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FORMULÁRIO PARA SUBMISSÃO DE PROJETO AO

COMITÊ DE ÉTICA – UniFil


(preencher todos os campos, com fonte Arial 12, espaçamento simples, alinhamento justificado)

1) TÍTULO:

Transtornos psicológicos possíveis de serem diagnosticados nos pais de crianças


autistas devido às alterações na rotina.

2) PESQUISADORES (docente e discentes envolvidos)

Docente: Déborah Azenha de Castro

Discente: Laís Perine Tamanini

Discente: Nikoly Kriki de Lima Prado

3) NÍVEL DA PESQUISA/EXTENSÃO

Graduação (X) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( )

4) INTRODUÇÃO (apresentação do trabalho; do que se trata o estudo? Justificar o estudo)

O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado pelo comprometimento na área da


comunicação, do comportamento social e da linguagem. Perante a isso, para que haja
uma melhora significativa nessas áreas, necessita-se de muitas horas de terapia e
estímulos. Acredita-se que após o diagnóstico, a atenção é voltada para os filhos e a
partir desse momento os pais se deixam de lado e recusam ou ignoram seus sentimentos
e emoções. Portanto, é essencial que os pais saibam sobre a necessidade de que os
mesmos precisam ter amparo psicológico.

Justifica-se que haja casos de prejuízo psicológico na vida dos pais e que possa haver o
desenvolvimento de transtornos psicológicos.

5) OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral

Analisar a maneira que os pais reagem e lidam com a mudança de vida quando recebem
a notícia de que seus filhos foram diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista e
como isso afeta o psicológico.

5.2 Objetivos Específicos

- Identificar o quanto a possibilidade de mudança na rotina pode influenciar no emocional


dos pais.

- Investigar quais são as chances de desenvolver um transtorno psicológico após a


descoberta do diagnóstico de autismo dos seus filhos.

6) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (colocar itens e subitens conforme necessário, fazer citações de acordo com
ABNT)

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado pelo atraso na área


de comunicação social. Os autistas sentem uma grande necessidade de ter rotina, para
eles tudo deve ser planejado antes e se preparam muito para a situação que irá
acontecer. Eles podem ter sensibilidades a barulhos, texturas e cheiros, podem também
ter estereotipias motoras, podem também ter alteração na sensibilidade da dor. A pessoa
autista pode ter características como movimentos repetitivos e interesses restritos
(Gaiato, 2018, p. 21,22, 24 e 25). Por ser composto por diversas características, no
momento do diagnóstico, pode ocorrer um equívoco ou uma incerteza diante a várias
hipóteses, levando ao “atraso” do mesmo. Podendo fazer com que os pais se percam,
diante de uma situação em que o transtorno de seus filhos ainda não foi identificado
(Fonseca et al. 2019). A decisão de busca pelo diagnóstico exige dos pais a aceitação de
que algo está errado e, consequentemente, um desgaste psicológico bastante grande
(Lopes, 1997, p. 71). Segundo Moraes, Bialer e Lerner (2021), a inexistência de
reciprocidade na interação e a comum ausência de respostas sobre o porquê de o filho
não falar ou ter crises aparentemente sem sentido muitas vezes podendo colocar esses
pais no desespero, produzindo efeitos como a paralisia e a sensação de incompetência.
Quando o diagnóstico vem à tona, emoções variadas tomam conta da vida dos pais,
como frustrações, inseguranças e medos (Fonseca et al. 2019). Quando os pais
enfrentam o diagnóstico de um transtorno de seus filhos, o processo de luto ocorre em
suas vidas, desconstruindo o “filho perfeito” que existia em seus pensamentos (Fonseca
et al. 2019). A esposa e/ou o marido passam a projetar um no outro o sentimento de
culpa para aliviar a pressão (Lopes, 1997, p. 73). Nesse processo, além da culpa, pode
haver sentimento de negação, rejeição, dor e tristeza. A partir do momento do
diagnóstico de autismo, intervenções são necessárias, mudando muitas vezes a rotina de
toda família, podendo gerar um estresse nos pais devido a essa alteração e nos sintomas
alusivos ao autismo. Após o início do tratamento, algumas famílias referiram dificuldades
em lidar com a nova realidade e implicações do diagnóstico de TEA, como se adaptar à
condição do filho, às suas limitações, às suas demandas e ao cuidado e tratamento
especializado (Bonfim et al. 2020). Tendo em vista que uma demanda maior se inicia, e
os pais se doam para dar conta de tudo, eles acabam se sobrecarregando, pois ainda
estão passando pelo processo de luto e aprendendo a lidar com as novas demandas.
Muitas vezes a sobrecarga recai inteiramente sobre a mãe, afetando ainda mais o
relacionamento dos pais, trazendo sintomas como: tristeza, falta de interesse e falta de
vontade, que são sintomas característicos da depressão. A partir de um estudo realizado,
constatou-se que o TEA, influencia no aumento do estresse e da raiva, que antecedem o
surgimento ou maior aparecimento de sintomas da depressão e de ansiedade,
coincidindo com a questão de que a sobrecarga afeta a mãe com os mesmos sintomas.
Com a sobrecarga e o relacionamento dos pais sendo afetado, há um índice maior de
divórcios (Fonseca et al. 2019).

7) METODOLOGIA (todos os itens devem estar claros e de acordo com os objetivos)

7.1 Local – (descrever sobre o local proponente e coparticipante (se houver)

Serão realizadas pesquisas na Clínica de Psicologia da Unifil e em instituições de ensino públicas e privadas.

7.2 Caracterização da Amostragem

a) Definir e justificar o “n”

Serão realizadas pesquisas com 20 pessoas, para que se tenha diversidade e amplitude
nos casos e consequentemente nas respostas.

b) Critérios de inclusão

- Pessoas que são pais de crianças com no máximo 10 anos de idade diagnosticadas
com autismo.

c) Critérios de exclusão

- Pessoas que não são pais de autistas;

- Pais de crianças autistas que tenham mais de 10 anos;

- Pais de crianças autistas sem diagnostico.

7.3 Delineamento experimental (planejamento detalhado para realizar o experimento; passo a passo do
experimento – recrutamento dos participantes; como coletar os dados; uso de banco de dados, prontuários; uso de
formulários, aplicação de questionário, entrevistas; como adquirir o consentimento; como fazer as avaliações)

O projeto será encaminhado para as instituições de ensino e clínicas juntamente com


cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice A), Carta Ofício
(Apêndice B), Termo de Confidencialidade e Sigilo (Anexo A) para a obtenção do aceite
através da Carta Resposta (Anexo B). Após a aprovação, serão convidados pais através
do TCLE, para a aplicação de um questionário, contendo dez (10) perguntas, que serão
aplicadas individualmente a cada um destes, formuladas pelas próprias autoras da
pesquisa. As perguntas irão abranger a vida social e emocional dos pais entrevistados, e
a coleta de tais informações será feita virtualmente. Dessa forma, o conteúdo de caráter
qualitativo será coletado no decorrer de toda a pesquisa. Será prestada também, toda
assistência necessária aos participantes em caso de danos imateriais, ou seja, qualquer
tipo de constrangimento ou vir a trazer os pais a sentir-se mal com o questionário,
trazendo sentimentos que antes não existiam. Essa assistência será concedida através
de tratamento psicológico, através do encaminhamento da orientadora Prof.ª M.ª
Déborah Azenha de Castro CRP08/03159, para os pais em questão. Todos os
participantes serão orientados a respeito do conteúdo da pesquisa através do TCLE,
como orienta o Artigo 2º, parágrafo V da Resolução Nº 510/12, assegurando inclusive
todos os direitos previstos no Artigo 9º da mesma Resolução. Os resultados serão
oferecidos e publicados à comunidade acadêmica, mantendo sigilo dos participantes.
Nenhum pagamento ou espécie material será oferecido ao participante no decorrer ou ao
final da pesquisa. Caso não queira participar, ou mesmo deseje em qualquer momento
desistir da pesquisa, terá total liberdade de fazê-lo, sem nenhum ônus ou prejuízo de
ordem pessoal. Se o participante desejar receber os resultados da pesquisa, ou
esclarecer qualquer dúvida, deverá entrar em contato requisitando tais informações
diretamente com os pesquisadores através do seguinte endereço eletrônico:
pesquisapaisautismo@hotmail.com

7.4 Análise de Dados (como expressar os dados? Tabelas, gráficos? Necessário estatística? Qual modelo estatístico)

Por tratar-se de uma pesquisa qualitativa, será utilizada a Análise de Conteúdo (BARDIN,
2002) para o estudo dos resultados obtidos. Inicialmente, será realizada uma leitura geral
do material coletado, seguido pelo estabelecimento de categorias de análise. Tais
categorias devem ter por base o referencial teórico da pesquisa, bem como os aspectos
compreendidos pela leitura prévia. Logo após, é realizado o recorte do material em
unidades de registro semelhantes e que possuam o mesmo conteúdo semântico. Ao
formular, em seguida, as categorias que se diferenciam nas unidades de registro, realiza-
se também um agrupamento progressivo das categorias, que ao final permitem a
interpretação e análise dos dados respaldada no referencial teórico.

8) ASPECTOS ÉTICOS (anexar os termos ou documentos pertinentes a pesquisa: TCLE; TALE; termo de
sigilo/confidencialidade; cartas de autorização do local para coleta de dados – modelos disponíveis do site
Pesquisa/CEP-UniFil)

8.1 Riscos (toda pesquisa oferece riscos ao participante, por mínimos que sejam devem ser citados e prever solução
para evitá-los ou minimizá-los – Resolução CNS 466/12).

Não haver participantes na pesquisa; não haver respostas na pesquisa; desencadear


inseguranças; exposição de dados pessoais; gasto de bateria de computador/celular;
gasto de internet; não concluir a participação na pesquisa devido a falha de conexão com
a internet.

Em forma de texto

8.2 Benefícios (descrever os benefícios para o participante da pesquisa)

Reconhecer possíveis sintomas e transtornos; compreender a necessidade de suporte


para os pais; adquirir mais conhecimento a respeito do Transtorno do Espectro Autista;
perceber que existe a possibilidade dos pais desenvolverem alguns transtornos
psicológicos após a alteração da rotina. Produção de novos conhecimentos ....

Em forma de texto

9) CONSIDERAÇÕES FINAIS (perspectivas ou contribuições da pesquisa)

Espera-se que a pesquisa possa contribuir com o psicológico de pais de crianças


autistas, identificando sintomas de transtornos psicológicos e levando-os a entender a
necessidade de suporte psicológico.

....

10) CRONOGRAMA (detalhamento mês a mês das atividades previstas, por ano)

ATIVIDADE / MES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Elaboração projeto X X X X

Submissão ao comitê de
ética em pesquisa

Levantamento do X X X

referencial teórico

Pesquisa de campo

Resultados

Análise dos dados

Metodologia

Discussão / Conclusão

Entrega da pesquisa

11) ORÇAMENTO (descrever o custo do projeto e quem será responsável pelo custo)

O projeto não terá custo.

12) REFERENCIAS (listar as referências de acordo com ABNT)

MORAES, Anna; BIALER, Marina; LERNER, Rogério. Clínica e Pesquisa do Autismo:


olhar ético para o sofrimento da família, 2021. Acessado em:
https://www.scielo.br/j/pe/a/QLHxBsqgcRpn8B3M4qJMsGP/?lang=pt . Acessado no dia
25/05/2022.

FONSECA, Larissa et al. Influência do transtorno do espectro autista nas relações


familiares: revisão sistemática, 2019. Acessado em:
https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2983/2734. Acessado no dia
25/05/2022.

LOPES, Eliana. Autismo - Trabalhando Com a Criança e Com a Família, 1997. Editora
Edicon.

BONFIM, Tassia et al. Vivências familiares na descoberta do Transtorno do Espectro


Autista: implicações para a enfermagem familiar, 2020. Acessado em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/cpkwQJQP8kccvs8zN4LgHCH/?lang=pt. Acessado no dia
25/05/2022.

GAIATO, Mayra. S.O.S Autismo, 2018. Editora Nversos.

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