morrer a chama do amor.
Bibliografia:
BEAUVOIR, Simone de. A Velhice. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1990.
Morgado, L. & Costa, A. (2009). Textos de Suporte ao Tema 3: O desenvolvimento
humano na idade adulta e na velhice
VELHICE/SABEDORIA
De facto no seguimento do que atrás referi, nas sociedades em geral há
como que uma desvalorização da experiência e sabedoria dos mais
velhos. Culturalmente, a sabedoria é identificada como um
conhecimento superior a respeito de questões difíceis da existência e
como uma capacidade superior de aconselhar. Baltes define sabedoria
como uma forma de desempenho intelectual altamente especializado,
com as seguintes características: elevado conhecimento de factos e
procedimentos, capacidade de ter em conta o contexto, de relativizar
valores e circunstâncias, de ter em conta a incerteza (cinco critérios), em
situações-problema envolvendo revisão, planeamento e manejo de vida.
Diversos estudos têm mostrado que a experiência ganha durante a vida,
nos diferentes contextos sociais e os tipos de personalidade de cada um,
são factores importantes, não sendo os únicos, para explicar a razão de
ser da sabedoria. Torna-se por isso uma verdade indiscutível de que
associado à sabedoria está a capacidade de cada um para perceber as
relações humanas, os seus sacrifícios, a capacidade de enfrentar
adversidades, ter a capacidade de perdoar, de ser humilde e o dom de
aprender com as experiências da vida. O sábio deverá ser capaz de
manter a calma em situações difíceis e de conflito, tomar as decisões
correctas em função da situação e do momento, saber quando deve
responder rápido ou quando pelo contrário deve reflectir sobre os
assuntos. Ora na verdade o idoso traz consigo as experiências e uma
bagagem acumulada ao longo da vida, que lhe permite à medida que vai
envelhecendo ter cada vez mais condições de escolher com mais sageza
aquilo que quer aprender, aquilo que lhe não interessa saber,
lembrando-nos de que a inteligência, pelo facto de não ser um adquirido
social, pode diminuir ao longo da vida, mas a sabedoria, por ser um
elemento social e de inter-relação pessoal na natureza humana,
naturalmente vai crescendo com a idade, pois como entendia Rousseau,
a juventude é a época de se estudar a sabedoria e a velhice a época de a
praticar.
Bibliografia:
Morgado, L. & Costa, A. (2009). Textos de Suporte ao Tema 3: O desenvolvimento
humano na idade adulta e na velhice. (Marchand, H. (2001).)

2.2 DO DESENVOLVIMENTO HUMANO: ADULTO JOVEM

2.2.1 Períodos do desenvolvimento humano


2.2.1.1 Jovem adulto
Papalia (2000) caracteriza a etapa adulta jovem dos 20 aos 40 anos, mas não é fácil
determinar uma idade específica para o início e para o término de cada fase da vida,
depende muito da cultura e das experiências do sujeito.
Hoje, de acordo com Huyck e Hoyer (1982) não se pode mais falar de uma
idade específica. A idade pode ter várias dimensões: a dimensão cronológica – tempo
cronológico entre o nascimento e a morte; dimensão biológica – diz respeito à
maturidade física; a dimensão psicológica – evolução dos processos cognitivos e
emocionais; a dimensão funcional – capacidade de adaptar-se às exigências sociais e às
mudanças e a dimensão social, que se refere aos papéis representados na sociedade em
que se vive. Na verdade, a idade cronológica tem se distinguido muito da idade
funcional. A idade funcional seria uma média de todas as dimensões acima citadas,
sendo assim torna-se um critério mais correto para se caracterizar a vida adulta.
Daniel Levinton (1978) nos traz a sua teoria do desenvolvimento da vida adulta, que ele
chama de Estações da Vida Adulta. De acordo com sua teoria o ciclo da vida
adulta desenvolve-se em quatro estações: a primeira é a que precede a vida adulta
(preadulthood), a segunda o início da vida adulta (early adulthood), a terceira a vida
adulta intermediária ou meia idade (middle adulthood) e a quarta a vida adulta tardia
(late adulthood). As passagens de uma estação para outra seriam de acordo com as
interações que o sujeito faz consigo mesmo, com seus pares e com o mundo externo
em geral.
A primeira estação, que segundo ele vai mais ou menos dos 17 aos 22 anos: é uma
ponte entre a infância e a adolescência e a vida adulta. Como todas as transições
constituem uma viragem crucial no ciclo da vida. O sentido do Eu que se foi
desenvolvendo durante os períodos que precedem a vida adulta, é agora, reavaliado e
modificado. (Marchand 2005, p.22)
Todos os valores, ensinamentos que foram incorporados pela família e pelos outros
adultos que influenciaram na sua formação são reavaliados e reformulados, ou não, de
acordo com seus critérios. A separação da família é necessária para que o sujeito
desenvolva a autonomia de pensamento e consiga assumir os compromissos e as
responsabilidades da vida adulta em si.
Segundo Schaie e Willis (2003) existem alguns acontecimentos que marcam o início da
Fase Adulto Jovem: o final da escola básica, o ingresso no mercado de trabalho, a
experiência de viver independente da família, o casamento e/ou a paternidade. Quando
os jovens vivenciam estes acontecimentos eles assumem novas regras sociais e novos
papéis na sociedade em que vivem. Observa-se que os jovens que tem aspirações
educativas mais altas, tendem a deixar o casamento e a paternidade para mais tarde,
priorizando o estudo e o trabalho. Segundo os autores acima citados a família
desempenha um papel muito importante neste processo, principalmente no que diz
respeito às aspirações educativas.
Nesta fase o desenvolvimento geral se torna mais lento, menos dramático, mas não
pára. As mudanças sociais são as que mais chamam atenção, pois a maior parte das
pessoas assume compromissos como a composição de uma nova família, o primeiro
emprego e a escolha de uma profissão. É a idade do fazer, o homo faber salienta-se nesta
idade, na medida em que ele se vê liberto da autoridade dos pais e responsável pelo seu
próprio futuro. As escolhas realizadas nesta fase são frutos da maturidade e da
capacidade de realizar este equilíbrio.
Percebe-se que esta maturidade, está sendo atingida cada vez mais tarde, pois os jovens
estão prolongando a adolescência, permanecendo dependente dos pais, sem
quaisquer responsabilidades, muitas vezes até os trinta anos. Segundo Mosquera (1978, p.
110): a adolescência é cada vez mais um conceito social e a sua duração só se encerra
com a resolução dos problemas profissionais e a afirmação de si mesmo na profissão. Esta
geração até já foi nomeada pela mídia e pelos psicólogos de plantão, como Geração
Canguru. Estes jovens adultos estão adiando a construção da sua identidade
profissional, as suas entradas no mercado de trabalho e consequentemente seu
ingresso na vida adulta.
No início da idade adulta, os sujeitos ainda apresentam traços adolescentes, por isto os
caracterizamos como adulto jovem. Os traços característicos desta fase segundo
Mosquera (1978 p.108) são:
Uma grande vitalidade e uma valorização da individualidade. O adulto jovem está
dotado dos mais fortes impulsos, os quais manifestam tanto na sua impulsividade,
como no emprego vivo de suas forças. Seu estado de espírito frente à vida alcançou,
por regra geral, um elevado nível. A alegria de viver e o prazer da existência lhe
forneceram perspectivas. Por outro lado, sua escassa tendência ao cansaço e a sua
rápida recuperação lhe dão rendimento evidente e o fazem, especialmente, capaz de
esforços corporais.
Os impulsos por um lado, podem ser benéficos, na medida em que motivam o sujeito
para a ação, servem como proteção e como energia vital para enfrentar as situações
difíceis, mas por outro lado podem causar sérios problemas, no momento em que
impulsionam ações impensadas e irresponsáveis.
Os adultos jovens estão em plena forma física, têm muita energia, força muscular e
resistência. A maior parte das funções corporais está plenamente desenvolvida, no geral
têm uma ótima saúde.
O desenvolvimento cognitivo dos adultos, segundo a teoria do desenvolvimento
cognitivo de Piaget, já deve estar no estágio do pensamento formal em transição para o
pensamento pós-formal. O pensamento pós-formal é o pensamento relativista, muito
mais maduro e complexo que o descrito por Piaget como o estágio superior do
desenvolvimento cognitivo. É baseado na intuição e na lógica, parece ser mais flexível,
aberto, adaptativo e individualista.
As pesquisas realizadas em estudantes universitários por William Perry no ano de 1970
(Papalia, 2000, p.380) evidenciaram que durante os anos de graduação:
O pensamento progredia da rigidez para a flexibilidade e derradeiramente para os
compromissos livremente escolhidos. Os estudantes ingressam na faculdade com ideias
rígidas sobre a verdade; eles não conseguem imaginar qualquer resposta que não seja a
resposta certa. Quando encontram uma ampla variedade de ideias, eles reconhecem que
existem muitos pontos de vista diferentes. Eles também aceitam a sua própria incerteza.
É possível observar este tipo de pensamento, na convivência com os jovens, tanto nas
relações familiares, quanto na universidade. Esta rigidez de pensamento, muitas vezes
gera o famoso conflito de gerações, os jovens adultos, muitas vezes sustentam uma
opinião, sem ter refletido sobre todas as perspectivas, têm dificuldades de entender a
lógica do outro.
Um pesquisador chamado Sinott em 1984 propõe diversos critérios do pensamento
pós-formal: (Papalia, 2000)
Mudar de marcha: capacidade de transitar do raciocínio abstrato para as questões
práticas da vida;
Causalidade múltipla, soluções múltiplas: consciência de que os problemas podem ter
várias causas e consequentemente inúmeras soluções;
Pragmatismo: capacidade de escolher a melhor e/ou a mais possível solução para o
determinado problema;
Consciência de paradoxos: reconhecimento que um problema e/ou solução podem
trazer conflitos inerentes. (Se optar por uma solução, vai ter que abrir mão de outra). Os
jovens adultos desenvolvem o seu julgamento moral na medida em que conseguem
abandonar o pensamento egocêntrico e tornam-se capazes de processar um
pensamento abstrato. A experiência de vida e a emoção cumprem um papel muito
importante neste processo.
Segundo a Teoria de Kohlberg ( Papalia, 2000, p. 385): o avanço para o terceiro nível de
julgamento moral – a moralidade pós-convencional plenamente baseada em princípios
– depende em grande parte da experiência. A maioria das pessoas não chega a esse nível
de pensamento até os 20 anos – podendo nunca atingi-lo.
De acordo com a teoria citada acima as experiências que estimulam o desenvolvimento
moral nos jovens adultos são o encontro com valores conflitantes da sua família de
origem com os valores que encontram nos grupos sociais que frequentam, como a
universidade, a igreja, entre outros. Estas experiências longe de casa fazem-no refletir e
reavaliar seus critérios do que é certo e justo.
Mas o que são estes valores? Mosquera, (1978, p. 39) nos diz que:
Valor é todo objeto de interesse para o homem. Esta definição do conceito de valor se
fundamenta no fato de que o homem não é indiferente ao universo que o rodeia.
Continuamente emitimos julgamentos valorativos sobre as coisas e sustentamos que
algumas são mais úteis, mais belas ou melhores do que outras.
Nesta perspectiva, os valores seriam subjetivos. Mas Mosquera (1978) nos coloca que
podemos ter outra perspectiva, quando os valores dependem do objeto, originando
um objetivismo. O autor nos coloca uma pergunta muito interessante: Desejamos as
coisas porque têm valor ou elas têm valor porque as desejamos?
Os valores estéticos nesta etapa da vida são muito valorizados, pois o sujeito está no
auge da juventude. O adulto jovem precisa afirmar-se socialmente, ser reconhecido
profissionalmente e, além disso, ainda atrair um companheiro para a composição de
uma futura família. Segundo Mosquera (1978, p. 60): o valor estético se encontra nas
formas, e denominamos estas formas de estéticas quando são belas. Percebe-se que os
cuidados com o corpo, com a beleza física, são mais intensificados nesta fase.
Os valores sociais de um sujeito são construídos sob a influência da sociedade em que
vivem. Estes valores podem influenciar na construção da sua identidade, na medida em
que o homem tenta adaptar-se as exigências desta. Um exemplo seriam os padrões
estéticos impostos pela sociedade brasileira, onde principalmente as mulheres devem
ser magras, com seios fartos e corpo curvilíneo. Muitas mulheres submetem-se a dietas
rigorosas, chegando muitas vezes a anorexia e cirurgias plásticas diversas para
enquadrarem-se aos padrões.
Dentro desta perspectiva Mosquera (1978, p. 76) nos apresenta a distinção entre o
homem essencial e o homem público:
O primeiro consiste em uma radical visão dos sentimentos e valores que desenvolvemos
a respeito de nós mesmo, preocupados muito mais em elaborar a nossa verdade, isto é,
a nossa autenticidade. O outro tipo de homem, segundo Benson (1974), consiste na
versão heróica que se oferece para os outros. Trata-se de uma tentativa de convencer-
se a si de que tem qualidades e valores que levam a crença de que esses
comportamentos são verdadeiros.
O homem público estaria a mercê dos valores ditados pela sociedade em que vive em
detrimento dos seus próprios valores pessoais, sem questioná-los. Este tipo de
comportamento pode gerar uma crise séria de identidade.
O adulto jovem ainda está construindo a sua identidade pessoal, vivencia muitas vezes
dilemas entre o que é e o que os outros gostariam que ele fosse principalmente seus
pais. Sua autoestima, seu autoconceito, sua autoimagem estão em construção. Na
verdade, segundo Schaie e Willis (2003) a busca da própria identidade surge na
adolescência, em função das mudanças físicas e emocionais, as expectativas sociais de
uma conduta adulta e pode continuar na Fase de Adulto Jovem. Hall (2000, p. 173) nos
diz que:
Durante a adolescência, o indivíduo passa a experienciar um sentido de que é um ser
humano único, que está preparado para se encaixar em algum papel significativo na
sociedade. (...) Devido à difícil transição da infância para a idade adulta, por um lado, o
adolescente, durante o estágio da formação da identidade, tende a sofrer mais
profundamente do que nunca em virtude da confusão de papéis, da confusão de
identidade.
A crise de identidade, segundo Hall (2000) refere-se à necessidade de definir uma
identidade estável, pois este processo é extremamente importante para o
desenvolvimento do sujeito.
James Márcia, (1966) desenvolveu uma medida de status, muito utilizada com
adolescentes e jovens adultos em processo de construção da identidade: a Identidade
Realizada, a Hipotecada, a Moratória e a Identidade Difusa.
A pessoa que está com a Identidade Realizada já experimentou a crise de identidade e
ultrapassou esta fase, construindo a sua identidade de forma saudável.
Márcia e Miller (1980) estudaram os perfis psicológicos de mulheres casadas, com uma
média de idade de 35 anos, com diferentes estágios da construção de sua identidade.
As mulheres com Identidade Realizada rejeitavam os papéis e normas sociais
tradicionais e estavam preocupadas com a sua realização profissional e ideológica.
O sujeito na fase de Identidade Hipotecada assume a identidade de figuras parentais de
autoridade, esta fase também é chamada de execução. Na Identidade Moratória o
sujeito está em busca de uma identidade, está em plena crise de identidade. Segundo
os estudos de Márcia e Miller (1980) as mulheres citadas acima, tinham dificuldades em
assumir a sua verdadeira identidade, por medo e por culpa. Na Identidade Difusa o
sujeito pode ainda nem ter vivenciado a crise de identidade, pois possivelmente não
está preocupado com isto.
Erikson (1980) cita pelo menos cinco domínios da identidade: sexual, religiosa,
ideológica, política e ocupacional. Segundo o autor elas podem ser desenvolvidas em
ritmos diferentes, sendo que a escolarização pode influenciar neste desenvolvimento.
Segundo Schaie e Willis (2000, p.39):
Há evidências de que a escolarização pode influir em certos domínios tais como a
identidade vocacional mais que em domínios como na religião ou as crenças políticas.
Este pode ser porque um objetivo primordial da educação é preparar os jovens para
uma vocação: a escolarização força os indivíduos a eleger matérias relacionadas com
suas aptidões e interesses vocacionais.
Alguns autores criticam a teoria de Erikson, argumentando que todos os seus estudos
foram baseados no gênero masculino. Escolheu, inclusive, a vida de homens ilustres.
Schaie e Willis (2000) nos diz que os estudos de Erikson começaram com um capítulo de
um livro sobre a infância de Hitler e a juventude de Maxim Gorky (autor soviético e
ativista político), chamado Childhood e Society (1950 e 1963). Depois disso vieram os
estudos da vida de Lutero, Gandhi, Thomas Jefferson, Willian James e até do próprio
Freud. Mas percebe-se que, em relação à construção da identidade, as mulheres passam
pelo mesmo processo que os homens, com algumas peculiaridades, mais sociais do que
biológicas.
No livro autobiográfico de Simone de Beauvoir, Memórias de uma Moça Bem
Comportada (1958), pode-se identificar de forma clara o processo de construção de
identidade e as crises decorrentes deste processo.
Simone de Beauvoir, segundo sua autobiografia, tem uma personalidade muito especial.
Quando menina já demonstrava seu inconformismo e sua revolta em relação às
imposições sociais e culturais da época. Em várias falas do livro acima citado, verifica-se
isto: A arbitrariedade das ordens e das proibições com as quais me chocava denunciava-
lhes a inconsistência; ontem descasquei um pêssego, por que não uma ameixa? Por que
largar meu brinquedo exatamente neste momento? Por toda a parte encontrava o
constrangimento, nunca a necessidade. (Beauvoir 1958, p.16) Percebia que as crianças
não eram respeitadas na sua individualidade e nos seus direitos: Sempre que pressentia
com ou sem razão que abusavam da minha ingenuidade, a fim de manobrarem, eu me
revoltava. (...) Tinha caprichos, desobedecia simplesmente pelo prazer de desobedecer.
(Beauvoir 1958, p.17)
Em relação à construção da identidade, pode-se perceber a perspicácia da
personalidade de Simone, adaptando a sua personalidade, em função dos ganhos
secundários que teria em ser uma moça bem comportada: Eu me metamorfoseara
definitivamente em menina bem comportada. No início criara artificialmente a
personagem: valera-me tantos elogios, de que tirei tão grandes satisfações, que eu
acabara identificando-me com ela: tornou-se minha única verdade. (Beauvoir 1958, p.34)
A influência da família aparece seguidamente no processo de construção de
identidade de Simone, como na fala em que ela se refere à mãe: Vivíamos assim, ela e eu,
numa espécie de simbiose, e, sem me aplicar em imitá-la, fui por ela moldada. (Beauvoir
1958, p.44) A escola também contribuía com o processo, mas sem antes fazê-la parar de
refletir. Não é possível imaginar um ensino mais sectário do que me foi outorgado.
Manuais escolares, livros, aulas, conversações, tudo convergia para isso. Nunca me
deixaram ouvir, de longe que fosse, em surdina, outras opiniões, interpretações. (Beauvoir
1958, p.129)
A crise de identidade foi vivenciada por Simone, no início da fase adulta como podemos
perceber no trecho a seguir: ...o mal que eu sofria era o de ter sido expulsa do paraíso da
infância e não ter encontrado um lugar entre os homens. (...) Reduziram-me a isto!
Reduziram-me à personagem de uma estudante bem-dotada, de uma aluna brilhante,
eu que era a patética ausência do Absoluto! (Beauvoir 1958, p.231 e 248)
Em relação à construção da identidade ocupacional, Beauvoir expressa muitas vezes em
sua autobiografia seus pensamentos e desejos. Na sociedade e na época em viveu as
mulheres eram em primeiro lugar dependentes da sua família e depois, logo em
seguida,
dependentes de um marido, poucas ousavam ter uma vida profissional e a
independência financeira. Beauvoir era uma destas poucas, para não dizer, raras
mulheres que ousavam desejar a independência.
Queria minha independência; exerceria a minha profissão, escreveria, teria uma vida
pessoal, não me encarava nunca como a companheira de um homem: seríamos dois
companheiros. (...) Nem inferior, nem diferente, nem ultrajosamente superior, o homem
predestinado garantiria minha existência sem lhe destruir a soberania. (Beauvoir 1958,
p.146 - p. 147)
Sempre viveu entre os livros, adorava ler e estudar, diversão barata em época de
crise. Os livros foram seus eternos companheiros. Partindo deste pressuposto ela coloca:
Eu gostava tanto de estudar que achava apaixonante ensinar. (Beauvoir 1958, p 48) Nas
suas conversas interiores refletia sobre seu futuro:
Na vida, eu o sabia, outras são as realidades: uma mãe de família tem sempre a seu lado
um esposo. Mil tarefas fastidiosas a atormentam. Quando evoquei meu futuro, essas
servidões se me afiguravam tão pesadas que renunciei a ter filhos: o que me importava
era formar espíritos e almas; serei professora, resolvi. (Beauvoir 1958, p.59)
O trabalho desempenha um papel extremamente importante no desenvolvimento
humano e principalmente na passagem da adolescência para a vida adulta, pois
segundo Mosquera (1978, p. 113): o homem não trabalha só para viver, mas para
desenvolver-se e afirmar-se. No trabalho temos a oportunidade de colocar em prática
nossas habilidades e desenvolver ainda mais as nossas potencialidades. Reafirmar a
nossa autoimagem, o nosso autoconceito, a nossa personalidade; desenvolver a nossa
inteligência interpessoal e a nossa independência financeira.
O adulto jovem, principalmente no início da fase está formando a sua identidade
pessoal e profissional, muitas vezes ingressa na universidade em cursos que estão na
moda ou em cursos que são tradicionais no seu grupo familiar, sem ter certeza do que
gostaria de cursar de verdade. Quando isto acontece, é motivo de desmotivação e
desinteresse pela aprendizagem. Este fato comprova a falta de maturidade emocional
desta fase.
Para Mosquera (1978, p.109): o princípio da vida adulta não coincide necessariamente
com o princípio da maturidade. Este autor nos chama a atenção de que existe uma
maturidade legal que não corresponde aos critérios cronológicos, e aponta que é muito
difícil precisar uma idade para a chamada idade adulta.
A escolha da profissão é muito importante, pois ela pode determinar o grupo de
pessoas com os quais o sujeito vai conviver, o padrão social e econômico que vai ter e
as atividades que irá desempenhar por no mínimo trinta anos. Esta decisão não é muito
fácil e
não pode ser decidida repentinamente. Mosquera (1978, p. 116) nos chama a atenção
de que: a eleição de uma profissão não se produz de modo repentino senão que tende a
ser resultado de um longo processo que se inicia muito cedo na infância e muda de
acordo com o desenvolvimento da personalidade. Observa-se que, dependendo do tipo da
personalidade do sujeito, é possível elencar os tipos de profissões a que ele se adequaria
mais.
A construção de sua identidade política e ideológica também começa muito cedo. A
família tem uma influência muito grande. No caso de Beauvoir não foi diferente. Recebia
as influências burguesas de direita de seu pai, mas nas discussões de criança com sua
amiga Zazá, que recebia influências de esquerda de sua família, fazia as suas inferências.
Desde cedo se posicionou contrária a Monarquia, achando um absurdo que o poder
dependesse da hereditariedade, achava que o governo deveria ir para mãos de homens
mais competentes. Acreditava na igualdade das pessoas. Achava vergonhoso o fato dos
pobres não poderem votar, apesar de todo esclarecimento de seu pai que só as pessoas
esclarecidas tinham este direito. Diante de tais discussões fazia reflexões: queria que a
razão governasse os homens e entusiasmei-me pela democracia, que garantia a todos
direitos iguais e liberdade. (Beauvoir 1958, p.135)
Na universidade aproximou-se de um grupo de estudantes de esquerda, participando
de um movimento de mobilização das mulheres. Era a igualdade entre os sexos e a
liberdade
No documento Estudantes universitários com dificuldades de aprendizagem: como motivá-
los? (páginas 30-41)

O Ciclo Desenvolvimento da Idade Adulta e Velhice


Parte II - Aprendizagem na Idade Adulta

Como acontece em todas as fases da vida, também o desenvolvimento do jovem adulto


é influenciado pela sua juventude/adolescência no que respeita ao social e cultural,
próprios do homem, onde a presença de mais ou menos amor definirá um futuro mais ou
menos harmonioso. O jovem adulto não sofre mudanças físicas, mas sofre importantes e
variadas mudanças sociais e emocionais que naturalmente influenciam a sua
aprendizagem e que estão geralmente associadas ao terminar ou não a formação
escolar, ao iniciar mais cedo ou mais tarde a actividade profissional, à saída da
dependência económica dos pais, ao aprender a gerir de maneira própria os seus
recursos financeiros, a viver duma forma independente e fora do poder paternal, a
construir e preservar novos grupos de amigos e de relacionamentos, e a uma maior
capacidade de comunicação e criatividade para resolver novos problemas. Reflectindo
sobre o meu percurso de vida, a partir d a fase de jovem adulto e fazendo um paralelo
com a introdução que apresentei, começo por referir que nasci e vivi até ao fim da minha
adolescência em Luanda, dentro dos bons valores que a família me transmitiu, dum
estilo de vida muito próprio de África e ainda com os conhecimentos que a educação
formal até ao 12º ano me forneceu. Com o processo de descolonização vim para a zona
de Espinho e numa ânsia de ser independente, próprio da “loucura dos vinte anos”,
passei a viver sozinho, fora da influência da família. Durante esse período (dos 20 aos 24
anos) partilhei interesses e expectativas com novos amigos, integrei-me na sociedade e
cultura diferentes da que vinha habituado, fiz novos saberes aprendidos pela experiência
da vida, mas tudo isso sempre sustentado por uma educação de base, que sempre
soube preservar e que me ajudou a redefinir e sustentar uma nova e salutar forma de
estar na vida. Viver os “turbulentos anos setenta” sozinho, permitiu-me alguma
irresponsabilidade, que se reflectiu por exemplo no facto de abandonar os estudos, não
tendo inclusive terminado o serviço cívico, que me daria entrada na faculdade, em troca
de alguma paródia e, porque não dizê-lo, alguma boémia. Aos vinte e três anos associei-
me com outros amigos e fundámos uma cooperativa, que nos permitiu criar alguma
estabilidade económica e algum respeito e consideração pela população da região onde
nos instalámos. Todo este inicio de vida adulta foi uma fase importante da minha vida
pois permitiu-me desenvolver capacidades de comunicação e criatividade, pois sem ela
não teria sido possível levar por diante aquele projecto e permitiu-me aprender de que
sem a colaboração, coesão, interacção e muita entrega ao trabalho em equipa não
podemos evoluir nem estar de bem connosco e com os outros. Depois desta fase, já
mais amadurecido e mais calmo em termos emocionais e sentimentais e, já depois de ter
sido contratado para a empresa onde trabalhei durante mais de 30 anos, constituí
família, tendo tido o privilégio de ter dois filhos. Esta fase da minha vida deu-me
estabilidade, reforçou o meu sentido de responsabilidade, de amor e ensinou-me a
respeitar a partilha e a solidariedade, para além de me transmitir um maior prazer em
estar com a minha família e em ser capaz de a proteger. A minha vida profissional foi
sempre muito intensa, exerci cargos de chefia, fui formador em contexto de trabalho,
frequentei muitos cursos de formação e de refrescamento também na área do trabalho,
pelo que convivi com grupos muito heterogéneos de pessoas, desde mais jovens até
menos jovens, que me ajudaram a ser mais competente e a construir algum
conhecimento. Por isso julgo que as minhas experiências, fossem elas profissionais, de
comportamentos, de relacionamentos (tanto em qualidade como em quantidade)
prepararam-me melhor para a vida e obrigaram-me, por um lado a perceber a
necessidade de acompanhar as constantes mudanças nas novas tecnologias e por outro
lado a ser um defensor das relações pessoais de amizade, pessoal ou profissional.
Porque acho que tudo na vida tem o seu tempo, entendi pouco depois dos 50 anos pôr
um ponto final na minha actividade profissional, e de repente dei por mim a pensar
retomar os estudos, com ganas de aprender coisas novas que a vida me não ensinou e
que me possam realizar nesta nova fase da vida. É por isso que, depois de um interregno
formal de mais de trinta anos, e depois duma vida activa, onde consegui ser autónomo e
na medida do possível realizar-me pessoalmente e profissionalmente, decidi matricular-
me na Universidade Aberta, para terminar o que deixei a meio e ao mesmo tempo ir-me
preparando para a última etapa do meu desenvolvimento, a velhice.
Bibliografia:Valadares, J. et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e
Aprendizagem-Jovem Adulto e Adultez.

Idade adulta intermediária


(40-65 anos):
características e
mudanças
A idade adulta média , também conhecida como a meia-idade, é o período entre a idade adulta
jovem e velhice. Há certas discussões entre o tempo da vida que ele cobre; mas, em geral,
considera-se que varia de 40 a 65 anos de idade.
Em geral, esse estágio vital não foi tão estudado quanto o anterior. A psicologia do
desenvolvimento, por exemplo, normalmente se concentra na compreensão da infância e nos
processos que aparecem durante ela.
Fonte: pixabay.com

No entanto, nos últimos tempos, mais e mais especialistas estão preocupados em entender
melhor as mudanças que surgem durante a idade adulta intermediária. Isso coincide com uma
expectativa de vida crescente nos países desenvolvidos; A maioria das pessoas que vivem nessas
áreas superará facilmente a meia-idade.

Neste artigo, estudaremos algumas das características físicas mais importantes que as pessoas
compartilham no estágio intermediário da idade adulta. Da mesma forma, estudaremos o impacto
que essas idades têm na psicologia, fisiologia e sexualidade desses indivíduos.

Características físicas e psicológicas


Mudanças físicas
Entre as idades de 40 e 65 anos, os sinais de envelhecimento são completamente aparentes na
grande maioria dos casos. Quando uma pessoa chega ao fim deste estágio, haverá muitos
sintomas que mostram que ele está chegando à terceira idade.
Assim, por exemplo, os órgãos sensoriais terão menos acuidade; Em muitos casos, será
necessário o uso de aparelhos auditivos e de visão, como óculos para visão cansada ou
dispositivos para aumentar o volume dos sons.

A aparência externa também mudará para mostrar os sintomas do envelhecimento. Por exemplo,
a pele parecerá menos lisa e poderão ocorrer rugas ou manchas associadas à idade. Os cabelos
ficam acinzentados na maioria dos casos e, para muitos homens, a alopecia também aparece.

Relacionado:  Necessidades primárias e secundárias: características e exemplos

No nível de energia, as pessoas de meia idade tendem a ser menos vigorosas do que as da idade
adulta jovem. É normal que indivíduos nessa fase comecem a sentir dor nas articulações, força
nos membros inferiores e níveis mais altos de fadiga acumulada.

Mudanças psicológicas
Por décadas, considerou-se que a inteligência e as habilidades mentais atingiram seu pico por
volta dos 20 anos de idade e começaram a piorar a partir desse ponto. No entanto, alguns estudos
recentes negaram essa crença.

O erro veio ao considerar apenas o que é conhecido como “inteligência fluida”: isto é, pura
capacidade intelectual, descoberta nos anos 60, que estava no seu ponto mais alto no início da
idade adulta. No entanto, existe outro tipo de inteligência , a “inteligência cristalizada”, que
continua a se desenvolver ao longo da vida.

Essa capacidade tem a ver com todo o conhecimento adquirido e a experiência ao aplicá-los. No
caso da meia-idade, é claro que as pessoas que estão nessa faixa etária tendem a ter mais
inteligência cristalizada do que as mais jovens.

Em geral, além disso, os adultos de meia-idade tendem a mostrar maior confiança e


autoconfiança do que os mais jovens. Isso ocorre porque eles já viveram muito mais experiências
e são mais claros sobre como o mundo funciona e quais são suas verdadeiras capacidades.

Apesar de tudo, esta etapa também apresenta suas próprias dificuldades para algumas pessoas.
Por exemplo, algumas pessoas sofrem com a “crise da meia idade”, um momento caracterizado
por forte estresse causado pela pessoa que percebe que não alcançou alguns de seus objetivos
vitais.
Alterações fisiológicas
O corpo é o elemento que mais muda nas pessoas de meia idade. Devido ao processo de
envelhecimento, muitas das funções vitais começam a se deteriorar e a causar certos problemas,
que podem ser mais ou menos graves, dependendo dos hábitos e da genética de cada indivíduo.

Relacionado:  Praxeologia: Que Estudos, Fases e Exemplo

Assim, os especialistas diferenciam o envelhecimento primário e o envelhecimento secundário.


O primeiro teria a ver com todas as mudanças que são inevitáveis e ocorrem igualmente para
todas as pessoas; enquanto o outro estaria relacionado aos sintomas do envelhecimento
relacionados a um estilo de vida saudável.

Entre os sintomas do envelhecimento primário, podemos encontrar certos problemas


circulatórios, níveis mais baixos de alguns hormônios do que no caso de adultos mais jovens e
outros problemas específicos de sexo, como perda de massa muscular em homens ou osteoporose
e menopausa em mulheres. .

No caso do envelhecimento secundário, a falta de exercício físico e o abuso de substâncias


nocivas podem ter consequências muito graves.

Assim, entre outras coisas, alguém não saudável é muito mais propenso a sofrer de doenças com
altas taxas de mortalidade, como problemas cardíacos ou câncer.

Portanto, para pessoas de meia idade, é especialmente importante cuidar de sua saúde e levar
uma vida saudável, tanto quanto possível.

Sexualidade
A sexualidade intermediária na idade adulta apresenta suas próprias recompensas e desafios.
Para a maioria das pessoas, o desejo sexual permanece muito alto durante todo esse estágio,
embora esteja diminuindo à medida que se aproximam dos idosos.

Tanto no caso de homens quanto de mulheres, por haver maior autoconfiança por causa de suas
experiências vitais e maior maturidade, é possível apreciar a sexualidade com maior confiança
durante a meia-idade. No entanto, existem alguns problemas específicos nesta fase que precisam
ser superados.

Entre eles, podemos encontrar a perda de intimidade relacionada a uma carga excessiva de
trabalho, falta de momentos de solidão para o casal ou altos níveis de estresse.
Por outro lado, existem outras dificuldades de um tipo mais fisiológico, que também podem
impedir que uma vida sexual completa seja desfrutada.

Relacionado:  Pensamento interrogativo: características e exemplos

Nesse sentido, algumas pessoas podem sofrer de problemas como falta de ereções, dificuldades
em lubrificar naturalmente ou até perda de libido prematura. Felizmente, a maioria dessas
dificuldades pode ser resolvida com a ajuda de um profissional.

Referências
1. “Idade Média” em: Britannica. Retirado em: 06 de julho de 2018 de Britannica: britannica.com.
2. “Introdução à idade adulta média” em: Lumen. Retirado em: 06 de julho de 2018 de Lumen:
cursos.lumenlearning.com.
3. “Desenvolvimento na idade adulta média” em: Todas as carreiras de psicologia. Retirado em: 06
de julho de 2018 de Todas as carreiras de psicologia: allpsychologycareers.com.
4. “Desenvolvimento físico e cognitivo na idade adulta média” em: Desenvolvimento humano.
Retirado em: 06 de julho de 2018 de Desenvolvimento Humano: uppered.mheducation.com.
5. “Idade Média” em: Wikipedia. Retirado em: 06 de julho de 2018 da Wikipedia: en.wikipedia.org.
CategoriasPsicologia

Deixe um comentário

ESUMO DO CAPITULO 16. –


DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA
VIDA ADULTA E INTERMEDIÁRIA
503 palavras 3 páginas

Exibir mais
RESUMO DO CAPITULO 16. – DESENVOLVIMENTO
PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA E INTERMEDIÁRIA

Realizando a leitura do capítulo 16, Desenvolvimento Psicossocial na


Vida Adulta e Intermediaria do Livro Desenvolvimento Humano
(PAPALIA, 2010) podemos afirmar que os cientistas do
desenvolvimento abordam o estudo do desenvolvimento psicossocial
na meia-idade de duas formas: A objetiva que seria em termos das
trajetórias ou caminhos, e subjetivamente em termos da percepção
que a pessoa tem de si mesma e a forma que elas construíram
ativamente as suas vidas. Gerações, sexo, etnia, cultura e status
socioeconômico podem afetar profundamente o curso de vida.
Mudanças na personalidade e no estilo de vida durante os primeiros
anos após os quarenta são frequentemente atribuídas a crise de meia
idade, um período supostamente estressante desencadeado pela
revisão e reavaliação da própria vida. Pessoas que tem autodomínio e
controle apresentam maior probabilidade de atravessara meia-idade
com sucesso. A meia idade em geral é uma época para revisar a
própria história de vida.
Adultos mais velhos tendem a ser mais maduros e satisfeitos com
suas vidas do que adultos jovens, provavelmente por que interpretam
suas memórias como crescimento pessoal. Muitas pesquisas sugerem
que, para as mulheres, os cinquenta e até os sessenta anos, podem
ser o “ponto alto” da vida. Estudos feitos entre 1960,1970, 1980 os
homens de meia idade mostraram-se mais abertos em relação aos
sentimentos, mais interessados em manter relacionamentos íntimos e
mais generosos, características tradicionalmente rotuladas como
femininas, e as mulheres da meia idade tornaram-se mais
autoconfiantes, orientadas por objetivo, características
tradicionalmente rotuladas como masculinas.
Psicologia do desenvolvimento do adulto
1648 palavras 7 páginas

Exibir mais
“ O Homem deseja ser confirmado em seu Ser pelo Homem, e anseia
por ter uma presença no Ser do outro... – secreta e timidamente, ele
espera por um sim que lhe permita ser, e que só pode vir de uma
pessoa humana a outra”. Martim Buber

Ser adulto significa ter estabilidade emocional, financeira, definição de


identidade profissional, social e assumir a responsabilidade pelo seu
projeto de vida. Na idade adulta, os relacionamentos afetivos são mais
estáveis, há independência, responsabilidade pelo que faz jurídica e
emocional, encara as próprias escolhas com danos, perdas e lida com
isso sem culpar ninguém. MOURA ( 1999) considera que os desafios
da vida adulta é saber lidar com as frustrações, com os medos, as …
exibir mais conteúdo…

A adultez jovem se subdivide em fase inicial denominada adultez


jovem inicial, com idade aproximada entre 20 e 25 anos em seguida, a
adultez jovem plena que compreende dos 25 a 35 anos, e, por fim, a
adultez jovem final, abrangendo dos 35 aos 40 anos de idade. No que
se refere ao adulto jovem, suas características físicas e psicológicas,
bem como, suas pessoalidades únicas, Mosquera (1987, p. 80),
elucida que há nessa fase da vida uma grande vitalidade e uma
valorização da individualidade. O adulto jovem está dotado dos mais
fortes impulsos, os quais se manifestam, tanto pela impulsividade
como pelo emprego vivo de suas forças. Seu estado de espírito frente
à vida alcançou, por regra geral, um elevado nível. A alegria de viver e
o prazer da existência lhe fornecem perspectivas.

Mosquera (1982) considera que na adultez jovem o ser humano busca


uma valoração pessoal, objetivando um desejo intrínseco da avaliação
positiva de sua pessoa pelos conhecimentos até então adquiridos e
construídos, sempre numa

eorias de desenvolvimento de adultos e idosos

Por

Rodrigo

 Compartir

 Pío

Desenvolvimento na idade adulta


Se você fosse considerar o desenvolvimento emocional e mental de um ser humano, poderia
imaginar automaticamente o crescimento que acontece durante a infância. Ou talvez você
imagine um adolescente aprendendo sobre si mesmo e se tornando mais maduro. Mas o
desenvolvimento interior não ocorre apenas durante a infância e a adolescência. Na verdade, as
pessoas continuam a aprender e a mudar na idade adulta, à medida que lidam com novos eventos
de vida, relacionamentos e experiências.

Teorias de Desenvolvimento de Adultos


Assim como há psicólogos que pesquisaram e escreveram sobre o desenvolvimento infantil,
também há aqueles que se concentraram no desenvolvimento até a idade adulta. Embora cada um
tenha uma perspectiva diferente e única, todos concordam que o desenvolvimento de fato
continua na vida adulta. Vamos agora examinar quatro psicólogos conhecidos e as teorias que
cada um deles criou para descrever o desenvolvimento adulto.

Teoria de Roger Gould


A premissa por trás da teoria do desenvolvimento adulto de Roger Gould é que o
desenvolvimento ocorre com a substituição das respostas da infância por outras mais
maduras. Sua crença é que aprendemos comportamentos quando crianças acreditávamos que nos
manteriam seguros. À medida que crescemos, somos desafiados a abandonar esses antigos
comportamentos quando nos deparamos com uma situação que convida a uma resposta diferente
e mais saudável.

Vamos conhecer Gina, de 30 anos. Quando Gina tinha oito anos, seu pai deixou ela e sua mãe e
nunca mais as contatou. Gina nunca mais confiou nos homens. Ela aprendeu que se mantivesse
os homens à distância, ela estaria emocionalmente segura. Gina tem recentemente tentado
trabalhar para confiar em homens que sejam confiáveis. Ela está namorando seriamente um
homem que deseja se casar com ela, mas está lutando para assumir esse tipo de compromisso por
medo de que ele a deixe mais tarde. De acordo com Gould, Gina está presa entre seu
comportamento infantil para evitar os homens e uma resposta potencialmente nova para começar
a confiar. Se ela mudar essa parte de si mesma, estará exibindo desenvolvimento. No entanto, se
ela continuar a resistir à mudança, ela não conseguirá se desenvolver.

Teoria de Daniel Levinson


Daniel Levinson também criou sua própria teoria sobre o desenvolvimento adulto. Levinson
acreditava que a vida é composta por vários estágios que exigem que tomemos decisões, como
escolher o rumo de nossa vida. Ele afirmou que o desenvolvimento ocorre quando a pessoa passa
de um desses estágios para outro. Ele listou sete estágios de vida que são típicos da jornada de
vida de uma pessoa. Eles incluem:

1. Transição adulta precoce


2. Entrando no mundo adulto
3. Transição de 30 anos
4. Estabelecendo-se
5. Transição de meia-idade
6. Entrando na meia-idade
7. Idade adulta tardia

Vamos conhecer o Larry. Seguiremos Larry à medida que ele cresce em seus vários estágios de
vida.

Larry tem 18 anos e começa no início da transição adulta, quando sai de casa para ir para a
faculdade. Esta é uma etapa dos estágios iniciais de independência.

Ao se formar, quatro anos depois, ele está entrando na fase do mundo adulto, o que significa que
agora terá a responsabilidade de encontrar um emprego e se cuidar de novas formas, como pagar
contas e desenvolver relacionamentos.

Quando Larry completa 30 anos, ele entra na transição de 30 anos, o que significa que ele está
passando por uma nova mudança que o levará para a próxima temporada de vida. Para Larry,
isso significa que ele vai se casar.
Depois de alguns anos casado, Larry e sua esposa, Karen, começam a ter filhos. Eles agora estão
entrando no estágio de acomodação.

Anos mais tarde, quando Larry tinha 43 anos, ele entrava em uma transição de meia-idade, ou
uma crise de vida, enquanto se perguntava se sua vida tinha significado e devaneios sobre os
planos que ele tinha quando tinha vinte anos.

Larry decide fazer algumas mudanças, como começar a colecionar antiguidades e investir mais
em seu relacionamento com Karen. À medida que ele se acomoda nesses novos projetos, ao
mesmo tempo que aceita onde está sua vida hoje, ele está entrando na meia-idade.

Muitos anos depois, quando Larry está na casa dos setenta, ele está no final da fase adulta, onde
sua vida é estável e ele reflete sobre memórias positivas e realizações passadas.

Teoria de William Perry


Perry focou no desenvolvimento adulto, mas especificamente no que se refere a estudantes
jovens adultos. Ele acreditava que os jovens adultos se desenvolvem à medida que mudam sua
perspectiva da crença na verdade absoluta para uma das verdades múltiplas. Ele listou nove
etapas de desenvolvimento que constituem essa progressão. Vamos acompanhar Peter à medida
que ele se desenvolve nesses nove estágios.

Quando Peter chega à faculdade, ele presume que as autoridades sabem tudo. Esta é a primeira
etapa para jovens adultos. Peter passou sua juventude sempre acreditando e seguindo as ordens
de pessoas com autoridade, como seus professores, treinador e pais.

Com o passar do ano, Peter entra na segunda fase, pois discorda da opinião de um de seus
professores. Ele começa a acreditar que apenas as verdadeiras autoridades estão corretas. Isso
significa que outros, como o professor de Peter, não são verdadeiras autoridades e, portanto,
incorretos.

Perto do final do ano, Peter vê que seu professor favorito não tinha todas as respostas para as
perguntas da classe. Ele está agora no terceiro estágio de reconhecer que todas as autoridades
podem não saber tudo, mas estão buscando a verdade.

Por meio de suas outras aulas, Peter descobre que alguns de seus professores pensam de maneira
diferente e que estão procurando que os alunos descubram a resposta por si mesmos, em vez de
ouvirem a resposta para memorizá-la. Ele agora entrou no quarto estágio de desenvolvimento.

Quando Peter tem uma aula de filosofia no ano seguinte, ele tem que lidar com algumas
situações hipotéticas difíceis, e seus colegas têm opiniões diferentes sobre como elas devem ser
resolvidas. Peter agora entende que tudo é relativo, embora não igualmente válido, pois algumas
respostas são melhores do que outras.

Depois de uma reunião com seu orientador em sua especialização, Peter percebe que precisa
tomar suas próprias decisões, em vez de se apoiar nas opiniões de autoridades ao seu
redor. Existem agora duas ações que Peter pode tomar: ele assume o seu primeiro compromisso
quando diz aos pais que estudará filosofia e possivelmente irá para a faculdade de direito
depois. Então, Peter assume outros compromissos nos próximos anos, compartilhando seus
pensamentos pessoais nas aulas, com amigos e familiares.

O nono estágio envolve Peter possuir suas opiniões pessoais enquanto também está pronto para
aprender com os outros. Peter mostra o cumprimento desse estágio ao compartilhar abertamente
seus pensamentos nas aulas e ouvir o que seus professores e colegas têm a dizer.

Teoria de Carl Jung


Carl Jung não forneceu uma lista de estágios específicos para os adultos passarem, mas ele
discutiu algumas tarefas principais a serem realizadas durante a idade adulta. Ele descreveu este
momento como um momento para reflexão passada, fazendo as pazes com eventos passados e
perdoando os pais por quaisquer erros que tenham cometido na infância. Ele também disse que
os adultos deveriam usar esse tempo para desenvolver o domínio de suas habilidades e se
tornarem mais flexíveis e menos rígidos.

Se fôssemos considerar Jenny, de 50 anos, veríamos ela cumprindo essa lista de tarefas. Jenny
considera seu passado e pede desculpas à filha por não lhe dar a atenção de que precisava. Ela
também está perdoando seus pais por não estarem presentes o suficiente para ela quando
criança. Por último, mas não menos importante, ela está desenvolvendo seu talento como
jornalista e acaba de ser promovida no trabalho.

Resumo da lição
Vamos revisar. De acordo com os teóricos do desenvolvimento, os adultos continuam a se
desenvolver emocional e mentalmente. Roger Gould afirmou que os adultos se desenvolvem
substituindo as respostas da infância por outras maduras. Daniel Levinson acreditava que os
adultos se desenvolvem em várias fases da vida. Esses incluem:

1. Transição adulta precoce


2. Entrando no mundo adulto
3. Transição de 30 anos
4. Estabelecendo-se
5. Transição de meia-idade
6. Entrando na meia-idade
7. Idade adulta tardia

William Perry acreditava que os jovens adultos se desenvolvem à medida que mudam seu
pensamento de figuras de autoridade que têm todas as respostas para serem capazes de encontrar
respostas para si próprios e aprender com as opiniões variadas dos outros. Por último, Carl
Jung acreditava que a idade adulta era um momento para considerar o passado, perdoar os pais e
dominar dons e habilidades.
A idade adulta emergente é uma nova etapa de desenvolvimento, que ocorre
entre a adolescência e a idade adulta jovem, proposta pelo psicólogo Jeffrey
Jensen Arnett. É definido como um período de exploração da identidade que
ocorre antes que os indivíduos assumam compromissos adultos de longo
prazo. Arnett argumentou que a idade adulta emergente deve ser adicionada aos
oito estágios da vida na teoria dos estágios de Erikson . Os críticos afirmam que o
conceito de idade adulta emergente é simplesmente o produto das condições
socioeconômicas contemporâneas e não é universal e, portanto, não deve ser
considerado um verdadeiro estágio da vida.
Principais conclusões: idade adulta emergente

 A idade adulta emergente é um estágio de desenvolvimento proposto pelo


psicólogo Jeffrey Jensen Arnett.
 O estágio ocorre entre as idades de 18 a 25 anos, após a adolescência e
antes da idade adulta jovem. É marcado por um período de exploração
identitária.
 Os estudiosos discordam sobre se a idade adulta emergente é ou não um
verdadeiro estágio de desenvolvimento. Alguns argumentam que é
simplesmente um rótulo para jovens adultos em condições
socioeconômicas específicas em países industrializados.
Origens
Em meados do século 20, Erik Erikson propôs uma teoria dos estágios do
desenvolvimento psicossocial . A teoria descreve oito estágios que ocorrem ao
longo da vida humana. A quinta fase , que ocorre durante a adolescência, é um
período de exploração e desenvolvimento da identidade. Durante esta fase, os
adolescentes tentam determinar quem são no presente, ao mesmo tempo que
imaginam possíveis futuros para si próprios. É nessa fase que os indivíduos
começam a buscar opções específicas para suas vidas, renunciando a outras
opções.
Em 2000, o psicólogo Jeffrey Jensen Arnett derrubou a teoria de Erikson ao
sugerir que a adolescência não é mais o período primário de exploração da
identidade. Em vez disso, ele propôs que a idade adulta emergente é um nono
estágio do desenvolvimento humano . De acordo com Arnett, a idade adulta
emergente ocorre entre as idades de 18 e 25 anos – após a adolescência, mas
antes da idade adulta jovem.
Arnett baseou seu argumento nas mudanças demográficas que ocorreram nas
décadas desde o trabalho de Erikson. Desde meados dos anos 1900, mudanças
sociais e econômicas nos Estados Unidos e em outros países ocidentais levaram
ao aumento da frequência universitária. Enquanto isso, a entrada no mercado de
trabalho, o casamento e a paternidade foram adiados do início dos anos 20 para
meados dos anos 20. Como resultado dessas mudanças, afirmou Arnett, o
processo de desenvolvimento da identidade ocorre em grande parte após a
adolescência, durante o estágio da "idade adulta emergente".
O que significa a idade adulta emergente
Segundo Arnett, a idade adulta emergente ocorre durante o período de transição
da adolescência para a idade adulta. A idade adulta emergente ocorre durante o
final da adolescência e início dos 20 anos, quando os indivíduos normalmente
têm relativamente poucas expectativas ou obrigações impostas
externamente. Eles usam esse período como uma oportunidade de exploração de
identidade, experimentando diferentes papéis e engajando-se em diferentes
experiências, particularmente nos domínios do trabalho, amor e visão de
mundo. A idade adulta emergente termina gradualmente à medida que os
indivíduos assumem compromissos adultos mais permanentes ao longo dos 20
anos.
A idade adulta emergente é distinta da adolescência e da idade adulta
jovem. Diferentemente dos adolescentes, os adultos emergentes concluíram o
ensino médio, são legalmente considerados adultos, já passaram pela puberdade
e muitas vezes não moram com os pais. Ao contrário dos jovens adultos, os
adultos emergentes não assumiram papéis adultos no casamento, na paternidade
ou na carreira.
Comportamentos de risco, como sexo desprotegido, abuso de substâncias e
dirigir embriagado ou imprudente, atingem o pico na idade adulta emergente –
não na adolescência, como muitas vezes se supõe. Tal comportamento de risco
faz parte do processo de exploração da identidade. Parte da explicação para seu
pico na idade adulta emergente é o fato de que os adultos emergentes têm mais
liberdade do que os adolescentes e menos responsabilidades do que os adultos
jovens.
Os adultos emergentes muitas vezes relatam sentir-se não muito adultos, mas
não muito adolescentes. Como tal, a idade adulta emergente e o sentimento
associado de estar entre a adolescência e a idade adulta é uma construção das
culturas ocidentais e, consequentemente, não universal. O status de adulto é
alcançado à medida que os adultos emergentes aprendem a aceitar a
responsabilidade por si mesmos, tomar suas próprias decisões e se tornar
financeiramente independentes.

Controvérsia e crítica
Desde que Arnett introduziu o conceito de idade adulta emergente há quase duas
décadas, o termo e as ideias por trás dele se espalharam rapidamente por várias
disciplinas acadêmicas. O termo agora é frequentemente usado em pesquisas
para descrever uma coorte de idade específica. No entanto, em sua teoria do
estágio da vida humana, Erikson observou que casos de adolescência prolongada,
que coincidiriam aproximadamente com os anos adultos emergentes, eram
possíveis. Conseqüentemente, alguns pesquisadores argumentam que a idade
adulta emergente não é um fenômeno novo — é simplesmente a adolescência
tardia.
Ainda há controvérsias entre os estudiosos sobre se a idade adulta emergente
realmente representa uma fase distinta da vida. Algumas das críticas mais
comuns à ideia da idade adulta emergente são as seguintes:
Privilégio Financeiro
Alguns estudiosos afirmam que a idade adulta emergente não é um fenômeno de
desenvolvimento, mas um resultado do privilégio financeiro que permite que os
jovens frequentem a faculdade ou retardem a transição para a vida adulta
completa de outras maneiras. Esses pesquisadores argumentam que a idade
adulta emergente é um luxo que aqueles que devem assumir responsabilidades
adultas, como entrar no mercado de trabalho imediatamente após o ensino
médio, devem renunciar.
Aguardando oportunidade
O estudioso James Côté leva esse ponto um passo adiante, argumentando que os
adultos emergentes podem não estar envolvidos na exploração de identidade
ativa e deliberada. Ele sugere que, por razões sociais ou econômicas, esses
indivíduos estão esperando que surjam oportunidades que lhes permitam fazer a
transição para a vida adulta. Nessa perspectiva, a exploração ativa da identidade
pode não ocorrer além da adolescência. Essa ideia é apoiada por pesquisas , que
descobriram que a maioria dos adultos emergentes estava menos engajada na
experimentação de identidade e mais no trabalho em direção a responsabilidades
e compromissos adultos.
Limite falso na exploração de identidade
Outros pesquisadores argumentam que a idade adulta emergente limita
desnecessariamente o período de exploração da identidade . Eles argumentam
que fenômenos como a taxa de divórcio e mudanças frequentes de emprego e
carreira forçam as pessoas a reavaliar suas identidades ao longo da vida. Assim, a
exploração da identidade é agora uma busca ao longo da vida, e a idade adulta
emergente não é a única a se engajar nela.
Incongruência com a teoria de Erikson
Em sua teoria de estágio original, Erikson afirmou que cada estágio era
dependente do estágio anterior. Ele disse que se um indivíduo não desenvolver
com sucesso habilidades específicas durante cada estágio, seu desenvolvimento
será afetado em estágios posteriores. Assim, quando Arnett admite que a idade
adulta emergente é culturalmente específica, não universal e pode não existir no
futuro, ele mina seu próprio argumento de que a idade adulta emergente é um
período de desenvolvimento distinto. Além disso, a idade adulta emergente
limita-se às sociedades industrializadas e não se generaliza a todas as minorias
étnicas nessas sociedades.
Dadas todas essas críticas, os estudiosos Leo Hendry e Marion Kloep afirmam
que a idade adulta emergente é apenas um rótulo útil . Pode ser que a idade
adulta emergente descreva com precisão os jovens adultos em condições
socioeconômicas específicas nos países industrializados, mas não é uma
verdadeira fase da vida.
Fontes
 Arnett, Jeffrey Jensen. “Adulto emergente: uma teoria do desenvolvimento
desde o final da adolescência até os anos vinte”. Psicólogo Americano , vol. 55,
não. 5, 2000, pp. 469-480. http://dx.doi.org/10.1037/0003-066X.55.5.469
 Arnett, Jeffrey Jensen. “Adulto Emergente, Uma Teoria do Século XXI:
Uma réplica a Hendry e Kloep.” Perspectivas do Desenvolvimento Infantil , vol. 1,
não. 2, 2007, pp. 80-82. https://doi.org/10.1111/j.1750-8606.2007.00018.x
 Arnett, Jeffrey Jensen. “Adulto emergente: o que é e para que
serve?” Perspectivas do Desenvolvimento Infantil , vol. 1, não. 2, 2007, pp. 68-
73. https://doi.org/10.1111/j.1750-8606.2007.00016.x
 Côté, James E. “Formação da identidade e autodesenvolvimento na
adolescência”. Handbook of Adolescent Psychology, editado por Richard M. Lerner
e Laurence Steinberg, John Wiley & Sons, Inc.,
2009. https://doi.org/10.1002/9780470479193.adlpsy001010
 Côté, James e John M. Bynner. “Mudanças na transição para a idade
adulta no Reino Unido e no Canadá: o papel da estrutura e da agência na
idade adulta emergente.” Revista de Estudos da Juventude , vol. 11, não. 3, 251-
268, 2008. https://doi.org/10.1080/13676260801946464
 Erikson, Erik H. Identidade: Juventude e Crise . WW Norton & Company, 1968.
 Hendry, Leo B., e Marion Kloep. “Conceituando a idade adulta emergente:
inspecionando as roupas novas do imperador?” Perspectivas do Desenvolvimento
Infantil , vol. 1, não. 2, 2007, pp. 74-79. https://doi.org/10.1111/j.1750-
8606.2007.00017.x
 Settersten, Richard A., Jr. “Tornar-se adulto: significados e marcadores
para jovens americanos”. Documento de Trabalho da Rede sobre Transições para
a Idade Adulta , 2006. youthnys.org/InfoDocs/BecomingAnAdult-3-06.pdf

O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA
TEORIA DE PIAGET
Jean Piaget (1896-1980) foi um psicólogo e filósofo suíço que passou a maior parte de sua
carreira se dedicando a compreender o raciocínio das crianças, inclusive de seus filhos,
descobrindo que os processos de pensamento delas possuem uma lógica própria, totalmente
diferente dos adultos.
A partir de suas reflexões e buscas sobre como se constrói o conhecimento e se desenvolve a
inteligência, Piaget gerou um grande impacto positivo no âmbito da psicologia e na construção
de um sistema educacional efetivo para aprendizagem infantil.

Piaget é um dos psicólogos mais conhecidos da história, graças às suas descobertas na infância e
ao desenvolvimento da inteligência em crianças. Ele dedicou sua vida a estudar os diferentes
estágios de desenvolvimento e a entender como nossos padrões de aprendizado, pensamento e
desenvolvimento cognitivo mudam.

Quer descobrir como você pode desenvolver suas habilidades?


Clique aqui e Mergulhe no maravilhoso “Mundo do Coaching”!
Como você sabe se seu filho normalmente desenvolve habilidades cognitivas para a idade dele?
Como as crianças pensam e quais são os estágios de seu desenvolvimento cognitivo? É normal
que eles cometam erros na linguagem ou no raciocínio? A teoria de Piaget explica muito bem os
diferentes estágios do desenvolvimento de uma criança. 

Este artigo explica a teoria de Piaget e descreve os diferentes estágios do desenvolvimento


da criança.

TEORIA DE PIAGET
De acordo com a teoria de Piaget, as crianças passam por diferentes estágios específicos de seu
intelecto e sua capacidade de perceber relacionamentos maduros. Esses diferentes estágios do
desenvolvimento infantil são os mesmos para todas as crianças, independentemente de sua
origem ou cultura. Apenas a idade pode variar de uma criança para outra.

É comum que crianças muito jovens não demonstrem empatia. Em vez disso, elas têm
pensamentos egocêntricos, de acordo com sua idade e habilidades.

Durante a infância, a criança aprende a pensar, ou seja, a interagir com o mundo ao seu redor.
Este é o desenvolvimento cognitivo natural. Isso pressupõe uma série de mudanças evolutivas na
vida da criança, cujas diferentes fases podem ser distinguidas durante a infância, do nascimento à
pré-adolescência. Essas etapas, durante as quais as crianças desenvolvem suas habilidades
cognitivas, são atualmente divididas de acordo com os estágios de desenvolvimento de Piaget.

Piaget fez muitos estudos sobre a infância. Segundo ele, a infância é dividida em diferentes
etapas. A teoria de Piaget explica os diferentes estágios do desenvolvimento infantil de acordo
com a idade.

As etapas de Piaget são um conjunto de fatos determinantes no processo de desenvolvimento


humano que aparecem temporalmente, seguindo um ao outro. Assim, o tipo de linguagem
utilizada pelas crianças pode ser diferenciado para cada faixa etária: gagueira, palavras
inventadas, pseudopalavras, falar na terceira pessoa referindo-se a si mesmo e assim por diante.
É o mesmo para o tipo de pensamento (pensamentos egocêntricos, onde tudo gira em torno do
que a criança vê e acredita), ou para habilidades físicas (uso de reflexos, rastejando, andando,
correndo …). Segundo a teoria de Piaget, esse desenvolvimento cognitivo aparece de forma
contínua e gradual, em torno de uma idade aproximada.

Na teoria de Piaget, os estágios não aparecem necessariamente em um momento específico. No


entanto, podemos dizer que há períodos em que é mais provável e normal que certas habilidades
cognitivas se desenvolvam. É mais fácil aprender uma habilidade definida na idade que
normalmente lhe convém. Para a aquisição da linguagem, por exemplo, as primeiras palavras são
aprendidas no primeiro ano, mas a linguagem não é bem desenvolvida antes dos sete anos
(vocabulário ainda muito pequeno, que aumentará à medida que se passarem os anos). 
De acordo com ele, Com base nesta ideia, Piaget formulou sua teoria de que o conhecimento
evolui progressivamente por meio de estruturas cognitivas (raciocínio) que substituem umas às
outras em estágios.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
De acordo com Piaget, “crianças não são depósitos vazios, mas sim construtores ativos de
conhecimento. Pequenos cientistas que estão constantemente criando e testando suas teorias a
partir de suas observações sobre o mundo”, ou seja, o indivíduo possui padrões de ações físicas e
mentais que estão relacionados a fatos específicos de inteligência. Esse processo evolutivo é
constituído por quatro estágios:

1º ESTÁGIO: SENSÓRIO-MOTOR: DE 0 A 2
ANOS
Nesta fase, a inteligência é prática. O bebê assimila mentalmente o meio em que vive sem
construção de pensamento, ele apenas define esquemas de ação por meio da repetição e imitação.

Este estágio de desenvolvimento nas crianças é caracterizado pela compreensão da criança sobre
o mundo, coordenando experiências sensoriais com ações físicas. O desenvolvimento procede de
reflexos inatos. A criança, nessa fase, prefere estímulos coloridos, que brilham e se movem.

A criança constrói seus esquemas tentando repetir um evento com seu próprio corpo, por
exemplo, fazendo barulho tocando um brinquedo, jogando um objeto, puxando o cobertor para
pegar um objeto, etc. Elas repetem ações ao acaso, experimentando através de seu próprio corpo.

O primeiro contato do bebê com a língua acontece no útero de sua mãe, durante os meses de
gestação, quando ouve e se familiariza com a voz de seus pais. Pesquisas mostram que, nos
primeiros dias de vida, os bebês preferem os sons de uma voz humana a qualquer outro som. É
surpreendente o quanto eles já estão acostumados com a linguagem, já que desde o nascimento o
bebê tem a capacidade excepcional de distinguir entre ruído e linguagem. 
Ao nascer, a melhor maneira de se comunicar com um bebê é chorar, porque o bebê não pode
fazer outros sons pois, não está fisicamente preparado para isso. Durante os primeiros meses,
tudo será gestos pré-lingüísticos, entre sorriso e careta, que serão usados involuntariamente, ora
intencionalmente quando aprenderem a usá-los como meio de comunicação. Em todos os casos,
os pais conseguem interpretar o riso e o choro do bebê, que já existe uma primeira forma de
comunicação não intencional do bebê. As primeiras palavras surgem em torno dos 12 meses. 

2º ESTÁGIO – PRÉ-OPERATÓRIO: DE 2 A 7
ANOS
Neste estágio, a criança possui uma inteligência simbólica e assimila suas ações por imagem,
chegando a confundir aparência com realidade. Este estágio também é caracterizado pela
centralização no próprio eu e sentimento de posse e egocentrismo, além de ser a famosa fase dos
“por quês”, em que tudo precisa ter uma explicação.

É nessa idade que começa o segundo estágio de desenvolvimento da teoria de Piaget. A partir
dos 3 anos, um evento importante e social acontece na vida da criança: ela vai para a escola. A
criança começa a se relacionar com outras crianças de sua idade, enquanto, até então, sua relação
era apenas com outros membros da família.

Nessa fase, aumenta consideravelmente o vocabulário entre 3 e 7 anos. As crianças na primeira


infância pensam de acordo com as suas experiências individuais, elas são egocêntricas, com
pensamentos estáticos, intuitivo e sem lógica. É por isso que é bastante comum uma criança de
seis anos cometer erros na interpretação de um evento ou na hora de expressar algo. 

Falar na terceira pessoa referindo-se a si mesmo é bastante normal nesta idade, porque a criança
ainda não compreende completamente o conceito do “eu” que o separa do resto do mundo. São
curiosas e vivem perguntando o “por quê” de tudo. Nesse estágio, as crianças atribuem seus
sentimentos ou pensamentos humanos a objetos. Esse fenômeno é conhecido como animismo.

Pensamento “egocêntrico” de Piaget explica por que as crianças não são capazes de se colocar no
lugar dos outros durante esse estágio de seu desenvolvimento. Isso pode estar relacionado com a
“teoria da mente”, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. As crianças não
desenvolvem essa habilidade cognitiva até os 4 ou 5 anos de idade. Elas pensam que os outros
veem e pensa como ela. Essa teoria nos ajuda a explicar por que as crianças não podem mentir
ou usar ironia até os cinco anos de idade.

3º ESTÁGIO – OPERACIONAL CONCRETO: DE


7 ATÉ 11 OU 12 ANOS
Nesta etapa, a criança é capaz de fazer análises lógicas, não age apenas por observação imagética
e começa a atingir um nível cognitivo mais elevado, desenvolvendo habilidades de empatia,
concentração, responsabilidade, organização, colaboração, respeito mútuo e relacionamento
interpessoal.

Nesta penúltima etapa da teoria de Piaget, as crianças começam a usar o pensamento lógico
apenas em situações concretas. Neste estágio as crianças são capazes de executar tarefas de um
nível mais complexo usando lógica, como por exemplo para realizar operações matemáticas.
Neste estágio de desenvolvimento cognitivo não pode aplicar a lógica com algumas limitações: o
aqui e agora lhes parecem mais fácil. Elas ainda não são capazes de usar o pensamento abstrato.
Ainda é bastante difícil para elas aplicar seus conhecimentos sobre um tema desconhecido. 

Preparamos um teste para VOCÊ descobrir o quanto é FELIZ!


Clique aqui e conheça nosso “Termômetro da Felicidade” !

4º ESTÁGIO – OPERACIONAL FORMAL: DE 12


ANOS EM DIANTE
Ao contrário da fase anterior, o adolescente tem um raciocínio lógico e sistemático. Possui
capacidade de desenvolver conceitos, ideias e deduções sem precisar de um referencial concreto.
A partir deste estágio, a maior característica é a habilidade de criar hipóteses sobre um assunto
que não sabem concretamente e de buscar explicações e soluções para os problemas por meio
das possibilidades: “o que poderia ser” ou “como fazer diferente”.

Aqui começa a aprender como um “todo”, não em etapas como nos estágios anteriores.

Jean Piaget deixou um legado extraordinário para a educação, que nos beneficia até os dias de
hoje e possibilita o entendimento sobre o desenvolvimento dos pequenos pensadores e, assim,
contribui para um mundo cada vez melhor!

E você? Qual legado pretende deixar? Comente e compartilhe com seus amigos em suas redes
sociais.

Copyright: © Depositphotos.com / imagepointfr

Durante a idade adulta, o corpo humano


começa a apresentar alterações
Durante a idade adulta, o corpo humano começa a apresentar alterações físicas e
fisiológicas que representam o início do processo de envelhecimento. Essas alterações
podem influenciar o desempenho motor e afetar o comportamento. "Da mesma forma,
à medida que prosseguimos através do ciclo da vida, modificações em nossas
habilidades afetivas e cognitivas alteram a maneira como reagimos ao nosso ambiente"
(GALLAHUE; OZMUN, 2005, p.429

O JOVEM ADULTO E A IDADE ADULTA


Publicado em 13 de junho de 2017 por ROSENI DE JESUS GONÇALVES

1 INTRODUÇÃO
Neste artigo tivemos a oportunidade de falar  do livro “desenvolvimento humano” de
Diane E. Papalia que retrata sobre a idade jovem adulta e idade adulta como um
estudo cientifico .

Livro relacionado:

Nos mostra como as pessoas mudam e como as características permanecem estáveis


durante toda a vida, como cada período de desenvolvimento humano  é importante e
tem como um dos objetivos analisar o desenvolvimento-físico, cognitivo e psicossocial
do jovem e do adulto.
2 DESENVOLVIMENTO FÍSICO E DA SAÚDE  DO JOVEM ADULTO
2.1 Influências Comportamentais Sobre a Saúde e a Boa Forma

Pesquisas indicam que os jovens americanos são saudáveis mas o problema é o


excesso de álcool, o excesso de peso e comportamentos prejudicial à saúde. A
principal causa de morte entre os norte-americanos de 25 a 44 anos são os acidentes
de carros. A publicidade equipara bebidas alcoólicas, a ser "adulto". Mas o assunto é
sério e vai além das propagandas, o álcool usado a longo prazo causa cirrose e vários
tipos de doenças e nos Estados Unidos foi considerado como problema de saúde
mental.

A obesidade foi considerada como epidemia mundial,  devido  a ingestão de gorduras


saturadas e transgorduras. Para ter uma boa saúde é necessário praticar pelo menos
30 minutos diariamente de atividade física.
2.2 Influências Indiretas Sobre a Saúde e a Boa Forma

A renda familiar influência na boa saúde e quanto menor escolaridade mais


probabilidade as pessoas tem de morrerem por DSTs, suicídios , homicídios ,
ferimentos e doenças crônicas .

As mulheres tem maior expectativa de vida e vão ao médico com maior freqüência. O
relacionamento das pessoas influência na saúde e promove um senso de significado
para uma vida normal sem estresses.
2.3 Questões Sexuais e Reprodutivas

A falta de interesse sexual  e um dos problemas mais comum entre as mulheres


jovens. Nos homens o problema e a ansiedade em relação ao desempenho sexual. A
atividade hormonal protege as mulheres, mas devido ao o ciclo menstrual são
acometidas pela “TPM”.

As doenças transmissíveis  é considerado um problema de saúde pública entre os


jovens e pode ser o  problema de esterilidade entre as mulheres já no homem a
esterilidade pode ser a baixa produção de espermatozóides  e a dificuldade para gerar
filhos, mas a ciência já tem métodos  de reprodução assistida para ajudar as pessoas
estéreis.

3 DESENVOLVIMENTO PERSPECTIVAS DA
COGNIÇÃO ADULTA
O pensamento na idade adulta  ou pensamento Pós-formal é flexível, adaptativo e
individualista, usa muito a intuição, emoção e a lógica. Há dois aspectos  da
inteligência a criatividade e a  prática que os testes atuais não abordam.

A inteligência emocional está ligada a auto estima e ajuda uma pessoa a ser
promovida, a conseguir sucesso, a regular suas emoções.
3.1 Desenvolvimento Moral

O desenvolvimento moral depende da experiência para ser desenvolvido na  idade


adulta . Experiência depende do contexto cultural e princípios de cada cultura.

No sétimo estagio o desenvolvimento moral começa a ultrapassar as questões de


justiça e vislumbrar que tudo esta ligado entre si.

A fé é desenvolvida pelo processo cognitivo de interação com outras pessoas.  A moral


não difere entre homens e mulheres.

3.2 Educação e Trabalho

O estudo é uma chance de questionar e reformular conceitos, e o trabalho força o


acadêmico a organizar seu tempo de maneira eficiente.

A escolha de uma profissão é uma evolução no processo cognitivo, trabalhos


complexos podem dar confiança aos jovens adultos.

3.3 Educação no Local de Trabalho e Alfabetização de Adultos

Em países desenvolvidos a alfabetização está ligada ao status profissional e o


desenvolvimento de habilidades, como o pensamento critico.

As minorias (pobres, negros e mulheres)  apesar das leis de igualdade  ganham menos
que os brancos e estão desempregados.

Os afro-americanos além de ganhar menos sofrem com a baixa qualidade de ensino


enquanto as mulheres conquistam espaço e atuam em funções gerenciais  antes
dominadas pelos homens.

4 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DO
JOVEM ADULTO
Os grupamentos de traços foram realizados na tentativa de estudar o desenvolvimento
psicossocial adulto, sabendo- se que a personalidade humana persiste da infância ate
a idade adulta.

4.1 Os Alicerces dos Relacionamentos Íntimos

O relacionamento íntimo  dos Jovens adultos esta ligada a saúde física e mental. Têm
a necessidade de revelar à outras pessoas e de pertencer a alguém, têm amigos, mas
passam pouco tempo com eles, enquanto as mulheres são mais intimas em suas
amizades.

Os homens e as mulheres tendem a escolher companheiros semelhantes para criar a


família e continuar a herança genética. 
4.2 Estilos de Vida Conjugais e Não-Conjugais

O sexo antes do casamento hoje é aceito, mas o sexo extraconjugal  e a


homossexualidade continuam sem aprovação. Homossexuais masculinos e femininos,
têm dificuldade de assumir à desaprovação da família e da sociedade.

Alguns Jovens adultos preferem não casar quando resolve estão casando mais tarde
principalmente em países industrializados, muitas pessoas preferem uma união estável
onde o homem tem uma parceira fixa e a mulher a esperança de se casar. Cada
pessoa escolhe o momento, a idade, conforme sua cultura, para contrair o matrimônio

O casamento depende da interação para lidar com conflitos. Pessoas jovens têm
probabilidade de divórcio . Cada cultura tem um padrão familiar e na sociedade
ocidental mudou bastante este conceito.

O casamento ainda é universal e atende as necessidades econômicas, emocionais,


sexuais e sociais, além da criação dos filhos.

As pessoas estão  preferindo ter filhos mais tarde, principalmente pessoas com um
grau de escolaridade maior.

A violência domestica existe e no Brasil a polícia  está sendo treinadas  para lidar com
essa situação que já  combatida em outros países.

4.3 Paternidade e Maternidade Experiência de Desenvolvimento 

Com o desenvolvimento da criança os pais também se desenvolvem. Os homens tem a


tendência de querer filhos mais que as mulheres.

Durante a criação dos filhos diminui a satisfação conjugal, dando lugar ao


compartilhamento de tarefas. Isso pode melhorar ou piorar a relação.
A maioria dos casais opta por não terem filhos, por dedicação na profissão,
preservação da intimidade conjugal ou indisposição de assumir um filho.

4.4 Como Vivem os Casais de Renda Dupla 

O estilo de vida de renda dupla pode estressar tanto o homem quanto a mulher. O
positivo é que a renda dupla tira a família da pobreza e o negativo e que começa a
rivalidade entre os casais e a culpa em relação as necessidades dos filhos.

4.5 Quando o Casamento acaba

As pessoas casam, divorciam e continuam tentando um segundo casamento ou um


casamento misto.

Os divórcios aumentaram nos países desenvolvidos  principalmente nos Estados


Unidos devido a  Independência financeira das mulheres e  aprovação de leis mais
liberais.

Os cônjuges terão que  desligar emocionalmente um do outro, e aprender a lidar com o


divorcio.

4.6 O Segundo Casamento e Ser Padrasto ou Madrasta 

A tendência das pessoas divorciadas é entrar no segundo casamento, contraindo outra


esposa ou esposo, iniciando uma “família mista” que muitas vezes é menos estável  e
quando há um problema com os enteados o padrasto ou a madrasta joga a culpa no
genitor ou genitora da criança.

5 DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO


NA IDADE ADULTA
5.1 Idade Adulta: Um Constructo Cultural

A idade adulta compreende entre as idades de 40 e 65 anos. É uma etapa distinta que
tem suas próprias normas, oportunidades, papéis, desafios e crescimento pessoal.

O significado de meia-idade varia com a saúde, etnia, condição socioeconômica e


cultura é marcadas pelas diferenças individuais cada vez maiores, baseadas nas
escolhas, experiências bem como a constituição genética.

A meia-idade é uma época de se fazer um balanço dos anos vividos e dos anos que
ainda virão e decidir como melhor utilizar a parte restante do seu ciclo de vida.

[...]
Leia mais em: O JOVEM ADULTO E A IDADE
ADULTA https://www.webartigos.com/artigos/o-jovem-adulto-e-a-idade-adulta/112476/
#ixzz7jYdINJsW

Estágios do Desenvolvimento Humano


Desenvolvimento HumanoPsicologia
Gabriel Mazin
Quarta, 09 Novembro 2016
21489 Visualizações
0 Comments

 É muito importante conhecer os principais períodos que o desenvolvimento humano


passa. Conhecendo-os, adquirimos maior habilidade no trato das faculdades mentais
que são pertinentes para cada estágio e um conhecimento ímpar sobre nossa natureza
e como ela afeta a todos nós ao longo da vida. Já abordei em outros tópicos sobre as
influências que limitam esse processo do desenvolvimento. Caso queira saber quais
fatores influenciam o desenvolvimento, recomendo esse artigo: Influências no
Desenvolvimento Humano.

 Mas, o que são os estágios do desenvolvimento?

Imagine que os pesquisadores - estudiosos - do desenvolvimento humano, fizeram


uma longa fita que ia do 0 ao 65 em números. Esses números representam a nossa
idade, sendo que 0 significa a concepção da vida, a união dos gametas, e conforme
progride-se nessa longa fita, passando pelos números, simula-se o nosso
envelhecimento. De posse dessa longa fita numérica, os pesquisadores decidiram
dividir esse processo de maturação em estágios e, para isso, reuniram as grandes
mudanças em termos de maturação e desenvolvimento psicossocial que nós passamos
e separaram essa longa fita em oito partes. Essas partes nada mais são do que os
estágios do desenvolvimento, e os critérios que determinam esses estágios são:
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.

Os períodos do desenvolvimento: Período pré-natal: da concepção ao nascimento;


Primeira Infância: do nascimento aos três anos; Segunda infância: três a seis  anos;
Terceira Infância: seis a onze anos; Adolescência: 11 a aprox. vinte anos; Vida Adulta:
vinte a quarenta anos; Vida Adulta Intermediária: quarenta a sessenta e cinco anos; e a
Vida Adulta Tardia: sessenta e cinco anos em diante.
É importante deixar claro que essas idades não são uma regra, variando de indivíduo
para indivíduo e de cultura para cultura. Porém, é uma média e acima de tudo uma
forma de representar os períodos no processo do desenvolvimento.

Os períodos do desenvolvimento humano

 Período Pré-natal: É o processo que se dá desde a fecundação do óvulo pelo


espermatozoide até o nascimento da criança.

 Desenvolvimento Físico
o Ocorre a fertilização do óvulo, por meios normais ou artificiais.
o As dotações genéticas que o zigoto recebe já começa interagir com influências
ambientais.
o A vulnerabilidade por influências ambientais é grande nessa fase.
o Formam-se as estruturas e os órgãos básicos. Inicia-se o desenvolvimento do
cérebro.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Desenvolve-se as capacidades de aprendizagem e memória. Nessa fase
também desenvolve a resposta aos estímulos sensoriais.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Uma curiosa relação entre o bebê e a mãe acontece nessa época: o feto
responde à voz da mãe e desenvolve uma preferência por ela.

Primeira Infância:Esse período se dá desde o nascimento até aproximadamente três


anos de idade. Saiba Mais: Primeira Infância - Desenvolvimento Humano

 Desenvolvimento Físico
o Nessa fase o cérebro se torna mais complexo e é extremamente sensível à
influências ambientais.
o No nascimento, os sentidos e sistemas corporais funcionam em graus
diferentes, variados.
o O crescimento, tanto do corpo quanto das habilidades motoras, são bem
rápidos.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Desde as primeiras semanas as capacidades de aprendizagem e de memória
estão presentes.
o Há um rápido desenvolvimento do uso e compreensão da língua.
o Por volta do segundo ano de vida, desenvolve-se a capacidade de usar
símbolos e resolver certos problemas.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Aumenta o interesse por outras crianças.
o Forma-se os vínculos afetivos com os pais e outras pessoas.
o Há uma passagem de dependência para a autonomia. Começa se entender
como indivíduo, autoconsciência.
 

Segunda Infância: Dos três anos de idade até os seis. Saiba Mais: Segunda Infância -
Desenvolvimento Humano

 Desenvolvimento Físico
o A aparência começa ficar parecida com as de um adulto, fica mais esguia. Há
constância no crescimento.
o A preferência pelo uso de uma das mãos surges nesse período. As habilidades
motoras finas e gerais, melhoram.
o (Habilidadesmotoras finas: é a habilidade que requer uma complexidade maior de
domínio no movimento. Requeridas para amarrar cadarço, ziper, escrever.)
o Há diminuição no apetite e nessa fase é bem comum distúrbios do sono.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Fase do famoso pensamento egocêntrico das crianças. Porém a tendência é
aumentar a compreensão em relação ao outro.
o A inteligência torna-se mais previsível.
o Surge ideias surreais sobre a compreensão do mundo, mas isso se da por conta
da imaturidade cognitiva.
o Melhora na memória e linguagem.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O autoconceito e a compreensão das emoções tornam-se mais complexos.
o Aumenta a independência, a iniciativa e o autocontrole. Desenvolve-se a
identidade de gênero.
o O brincar torna-se mais imaginativo, elaborado, mais social (geralmente).
o A família ainda é foco da vida social, mas outras crianças tornam-se importante.

Terceira Infância: Tal período inicia-se em meados dos seis anos de idade e vai até os
onze anos.

 Desenvolvimento Físico
o O crescimento se torna mais lento em relação aos outros períodos já descritos.
o A força Física aumenta.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Diminui o egocentrismo. Desenvolve-se o pensamento lógico, porém
concretamente. A linguagem e a memória aumentam.
o Há ganhos cognitivos considerados que permitem que a criança frequente o
ensino formal da escola, porém há crianças que demonstram certa necessidade
educacional especial.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O autoconceito torna-se mais complexo, afetando a autoestima.
o Os colegas assumem importância fundamental.
o A corregulação reflete um deslocamento gradual no controle dos pais para a
criança.

 
A Adolescência: Começa aproximadamente entre os onze anos e vai até vinte.

 Desenvolvimento físico

O crescimento do corpo e outras mudanças físicas são rápidas e intensas.

A maturidade reprodutiva é o marco desse período.

Se há algum risco para a saúde que envolva essa fase, com certeza, é por motivos
comportamentais. Exemplo: Abuso de drogas, distúrbios alimentares, etc.

 Desenvolvimento Cognitivo

Aprimoramento das capacidades de pensamento abstrato e raciocínio científico.

Pode-se persistir o pensamento imaturo ante algumas situações, que marcam em


termos comportamentais essa fase.

 Desenvolvimento Psicossocial

Esse período é marcado pela busca de uma identidade, incluindo a identidade sexual.

As amizades podem exercer muita influência na vida desses jovens, tanto positiva
quanto negativa.

Vida Adulta - Início: Todo o período que se dá entre os vinte a quarenta anos.

 Desenvolvimento Físico
o O desenvolvimento físico alcança o ápice desse processo, depois começa um
ligeiro declínio.
o As opções de estilos de vida, influencia na saúde.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Os julgamentos morais tornam-se mais complexos.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Os traços da personalidade tornam-se estáveis. Porém, fases e acontecimentos
da vida continuam influenciando.
o São tomadas decisões importantes sobre relacionamentos, estilo de vida.
Decisões essas, duradouras ou não.
o É nessa fase que as pessoas, em média, casam-se e tem filhos.

Vida Adulta Intermediária: Dos quarenta a sessenta e cinco anos.

 Desenvolvimento Físico
o Pode ocorrer uma lenta deterioração das habilidades sensoriais, da saúde, do
vigor e da força física, mas são grandes as diferenças individuais.
o As mulheres entram na menopausa.
 Desenvolvimento Cognitivo
o As capacidades mentais atingem o auge.
o A produção criativa pode declinar, mas melhora em qualidade.
o Para alguns, o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo.
Para outros, poderá ocorrer esgotamento ou mudança de carreira.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O senso de identidade continua a se desenvolver.
o Na maioria das vezes a saída dos filhos deixa o lar vazio, há um alivio em parte
dessa condição ou uma possível falta deles.

Vida Adulta Tardia: Dos sessenta e cinco anos em diante.

 Desenvolvimento Físico
o A maioria das pessoas é saudável e ativa, embora geralmente haja um declínio
da saúde e das capacidades físicas.
o O tempo de reação mais lento afeta alguns aspectos funcionais.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Grande maioria das pessoas está mentalmente alerta
o A inteligência e memória pode se deteriorar em algumas áreas, a maioria das
pessoas encontra formas de compensar essa perda.
 Desenvolvimento Psicossocial
o A aposentadoria pode oferecer novas opções para aproveitar o tempo
disponível.
o O relacionamento com a família e com amigos pode proporcionar um importante
apoio.
o A busca de significado para a vida assume uma importância fundamental.

Esses são os principais estágios, períodos, do desenvolvimento humano e é


extremamente importante estuda-los porque são os tópicos fundamentais dentro do
estudo do ciclo vital. Esse tema é conhecimento básico dentro da psicologia, é
fundamental identificarmos os domínios do desenvolvimento e como se inter-
relacionam.

Referências: PAPALIA, E. Diane. FELDMAN, Ruth Duskin (2013). Desenvolvimento


Humano. AMGH Editora.

2
Estágios do Desenvolvimento Humano
Desenvolvimento HumanoPsicologia
Gabriel Mazin
Quarta, 09 Novembro 2016
21489 Visualizações
0 Comments

 É muito importante conhecer os principais períodos que o desenvolvimento humano


passa. Conhecendo-os, adquirimos maior habilidade no trato das faculdades mentais
que são pertinentes para cada estágio e um conhecimento ímpar sobre nossa natureza
e como ela afeta a todos nós ao longo da vida. Já abordei em outros tópicos sobre as
influências que limitam esse processo do desenvolvimento. Caso queira saber quais
fatores influenciam o desenvolvimento, recomendo esse artigo: Influências no
Desenvolvimento Humano.

 Mas, o que são os estágios do desenvolvimento?

Imagine que os pesquisadores - estudiosos - do desenvolvimento humano, fizeram


uma longa fita que ia do 0 ao 65 em números. Esses números representam a nossa
idade, sendo que 0 significa a concepção da vida, a união dos gametas, e conforme
progride-se nessa longa fita, passando pelos números, simula-se o nosso
envelhecimento. De posse dessa longa fita numérica, os pesquisadores decidiram
dividir esse processo de maturação em estágios e, para isso, reuniram as grandes
mudanças em termos de maturação e desenvolvimento psicossocial que nós passamos
e separaram essa longa fita em oito partes. Essas partes nada mais são do que os
estágios do desenvolvimento, e os critérios que determinam esses estágios são:
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.

Os períodos do desenvolvimento: Período pré-natal: da concepção ao nascimento;


Primeira Infância: do nascimento aos três anos; Segunda infância: três a seis  anos;
Terceira Infância: seis a onze anos; Adolescência: 11 a aprox. vinte anos; Vida Adulta:
vinte a quarenta anos; Vida Adulta Intermediária: quarenta a sessenta e cinco anos; e a
Vida Adulta Tardia: sessenta e cinco anos em diante.

É importante deixar claro que essas idades não são uma regra, variando de indivíduo
para indivíduo e de cultura para cultura. Porém, é uma média e acima de tudo uma
forma de representar os períodos no processo do desenvolvimento.

 
Os períodos do desenvolvimento humano

 Período Pré-natal: É o processo que se dá desde a fecundação do óvulo pelo


espermatozoide até o nascimento da criança.

 Desenvolvimento Físico
o Ocorre a fertilização do óvulo, por meios normais ou artificiais.
o As dotações genéticas que o zigoto recebe já começa interagir com influências
ambientais.
o A vulnerabilidade por influências ambientais é grande nessa fase.
o Formam-se as estruturas e os órgãos básicos. Inicia-se o desenvolvimento do
cérebro.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Desenvolve-se as capacidades de aprendizagem e memória. Nessa fase
também desenvolve a resposta aos estímulos sensoriais.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Uma curiosa relação entre o bebê e a mãe acontece nessa época: o feto
responde à voz da mãe e desenvolve uma preferência por ela.

Primeira Infância:Esse período se dá desde o nascimento até aproximadamente três


anos de idade. Saiba Mais: Primeira Infância - Desenvolvimento Humano

 Desenvolvimento Físico
o Nessa fase o cérebro se torna mais complexo e é extremamente sensível à
influências ambientais.
o No nascimento, os sentidos e sistemas corporais funcionam em graus
diferentes, variados.
o O crescimento, tanto do corpo quanto das habilidades motoras, são bem
rápidos.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Desde as primeiras semanas as capacidades de aprendizagem e de memória
estão presentes.
o Há um rápido desenvolvimento do uso e compreensão da língua.
o Por volta do segundo ano de vida, desenvolve-se a capacidade de usar
símbolos e resolver certos problemas.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Aumenta o interesse por outras crianças.
o Forma-se os vínculos afetivos com os pais e outras pessoas.
o Há uma passagem de dependência para a autonomia. Começa se entender
como indivíduo, autoconsciência.

Segunda Infância: Dos três anos de idade até os seis. Saiba Mais: Segunda Infância -
Desenvolvimento Humano
 Desenvolvimento Físico
o A aparência começa ficar parecida com as de um adulto, fica mais esguia. Há
constância no crescimento.
o A preferência pelo uso de uma das mãos surges nesse período. As habilidades
motoras finas e gerais, melhoram.
o (Habilidadesmotoras finas: é a habilidade que requer uma complexidade maior de
domínio no movimento. Requeridas para amarrar cadarço, ziper, escrever.)
o Há diminuição no apetite e nessa fase é bem comum distúrbios do sono.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Fase do famoso pensamento egocêntrico das crianças. Porém a tendência é
aumentar a compreensão em relação ao outro.
o A inteligência torna-se mais previsível.
o Surge ideias surreais sobre a compreensão do mundo, mas isso se da por conta
da imaturidade cognitiva.
o Melhora na memória e linguagem.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O autoconceito e a compreensão das emoções tornam-se mais complexos.
o Aumenta a independência, a iniciativa e o autocontrole. Desenvolve-se a
identidade de gênero.
o O brincar torna-se mais imaginativo, elaborado, mais social (geralmente).
o A família ainda é foco da vida social, mas outras crianças tornam-se importante.

Terceira Infância: Tal período inicia-se em meados dos seis anos de idade e vai até os
onze anos.

 Desenvolvimento Físico
o O crescimento se torna mais lento em relação aos outros períodos já descritos.
o A força Física aumenta.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Diminui o egocentrismo. Desenvolve-se o pensamento lógico, porém
concretamente. A linguagem e a memória aumentam.
o Há ganhos cognitivos considerados que permitem que a criança frequente o
ensino formal da escola, porém há crianças que demonstram certa necessidade
educacional especial.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O autoconceito torna-se mais complexo, afetando a autoestima.
o Os colegas assumem importância fundamental.
o A corregulação reflete um deslocamento gradual no controle dos pais para a
criança.

A Adolescência: Começa aproximadamente entre os onze anos e vai até vinte.

 Desenvolvimento físico

O crescimento do corpo e outras mudanças físicas são rápidas e intensas.


A maturidade reprodutiva é o marco desse período.

Se há algum risco para a saúde que envolva essa fase, com certeza, é por motivos
comportamentais. Exemplo: Abuso de drogas, distúrbios alimentares, etc.

 Desenvolvimento Cognitivo

Aprimoramento das capacidades de pensamento abstrato e raciocínio científico.

Pode-se persistir o pensamento imaturo ante algumas situações, que marcam em


termos comportamentais essa fase.

 Desenvolvimento Psicossocial

Esse período é marcado pela busca de uma identidade, incluindo a identidade sexual.

As amizades podem exercer muita influência na vida desses jovens, tanto positiva
quanto negativa.

Vida Adulta - Início: Todo o período que se dá entre os vinte a quarenta anos.

 Desenvolvimento Físico
o O desenvolvimento físico alcança o ápice desse processo, depois começa um
ligeiro declínio.
o As opções de estilos de vida, influencia na saúde.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Os julgamentos morais tornam-se mais complexos.
 Desenvolvimento Psicossocial
o Os traços da personalidade tornam-se estáveis. Porém, fases e acontecimentos
da vida continuam influenciando.
o São tomadas decisões importantes sobre relacionamentos, estilo de vida.
Decisões essas, duradouras ou não.
o É nessa fase que as pessoas, em média, casam-se e tem filhos.

Vida Adulta Intermediária: Dos quarenta a sessenta e cinco anos.

 Desenvolvimento Físico
o Pode ocorrer uma lenta deterioração das habilidades sensoriais, da saúde, do
vigor e da força física, mas são grandes as diferenças individuais.
o As mulheres entram na menopausa.
 Desenvolvimento Cognitivo
o As capacidades mentais atingem o auge.
o A produção criativa pode declinar, mas melhora em qualidade.
o Para alguns, o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo.
Para outros, poderá ocorrer esgotamento ou mudança de carreira.
 Desenvolvimento Psicossocial
o O senso de identidade continua a se desenvolver.
o Na maioria das vezes a saída dos filhos deixa o lar vazio, há um alivio em parte
dessa condição ou uma possível falta deles.

Vida Adulta Tardia: Dos sessenta e cinco anos em diante.

 Desenvolvimento Físico
o A maioria das pessoas é saudável e ativa, embora geralmente haja um declínio
da saúde e das capacidades físicas.
o O tempo de reação mais lento afeta alguns aspectos funcionais.
 Desenvolvimento Cognitivo
o Grande maioria das pessoas está mentalmente alerta
o A inteligência e memória pode se deteriorar em algumas áreas, a maioria das
pessoas encontra formas de compensar essa perda.
 Desenvolvimento Psicossocial
o A aposentadoria pode oferecer novas opções para aproveitar o tempo
disponível.
o O relacionamento com a família e com amigos pode proporcionar um importante
apoio.
o A busca de significado para a vida assume uma importância fundamental.

Esses são os principais estágios, períodos, do desenvolvimento humano e é


extremamente importante estuda-los porque são os tópicos fundamentais dentro do
estudo do ciclo vital. Esse tema é conhecimento básico dentro da psicologia, é
fundamental identificarmos os domínios do desenvolvimento e como se inter-
relacionam.

Referências: PAPALIA, E. Diane. FELDMAN, Ruth Duskin (2013). Desenvolvimento


Humano. AMGH Editora.

Desenvolvimento do corpo humano nas


fases da vida
Infância, adolescência, fase adulta e velhice: entenda quais são as alterações que o
corpo passa durante cada ciclo

By Daniela Figueredo on setembro 23, 2019

O ser humano passa por quatro fases na vida, as quais são marcadas por mudanças físicas e
psicológicas: infância, adolescência, fase adulta e velhice.

Dessa forma, cada um desses momentos são responsáveis por alterações internas e
externas. Portanto,   é interessante entender como acontece o desenvolvimento do corpo
humano nas fases vida.

Desenvolvimento do corpo humano nas fases vida: infância


Essa parte da vida é marcada pela mudanças rápidas e de formação das crianças. A  infância
vai do nascimento aos 11 anos de idade.

É nessa etapa  que o ser humano aprende a andar e falar. Além  disso,  começam também o
desenvolvimento de força física, e a construção da estrutura óssea.
Desenvolvimento do corpo humano nas fases vida: adolescência
A adolescência é marcada por ser um período de grande transição. Essa fase vai de 12 aos
21 anos e dentre as principais características está o fato de as emoções serem
completamente modificadas.

Fisicamente, as meninas desenvolvem os seios, o quadril fica mais largo e acontece a


primeira menstruação. Já nos meninos, a voz começa a engrossar e o pênis e os testículos
crescem.

Um fator comum entre meninas e meninos é que os dois podem apresentar muitas espinhas,
pelo excesso de hormônios. Além do mais, pelos pubianos começam a nascer nas regiões
genitais, nas axilas e em outras partes do corpo .
Confira alguns cursos Gratuitos

 Curso Educação Inclusiva Online Grátis


 Curso de Brinquedoteca e Aprendizado Infantil Online Gratuito
 Curso de Jogos Matemáticos na Educação Infantil Online Grátis
 Curso de Oficinas Culturais Pedagógicas Online Grátis

Desenvolvimento do corpo humano nas fases vida: fase adulta


Nessa etapa, as mudanças não são tão marcadas como nos dois ciclos anteriores. A fase
adulta começa aos 21 e pode ir até, mais ou menos, os 75 anos.

Esse é o momento da vida em que os hormônios estão mais estabilizados e


consequentemente as alterações no corpo também. É nesse período que as pessoas já estão
maduras fisicamente para começarem a se reproduzir.

Dessa forma, quando adulto, o corpo já começa a passar por transições lentas para a velhice.
Por exemplo, após os 35 anos, as mulheres já podem entrar na fase do climatério, que é uma
espécie de preparação para a menopausa.
Desenvolvimento do corpo humano nas fases vida: velhice
O inverso da infância, essa fase é marcada mais por perdas, do que ganhos. Esse ciclo se
inicia por volta dos 75 anos e vai até o final da vida.

Portanto, a velhice é marcada por uma perda significativa de cálcio e colágeno. Além disso, o
cabelo embranquece e as rugas aparecem de forma expressiva.

Mas, apesar desses fatores e de algumas doenças serem mais frequentes nessa etapa , vale
destacar que a expectativa de vida aumenta gradualmente e que é cada vez mais fácil ter
uma velhice plena e com qualidade.

As idades são importantes para ilustrar os ciclos da vida, mas é importante ressaltar que cada
pessoa tem seu tempo. Por exemplo, para algumas, a adolescência pode vir de forma mais
precoce, ou mais tarde, assim como as outras fases.

Será que existe desenvolvimento na idade adulta e


na velhice?
Resumo:
Cada estádio do desenvolvimento humano é uma estrutura com características próprias
que não são estanques porque influenciam as que se seguem.
Depois da adolescência, o indivíduo entra na idade adulta (ou adultez), fase em que integra
características evolutivas especiais sendo o resultado da interacção entre as competências
sociais, emocionais e interpessoais.
Visto que, actualmente, a esperança de vida é cada vez maior, diversos estudos têm
focalizado as investigações na velhice tentando desconstruir mitos e preconceitos a nível
cognitivo e psicossocial.

Palavras-chave:
Ciclo de vida; Generatividade; Estagnação; Andropausa; Menopausa;  Ninho vazio(Empty
nest); Aprendizagem; Velhice, Integridade; Desespero; Morte; Reforma; Desenvolvimento

Introdução:
O desenvolvimento humano centrou-se no estudo da infância e adolescência não
privilegiando as restantes fases da vida do indivíduo.
Só recentemente é que Erikson (1976) apresentou a evolução humana segundo estádios,
vindo a contribuir para que hoje o desenvolvimento seja perspectivado desde o nascimento
até à morte.
É neste enquadramento que surgem a Idade adulta e a velhice como fases em que o
indivíduo toma consciência das suas transformações físicas e cognitivas.

A fase da idade adulta no desenvolvimento do ser


humano:
Actualmente, existem múltiplos conceitos, teorias e modelos relativos à idade adulta do
desenvolvimento humano, mas não podemos esquecer a contribuição de Hoffman, Paris &
Man (1994): “ser adulto é fazer parte de um grupo que se desenvolve em torno dos
conceitos de responsabilidade e assertividade”.
A perspectiva do ciclo de vida (life-span), surge nos anos 70 do século XX, e considera que
a fase adulta integra características evolutivas específicas e uma génese própria
(Marchand, 2001) focalizando o seu estudo nas competências adquiridas ao longo da vida.
A perspectiva psicossocial, de Erikson (1976), considera que a adultez situa-se entre os 30
e os 60 anos do individuo. Nesta fase o indivíduo confronta-se com a crise da
generatividade (Desenvolvimento das suas potencialidades pessoais, interpessoais e
profissionais) em contraponto com a estagnação (focalização nos próprios interesses).
Desta crise emergem duas virtudes básicas: o cuidado e a produção (Tavares, 2007, p.
92).
Na perspectiva de Levinson (1978) a transição para a fase adulta ocorre entre os 40 e 45,
quando o adulto tende a reavaliar a sua vida e os seus objectivos. Passado este período,
por volta dos 55 anos, surge a fase da estabilidade onde o indivíduo começa a reconstruir a
sua vida baseada em novas decisões e objectivos, procurando um novo período de
realização pessoal.
Na fase adulta o desenvolvimento caracteriza-se pelas seguintes características:
Mudanças fisiológicas: O indivíduo vivência mudanças que irão influenciar o seu
desenvolvimento, nomeadamente por causa da menopausa e andropausa.
Relacionamento conjugal:  nesta fase verificam-se mudanças na estrutura familiar, como o
“ninho vazio”(Empty nest) – período após a saída dos filhos de casa, que obriga a uma
restruturação da família, podendo mesmo levar à rotura desta, quando envolve questões
emocionais, profissionais , etc. (Tavares, 2007, p. 94).
Relacionamento com os idosos: O indivíduo pode encontrar-se numa situação de apoio
simultâneo a duas gerações, os seus pais e os filhos. Nesta fase os pais encontram-se
numa fase de desenvolvimento em que necessitam de mais atenção e cuidados tornando-
se dependentes. Estas situações podem originar alguma tensão, necessidades de
restruturação da família e, sobretudo, novas experiências emocionais. 
Actividade profissional: Na fase adulta, o investimento do adulto diminui, e a ocupação
profissional deixa de ter a importância estratégica que tinha aos 30 anos.
Em muitos casos, o adulto transmite os conhecimentos profissionais a colegas mais jovens.
Quando chega à idade adulta o indivíduo tem tendência a analisar o seu percurso
profissional verificando que muitos dos seus sonhos jamais serão realizados, o que pode
levar ao abandono do local de trabalho, interfere com a sua auto-estima, origina
depressões e até suicídios. (Tavares, 2007, p. 95).
Crise de vida na fase adulta: Segundo Levinson et Al.(1978) e Gloud (1978) a transição
para a idade adulta é acompanhada pela “crise de meia-idade”. Acontecimentos como o
casamento, a saída de casa dos filhos, as mudanças profissionais, o fim da actividade
profissional, a menopausa, entre outros podem levar a estados físicos e psicológicos de
ansiedade.
No entanto, para Erikson(1976), esta crise não quer dizer que seja uma vivência negativa,
mas pode ser essencial para o desenvolvimento do indivíduo.
O processo de aprendizagem na fase adulta: ao contrário do que se defendeu até à pouco
tempo, a fase adulta “não é tardia para a aprendizagem e a ideia de estagnação do
conhecimento é ilógica e infundada” (Tavares, 2007, p. 95).
Assim, os acontecimentos marcantes da vida do adulto, profissionais e familiares, podem
incrementar novas aprendizagens e provocar novas transformações na vida. (Meriam &
Clark, cit. em Tavares, 2007, p.95).
Outra perspectiva teórica, sobre a aprendizagem na fase adulta, centra-se nos conceitos-
base: os objectivos, a aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo adulto (Canan, cit.
em Tavares, 2007, p.96). Para esta teoria, na adultez a aprendizagem desenvolve-se
através da aquisição de conhecimento, da experimentação activa e da tomada de
consciência, permitindo que o indivíduo construa a sua identidade e evolução ao longo da
vida.
Neste processo é essencial a motivação e o esforço do indivíduo para que se envolva na
aprendizagem, premindo-lhe assim alcançar determinados objectivos/projectos de vida.

A fase da velhice no desenvolvimento do ser humano:


A sociedade actual ainda vê os idosos como um grupo de indivíduos com inúmeros défices
e incapacidades, nos quais as aptidões físicas cognitivas e emocionais vão diminuindo.
No entanto, estas ideias estão longe de ser racionais e fundamentadas. Pois, se algumas
capacidades se podem encontrar em processo de deterioração, muitas outras mantêm-se e
até evoluem (Sánchez & Ulacia, cit. em Tavares, 2007, p.99).
“O envelhecimento é universal e inevitável; acontece em todos os sistemas orgânicos”,
(Tavares, 2007, p.99),  sendo que a maior parte das mudanças na aparência do individuo
ocorrem nesta fase e começam a modificar-se outros, de forma mais acelerada, como os
sentidos, os músculos, os ossos, a mobilidade  os órgãos internos.
Os vários problemas cognitivos, que aparecem na fase da velhice são reflexo da idade,
mas também de factores como a depressão, a inactividade, os efeitos secundários da
medicação, o isolamento social, a pobreza, a falta de motivação e de cuidados pessoais.
A nível da memória, a principal mudança acontece com a perda de processamento da
memória de curto prazo, mas tal perda não acontece com tanta intensidade a nível da
memória sensorial e de longo prazo. (Tavares, 2007, p. 100).
Esta fase também é acompanhada por uma perda na velocidade do processamento
cognitivo e, por vezes, pela demência (estado de confusão e esquecimento irreversível).
No entanto, os idosos “utilizam mecanismos para gerir as perdas e ganhos vivenciados ao
longo da velhice.” (Tavares, 2007, p.101). O modelo baseado no processo de optimização
selectiva e compensação, desenvolvido por Blates(1993) defende que o idoso tende a
equilibrar as perdas com outros ganhos, explicando algum bem-estar vivenciado por muitos
indivíduos neste período.
Quanto ao desenvolvimento psicossocial Erikson(1976), caracteriza a velhice pelo conflito
entre a integridade e o desespero. Quanto o idoso considera positivo o que viveu ao longo
da vida está a experimentar um sentimento de integridade. Por outro lado, quando verifica
que a sua vida está repleta de acontecimentos negativos e de perdas estará a desenvolver
um sentimento de desespero.
Características do desenvolvimento na velhice:
A reforma:  para o indivíduo tratasse de uma mudança de status (profissional, social e
económico). Não implica apenas ocupação dos tempos livres mas, também, “a adopção de
novos papéis e a adaptação a uma nova realidade física, económica e social.” (Tavares,
2007, p. 102).
Relacionamentos Interpessoais: Na velhice dão-se muitas perdas de relações
significativas, por causa de vários factores, que alteram as estruturas familiares e sociais
do indivíduo.
A morte: O significado de “morte” depende do contexto cultural em que ocorre e os seus
vários significados colectivos são processados através de símbolos e rituais (Craig, cit. em
Tavares, 2007, p.103).
Pensamentos e receios associados à morte: Segundo Elizabet Kubler-Ross (1969) existem
5 fazes no processo de adaptação à ideia da morte: negação; raiva/ira; negociação;
depressão e aceitação.
Nesta fase o indivíduo procede à revisão da sua vida, sendo um passo importante para a
resolução de conflitos, para o estabelecimento do significado de vida e (re)descoberta de si
próprio.

Conclusão:
É indiscutível que o desenvolvimento do ser humano é um processo contínuo, ao longo de
toda a vida, e que não se concentra apenas nas primeiras décadas da vida, onde o
crescimento do indivíduo sofre as maiores e mais visíveis transformações.
A idade adulta implica diversas mudanças multidimensionais e fisiológicas, como a
menopausa e andropausa, que influênciam o desenvolvimento da mulher e do homem,
respectivamente.
A dinâmica da actividade profissional e o relacionamento com os pais idosos e filhos jovens
são outras mudanças estruturantes do processo de desenvolvimento humano na idade
adulta.
A velhice, como fase de desenvolvimento humano, está muito longe de ser uma fase
deteriorizante e irreversível. Deverá ser uma fase dedicada à análise do projecto de vida e
uma redefinição de prioridades, valores e projectos futuros.

O desenvolvimento psicossocial na vida


adulta e na velhice
 Post author:Elisandra Vilella G. Sé
 Post published:19 junho 2017
 Post category:Saúde e Bem-estar
por Elisandra Sé

É comum toda pessoa mudar de forma significativa durante a vida adulta e na velhice. Os processos
de “mudança” e “estabilidade” ao longo da vida, numa perspectiva do desenvolvimento psicossocial,
nos leva a examinar o desenvolvimento individual e as influências sociais no indivíduo em interação
com os outros na sociedade e acredita-se que esse processo é fundamental para compreendermos as
mudanças percebidas que ocorrem com a idade, principalmente na vida adulta.

Continua após publicidade

Naturalmente, fatores biológicos, econômicos, ambientais, sociais e políticos também podem


influenciar o desenvolvimento da vida adulta. São fatores que interagem com o processo psicossocial
e é importante notar que essa interação não é simples; as mudanças quando acontecem não é de uma
“hora para outra”. Os adultos são ativos num determinado padrão complexo de interação e são
afetados por sua assimilação da experiência dessa interação. Portanto, todas as pessoas afetam
ativamente seu meio social e físico e se sentem mudadas nessa experiência de interação com a
sociedade.

George Hebert Mead, filósofo da universidade de Chicago que se interessou em descrever o processo
de interação social, a natureza do self e o relacionamento entre self e sociedade afirmou que os seres
humanos evoluíram como seres sociais e que suas habilidades para interagir com o outro através de
símbolos (tais como linguagem oral/escrita e gestos) foi particularmente para compreender a natureza
do self humano; assim sua abordagem ficou conhecida como interação simbólica. Somos seres
simbólicos.

Essa teoria da interação simbólica permanece na literatura sociológica, antropológica e psicológica e


é uma corrente importante para entendermos os processos complexos das relações interpessoais e
intrapessoal que caracteriza a vida adulta e a velhice. Trata-se de uma abordagem ou perspectiva que
descreve o funcionamento do ser humano na sociedade. Esta abordagem também ajuda a
compreender a interação humana.

A interação humana ou interação simbólica tem um foco também na experiência interior individual, o
que Mead chamou de autoconsciência, que implica num processo de experiência pessoal quando a
pessoa deseja entender ela mesma. Esse processo é vital para o desenvolvimento do ser humano da
infância à vida adulta e na velhice. Trata-se de um processo contínuo durante a vida adulta. Na
introspecção, o processo envolve concentração, foco sobre um sentimento, envolve o
acompanhamento de experiências internas tornando-as pensamentos e palavras.

Continua após publicidade


ovem Adulto (19-40 Anos):
Características e
Mudanças
Um jovem adulto é qualquer pessoa que deixou a adolescência para trás e
ainda não entrou na maturidade média ou na idade adulta. As idades em que
uma pessoa é considerada nesta fase variam de um autor para outro; no
entanto, eles geralmente têm entre 19 e 40 anos.
Esta fase é uma das mais longas da vida das pessoas e também uma das
mais mutáveis; Portanto, seu estudo é essencial para entender as
dificuldades características dos jovens adultos. No entanto, até muito
recentemente, a psicologia do desenvolvimento havia negligenciado esse
setor da população.
Fonte: pixabay.com
Felizmente, nas últimas décadas, tem havido uma ênfase crescente na
compreensão das características das pessoas entre as idades de 19 e 40. Há
também um interesse maior em entender quais mudanças ocorrem nesta
fase; Portanto, a esperança é que possamos ajudar melhor as pessoas neste
setor da população.

Neste artigo, estudaremos as características mais importantes dos adultos


jovens, bem como vários aspectos relacionados aos desafios que enfrentam
devido à faixa etária específica.

Características físicas e psicológicas


Ao entrar na idade adulta jovem, as pessoas já deixaram o processo de
desenvolvimento primário para trás. Portanto, suas habilidades físicas e
cognitivas são totalmente desenvolvidas.
Corpo
Na esfera corporal, os jovens desse estágio estão no auge de suas
habilidades físicas. A força e a resistência muscular são as mais altas em
toda a nossa vida, e outros fatores, como habilidades sensoriais, tempo de
reação ou saúde do coração, também são máximos.

Por outro lado, é nesse momento que as pessoas mostram mais energia;
Portanto, a maioria dos atletas profissionais está dentro dessa faixa etária.

Relacionado:  As 6 partes de um cartaz superior

Além disso, esse nível mais alto de energia (causado em parte por níveis
mais altos de testosterona) leva os jovens a explorar e a conduzir
comportamentos mais arriscados.

No final deste estágio, o corpo começa a envelhecer lentamente. A princípio,


as mudanças não são muito visíveis, mas quanto mais a pessoa chega à
idade adulta intermediária, mais óbvias são.

Por exemplo, a visão pode perder alguma sensibilidade, o cabelo começa a


cair e o sistema imunológico teria menos capacidade de lidar com certas
doenças.

Mind
Durante a idade adulta, as habilidades mentais começam a se estabilizar;
Alguns especialistas consideram que atingem seu pico por volta dos 35 anos
de idade. Nesse momento, o pensamento relativo geralmente aparece, uma
característica que geralmente não está presente na infância.

Por esse motivo, os jovens adultos percebem que as coisas nem sempre são
brancas ou pretas. Portanto, eles começam a analisar cada problema de
diferentes perspectivas e a entender que nem sempre há uma resposta clara
e clara. Assim, a reflexão crítica é especialmente importante neste momento.

Por outro lado, nesta fase, é necessário o desenvolvimento do pragmatismo.


Durante a infância e adolescência, a pessoa apenas teve que enfrentar sérios
problemas no mundo real.
No entanto, a necessidade de aumentar a independência faz com que os
jovens precisem encontrar maneiras de alcançar seus objetivos, mesmo
quando não sabem tudo ou não têm um bom plano de ação.

Finalmente, na idade adulta, as pessoas podem atingir o nível de


especialização em sua área de especialização. Isso incentiva outros
recursos, como criatividade, resolução de problemas e até auto-estima.

Alterações fisiológicas
O corpo dos jovens adultos está no auge do desenvolvimento. No reino
evolucionário, nós humanos não estamos preparados para sobreviver muito
além desse estágio; Portanto, todos os nossos sistemas estão em plena
capacidade entre as idades de 19 e 40, para garantir que aproveitemos ao
máximo nosso tempo no planeta.

Relacionado:  Os 20 tipos de indústrias mais importantes

Assim, por exemplo, homens e mulheres têm níveis mais altos de


testosterona nesta fase. Dessa forma, sua força física é maior, eles têm mais
energia e realizam todos os tipos de atividades que mais tarde na vida são
consideradas arriscadas.

Além disso, como a fertilidade também é maior nesse momento, os adultos


jovens costumam sentir níveis mais altos de desejo sexual antes dos 40
anos.

Durante esse estágio, em vez de buscar a estabilidade de uma família, é


comum que as pessoas desejem ter o maior número possível de parceiros;
No entanto, essa tendência começa a diminuir em torno de 30 a 35 anos.

A partir desse meio do ciclo, as habilidades físicas começam a diminuir


imperceptivelmente. Começa a perder densidade óssea e massa muscular e
está se tornando mais fácil acumular gordura no corpo. Por outro lado,
elementos como o sistema imunológico ou os sentidos começam a funcionar
com menos eficácia.
Sexualidade
A sexualidade é uma das áreas mais importantes da vida das pessoas, e isso
se torna especialmente verdadeiro durante o estágio da juventude.

Neste momento, devido à maior fertilidade e consequente aumento dos


hormônios sexuais, a maioria dos indivíduos tem um desejo sexual muito
maior do que seus colegas mais velhos.

Isso tem várias implicações. Por um lado, é favorecida a busca por um


número maior de parceiros sexuais e a frequência nos relacionamentos. Por
outro lado, o desejo de ter filhos começa a aparecer entre 30 e 35 anos, por
isso é necessário combinar os dois impulsos da melhor maneira possível.

A maneira como a sexualidade é expressa nesta era varia muito de cultura


para cultura. Assim, em ambientes mais conservadores, as pessoas no início
do estágio de jovens adultos tendem a formar parceiros estáveis e a constituir
uma família, enquanto aqueles que vivem em ambientes liberais costumam
adiar esses eventos para mais tarde.

Relacionado:  O que é um processo social? Características e Tipos

Finalmente, no caso de pessoas não heterossexuais, a idade adulta jovem


geralmente é o momento em que elas realmente começam a realmente
apreciar sua sexualidade.

Isso pode ser devido a muitos fatores, alguns dos mais importantes sendo a
obtenção de independência da família e a aceitação do status de
homossexual ou bissexual.

Referências
1. “Psicologia do desenvolvimento na idade adulta” em: Todas as
carreiras em psicologia. Retirado em: 05 de julho de 2018 de Todas as
carreiras de psicologia: allpsychologycareers.com.
2. “Início e idade adulta média” em: Lumen Learning. Retirado em: 05 de
julho de 2018 de Lumen Learning: cursos.lumenlearning.com.
3. “Edições para jovens adultos” em: Boa terapia. Retirado em: 05 de julho
de 2018 de Good Therapy: goodtherapy.org.
4. “Idade adulta jovem” em: Science Direct. Retirado em: 05 de julho de
2018 de Science Direct: sciencedirect.com.
5. “Jovem adulto (psicologia)” em: Wikipedia. Retirado em: 5 de julho de
2018 da Wikipedia: en.wikipedia.org.

omo se tornar forte emocionalmente?


Posted on 25/09/2021 Redação Psicanálise ClínicaPosted in Comportamento

Várias pessoas se perguntam como se tornar forte emocionalmente. Afinal, em


tempos de crise muita gente percebe uma grande instabilidade em suas emoções.
Certamente, fica muito mais fácil lidar com a vida quando você consegue dominar a
forma como você reage às instabilidades dela. Pensando em ajudar as pessoas que
buscam desenvolver essa habilidade, nós iremos trazer alguns esclarecimentos neste
texto.
Índice de Conteúdos
 O que significa se tornar forte emocionalmente?
 3 pessoas que ganham ao se tornarem fortes emocionalmente
o 1. A pessoa ansiosa
o 2. A pessoa “imbatível”
o 3. A pessoa hipersensível
 Método revelado: os 5 passos para se tornar uma pessoa forte emocionalmente
o #Passo 1: tenha a ajuda de um psicólogo
o #Passo 2: comece a se observar mais
o #Passo 3: não evite o sofrimento
o #Passo 4: acabe com a dependência emocional
o Passo 5: Aprenda a se comunicar
 7 perguntas para testar se você está decidido a se tornar forte emocionalmente
o 1. Você já começou a fazer terapia ou já foi atrás de um profissional?
o 2. Você está disposto a prestar atenção em seus padrões de comportamento?
o 3. Você está determinado a viver de maneira mais vulnerável?
o 4. Se for o caso, você está disposto a trocar reações explosivas por respostas mais centradas?
o 5. Você está decidido a se abrir para o sofrimento?
o 6. Está preparado para se libertar da aprovação de outras pessoas?
o 7. Você tomou a decisão de cortar qualquer dependência emocional?
 Considerações finais
O que significa se tornar forte
emocionalmente?
Se tornar forte emocionalmente não significa ficar indiferente ou insensível ao que
acontece ao seu redor. Afinal é normal sentir os baques da vida. Da mesma forma que
é importante que o corpo sinta dor quando ele é machucado, é fundamental que nossas
emoções não deixem de corresponder com o que acontece conosco.

Por outro lado, também não é bom perder o controle das emoções. Há um provérbio
bíblico que compara uma pessoa que não sabe controlar as suas emoções a uma cidade
sem muros. Assim, como você pode imaginar, na época que esse texto foi escrito, uma
cidade que não fosse protegida estava completamente vulnerável a sofrer ataques e
saques externos. Nesse sentido, podemos concordar que uma pessoa descontrolada
tem essa grande fragilidade.

O segredo está no equilíbrio: você precisa acolher suas emoções, mas não deixar o
sentimento te afetar a ponto de você não responder adequadamente às situações da
vida. Assim, aproveite as oportunidades que tiver para aprender com o que está
sentindo, buscando entender como ter uma reação melhor no futuro.

Tendo isso em vista, a seguir mencionaremos algumas pessoas que podem ganhar
muito aprendendo a ser fortes emocionalmente.

3 pessoas que ganham ao se tornarem


fortes emocionalmente
1. A pessoa ansiosa

É inegável que a pessoa que sofre com ansiedade ganha muito com o fortalecimento
emocional. Vale deixar claro, porém, que não estamos querendo abordar o tratamento
desse transtorno de maneira simplista. Não é isso! O que queremos destacar é que,
quando você aprende a lidar melhor com suas emoções, você também consegue
diminuir os efeitos da ansiedade sobre si.
Muitas vezes, uma pessoa ansiosa só terá esses avanços com o auxílio de um
psiquiatra, e está tudo bem! Esse profissional existe exatamente para auxiliar seus
pacientes a terem progressos que não seriam possíveis sem a ajuda de remédios. No
final das contas, o que importa é aprender a dominar seus sentimentos e saber como
viver bem com eles.

2. A pessoa “imbatível”

Já conheceu uma pessoa que parece uma rocha? Que não importa o que aconteça, ela
está sempre de pé agindo como se nada tivesse acontecendo? Pois é, essa pessoa
geralmente não é saudável emocionalmente. Apesar de aparentar ser forte, ela esconde
diversas vulnerabilidades e inseguranças. Inclusive as chances de ela sofrer com
problemas como depressão são grandes.

Ao contrário do que possa parecer, a vulnerabilidade é muito importante para quem


quer ser forte emocionalmente. Isso porque uma pessoa vulnerável não sente
problemas de acessar suas emoções e está disposta a entendê-las e até mesmo dividi-la
com outras pessoas. Com isso, ela acaba tendo diversos aprendizados e maiores
oportunidades de curar aquilo que não está bem resolvido dentro dela.

3. A pessoa hipersensível

Se há pessoas que parecem não se afetar por nada, também há aquelas que são
sensíveis a tudo. Assim, qualquer palavra as atinge e até mesmo um olhar é capaz de
ofendê-las. Você pode imaginar com razão que essas pessoas não são fortes
emocionalmente. Afinal, elas se descontrolam de forma muito rápida.

Leia Também:  Relacionamento abusivo: conceito e o que fazer?


Não é bom ser assim. Além de você causar muitos males para o seu corpo devido ao
estresse constante, suas relações com outras pessoas acabam sendo grandemente
prejudicadas. Por outro lado, desenvolver uma maior força emocional te ajuda a viver
a vida de uma maneira mais leve e sossegada.

Método revelado: os 5 passos para se


tornar uma pessoa forte
emocionalmente
Agora que já dissemos quem pode ser grandemente beneficiado com um melhor
gerenciamento de suas emoções, nós vamos mostrar como é possível fazer isso. Claro
que não iríamos te deixar na mão! Se você se identificou com um dos perfis
mencionados anteriormente, segue uma lista de passos para você seguir. Assim, você
verá o que precisa fazer para ser mais forte emocionalmente e poderá caminhar em
direção à sua conquista!

#Passo 1: tenha a ajuda de um psicólogo

Não poderíamos começar essa lista com outra instrução. Isso porque esse profissional
está mais do que habilitado para te ajudar a iniciar uma trajetória de
autoconhecimento. Assim, essa etapa é fundamental para você compreender melhor
suas emoções, bem como entender a forma como você lida com elas.

Se você é uma pessoa que não consegue se imaginar na sala de um psicólogo por
imaginar que esse é um médico para malucos, saiba que esse é um equívoco. Qualquer
pessoa está habilitada para fazer terapia.

Isso porque essa é a melhor forma de você entender o que rege suas emoções,
comportamentos e preferências. Assim, o quanto antes você se der a oportunidade de
viver essa experiência, mais cedo você irá progredir no seu relacionamento com suas
emoções! Faça a prova e depois nos diga o resultado!
#Passo 2: comece a se observar mais

Nós te garantimos que, ao fazer terapia, você começará a ficar mais observador de si.
Isso porque você começará a perceber que tem padrões de comportamento que são
motivados por alguma razão. Reconhecê-los no dia a dia  provavelmente será bem
incômodo, mas não evite esse processo.

Afinal, será ele que te ajudará a perceber o que faz com que você fique instável
emocionalmente. Além disso, o esclarecimento sobre o que te motiva a ficar assim te
ajudará a mudar conscientemente o seu comportamento nas próximas oportunidades.

NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ

Quero informações para me inscrever na Formação EAD em Psicanálise.


ME RETORNEM

Por exemplo, se você geralmente se fecha no seu mundo, poderá fazer um esforço de
ser mais vulnerável. Já se você perde o controle das emoções com facilidade, poderá
encontrar meios de lidar com a situação de forma mais centrada.

#Passo 3: não evite o sofrimento

Não é novidade que vivemos numa geração bastante hedonista, que busca o prazer a
todo custo. O problema disso é que algumas pessoas criam aversão ao sofrimento.
Assim, elas buscam evitá-lo a qualquer custo, mesmo que para isso precisem abafá-lo
de alguma forma. Não é por acaso que muitos se entregam a vícios como o do álcool e
de outras drogas, das compras e até mesmo do sexo.

O que você precisa saber é que o sofrimento é fundamental para o desenvolvimento


emocional de uma pessoa. Por exemplo, pais que não dizem “não” para os seus filhos
com medo de eles se frustrarem acabam criando pessoas frágeis emocionalmente e
que não são aptas para lidar com a vida como ela é.
Não dá para criar uma ideia de que você viverá feliz o tempo todo. Isso é uma falácia
num mundo em que pessoas morrem, ficam doentes, perdem o emprego, se divorciam,
etc. O segredo é você acolher o sofrimento e não evitá-lo. A dor vai vir, mas você será
capaz de aprender com ela. Inclusive entender que momentos tristes não são o fim do
mundo. Eles passam e você é totalmente capaz de ficar bem de novo e seguir em
frente.

#Passo 4: acabe com a dependência emocional

Existem pessoas que não conseguem ficar bem emocionalmente porque dependem da
aprovação de outras. Também há aquelas que só ficam alegres quando outras também
estão. Essa dependência é muito nociva. Você não pode depender de outra pessoa para
ser feliz. Claro que não é bom que você se torne indiferente aos sentimentos de outros,
mas essa preocupação não pode ser tão grande que tire a sua autonomia.

Em primeiro lugar, é injusto colocar a responsabilidade da sua alegria em outra


pessoa. Pode ter certeza que ela não será capaz de garantir as suas necessidades. Isso
porque lá no fundo, o problema está em você, que por algum motivo possui carências,
inseguranças e questões mal resolvidas dentro de si. É necessário que essas lacunas
sejam preenchidas para você conseguir ser feliz com ou sem qualquer pessoa.

Leia Também:  Frases pensativas: seleção das 20 melhores

Por outro lado, é injusto com você mesmo depender da alegria da outra pessoa para
ser feliz. Se esse alguém não quiser resolver seus problemas (ou até mesmo não puder
solucioná-los) você irá se condenar a uma vida de eterno sofrimento? Saiba que existe
muita vida a ser vivida e tudo acaba ficando mais leve quando você consegue dominar
as suas próprias emoções, sem ficar a mercê de outros.

Passo 5: Aprenda a se comunicar

Pode ter certeza que muita gente tem problemas com suas emoções devido a falhas de
comunicação. Pense numa pessoa que é dura como uma rocha. Será que ela não
conseguiria lidar melhor com os problemas da vida se aprendesse a dividi-los com
outras pessoas? E a pessoa que se descontrola facilmente? Será que ela não
conseguiria ter mais habilidade para lidar com seus sentimentos se ela aprendesse a se
comunicar?
São perguntas para que, para muitas pessoas, a resposta será positiva. Isso porque às
vezes elas acabam represando muitas emoções dentro de si e ficam sem saber lidar
muito bem com elas. Ou então o sentimento surge com tanta intensidade que, por falta
de filtros, acaba saindo de forma explosiva e machucando outras pessoas.

Em qualquer um dos casos, aprender a comunicar o que se sente é fundamental.


Primeiro porque muitas vezes, ao verbalizar, você acaba se entendendo melhor.
Segundo porque a resposta para seus problemas pode estar no diálogo. Afinal, é por
meio dele que pessoas e sentimentos se apaziguam. Já o grito e o silêncio são armas
de guerra que podem estar destruindo você e outras pessoas também.

7 perguntas para testar se você está


decidido a se tornar forte
emocionalmente
Agora que nós já demos uma lista com 5 passos para quem quer saber como se tornar
forte emocionalmente, nós queremos te fazer algumas perguntas. Sabemos que nem
sempre é fácil dar o primeiro passo para ter mudanças de comportamento. Por isso,
queremos que você perceba por si mesmo se você está realmente decidido a começar a
buscar a desenvolver inteligência emocional.

Assim, se você responder negativamente à maioria das perguntas que faremos a


seguir, reflita se você não precisa se abrir mais a essa experiência. Pense nos
resultados que virão e na melhor qualidade de vida que você terá. Podemos te garantir
que vale a pena trilhar esse caminho em busca de maior maturidade emocional.

1. Você já começou a fazer terapia ou já foi atrás de um


profissional?

Como já dissemos, essa é uma decisão muito importante para quem está pensando em
se tornar forte emocionalmente. Isso porque esse processo precisa ser necessariamente
iniciado no autoconhecimento. Assim, não deixe essa etapa para depois. Busque um
profissional de confiança e comece a entender o que te impede de ter um melhor
controle das suas emoções.
2. Você está disposto a prestar atenção em seus padrões
de comportamento?

Apesar de indicarmos fortemente a ajuda de um profissional, não dá para achar que


todo o processo de autoconhecimento acontecerá ao lado dele. Você acabará
confrontando os seus padrões de comportamento no seu dia a dia e, se quiser mudar,
terá que fazer o esforço de trocar de atitude para que reais transformações ocorram.
Você está disposto a isso?

3. Você está determinado a viver de maneira mais


vulnerável?

Caso você seja uma pessoa que não suporta mostrar suas fragilidades para outras
pessoas e também sustenta a imagem de uma fortaleza, você já percebeu a
necessidade de mudança? Precisamos deixar claro que você não irá conseguir lidar
melhor com suas emoções se você continuar se privando da vulnerabilidade. Assim, é
necessário que você tenha coragem de se abrir e deixar as transformações
acontecerem.

4. Se for o caso, você está disposto a trocar reações


explosivas por respostas mais centradas?

Se ainda não ficou claro até agora, é importante destacar que reações explosivas
geralmente vêm de pessoas que não possuem inteligência emocional. Isso porque elas
acabam não lidando da forma adequada com as emoções que sentem antes de
reagirem a elas. O resultado disso, muitas vezes, é arrependimento e relacionamentos
gravemente afetados. Por que não agir de maneira mais centrada e conseguir respostas
mais apropriadas e desejáveis?

5. Você está decidido a se abrir para o sofrimento?

Nós sabemos que não é fácil fazer isso, mas também temos certeza de que esse é um
passo necessário. O ser humano vez ou outra irá ter sentimentos de tristeza, frustração,
raiva e decepção. Isso é normal!
Leia Também:  O que é amor para a Psicanálise?

No entanto, se você decidir não enfrentá-los, você vai lidar sempre da forma errada
com os seus problemas. Inclusive, guardar essas emoções negativas dentro de si
poderá te levar a adoecer, o que acontece com muitas pessoas. Aprenda a acolher o
sentimento, aprender com ele e deixá-lo ir no momento certo. Isso vai te ajudar a lidar
melhor com ele na próxima vez que aparecer.

6. Está preparado para se libertar da aprovação de outras


pessoas?

Viver na dependência da aprovação de outras pessoas é muito prejudicial para todos


os envolvidos. Se você caiu nessa armadilha, não perca mais tempo e tome as rédeas
da sua vida.

Você verá como será libertador tomar as suas decisões, mesmo que elas não agradem
outras pessoas, e conseguir aproveitar as consequências de suas escolhas. Nem sempre
elas serão positivas, mas faz parte da experiência humana errar. Assim, não se prive
de viver a sua própria vida. Isso vai te ajudar a amadurecer muito emocionalmente.

7. Você tomou a decisão de cortar qualquer dependência


emocional?

Como dissemos, você nunca vai conseguir ser mais forte emocionalmente se sempre
está dependendo do sentimento de outra pessoa. Por isso é fundamental que você
trabalhe para cortar qualquer dependência emocional e aprender a andar com suas
próprias pernas. Com o tempo você pensará: “Puxa, me tornei mais forte!”.

Considerações finais
Esperamos que agora já esteja mais claro o que você precisa fazer para conseguir ter
mais inteligência emocional. Nós sabemos que a jornada não é nada fácil. Você já
deve ter visto que as dicas que demos aqui exigem muito esforço para que as
mudanças de fato ocorram. Ainda assim, com certeza irá valer a pena!
Isso porque aprender como se tornar forte emocionalmente irá te ajudar a perceber a
vida de uma forma diferente e muito mais satisfatória. Você sentirá que é capaz de
lidar com as situações que aparecerem na sua frente com muito mais tranquilidade e
confiança. Quer algo melhor do que isso? Difícil né: Por isso não perca mais tempo e
corra atrás daquilo que você precisa para começar a viver a sua
transformação. Estamos torcendo por você!

Receba Conteúdo de Valor


Artigos Semanais Completos: Como Ser Psicanalista, Teoria e Autores da
Psicanálise, Funcionamentos da Mente e Comportamento.
Seu Nome:

Seu Melhor E-mail:

CADASTRO GRÁTIS

 como se tornar forte, força emocional, fortalecimento emocional, me tornei mais forte, ser forte


emocionalmente

Post navigation
 Mentes Ansiosas: resumo do livro de Ana Beatriz

Racismo Recreativo: significado, origem e o que fazer 

One thought on “Como se tornar forte emocionalmente?”

1. Fabricia Mantuani disse:

28/09/2021 às 10:34
É muito dificil mesmo. Estou numa fase de muitos questionamentos
sobre a minha personalidade. Li alguns textos daqui e fizeram muito
sentido. Primeira coisa: voltar pra terapia. Obrigada

Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são


marcados com *

Comentário * 

 características de pessoas
emocionalmente fortes
4 minutos

As características das pessoas emocionalmente fortes não têm nada a ver com a dureza

do caráter, a inflexibilidade e a tendência a se impor aos outros. Muito pelo contrá rio.

A força emocional nã o se expressa atravé s de gestos de força, mas principalmente de

resistê ncia e autocontrole.


Por isso, todas as características das pessoas emocionalmente fortes estão relacionadas

com os conceitos de moderação e equilíbrio. Viemos ao mundo sem eles, embora com o

potencial para desenvolver ambos. Depende de cada um conseguir fazer isso.

“A força cresce proporcionalmente à carga”.

– Thomas Wentworth Higginson –

Dessa forma, o autocontrole  é a palavra-chave. Isso nã o tem nada a ver com a

repressã o, mas sim com a habilidade de processar o que sentimos, de modo que nã o

transborde e que nã o nos leve a agir de maneira que prejudique a nó s mesmos ou os

outros. As características das pessoas emocionalmente fortes falam sobre autocontrole.

Veja sete delas a seguir:

Traços das pessoas emocionalmente


fortes
1. Não procuram chamar atenção
Uma das características das pessoas emocionalmente fortes é que elas mesmas se
validam. Isso quer dizer que nã o dependem da opiniã o dos outros para pensar ou

sentir que a pró pria opiniã o é vá lida ou adequada. Elas sã o guiadas por seus pró prios

crité rios.
Por outro lado, uma das características da fragilidade emocional é a dependência

excessiva do que os outros pensam. Isso significa que a pessoa nã o dá valor a si mesma

e que os outros tê m controle sobre a vida dela.


2. A reafirmação
Essa característica está intimamente relacionada com a anterior. Um dos traços da

força emocional é  a capacidade de lidar com a rejeição e processá-la sem gerar danos,

deixar vestígios ou condicionar as ações.

Evidentemente, todo mundo sofre com a rejeiçã o dos outros. No entanto, quando isso

gera um medo excessivo, acabamos dizendo “sim” quando queríamos dizer “nã o”, por

medo de que nos excluam ou nos questionem. Existe uma força emocional  quando

enfrentamos esse medo e o administramos adequadamente.


3. Fazem o que desejam
Fazer o que se deseja não significa agir arbitrária e caprichosamente, como uma

criança. O desejo infantil é diferente do desejo adulto. No primeiro caso, é resultado de

um impulso, e no segundo, fruto do autoconhecimento e do autocontrole.


Uma pessoa emocionalmente forte é capaz de decidir o que deseja depois de um

processo de reflexão . També m tem vontade suficiente para ir atrá s disso e nã o desistir

de alcançá -lo.
4. Não procuram prejudicar os outros
O desejo de causar danos aos outros somente nasce quando há algo desestruturado ou
mal resolvido dentro de nós mesmos. Os seres humanos, em todas as circunstâ ncias,

precisam dos demais. Nó s somos seres interdependentes.

Uma pessoa emocionalmente saudá vel sabe disso, e é por essa razã o que vê o próximo

como igual. Ela o respeita e o valoriza, da mesma forma que deseja ser valorizada e
respeitada. Sabe que a cooperaçã o e a compreensã o sã o caminhos para chegar a uma

vida mais plena.

5. Escolhem suas amizades


Um dos traços das pessoas emocionalmente fortes é que elas sã o seletivas com as

pessoas que deixam entrar em suas vidas. Sabem que não podem abrir as portas do

coração, num mesmo nível, para todo mundo.


També m compreendem que parte do bem-estar depende da qualidade das relaçõ es que

estabelecem com os outros. É por isso que rejeitam as relações abusivas, conflituosas

ou desgastantes. Buscam, basicamente, relaçõ es humanas saudá veis.


6. Não temem a mudança
Não ter medo da mudança é um sinal evidente de força emocional. Se somos ou nos

sentimos frá geis, é normal procurarmos rotinas rígidas como uma maneira de nos

proteger. Sentimos que isso nos dá segurança, ainda que nos prive de uma vida mais

plena.

Quando nos reconhecemos como pessoas emocionalmente fortes, o desejo de explorar e


mudar revive. Por isso, buscamos novas experiê ncias. O novo sempre gera um certo

medo, mas també m é a ú nica forma de avançar em muitos momentos da vida.


7. Não são influenciáveis
Alguém que é forte emocionalmente questiona as informações que recebe. Antes de

aceitá -las, as digere e avalia. Nã o se preocupa em seguir tendê ncias ou se apegar à s

modas, físicas ou mentais, do momento.


Isso, evidentemente, exige uma autoconfiança  suficiente. Acima de tudo, exige a

compreensã o de que cada um de nó s, e somente cada um de nó s, sabe o que é bom para

si mesmo.

Esses sã o apenas alguns traços das pessoas emocionalmente fortes, uma maneira

didá tica de ilustrar uma realidade que é muito mais complexa. O importante nã o é

saber se você cumpre ou nã o esses aspectos, mas sim usar essas informações como

ponto de referência para se questionar positivamente.

Imagens cortesia de Hülya Özdemir .


Pode interessar a você...
Leia em A mente é maravilhosa

Encontro minha coragem quando me permito sentir


A nossa natureza nos permite sentir e, por isso, nó s nos esforçamos p

O desenvolvimento psicossocial na vida


adulta e na velhice
 Post author:Elisandra Vilella G. Sé
 Post published:19 junho 2017
 Post category:Saúde e Bem-estar
por Elisandra Sé

É comum toda pessoa mudar de forma significativa durante a vida adulta e na velhice. Os processos
de “mudança” e “estabilidade” ao longo da vida, numa perspectiva do desenvolvimento psicossocial,
nos leva a examinar o desenvolvimento individual e as influências sociais no indivíduo em interação
com os outros na sociedade e acredita-se que esse processo é fundamental para compreendermos as
mudanças percebidas que ocorrem com a idade, principalmente na vida adulta.

Continua após publicidade

Naturalmente, fatores biológicos, econômicos, ambientais, sociais e políticos também podem


influenciar o desenvolvimento da vida adulta. São fatores que interagem com o processo psicossocial
e é importante notar que essa interação não é simples; as mudanças quando acontecem não é de uma
“hora para outra”. Os adultos são ativos num determinado padrão complexo de interação e são
afetados por sua assimilação da experiência dessa interação. Portanto, todas as pessoas afetam
ativamente seu meio social e físico e se sentem mudadas nessa experiência de interação com a
sociedade.

George Hebert Mead, filósofo da universidade de Chicago que se interessou em descrever o processo
de interação social, a natureza do self e o relacionamento entre self e sociedade afirmou que os seres
humanos evoluíram como seres sociais e que suas habilidades para interagir com o outro através de
símbolos (tais como linguagem oral/escrita e gestos) foi particularmente para compreender a natureza
do self humano; assim sua abordagem ficou conhecida como interação simbólica. Somos seres
simbólicos.

Essa teoria da interação simbólica permanece na literatura sociológica, antropológica e psicológica e


é uma corrente importante para entendermos os processos complexos das relações interpessoais e
intrapessoal que caracteriza a vida adulta e a velhice. Trata-se de uma abordagem ou perspectiva que
descreve o funcionamento do ser humano na sociedade. Esta abordagem também ajuda a
compreender a interação humana.
A interação humana ou interação simbólica tem um foco também na experiência interior individual, o
que Mead chamou de autoconsciência, que implica num processo de experiência pessoal quando a
pessoa deseja entender ela mesma. Esse processo é vital para o desenvolvimento do ser humano da
infância à vida adulta e na velhice. Trata-se de um processo contínuo durante a vida adulta. Na
introspecção, o processo envolve concentração, foco sobre um sentimento, envolve o
acompanhamento de experiências internas tornando-as pensamentos e palavras.

Continua após publicidade

O nosso processo de desenvolvimento adulto é fruto de experiências de “momento a momento”, onde


todos os “momentos vividos” podem tornar-se “momentos presentes”.

Idade adulta
Explicamos o que é a idade adulta e os estágios que ela abrange. Além disso, quais são suas
características gerais e a crise experiencial.

A idade adulta é conhecida como a quarta.

O QUE É A IDADE ADULTA?


A idade adulta é a fase do desenvolvimento humano que se segue à adolescência , na qual o
indivíduo já se encontra plenamente desenvolvido e se constitui como elo individual da espécie.
É conhecido como o quarto estágio.
A maturidade sexual, o entrincheiramento da personalidade e a plenitude física vão
ocorrendo gradativamente nesta fase de ápice da vida , até que, eventualmente, ela dá lugar
à velhice .
A chegada à idade adulta é celebrada e ritualizada do ponto de vista social, emocional e até
jurídico , já que a partir desta fase se forma um membro pleno da sociedade , com todos os
direitos e responsabilidades.
Veja também: Infância .
CARACTERÍSTICAS DA IDADE ADULTA :
1. MAIOR IDADE
A maioridade marca, em idade variável consoante os países, a entrada em vigor legal da idade
adulta . Geralmente tem por volta dos 18 e 21 anos de idade.
Não é exatamente um sinônimo para isso, porém, e não é à toa que muitos especialistas
consideram a adolescência um período que finalmente termina no início dos anos vinte.
Mesmo assim, a maioridade marca o início, em face das leis e do Estado , da vida adulta do
indivíduo , e geralmente é uma das datas mais celebradas ritualmente em todas as culturas .
1. ESTÁGIOS DA VIDA ADULTA

A idade adulta média é entre 40 e 65 anos de idade.

A idade adulta é um processo gradual, não se trata de crescimento imediato. Nesse sentido, duas
fases distintas da idade adulta podem ser identificadas: inicial e intermediária.

 Início da idade adulta Inclui o momento inicial da idade adulta, desde o final da adolescência até cerca
de 40 anos. É uma etapa vigorosa com enorme potência produtiva, acompanhada por uma sensação de
plenitude essencial para empreender os caminhos profissionais e individuais que se traçaram.
 Idade adulta média. É a fase “platô” da vida, entre os 40 e os 65 anos, em que se espera um maior
assentamento e um certo abrandamento do ritmo, apesar de continuar a ser um momento de
grande produtividade e vivência, o fim do qual leva à cessação da vida produtiva e à velhice.
1. INDEPENDÊNCIA
O que se espera durante o início da idade adulta é um anseio por independência do indivíduo ,
o que aponta para necessidades de espaço físico e emocional além da casa dos pais.
Se isso pode ser alcançado ou não (isso vai depender de variáveis de ambiente socioeconômico,
localização cultural e geográfica, bem como das capacidades do indivíduo), ou pode ser
alcançado por conta própria, como casal ou em grupo , é uma necessidade intrinsecamente
ligada à idade adulta, principalmente considerando que o indivíduo maduro tenderá, com o
tempo, a constituir a própria família.
1. INTEGRAÇÃO SOCIAL

Na idade adulta, as amizades são buscadas com um caminho de vida semelhante.

Ao contrário da adolescência, os laços sociais do adulto passam necessariamente por


sua personalidade e por suas decisões individuais de vida. As gangues não são mais tão
frequentes , para focar no parceiro e amigos que têm um caminho de vida semelhante: colegas
de trabalho, faculdade, etc.
Diz-se que os amigos feitos nesta fase são realmente aqueles que vão durar para o resto da vida.

1. ESTABILIDADE
A idade adulta, e ainda mais o estágio intermediário, é um período de maior estabilidade nos
humanos . A emocionalidade meteórica e a inconstância de caráter típicas da adolescência são
freqüentemente deixadas para trás, substituídas por uma autoconsciência progressiva e uma
maior profundidade de caráter.
A decisão nesta fase (principalmente na mídia) tende a ser mais conscienciosa, mais fruto da
meditação e não da emoção do momento. O que mostra um desenvolvimento cognitivo mais
acentuado na reflexão e flexibilidade, adaptabilidade e individualismo.
1. CASADO

Na idade adulta, a necessidade de companhia deriva mais do ambiente familiar.

A maioria da população adulta se casa durante o início da idade adulta (entre 25 e 34 anos).


É também o estágio de maior pressão social em torno das questões de reprodução e descendência
(especialmente nas mulheres) e das primeiras tentativas formais de vida familiar.
No caso de muitos adultos, essa decisão é adiada em benefício de outras áreas vivenciais, mas é
comum que, após a entrada na meia-idade, as necessidades de companhia e pertencimento
passem mais para o ambiente familiar , principalmente no que se refere à parentalidade.
Além disso, as margens de divórcio estão claramente aumentando em todo o mundo ,
tornando-se mais frequentes ao entrar na idade adulta média, mas a tendência aponta cada vez
mais para os adultos jovens.
1. PATERNIDADE
A paternidade é um desafio para jovens profissionais em formação. 

Junto com o casamento, no início da vida adulta costumam ocorrer as primeiras tentativas de


parentalidade (desejadas ou não) , vivenciadas sem as dimensões trágicas da gravidez na
adolescência, mas que representam um desafio para os jovens profissionais em formação.
Assim como nas sociedades subdesenvolvidas a gravidez na adolescência é comum , em muitas
sociedades desenvolvidas há uma tendência a postergar a gravidez e a constituição de uma
família e até mesmo a vida conjugal, a fim de primeiro garantir o sucesso profissional e
individual, quando não econômico, para enfrentá-la. . E muitos, quando chega a hora, decidem
optar por outros modelos de vida que não o familiar.
Nos países menos desenvolvidos , da mesma forma, a idade adulta precoce constitui uma luta
para se inserir no ambiente de trabalho ou para se educar , portanto a paternidade também é
vista como um impedimento e, muitas vezes, um acidente que precipita a constituição familiar.
1. A MORAL
Na idade adulta, os preceitos da moralidade que vão determinar a vida em sociedade são
reafirmados . O contrato social, por exemplo, que coloca o bem da maioria antes dos desejos
individuais, ou certos preceitos éticos universalistas, se enraíza nesta fase. E isso se deve ao fato
de que o conjunto de experiências e conhecimentos adquiridos já é suficiente para avaliar um
dilema a partir de diferentes perspectivas possíveis.
Na verdade, os especialistas acusam dois tipos de experiência como enormes formadores de
moralidade, tais como: o confronto de valores (como o que ocorre na universidade ou no trabalho
militar) e a responsabilidade pelo bem-> . Ambos os tipos de experiências intimamente
relacionados ao mundo adulto.
Mais em: Moral .
1. SEXUALIDADE
Na idade adulta, a sexualidade serve como um caminho para a realização individual.

O exercício da sexualidade na idade adulta encontra, idealmente, suas maiores


oportunidades de liberdade , experimentação e satisfação. Seja ou não em um contexto
conjugal ou monogâmico, o sexo ocupa um importante espaço psíquico no adulto,
começando a ceder no final da meia-idade.
A sexualidade é percebida como forma de realização individual e é exercida, a princípio, de
forma autônoma, ética, aberta e autoconsciente.
1. A CRISE EXPERIENCIAL
Também conhecida como crise da meia-idade, costuma ocorrer na transição do início para
a meia-idade e consiste em um repensar radical, às vezes até temerário, das prioridades de
vida e do ritmo e modelo de vida que é conduzido.
Como tantas outras coisas na vida, é produto da consciência da finitude: o eventual fim da
vida , a inexorável passagem do tempo, que se reflete no fim, justamente, da etapa mais
valorizada socialmente em nossas sociedades: a juventude.
Artigos relacionados

CAPÍTULO III – CONCLUSÃO 3.1 CONCLUSÕES DO ESTUDO

3.3 IMPLICAÇÕES EDUCATIVAS


Na perceção do mundo, a Arte funciona como instrumento transformador da realidade
através das suas múltiplas manifestações e procura ir contra os estereótipos, criando
novas ideias projetadas em diversos contextos dentro da sociedade. As disciplinas no
âmbito das Artes Visuais ou da Educação Visual estimulam o desenvolvimento cognitivo
e emocional das crianças/jovens e, por conseguinte, despertam aprendizagens
significativas (emoção). Podem assim ser consideradas como um meio para integrar os
múltiplos saberes de forma Inter/trans-multidisciplinar. Por tudo isto, com este projeto
procurou-se contribuir para implementação de novas metodologias de ensino nas
disciplinas de índole artística – neste caso concreto, na Oficina de Artes –, através de
uma abertura a novos recursos, de modo que os alunos possam conferir outros rumos
às suas formas de expressão, não permanecendo confinados aos instrumentos e
suportes tradicionais. O editor de imagens, para além de ser visto como um programa
de treino da perceção visual e, ao mesmo tempo, incidir sobre a motricidade fina, tudo
indica que pode vir a constituir-se como um instrumento interativo e inovador,
suscitando experiências inovadoras e percursoras. Por outro lado, considera-se que a
tecnologia educativa, sendo um processo complexo e integrado que envolve pessoas,
ideias e uma organização destinada a analisar problemas e formas de conceber,
implementar, avaliar e gerir soluções para as questões relacionadas com a
aprendizagem humana, não é a solução para todos os problemas de educação que
enfrentamos atualmente nas escolas. É preciso compreender que o importante é
comprometer a Educação com a transformação da sociedade, ou seja, é essencial trazer
para o processo de ensino-aprendizagem o mundo que está fora dos muros da escola, e
porventura a necessidade de empenho dos alunos que estejam atentos ao seu tempo e
ao seu meio. “Não se pode ficar alheio a todo um aparato tecnológico que a sociedade
dispõe, como se os muros da escola fossem a invisível divisão de um mundo em
constante e rápida transformação e um outro onde tudo ainda está estático e imutável.”
Shenkel (2002, p.135). Neste sentido, a integração do recurso à imagem e às
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
119 tecnologias digitais interativas detém um papel importante no processo educativo,
com relevância nas disciplinas do âmbito artístico, essencialmente pela necessidade de
se encontrarem novas metodologias de ensino, novas formas de aprendizagem. Com
efeito e dentro de uma possível confluência, estes dois “instrumentos” (Arte e
Tecnologia) complementam-se com resultados comprovados e surpreendentes na Arte
Digital (conceito explorado no início deste trabalho): “neste domínio, a evolução
tecnológica pôs à disposição do professor meios suficientes para trazer até ao aluno um
mundo até há pouco ainda distante” (Moderno, 1992, p.12). Talvez fosse pertinente a
Escola procurar desenvolver competências nos alunos através de aprendizagens que se
remetem cada vez mais para o aprender através do “saber fazer em ação”, ou seja, saber
como se faz, aprender através da resolução de problemas onde persiste uma articulação
entre a teoria e prática. Na verdade, para que haja real aprendizagem é essencial
procurar motivar os alunos de hoje (pequenos nativos-digitais) e a realização deste
relatório permitiu concluir que todos os alunos considerados com dificuldades de
aprendizagem podem ser ajudados e estimulados através de diferentes metodologias,
desde que seja dado mais valor às suas capacidades, experiências, saberes, cultura, e
menos importância aos seus erros ou dificuldades, procurando ajudá-los nesse sentido
com o intuito de desenvolver a sua autoestima e autoconfiança. Estas metodologias e
suas consequências criam condições para que os alunos estejam motivados em todo o
processo educativo e, por conseguinte, em alguns casos, ultrapassarem as suas
dificuldades de aprendizagens.
Com efeito, se as finalidades da educação se consubstanciam consoante o tempo, o
contexto e as pessoas envolvidas, essas finalidades têm de ser constantemente revistas
e adaptadas para responder às necessidades da sociedade. Assim, considera-se mais
uma vez a necessidade de integrar cada vez mais e utilizar de forma mais profícua as
tecnologias digitais e o estudo das imagens, prevalecendo o desenvolvimento de
diversas literacias como é o caso da literacia visual, competência essencial para se
sobreviver no mundo contemporâneo.
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
120 BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, Fernando (2011). Educar para a literacia: perspectivas e desafios. En: VII
Encontro de Educação: Numeracia e Literacia em Educação. Almada, Escola Superior de
Educação Jean Piaget, Campus Universitário de Almada.
Consultada em 24 de Julho de 2012 em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/12645
BAHIA, Sara (2009). Constrangimentos à educação artística. InVisibilidades - Revista
Ibero-Americana de Pesquisa em Educação, Cultura e Artes.
Consultada em 18 de Março de 2013 em:
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2698/1/Sara%20Bahia_invisibilidades_0 pdf.pdf
BAMFORD, Anne. (2003). The Visual Literacy White Paper. Educational Technology.
Sidney. Consultado em 4 de Abril de 2013 em
http://wwwimages.adobe.com/www.adobe.com/content/dam/Adobe/en/educatio
n/pdfs/visual-literacy-wp.pdf
BELL, Judith (2002). Como realizar um projecto de investigação: um guia para a pesquisa
em ciências sociais e da educação (2.ª ed.). Lisboa: Gradiva.
CALADO, Isabel. M. (1994). A Utilização Educativa das Imagens. Porto: Porto Editora.
CORREIA, Luís de Miranda (2006). Alunos com necessidades educativas especiais:
Clarificação de Conceitos. Porto Editora
COSTA, M. H. B., & PAIXÃO, M. F. (2004). Investigar na e sobre a acção através de diários
de formação. Procura de compreensão de processos de mudança na prática
pedagógica. In L. Oliveira, A. M. S. Pereira, & R. Santiago. Investigação em educação.
Porto: Porto Editora.
CRUZ, Vitor (1999). Dificuldades de Aprendizagem: Fundamentos. Porto: Porto
Editora.Dissertação de Mestrado não publicada. Consultada em 3 de Novembro de 2012
em http://hdl.handle.net/10451/6857
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
121 DAMÁSIO, Manuel José (2001). “Da Constituição de uma Literacia Mediática”, in
Práticas Educativas e Novos Media: Contributos para o desenvolvimento de um novo
modelo de Literacia. Coimbra: Edições Minerva.
DELORS, Jacques et al., (orgs) (1996). Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. Rio Tinto:
Edições ASA.
DIAS, Luís Manuel António (2008). Recursos Multimédia na Alfabetização, Literacia e
Inserção Social.Lisboa: Universidade Aberta. Dissertação de Mestrado. Consultada em 6
de Novembro de 2012 em
https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1264/1/Rec_Mult_Alfat_LiTrc. pdf
DIAS, M. & CHAVES, J. (2001). O Programa de Treino da Percepção Visual para alunos
com dificuldades de aprendizagem do 1.º Ciclo do Ensino Básico. In Actas da II
Conferência Internacional de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.
Consultada em 1 de julho de 2012 em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/654/1/Jose%20(p.663-
672).pdf
DIAS, M. & Chaves, J. (2008). A utilização da imagem e das tecnologias interactivas nos
programas de treino da percepção visual: Um estudo com alunos do 1.° ciclo do ensino
básico com dificuldades de aprendizagem. Tese de Doutoramento não publicada.
Universidade do Minho, Braga, Portugal.
Consultada em 10 de julho de 2012 em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8324
FERNANDES, Domingues. (2007). A avaliação das aprendizagens no Sistema Educativo
Português. Educação e Pesquisa, 33(3). (pp581-600). Consultada em 24 de Julho de 2012
em http://www.scielo.br/pdf/ep/v33n3/a13v33n3.pdf FONSECA, Vitor da (1998).
Aprender a Aprender – A Educabilidade Cognitiva. Lisboa: Editorial Notícias.
FREIRE, Paulo (s/d). Educação como Prática da Liberdade. Edições Paz e Terra &
Dinalivro. 5ª Edição
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
122 GOUVEIA, Ivan (2012) A Literacia Mediática Aplicada às Artes, Tese de Mestrado,
Universidade de Évora
GRADE, Margarida (1993). A Educação visual do ensino básico (2º ciclo). Os professores
em início de carreira e a orientação dada ao programa. Lisboa: Universidade Nova de
Lisboa. Faculdade de Ciências e Tecnologia-f Secção Autónoma de Ciências Sociais
Aplicadas, Ciências da Educação. Dissertação de Mestrado não publicada.
JOLY, Martine (1994).Introdução à analise da Imagem. Lisboa: Edições 70. JONASSEN,
David H. (2007). Computador, Ferramentas Cognitivas: Desenvolver o pensamento
crítico nas escolas. Coleção Ciências da Educação Século XXI, Porto: Porto Editora.
JONES-KAVALIER, Barbara, & FLANNIGAN,l Suzanne (2006). Connecting the digital dots:
Literacy of the 21st century.Consultada em 21 de Março de 2013
em http://www.educause.edu/ero/article/connecting-digital-dots-literacy-21st-
century
LEAL, Vítor Manuel Moreira (2009). As TIC como Actividade de Enriquecimento
Curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico (Projeto de Investigação). Lisboa: Escola Superior
de Educação de Paula Frassinetti. Consulatada em 13 de Junho de 2012 em
http://purl.net/esepf/handle/10000/222
MÁXIMO-ESTEVES, Lídia (2008). Visão panorâmica da investigação-acção. Porto: Porto
Editora.
MIRZOEFF, Nicholas. (1999).An introduction to visual culture.London: Routlege
MODERNO, António (1992). A Comunicação Audiovisual no Processo Didáctico no
ensino e na formação profissional. Departamento de Didática e Tecnologia Educativa da
Universidade de Aveiro. Aveiro: Tipave
MORGADO, Margarida (coord.) (2009). Texto visual / texto cultural. Uma perspectiva de
desenvolvimento da literacia visual e intercultural dos jovens. Congressos 6º
SOPCOM/8º LUSOCOM Lisboa, Portugal, 136.
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
123
Consultado em 16 de Junho de 2012 em
http://conferencias.ulusofona.pt/index.php/sopcom_iberico/sopcom_iberico09/p
aper/view/440/438
PEREIRA, Luís Miguel Gonçalves (2011). Conceções de literacia digital nas políticas
públicas : estudo a partir do Plano Tecnológico de Educação. Tese de doutoramento em
Ciências da Comunicação: área de especialização em Educação para os Media.
Universidade do Minho, Braga, Instituto de Ciências Sociais. Consultada em 17 de
Setembro de 2012 em http://hdl.handle.net/1822/19825
PONTE, João (1986). Introdução. O Computador na Educação Matemática. Cadernos de
Educação Matemática, n.º 2, APM, (pp.5-9). Consultada em 15 de novembro de 2012 em
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4159
PONTE, João Pedro da, (1994). O estudo de caso na investigação em educação
matemática. Quadrante. Consultado em 29 de Novembro de 2012
em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt%5C94-
Ponte%28Quadrante-Estudo%20caso%29.pdf
POSTIC, Marcel (1995). Para Uma Estratégia Pedagógica do Sucesso Escolar. Porto: Porto
Editora.
QUIVY, Raymond,& CAMPENHOUDT, Luc Van (1998). Manual de investigação em
ciências sociais. (2.ª ed.). Lisboa: Gradiva.
ROCHA, Maria Margarida da Silva (2001). Educação em arte - concepções e práticas: um
estudo sobre o acto educativo de professores do 2.º ciclo do ensino básico. Tese de
doutoramento em Ciências da Educação: área de Educação e Desenvolvimento.
Universidade Nova de Lisboa: Faculdade de Ciências e Tecnologia, Lisboa, Portugal.
Consultada em 2 de fevereiro de 2012 em http://run.unl.pt/handle/10362/325
SANCHES, Isabel (2005). Compreender, Agir, Mudar, Incluir. Da Investigação - Acção à
educação inclusiva. In Revista Lusófona de Educação. N.º 5, Lisboa: UID Observatório de
Práticas de Educação e de Contextos Educativos da Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias.(pp.127-142).
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
124
Consultada em 29 de Novembro de 2012 em
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n5/n5a07.pdf
SANT’ANA, René. S. (2006). Rousseau e a arte de busca da consciência plena. Novos
ensaios sobre a filosofia da ação e educação: críticas e razões sobre a prática do viver e
da formação humana. Dissertação de Mestrado em Educação: área de Educação.
Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Consultado em 17 de Dezembro de 2012 em
http://www.ppge.ufpr.br/teses/M06_santana.pdf
SARDELICH, Maria Emília (2003-2004), “Leitura de imagens e cultura visual:
desenredando conceitos para a prática educativa”. Educar Curitiba, Editora UFPR, Rev.
N.º 27, 2006:216- 468. Consultada em 20 de maio de 2012, em
http://www.scielo.br/pdf/cp/v36n128/v36n128a09.pdf
SILVA, Álvaro António Teixeira da (2004). Ensinar e Aprender com as Tecnologias.
Dissertação de Mestrado em Formação Psicológica de Professores. Braga: Universidade
do Minho, Instituto de Educação e Psicologia. Consultada em 10 de setembro 2012 em
http://hdl.handle.net/1822/3285
SCHENKEL, Maria Herminia Benincá.(2002). A integração das tecnologias educativas no
ensino fundamental, Universidade de Aveiro – Portugal,
Consultado em 20-02-2013 em
http://ria.ua.pt/bitstream/10773/4515/1/187534.pdf
SOUSA, Alberto B. (2003). Educação pela arte e artes na educação. 2.º volume. Lisboa:
Instituto Piaget-Horizontes pedagógicos.
O editor de imagens como recurso para desenvolver a literacia visual
125 REFERÊNCIASNORMATIVAS
COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (2007) Comunicação da Comissão ao
Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité:
Uma abordagem europeia da literacia mediática no ambiente digital”.
COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (2009) Recomendações da Comissão:
“Literacia mediática no ambiente digital para uma indústria audiovisual e de conteúdos
mais competitiva e uma sociedade do conhecimento inclusiva”
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA, Conselho Nacional de Educação (2011)
“Recomendação sobre Educação para a Literacia Mediática”.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Decreto de Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro. Diário
da Républica nº 4/7- 1.ª Série. Ministério da Educação. Lisboa (Apoios especializados)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Decreto-lei n. 209/2002, de 17 de Outubro
(alterações à revisão curricular do ensino básico).
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Lei 14/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do
Sistema Educativo)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Decreto-lei n. 6/2001, de 18 de Janeiro (revisão
curricular do ensino básico)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Decreto-Lei 319/91 de 23 de Agosto (Estabelece
o regime educativo especial)
No documento Anabela Candeiasrelatório 24 09 2013 docx (páginas 119-126)

DUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:


REFLEXÕES, PERSPECTIVAS E DESAFIOS
PEDAGOGIA
Metodologias utilizadas na alfabetização de adultos, mudanças ocorridas na educação
de adultos ao longo da história e as medidas tomadas pelos governos com a renovação
das perspectivas acerca da EJA.

ÍNDICE

1. 1. O que é a educação?


2. 2. Educação e Cultura
3. 3. Alfabetização e seus conceitos
4. 4. A EJA e seus diferentes termos
5. 5. O analfabetismo e do não letramento do Adulto
6. 6. Educando e seus Educadores
1. 6.1 Educandos
2. 6.2 Os Educadores
7. 7. CEB/CNB 11/2000
1. 7.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EJA, BASES LEGAIS VIGENTES
8. 8. LDB 9394/1996
9. 9. LEI 11.741/2008
10. 10. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1/2000
11. 11. CONFINTEA
Este trabalho tem como objetivo discutir as metodologias utilizadas na alfabetização de
adultos, através de pesquisa bibliográfica, as mudanças ocorridas na educação de adultos
ao longo da história, e também relatando as medidas tomadas pelos governos com a
renovação das perspectivas acerca da EJA. Também, caracterizou-se aqui, o adulto e o
jovem como sujeito da pesquisa, fundamentado por vários autores que contemplam o
tema. Após esta fundamentação, discutimos como estes jovens e adultos aprendem e
como se dá o processo ensino-aprendizagem. Por fim, analisou-se as metodologias
utilizadas por alguns educadores, constatando que eles, de certa forma, não evoluíram,
pois tendem a não respeitar os conhecimentos que os seus educandos adquiriram ao longo
da vida. Conclui-se então, que há necessidade de renovar as práticas pedagógicas que
atendam às necessidades dos jovens e adultos, valorizando seus conhecimentos prévios e
renovando as perspectivas.

Palavras-chave: EJA, Educação de Adultos, Ensino-aprendizagem


ABSTRACT
This work aims to discuss the methodologies used in adult literacy, through literature,
changes in adult education throughout history, and also reporting the measures taken by
governments to the renewal of perspectives on adult education. Also, it was characterized
here, the adult and the young man as the subject of research, founded by several authors
that address the issue. Following this reasoning, we discuss how these young people and
adults learn and how is the teaching-learning process. Finally, we analyzed the
methodologies used by some educators, noting that they, somehow, did not evolve, they
tend to not respect the knowledge that their students have acquired throughout life. It
follows then that there is need to renew teaching practices that meet the needs of young
people and adults, valuing their existing knowledge and renewing prospects.

Keywords: EJA, Adult Education, Teaching and learning


Analisando um pouco a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil,
podemos observar que existem mudanças significativas e essenciais referentes a esta
modalidade educacional no Brasil, principalmente na legislação e na metodologia
utilizada no processo ensino-aprendizagem. Tais mudanças se mostram necessárias para
que possamos democratizar cada vez mais a educação, principalmente a de adultos.

Pudemos observar, que a não mais infantilização dos métodos de alfabetização de


adultos, vem aumentando cada vez mais a procura de adultos a esta modalidade,
enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem, nos ajudando a responder quem são os
educandos e seus educadores.

O que se pode observar no Brasil é que, a todo o tempo surgem no processo educacional
novas campanhas de alfabetização, com a finalidade de envolver a sociedade na
responsabilidade pela educação de adultos. Identificamos então que a partir deste
pressuposto, a educação de adultos não acontece somente no ambiente oficial, o ambiente
escolar, mas sim em várias esferas educacionais como ONG’s e sistemas privados, afim
de diminuir cada vez mais, o déficit educacional pertinente aos adultos.

As mudanças ocorridas ao longo dos anos na legislação, por exemplo, nos mostram um
avanço considerável no objetivo implantado a educação de adultos. O dever de formar
cidadãos para o mercado de trabalho, por exemplo, busca suprir uma necessidade do
sistema de capital, ao mesmo modo que supre uma necessidade de este jovem adulto de
concluir seus estudos para poder se inserir neste mercado.

A diferença social e cultural que marca a escola e suas relações humanas, pode ser um
ambiente propício para a expressão das experiências de vida que cada aluno possui. No
caso dos adultos, muitos deles são pessoas que vieram de outros estados, possuindo na
sua bagagem cultural conhecimentos do mundo da vida. Por isso cabe ao profissional
crítico a tarefa de explorar tais conhecimentos e buscar relações entre eles e aqueles
necessários a aprendizagem na escola.

Então, buscamos entender aqui, quem são os jovens e adultos e quem são seus
educadores. Com isso então nos aprofundamos na leitura de autores como Paulo Freire,
Suzana Schwartz, Moacir Gadotti, José Romão, Álvaro Vieira Pinto, Telma Ferraz Leal,
Eliana Borges de Albuquerque e Artur Gomes de Morais e Maria Antônia de Souza.
Queremos aqui contribuir com este trabalho, na reflexão sobre formação e prática
voltadas a EJA, respondendo a questões como: O que é a Educação de Jovens e Adultos?
Quem são seus alunos e seus professores? O que diz a legislação sobre a EJA? Quais são
as perspectivas e reflexões que são necessárias a EJA?

Por fim, entendemos aqui a responsabilidade que este trabalho tem para que haja a
discussão e reflexão das políticas educacionais existentes para a EJA, tanto para que se
possa repensar um pouco sobre as metodologias utilizadas no processo de ensino-
aprendizagem, complementando pesquisas já existentes sobre o tema.

1. O que é a educação?

Existem inúmeras definições acadêmicas para a educação e seus conceitos, na qual não
iremos dar conta de todas neste trabalho, porém buscaremos entendê-la a partir de duas
perspectivas, os significados restritos e amplos. Então definirei estes sentidos a partir de
Álvaro Vieira Pinto autor do livro Sete lições sobre a educação de adultos, lançado pela
Editora Cortez

Para (PINTO, 2010), A educação é a formação do homem pela sociedade em que está
inserida, ou seja, é o processo onde a sociedade integra o indivíduo em seu modo de ser
social, buscando sua aceitação para atuar em fins coletivos e não individuais. Nessa
perspectiva, “a educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua
imagem e em função de seus interesses”(PINTO, 2010).
Segundo o autor, a educação dita restrita refere-se à educação infantil e juvenil na vida
humana, isto segundo a pedagogia clássica. Podemos dizer aqui que pensar desta forma
passa a ser um erro, quando é reduzido seu verdadeiro conceito para tal. Este sentido nos
leva a entender que a educação é ofertada de forma sistematizada, convencional.

Já a educação “em sentido amplo, (autêntico) ” (PINTO, 2010), enxerga a educação do


ser humano em sua totalidade, incluindo também a educação de adultos. É o sentido mais
verdadeiro da educação que visa, a priori, e concordamos, que a educação ocorre no
indivíduo a partir de seu nascimento até o fim da vida. Ou seja, o ser humano vive em um
processo continuo de educação, onde, a transferência de saberes e a construção de
conhecimentos jamais terminam. É um processo de formação do homem, um fato
histórico

2. Educação e Cultura

Falamos no tópico anterior sobre o conceito de educação, concordando com seu sentido
que insere a educação de adultos na formação integral do indivíduo. Porém agora vamos
abordar um novo viés que está inteiramente integrado a educação, a cultura.

Na sociedade, a educação se apresenta como um meio de reprodução da cultura. “A


educação é a transmissão integrada da cultura em todos os seus aspectos, segundo os
moldes e pelos meios que a própria cultura existente possibilita. ” (PINTO, 2010)

A educação tem a finalidade de transferir a cultura praticada na sociedade. Sendo assim,


no ato educativo, são passados os valores sociais, normas e deveres que o indivíduo deve
seguir durante toda sua vida social. Entendemos que tais transferências de valor cultural
para um indivíduo, tornam-se algo relevante para sua formação, pois será transferida para
ele desde seu nascimento, tornando-se integrada a seu caráter desde sua base. Assim, “o
método pedagógico é função da cultura existente. ” (PINTO, 2010).

Entretanto, é possível afirmar que a escola é um ambiente sociocultural, onde a cultura de


sua sociedade é transmitida através da educação. A escola e os educadores têm a função
de transmitir o conhecimento através do ato educativo sem desassociar a cultura do
conteúdo a ser transferido. Nesse sentido, “o saber é o conjunto dos dados da cultura que
se tem tornado socialmente conscientes e que a sociedade é capaz de expressar pela
linguagem. ” (PINTO, 2010).

Contudo, é importante ressaltar que a educação se multiplica com sua própria realização.
Quanto mais o homem é educado, mas ele sente a necessidade da educação. Como já
dissemos, a educação nunca é acabada, quanto mais o temos, mais a queremos. Ela é
intencional. Quando o homem se sente inacabado, necessita adquirir novos
conhecimentos, então, é através da educação que ele consegue sua autoconsciência, se
insere cada vez mais na sua cultura social e adquire novos conhecimentos.

Então a educação insere-se na cultura como totalidade, processo que cria e transmite a
cultura social para o indivíduo, sendo a educação um produto ideológico da sociedade
cultural.

3. Alfabetização e seus conceitos

Não podemos aqui falar sobre os conceitos da educação e sua inserção na cultura, sem
falar da alfabetização. O ato de alfabetizar se constitui como fator principal na formação
do indivíduo como um ser “completo”, liberto da opressão das classes opressoras que
regem as regras de toda sociedade. Isso porque, ao estar alfabetizado o sujeito social
finda se emancipando socialmente e intelectualmente.

Então, entendemos que o ato de alfabetizar vai além do aprender a codificar e decodificar
o sistema de simbologias escritas, pois, a alfabetização está em constante acontecimento
na vida do educando. Por isso, é muito importante que o educador não desconsidere o
conhecimento prévio de seus alunos para que se chegue a um resultado positivo e
relevante em relação ao processo de alfabetização de um dado discente.
Mas, neste momento não intencionamos discutir a Educação Libertadora de Paulo Freire,
nem desejamos entrar na questão de conhecimentos específicos, como as formas de
ensino-aprendizagem de um educador para um educando, porque isto será
problematizado mais adiante. O que idealizamos aqui no momento é mostrar os
diferentes conceitos que a alfabetização tem para os principais pensadores educacionais.

Para Telma Ferraz Leal, Eliane Borges de Albuquerque e Artur Gomes de Morais (2010,
p.15), A alfabetização consiste na ação de alfabetizar, de ensinar crianças, jovens ou
adultos a ler e escrever.

Já Suzana Schwartz (2010, p.24), no sentido etimológico, alfabetizar significa “levar a


aquisição do alfabeto”, o que deixa o termo reduzido a uma estratégia mecânica,
articulada com a habilidade de codificar e decodificar grafemas e fonemas. Ela ainda diz
que “o conceito de alfabetização se refere a habilidade de ler e escrever”.

Compreendemos então que o ato de alfabetizar vai muito além do ensinar a ler e
escrever, do codificar e decodificar. A alfabetização perpassa a perspectiva do
conhecimento físico para o conhecimento intelectual, quero dizer, que vai além do
indivíduo ler, escrever. O ato de alfabetizar considera todo o aprendizado adquirido pelo
educando indo além das paredes da sala de aula, em busca de um status quo capaz de
torná-lo liberto de um sistema educativo falho que não enxerga a sua riqueza intelectual.
Sabemos que o analfabeto funcional, como é chamado os que não sabem ler e escrever,
não são analfabetos por completo. Não podemos dizer que por ele não saber decodificar e
codificar letras, palavras, sílabas e etc., ele seja um completo analfabeto. Ele pode não ser
conhecedor da língua escrita mas conhece muito bem o significado das coisas que
consegue visualizar em sua volta. Daí cabe a escola trabalhar o processo de ensino e
aprendizagem com o objetivo de reverter esta situação de não aprendizado da linguagem
escrita, seja para crianças, jovens e adultos, integrando-os com os conhecimentos de
decodificação e codificação intelectual já existentes. Isso é o que pode ser denominado de
Alfabetização Cultural.

Entraremos agora no objeto de estudo deste trabalho acadêmico de conclusão de curso,


ou seja, a Educação de Jovens e Adultos, mais conhecida como EJA. Não poderíamos
chegar aqui sem antes conceituarmos um pouco a educação, a cultura e a alfabetização,
que são três fatores de alta relevância na construção do processo ensino-aprendizagem e
do ato educativo em si.

Porém neste próximo tópico vamos discutir um pouco sobre a EJA, seus educandos e
seus educadores, currículo, legislação, propostas, práticas e etc. Não podemos aqui então
deixar de falar da alfabetização dos jovens e adultos e da concepção desta educação como
educação popular e outras modalidades destinadas a ela.
4. A EJA e seus diferentes termos

Muitas vezes a educação de adultos é definida por termos que na maioria das vezes não
lhe pertence. “Por isso falamos em educação assistemática, não formal e extra escolar,
expressões que valorizam mais o sistêmico, o formal e o escolar.” (GADOTTI, ROMAO,
2011).

O que pretendemos mostrar aqui então é o outro lado dessa educação de adultos que é
rica em si mesma. Então vamos começar a entender a definição de alguns termos.
Segundo Moacir Gadotti, (2011, p. 36):

Os termos educação de adultos, educação popular, educação não formal e educação


comunitária, que não devem ser usadas como sinônimos. Os termos educação de adultos
e educação não formal referem-se a mesma área disciplinar teórica e prática da educação.
A UNESCO utiliza do nome Educação de Adultos, para referir-se a uma área
especializada da educação, o que é correto em partes, mas não deve ser desassociada da
educação global.

Já termo educação não formal que vem sendo utilizado principalmente pelos EUA para
referir-se à educação de adultos que se desenvolve nos países de Terceiro Mundo que é
geralmente vinculada aos projetos de educação comunitária.
Carlos Rodrigues Brandão (1984, p.181), define a educação em três etapas. São elas:

1ª a Educação de classe: entendida como os processos não formais de reprodução dos


diferentes modos das classes populares;
2º a Educação popular: como processo sistemático de participação na formação,
fortalecimento e instrumentalização das práticas e dos movimentos populares com o
objetivo de apoiar a passagem do saber popular ao saber orgânico (saber da comunidade
para o saber de classe na comunidade).
3º a Educação do sistema: educação (oficial) que segue os valores e regras dos polos
dominantes da sociedade.
5. O analfabetismo e do não letramento do Adulto

Então depois de aqui nos problematizarmos um pouco mais sobre a EJA e suas múltiplas
definições, vamos abordar o tema de analfabetismo. Porém, não falaremos aqui sobre o
analfabetismo geral, vamos ser mais específicos puxando para o analfabetismo dos
adultos.

“O analfabetismo é a expressão da pobreza, consequência inevitável de uma estrutura


social injusta.” (GADOTTI, 2011).

Porém, o pior analfabetismo acontece pela omissão, negação do direito de alfabetização


na idade certa por parte dos opressores (burgueses, classes abastadas), que fazem o
sistema de ensino básico ser precário, ocasionando que esses indivíduos não tenham uma
alfabetização adequada.

Atrelado a isto, este indivíduo cresce e por conta da vida adulta, não consegue se
alfabetizar da maneira mais correta, pois, tem novas condições mais objetivas como o ter
que trabalhar para ter salário, sustento da casa, a própria moradia e etc.

A escola necessita não somente formar sujeitos sociais alfabetizados, mas também
letrados. Os professores, seguindo ao legado que Paulo Freire, tem que ser libertadores,
sendo capaz de despertar o desejo de alfabetizar e letrar do indivíduo. Mas quem falou
que o adulto não é letrado e alfabetizado? Existem inúmeras formas de alfabetizar e letrar
os adultos, porém o que afirmamos aqui é a necessidade de uma alfabetização e
letramento culto que não pode ser passado para o indivíduo somente através da escola.

“Até hoje, é o desejo de aprender a ler e escrever palavras e textos que circulam em nossa
sociedade que leva jovens e adultos analfabetos a irem/retomarem à escola, as salas de
aulas de alfabetização. (LEAL, ALBUQUERQUE, MORAIS, 2010, P. 15).

Suzana Schwartz (2010, p.41), diz que o objetivo do trabalho didático-alfabetizador é


contribuir para que os sujeitos se tornem usuários autônomos da linguagem.
6. Educando e seus Educadores

Não poderíamos aqui falar tanto das inúmeras formas de educação popular sem pelo
menos entendermos as duas principais engrenagens fundamentais para que o ato
educativo aconteça. Os educandos e seus educadores.

6.1. Educandos

Para que possamos falar um pouco sobre os educandos, temos que responder à alguns
questionamentos sobre eles. Quem são? Quais as suas perspectivas? O que os levaram a
abandonar o ensino regular? Por que a EJA?

Essas são algumas das perguntas principais que precisamos responder para entender os
alunos da EJA, porém não são as únicas, sendo os educandos dotados de inúmeros
questionamentos sobre seu retorno a escola e a sua aquisição de conhecimentos.

Então agora vamos começar a responder aos questionamentos. Os alunos da EJA, são
aqueles que não tiveram a possibilidade de concluir os seus estudos no seu tempo regular.
Ele vem agora buscar sua inserção nesta sociedade, que na maioria das vezes é entendida
como “falsa erudita”, onde o mercado “capital”, busca cada vez mais pessoas com
elevados graus de letramento. Mais quem afirma que esses educandos não são letrados?
Ninguém, ou melhor, o mercado. Acreditamos aqui que todo o ser social ele tem seu grau
de letramento individual, isto por que, não podemos deixar de considerar o letramento
fora da escola. Este indivíduo busca o letramento dentro da escola, mas não deixou de
adquirir o seu letramento fora dela.
Esses educandos são os adultos, que um dia receberam uma educação bancária, que não
respeitava uma transferência mútua de conhecimentos, fazendo que conteúdos fossem
depositados em cada um. Graças a Paulo Freire, esta concepção foi bastante criticada,
principalmente em seu livro Pedagogia do Oprimido, que retrata justamente a opressão
que esses estudantes receberam de opressores, que não são os professores, mas todo o
sistema educativo. Os educandos da educação popular eram tratados com preconceitos e
hoje este preconceito ainda não deixou de existir, mas, acontece em insignificante
quantidade, por aqueles que ainda insistem em oprimir quem não merece ser oprimido.

A falsa caridade, da qual decorre a mão estendida do “demitido da vida”,


medroso e inseguro, esmagado e vencido. Mão estendida e trêmula dos
esfarrapados do mundo, dos “condenados da terra”. A grande
generosidade está em lutar para que, cada vez mais, estas mãos, sejam de
homens ou de povos, se estendam menos em gestos de súplica. Suplicas
de Humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãos
humanas que trabalhem e transformem o mundo. (FREIRE, 1997:42).
Esta citação do mestre Paulo Freire, refere-se justamente ao que o educando sofreu e
ainda sofre ao longo do tempo. Vivem em uma sociedade em que precisam todos os dias
se curvarem a aqueles que são seus opressores. Por isso, o novo conceito de educação
libertadora proposta por Freire, diz que os conhecimentos adquiridos por todos os
educandos devem ser sempre considerados, pois, somente se conhece o que é bom
quando se conhece o ruim.

Por isso a perspectiva desses educandos aparece na sua fome de adquirir novos
conhecimentos, se atualizar cada vez mais para assim poder ser mais liberto de um
sistema onde opressores oprimem e oprimidos são sofridos. Porém vale salientar aqui,
que não adiantará uma mutua transferência de conhecimentos sem que mútuas
experiências sejam respeitadas. Ai a importância do professor, que ao nosso ver, está
entre os dois lados, o do opressor e do oprimido. Profissional este que tem o dever de
transmitir e respeitar conhecimentos e transferências, eliminando qualquer preconceito
existente.

Na medida em que esta visão bancária anula o poder criador dos


educandos ou o minimiza, estimulando sua ingenuidade e não sua
criticidade, satisfaz ao interesse dos opressores: para estes o fundamental
não é o desnudamento do mundo, a sua transformação. O seu
“humanitarismo”, e não humanismo, está em preservar a situação de que
são beneficiários e que lhes possibilita a manutenção de sua falsa
generosidade. (FREIRE, 1997:83).
Esta citação de Freire nos indica o real interesse que os opressores têm com os seus
educandos sejam em ensino regular e principalmente na Educação Popular. Não querem
indivíduos críticos e sim indivíduos passivos, domáveis, obedientes, para que eles possam
através de sua falsa erudição controlar tudo e todos. Vale salientar que quando utilizamos
o termo “falsa erudição”, queremos chamar à atenção para dizer que este saber dito
erudito por parte dos opressores, o saber oficial, não é o saber correto a ser seguido, pois,
cada ser social busca em seu individualismo, seus próprios interesses de aprendizagem.
Então, o saber erudito é como uma mistura de todos os saberes em busca de uma
perspectiva que atenda a todas as classes sociais, respeitando umas às outras, sem que
nenhuma seja tida como maior ou melhor que outro. É como um equilíbrio para que a boa
criticidade seja alcançada e a opressão não aconteça.

Agora retornando ao assunto, queremos aqui, concordar com mais uma citação de Freire,
sobre a espécie de lavagem cerebral que é feita nos oprimidos para que eles ajam como
querem seus opressores:

“Na verdade, o que pretendem os opressores “é transformar a mentalidade dos oprimidos


e não a situação que os oprime”, e isto para que, melhor adaptando-os a esta situação,
melhor os dominem”. (FREIRE, 1997:84).

Caso este objetivo não seja alcançado, a da concepção práxis bancárias, os oprimidos
recebem o nome de “assistidos”, mas que são marginalizados e discriminados pela
própria sociedade oprimida pelo simples fato de não serem dominados e não se
encaixarem na perspectiva da opressão, que é a de formar cidadãos cada vez mais
controlados e passivos.

6.2. Os Educadores

Acima pudemos entender quem são os alunos da Educação de Jovens e Adultos e o por
que eles assim procuram tal modalidade de educação. Agora buscaremos aqui entender
quem são os educadores da EJA. Esses profissionais são Pedagogos? Profissionais do
Magistério? Existe alguma formação específica para os profissionais da EJA? É uma
modalidade educacional que está além do curso de Pedagogia? E quando o curso de
pedagogia e seu currículo dão conta da EJA? Esses são alguns questionamentos que
tentarei esclarecer aqui, levando em conta as ideias de Paulo Freire e Suzana Schwartz.

“O objetivo do trabalho didático-alfabetizador é contribuir para que os sujeitos se


tornem usuários autônomos da linguagem”. (Schwartz, 2010:41).
O professor alfabetizador, não deve contemplar somente o sistema de linguagem e tornar
o estudante, que é um ser de muita luz, autônomo dessa linguagem e da escrita. O
professor é, segundo Paulo Freire, o libertador deste aluno para a vida.

Temos que considerar o estudante da EJA como um ser já com vida praticamente
conclusa, o que lhe falta é só a liberdade que o professor tem o papel de lhe dar, através
da transferência dos múltiplos conhecimentos. Queremos então chamar a atenção, que o
ato de ensinar não é só o método de transferência de conhecimentos, mas também o ato
de respeitar o conhecimento já adquirido dos seus alunos, realizando a soma de suas
experiências já existentes com as que o próprio professor terá que transferir, o que
chamamos então de troca de saberes.

Então, o ato de transferir conhecimento vai muito além de ensinar, de aprender, e até
mesmo vai mais além do fazer. Transferir conhecimentos requer necessidades
extraordinárias de respeito e de conhecimento por parte do professor que na maioria das
vezes não é encontrado em livros ou aprendidos nas faculdades. Cabe aos professores
usarem sua inteligência para assim poder perceber a necessidade real de cada aluno e de
cada turma e assim poder andar com seus alunos, juntos, em um caminho repleto de
conhecimentos e boas experiências.

(Schwartz, 2010) diz que o professor necessita refletir sobre sí, primeiramente, de forma
crítica, sobre que teorias ele vai seguir afim de ter clareza sobre que correntes teóricas ele
irá seguir para embasar sua prática, e decidir que tipo de aluno ele quer formar. São eles:
a. Um aluno copista: que não reproduz, que não transfere e consequentemente não
aprende. É o tipo de aluno que existe na escola somente para copiar o que o
professor escreve no quadro, não opina, não aparece para o professor, não entende,
quer só terminar o seu estudo na escola e receber sua ficha de conclusão do curso,
seja ele fundamental ou médio. Geralmente este tipo de aluno não estuda, e utiliza o
método de decoração do que é escrito pelo professor em sala de aula. Esse é o perfil
do professor “Professauro”, fazendo referência ao livro professores e professauros
de Celso Antunes, onde é possível enxergar que é o professor que não está muito
preocupado se o aluno aprendeu; este professor deposita o conteúdo estando mais
preocupado no deposito do que na aprendizagem.
b. Um aluno reprodutor de ideias: é aquele que não é autônomo de fato. É incapaz,
ou melhor, não consegue ter ideias próprias por que a prática docente não lhe
permite tal. Às vezes pensa que é mais fácil reproduzir o que o professor fala, pois
acha mais cômodo, do que pensar e tirar suas próprias conclusões, e as vezes esse
aluno chega às suas conclusões tendo ideias maravilhosas, mas, devido a autoridade
ainda militar do professor, prefere guardar pra si sua opinião e reproduzir a opinião
do outro. Este professor dito por mim como militar, faz jus ao professor autoritário
que prefere impor sua opinião, ao invés de transferir e respeitar ideias. É o
professor que pensa que é o dono da verdade, o detentor de todo conhecimento e
que o aluno é a mais pura tábua rasa, independente de esse aluno ter ou não
experiências que possa ser trocada.
c. Um ser pensante, e autônomo: Este é aquele aluno que pensa, tem criticidade e
opinião própria. É o aluno que tem suas experiências e conhecimentos respeitados
pelo professor. Ele não recebe depósitos de conhecimentos e conteúdos, aprende a
respeitar opiniões e impõe respeito as suas, é capaz de construir um conhecimento
rico com toda a sala de aula, além de ajudar o professor no ato mais importante; o
de aprender de fato tudo que lhe é passado. Este professor por sua vez, é o
questionador, o que desperta o interesse do aluno em enxergar as coisas da maneira
correta, além de aumentar a cede de seus alunos em aprender. É um profissional
inteligente e ao mesmo tempo inquieto que só fica satisfeito quando todos os seus
alunos conseguem ser de fato autônomos em suas ideias e em seus pensamentos.
Tendo em vista que discutimos ainda aqui um pouco sobre o perfil de alguns
profissionais de educação, introduzimos aqui o que observamos estar bastante presentes
nas mais variadas e inúmeras salas de aula espalhadas pelo país. Mas ainda pode se dizer
aqui que é necessário que aja uma mudança na maneira de como parte dos professores
enxergam os seus alunos e passá-los a enxergar da forma correta. Então para que isto
aconteça é necessário ao professor:

i. Enxergar os alunos como são sujeitos inteligentes, que desenvolveram suas


estratégias de sobrevivência na cultura escolar;

ii. Considerar que esses sujeitos chegam a sala de aula com conhecimentos já
construídos;

iii. Reconhecer a necessidade de diagnosticar cientificamente os saberes dos alunos,


bem como os motivos reais que levam esses sujeitos adultos a querer e necessitar
aprender e transferir o conhecimento, a ler e a escrever, a pensar e a criticar;

iv. Considerar que esses sujeitos já tiveram no passado uma tentativa de aprendizagem
que acabou por ser frustrada pela vida, fazendo-os de certa forma fracassarem. Este
sentimento de fracasso pode desencadear neste indivíduo a falsa sensação de
incapacidade de aprendizagem e desencadeá-lo para o sentimento de desamparo
para com a aprendizagem.

Agora vamos dar continuidade a reflexão sobre outros aspectos inerentes ao professor de
jovens e adultos.

O professor alfabetizador e seus saberes


O saber do professor está constituído em suas experiências, crenças, convicções, valores,
ideias, princípios, algumas correntes teóricas e principalmente em suas estratégias de
atuação que organiza, justifica e executa sua ação.

O saber do professor vai muito além de algo aprendido por ele no ensino superior em seu
curso de licenciatura. Há poucos anos atrás, era o profissional que tinha o curso de
magistério, o “capaz” de alfabetizar os alunos, fossem eles crianças ou adultos. Ainda
hoje temos muitos desses profissionais dentro dos ambientes escolares, e queremos
destacar aqui a importância destes professores que tem como formação o Magistério,
como de suma importância para o ato educativo. Porém são os pedagogos que tem de
suprir hoje a demanda educacional existente no país, pois, os profissionais com a
formação de magistério não conseguem mais dar conta sozinhos da educação e do ato de
educar, principalmente na EJA.

Mas continuando o raciocínio, os professores alfabetizadores hoje, são os responsáveis


por, principalmente, formar alunos a ler e escrever. São os verdadeiros soldados em pró
da erradicação do analfabetismo, e o que os governantes chamam de analfabetismo
funcional. Este tipo de analfabetismo corresponde ao indivíduo que não sabe ler e
escrever. A ideia de ser alfabetizado é a de que os indivíduos que saibam pelo menos
escrever seu próprio nomes, são alfabetizados.

Bem, o que realmente enxergamos é que a alfabetização vai muito além de ler e escrever
e é isso que queremos discutir neste tópico.

Percebemos então que a Educação de jovens e adultos se encontra, de certa forma,


anestesiada devido as grandes agressões sofridas, ocasionando um choque em sua
identidade. Para que se possa recuperá-la, de alguma forma, é necessário que se realize
uma contraposição com as três instâncias do atual sistema de ensino. São Elas:

 Dimensão política, que vai muito além da escola, está presente em todo o sistema
educativo e é regida pelo órgão máximo como esferas de governos e secretarias de
educação;

 Dimensão Gerencial, que é mais ligada a gestão da educação e não compreende, ao


que entendo, somente ao sistema político, mas também a gestão do ambiente
educativo em particular;

 Dimensão pedagógica, entende-se que é a principal por se tratar da sala de aula,


ambiente mais específico, compreendendo exclusivamente o professor como
autoridade máxima dentro de sala de aula, capaz de nortear seus alunos para seguir
em frente. É a dimensão mais peculiar, se posso assim chamar, por se tratar do ato
pedagógico compreendendo sempre os alunos e o professor.

“Na atuação pedagógica deve ser acrescentada a dimensão educativa, que lhe é imputada
por força de sua própria definição institucional. O professor é um educador... e, não
querendo sê-lo, torna-se um deseducador. ” (GADOTTI, ROMAO, 2011:71)

Esta citação acima do artigo de José Romão, sintetiza um pouco o que dizer sobre o papel
do professor na formação do indivíduo. Porém concordamos com ele quando diz que o
professor passa a também ser um deseducador. Então, assim como um professor que não
segue normas oficiais de educação e que é visto por toda a dimensão política e gerencial,
como o profissional que não educa, logo deseduca. Mas, então fica a pergunta no ar:
como deseducar alguém que ainda não foi educado? É controverso! Mas vamos
responder perguntando: mas que tipo de educação eles estão se referindo? É certo que o
conceito de educação escolar mudou, e muito, ao longo dos anos, cabendo hoje inclusive
para a escola, a educação doméstica, mas quando eles dizem que o professor deseduca,
estão querendo dizer que não é aplicado pelo professor a educação oficial, a planejada
pelos governantes cada vez mais burgueses que acham ser dotados de inteligências
eruditas, mas, esquecem cada turma tem sua especificidade, seu tempo, seu momento, sua
peculiaridade, sua fome de aprendizagem, e o mais importante, seu objetivo, seja em
grupo ou seja pessoal.
Em síntese parecem pequenos e frágeis os ombros do professor, face as
dimensões, ao peso e à complexidade do fardo a suportar tirocínio
político, capacidade gerencial e competência pedagógica – agravada com
a responsabilidade educativa. (ROMÃO, GADOTTI, 2011:72).
Agora vamos abordar aqui um tema bastante complexo sobre a Educação de Jovens e
Adultos, que é a legislação. Esta é uma das partes principais deste trabalho que merecem
um olhar mais profundo acerca da compreensão das leis e suas emendas destinadas a esta
modalidade.
Aqui iremos abordar um pouco sobre o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
nº 9394/96, as resoluções CNE/CEB nº1 de 2000, o parecer CEB 11/2000, o Art. 208 que
compreende o dever do Estado com a Educação e suas modalidades, e as Confinteas.

“[...] uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso
a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora
dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de
riquezas e na elevação de obras públicas.” ¹.
(http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfAikAH/eja-legislacao#acesso
em 20 de Agosto de 2015)

7. CEB/CNB 11/2000

O primeiro documento legislativo que discutiremos aqui é o parecer CEB 11/2000, que
nos dá um norte do que tem e o que é a EJA a partir de sua homologação.

“É importante reiterar, desde o início, que este parecer se dirige aos


sistemas de ensino e seus respectivos estabelecimentos que venham a se
ocupar da educação de jovens e adultos sob a forma presencial e semi-
presencial de cursos e tenham como objetivo o fornecimento de
certificados de conclusão de etapas da educação básica. Para tais
estabelecimentos, as diretrizes aqui expostas são obrigatórias bem como
será obrigatória uma formação docente que lhes seja conseqüente.” (CEB
11/2000: 4).
Esta citação acima do texto do parecer nos introduz que o parecer foi feito para
regulamentar a EJA como modalidade da educação básica, norteando todos os ambientes
educacionais que trabalham com a EJA, que devem ofertar aos seus estudantes uma
educação de qualidade através de um currículo atualizado e de professores habilitados
para assumir tais turmas desta educação.

Então, sem querer desmerecer o profissional do magistério, esta é uma modalidade


educacional onde, segundo o parecer, cabem os pedagogos assumirem tais
responsabilidades. Eles são os profissionais que recebem formação e habilitação
especifica para a EJA devido as disciplinas existentes nos currículos dos cursos de nível
superior das mais variadas IES.

“Estas diretrizes compreendem, pois, a educação escolar, que se desenvolve,


predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. (art.1º , § 1º da LDB).”
(CEB 11/2000:4).

Isto não impede, porém, que as diretrizes sirvam como um referencial


pedagógico para aquelas iniciativas que, autônoma e livremente, a
sociedade civil no seu conjunto e na sua multiplicidade queira
desenvolver por meio de programas de educação no sentido largo
definido no caput do art. 1 º da LDB e que não visem certificados oficiais
de conclusão de estudos ou de etapas da educação escolar propriamente
dita. (CEB 11/2000 :4).
Sendo assim, o texto do parecer regulamenta o ensino da EJA nas escolas, sejam elas
públicas ou privadas, além de nortear os mais diversos espaços educativos que atual com
jovens e adultos. Enxergamos então que este parecer é um documento de suma
importância quando regulamenta a educação de jovens e adultos além de abraçar
programas que se utilizam desta modalidade da educação básica para resgatar jovens e
adultos, levando-os esperança e realizações.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

As presentes condições sociais adversas e as seqüelas de um passado


ainda mais perverso se associam a inadequados fatores administrativos de
planejamento e dimensões qualitativas internas à escolarização e, nesta
medida, condicionam o sucesso de muitos alunos. A média nacional de
permanência na escola na etapa obrigatória (oito anos) fica entre quatro e
seis anos. E os oito anos obrigatórios acabam por se converter em 11
anos, na média, estendendo a duração do ensino fundamental quando os
alunos já deveriam estar cursando o ensino médio. Expressão desta
realidade são a repetência, a reprovação e a evasão, mantendo-se e
aprofundando-se a distorção idade/ano e retardando um acerto definitivo
no fluxo escolar. (CEB 11/2000:4).
O texto acima do parecer nos faz uma referência de quem são esses jovens e adultos que
não concluem os seus estudos em idade certa, seja ele no fundamental ou no ensino
médio. Esse assunto já foi discutido nos capítulos anteriores, mas foi abordado de forma
muito inteligente pelo presente documento estudado e que continua...

Mesmo assim, deve-se afirmar, inclusive com base em estatísticas


atualizadas, que, nos últimos anos, os sistemas de ensino desenvolveram
esforços no afã de propiciar um atendimento mais aberto a adolescentes e
jovens tanto no que se refere ao acesso à escolaridade obrigatória, quanto
a iniciativas de caráter preventivo para diminuir a distorção idade/ano.
Como exemplos destes esforços temos os ciclos de formação e as classes
de aceleração. (CEB 11/2000 : 5).
Nesta citação acima, o documento reconhece os esforços feitos por todos os sistemas de
ensino para amenizar as taxas de analfabetismos e conclusão dos cursos por parte dos
jovens e adultos. Com isso, reconhece os programas de supletivos como grandes
programas de aceleração para diminuir a distorção de idade/ano existente.

Nesta ordem de raciocínio, a Educação de Jovens e Adultos (EJA)


representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram
acesso a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola
ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição
de riquezas e na elevação de obras públicas. (CEB 11/2000:5).
O documento nos seus conceitos para com a EJA reconhece o grande déficit existente
com os mais diversos indivíduos que, de certa forma, tiveram seus direitos a educação
negados pelo próprio estado e situações da vida adversas, e que precisaram se evadir do
ensino regular para de certa forma construir o futuro do país. Com isso, muitos findam
em não aprenderem a ler e escrever, principalmente na idade certa, aumentando o índice
de analfabetismo no Brasil. É importante entendermos que a “EJA é uma categoria
organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções
específicas. ” (CEB 11/2000: 5).
Concordamos então, que o presente documento repudia, de certa forma, a discriminação
entre etnias e posições sociais para com os educandos, tendo em vista que o próprio
documento entende, em suas entrelinhas, que o Estado é um dos maiores omissos e
responsáveis pela grande estatística de analfabetismo no país. É importante chamar a
atenção para o entendimento do texto para o nível de letramento destes indivíduos, que,
possuem uma rica carga de conhecimentos prévios que se acrescentados a escolarização,
educação, alfabetização, tornam o ensino-aprendizagem mais rico, tornando este
indivíduo mais interessado em alcançar os seus objetivos. Cabe ainda aqui expressar que
não estamos de acordo com o texto quando considera o letramento algo diretamente
ligado a alfabetização. Vejamos que letramento é algo que não pode ser separado do ato
de alfabetizar, mas que ele existe no ser analfabeto por considerar que o letramento são
todas as experiências e conhecimentos prévios individuais.

Quando o indivíduo passa a ser privado deste processo por parte do Estado e de todas as
situações da vida adversas, ele perde a oportunidade de conviver, com certa harmonia,
com esta sociedade contemporânea. É a partir daí que a própria sociedade, na qual este
indivíduo está inserido, passa a discrimina-lo.

Para ilustrar um pouco, trazemos a seguinte citação da professora Magda Soares (1998),
presente inclusive no documento:

...um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e


economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita
têm presença forte, se se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por
um alfabetizado, se recebe cartas que outros lêem para ele, se dita cartas
para que um alfabetizado as escreva, ..., se pede a alguém que lhe leia
avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa
forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais
de leitura e de escrita. (p. 24).
Fazendo a análise deste documento, que por sua vez é de difícil entendimento por se
tratar de um texto oficial, idealizado em uma outra realidade educacional e com
pensadores da educação, de certa forma, “dinossauros”, e “falsos eruditos”, fico muito
feliz que o documento reconheça que o problema de se educar no país, em especial os
Jovens e Adultos, venha desde a época, ao que entendo, do Brasil colônia. Vejamos com
bastante atenção a citação a seguir:

No Brasil, esta realidade resulta do caráter subalterno atribuído pelas


elites dirigentes à educação escolar de negros escravizados, índios
reduzidos, caboclos migrantes e trabalhadores braçais, entre outros.
Impedidos da plena cidadania, os descendentes destes grupos ainda hoje
sofrem as consequências desta realidade histórica. Disto nos dão prova as
inúmeras estatísticas oficiais. A rigor, estes segmentos sociais, com
especial razão negros e índios, não eram considerados como titulares do
registro maior da modernidade: uma igualdade que não reconhece
qualquer forma de discriminação e de preconceito com base em origem,
raça, sexo, cor idade, religião e sangue entre outros. Fazer a reparação
desta realidade, dívida inscrita em nossa história social e na vida de
tantos indivíduos, é um imperativo e um dos fins da EJA porque
reconhece o advento para todos deste princípio de igualdade. (pág. 7).
Vejam que o documento nos quer dizer que a EJA vem para legitimar todos como iguais.
Jovens e Adultos são iguais as crianças quando o assunto é aprender, serem alfabetizados,
letrados. A história social começou a ser tratada como “passado” de verdade, e a nova
história que começou a ser escrita de verdade, passa a entender que esses jovens têm um
futuro e que não podem mais ser discriminados.

Deste modo, a função reparadora da EJA, no limite, significa não só a


entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito
negado: o direito a uma escola de qualidade, mas também o
reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser
humano. Desta negação, evidente na história brasileira, resulta uma
perda: o acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. (pág.
7).
Vejamos que a escola, sempre foi uma instituição negada aos pobres, o que resultou num
déficit educacional que aumentou significativamente com o passar das décadas. O
presente documento então, visa diminuir esta falta de oportunidade de acesso à educação,
buscando a reparação a longo prazo desta desordem. É verdade que com o passar do
tempo as sociedades se modificaram e se adaptaram as novas realidades educacionais
pertinente às suas épocas, mas sempre com a vontade do ter mais, do conseguir mais
direitos, principalmente o direito a educação de qualidade. Então para suprir tal demanda,
viu-se necessário uma regulamentação da tão utilizada educação popular no país,
garantindo assim os direitos universais a todos os seres sociais.

7.1. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EJA, BASES


LEGAIS VIGENTES

Segundo o Parecer CEB 11/2000:

“A Constituição Federal do Brasil incorporou como princípio que toda e qualquer


educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (Pág. 22).

“Retomado pelo art. 2º da LDB, este princípio abriga o conjunto das pessoas e dos
educandos como um universo de referência sem limitações. ” (Pág. 22).
Assim, a Educação de Jovens e Adultos, modalidade estratégica do esforço da Nação em
prol de uma igualdade de acesso à educação como bem social, participa deste princípio e
sob esta luz deve ser considerada. (Pág. 22).

Então o art. 208 da constituição federal diz claramente:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita


para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria; (CEB 11/2000:22)

A própria constituição federal em seu artigo citado acima, nos diz que existe uma
importância na alfabetização dos jovens e adultos que vivem no país e que não
concluíram seus estudos em idade correta ou sequer chegaram a estudar. Cabe ao Estado,
unidade federativa, ofertar uma educação adequada para todos os estudantes
matriculados. Isto inclui a EJA por ser necessário que haja a integração social desse
indivíduo, onde isso acaba não sendo somente competência da escola, e também dentro
do ambiente educativo. Isso é o que chamamos de igualdade de acesso. Todos têm direito
de concluir seus estudos, seja em que período for, seja em idade certa ou não. Temos que
entender também que o acesso a educação no século passado entre meados das décadas
de 1970 e 1980era mais difícil, os jovens acabavam por sair da escola para ter que
trabalhar, a era da globalização ajuda, de certa forma, com a evasão escolar de jovens que
ficam adultos e que depois tem que concluir seus estudos para continuarem inseridos no
mercado de trabalho. Mas me parece um relógio onde uma engrenagem necessita, e
muito, da outra para funcionar, um círculo vicioso, onde o estado necessita de mão de
obra para crescer, e por sua vez, essa mão de obra precisa do estado, e para que haja um
certo equilíbrio, é necessário que este indivíduo tem que se qualificar, e para que essa
qualificação ocorra, o indivíduo primeiro precisa terminar os seus estudos. É mais ou
menos assim que funciona, porém, a todo o tempo temos uma educação, infelizmente,
voltada para o mundo do trabalho e não para autonomia e liberdade.

Então, encerramos aqui, este tópico que fala um pouco do parecer 11/2000, onde trouxe
aqui o que entendemos sobre tal documento. Esperamos aqui trazer para o conhecimento
de todos, um pouco do que é abordado no documento, pois, tudo que foi abordado aqui,
temos como primordial para que avancemos nesta modalidade. Vejamos ainda que tal
parecer deveria passar por um processo de atualização, pois, enxergamos que o texto não
consegue mais dar conta dos cursos e currículos da EJA na realidade contemporânea. A
educação e a forma de educar vem se modificando todos os dias e por isso chamo aqui a
atenção para uma urgente reformulação do documento, mesmo sabendo que talvez isto
não aconteça muito brevemente.

Para finalizar, concordamos com o documento, em sua maioria, na forma de pensar a


Educação de Jovens e Adultos. Esse parecer nos faz avançar educacionalmente de uma
forma mais humana com um olhar de que cada vez mais é possível transformar e
transferir conhecimentos.
8. LDB 9394/1996

Bem, vamos agora discutir um pouco sobre o que diz a LDB da Educação de Jovens e
Adultos. Porém, antes de mais nada, cabe dizer aqui que a lei em sua seção V, trata muito
pouco sobre a EJA, porém reconhecemos que a referida lei traz um avanço a esta
modalidade. Podemos ainda salientar que todas as citações aqui, serão retiradas
diretamente da própria lei e será referenciada no fim deste trabalho conforme as regras da
ABNT vigentes.

“Art. 37º. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso
ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.”

Sendo assim, todo jovem ou adulto que por algum motivo, situação adversa, não
conseguira concluir seus estudos, seja em nível fundamental ou médio, terá garantido seu
direito de dar continuidade aos seus estudos. A oferta destes cursos da EJA poderão ser
ofertados por diversos sistemas educacionais, como por exemplo:

a. Escolas públicas sejam elas estaduais ou municipais;

b. Escolas privadas;

c. Ong’s;

d. Ambientes privados, com autorização prévia do o MEC para que possa ser
ministrado tal curso fora do ambiente escolar.

Ou seja, a lei abrange, de certa forma, que tanto o 1º quanto o 2º e 3º setores possam
ofertar a EJA com a finalidade de erradicar o analfabetismo e evasão de estudantes dentro
do ambiente escolar. Torna-se muito importante a oferta desta modalidade educacional da
educação básica em ambientes, principalmente, não escolares, pois, assim podemos
diminuir significativamente os altos índices de analfabetismo que temos no país.

O § 1º da LDB diz:
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características
do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
cursos e exames.
Observem que o texto remete para uma situação onde os sistemas de ensino tem a
obrigação de assegurar oportunidades apropriadas para os alunos que não conseguiram
terminar seus estudos em idade regular, porém, ainda hoje, tendo em vista a lei tem mais
de 20 anos, não conseguimos ofertar estas tais oportunidades, tendo em vista que existem
muitas entrelinhas para o macro sistema educacional que termina por inviabilizar,
inclusive, investimentos para a área educacional. Não vejamos isto somente na
perspectiva do investimento financeiro, mas também na perspectiva dos investimentos
pedagógicos e psicológicos.

“§ 2º. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador


na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.”

Em partes, este pensamento onde diz que é dever do Estado de viabilizar uma educação
que qualifique para o mercado de trabalho, mas, não deve ser uma educação voltada para
o sistema de capital, ou seja, que não deve ser uma educação que forma somente para o
mercado de trabalho. Temos que entender que esses alunos da EJA em sua maioria já
estão inseridos no mercado de trabalho, faltando apenas uma formação acadêmica para
cada indivíduo inserido nela. A educação só passa a ter sentido quando ela tem sua
perspectiva voltada para a formação do ser autônomo e crítico. Quando estas perspectivas
não conversam entre sí, e só um desejo especifico prevalece, isto deixa o ato educativo
cada vez mais fraco.

9. LEI 11.741/2008
A lei 11.741 de 16 de julho de 2008, foi sancionada pelo então presidente da república
Luiz Inácio Lula da Silva, visando alterações e complementos importantes a LDB
9394/1996. Iremos então fazer um recorte da referida lei para a EJA.

No artigo 37 a lei muda, de certa forma, o objetivo dos cursos da EJA. Veja:
“§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a
educação profissional, na forma do regulamento.” (NR).”
Sendo assim, a EJA passa a ter um olhar, já descrito de certa forma pela LDB, mais
profissional. Vai formar o cidadão não alfabetizado ou que não concluiu os estudos no
tempo certo, para o mercado de trabalho, o que critico no tópico 3.2. Sendo assim, o
campo da educação profissional e da EJA andarão sempre lado a lado, sendo sempre
integrados, construindo mesmo um currículo voltado para a aprendizagem necessária
para o indivíduo entrar mais fácil no mercado de trabalho.

Entendemos que esse indivíduo necessita estar inserido no mercado, porém continuo aqui
discordando desta maneira de integração da educação profissional e da EJA. O cidadão
tem que ser formado para de fato ser “cidadão”.

10. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1/2000

A resolução CEB de nº 1 de 05 de julho de 2000, é de suma importância para a Educação


de Jovens e Adultos, por estabelecer as diretrizes nacionais para a EJA, sendo assim, a
resolução vem nortear os currículos para a EJA nos mais diversos ambientes escolares.
Vale salientar que todas as citações serão inteiramente retiradas da lei oficial e
referenciadas conforme a ABNT no fim deste trabalho.

Art. 1º Esta Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação de Jovens e Adultos a serem obrigatoriamente observadas na
oferta e na estrutura dos componentes curriculares de ensino fundamental
e médio dos cursos que se desenvolvem, predominantemente, por meio
do ensino, em instituições próprias e integrantes da organização da
educação nacional nos diversos sistemas de ensino, à luz do caráter
próprio desta modalidade de educação.
Art. 2º A presente Resolução abrange os processos formativos da
Educação de Jovens e Adultos como modalidade da Educação Básica nas
etapas dos ensinos fundamental e médio, nos termos da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, em especial dos seus artigos 4º, 5º ,37,
38, e 87 e, no que couber, da Educação Profissional.
O primeiro artigo, é uma introdução a tudo que será vigorado dentro da lei. Ele nos indica
que a partir da publicação da resolução, existirá uma diretriz curricular que ficará a cargo
dos órgãos federais competentes. Isto quer dizer que o currículo da EJA será único, não
sendo recortado e interpretado, ou até mesmo utilizado de formas diferentes por cada
sistema de ensino que atuem com a EJA. Além disso, a resolução fala que o currículo
deve respeitar as normas contidas na LDB, não fazendo a dissociação da mesma com a
educação profissional, como alterado na lei 11.741/2008.

Parágrafo único. Como modalidade destas etapas da Educação Básica, a


identidade própria da Educação de Jovens e Adultos considerará as
situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos
princípios de eqüidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e
contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de
um modelo pedagógico próprio, de modo a assegurar:
I - quanto à eqüidade, a distribuição específica dos componentes
curriculares a fim de propiciar um patamar igualitário de formação e
restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à
educação;
II- quanto à diferença, a identificação e o reconhecimento da alteridade
própria e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo
formativo, da valorização do mérito de cada qual e do desenvolvimento
de seus conhecimentos e valores;
III - quanto à proporcionalidade, a disposição e alocação adequadas dos
componentes curriculares face às necessidades próprias da Educação de
Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais as práticas
pedagógicas assegurem aos seus estudantes identidade formativa comum
aos demais participantes da escolarização básica.
Acima temos um texto maravilhoso em sua semântica, mas que deixa triste quando
condiz com sua prática. O texto é bem claro quando diz que é dever dos educadores e
principalmente dos sistemas de ensino considerar todos os conhecimentos já adquiridos
previamente integrando-os para a formação mais consciente do indivíduo autônomo.
Aqui a lei quer dizer que todos serão iguais e o currículo será igual, para todos, seja,
crianças jovens e adultos. Os conhecimentos e suas construções serão iguais, buscando
sempre a equidade necessária para o equilíbrio educacional.

Esta equidade vem para equilibrar o direito de todos frente a educação e inclusive nas
práticas pedagógicas, seguindo a perspectiva de que todos são dotados de deveres e
direitos, e que por isso todos são sempre iguais dentro e fora do ambiente escolar.

“Art. 6º Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e a duração dos cursos da
Educação de Jovens e Adultos, respeitadas as diretrizes curriculares nacionais.”

Cada sistema de ensino define, através dos seus conselhos estaduais de educação a carga
horária e a estrutura curricular para os cursos da EJA de cada unidade federativa. Essa
carga horaria deve ser cumprida respeitando o que entende os DCN’S.

“... em cursos de Educação de Jovens e Adultos, a matrícula e a assistência de crianças e


de adolescentes da faixa etária compreendida na escolaridade universal obrigatória ou
seja, de sete a quatorze anos completos.”

O curso da EJA só pode ser frequentado por Jovens a partir de 15 anos não tendo idade
limite para matriculas nos cursos. É terminantemente proibido a matricula por parte das
escolas de indivíduos que tenha idade inferior a idade estabelecida, mesmo que o jovem
já esteja inserido no mercado de trabalho. Nestes casos, deverá a escola matricular no
ensino regular nos turnos da manhã e tarde ou até mesmo a noite se houver.

11. CONFINTEA

Vamos aqui neste tópico discutir um pouco sobre a CONFINTEA (Conferência


Internacional de Educação de Adultos), que acontece a mais de 60 anos em vários
continentes do mundo. Podemos observar a partir do livro da UNESCO Brasil,
organizado por Timothy Denis Ireland e Carlos Humberto Spezia, Educação de adultos
em Retrospectiva: 60 anos de CONFINTEA, publicado em 2014 pela própria Unesco.
A CONFINTEA (Conferência Internacional de Educação de Adultos), desde seu início
teve o objetivo de discutir e produzir um documento que trouxesse o problema da
educação de adultos no mundo.

Até o momento, foram realizadas seis CONFINTEA’s em vários países do mundo, a


primeira na Dinamarca, onde suas perspectivas e discursões foram centralizadas na oferta
de uma educação mais aberta para os indivíduos, olhando as condições reais destes
indivíduos na sociedade.

Observamos que a I CONFINTEA aconteceu no fim da década de 40, onde o mundo


vivia um contexto de pós-guerra onde foram tomadas diversas medidas para que se
alcançasse a paz mundial.

Na primeira CONFINTEA participaram vários países, no qual, o Brasil não estava


participando, e ficou decidido que:

Os conteúdos da Educação de Adultos estivesse de acordo com as suas


especificidades e funcionalidades,
>que fosse uma educação aberta, sem pré-requisitos;
>que os problemas das instituições e organizações com relação à oferta
precisariam ser debatidos;
> que se averiguassem os métodos e técnicas e o auxílio permanente
> que a educação de adultos seria desenvolvida com base no espírito de
tolerância, devendo ser trabalhada de modo a aproximar os povos, não só
os governos e,
> que se levasse em conta as condições de vidas das populações de modo
a criar situações de paz e entendimento.
Já a II CONFINTEA que aconteceu no ano de 1960 no Canadá, houve um debate sobre a
necessidade de os países mais desenvolvidos ajudarem aos em desenvolvimento melhorar
a sua aprendizagem.

Cada país-membro elaborou seu relatório nacional com base nos


seguintes tópicos: 1. Natureza, objetivo e conteúdo da Educação de
Adultos; 2. Educação cidadã (in civics); 3. Lazer e atividades culturais; 4.
Museus e bibliotecas; 5. Universidades; 6. Responsabilidade para com a
educação de adultos; 7. Urbanização; 8. Educação das mulheres.
O principal resultado desta segunda Conferência foi à consolidação da
Declaração da Conferência Mundial de Educação de Adultos que
contemplava um debate sobre o contexto do aumento populacional, de
novas tecnologias, da industrialização, dos desafios das novas gerações e
a aprendizagem como tarefa mundial.
Na III CONFINTEA entendeu-se que era de grande importância chegar a um conceito
mais abrangente, mais amplo de educação, principalmente de adultos. Com isso, foram
sugeridas e criadas as categorias de ensino escolar e extraescolar, visando garantir a
educação integral dos indivíduos de qualquer idade. É a partir desta nova forma de
educação que se pensava chegar a um ápice de desenvolvimento educacional, econômico
e cultural dos países.

A III CONFINTEA aconteceu em Tóquio, no Japão, em 1972, discutiu e constatou,


então, que os ambientes escolares não dão conta de oferecer, sozinhos, essa educação
integral, concebendo que a educação de adultos é o fator de maior importância na
democratização e desenvolvimento da educação mundial.

A IV CONFINTEA, ocorrida no ano de 1985 na França, objetivou o direito de todos os


cidadãos, sejam eles crianças ou adultos, de uma educação de qualidade. Sua temática foi
“Aprender é a chave do mundo”, que faz referência à importância do direito de aprender
como o maior desafio da humanidade.

A V Confintea, e que foi tida a principal, aconteceu em Hamburgo no ano de 1997. Sua
realização teve a importante participação dos mais importantes e diferentes parceiros da
educação e principalmente da sociedade civil. Nesta Confintea foi elaborada a Declaração
de Hamburgo onde entendia que a educação de adultos é o cerne de todo o processo de
aprendizagem, seja ela formal ou informal, que fazem as pessoas desenvolverem suas
habilidades e seus conhecimentos.
É nela que os participantes reafirmam que apenas o desenvolvimento centrado no ser
humano e a existência de uma sociedade participativa, baseada no respeito integral aos
direitos humanos, levarão a um desenvolvimento justo e sustentável.

Vejamos o que diz o documento contido no livro Educação de Jovens e Adultos: uma
memória contemporânea 1996-2004 publicado pelo MEC em 2007:

Nós, participantes da V Conferência Internacional sobre Educação de


Adultos, reunidos na cidade de Hamburgo, reafirmamos que apenas o
desenvolvimento centrado no ser humano e a existência de uma
sociedade participativa, baseada no respeito integral aos direitos
humanos, levarão a um desenvolvimento justo e sustentável. A efetiva
participação de homens e mulheres em cada esfera da vida é requisito
fundamental para a humanidade sobreviver e enfrentar os desafios do
futuro. (Pág. 36).
A educação de adultos, dentro desse contexto, torna-se mais que um
direito: é a chave para o século XXI; é tanta consequência do exercício
da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade.
Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento
ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os
sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de ser um
requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência
cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça. A educação
de adultos pode modelar a identidade do cidadão e dar um significado à
sua vida. A educação ao longo da vida implica repensar o conteúdo que
reflita certos fatores, como idade, igualdade entre os sexos, necessidades
especiais, idioma, cultura e disparidades econômicas. (Pág. 36).
Nas citações acima, entendemos a preocupação da conferência com a educação de jovens
e adultos e a ressignificação do desenvolvimento humano. O documento se preocupa em
trazer uma paz mundial através da justiça e principalmente da democracia. Entende que é
necessário que sejam respeitados e repensados os seres humanos como um todo, quando
diz, por exemplo, que é preciso uma participação de homens e mulheres nas mais
variadas esferas da vida e assim enfrentar todos os desafios existentes no meio social.

Então neste momento, entendemos que as citações acima tentam discutir e por fim, são
nas discriminações existentes nos ambientes sociais. Não se pode construir um mundo
onde homem discrimina mulher, por exemplo, e é a educação que tem a responsabilidade
de mudar esta perspectiva retrógada de violência, e implantar uma nova perspectiva de
paz no mundo. É um trabalho muito difícil e pesado para a educação, mais com os
esforços de todos isto será possível, e é aonde a educação de adultos está muito bem
inserida pois, trabalha com pessoas com grande carga de experiências e conhecimentos
prévios para serem “lapidados”, em prol de uma sociedade mais humana. Por isso
entendemos o que a citação abaixo quis dizer:

A educação de adultos engloba todo o processo de aprendizagem, formal


ou informal, onde pessoas consideradas “adultas” pela sociedade
desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e
aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as
para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade. A educação
de adultos inclui a educação formal, a educação não-formal e o espectro
da aprendizagem informal e incidental disponível numa sociedade
multicultural, onde os estudos baseados na teoria e na prática devem ser
reconhecidos. (Pág. 37).
Ou seja, a educação de adultos é capaz de enriquecer o intelecto de aprendizagem,
desenvolvendo as habilidades humanas para que se tenha uma sociedade cada vez mais
humana e justa. A educação ocorre em todo lugar e a todo momento, seja na escola, no
meio doméstico ou na rua, sendo capaz de tornar a sociedade “multicultural”.

A CONFINTEA VI que ocorreu em 2009 na cidade de Belém, veio para estimular cada
vez mais o debate e a discussão acerca da educação de adultos.

“A CONFINTEA VI procurou fortalecer o reconhecimento da aprendizagem e educação


de adultos, como previsto na CONFINTEA V, numa perspectiva de aprendizagem ao
largo e ao longo da vida. (Ireland, Spezia, 2014:256).
“A meta primordial da CONFINTEA VI foi harmonizar a aprendizagem e educação de
adultos com outras agendas internacionais de educação e desenvolvimento e sua
integração nas estratégias setoriais nacionais. ”(Ireland, Spezia, 2014:256).

Ainda segundo (Ireland, Spezia, 2014:257), os objetivos desta CONFINTEA ocorrida no


Brasil era:

 Promover o reconhecimento da aprendizagem e educação de adultos como um


elemento importante e fator que contribui para a aprendizagem ao longo da vida,
sendo a alfabetização a sua fundação;

 Enfatizar o papel crucial da educação e aprendizagem para a realização das atuais


Agendas internacionais de educação e desenvolvimento (EPT, ODM, UNLD, LIFE
e DESD) e;

 Renovar o momentum e o compromisso político e desenvolver as ferramentas para


a implementação, a fim de passar da retórica à ação.

Uma das principais questões da VI conferência, foi o de avaliar e perceber os ainda altos
índices de analfabetismo existente entre jovens e adultos. Ainda nos dias atuais, tais
índices continuam sendo altos, porém vem sendo reduzidos gradativamente com o passar
dos anos e a inserção de novas medidas e metas educacionais por parte dos governos.

Foram cinco questões temáticas abordadas na última conferência, porém destacamos


aqui:

 a integração da educação de adultos e das políticas educacionais da aprendizagem


ao longo da vida, que visava adotar a aprendizagem e a educação de adultos como
estratégia para acelerar ainda mais sua concretização.

 Financiamento da educação de adultos, onde se defendeu a troca de pensamento de


gasto com a educação para investimento na educação, além de visar um
investimento a ser realizado pelo setor privado do país.
 Qualidade na educação de jovens e adultos, dizendo que é perigoso quando cada
sistema educacional constrói suas próprias definições de educação de adultos
visando uma certa qualidade entre outros.

 O papel do professor educador, onde a real qualidade da aprendizagem está


profundamente ligada ao ato educativo/didática do professor em seu âmbito
educacional, seja ele na escola ou em outro local educativo.

Com isso, é possível perceber que a última CONFINTEA vem para modernizar e
atualizar tudo que fora construído nas conferencias anteriores, trazendo um novo olhar e
objetivos atualizados para a educação de adultos. Percebe-se que questões de
investimentos e implantação de metas a Educação de adultos, tornou-se necessária para
que se tenha o avanço necessário nesta modalidade de ensino, visando cada vez mais a
erradicação do analfabetismo destes jovens e adultos existentes em todos os países do
mundo. Esta discussão amadurece cada vez mais a importância dos deveres que todos os
países têm, a curto prazo de acabar com o analfabetismo, além de mostrar que sozinhos
estes países não são capazes de acabar com o problema e trazerem soluções. Isto é uma
luta que somente todos, juntos, podem vencer.

Queremos dizer aqui que a EJA, Educação popular ou Educação de adultos, como é
chamada, é uma modalidade educacional ampla e complexa para ser discutida, devido a
legitimidade que esta corrente teórica tem no âmbito educacional.

É de suma importância destacar que sem os investimentos e discussões necessárias acerca


do tema, não podemos chegar a lugar algum, pois, só através das sínteses é que podemos
chegar à uma qualidade de ensino cada vez melhor.

Este trabalho acadêmico se mostrou tão específico como também tão amplo quando
abrange a educação de adultos como tema principal, pois, assim pudemos enxergar
através das discussões que o problema não está somente ligado a esta modalidade de
educação, sendo um problema de toda a educação. O déficit surge a partir da educação
regular, básica e de direito, que chegou a ser negado a esses indivíduos adultos, em algum
momento da vida, e que se não fosse por essa negação talvez não estivéssemos discutindo
tal tema.

Ainda queremos aqui chamar à atenção aqui para a importância das legislações vigentes
no Brasil acerca da Educação de jovens e adultos, que até certo ponto, buscam suprir as
necessidades educacionais dos indivíduos que buscam a realização de um sonho, sonho
de concluir seus estudos, de possuir seu diploma, de se sentir como um ser novamente
inserido numa sociedade cada vez mais agressiva e que visa somente o mundo do
trabalho, o mundo de capital. É necessário que esta perspectiva capitalista se sobreponha
cada vez menos as necessidades educativas e que a perspectiva justiça educacional
floresça como grande norteador da educação. A educação é um direito de todos e não
pode ser escondida dos que dela necessitam.

Acreditamos no potencial das CONFINTEA’s em discutir cada vez mais a educação de


adultos como tema de perspectiva plural. Concordamos com discussões das conferências
na perspectiva de que a educação é capaz de transformar as pessoas e as pessoas juntas
transformarem o mundo, ninguém consegue fazer nada sozinho, nem mesmo educar.

SCHWARTZ, Suzana. Alfabetização de jovens e adultos: teoria e prática. Rio de


Janeiro. Editora Vozes, 1998.
LEAL, T.F; ALBUQUERQUE, E.B.C; MORAIS, A.G. (org.).Alfabetizar letrando na
EJA: Fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte. Autêntica Editora,
2010.
SOUZA, Maria Antônia. Educação de jovens e Adultos. Curitiba. Editora IBPEX, 2007.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José. (org.). Educação de jovens e adultos: teoria,
prática e proposta. São Paulo. Editora Cortez, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2014
PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo. Editora
Cortez, 2010.
PAIVA, Jane; MACHADO, M,M; TIMOTHY, Ireland. (org.). Educação de Jovens e
Adultos: Uma memória contemporânea 1996-2004. Brasília. Virtual Books, 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=657-vol1ejaelt-pdf&Itemid=30192>.
Acesso em: 22 de Jan. de 2016, 10:30:00.
IRELAND, T.D; SPEZIA, C.H. (org.). Educação de Adultos em Retrospectiva: 60
anos de CONFINTEA. Brasília. Virtual Books, 2014. Disponível em:
<http://confinteabrasilmais6.mec.gov.br/images/documentos/educacao_adultos_retrospec
tiva_CONFINTEA.pdf>. Acesso em: 19 de Mar de 2016, 15:05:03.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília: Senado, 1988.
PARECER CEB 11/2000. In: SOARES, Leôncio. Diretrizes Curriculares Nacionais:
Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
Resolução CNE/CEB 1/2000. In: SOARES, Leôncio. Diretrizes Curriculares
Nacionais: Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

Publicado por: PEDRO AUGUSTO DE OLIVEIRA DINIZ

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo
Monografias. O Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado,
que é de total responsabilidade do autor. Para acessar os textos produzidos pelo site,
acesse: http://www.brasilescola.com.

 CIÊNCIAS HUMANAS

 CIÊNCIAS EXATAS

 PEDAGOGIA

 CIÊNCIAS DA SAÚDE
Leia essa análise sobre a tradução oficial do jogo "Life is Strange."

Já se perguntou sobre o papel da publicidade na advocacia?

Tenha noção dos impactos ambientais que uma companhia siderúrgica pode causar.

Não deixe de conferir esse estudo sobre a presença de audiência em telejornais.

Esse artigo traz o paradoxo de desenvolvimento de Macarás e a Mi

 RESUMO
 INTRODUÇÃO
 REFERENCIAL TEÓRICO
 Quadro Teórico
 ANDRAGOGIA
 O MODELO ANDRAGOGICO
 Aprendizagem Efetiva para o Desenvolvimento de Adultos
 METODOLOGIA
 CONCLUSÃO
 REFERÊNCIAS
 Márcia Rios Brandão

GONÇALVES, Maria de Lourdes [1], BRANDÃO, Márcia Rios [2]

GONÇALVES, Maria de Lourdes; BRANDÃO, Márcia Rios. Educação de Adultos


suas Dificuldades e Motivações na Educação Superior Baseada nos
Conceitos da Andragogia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 03, Ed. 01, Vol. 04, pp. 31-48, Janeiro de 2018. ISSN:2448-
0959

RESUMO
Neste estudo, feito em obras sobre educação de adultos e andragogia,
pretende-se verificar, mais uma vez, como já deve ter sido feito por outros
educandos, suas dificuldades, motivações, duvidas. Ao realizar pesquisas em
artigos científicos e em livros sobre esse assunto procura-se entender um
pouco mais sobre este tema, as razões pelas quais esses profissionais já em
fase adulta procuram voltar aos estudos, e principalmente se adequarem as
novas tecnologias que se renovam a cada dia nos setores organizacionais e
pessoais.

Baseados neste tema, e abordando-se os conceitos da andragogia e suas


aplicações na volta ao mundo acadêmico de estudantes após os 40 anos de
idade, e através das pesquisas procura-se entender de uma forma mais clara
e sucinta como o aluno adulto esta vivenciando e se adaptando a esta
experiência.

Palavras-Chave: Educação de Adultos, Andragogia, Dificuldades Cognitivas e


Funcionais na Aprendizagem Adulta.

INTRODUÇÃO
A educação de adultos baseada nos conceitos andragogicos ao longo dos
anos tem apresentado bons índices de crescimento, oportunizando aos
alunos, principalmente do ensino superior, maiores facilidades de acesso ao
aprendizado. As políticas de inclusão social desenvolvidas por nossos
governantes com objetivo de superação dos déficits na escolarização de
adultos, ainda esbarram em conceitos vinculados as questões sociais,
econômicas e culturais, alimentado ano após ano, por discursos de igualdade
e oportunidade para todos.

Guy Avanzini, numa obra de (1996 p.12), intitulada “L”education dês Adultes”,
propõe as seguintes definições:

A formação de adultos tende a aumentar a competência inicial do sujeito, no


domínio de suas atividades, designando a noção de reciclagem, e por vezes a
de reconversão profissional, propõe também que a educação de adultos visa
agregar conhecimentos tendo em vista os tempos livres para os estudos, e as
necessidades de uma solidez no que se refere a sua cultura geral.

A introdução da andragogia no vocabulário da educação, em particular nos


domínios da educação adulta, é um fato recente, mas para educadores
segundo (Pierre Furter,1973, p.11), a andragogia é um conceito amplo de
educação do ser humano, em qualquer idade. A Unesco, (2010, p.12) usou o
termo para referir-se à educação continuada, pois desde a primeira
conferência sobre educação de adultos em 1949 tem trabalhado para
assegurar que os adultos exerçam o direito a educação. Em 1976 na
conferência geral da Unesco, foi aprovada a recomendação de Nairóbi para o
desenvolvimento da educação de adultos, que consagrou o compromisso dos
governos em adota-la como parte integrante do sistema educacional e de
aprendizagem ao longo da vida. E Franklin Wave Dixon escritor de mais de
cinquenta obras literárias refere-se a andragogia como a arte de causar o
entendimento, é a ciência que estuda as melhores práticas para orientar
adultos a aprender, onde é preciso considerar que a experiência é uma das
fontes mais ricas para a aprendizagem adulta nos dias atuais.

Malcolm Knowles), através de um artigo publicado em (1968) o primeiro autor


a introduzir este vocábulo na literatura cientifica americana, a sua utilização
generalizou-se rapidamente, bem como os debates em torno dos conceitos e
das visões teóricas da nova concepção de que a partir desta época ficaram
marcadas pelas perspectivas andragogicas.

São inúmeras as razões de ordem prática e econômica que levaram pessoas


a desistir de estudar quando em mais tenra idade, e que mais tarde por volta
dos vinte anos optam em retomar os estudos até chegarem a educação
superior. Esta é uma questão analisada pelos órgãos educacionais, com o
objetivo comum de mostrar possibilidades e possíveis soluções práticas e
objetivas que acrescentem possíveis melhorias na educação.

O objetivo geral desse estudo é responder à pergunta pertinente a este


problema que será:

Quais os motivos que levam o adulto a retornar ao estudo superior após os


20 anos?

Identificar as expectativas e necessidades dos adultos acima dos 20 anos


inseridos no mundo acadêmico, e direcionar as pesquisas para a educação
de adultos delimitando-a aos conceitos da andragogia, prática esta usada na
educação de pessoas adultas nos dias de hoje. Esta pesquisa possui também
o objetivo específico de entender e analisar o processo evolutivo dos
profissionais em processo educacional nos meios acadêmicos, contribuindo
de alguma forma na aprendizagem e crescimento intelectual dos adultos,
revelando os motivos que os levaram a abandonar os estudos, e o que os fez
voltarem já na fase adulta de suas vidas.

Através destas reflexões buscou-se compreender o que é ser adulto pois,


conforme os autores as pessoas vão adquirindo autoconceito de serem
responsáveis a medida que crescem biologicamente e passam a vivenciar
experiências sociais mais intensas, justificando assim as razões para a
realização deste estudo.

Para descrever a complexidade e os objetivos deste artigo, pretendemos usar


os procedimentos abaixo relacionados na intenção de esclarecer de forma
mais objetiva os critérios de estudo usados

O tipo de abordagem será qualitativo e exploratório

Verificar a interação e a classificação dos processos de aprendizado

Pesquisar bibliografias a partir de livros, artigos, e questionários para o


público discente da Faculdade IBGEN, colocando o investigador em contato
com o que foi escrito, tornando possível a realização deste artigo.
Realização de técnicas de apresentação, análise, coleta e interpretação de
dados totalizando 20 alunos entre homens e mulheres, com idade acima de
20 anos com formação superior ou em andamento.

Entendendo que adultos aprendem de formas diferentes, estudiosos da


educação como (Knowles, Holton, Swanson, (2011), Gayo, (2005), Goeks,
(2006), enfatizam que o uso inapropriado de métodos desenvolvidos para
crianças e adolescentes na pedagogia, nos processos de aprendizagem de
adultos, não resultam em aprendizado efetivo pois, os adultos devido as suas
habilidades intelectuais mais desenvolvidas, almeja vivenciar e experimentar
as situações nas salas de aula, para aplica-las depois em seu dia a dia. Para
(Ferraz, Lima, silva, 2004), a andragogia pode ser compreendida pelos pilares
que consistem na transposição dos conhecimentos, nos autoconceitos de
dependência para um ser humano autodirigido acumulando experiências que
se transformam em rica fonte de aprendizagem.

Considera-se ainda a sua disposição para aprender, o que o torna diretamente


orientado para as tarefas, aumentando seu potencial para o desenvolvimento,
mudando as perspectivas de uma aplicação posterior do conhecimento para
a aplicação imediata, focada e adaptada para o desempenho.

Eduard Christian Lindman, educador americano, notável por suas


contribuições pioneiras na educação de adultos, introduziu muitos conceitos
de educação de adultos moderna em seu livro The Meaning Of Adult
Education. Lindman era amigo e colega de John Dewey, compartilhando com
ele suas preocupações com a justiça social, e suas crenças nas
possibilidades da educação como ação para o crescimento humano.
(Infed.org/educação-c-Lindman-and.-The Meaning Of Adult- Education).

John Dewey ficou conhecido com o lançamento do livro, O sentido da


Educação de Adultos, onde como professor e filosofo, defendia a ideia unir a
teoria à prática no ensino, ele também foi pioneiro em psicologia funcional, e
representante principal do movimento da educação progressiva.
(Infed.org/educação-c-Lindman-and.-The Meaning Of Adult- Education).

Sob o ponto de vista de Caio Beck, especialista em educação de adultos, em


seus artigos no site www.andragogiabrasil.com.br  a todo momento é preciso
questionar e rever nossos pensamentos, conceitos, convicções e sobre tudo
que aprendemos e ensinamos, pois, esta atitude se tornou uma exigência do
século xxl para o educador e seus educandos, sendo necessário acompanhar
as transformações que acontecem no mundo, que são constantes, novos
conhecimentos e novas formas de pensar são colocados em prática todos os
dias, aquilo que sabíamos ontem, pode estar ultrapassado e já não ser mais
uma verdade absoluta.

Nos ambientes de estudo, em desenvolvimento permanente, somos


constantemente bombardeados com uma imensa quantidade de dados,
novas tecnologias e descobertas em diversas áreas, que podem contribuir e
afetar a vida de milhares de pessoas, que muitas das vezes nem um dos dois
lados conseguem analisar e refletir sobre essas informações que podem
influenciar nas práticas educacionais.

Durante muito tempo, o professor foi o transmissor do saber, e os alunos


tinham pouco acesso as informações. A questão agora é que com as formas
de acesso as tecnologias mais facilitadas para todos, teremos alunos cada
vez mais questionadores, querendo saber determinados conceitos, qual a
melhor forma de se fazer, utilizando todos os acessos as informações,
especialmente se o assunto está relacionado ao que está sendo discutido em
uma turma de aprendizes adultos.

Caio Beck, no referido site educativo afirma que ainda atualmente, não é difícil
perceber que grandes oportunidades de melhorias nos ambientes de ensino
para adultos, ainda podem ser feitas, e a falta da aplicabilidade dos métodos
andragogicos ainda é bem latente. Considerando um aspecto geral, nas
organizações empresariais, e nos ambientes acadêmicos, ainda há
divergências e contrastes indo na contramão do que deveria ser o ensino
adulto, levando dessa forma a resultados menos consistentes.

Segundo os autores acima citados, um indivíduo é considerado adulto


quando por suas vivências possui maturidade para assumir a
responsabilidade de seus atos, esse ponto de vista foi necessário ser
avaliado para identificar se o aluno está preparado para receber um ensino
embasado nos princípios andragogicos.
Nessas reflexões buscou-se compreender o que é ser adulto, pois, conforme
os autores as pessoas vão adquirindo autoconceito de serem responsáveis a
medida que crescem biologicamente e passam a vivenciar experiências
sociais e trabalhistas mais intensas, o que os faz entender a importância da
educação superior para que possam alcançar seus objetivos pessoais e
profissionais, que anteriormente talvez tenham abandonado, e que torna-se
cada vez mais necessário obter qualificação e atualização levando-os
novamente aos ambientes acadêmicos, onde nos dias de hoje tem a
andragogia como prática de aprendizado justificando assim as razões para a
realização deste estudo.

REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico construído a partir das pesquisas, é a base de algumas
das ideias defendidas pelos autores acerca da educação de adultos e da
pesquisa aplicada, onde será identificado ou não o ¨porque¨ que os alunos
após longos períodos fora dos meios educacionais decidem retornar, quais
suas expectativas e as diferentes formas de estimulo por eles usados para
que consigam voltar a esses ambientes.

É uma revisão teórica sobre educação de adultos do ensino superior, e sua


relação com a andragogia. Partindo de analises e observações sobre os
conceitos andragogicos sua evolução e aplicação na educação de adultos
nos dias atuais, no contexto das tendências educacionais nas organizações e
fora delas, salientando que essa tarefa exige basicamente o desenvolvimento
cognitivo dos alunos relacionados a leitura, a escrita e ao raciocínio lógico, a
fim de permitir uma compreensão crítica das informações as quais vão estar
expostos.

Quadro Teórico
AUTOR OBRA

Andragogi Knowles, Malcolm Aprendizagem de Adultos- Livro-


a

Knolwes, Malcolm Aprendizagem de Resultados-1968


Campos, Monica Investigação cientifica-andragogia um novo olhar sobre a formaçã
de Janeiro – RJ – abril – 2014. Mônica Campos Santos Mendes – U

Karolczak, Maria Eloisa, Andragogia, Liderança, Administração, e Educação- Uma nova Teo
Karolczak, Carlos Eduardo

Andragogi Knolwes, Malcolm A Prática Moderna da Educação de adultos-1970


a

Knolwes, Malcolm, Swanson, Adult Learner (Aprendiz Adulto) –  Março de 2011


Richard, Holton

Andragogi Apostólico, Cimara Mestre em Andragogia: Um Olhar Para o Aluno Adulto- 2014-www.fics.edu.br
a comunicação PUC Arquivos › n. 9 (2012): Augusto Guzzo Revista Acadêmica

Educação Peter A. Senge A Quinta disciplina – A Arte e A Prática da Organização Que Apren
2013

Avanzini, Guy L”education Des Adultes- 1996

Educação  Karsley.Michael Moore Educação a Distância-Uma Visão Integrada- 2008

Educação Piconez, Stela C. Bertolo Educação Escolar de Jovens e Adultos-Das Competências Sociais d
aos Desafios da Cidadania- Ano 2002-Edit.Papyrus

Freire, Paulo Educação e mudança- Editora Paz e Terra- 2010

Canário, Rui Educação de Adultos, Um Campo E uma Problemática – 1948- Ree


Educação Oliveira, Djalma pinho Administração de Processos, Conceitos, Metodologias e Práticas, 2
Rebouças de

ANDRAGOGIA
O termo andragogia foi formulado originalmente por Alexander Kapp,
professor alemão em 1833. Caiu em desuso, e reapareceu em 1921, no
relatório de Eugen Rozenstok, que foi um pensador, historiador, jurista,
filosofo, e linguista alemão. Doutorou-se em direito pela universidade de
Heidelberg, Alemanha, em 1909, aos 21 anos, sinalizando que a educação de
adultos requer professores e métodos diferenciados.

Segundo (Pinho, 2011, P.05), as ideologias contidas nas intervenções do


estado por meio das técnicas, dos livros didáticos, e dos   conteúdos,
apresentam uma relação quase imperceptível com os resultados da
educação e, particularmente, com as condições sociais dos adultos em
retorno aos bancos escolares. Considerando o nível de maturidade dos
adultos surgiu a necessidade de uma abordagem que considerasse estas
diferenças individuais nos processos de aprendizagem, fazendo emergir a
andragogia. De acordo com Knolwes (1975, p.17), ela seria a arte e a ciência
destinada a auxiliar adulto a aprender e compreender os processos de
aprendizagem. A educação dos adultos sob a perspectiva andragogica,
preocupa-se com o modo como os adultos aprendem, reconhecendo que
existem uma série de fatores que influenciam seus processos de
aprendizagem.

E atribuída a Malcolm Knowles (1976, pág. 06) a ideia de que pessoas adultas
aprendem mais facilmente em ambientes confortáveis, flexíveis, informais e
livre de ameaças. A andragogia propõe o aprendizado maduro e consciente,
fluindo em um contexto plenamente favorável, visto que adultos não
aprendem como crianças, e que se entendeu já a algum tempo que a
educação para adultos poderia também ser baseada em princípios e pilares
andragogicos, pois na andragogia o adulto seria o sujeito da educação e não
meramente o objeto dela, propondo autonomia colaboração e auto-gestão da
aprendizagem, atributos importantes para quem deseja agregar
conhecimentos efetivos.

O MODELO ANDRAGOGICO
O modelo andragogico baseia-se nos seguintes princípios:

Necessidade de saber: Adultos precisam saber porque precisam aprender


algo e qual o ganho que terão no processo.

Autoconceito de aprendiz: Adultos são responsáveis por suas decisões e por


sua vida, portanto querem ser vistos e tratados como capazes de se
autodirigir.

Papel das experiências: Para o adulto suas experiências são a base do seu


aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças
individuais serão mais eficazes.

Prontidão para aprender: O adulto fica disposto a aprender quando a ocasião


exige algum tipo de aprendizagem, relacionada a situações do seu dia a dia.

Orientação para a aprendizagem: O adulto aprende melhor quando os


conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e
utilidade.

Motivação: Adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos


como autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento, etc.

Fonte: http://www.andragogiabrasil.com.br/artigos/premissas-andragogia

Aprendizagem Efetiva para o Desenvolvimento de Adultos


Malcolm Knolwes, autor do livro Aprendizagem de Resultados, (2009, p, 7 a
11), que é um clássico sobre andragogia, organizou suas ideias em torno da
noção de que os adultos aprendem melhor em ambientes informais,
confortáveis, flexíveis, e sem ameaças enfatizando que adultos aprendem
melhor, quando suas necessidades, experiências, autoconceitos e diferenças
individuais são levadas em consideração, afirmando também, que eles
precisam saber porque necessitam aprender algo antes de começarem a
fazer. A educação de adultos representa um processo através do qual o
adulto se torna consciente de sua experiência e a avalia. Para fazer isso ele
não pode começar a estudar “disciplinas”, na esperança de que algum dia
essas informações sejam úteis, pelo contrário, ele começa dando atenção a
situações onde ele se encontra, e aos problemas que trazem obstáculos para
sua realização.

Malcolm Knolwes, (2005, p.75), defendia que pedagogia e andragogia não são
opostas, mas, complementam-se. esta posição é identificada no título de sua
obra (A Moderna Prática da Educação de adultos), onde a partir da pedagogia
e da andragogia, entendeu-se que na prática os educadores terão a
responsabilidade de verificar e identificar quais hipóteses são adequadas, e
em quais situações se aplicam, considerando o aluno e o objetivo da
aprendizagem. São usados fatos e informações das diversas esferas do
conhecimento, não para fins de acumulação, mas por necessidade de
solucionar problemas, porém quando a educação convencional for apropriada
para determinado aprendiz com relação a um objetivo específico, então essa
estratégia será adequada e adotada como ponto de partida, por entenderem
que os aprendizes são realmente dependentes ao entrarem em uma área de
conhecimento desconhecida.

Em ações de educação corporativa, é preciso analisar quando a andragogia é


aplicável, dependendo das circunstâncias, na prática isso quer dizer que os
profissionais do desenvolvimento de Recursos Humanos e educadores têm a
responsabilidade de verificar o que é aplicável em cada situação, portanto a
metodologia central da educação de adultos é a análise de experiências,
sendo o papel de o educador envolver-se também no processo, avaliando o
grau de conformidade com o que é transmitido. Partindo do ponto de vista de
que adolescentes e adultos aprendem de formas diferentes, fez necessária a
utilização de abordagens diferenciadas nos processos de educação. (Rogers,
2011, p.52)

Nas práticas corporativas os princípios da andragogia são extremamente


efetivos, por isso tem sido um grande direcionador nas maneiras como se
aplicam nas aprendizagens de resultados nas organizações, embora há
séculos, a educação de adultos seja um assunto importante, pouca pesquisa
foi realizada nesta área até recentemente. No século XX, ideias sobre as
características particulares de aprendizes adultos começaram a ser
sistematizadas por estudiosos.

Além dos pioneiros Eduard Thorndike, e Eduard Lindman, outros psicólogos


renomados, como Freud, Jung, Ericsson, Maslow e Rogers, fizeram
contribuições importantes para o estudo da aprendizagem de adultos,
informações estas verificadas pela pesquisadora no livro (Educação de
jovens e adultos de Stela c. Bertolo Piconez- 2002). Informando ela ainda que
Freud apontasse a influência do inconsciente no comportamento, Jung
apresentou a ideia de que a consciência humana possui quatro funções:
sensação, pensamento, emoção e intuição, Ericsson contribuiu com as oito
idades do homem, Maslow ressaltou a importância da segurança; e Rogers,
conceituou a educação numa abordagem centrada no aluno em cinco
hipóteses básicas de abordagens diferenciadas nos processos de educação.
(Rogers, 2011, p, 56,57).

No estudo da aprendizagem de adultos, surgiram duas correntes distintas de


pesquisa, a científica e a artística. Na primeira corrente, iniciada por
Thornandk com a publicação de seu Adult Learning em (1928), busca
descobrir novos conhecimentos por meio de investigação rigorosa. Já a
corrente artística, criada por Lindeman, em seu The Meaning of Adulto
Education (1926), usa a intuição e análise da experiência para descobrir
novas informações.

Com base em suas investigações, Lindman, identificou suposições básicas


sobre os aprendizes adultos, e segundo suas afirmações andragogia é a arte
de ensinar adultos que não são aprendizes sem experiência por trazerem o
conhecimento da escola da vida. O aprendizado só e aplicável ao aluno que
busca desafios e soluções de problemas que farão diferença em suas vidas
no que se refere ao lado profissional e pessoal e aprende melhor quando o
assunto e de valor imediato, tendo consciência do que não sabe, e o quanto a
falta de conhecimento o prejudica.

Na andragogia a aprendizagem adquiriu uma particularidade mais localizada


no aluno, na independência e na autogestão da aprendizagem com aplicação
pratica na vida diária fazendo do professor um facilitador do processo e do
educando um aprendiz, transformando o conhecimento em uma ação
recíproca de troca de experiências vivenciadas, sendo então um aprendizado
de mão dupla com relações horizontais e parceiras entre facilitadores e
aprendizes, em que o empenho de ambos são somados a metodologia de
ensino e aprendizagem fundamentando-se em eixos articuladores da
motivação e das experiências dos aprendizes adultos compartilhando
conceito e informações com maiores níveis de compreensão e melhor
aprendizado.

Observou-se neste estudo, através das pesquisas, que a migração do ensino


tradicional de adultos para um ensino com aplicações das técnicas
andragogicas, vem se tornando uma tarefa complexa e delicada visto que
tende a torná-los sujeitos independentes e auto direcionados, que já vem
acumulando experiências de vida que servirão para futuros aprendizados.
Seus interesses se aprofundam para o desenvolvimento das habilidades
adquiridas anteriormente, e talvez já aplicadas em suas profissões notando-
se também que o intercâmbio entre os grupos de estudo proporciona uma
transição dinâmica e efetiva da aprendizagem, tendo como mediador o
educador andragogico.

Verificou-se que o aluno adulto ao poder aplicar na prática seus aprendizados


em salas de aula, acabam motivando-se quando desafiados a resolver
problemas, o que os leva a adquirir melhores empregos, melhorando também
a qualidade de vida e consequentemente a elevação da autoestima.
Considerando que o adulto tem mais facilidade para interagir com pessoas de
diversos níveis, tanto nas relações pessoais quanto profissionais, as
vantagens na utilização da andragogia na educação de adultos, é que
também se pode empregar os conhecimentos prévios, experiências,
vivencias, valores, interesses e objetivos que essas pessoas já trazem
consigo.

O tema escolhido reflete o desejo de aprofundamento da pesquisadora na


andragogia, em suas diversas formas e características nas suas aplicações
no ensino superior, seus métodos e didáticas aplicadas nos ambientes
acadêmicos de ensino superior nos dias atuais e onde foi centrada a
pesquisa.
Notou-se que há uma crescente demanda pela busca do ensino superior
comprovado no censo de educação superior do (INEP³, 2011), que registrou
que registrou um aumento de 5,7%, compondo assim um significativo número
de alunos adultos que buscam completar seus estudos, que deixaram de ser
feitos nos anos adequados. Verificou-se que o tema andragogia foi
popularizado por Malcolm Knolwes no ano de (1970), com a publicação de
seu livro (A Prática Moderna na Educação de Adultos), onde o autor apresenta
o conceito como a arte e a ciência de orientar adultos. Comprovou-se, porém,
que as publicações que tratam do tema, são ainda um pouco escassas, tanto
que Knowles em (2005, p,39), surpreendeu-se com o pouco interesse em
pesquisas com relação a andragogia, uma vez que os grandes mestres, desde
a antiguidade foram professores de adultos.

Com os avanços dos estudos de neurocientistas, descobriu-se que o conceito


da inteligência como algo imutável, não mais condiz com a realidade humana.
Dessa forma com a aplicação da andragogia, esse conceito foi reformulado,
pois se acredita que é nas vivências que o homem é constituído e se
transforma, podendo mudar não só o meio cultural em que vive, mas também
a plasticidade cerebral, pois a inteligência humana já é compreendida
atualmente como um processo dinâmico, constituída na interação do sujeito
com a cultura, e pode ser desenvolvida, independentemente da idade da
pessoa. (Nogueira, 2009 p. 65).   Estas informações constam em um artigo
publicado pela revista (IBPEX. UNINTER, 2009), chamado Aprendizagem do
adulto, suas implicações, para a prática docente no ensino superior.

Teixeira (2006, p.1) e Goeks (2006, p.5), citam pesquisas que afirmam que
estudantes adultos guardam apenas 10%, do que ouviram, após 72 horas. No
entanto, são capazes de lembrar 85% do que ouvem, veem e fazem decorrido
o mesmo prazo.

METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada em ambiente acadêmico presencialmente, com
estudantes do ensino superior, em faculdade localizada no município de
Porto Alegre/RS, com 20 pessoas, em questionário estruturado com 8
questões, sendo 2 objetivas e dissertativas.

A pesquisa englobou as mais diversas faixas etárias conforme segue gráfico.


Gráfic
o1
Da amostragem, 55% são mulheres e 45% homens, com formação acadêmica
superior completa ou cursando, na amostragem no gráfico abaixo nas mais
variadas profissões, tendo sua maioria cargos operacionais, observa-se  os
motivos que levam os aprendizes adultos a voltar aos ambientes de estudo,
seriam a busca de formação superior ou atualização nas áreas que atuam.

Gráfico 2
Concernente à idade em que interromperam os estudos, 50% dos
entrevistados nunca deixaram de estudar, e entre 15 e 30 anos, 45% deixaram
de estudar nessa faixa etária. Após os 31 anos, 5% abandonaram os estudos,
onde verificou-se seu retorno as salas de aula em busca de aperfeiçoamento
para que possam atingir crescimento profissional. Sendo que o item não se
aplica, ou nunca parou se refere aos alunos que não abandonaram os estudos
e que continuam sua caminhada em busca de maior aprendizado.

Gráfico

3 Gráfi
co 3
Entrevistados que nunca pararam os estudos, são representados por 50%,
seguidos dos 20% que retomaram os estudos entre seus 15 e 30 anos de
idade. 30% dos estudantes, retomaram estudos após os 30 anos, onde
verificou-se que suas maiores dificuldades é conciliar trabalho e estudo e,
também apresentam dificuldades cognitivas em relação a aprendizagem e de
adaptação aos conceitos apresentados.

CONCLUSÃO
Com o referido estudo verifica-se que o problema que norteou esta pesquisa
e deu origem a este artigo, está ligado aos aspectos contemplados pelos
interesses e necessidades dos adultos em voltar aos ambientes acadêmicos,
e na mera intenção de entender e aprender mais sobre educação de adultos e
as aplicabilidades dos conceitos da andragogia nos dias de hoje.

Ao realizar este artigo o pesquisador obteve a rara oportunidade de adentrar


mais amplamente na aprendizagem dos conceitos andrológicos e verificar
com mais exatidão como os adultos aprendem, e o quanto agrega de valor
aos educandos em formação. Apresentou-se ao pesquisador como objetivo
específica, identificar as perspectivas e motivações dos alunos adultos em
busca de novos aprendizados, o que os levou a parar seus estudos, e as
razões que os levaram novamente aos ambientes acadêmicos.

Entendeu-se também, neste estudo cientifico que a presença de alunos


adultos numa sala de aula é razão suficiente para que se considere a
educação adulta não mais como arte operativa onde alguns aprendem outros
não, e sim, como arte cooperativa onde todos os alunos inseridos tenham a
oportunidade de aprender mais tendo o professor como um facilitador do
aprendizado, orientando-os nos processos de aprendizagem entrando em
clara concordância com o que afirma o autor do artigo: Aprendendo a Ensinar
Adultos, de Carlos Cesar Ribeiro dos Santos publicado em
www.aedb.br/seget/arquivos 10/42.

Na busca de informações sobre causas e consequências da evasão escolar


do indivíduo, Gaioso (2005), entrevistou 35 alunos, e percebeu, que não há
razões isoladas para tal decisão. Sempre um motivo se associa a outro,
sendo que inicialmente responsabilizam a instituição de ensino onde estão
inseridos, após vem as condições socioeconômicas, e depois de algum
tempo de entrevista, muitos assumem uma parcela de culpa, ou se referem a
falta de aptidão, habilidade ou interesse pela carreira escolhida.

Timidamente, alguns apontam dificuldades financeiras e os elevados custos


da educação superior, o que os leva a desistirem do ensino superior optando
primeiramente por uma formação técnica, onde se estabilizam profissional e
economicamente, para só então voltarem ao ensino superior em alguns
casos.

Embasados cientificamente, nas referências e afirmações acima citadas, e


nos conceitos da andragogia, este estudo visa oportunizar mais um ponto de
aprendizado entre tantos já escritos por alunos acadêmicos em fase de
formação final, e com a clara e simples intenção de contribuir em pesquisas
estudantis, acadêmicas ou não, facilitando de alguma forma seus estudos e
aprendizados, sem a intenção de formar conceitos ou opiniões que não nos
cabem, por sermos também aprendizes em formação. Finalizando minhas
considerações sobre este estudo importante mencionar o artigo escrito em
http://www.cathedral.edu.br/virtual/noticia- Fonte: www.portaodiario. afirma
que o número de universitários com mais de trinta sobe em 25% em quatro
anos, e onde a declaração de um estudante em conclusão de curso revela sua
motivação para voltar aos ambientes do ensino superior, por considerar que
ela dá ênfase e embasamento maior a este estudo feito pela pesquisadora
também em tentativa de concluir seus aprendizados.

Assim como ele, milhares de pessoas estão buscando ou voltando aos


bancos da faculdade para mudar de carreira, realizar um sonho ou,
simplesmente, adquirir novos conhecimentos. E os dados do último Censo do
Ensino Superior comprovam essa tendência: O número de pessoas com mais
de 30 anos matriculadas em cursos de graduação cresceu 25% entre 2009 e
2012 no Brasil. Os ”estudantes maduros” representam hoje quase um terço
dos 7 milhões de universitários matriculados em 2,5 mil instituições de
ensino superior no País.

A entrada na universidade é um sonho muitas vezes tardio, realizando-se bem


depois da idade em que normalmente acontece o ingresso nas faculdades
(por volta dos 18 anos). Mesmo o total de pessoas entre 25 e 29 anos
matriculados em cursos de graduação no País no período pesquisado pelo
Censo também apresentou aumento (16%). Já no ensino presencial o
percentual é bem menor: cerca de 4% dos acadêmicos que ingressaram no
último vestibular têm mais de 30 anos (cerca de 4% do total).

REFERÊNCIAS
Andragogia: Um novo Olhar Sobre a Formação Docente. RJ. 2014

Beck, Caio, site http:// www.andragogiabrasil.com.br pesquisado em 22 de


agosto de 2016

CANÁRIO, Rui – Educação de Adultos, um campo e uma problemática 1948-


90

CAMPOS, Monica- artigo acadêmico– Andragogia: Um novo Olhar Sobre a


Formação Docente,  Rio de Janeiro. 2014

FREIRE, Paulo- Educação e Mudança-Editora Paz e Terra- 2010

KAROLCZAK, Maria Eloisa; KAROLCZAK, Marcio Martins. Andragogia –


Liderança, Administração e Educação: uma nova teoria. Curitiba, Juruá, 2009.

KNOWLES, Ma2Q1lcolm S. The modern Pratice of Adult Education: andragogy


versus pedagogy. New York: Association Press, 1970.

Knowles, Malcolm, ‘A prática moderna de Educação de Adultos: Pedagogia vs


Andragogia’ (1970)

KNOLWES, Malcolm-Aprendizagem de Resultados-1973- pp 2 a 6

KNOWLES, Malcolm-aprendizagem de resultados- A973- pp 7 a 11

KNOWLES, Malcolm S, Elwood F. Holton III e Richard A. Swanson. Tradução


de Sabine Alexandra Holler. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

La Taille, Teoria Psicogenéticas Em Discussão- (1990)

LINDMAN, Eduard- The Meaning Of Adult Education- 1ª Ed.1926


MOORE, Michael; KEARSLEY Greg. Educação a Distância – Uma Visão
Integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

PICONEZ, Stela C. Bertolo- Educação Escolar de Jovens E adultos- Das


Competências Sociais dos Conteúdos, aos Desafios da Cidadania – (2002) –
Ed.Papyrus

o PNE, Plano Nacional de Educação – (2001 a 2010-

ENGE, Peter – A Quinta disciplina – A Arte e A Prática da Organização Que


Aprende – 29ª Ed. 2013<

 Aluna graduanda em curso Superior Tecnólogo em Recursos Humanos –


[1]

Faculdade IBGEN – Instituto Brasileiro de Gestão e Negócios – Porto Alegre


RS

 Mestre em Educação, Pós-Graduanda em Gestão de Riscos e Conflitos em


[2]

Corporações Públicas e Privadas, Extensão  em Gestão por Competências,


Pós graduanda em Psicopedagogia, Coordenadora do curso de Gestão

5/5 - (5 votes)

Você também pode gostar