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Desenvolvimento Apresentação
Desenvolvimento Apresentação
● Piaget foi o primeiro a investigar a teoria da mente das crianças. Ele fez
algumas perguntas para as crianças, como: "De onde vêm os sonhos?" e
"Com o que você pensa?". Baseado nas respostas, Piaget concluiu que as
crianças com menos de 6 anos não conseguem distinguir pensamentos ou
sonhos de entidades físicas reais e não têm nenhuma teoria da mente.
Entretanto, pesquisas mais recentes indicaram que, entre 2 e 5 anos, o
conhecimento das crianças sobre processos mentais desenvolve-se
largamente. Isso porque as perguntas de Piaget eram abstratas, e ele
esperava que as crianças fossem capazes de colocar seu entendimento em
palavras. Os pesquisadores contemporâneos, portanto, utilizaram vocabulário
e objetos com os quais as crianças estão familiarizadas. Em vez de falar
sobre generalidades, observaram as crianças em atividades cotidianas, ou
lhes deram exemplos concretos. Desse modo, concluiu-se que crianças de 3
anos sabem a diferença entre um menino que tem uma bolacha e um menino
que está pensando em uma bolacha; sabem qual menino é capaz de tocar,
dividir e comer a bolacha. Sabem que as pessoas que recebem o que
desejam tendem a se sentir felizes, e as pessoas que não recebem o que
querem tendem a se sentir tristes.
● A teoria da mente continua desenvolvendo-se durante toda a segunda
infância.
Companheiros Imaginários
● Aos 3 anos e 6 meses, Anna tinha 23 "irmãs", com nomes como Och, Elmo,
Zeni, Aggie e Ankie. Ela costumava conversar com elas pelo telefone, pois
viviam longe da cidade onde a família dela vivia. Durante o ano seguinte, a
maioria das irmãs desapareceu, mas Och continuava fazendo suas visitas,
principalmente nas festas de aniversário. Och tinha um cão e um gato (que
Anna em vão suplicou-lhe que lhe desse), e sempre que Anna não ganhava
algo que via anunciado na televisão, dizia que já tinha um na casa de sua
irmã. Mas quando uma amiga real vinha fazer uma visita e a mãe de Anna
casualmente mencionava um dos companheiros imaginários dela, Anna
mudava rapidamente de assunto. Todas as 23 irmãs - e alguns "meninos" e
"meninas" que os seguiram - viviam apenas na imaginação de Anna, como
ela bem o sabia.
● Como de 25 a 65% das crianças entre 3 e 10 anos, ela criou companheiros
imaginários, com os quais conversava e brincava. Esse fenômeno normal da
infância é visto com mais frequência em primogênitos inteligentes e criativos
e em filhos únicos. As meninas são mais inclinadas a tê-los do que os
meninos, os companheiros imaginários das meninas geralmente são
humanos, ao passo que os dos meninos frequentemente são animais.
● As crianças que têm companheiros imaginários são capazes de distinguir a
fantasia da realidade, mas, quando estão brincando livremente, são mais
propensas a brincar de faz-de conta do que as crianças que não possuem
companheiros imaginários.
● Brincam de modo mais alegre e imaginativo do que as outras crianças e são
mais cooperativas com as outras crianças e com adultos. Têm maior fluência
na língua, assistem menos à televisão e demonstram mais curiosidade,
excitação e persistência durante o brincar.
● As crianças utilizam os companheiros imaginários como auxílio para se
relacionarem melhor no mundo real. Os companheiros imaginários são uma
boa companhia para um(a) filho(a) único(a). Oferecem mecanismos de
realização de desejos ("Havia um monstro em meu quarto, mas Elmo o
afugentou com pó mágico"), bodes expiatórios ("Eu não comi as bolachas -
Och deve tê las comido!"), agentes substitutivos para os medos da própria
criança ("Aggie está com medo de ser levada ralo abaixo") e apoio em
situações difíceis. (Uma criança de 6 anos "levou" seu companheiro
imaginário para ver um filme assustador).