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SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL EM

FARMÁCIA

AYLA CAROLINE VIANA COSTA


ELLEN OLIVEIRA ARRUDA
OZILENE OLIEVIRA DE SOUSA

CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS POR PESTICIDAS


ORGANOCLORADOS E ALTERAÇÕES HEMATOLOGICAS

TAILÂNDIA-PA
2022
AYLA CAROLINE VIANA COSTA
ELLEN OLIVEIRA ARRUDA
OZILENE OLIVEIRA DE SOUSA

CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS POR PESTICIDAS


ORGANOCLORADOS E ALTERAÇÕES HEMATOLOGICAS

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas norteadoras do semestre letivo.

TAILÂNDIA-PA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 EXPOSIÇÃO CRÔNICA A PESTICIDAS E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS..4
2.2 CONTAMINAÇÃO PELOS PESTICIDAS E A ANÁLISE SENSORIAL..................5
2.3 ELTROMBOPAQUE................................................................................................6
2.4 A FORMA DE COMPRIMIDO REVESTIDO...........................................................7
3 CONCLUSÃO......................................................................................................10
REFERÊNCIAS...........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

A anemia aplástica é uma condição que ocorre quando seu corpo para de
produzir novas células sanguíneas suficientes. A condição deixa você cansado e
mais propenso a infecções e sangramento descontrolado.

Uma condição rara e grave, a anemia aplástica pode se desenvolver em


qualquer idade. Pode ocorrer de repente, ou pode vir lentamente e piorar com o
tempo. Pode ser leve ou grave.

O tratamento da anemia aplástica pode incluir medicamentos, transfusões


de sangue ou um transplante de células-tronco, também conhecido como
transplante de medula óssea.

De acordo com o estudo de caso apresentado, evidenciamos casos


diagnosticados com anemia aplástica adquirida devido à exposição a longos
períodos aos pesticidas. Diante dessa temática será respondido alguns
questionamentos apresentados elucidando mais sobre essa questão.

Não há prevenção para a maioria dos casos de anemia aplástica. Evitar a


exposição a inseticidas, herbicidas, solventes orgânicos, removedores de tinta e
outros produtos químicos tóxicos pode diminuir o risco da doença.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 EXPOSIÇÃO CRÔNICA A PESTICIDAS E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS

A exposição humana a agrotóxicos tem sido associada a vários efeitos


nocivos à saúde, incluindo distúrbios endócrinos, defeitos congênitos, efeitos
neurológicos, hepáticos, respiratórios e imunológicos e câncer. Essa ampla gama de
resultados adversos sugere que os agrotóxicos exercem efeitos tóxicos na saúde
humana por meio de vários mecanismos de ação. A esse respeito, dados
experimentais disponíveis indicam que muitos agrotóxicos também podem possuir
propriedades hematotóxicas, levando a hematopoiese deprimida. (LUO, 2016)

Estudos em animais mostraram que pesticidas organoclorados (OC)


persistentes podem afetar o sistema hematopoiético por meio de estresse oxidativo
e mecanismos imunológicos induzindo apoptose de células mononucleares do
sangue periférico6. De acordo com essa hipótese, achados de alguns estudos em
humanos sustentam a existência de uma relação entre exposição ambiental e
ocupacional a agrotóxicos CO e distúrbios do sangue, particularmente anemia
aplástica. Por outro lado, estão aumentando os dados disponíveis sobre os efeitos
de agrotóxicos não persistentes na hematopoiese humana, que incluem relatos de
leucopenia, leucocitose, linfopenia, linfocitose, neutropenia, monocitose, anemia e
trombocitopenia associada à exposição ocupacional, aos pesticidas
contemporâneos.

Populações agrícolas em países em desenvolvimento estão expostas a


quantidades crescentes de misturas de pesticidas, em altas concentrações e
frequência, incluindo pesticidas severamente restringidos e proibidos em países
industrializados. Já relatamos associações de exposição cumulativa a agrotóxicos,
especialmente herbicidas e fungicidas ditiocarbamato, com efeitos semelhantes ao
hipotireoidismo e pior qualidade espermática em trabalhadores rurais do sexo
masculino na Serra Gaúcha, região agrícola de base familiar no Sul do Brasil. Com
base na hipótese de que pesticidas persistentes e não persistentes podem ter a
capacidade de causar distúrbios hematológicos em humanos, buscamos avaliar a
relação das práticas de trabalho agrícola, uso de pesticidas não persistentes e níveis
séricos de pesticidas OC com parâmetros hematológicos em fazendas residentes
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nesta região. Hipotetizou-se que a exposição recente e/ou cumulativa de


trabalhadores agrícolas a agrotóxicos pode estar relacionada a alterações nos
parâmetros hematológicos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Em resumo, estudos fornecem poucas evidências de uma relação entre o


uso de agrotóxicos e parâmetros hematológicos entre trabalhadores agrícolas e
suas famílias. No entanto, os resultados podem sugerir que a exposição crônica a
pesticidas OC e certos pesticidas não persistentes pode levar a alterações no
número de linfócitos, enquanto níveis detectáveis de vários pesticidas OC no soro
foram associados a uma redução no número de diferentes leucócitos. Embora seja
necessária uma interpretação cautelosa à luz de possíveis confundimentos devido a
confundimentos não medidos e comparações múltiplas, medidas devem ser
tomadas para minimizar a exposição ocupacional a agrotóxicos entre trabalhadores
agrícolas de pequena escala no Brasil.

2.2 CONTAMINAÇÃO PELO PESTICIDA E A ANÁLISE SENSORIAL

A ingestão de alimentos dá vitalidade e suplementos para apoiar os seres


humanos e outros organismos vivos. Problemas de segurança e contaminação de
alimentos associados à higiene alimentar, armazenamento, aditivos químicos,
enzimas, bactérias e pesticidas são questões cruciais devido à sua influência direta
na saúde dos seres humanos e até mesmo dos animais. Novas tecnologias de
monitoramento devem ser desenvolvidas para potencial segurança alimentar e
benefícios ambientais significativos.

Até o momento, o ultrassensamento, a detecção precoce e o


monitoramento real e pontual de espécies reativas vitais, biomoléculas, produtos
químicos e agentes perigosos são importantes para garantir a qualidade dos
alimentos. Com avanços significativos na engenharia de dispositivos sensoriais, o
desenvolvimento progressivo de triagem precisa de quantidade, monitoramento e
avaliação explícitos precoces e análise de detecção em tempo real podem apoiar a
qualidade padrão dos alimentos por meio do controle total de um extraordinário teste
de segurança alimentar. Progresso em inúmeras avaliações de autoexame,
protocolos de detecção e ferramentas de espécies reativas e aditivas químicos
associadas ao metabolismo humano e a vários processos nutricionais e industriais
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de alimentos, incluindo ácido ascórbico (AA), H2O2, ácido úrico (UA) e ânions nitrito
e sulfito; (ii) riscos extremamente orgânicos e inorgânicos, como metais pesados e
bisfenol A; e (iii) adulteração de alimentos, pesticidas e microrganismos patogênicos
são um desafio fundamental para as preocupações com a segurança alimentar.

Até o momento, as evidências que apoiam a possibilidade de transmitir a


infecção pela doença do coronavírus 2019 (COVID-19) por meio de produtos
alimentícios não estão disponíveis.

No entanto, em um relatório sobre um surto em meados de junho de 2020


na China, foi descoberta a contaminação de alimentos com o agente causador da
pandemia de COVID-19, SARS-CoV-2. Assim, dispositivos de protocolo sensorial
para monitorar o antígeno SARS-CoV-2 associado a produtos alimentícios são
urgentemente necessários para o progresso da perspectiva futura em saúde. Como
tal, fornecemos detalhes sobre o desenvolvimento avançado de sensores nos
setores de monitoramento, análise e avaliação para aplicações de segurança
alimentar. Também relatamos dispositivos sensores vestíveis de nano/microescala
de última geração que podem fornecer dados relevantes de informações sobre
alimentos saudáveis e de segurança. (LUO, 2016)

2.3 ELTROMBOPAQUE

Eltrombopaque é um agonista do receptor de trombopoietina usado para


tratar trombocitopenia ou anemia aplástica associada a várias etiologias.

Eltrombopaque é usado para tratar baixas contagens de plaquetas no


sangue em adultos com trombocitopenia crônica imunológica (idiopática), quando
certos outros medicamentos, ou cirurgia para remover o baço, não funcionaram bem
o suficiente. A PTI é uma condição que pode causar hematomas ou sangramentos
incomuns devido a um número anormalmente baixo de plaquetas no sangue.

O Eltrombopaque também foi recentemente aprovado (final de 2012) para


o tratamento da trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas no sangue) em
pacientes com hepatite C crônica para permitir que eles iniciem e mantenham a
terapia baseada em interferon. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Eltrombopaque é um agonista do receptor de TPO de pequenas


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moléculas biodisponível por via oral que interage com o domínio transmembrana do
receptor de TPO humano. Eltrombopaque é um estimulador da fosforilação STAT e
JAK. Ao contrário do TPO recombinante ou do romiplostim, o Eltrombopaque não
ativa a via da AKT de forma alguma. Deve-se notar que, quando administrado a
pacientes com anemia aplástica, outras linhagens além da contagem de plaquetas
aumentaram, sugerindo que o Eltrombopaque aumentou o efeito do TPO in vivo; ou
que ainda há um mecanismo de ação descoberto no trabalho.

Deve ser monitorado, pois o Eltrombopaque pode causar


hepatotoxicidade, especialmente se administrado em combinação com interferon e
ribavirina em pacientes com hepatite C crônica (pode aumentar o risco de
descompensação hepática).

2.4 A FORMA DE COMPRIMIDO REVESTIDO

O revestimento de comprimidos é um processo pelo qual uma camada


externa essencialmente seca de material de revestimento é aplicada à superfície de
uma forma de dosagem, a fim de conferir benefícios específicos sobre a variedade
não revestida. Os revestimentos podem ser aplicados a várias formas de dosagem
oral, como partículas, pós, grânulos, cristais, pelotas e comprimidos.

Ao longo do tempo, os processos de revestimento desenvolveram-se


desde a arte dos anos anteriores até aqueles que são mais tecnologicamente
avançados e controlados de tal forma que o cumprimento de boas práticas de
fabricação (GMPs) seja facilitado. O desenvolvimento e a disponibilidade de novos
materiais de revestimento, o reconhecimento do impacto dos revestimentos
aplicados na posterior liberação de medicamentos de formas de dosagem e o
avanço na concepção dos equipamentos contribuíram para a melhoria dos
produtos..

Objetivos do revestimento de comprimidos

 Para mascarar o gosto amargo e o odor desagradável de algumas


drogas
 Melhorar a aparência do produto para fins estéticos ou comerciais
(auxiliando na identificação da marca)
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 Para prevenir a irritação induzida por drogas em um local


específico dentro do trato gastrointestinal, por exemplo, o
estômago para anti-inflamatórios não esteroides (NSAIDs).
 Para proteger a droga do ambiente externo (particularmente ar,
umidade e luz) a fim de melhorar a estabilidade.
 Para aumentar a facilidade de engolir grandes formas de dosagem
 Para facilitar o manuseio, particularmente em linhas de
embalagem/enchimento de alta velocidade, e contadores
automatizados em farmácias, onde o revestimento minimiza a
contaminação cruzada devido à eliminação da poeira.
 Para facilitar a identificação rápida de um produto pelo fabricante,
pelo farmacêutico dispensador e pelo paciente.
 Para reduzir o risco de interação entre materiais incompatíveis
 Para retardar a perda de ingredientes voláteis
 Para modificar e/ou controlar a taxa de liberação de medicamentos
como em repetição de ação, liberação atrasada (enteric-coated) e
produtos de liberação sustentada.
 Para controlar o local de ação de drogas, por exemplo, entrega de
cólon
 Para evitar a inativação da droga no estômago, por exemplo,
revestimento entérico

Após o revestimento, os comprimidos devem ser inspecionados e


testados. O revestimento de formas farmacêuticas de dosagem sólida,
especialmente comprimidos, tem sido praticado há mais de um século. Embora esse
processo seja frequentemente aplicado a uma forma de dosagem que esteja
funcionalmente completa e, portanto, possa nos fazer refletir sobre a necessidade de
incorrer na despesa adicional, é evidente que o uso contínuo de processos de
revestimento na produção farmacêutica permanece muito popular.
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3 CONCLUSÃO

Foi de suma importância ressaltar que farmacologia é um campo


interdisciplinar rico em aspectos da descoberta, desenvolvimento e segurança pré-
clínica de medicamentos. Integra conhecimento de várias disciplinas científicas,
incluindo química, bioquímica, biologia molecular e fisiologia, proporcionando um
impacto positivo significativo na saúde humana. O conhecimento científico adquirido
através de estudos farmacológicos fornece uma base para uma série de tratamentos
médicos.

A disciplina de farmacologia é distinta da profissão de farmácia, que


aborda mais a formulação e dispensação de medicamentos para uso humano. Os
farmacologistas, no entanto, se concentram em como as drogas (moléculas
químicas e biológicas) interagem com os sistemas biológicos. Nossos corpos têm a
incrível capacidade de responder a moléculas químicas e biológicas, mas, ao
mesmo tempo, essas moléculas têm a incrível capacidade de influenciar nossas
respostas biológicas. É através do estudo da farmacologia que somos capazes de
identificar novos alvos moleculares, desenvolver moléculas químicas e biológicas
únicas e explorar seu impacto pré-clínico.
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REFERÊNCIAS

LUO, D. et al. Exposure to organochlorine pesticides and non-Hodgkin


lymphoma: a meta-analysis of observational studies. Sci Rep., v. 6, p. 25768.
2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Eltrombopague olamina no tratamento da púrpura


trombocitopênica idiopática (PTI). 2018. Disponível em:
<http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2018/Relatorio_EltrombopagueOl
amina_PTI_CP_27_2018.pdf>. Acesso em: 18 de julho. 2022.

USP. Controle de Qualidade de Formas Farmacêuticas Sólidas. Disponível em: <


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5047488/mod_resource/content/1/Controle
%20de%20Qualidade%20de%20Formas%20Farmac%C3%AAuticas%20S
%C3%B3lidas.pdf>.Acesso em: 18 julho. 2022.

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