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Nikoly Kriki de Lima Prado

Ra: 125464 – pedagogia (noturno) – turma:32


Políticas Públicas e Gestão da Educação I

A reforma é uma tentativa de empreender a modernização da nação de


Portugal, que enfrenta uma crise econômica e política existente e de fortalecer
o poder do rei, submetendo a ele todas as instâncias, D. José I nomeou como
primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal. A
política pombalina consistiu num conjunto de medidas que visaram criar
condições para que ocorresse em Portugal o desenvolvimento da produção
manufatureira, a principal medida, tomada por Pombal, foi a expulsão dos
Jesuítas do reino e dos seus domínios, inclusive do Brasil. A justificativa era
que os melhores alunos eram escolhidos para se tornarem sacerdotes isso
beneficiaria somente a ordem religiosa, em detrimento dos interesses do
estado. E isso na perspectiva de Pombal era um tremendo empecilho ao
progresso.
No século XVI o homem navega novos mares, descobre novas terras,
aperfeiçoa e expande suas atividades industriais e comerciais, tendo-se assim
uma nova concepção de homem, de ser estar no mundo, percepção está
diferente daquelas que eram pregados na Santa Escritura, o homem desta
época se tornou aquele que busca o domínio da natureza, o “homem de
negócio”, isto é, homens preparados para viver em uma sociedade baseada na
liberdade individual, no trabalho, na propriedade privada e no contrato. Afim de
desenvolver a obtenção do lucro, e esta nova perspectiva traz esta reforma da
educação que entra em contraposição a pedagogia religiosa, baseada no
ensino religioso e moral, a qual consistia na aprendizagem pela repetição com
uma severa disciplina e na restrição do ser sensível; com isso surge um novo
ideal pedagógico, passa a ser valorizar o conhecimento laico, ou seja, o
conhecimento produzido através da razão e da sensibilidade do homem, que
experimenta, observa e compara, e assim um novo método de estudos foi
instituído, estes são baseados na observação e experimentação, a fim de
buscar as verdades na fonte, segundo os princípios da ciência burguesa, em
oposição ao pensamento escolástico.
Porém a Reforma Pombalina no campo educacional esbarrou em
algumas dificuldades, dentre as quais a falta de dinheiro e de gente preparada.
Como consequência, a continuidade do exercício profissional foi dada por boa
parte de professores com formação jesuítica e por mestres leigos, que não
chegaram a assimilar o espírito da reforma. Ou, ainda por mestres que,
permaneceram muito aquém dos seus predecessores, conforme afirmou Pires
de Almeida escrevendo em 1889 (ALMEIDA, 1989).
Outro ponto que também contribuiu para a não efetivação da reformas,
foi que o Estado limitou o seu pagamento do salário dos professores às
diretrizes curriculares da matéria a ser ensinada, deixando o cargo do professor
a previsão das condições materiais relativas ao local, geralmente sua casa e
sua infraestrutura, assim como os recursos pedagógicos a serem utilizados no
desenvolvimento do ensino, contudo faltaram também os fatores que dessem
as condições de permanência dos estudantes, pois a mentalidade da época se
deparava com o foco de introduzi-los no mercado trabalho o quanto antes,
desprezando uma educação formal.
Quando falamos em condições financeira e de permanência, estes
aspectos afetaram principalmente as colônias, pois elas não contavam com
sistema arrecadador de dinheiro que lhe permitisse ter este ensino proposto,
que não contava com uma formação didática por parte dos docentes, além de
não ter uma grade bem definida, porém foi tentado a instalação da mesma no
Brasil colônia, onde o plano proposto apesar de bem-organizado, não foi
aceito. Conforme Chizotti (2001, 38), isto se explica porque o projeto, “pela sua
inspiração liberal, pelo risco de se formar uma massa letrada e um sistema que
nem Portugal, nem a própria França possuía, contrastava com os interesses
colonialistas da Coroa”. Além do fato da falta de recursos para implementar um
projeto tão amplo.
Estes fatores consolidaram o ensino apenas para classe nobre, os
proprietários de terra, os grandes comerciantes e a camada intermediária,
surgindo assim vários cursos técnicos, refletindo que a educação no Brasil tem
o caráter elitista e aristocrática, mais um fator limitante das ideias do Marquês
de Pombal na colônia que já era Reino Unido a Portugal.

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