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Dinâmica 3
2ª Série | 4º Bimestre
Professor
1
Professor(a), nesta dinâmica você desenvolverá as seguintes fases com seus alunos:
Tempo
ETAPAS Atividade organização Registro
Estimado
Etapa 1
Apresentação da dinâmica,
leitura e análise dos textos
Português
Análise de textos que, tendo uma temática comum, permitem aos alunos compa-
rarem as construções narrativas e seus elementos (personagem, tempo, espaço etc.) atra-
vés das diferentes caracterizações realizadas e resolução em grupo das questões propostas.
Exposição oral dos alunos e sistematização do conteúdo pelo/a professor/a a
partir das conclusões feitas pelos alunos.
Autoavaliação, momento individual em que cada aluno poderá fazer uma bre-
ve checagem do que aprendeu.
Dito isso, vamos dar início à primeira etapa. Você começará seu trabalho de
hoje com a leitura de três textos: os dois primeiros foram publicados no século XIX e
o último, no início do século XX. São fragmentos de romances que têm um elemento
comum em suas temáticas, que você poderá saber qual é logo no título das obras. Se
você não descobrir essa semelhança, somente com a leitura dos títulos, preste atenção
às palavras que destacamos nos trechos, pois elas podem auxiliá-lo a descobrir esse
segredo. Compartilhe com seus colegas de grupo sua conclusão, avalie o ponto de vista
de cada um deles e responda a esta pergunta enigmática:
Condução da atividade
Nesta primeira fase do trabalho, os alunos trabalharão em pequenos
grupos de 5 integrantes; permita que eles se dividam de acordo
com suas preferências, a fim de se sentirem mais à vontade para a
discussão dos textos.
Faça uma breve contextualização das três obras, chamando a atenção
da turma para a importância da adjetivação em obras que exploram
a memória como elemento temático.
Aproveite, também, os adjetivos e as locuções adjetivas destacados
no texto para mostrar a importância dos adjuntos adnominais na
caracterização de personagens, espaço e tempo.
Chame a atenção da turma para o fato de termos sublinhado algumas
palavras e expressões que podem ajudá-los a responder a pergunta
que aparece no material do aluno.
3
Ao final da leitura e da discussão nos grupos, dê a palavra ao aluno
que quiser responder à pergunta geradora proposta (“Qual a relação
temática entre os textos?”).
Para finalizar, os alunos, ainda em grupos, deverão responder às
questões sobre os textos. Muita atenção neste momento, pois a fala e
as conclusões dos alunos serão o mote para a próxima etapa.
Orientações didático-pedagógicas
Professor/a,
Nesta dinâmica, o objetivo é o trabalho com a concordância nominal, ressal-
tando a importância dos adjuntos adnominais na construção do sentido de um texto.
Por esse motivo, optamos pelo trabalho com textos em que esse termo da oração tem
importância especial no encaminhamento da narrativa.
Professor
4
No último texto, os adjuntos adnominais destacados são importantes para que
o leitor perceba a diferença entre a imagem daquela professora que se torna inesquecí-
vel para o protagonista da história e os outros professores que passaram pela vida dele.
Português
Na seção Caleidoscópio, você encontrará alguns comentários que podem aju-
dá-lo no momento de fazer a contextualização dos três textos. Caso julgue conveniente,
repasse para os alunos os sites em que esses comentários estão postados para que eles
possam ler na íntegra as análises dessas obras.
Cremos que sua contextualização dos textos poderá facilitar o trabalho. Os
alunos perceberão a importância dos adjuntos adnominais nesses textos e esse será o
mote para o início do trabalho com a concordância nominal. A partir desse momento,
começaremos, então, a explorar os conceitos relativos à concordância nominal, apro-
veitando para relacionar as classes das palavras que acompanham um substantivo à
sua função nas orações. Ainda não é o momento de formalizar conceitos e/ou regras
(Etapa 2), pois o interessante é encaminhar o raciocínio de nossos alunos para que eles
possam tirar suas próprias conclusões, por isso o trabalho em grupo é tão importante
nesta fase.
Professor/a, após situar as obras e ressaltar os pontos relevantes para o obje-
tivo da dinâmica, os alunos responderão às perguntas propostas. O debate sobre essas
respostas será o ponto de partida para a próxima etapa. Vamos em frente!
Texto i
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VOCABULÁRIO
Milícia força auxiliar do exército de um país, encarregada de manter a ordem pública.
funcionário da Justiça, responsável por fazer diligências para solucionar um
Meirinho
crime.
Caricata ridícula, grotesca.
Demanda processo judicial.
Provará cada um dos artigos de um requerimento judicial.
Texto ii
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto
de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao ce-
mitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anún-
cios. Acresce que chovia — peneirava— uma chuvinha miúda, triste e constante, tão
constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta
engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: — “Vós, que o conhe-
cestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando
a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade.
Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como
um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas
entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.”
MACHADO DE ASSIS. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 07 jul. 2012.
VOCABULÁRIO
Hesitei fiquei na dúvida.
Campa sepultura.
Introito começo.
Cabo final.
Pentateuco os cinco primeiros livros da Bíblia, escritos por Moisés.
Expirar morrer.
Rijo forte.
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Texto iii
Português
A minha energia no estudo não diminuiu com os anos, como era de esperar;
cresceu sempre progressivamente. A professora admirou-me e começou a simpatizar
comigo. De si para si (suspeito eu hoje), ela imaginou que lhe passava pelas mãos um
gênio. Correspondi-lhe à afeição com tanta força d’alma, que tive ciúmes dela, dos seus
olhos azuis e dos seus cabelos castanhos, quando se casou. Tinha eu então dois anos
de escola e doze de idade. Daí a um ano, saí do colégio, dando-me ela, como recorda-
ção, um exemplar do Poder da Vontade, luxuosamente encadernado, com uma dedi-
catória afetuosa e lisonjeira. Foi o meu livro de cabeceira. Li-o sempre com mão diurna
e noturna, durante o meu curso secundário, de cujos professores, poucas recordações
importantes conservo hoje. Eram banais! Nenhum deles tinha os olhos azuis de Dona
Ester, tão meigos e transcendentes que pareciam ler o meu destino, beijando as pági-
nas em que estava escrito!...
LIMA BARRETO.
Disponível em: http://www.psbnacional.org.br/bib/. Acesso em: 07jul. 2012.
VOCABULÁRIO
Banal comum.
Transcendente sublime, que ultrapassa a nossa capacidade de conhecer.
Caleidoscópio
Memórias de um sargento de milícias
Surgiu como um romance de folhetim, ou seja, em capítulos, publicados,
semanalmente, no jornal Correio Mercantil, do Rio de Janeiro, entre junho
de 1852 e julho de 1853. Os folhetins não indicavam quem era o autor. A
história saiu em livro em 1854 (primeiro volume) e 1855 (segundo volume),
com autoria creditada a “Um Brasileiro”. O nome de Manuel Antônio de
Almeida aparecerá apenas na terceira edição, já póstuma, em 1863.
Enredo
Por ser originariamente um folhetim, publicado semanalmente, o enredo
necessitava prender a atenção do leitor, com capítulos curtos e até certo
ponto independentes, em geral contendo um episódio completo. A trama,
por isso, é complexa, formada de histórias que se sucedem e nem sempre se
relacionam por causa e efeito.
“Filho de uma pisadela e de um beliscão” (referência à maneira como seus
pais flertaram, ao se conhecerem no navio que os conduzia de Portugal ao
Brasil), o pequeno Leonardo é uma criança intratável, que parece prever as
dificuldades que irá enfrentar. E não são poucas: abandonado pela mãe, que
foge para Portugal com um capitão de navio, é igualmente abandonado pelo
7
pai, mas encontra no padrinho seu protetor. Esse é dono de uma barbearia
e tem guardada boa soma em dinheiro.
A origem pouco digna desse capital – o barbeiro desviou a herança que um
capitão moribundo deixara à sobrinha – só será revelada posteriormente.
A fórmula “arranjei-me” sintetiza, no romance, a explicação dada pelo
barbeiro para a posse do dinheiro. O autor acaba por dizer que muitos
“arranjei-me”, equivalentes ao atual “jeitinho brasileiro”, se explicam assim,
e estende essa representação de sua história a toda a sociedade da época.
As aventuras e desventuras de Leonardo, que o autor faz desfilar diante dos
leitores com dinamismo, conduzem o protagonista a apuros dos quais ele
sempre se salva, graças a seus protetores. Leonardo é um personagem fixo
no romance, suas características básicas não mudam.
Tempo
A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real
portuguesa se refugiou no Brasil. Por isso, o romance tem início com a
expressão “Era no tempo do rei”, referindo-se ao rei português Dom João VI.
Essa fórmula também faz referência – e isso é mais relevante para entender
a estrutura do romance – aos inícios dos contos de fada: “Era uma vez...”.
Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/
Professor
Português
No tempo cronológico, os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica:
infância, adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte. A
estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas
por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição:
trata-se de um defunto-autor, e não de um autor defunto. Isso consiste em
afirmar seus méritos não como os de um grande escritor que morreu, mas
de um morto que é capaz de escrever.
Conclusão
Machado alia nesse romance profundidade e sutileza, expondo muitos problemas
de nossa sociedade que existem até hoje. Daí o prazer da leitura e a importância
de seu texto, pois atualiza, de forma irônica, os processos em que nosso país foi
formado, suas contradições e os desmandos que ainda estão presentes.
Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/literatura/
materia_416007.shtml. Acesso em: 08jul. 2012 (fragmento).
Recordações do escrivão Isaías Caminha
No ano de 1909, Lima Barreto fez sua estreia como escritor com o lançamento
da obra Recordações do escrivão Isaías Caminha, publicada em Portugal.
É possível classificar a obra como romance memorialista ou como romance
de tese. É possível também reconhecer elementos de crônica, o que confere
à obra um aspecto híbrido, mesclado, marca de sua modernidade.
Foco narrativo
Romance narrado em primeira pessoa, de cunho autobiográfico, retrata a
vida em um grande jornal da época. O personagem narrador satiriza os
figurões da imprensa e das letras daquela época, deixando transparecer,
em suas reminiscências, suas decepções e revoltas em relação à estrutura
social vigente no início da república.
Temática
Os temas centrais do romance são o preconceito racial, na primeira parte,
e, na segunda, a imprensa. O primeiro tema, o preconceito racial, está
atrelado às condições sociais dos negros e mulatos do período subsequente
à abolição; e o segundo núcleo temático, a imprensa, versa sobre a
hipócrita, corrupta, tirana, incapaz e desonesta imprensa do início do século
que, segundo o narrador, estava muito longe de empregar intelectuais
competentes. O romance retrata vários tipos: o jornalista, o político e o
burocrata, extraídos dos contatos do autor com as redações de jornais da
época e com repartições públicas.
Disponível em: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/
analises_completas/r/recordacoes_do_escrivao_isaias_caminha. Acesso
em: 08jul. 2012 (fragmento).
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1. Destaque do título de cada texto a palavra que aponta para a semelhança
temática entre eles.
3. Por que uma das esquinas das ruas do Ouvidor e da Quitanda era conheci-
da como o “Canto dos meirinhos”?
“Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tem-
po do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada;”
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5. Explique a importância, na construção da imagem dos meirinhos do tempo
do rei, da enumeração de suas diferentes características.
Português
6. Há alguma diferença de sentido entre as expressões autor defunto e de-
funto autor? Explique seu ponto de vista.
8. Explique por que o narrador, no TEXTO III, usa parênteses no período: “De si
para si (suspeito eu hoje), ela imaginou que lhe passava pelas mãos um gênio.”
“Daí a um ano, saí do colégio, dando-me ela, como recordação, um exemplar do Poder-
da Vontade, luxuosamente encadernado, com uma dedicatória afetuosa e lisonjeira.”
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Respostas comentadas
1. texto I - Memórias; texto II - Memórias; texto III - Recordações
2. a locução do rei está relacionada à época da chegada do rei D. João ao
Brasil. A substituição da locução pela palavra real poderia conferir ao grupo nominal o
sentido de 'realidade' e não de 'realeza'.
3. Era ali que se reuniam as pessoas dessa classe, responsável pela diligências
da justiça a fim de resolver crimes, etc.
4. A opção d traz um par que não pode ser considerado como de mesmo sen-
tido. A palavra "temida" se refere à atitude de temor que outros possuem em relação
à pessoa assim adjetivada. A palavra "medrosa" diz respeito ao fato de a pessoa assim
qualificada sentir medo de outros ou de outras coisas.
5. O autor se serve de adjetivos para descrever os meirinhos de então em con-
traste com os meirinhos dos dias atuais (época em que a obra fora escrita) provavel-
mente para conferir tom de crítica social ao poder judiciário em seu tempo.
6. Em autor defunto o substantivo é a palavra autor. Sendo assim, trata-se de
um autor que havia falecido. No entanto, em defunto autor o substantivo é a palavra
defunto. Temos então um falecido que resolve escrever.
Professor
Etapa 2
Exposição oral dos grupos
e sistematização do conteúdo
Agora chegou o momento de expor para a turma as respostas produzidas pe-
los grupos. Cada grupo deve estar atento às respostas dos outros, comparando-as com
as próprias. Em caso de uma divergência, o grupo deverá argumentar com os colegas e
o professor. Após a exposição oral, o professor irá sistematizar o conteúdo - regras de
concordância nominal -, aproveitando ao máximo as respostas/conclusões dos alunos
do exercício feito na etapa anterior.
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Condução da atividade
Solicite que o primeiro grupo leia a resposta da questão 1, o grupo ao
Português
lado da questão 2 e assim sucessivamente.
Oriente os alunos a prestarem bastante atenção no que os relatores
expuserem e, em caso de divergência, que eles leiam a própria
resposta ou argumentem com os colegas.
Faça intervenções caso haja alguma resposta errada e nenhum aluno
perceba ou interfira, mostrando ao grupo por que aquela não seria
uma boa solução.
Com base nos diferentes exemplos que aparecem nesta dinâmica e
nas respostas dos alunos, comece a definição e a explicação sobre a
sintaxe de concordância.
Focalize sua exposição nas regras gerais da concordância nominal,
pois são as de uso mais frequente na linguagem coloquial, só explique
os demais casos se perceber que os alunos já dominam as regras
gerais.
Apresente um exemplo e leve a turma a analisar o processo de
concordância utilizado, na tentativa de fazer com que os próprios
alunos tirem suas conclusões sobre a regra de concordância utilizada.
Você pode aproveitar exemplos dos textos trabalhados.
À medida que a exposição for sendo feita, vá registrando, isto é,
sistematizando, cada uma das regras no quadro, para evitar que
algum aluno registre a noção de forma equivocada.
Solicite que os alunos respondam às questões e verifique se as
respostas dadas estão de acordo com o que foi apresentado.
Orientações didático-pedagógicas
Professor/a,
Aproveite esse momento para desenvolver a oralidade e estimular a
escuta dos alunos. Ao mesmo tempo, lembre-se e lembre os alunos de
que é fundamental argumentar quando existe alguma discordância entre
opiniões e posicionamentos de leitura. Sabemos que o texto literário é
plurissignificativo, acolhendo uma série de leituras possíveis. Os alunos
precisam entender que seus pontos de vista têm de ser defendidos com
consistência para serem aceitos e respeitados, e, ainda, que existem
técnicas de leitura capazes de aparelhá-los a ler adequadamente um texto,
realizando interpretações variadas e possíveis e descartando as impossíveis.
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Outro aspecto importante a ser lembrado é que os alunos precisam valorizar
a norma padrão da língua, pois sabemos que é a variante que se toma como
modelo em situações comunicativas oficiais e formais. Por isso, você deve
enfatizar em sua apresentação esse aspecto e mostrar a importância do
conhecimento das regras de concordância que, muitas vezes, são ignoradas
na linguagem coloquial. Embora esse discurso de valorização da norma
padrão seja muito importante, em nenhuma hipótese os alunos que não
a dominam devem se sentir criticados ou desprestigiados. É fundamental
que eles entendam que o ideal é ser poliglota na nossa própria língua, isto é,
devemos dominar as diferentes variantes da língua para podermos escolher
em que momento cada uma delas pode ser usada.
Essa discussão pode gerar polêmica e se alongar, portanto sua habilidade
para não deixar que isso se prolongue muito será importante, pois, do
contrário, o tempo destinado a esta etapa pode não ser suficiente para a
apresentação a ser feita.
Consideramos que tudo que é aprendido através de um esforço pessoal é
mais valorizado e torna-se mais eficiente, por isso sugerimos que as regras
não sejam apresentadas e depois exemplificadas. O ideal, se o tempo
permitir, é levar os alunos a perceberem os mecanismos de concordância,
partindo da análise de um exemplo para, depois de uma discussão do
fenômeno apresentado, a regra ser apresentada.
Professor
Português
número do termo a que se referem; a locução adjetiva fica invariável por
questão semântica, há referência aos escritores de um único país);
uma, grandiosa, literária (mesma regra básica: concordância em gênero e
número); (n)a, formosa (idem).
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4.4. O predicativo constituído de locuções estereotipadas aparecerá no
masculino singular.
Verduras frescas é bom para a saúde.
OBS.: As mesmas regras aplicam-se ao predicativo do objeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEGALLA, Domingos Paschoal.Novíssima gramática da língua
portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998.
Anotações
Professor
Etapa 3
Autoavaliação
Questão do Saerj
Você, nesse momento, poderá testar o quanto aprendeu a respeito da sintaxe
de concordância. Faça a questão a seguir com muita atenção. Comece a se preparar
para as diferentes avaliações pelas quais você passará ao longo de sua vida escolar.
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Condução da atividade
Antes de iniciar esta última etapa, combine com a turma o tempo disponível
Português
para fazer a tarefa e o tempo que será usado para a sua correção.
Comente, no momento da correção, cada uma das opções, chamando a
atenção para as inadequações presentes em cada opção errada.
Orientações didático-pedagógicas
Professor/a,
Nesta etapa, selecionamos uma questão de múltipla escolha para que os
alunos exercitem esse modelo de avaliação que requer algumas habilidades
específicas de leitura. Acreditamos que esse momento é de suma importância
para o processo de letramento de nossos educandos. Por isso, antes de iniciar
o trabalho, reforce para a turma a importância de trabalhar com seriedade.
Fechado. Largado.
O velho sobrado colonial.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global
Editora e Distribuidora Ltda., 1985. p.95. Fragmento.
Nesse texto, a palavra “abraçadas” (verso 2) concorda com
a. taipas e pedras.
b. grossas aroeiras.
c. folhas de janelas.
d. vidraças estilhaçadas.
Professor
e. ferragens retorcidas.
Resposta comentada
“Taipas e pedras” são os dois substantivos que iniciam e são a base da segunda
frase do poema. O vocábulo “abraçadas” refere-se à construção nominal antecedente,
“taipas e pedras”, determinando-a e com ela concordando em gênero (feminino) e nú-
mero (plural). As construções das outras opções não estabelecem relação sintática com
“taipas e pedras”, não havendo, assim, concordância.
Etapa 4
Etapa Opcional
Exercícios de fixação
Com base nos textos da primeira etapa, sugerimos outros exercícios de fixa-
ção. Desse modo, é possível que você explore ainda mais as possibilidades do texto
para o estudo da concordância nominal.
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Condução da atividade
Ainda organizados de forma individual, peça que os alunos respondam
Português
aos exercícios de fixação.
Corrija os exercícios em sala e aproveite para retomar os conceitos
apresentados na sistematização feita na segunda etapa.
Orientações didático-pedagógicas
Professor/a,
Uma vez que este momento é opcional, ele funciona como um curinga. Se
houver tempo, trabalhe os exercícios propostos de forma que os alunos
possam, mais uma vez, verificar o que aprenderam, enquanto você, por
outro lado, poderá retomar os pontos apresentados na sistematização
(Etapa 2).
Outra possibilidade, uma vez que este momento é opcional, se não houver
tempo para o trabalho em sala e você achar oportuno, utilize-o como tarefa
para casa.
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3- Releia o TEXTO III e identifique, nas colunas a seguir, a que termo da oração
as palavras em negrito se referem.
Respostas comentadas
1a. Acresce que chovia - peneirava - um temporal miúdo, triste e constante,
1b. ...a natureza para estar chorando a perda irreparável de uma das mais
belas personalidades que têm honrado a humanidade.
2. a. A palavra 'temporal' é um substantivo masculino e requer concordância
em gênero tanto do pronome que o antecede quanto do adjetivo que o modifica.
20
b. A palavra 'personalidades' é um substantivo feminino e requer a concordân-
cia de gêneros dos modificadores que a antecedem (um - uma; dos - das; belos - belas).
Português
3. seus olhos azuis = adjunto adnominal
seus cabelos castanhos = adjunto adnominal
luxuosamente encadernado = adjunto adnominal
afetuosa = adjunto adnominal lisonjeira = adjunto adnominal
de cabeceira =adjunto adnominal importantes = adjunto adnominal banais
= adjunto adverbial meigos = adjunto adnominal
transcendentes = adjunto adnominal
Referências bibliográficas
AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São
Paulo: Publifolha, 2008.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37 ed. rev. e ampl.
Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portu-
guesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português
contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
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