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Curso: Técnico de Vendas

Documentação de Apoio: Manual


UFCD: 6658 Procurar emprego
Formador/a: Carolina Oliveira

Tipologia de Operação 3.2 – Sistema de Aprendizagem

DOCUMENTAÇÃO DE APOIO

Curso: TÉCNICO VENDAS

UFCD: 6658 - PROCURAR EMPREGO

Duração: 50 – HORAS
Formador/a: CAROLINA OLIV EIRA

 
Curso: Técnico de Vendas
Documentação de Apoio: Manual
UFCD: 6658 Procurar emprego
Formador/a: Carolina Oliveira

 Objetivo do Documento:

Esta documentação de apoio foi concebida pelo


Formador/a da UFCD referenciada. Pretende-se que seja
usado como elemento de Estudo e de apoio ao tema
Abordado. A documentação de apoio é um Complemento
da Formação e da UFCD, não substitui os objetivos das
Sessões de Formação mas sim complementa-as.

 Condições de utilização:

Esta documentação de apoio não pode ser reproduzida,


sob qualquer forma, sem a autorização da ACIB.
Curso: Técnico de Vendas
Documentação de Apoio: Manual
UFCD: 6658 Procurar emprego
Formador/a: Carolina Oliveira

Técnicas de Procura de Emprego


Curso: Técnico de Vendas
Documentação de Apoio: Manual
UFCD: 6658 Procurar emprego
Formador/a: Carolina Oliveira

ÍNDICE

1. PROCURAR EMPREGO. 3
1.1. Balanço Pessoal e Profissional..................................................................... 3
1.2. Plano de Acão ............................................................................................. 4
2. ANÚNCIOS DE EMPREGO .................................................................................. 5
2.1. Onde encontra anúncios de emprego ............................................................ 5
2.2. Conteúdo do anúncio .................................................................................... 5
2.3. Responder a anúncios ................................................................................... 6
2.3.1.Carta de apresentação e carta de candidatura ...................................... 6
3. CANDIDATURA ESPONTÂNEA ........................................................................ 11
3.1. Redigir o seu próprio anúncio de emprego .................................................. 11
3.2. Carta de candidatura espontânea................................................................ 12
4. CURRICULUM VITAE ........................................................................................ 16
4.1. Como organizar? ......................................................................................... 17
4.2. Dicas para elaborar um bom currículo ......................................................... 18
4.3. Tipos de currículos ...................................................................................... 19
5. ENTREVISTA DE EMPREGO ............................................................................ 24
5.1. Aspetos a abordar na entrevista ................................................................ 26
5.2. Final da entrevista ....................................................................................... 26
6. COMO ADAPTAR-SE AO NOVO EMPREGO .................................................... 28
7. DESENVOLVIMENTO DE INICITAIVAS EMPRESARIAIS ................................ 29
8. CONTRATOS DE TRABALHO ........................................................................... 36
8.1. Tipos de Contratos ...................................................................................... 36
8.1.1.Contrato de trabalho a termo: .............................................................. 36
8.1.2.Contrato a termo incerto: ..................................................................... 38
9. SINDICATOS...................................................................................................... 40
10. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 43
Curso: Técnico de Vendas
Documentação de Apoio: Manual
UFCD: 6658 Procurar emprego
Formador/a: Carolina Oliveira
1. PROCURAR EMPREGO
1.1.
Balanço Pessoal e Profissional

O processo de procura de emprego exige um elevado empenho pessoal, onde a


confiança e a persistência são elementos fundamentais.

Um dos primeiros passos da inserção profissional passa


necessariamente pelo autoconhecimento:

- Características pessoais, interesses ou preferências,


identificação das competências académicas e
profissionais, dos valores e motivação para o trabalho.
- Devem, então, ser colocadas algumas questões, tais
como:

“Quem sou eu?”


“O que gosto de fazer?”
“Em que aspetos poderei melhorar?”
“O que não gosto de fazer?”
“Que tipo de atividades desempenhei melhor, até agora?”
“Terei necessidade de atualizar os meus conhecimentos e competências profissionais?”
“O que sei fazer?”
“Estarei disposto a mudar de região

1.2 Plano de Acão


Depois de traçar um perfil de competências pessoais, é importante iniciar um
processo de pesquisa ativa de emprego. Para tal, deverá:
 Fazer uma listagem das atividades profissionais das quais há mais oferta de
emprego (avaliar as necessidades de recrutamento);
 Observar quais os requisitos mais exigidos pelos empregadores;
 Contactar familiares, amigos e conhecidos para obter informação sobre
outras oportunidades;
 Consultar as ofertas nas Juntas de Freguesia, no supermercado ou em
outros locais públicos;
 Ler diariamente os anúncios de emprego publicados nos jornais da República
e oficiais, assim como nas rádios locais e televisões, selecionando os que lhe
interessam;
 Consultar e selecionar as ofertas disponíveis no Instituto do Emprego e
Formação Profissional (IEFP), nas Unidades de Inserção na Vida Ativa
(UNIVAS), nos Clubes de Emprego, nas agências privadas de colocação, nas
empresas de trabalho temporário e, ainda, nas bolsas de emprego difundidas
pela Internet;
 Consultar, também, as associações sindicais e profissionais.

A consulta destas ofertas poderá ser realizada em locais de serviço público como,
por exemplo, no IEFP e nas bibliotecas municipais. Paralelamente, existem
iniciativas que poderão ser tomadas individualmente como, por exemplo, as
candidaturas espontâneas (que serão analisadas posteriormente).
2. ANÚNCIOS DE EMPREGO
2.1 Onde encontra anúncios de Emprego

 Imprensa escrita (semanário Expresso, Jornal de Notícias,


Público, Diário de Notícias, Diários e Semanários Económicos,
Correio da Manhã, 24 Horas e jornais regionais/locais);
 Supermercados (quadro de cortiça/placar colocado à entrada);

 Juntas de Freguesia/Câmaras Municipais (quadro de


cortiça/placares);

 Empresas de recursos humanos;


 Revistas da especialidade (economia, seguros, desporto, etc.);
 Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP);
 UNIVAS (Unidades de Inserção na Vida Ativa), inseridas no IEFP;
 Diários da República (encontram-se em “avisos de abertura de
concursos públicos para admissão de funcionários ou agentes
públicos”).

2.2 Conteúdo do Anúncio

Um anúncio pode conter informação relativamente a:

Empresa
- Nome;
- Nacionalidade;
- Localização; - Sector de atividade; - Expansão no mercado; - Tipo de produto; -
Volume de negócios.

Posto de Trabalho- Designação do posto;


- Conteúdo funcional;
- Possibilidade de evolução e de promoção;
- Nível de responsabilidade;
- Deslocações;
- Tipo de contrato;
- Regalias e remuneração;
- Local de trabalho;
- Horário.

Exigências da Candidatura
- Nível de formação escolar e/ou profissional;
- Experiência profissional;
- Estágios;
- Conhecimentos informáticos e/ou de línguas;
- Competências genéricas;
- Carta de condução;
- Idade;
- Viatura própria.

Poderão, ainda, ser referidas outras exigências como a capacidade de


adaptação, liderança, iniciativa e/ou sentido de responsabilidade.
2.3 Responder a Anúncios

Ler diariamente um grande número de anúncios dar-lhe-á cada vez mais aptidão

para identificar rapidamente os que lhe possam interessar.

É quase impossível alguém preencher todos os


requisitos exigidos e é certo que há requisitos mais
importantes do que outros. No entanto, se considerar
que possui a maior parte das condições, responda
sem hesitar.
Os anúncios de emprego indicam, geralmente, qual a
forma de resposta que pretendem: o envio de
currículo ou de carta de candidatura.
No caso de o anúncio pedir currículo, deverá enviá-lo acompanhado de uma
carta de apresentação.

Cuidados a ter na resposta ao anúncio:

• Responder apenas aos anúncios que correspondem ao seu projeto de carreira;


• Se existir um anúncio cujo conteúdo é muito vago, deverá telefonar para
obter mais informações;
• É normal um candidato reunir apenas algumas das características exigidas no
perfil da profissão. Se está numa situação destas, é aconselhável que se
candidate, porque pode ter outras características que compensem as que não
tem. No entanto, há a considerar casos onde as características exigidas são
específicas e de extrema importância para o exercício das funções; neste caso,
não deve responder ao anúncio.
2.3.1. Carta de apresentação e carta de candidatura

As cartas de apresentação são utilizadas sempre que um currículo for enviado,


qualquer que seja o posto ou empresa a que se candidata.

As suas funções são basicamente três:


Apresentar a candidatura;
Informar do envio do currículo;
Pedir a realização de uma entrevista.

A carta de apresentação deve ser:


Breve - dois ou três parágrafos são suficientes;
Formal - o candidato deve dirigir-se ao potencial empregador obedecendo às
formalidades da sua posição, recorrendo às fórmulas de tratamento,
apresentação e despedida que se adequem;
Simples - a melhor forma de passar uma mensagem de apresentação passa
pelas frases claras que recorram a formas gramaticais simples;
Correta - os erros gramaticais e ortográficos devem ser sempre evitados sob
pena de a candidatura ficar invalidada.

As cartas de apresentação destinam-se a acompanhar currículos,


desempenhando um papel de muito menor importância em relação a esse
documento, que é o que vai realmente prender a atenção do selecionador. No
entanto, uma carta de apresentação deve corresponder a todas as características
descritas, para que a imagem do currículo não seja denegrida por uma
apresentação descuidada.

Quando se elabora uma carta de apresentação, é necessário ter em conta a


necessidade de colocar os seguintes elementos:
Identificação do candidato, que inclui o nome, morada e telefone ou outros
pormenores que se deseje;
Identificação do anúncio e respetiva referência, se a tiver;
Título do posto de trabalho a que se candidata e da empresa onde ele se situa,
se isso foi referido no anúncio;
Referência ao envio do currículo em anexo, geralmente no final.
Exemplo de uma carta de apresentação:
Modelo 1

Exmo.(a) Senhor(a), XXXX


De acordo com a indicação do Sr. João da Silva, envio meu currículo para
apreciação.
Há cinco anos atuo na área de divulgação e markerting da empresa
Ramos&Associados, desenvolvendo trabalhos de consultoria na área educacional e
também na organização de eventos em diversos segmentos empresariais.
Neste momento, busco uma efetivação no mercado, visando o desenvolvimento de
um trabalho objetivo e gerador de resultados, de forma a possibilitar crescimento
qualitativo e quantitativo para os envolvidos.
Agradeço a atenção e coloco-me ao inteiro dispor para contato pessoal.
Modelo 2

Exmo. Senhor, XXXX


Em busca de nova proposta de trabalho na área Administrativo-Financeira,
apresento-lhes meu currículo anexo.
Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom humor,
dinamismo, responsabilidades, perfeccionismo, autoexigência, dedicação ao
trabalho e bom relacionamento em geral.
Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a necessidade da
organização.
No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposição para prestar-lhes mais
esclarecimentos.
Atenciosamente,
Modelo 3

Exmo. Senhor XXX


Diretor dos Recursos Humanos
Estou à procura de novos desafios profissionais na área de Recursos Humanos e
acredito que sua empresa possa ter interesse por minhas qualificações.
Sou graduada em Comunicação Social e História, com pós-graduação em
Administração. Atuo na área de Recursos Humanos há nove anos, com destaque
para o desenvolvimento e coordenação de atividades de treinamento, tendo
inclusive obtido a certificação ISO-9001.
Envio anexo o meu currículo para fazer parte de seu banco de dados e coloco-me à
disposição para uma entrevista pessoal, quando poderei fornecer mais informações
sobre minha experiência profissional.
Cordialmente,
Modelo 4
Dr. Augusto Valente
Diretor
Interforma Assessoria Empresarial Ltda.
Prezado Dr. Augusto,
Sou executivo de Assuntos Corporativos e Comunicação Empresarial com carreira
em escritórios de advocacia e no Banco Banespa, onde adquiri sólida experiência
em relações com a imprensa, clientes, órgãos de defesa do consumidor, gestão de
produtos, suporte a desenvolvimento de agências e postos de serviços, análise de
concorrência, formação e liderança de equipas, interface entre banco e empresas
seguradoras e de cartões de crédito e áreas administrativas. Graduado em Ciências
Jurídicas e Sociais, tenho pós- graduação em Jornalismo.
Visando posições em empresas suas clientes, encaminho meu currículo e estarei à
sua disposição para um contato pessoal e informações adicionais sobre minha
carreira
Atenciosamente,
Fonte dos modelos: http://seu-emprego.blogspot.com.es

Estrutura e exemplo

1. Parágrafo: referir o motivo que o leva a contactar a empresa e a querer


candidatar-se ao posto de trabalho.

2. Parágrafo: demonstrar em que medida a sua formação e experiência poderão


ser úteis, relacionando-as com o que sabe sobre a atividade da empresa.

3. Parágrafo: manifestação da disponibilidade para entrevista.

4. Parágrafo: saudação

Estrutura

A sua identificação
Nome
Morada
Telefone/Telemóvel
E-mail

Dados da entidade
Nome do destinatário
Cargo
Nome da empresa
Endereço
Localidade, dia, mês e ano

Exmo. (a) Senhor. (a)

Refira o motivo da carta evidenciando o seu conhecimento sobre a entidade.


(Procure captar o interesse do empregador, referindo o motivo que o leva a querer
candidatar-se a esse posto de trabalho. Escolha um estilo direto e, se possível,
original.)
Relacione o seu perfil com a empresa. (Descreva em que medida a sua formação e
experiência poderão ser úteis, relacionando-as com o que sabe sobre a atividade da
empresa.)

Solicite uma entrevista. (Tente convencer o empregador a conceder-lhe uma


entrevista. Desperte nele o interesse em querer conhecê-lo melhor. Informe que o
vai contactar em breve.)

Termine a carta de forma atenciosa e assine.

Anexo: Curriculum Vitae

A carta de candidatura é, simultaneamente, uma carta de apresentação e um


currículo resumido. É utilizada para responder a anúncios de emprego, quando o
exigirem. Deverá ser manuscrita e enviada ao empregador ou representante,
devendo conter os elementos mencionados no modelo a seguir representado.

De seguida, encontramos um modelo de carta de candidatura: Exemplo – Carta


candidatura espontânea/apresentação

Jorge Gomes
Rua de Campolide
Telf:210000000
Correio eletrónico: jgomes@gmail.com

Exmo. Senhor
Diretor de Recursos Humanos da Empresa de Comunicação Vila Silva
Rua da Esmeralda, n.º 21
0000-000 Lisboa
Lisboa, 21 de Maio de 2008

Exmo. Sr.

Terminei a minha licenciatura em Ciências da Comunicação no passado mês de


Abril. O meu objetivo é desenvolver as minhas capacidades e aplicar os
conhecimentos adquiridos numa empresa a operar a nível multinacional.
Tenho conhecimento de que a vossa empresa está a iniciar a criação de um
Departamento de Comunicação e Imagem prevendo-se, por conseguinte, o
recrutamento de recém-licenciados na área da Comunicação.
Encaro com entusiasmo a possibilidade de integrar uma empresa de prestígio e
líder no mercado neste ramo de atividade.
Como poderá verificar, pelo C.V. que anexo, possuo alguma experiência em
Desenho e Tratamento de Imagem, áreas que aprofundei e desenvolvi durante a
realização de um estágio profissional na empresa Artes e Imagem, Lda.
Comunico-lhe total disponibilidade e interesse em aprofundar as razões desta
candidatura.
Na certeza que esta carta merecerá a melhor atenção de Vexa., subscrevo-me com
os melhores cumprimentos.
Assinatura
Anexo: Curriculum Vitae

3. CANDIDATURA ESPONTÂNEA

A candidatura espontânea é uma forma de se dar a conhecer, isto é, de fazer a


sua promoção pessoal em termos profissionais:
Existem duas formas de fazer a candidatura espontânea:
Escrevendo e publicando o seu próprio anúncio de emprego;
Escrevendo e enviando uma carta de candidatura espontânea.

3.1 Redigir o seu próprio anúncio de emprego

Se não encontrar anúncio de oferta de emprego, de acordo com o que pretende,


então o melhor é colocar um anúncio de oferta de serviços ou de procura de
emprego. Comece por recolher e organizar anúncios de ofertas de emprego, para
aperfeiçoar a maneira de escrever o seu.

Como redigi-lo?
Para ser eficaz, o anúncio deve:
 Ser de fácil leitura;
 Ser compreensível, conciso, objetivo e apelativo;
 Ser escrito em estilo telegráfico, isto é, de forma resumida;

 Salientar as características que considera mais importantes para o


posto de trabalho que pretende;

 Ser apelativo de forma a motivar os potenciais empregadores a


quererem conhecê-lo;

 Deve, também, ter em atenção o tipo de jornal onde o anúncio irá ser
publicado (o público-alvo que abrange: serão empregadores?).

Se decidir publicar o anúncio deve ter em atenção:


 O aspeto gráfico: destaque as palavras que melhor evidenciam
a sua qualificação profissional ou o tipo de trabalho que procura;
 O formato: os anúncios publicados na horizontal chamam mais a
atenção;
 Dias e frequências de publicação: aos fins de semana há mais
pessoas que leem os jornais. Tenha, também, em atenção a
tipologia do público que o jornal quer atingir.

Exemplos:

Cuidados a idosos

Oferece-se para cuidados aos idosos.

Experiência anterior.

Tel.: 253...........

Senhora para limpezas

Todo o tipo de limpezas.

Com experiência em trabalhos domésticos.

Tel.: 253........ das 12h às 17h.

3.2 Carta de Candidatura Espontânea

A carta de candidatura espontânea é uma carta dirigida a um empregador

oferecendo, espontaneamente, os seus serviços.

É geralmente acompanhada pelo currículo.


É, portanto, diferente das respostas aos anúncios porque demostra incitava da sua
parte.

Para que serve?


 Suscitar o interesse do empregador;
 Chamar a atenção para o seu currículo;
 Expressar o seu interesse e motivação face à empresa e ao posto de
trabalho;
 Obter uma entrevista na empresa.

Como proceder?
Antes de escrever a carta de candidatura espontânea deverá:
 Definir com exatidão aquilo que pode e sabe fazer em termos
profissionais, baseando-se em experiências passadas ou no que
conhece do sector;
 Anotar e selecionar as atividades e empresas que mais lhe
interessam.
 Informar-se o mais possível sobre as empresas a que se candidata,
organizando um dossier por cada empresa (dimensão da empresa,
atividade principal, tipo de produtos, postos de trabalho existentes)
através de, por exemplo, jornais, revistas, anuários especializados,
cartazes publicitários ou anúncios da empresa, trabalhadores da
própria empresa, associações empresariais e sindicatos.

Que elementos deve conter?

 A sua identificação (nome, morada, telefone/telemóvel);


 O motivo que o/a leva a contactar a empresa e a querer
candidatar-se a um posto de trabalho;
 Uma referência sucinta às suas habilitações académicas e à sua
experiência profissional procurando demonstrar em que medida o
seu perfil poderá ser útil para a empresa;
 A referência ao envio do currículo;
 Deverá terminar a carta demonstrando a sua disponibilidade
para uma entrevista;

 Conclua com apresentação de cumprimentos, date e assine.

Ter em atenção os seguintes aspetos:


 Deve ser personalizada para cada empresa,
assim como o currículo;
 Escrever de preferência à mão, em papel branco,
A4, sem linhas;
 Utilize frases curtas, claras, sem erros de
ortografia;
 Evite banalidades, falsos elogios e frases pomposas;
 Não utilize o Post-Scriptum (P.S.). Se der conta que não
mencionou um ponto importante, é preferível escrever a carta de
novo;
 Escreva os seus elementos de identificação (nome, morada e
telefone) no canto superior esquerdo da folha;
 Se for acompanhada de currículo escreva no canto inferior
esquerdo “Anexo: Currículo”.

A Quem deve dirigi-la?


 Ao/À diretor/a de recursos humanos, nas grandes empresas;
 Ao/À diretor/a da Empresa, nas pequenas e médias empresas e nas
empresas de recrutamento e seleção.

Uma carta de candidatura deve, pois incluir as seguintes partes com os seus
respetivos conteúdos:

 Cabeçalho - identificação do candidato e da empresa a que se dirige;


 Introdução - começa por estabelecer o motivo do contacto,
expressando o seu interesse pela atividade desenvolvida pela empresa
assim como pelo tipo de trabalho que pretende fazer;
 Desenvolvimento - no corpo da carta devem estar explícitas as
competências, qualificações e experiências que se adequam ao trabalho
a desempenhar e a forma como poderá desenvolver a sua atividade no
contexto daquela empresa em especial;
 Conclusão - deve referir novamente a disponibilidade para ser
contactado pela empresa para qualquer prova ou entrevista
mencionando a melhor forma de estabelecer esse contacto. A carta de
candidatura espontânea não é uma perda de tempo!
Embora muitas delas fiquem sem resposta, é costume, nalgumas empresas,
conservá-las em arquivo durante um certo período de tempo, normalmente 6
meses a um ano, permitindo ao empregador fazer uma primeira escolha, quando
surge uma vaga.
Muitas vezes, essa seleção é feita antes de o empregador se decidir a publicar
um anúncio. As empresas recrutam grande parte do seu pessoal a partir de
candidaturas espontâneas que lhe são enviadas.

4. CURRICULUM VITAE

O que é?
É um resumo dos dados pessoais, da formação, da experiência profissional e até,
por vezes, de atividades não profissionais. É, no fundo, um autorretrato que tem
como objetivo convencer um empregador da sua capacidade de realizar uma
qualquer tarefa para a qual se candidata.
Um currículo bem feito pode abrir-lhe as portas de um emprego.

O currículo é uma publicidade pessoal.

Quando se procura emprego, este é provavelmente o documento mais importante


e aquele cuja preparação mais deve preocupar. É a forma convencionada de
estabelecer um primeiro contacto com a empresa a que se dirige e que por isso
desempenha um papel fundamental.

Quanto mais dados oferecer sobre si e quanto mais autêntica for a imagem que
esboça, melhores são as possibilidades de encontrar um emprego que
corresponda às suas capacidades e interesses.

Também quando imaginamos que a cada anúncio respondem milhares de cartas


semelhantes, concluímos que é precisamente a qualidade dos currículos que
determina a seleção. É necessário destacar aquilo que faz do candidato uma
pessoa única e adequada àquele posto específico.

Um currículo não serve apenas para apresentar ou reforçar uma candidatura a


um posto de trabalho, mas possui funções específicas que se deve ter em conta
na fase da sua elaboração, como por exemplo:
 Interessar o selecionador/empregador em conhecer o candidato;
 Dar uma imagem da pessoa;
 Fornecer uma visão rápida da sua evolução e potencial;
 Passar a primeira fase de seleção;
 Para obter ou para apoiar uma entrevista.

Quando e como utilizá-lo?


 Em resposta a um anúncio de emprego, acompanhado de uma
carta de apresentação;
 Numa candidatura espontânea.
41. Como Organizar
Elabore o seu Currículo de acordo com os seguintes pontos:
1. Identificação
 Nome completo, morada de contacto e residência e telefone (explicitando as
horas em que estará disponível) são informações imprescindíveis;
 Outro tipo de informação, como por exemplo, data de nascimento ou idade,
B.I., o estado civil é facultativo, e deve ser incluída quando é expressamente
solicitada pela entidade empregadora ou quando constitui um aspeto que
valoriza a candidatura.

2. Habilitações escolares/académicas
 Nível de escolaridade, data de conclusão, estabelecimento de ensino ou de
formação profissional e média que obteve, se for favorável (normalmente por
ordem cronológica descendente).

3. Formação profissional
 Mencione os diplomas ou certificados profissionais adquiridos e relevantes
para a área a que se candidata, quer em centros de formação profissional quer
em empresas. Para cada caso mencionar a duração (por exemplo, pelo n.º de
horas) e a entidade responsável;
 Refira o domínio de línguas falado e/ou escrito, assim como conhecimentos
informáticos;
 Especificar conhecimentos, por exemplo, na informática, o tipo de programas
que conhece, nas línguas o domínio que possui a nível de leitura, escrita e
conversação;
 Faça referência à sua carteira profissional, assim como à carta de condução,
se as tiver.

4. Experiência Profissional
 Experiências de trabalho e estágios profissionais;
 Para cada experiência de trabalho mencione as experiências realizadas e as
funções ou atividades desenvolvidas, nível de responsabilidade, o tempo
durante o qual as desenvolveu e o nome da entidade onde as exerceu, motivo
de abandono do emprego (caso não tenha sido por questões negativas para a
sua imagem). Descreva-as de forma resumida e rigorosa, pondo em evidência
as competências adquiridas.

5. Atividades extraprofissionais
 Outras experiências: trabalho de voluntariado, atividades de
tempos-livres (culturais, sindicais, desportivas e associativas),
pertença a associações, grupos, publicações de artigos em
revistas ou periódicos, cursos de teatro, etc.;
 Para cada experiência e/ou atividade mencionar
responsabilidades assumidas e realizações obtidas, local e
realização, se valorizar a candidatura;
 Este item é tanto mais importante quanto menos experiência
profissional tiver;
Por exemplo: Capitão de uma equipa de futebol, bombeiro, colaborador de um
jornal (mesmo que tenha sido na escola), sócio de um clube de informática,
tesoureiro de uma associação desportiva ou académica, coordenador dos tempos
livres da Junta de Freguesia, voluntário no apoio a pessoas idosas, monitor de
campo de férias, etc..

6. Outras informações
 Outras informações favoráveis à candidatura que não estejam
incluídas nos outros itens. Por exemplo: situação militar,
associações das quais é associado e outras.

Na elaboração do currículo, em primeiro lugar, é necessário fazer um inventário


de todos os dados a incluir e dos documentos que os comprovam. Esta fase é
muito importante pois só depois de reunir todas as informações é que poderá
determinar quais são relevantes para o seu currículo.

4.2 Dicas para elaborar um Bom Currículo

 Deve ser escrito em computador, sem erros ortográficos e

gramaticais, em folha branca, tipo A4;


 Não deve ultrapassar 2 a 3 páginas;
 Deve ser curto e direto;
 Deve incluir todos os aspetos relevantes para a avaliação do
perfil individual e das capacidades profissionais;
 A informação deve ser honesta, verídica, e relevante para o
propósito do envio do currículo;
 Utilize verbos de ação; fale na 1ª pessoa e descreva de uma
forma clara e concisa, aquilo que é capaz de fazer (exemplo:
Dirigi... Produzi... Sei Fazer...);
 Utilize palavras simples e frases curtas (exemplo: “Tenho uma
experiência de 3 anos nessa área”);
 Evite parágrafos com mais de 5 linhas;
 Transmita uma ideia por parágrafo;
 Se utilizar números não os escreva por extenso (Por exemplo
“82” em vez de “oitenta e dois”);
 Apresente as datas sempre da mesma maneira;
 Se utilizar siglas, escreva logo em seguida o seu significado
(exemplo: IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional);
Coloque apenas as informações mais importantes, evite
banalidades ou exageros de detalhe;
 O C.V. deve ser alterado em alguns aspetos que o constituem,
tendo em atenção o destinatário;
 Evite utilizar palavras que o qualifiquem de forma depreciativa
(exemplo: conhecimentos razoáveis de informática);
 Torne atraente a leitura do currículo (facilitar a leitura com uma
boa apresentação, com margens e espaços suficientes;
organizar e destacar os diversos pontos);
 A interpretação e a elaboração de um currículo deve ser o mais
pessoal possível;
 Também se deve procurar não deixar espaços temporais por
explicar, pois podem ser interpretados como formas de
esconder alguma experiência mais prejudicial. É sempre
preferível referir uma atividade, provavelmente, menos
pertinente do que ignorá-la, pois um período sem explicações
irá suscitar sempre questões ou mesmo a exclusão do processo
de seleção;
 O currículo é uma imagem de si! Dê-lhe uma apresentação
cuidada.

Como também nem sempre todos os dados são do interesse ou preferência dos
empregadores, há algumas informações a evitar:
 O nível salarial de cada experiência de trabalho passada, assim
como as expectativas futuras;
 Pertença a associações religiosas;
 Pormenores pouco favoráveis em relação ao período de estudos
ou trabalho anterior; Críticas a empregos ou empresas anteriores
que podem ser vistas como motivadas apenas por despeito e falta
de profissionalismo;

4.3 Tipos de Currículos

Há diferentes tipos de currículos, tais como:

1. Currículo Cronológico
É o método de apresentação mais comum, descreve a experiência de trabalho
por ordem cronológica, isto é, pela ordem em que foram acontecendo ao longo da
vida. O candidato ordena as suas experiências começando das mais antigas para
as mais recentes.
A experiência profissional deve ser iniciada, como já foi referido, pela situação
atual, se possuir um emprego, sendo que deve ser nomeada a empresa onde foi
desenvolvida a atividade, o título do posto de trabalho possuído, as
responsabilidades inerentes a esse cargo, o período de trabalho e, se forem
favoráveis, as razões de saída. As outras experiências devem ser
pormenorizadas da mesma maneira, garantindo, da forma mais esquemática
possível a aquisição destas informações pelo empregador quando ler o currículo.
Vantagens:

Leitura mais clara, breve e objetiva;


Apresenta a sequência da carreira profissional.
Desvantagens:
Pouco adequado quando se tem pouca experiência profissional e quando a última
experiência de trabalho não é a mais relevante para o emprego a que se
candidata.
No quadro que se segue, podemos ver um exemplo de um currículo cronológico.
Currículo Cronológico*

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome - Madalena Alves da Costa


Data de Nascimento - 07/03/1970, Lisboa
Estado Civil - Solteira
Residência - Av. 5 de Outubro, nº X, 1050 Lisboa
Telefone - 21 XXX XX XX
Tlm - 9X XXX XX XX

FORMAÇÃO ESCOLAR (Habilitações Literárias)

9º Ano de escolaridade, concluído no ano de 1986 (indicar a média se for favorável).


12º Ano de escolaridade, obtido por equivalência do curso de Aprendizagem de Técnico de
Qualidade, no ano de 1989 (indicar a média se for favorável).

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Curso de Técnico de Qualidade com a duração de 3 anos, no Centro de Formação


Profissional para a Qualidade - CECAL, concluído em 1989.
Especialização em Gestão da Qualidade (1 ano) do Centro de Formação Profissional para a
Qualidade (CEQUAL), terminado em 1990.
Carta de condução de ligeiros e pesados.
Conhecimentos razoáveis de inglês.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Empresa: Sotêxtil
De 1990 até 1995
Função: Técnico de Controlo de Qualidade na empresa têxtil.

Empresa: Vestuário Poli


De 1995 até 2000
Função: Chefe de Equipa no Laboratório de Qualidade, com funções de coordenação na
área de planeamento da empresa.

OUTRAS ACTIVIDADES (Atividades Extraprofissionais)

Interesse por fotografia com prática de técnicas de revelação.


Prática de atletismo.

* O currículo cronológico descreve a experiência de trabalho começando pela mais antiga e


acabando na mais recente, permitindo a sequência da carreira profissional.
Todos os dados aqui apresentados são fictícios e este modelo dá apenas indicações de
elaboração. Redija o seu de uma forma pessoal e original para motivar o empregador.

2. Currículo Funcional
O candidato agrupa a experiência de trabalho por blocos de atividades ou de
funções semelhantes, isto é, quanto à importância dada à experiência
profissional. Este tipo de currículo deverá ser utilizado por candidatos que tenham
tido atividades muito diversificadas. O que se destaca são as atividades
desempenhadas, a competência profissional e as realizações obtidas.
Vantagens:
Poder destacar as atividades profissionais e competências obtidas mais
importantes para o emprego em questão e dar menos relevo aos períodos em
que possa ter estado sem trabalhar ou aspetos menos positivos (ex.: médias
baixas).
Desvantagens:
Pode dar a perceção de que o candidato esconde algo;
Maior subjetividade, podendo sofrer consoante a interpretação de quem os lê;
Mais longo (exigem mais atenção do selecionador).

No quadro que se segue, podemos ver um exemplo de um currículo funcional.

Especialização em Inovação e Implementação no final;

Currículo Funcional*

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome - Fernando Duarte Silva


Data de Nascimento - 07/03/1960, Lisboa
Estado Civil -Casado
Residência - Av. 5 de Outubro, nº X, 1050 Lisboa
Telefone - 21 XXX XX XX
Tlm - 9X XXX XX XX

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Encarregado da Secção de Mecânica (1992-2000):


Encarregado da secção de equipamentos pesados da Empresa "X" - motores de geradores,
camiões e gruas móveis;
Encarregado de gestão de stocks e do parque de equipamentos;
Responsável pela reparação de motores.

Automecânico (1987-1992):
Funções de manutenção e reparação de motores e outros equipamentos mecânicos.

Aprendiz de Automecânico (1982-1987):


Serviço Militar na especialidade de automecânico.

Ajudante de Motorista de Camião (1978-1982):


Carga, descarga e acondicionamento de mercadorias em veículos automóveis pesados.
Empregado de Bomba de Gasolina (1976-1978):
Abastecimento de combustíveis e lavagem de viaturas.

FORMAÇÃO ESCOLAR (Habilitações Literárias)

6º Ano de escolaridade, concluído em 1973 (indicar a média se for favorável).


Frequência do 9º ano de escolaridade (indicar a média se for favorável).

PROFISSIONAL
Curso de Formação Profissional de Mecânico de Automóveis do Centro de Formação
Profissional de Reparação Automóvel - CEPRA, de 1983 a 1984.
Carta de condução profissional de ligeiros e pesados, respetivamente em 1982 e 1985.

OUTRAS ACTIVIDADES (Atividades Extraprofissionais)

Bombeiro voluntário.
Sócio do Clube Desportivo e Recreativo onde desempenha as funções de Tesoureiro.

* O currículo funcional agrupa a experiência de trabalho por blocos de atividade ou funções


semelhantes.
Todos os dados aqui apresentados são fictícios e este modelo dá apenas indicações de
elaboração. Redija o seu de uma forma pessoal e original para motivar o empregador.

A partir dos tipos mais comuns de currículo podem surgir alterações que levam a
currículos mais adaptados a situações específicas.

3. Currículo Misto
Pretende aliar ao formalismo do tipo cronológico a adaptabilidade do funcional.
Para isso, a seguir à identificação do candidato deve vir imediatamente uma
descrição da situação atual de emprego;
Segue-se a enumeração das habilitações académicas e outra formação e, por
fim, serão descritas as restantes experiências profissionais em ordem
decrescente como no currículo cronológico;
Apresenta uma boa organização e visibilidade, destacando ao mesmo tempo a
situação mais relevante para a candidatura.
4. Currículo por Objetivos
Destaca as motivações mais imediatas do emprego a que se candidata mas
também da carreira futura, em seguida as competências e as experiências
profissionais e só no final a formação;
É importante quando as experiências não são muito relevantes e o empregador
gostaria de conhecer as ambições do candidato.

5. Currículo Sintetizado
Utilização de tópicos e palavras-chave que descrevam todas as ideias
importantes em pouco espaço e sem muitos detalhes. Numa página é possível
incluir todas as partes de forma ordenada e simples;
Pode ser considerado demasiado curta por alguns empregadores que prefiram
um currículo mais extenso e completo, já que este, naturalmente irá reduzir o
número de informações disponibilizadas.

Todas estas formas de apresentação dos currículos têm as suas vantagens e


desvantagens, e cada situação deve ser bastante analisada para que um deles
seja escolhido, tendo sempre em atenção que uma mesma pessoa pode optar
por um tipo numa situação e outro tipo noutra, exatamente com os mesmos
dados.

5. ENTREVISTA DE EMPREGO

Objetivos do candidato/entrevistado Objetivos do empregador/entrevistador

“Vender os seus serviços”; Aprofundar os elementos apresentados


Fazer valer as suas competências; no currículo;
Verificar se o posto de trabalho Verificar se o perfil do candidato
Corresponde aos seus interesses; (interesses, competências e motivações)
Convencer o empregador a admiti--lo na se adequa às exigências da função;
empresa.
Recolher outras informações que permitam
decidir sobre a sua admissão.
A entrevista é o momento decisivo de todo o processo de procura de emprego e
deve ser preparada com todo o cuidado.

Alguns conselhos práticos para preparação da entrevista:


Obter o máximo de informação sobre a empresa (ramo de atividade, dimensão,
tipo de produtos ou serviços que presta, organização e funcionamento, áreas
funcionais existentes, tipos de contrato);
Reler o currículo e preparar-se para aprofundar os aspetos focados (formação,
experiência profissional e extraprofissional);
Preparar a documentação que achar conveniente para apresentar na entrevista
(diplomas, certificados de cursos, estágios, trabalhos realizados, carteira
profissional);
Verificar a data, a hora e local da entrevista e apresentar-se com uns minutos de
antecedência (e ser pontual);
Preparar-se para a hipótese de ter de enfrentar mais do que um
entrevistador; Apresentar-se de forma cuidada (vestuário, calçado,
cabelo, barba e unhas); Realçar os seus pontos fortes;
Mostrar-se confiante e simpático;
Relegar para 2º lugar as questões associadas aos vencimentos.

Como comportar-se na entrevista?

Quanto mais positiva for a primeira impressão, mais hipóteses o candidato terá de
ser escolhido.

Comportamentos recomendáveis:
Apresentar-se, saudando quem o recebe, entregando o currículo;
Aguardar que o convidem a sentar-se;
Sentar-se e manter uma postura correta;
Mostrar-se atento, interessado, com desejo de aprender e progredir;
Olhar de frente o entrevistador;
Responder com determinação às perguntas, utilizando uma linguagem correta;
Pedir esclarecimentos, delicadamente, sempre que uma questão não lhe pareça
clara;
Ser prudente e mostrar reserva se abordarem aspetos da sua vida pessoal;
Mostre-se confiante, com à vontade e simpatia;
Fazer perguntas que revelem interesse pela função e pela empresa (que tipo de
tarefas e responsabilidades, que tipos de objetivos tem a empresa, que desafios,
que estilo de gestão é utilizado na empresa e quais os processos de candidatura);
No caso de se sentir intimidado ou nervoso, não o procure esconder, é preferível
admitir a insegurança do que fingir;
Agradeça a oportunidade da entrevista e manifeste vontade e voltar a estar com a
pessoa que o atendeu.

Comportamentos a evitar:
Cortar a palavra ao entrevistador;
Mexer continuamente na cadeira;
Mendigar trabalho;
Mostrar arrogância;
Auto elogiar-se;
Mastigar pastilha elástica;
Insistir muito na remuneração;
Cruzar os braços;
Responder apenas Sim ou Não.

Se o entrevistador decidir aceitá-lo na sua empresa de imediato, e caso as


funções a exercer correspondam aos seus interesses, aceite decididamente. No
caso de ter dúvidas, solicite tempo para refletir e informe-o de que, num prazo a
combinar, lhe dará a sua resposta. Se, por hipótese, não lhe for oferecido o posto
de trabalho, não desanime, outras oportunidades surgirão.
5.1 ASPETOS A ABORDAR NA
ENTREVISTA

Pelo entrevistador

Aprofundamento da experiência Grau de autonomia e de


profissional e das funções referidas no responsabilidade das funções;
currículo; Possibilidades de progressão na
Motivo por que se encontra carreira;
desempregado; Possibilidades de formação contínua;
Iniciativas que tomou para resolver Local e horário de trabalho;
essa situação; Expectativas quanto ao posto de
Razões da sua candidatura; trabalho;
Motivação para a função e para Remuneração prevista e regalias
trabalhar na empresa; sociais.
O que conhece da
empresa;
Ocupação dos tempos-livres;
Remuneração pretendida.

A abordagem destes aspetos é importante para os dois intervenientes: para o 1º,


sabendo se possui as competências fundamentais para o cargo; para o 2º,
sabendo se o emprego corresponde às suas expectativas e interesses.

O entrevistado, no decorrer da entrevista, deve demonstrar ser uma pessoa


empenhada em tudo quanto faz e realçar os seus pontos fortes.

5.2. FINAL DA ENTREVISTA


No final da entrevista, é conveniente que o entrevistado faça uma avaliação da

mesma, a fim de corrigir pontos que considere não terem sido bem abordados.

Deve refletir sobre os aspetos que despertaram maior interesse no entrevistador;

se ao longo da entrevista realçou as suas competências; se falou muito; se deu

uma imagem positiva de si e principalmente, refletir que aspetos poderá melhorar

nas próximas entrevistas.

Se, decorrido algum tempo após a realização da entrevista, não tiver sido
informado sobre a decisão da empresa, poderá telefonar ao entrevistador,
solicitando uma resposta.
No caso de receber uma resposta positiva, informando-o do dia e da hora em que
terá que apresentar-se na empresa, deverá responder, por telefone ou carta,
confirmando a sua disponibilidade.

• Tipos de entrevistas:

1. Entrevistas assistidas pelo computador: assemelham-se aos testes


psicotécnicos, e consistem em perguntas de resposta múltipla que
questionam temas diversos. Além disso, é contabilizado o tempo de
duração do teste que será comparado com o de outros candidatos.

2. Entrevistas de stress: o entrevistador tenta provocar o candidato,


visando testar a capacidade de argumentação e aprofundar o
conhecimento da sua personalidade. Como o objetivo é provocar, o
candidato deve manter-se sempre atento e proceder com educação.
3. Entrevistas em grupo: quando as entrevistas têm dois ou mais
entrevistadores.
4. Entrevistas orientadas: o entrevistador pretende testar as capacidades
do candidato no desempenho de determinadas tarefas. Avalia a
criatividade, originalidade, eficácia e conhecimentos técnicos do
entrevistado.

5. Entrevistas telefónicas: utilizadas para seleção de candidatos numa


primeira fase. O candidato deve falar de forma clara e objetiva, sem
nunca interromper o raciocínio do entrevistador.
6.
6. COMO ADAPTAR-SE AO NOVO EMPREGO

A parte final de todo o processo de procura de emprego é conseguir um trabalho.


Um novo emprego é um motivo de satisfação e entusiasmo, mas também de
dúvidas. Pode surgir o desconforto inerente à mudança, à preocupação com a
nova função, à aceitação por parte dos colegas e à
Conciliação do trabalho com a vida familiar. Enfim, o sonho pode tornar-se
ansiedade.

Para que isto não aconteça, registam-se algumas dicas que poderão melhorar o
seu novo dia-a-dia:
1. Conhecer a organização: procure conhecer a cultura, as regras, os
hábitos, para poder agir de acordo com a nova realidade; desta forma
não se sentirá um estranho em relação aos seus colegas;
2. Estar atento: observe com atenção o que o rodeia, procure perceber
qual será o seu papel na organização;
3. Relacionar-se com os colegas: seja afável, procurando vê-los como
um apoio e não como rivais. Procure participar e cooperar;
4. Ser humilde: aceite aprender com quem conhece melhor a organização
e evite comparações com empregos anteriores. Quando tiver dúvidas,
não tenha receio de perguntar;
5. Dar o seu melhor: nos primeiros tempos será alvo de avaliações
diversas, é importante que mostre que é útil ao seu departamento;
6. Não julgar: da mesma forma que será avaliado, também fará muitas
avaliações; é importante que não julgue precipitadamente;

7. Ser pontual: é importante manter estes comportamentos, mesmo


quando se sentir integrado. Eles favorecerão sempre o seu
desenvolvimento.
8.
7. DESENVOLVIMENTO DE

INICITAIVAS EMPRESARIAIS

E por que não criar o seu próprio emprego ou empresa? Conheça as medidas
que poderão solucionar o seu problema de desemprego:
• Apoios a Iniciativas Locais de Emprego
• Programa Iniciativas Locais de Emprego de Apoio à Família
• Apoios a Projetos de Emprego promovidos por beneficiários das
prestações de desemprego

Pretende instalar-se num Ninho de Empresas?


Consulte a Bolsa de Ideias do IEFP no Centro de Emprego
Informe-se, também, sobre apoios à criação do próprio emprego ou empresa
noutros
Sítios:
• Centros de Formalidades de Empresas
• IAPMEI
• ANJE
Mas, afinal, Criação do Próprio Emprego, Apoios a Iniciativas Locais de Emprego,
o que são?
Consideram-se Iniciativas Locais de Emprego (ILE) os projetos que deem lugar
à criação de novas entidades, independentemente da respetiva forma jurídica, e
que originem a criação líquida de postos de trabalho, contribuindo para a
dinamização das economias locais, mediante a realização de investimentos de
pequena dimensão.

Quem pode candidatar-se?


• Desempregados
• Jovens à procura de 1.º emprego
• Trabalhadores empregados, mas em risco de desemprego
• Quais as condições de acesso?

Os apoios são concedidos aos projetos que:


• Originem a criação líquida de postos de trabalho
• Os postos de trabalho a criar sejam obrigatoriamente preenchidos por
trabalhadores desempregados, ou jovens à procura de 1.º emprego,
com contratos de trabalho sem termo e a tempo inteiro
• À data de candidatura, não tenham sido iniciados há mais de 60 dias
úteis, ou não se encontrem integralmente concluídos

• Pelo menos metade dos respetivos promotores sejam desempregados,


ou jovens à procura do 1.º emprego

• A entidade a constituir não tenha dimensão superior a 20 trabalhadores

• O investimento total não exceda 150.000,00 €

• Tenham viabilidade económica e financeira

• Tenham asseguradas as fontes de financiamento, incluindo no mínimo 5


% em capitais próprios, podendo, no entanto, solicitar a dispensa total
ou parcial dessa condição, caso não disponham de meios, mediante
requerimento a apresentar ao IEFP

• Disponham no mínimo do capital social, no caso de se tratar de


sociedade por quotas

• A atividade se enquadre nas áreas de atividade elegíveis no programa


Que apoios lhe podem ser concedidos?
Apoios Técnicos:
• Seleção e recrutamento de trabalhadores desempregados
• Formação na área empresarial para dirigentes
• Consultoria especializada, nas áreas financeira, comercial, de recursos
humanos, marketing, publicidade e de gestão da produção
• No caso do apoio técnico ser prestado por entidades exteriores ao IEFP,
pode ser concedido um subsídio, não reembolsável, até ao limite de 5%
do investimento elegível.

Apoios à criação de postos de trabalho:


• Subsídio não reembolsável, igual a 18 vezes a remuneração mínima
mensal mais elevada garantida por lei, por cada posto de trabalho criado
e preenchido, com as seguintes majorações, cumuláveis entre si:
• 20% por cada posto de trabalho preenchido por:
o Desempregados de longa duração
o Desempregados, com idade igual ou superior a 45 anos
o Jovens à procura do 1º emprego
o Beneficiários do Rendimento Social de Inserção
• 25% por cada posto de trabalho preenchido por pessoa com deficiência
• Prémios de Igualdade de Oportunidades (entre sexos e para pessoas
com deficiência), igual a 10% do valor total do apoio concedido
(excluídas as majorações), sempre que os projetos de emprego originem
a criação de, no mínimo, 5 postos de trabalho e os mesmos não sejam
preenchidos, em mais de 60%, por pessoas do mesmo sexo, ou quando,
pelo menos 40% deles sejam preenchidos por pessoas com deficiência

Apoios ao investimento:
• Subsídio não reembolsável, até ao limite de 40% do investimento total
admissível 150.000,00 €, o que equivale a 60.000,00 €, não podendo
exceder 12.500,00 € por cada posto de trabalho criado e preenchido por
desempregados ou jovens à procura de 1º emprego

Como candidatar-se?
Apresentar formulário no Centro de Emprego. Para mais informações, consulte
Manual de Procedimentos do PEOE.
Qual a legislação aplicável?
Portaria n.º 196-A/01 de 10 de Março
Portaria n.º 255/02 de 12 de Março
Programa Iniciativas Locais de Emprego de Apoio à Família

O Programa Iniciativas Locais de Emprego de Apoio à Família visa incentivar o


surgimento de novas entidades que originem a criação líquida de postos de
trabalho e contribuam para a dinamização de economias locais, no âmbito dos
serviços de apoio à família.
Quem pode candidatar-se?
Podem ser promotores, individuais ou associados, com idade igual ou superior a 18
anos:
• Desempregados
• Jovens à procura de 1.º emprego

Quais as áreas de atividade elegíveis?


• Apoio a idosos - apoio domiciliário, acompanhamento e atividades
de lazer
• Apoio a pessoas com deficiência e às respetivas famílias — apoio
domiciliário, acompanhamento e atividades de lazer
• Guarda e apoio de crianças — "baby-sitting" e assistência a
crianças e jovens com dificuldades escolares
• Apoio pedagógico a crianças, jovens e adultos, ao domicílio ou
em salas de estudo
• Apoio às atividades domésticas — confeção e/ou entrega de
refeições, lavandaria e engomadoria, trabalhos de modista ou
arranjos de roupa
• Outras atividades a definir pelo Ministério da Segurança Social e
Trabalho

Quais as condições de acesso?


Os apoios são concedidos aos projetos que:
• Pelo menos metade dos respetivos promotores sejam
desempregados, ou jovens à procura do 1.º emprego, com
formação e/ou experiência profissional adequada ao exercício da
atividade
• À data de candidatura, não tenham sido iniciados há mais de 60
dias úteis, ou não se encontrem integralmente concluídos
• As entidades a constituir não tenham dimensão superior a 10
trabalhadores
• Os postos de trabalho a criar sejam obrigatoriamente preenchidos
por trabalhadores desempregados, ou jovens à procura de 1.º
emprego, que assegurem o respetivo emprego a tempo inteiro

• O investimento total não exceda 200.000,00 €

• Tenham viabilidade económica e financeira

• Sejam executados no prazo de um ano, a contar da data de


assinatura do contrato de concessão de incentivos

Que apoios lhe podem ser concedidos?


Apoios Técnicos:
• Recrutamento e seleção de trabalhadores desempregados
• Formação na área empresarial de dirigentes
• Consultoria especializada nas áreas financeira, comercial, de
recursos humanos, marketing, publicidade e de gestão da
produção
Apoios Financeiros:
Apoios à criação de postos de trabalho
• Subsídio não reembolsável, igual a 18 vezes a remuneração
mínima mensal mais elevada garantida por lei, por cada posto de
trabalho criado e preenchido, com as seguintes majorações,
cumuláveis entre si:
• 20% Por cada posto de trabalho preenchido por: Desempregados
de longa duração
• Desempregados, com idade igual ou superior a 45 anos Jovens à
procura do 1º emprego
• Beneficiários do RSI
• 25% Por cada posto de trabalho preenchido por pessoa com
deficiência
• Prémios de Igualdade de Oportunidades (entre sexos e para
pessoas com deficiência) — igual a 10% do valor total do apoio
concedido (excluídas as majorações), sempre que os projetos de
emprego originem a criação de, no mínimo, 5 postos de trabalho
e os mesmos não sejam preenchidos, em mais de 60%, por
pessoas do mesmo sexo, ou quando, pelo menos, 40% deles
sejam preenchidos por pessoas com deficiência

Apoios ao investimento
• Subsídio não reembolsável, até ao limite de 40% do investimento
total admissível (€ 200.000), o que equivale a 80.000,00 €, não
podendo exceder 15.000,00 € por cada posto de trabalho criado e
preenchido por desempregados ou jovens à procura de 1.º
emprego
Outros Apoios:

• Os promotores que não possuam formação ou experiência


profissional adequada ao exercício da atividade podem frequentar
ações de formação na fase de pré-candidatura

Como candidatar-se?
Apresentar formulário no Centro de Emprego
Qual o prazo de candidatura?
Candidatura aberta ao longo do ano
Qual a legislação aplicável?
Portaria n.º 1191/03 de 10 de Outubro

Criação do Próprio Emprego


Centros de Apoio à Criação de Empresas — Ninhos de Empresas

Os Centros de Apoio à Criação de Empresas (CACE) têm por objetivo fomentar o


aparecimento de novas empresas, na área geográfica em que estão implantados,
proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para um desenvolvimento e
crescimento sustentados, através dos Ninhos de Empresas, tendo em vista a
criação de postos de trabalho.

O que são os ninhos de empresas?


São espaços, física e geograficamente definidos pelos CACE, destinados a
promover a constituição, desenvolvimento e consolidação de empresas, através
da prestação de apoios técnicos, com a finalidade de permitir a sua posterior
integração no mercado com total autonomia.

Quem pode candidatar-se?


Pessoas singulares, com idade igual ou superior a 18 anos.
Entidades privadas com fins lucrativos.

Quais as condições de acesso?


O projeto de criação de empresa a instalar nos Ninhos deve reunir,
cumulativamente, as seguintes condições:
• Demonstrar viabilidade económico-financeira e técnica
• Garantir a criação de emprego estável e qualificado
• Adequar o projeto aos objetivos do CACE e às instalações
disponíveis

Que apoios lhe podem ser concedidos?


• Organização e desenvolvimento de ações de formação
empresarial destinadas aos potenciais promotores
• Acompanhamento técnico na fase de arranque e desenvolvimento
das iniciativas empresariais

• Cedência de espaços modulados e respetivos serviços de


logística

Como candidatar-se?
Apresentar formulário de candidatura no CACE.
Qual a legislação aplicável?
Portaria n.º 1191/97 de 21 de Novembro
Apoios à Iniciativa Empresarial de Jovens

São muitos os jovens que se lançam no mundo empresarial e constituem as suas


próprias empresas. Mas antes de edificarem esse empreendimento, é necessário
reunir informação crucial para alcançar o sucesso e perceber como opera o
mercado, tanto o institucional como o privado.
É considerado jovem empresário:
• Ter idade entre os 18 e os 35 anos;
• Sócios efetivos: detêm obrigatoriamente uma participação no capital
social de empresa;
• Sócios aderentes: exercem funções de gerência de administração na
empresa; enquanto não tiver uma empresa efetivamente constituída
são considerados aderentes transitários.

SAJE – Sistema de Apoio aos Jovens Empresários


O SAJE está regulamentado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 13/97,
de 27 de Janeiro. Tem como objetivos apoiar projetos que visem a criação,
expansão e modernização de empresas detidas maioritariamente por jovens
empresários, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos.
Áreas de Atividade a Apoiar:
• Indústrias;
• Comércio;
• Turismo;
• Artesanato;
• Animação cultural;
• Comunicação;
• Ambiente;
• Serviços.

A definição destas atividades é feita de acordo com o atual Código das Atividades
Económicas (CAE).
As candidaturas ao SAJE são apresentadas nas Comissões Técnicas através de
formulário próprio a fornecer por estas entidades.
Ninhos de Empresa

A criatividade e o espírito empresarial dos jovens são, muitas vezes, entravados


pela carência de meios financeiros que tornem possível concretizar os seus
projetos. Um dos primeiros reflexos de tal situação é a dificuldade de custear
instalações e respetivos equipamentos, principalmente em meios urbanos onde
essas infraestruturas atingem preços extraordinariamente elevados.
Os Ninhos de Empresas surgem, exatamente, como uma forma de colmatar essa
dificuldade de base na constituição de empresas por jovens.
Os Ninhos de Empresas são espaços físicos, constituídos por gabinetes de
trabalho e infraestruturas de apoio técnico e material onde a atividade empresarial
poderá ser desenvolvida.
Os beneficiários pagam uma renda simbólica como retribuição da ocupação do
espaço. São garantidos apoios de secretária-geral, produção de textos, pessoal
auxiliar, biblioteca, sala de reuniões, sala de desenho, telefone e fax.
O período de utilização do benefício é de 3 anos, não renováveis, o que terá
necessariamente de ser considerado no projeto de desenvolvimento da empresa.

Quem pode requerer?


O SAJE – Sistema de Apoio aos Jovens Empresários: Jovens Empresários, com
idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos.
Ninhos de Empresa: Jovens que pretendam constituir empresas.

8. CONTRATOS DE TRABALHO
O contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se obriga, mediante
retribuição, a prestar a sua atividade a outra ou a outras pessoas, sob a
autoridade e direção destas.
A capacidade para celebrar contratos de trabalho regula-se nos termos gerais e
pelo disposto no Código de Trabalho Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto.

No caso de existir contrato de trabalho reduzido a escrito, deverá ser entregue ao


trabalhador um dos exemplares (feito em duplicado).
A entidade empregadora deverá prestar sempre ao trabalhador, por escrito e nos
60 dias subsequentes ao início da execução do contrato, as informações
essenciais relativas ao contrato e respetivas condições, nomeadamente, a
identidade das partes, o local de trabalho, a categoria, a duração do contrato,
data da celebração e a data do início dos seus efeitos.
8. Tipos de Contrato

8.1.1. Contrato de trabalho a termo:


O contrato de trabalho a termo só pode ser celebrado para a satisfação de
necessidades temporárias da empresa e pelo período necessário à satisfação
dessas necessidades.
O período máximo para um contrato de trabalho a termo é de três anos
consecutivos, contando com eventuais renovações, sendo que o contrato de
trabalho não poderá ser renovado mais de duas vezes. Continuando o
trabalhador ao serviço da empresa ultrapassados estes limites (3 anos ou 2
renovações consecutivas), o contrato converter-se-á automaticamente em
contrato sem termo, sem necessidade de qualquer formalidade.

• O contrato a termo é admissível em que circunstâncias?


A celebração de um contrato de trabalho a termo constitui uma exceção à regra
geral e apenas é admitida nos seguintes casos:
a) Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se
encontra impedido de prestar serviço ou em relação ao qual esteja
pendente em juízo ação de apreciação da licitude do despedimento;
b) Acréscimo temporário ou excecional da atividade da empresa;
c) Atividades sazonais;
d) Execução de uma tarefa ocasional ou serviço determinado precisamente
definido e não duradouro; Lançamento de uma nova atividade de duração incerta,
bem como o início de laboração de uma empresa ou estabelecimento;

Execução, direção e fiscalização de trabalhos de construção civil, obras públicas,


montagens e reparações industriais, incluindo os respetivos projetos e outras
atividades complementares de controlo e acompanhamento, bem como outros
trabalhos de análoga natureza e temporalidade, tanto em regime de empreitada
como de administração direta;
Desenvolvimento de projetos, incluindo conceção, investigação, direção e
fiscalização, não inseridos na atividade corrente da entidade empregadora;
Contratação de trabalhadores à procura do primeiro emprego ou de
desempregados de longa duração ou noutras situações previstas em legislação
especial de política de emprego.
O contrato de trabalho a termo, certo ou incerto, está sujeito à forma escrita, deve
ser assinado por ambas as partes e tem que conter, obrigatoriamente,
determinadas indicações, como sejam:
(a) Nome ou denominação e residência ou sede dos contraentes;
(b) Categoria profissional ou funções ajustadas e retribuição do trabalhador;
(c) Local e horário de trabalho;
(d) Data de início do trabalho;
(e) Prazo estipulado com a indicação do motivo justificativo ou, no caso de
contratos a termo incerto, da atividade, tarefa ou obra cuja execução
justifique a respetiva celebração ou o nome do trabalhador substituído;
(f) Data da celebração.
O contrato de trabalho a termo certo converte-se em contrato sem termo se não
for denunciado pela empresa no final do prazo correspondente à segunda
renovação ou, em qualquer caso, se for excedido o prazo de duração máxima
previsto na lei (três anos).

• Férias:

As férias variam conforme a duração dos contratos:

Para aqueles contratos em que a duração seja inferior a um ano, inicial ou


renovada, o período de férias é de 2 dias por cada mês de trabalho;
Para aqueles contratos a prazo que ultrapassem um ano, o período de férias é
igual ao dos contratos sem prazos, isto é, 22 dias úteis por ano.

Caducidade:

Os contratos de trabalho a termo certo caducam no termo do prazo estipulado,


desde que a entidade empregadora comunique ao trabalhador até 8 dias antes do
prazo expirar, por forma escrita, a vontade de o não renovar. Os contratos de
trabalho a termo incerto caducam quando se considere concluída a atividade,
tarefa ou obra para que o contrato foi celebrado, devendo a entidade
empregadora comunicar tal facto com a antecedência mínima de 7, 30 ou 60 dias,
conforme o contrato tenha durado até 6 meses, de 6 meses a 2 anos ou por
período superior.

8.1.2. Contrato a termo incerto:

É Admitida a celebração de contrato de trabalho a termo incerto nas


seguintes situações:
a) Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se
encontre impedido de prestar serviço ou em relação ao qual esteja
pendente em juízo ação de apreciação a licitude do despedimento;
b) Atividades sazonais;
c) Execução, direção e fiscalização de trabalhos de construção civil,
obras públicas, montagens e reparações industriais, incluindo os
respetivos projetos, outras atividades complementares de controlo e
acompanhamento, bem como os outros trabalhos de análoga natureza e
temporalidade, tanto em regime de empreitada como de administração
direta;
d) Desenvolvimento de projetos, incluindo conceção, investigação,
direção e fiscalização, não inseridos na atividade corrente da entidade
empregadora.

Duração
O contrato de trabalho a termo incerto dura por todo o tempo necessário à
substituição do trabalhador ausente ou à conclusão da atividade, tarefa ou obra
cuja execução justifica a sua celebração.
Caducidade
O contrato caduca quando a entidade patronal comunique ao trabalhador o termo
do mesmo, com a antecedência mínima de 7, 30 ou 60 dias, conforme o contrato
tenha durado até seis meses a dois anos ou por período superior;
Tratando-se de situações que deem lugar à contratação de vários trabalhadores,
a comunicação deve ser feita, sucessivamente, a partir da verificação da
diminuição gradual da respetiva ocupação, em consequência da normal redução
da atividade, tarefa ou obra para que foram contratados;
A inobservância do pré-aviso a que se refere o 1º ponto implica para a entidade
empregadora, o pagamento da retribuição correspondente ao período de aviso
prévio em falta;
A cessação do contrato confere ao trabalhador o direito a uma compensação
correspondente a dois dias de remuneração de base por cada mês completo de
duração, calculada segundo a fórmula:
rmhg = (rmmg x 12 meses) : (52 semanas x n)

Legenda: rmhg = remuneração mínima horária garantida.


rmmg = remuneração mensal mínima garantida.
n = período normal de trabalho semanal.
9. SINDICATOS

Entende-se por sindicato a associação permanente de trabalhadores para defesa


e promoção dos seus interesses socioprofissionais. O sindicalismo constitui a
forma histórica assumida pelos trabalhadores com a finalidade de levar por diante
as suas reivindicações. O direito de associação sindical é assegurado a qualquer
trabalhador.
As primeiras associações operárias de socorros mútuos foram constituídas, em
Portugal, após a revolução liberal de 1820. A mais importante destas associações
denominava-se
Centro Promotor do Melhoramento da Classe Laboriosa e foi criada em
Lisboa, em 1853.
Em 1875 foi fundado o Partido Socialista Português. No decorrer da década de
70 assistiram-se aos primeiros conflitos ideológicos nas "associações de classe"
(nome originariamente utilizado para definir as organizações sindicais de
trabalhadores).
As organizações operárias multiplicaram-se até aos finais do século XIX: em
1889, o seu número total elevava-se a 392, agrupando mais de 130.000
trabalhadores. A maior parte das associações tinham a sua sede em Lisboa e no
Porto.
No início do século XX, a tendência sindicalista revolucionária de origem francesa
era maioritária no seio do movimento operário português.
No final de 1910, a instauração da República permitiu que as organizações de
trabalhadores se afirmassem. Após um período de lutas e de agitações sociais
intensas, sindicalistas reformistas e anarquistas criaram, em 1914, a União
Operária Nacional (UON), a qual constituiu a primeira organização sindical
confederal a nível nacional.
A UON e os dirigentes sindicais mais conhecidos posicionaram-se contra a
intervenção na I Guerra Mundial. Mesmo assim, em 1916, Portugal entrou na
guerra, apoiando os Aliados. As consequências desta decisão cedo se fizeram
sentir sobre a situação económica e social do país: a falta de géneros
alimentícios, as práticas especulativas e de açambarcamento, o reforço da
repressão e a forte diminuição do poder de compra provocaram, no decorrer da
primeira metade de 1917, o aparecimento de movimentos grevistas e de protesto
pela parte de trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados.
Em 1918, com o objetivo de protestar contra o aumento incessante dos preços e
contra o agravamento das condições de trabalho, a UON organizou uma greve
revolucionária geral, a primeira na história do país. O movimento grevista
terminou em Novembro de 1918 sem, no entanto, ter atingido a amplitude social
desejada pela UON.
No ano seguinte, o governo republicano, com o objetivo de contrariar as
tentativas de restabelecimento da monarquia, satisfez muitas das reivindicações
da UON: 8 horas diárias de trabalho para a indústria e comércio, seguros sociais
obrigatórios, construção de habitações sociais, etc. Aquando do Congresso
Operário de Coimbra, a UON mudou de nome e passou a denominar-se
Confederação Geral dos Trabalhadores.
No início de 1977, o Congresso de Todos os Sindicatos, em Lisboa, reuniu 1147
delegados, em representação de 272 sindicatos, 13 federações e 17 uniões. Foi o
grande congresso da unidade que consolidou a CGTP como a grande central
unitária dos trabalhadores portugueses e lhe atribuiu o seu nome atual:
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional
(CGTP-IN).
Por sua vez, os sindicalistas ligados aos partidos Socialista e Social-Democrático
decidiram constituir uma nova central sindical.
Em 27 e 28 de Outubro 1978, em Lisboa, 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto
de observador) aprovaram a Declaração de Princípios e os Estatutos da União
Geral de Trabalhadores - UGT.
Atualmente, a UGT e a CGTP são as duas grandes forças sindicais portuguesas,
conotadas com determinada ideologia política, que aglomeram várias
associações de sindicatos.
As formas, os espaços e níveis de intervenção, alargaram-se dos locais de
trabalho aos sectores económicos, às regiões, aos países, aos blocos de
integração económica e à própria escala planetária.
As solicitações e exigências da sociedade para com os sindicatos, multiplicam-se
sob as mais variadas formas de representação e participação.
Encontrar as formas de utilização de todos os espaços de intervenção no sentido
de potenciar a ação de base e de melhorar os resultados da luta em torno das
matérias que são o cerne e razão de ser da luta dos trabalhadores e dos seus
sindicatos, é um dos grandes desafios que se coloca ao sindicalismo
contemporâneo.
CONCLUSÃO

Agora que já entrou em contacto com os aspetos essenciais da procura de


emprego, é necessário idealizar um plano individual de ação e colocá-lo em
prática. Não se esqueça da necessidade de trabalhar para conseguir trabalho.
Ainda que demore algum tempo, os seus esforços não serão em vão.
Em cada nova experiência de vida adquirem-se conhecimentos que o poderão
ajudar no futuro.
BIBLIOGRAFIA

• FREIRE, Mário Silva (1993). Estratégias para a Procura de Emprego. Lisboa, Plátano
Edições Técnicas.

• INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL (2002). Como Procurar


Emprego.

• INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL (1999). Desempregado?


Pergunte. Nós Respondemos, Lisboa.

Contactos úteis na internet

http://www.ugt.pt

http://www.cgtp.pt

http://www.edunau.pt/bussola/

 Netjobs.pt
 Carreiras.net
 Bolsaemprego.com
 Neteuro.net
 Emprego.pt
 E-jobs.pt
 Central-emprego.com
IEFP

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